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Prof. Ma. Adriana Balardim UNIDADE II Contabilidade Societária Efeitos da movimentação do patrimônio líquido das coligadas e controladas nos investimentos da investidora O CPC 18 (R2) – Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto, determina a aplicação da seguinte forma: Método da equivalência patrimonial é o método de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da investida. As receitas ou as despesas do investidor incluem sua participação nos lucros ou prejuízos da investida, e os outros resultados abrangentes do investidor incluem a sua participação em outros resultados abrangentes da investida (CPC, 2013c, p. 2). Técnica de Equivalência Patrimonial Efeitos da movimentação do patrimônio líquido das coligadas e controladas nos investimentos da investidora O método da equivalência patrimonial consiste em reconhecer nos investimentos da investidora o percentual de participação no patrimônio líquido da investida. O CPC menciona a participação do investidor sobre os ativos líquidos da investida, que nada mais é do que a participação no patrimônio líquido da investida. Exemplo: Ativos = R$ 500.000 Passivos = R$ 400.000 Consequentemente, o patrimônio líquido será de R$ 100.000. Ou seja, se a empresa liquidar seus passivos, ainda sobrarão recursos, portanto, ativos líquidos no valor de R$ 100.000. Técnica de Equivalência Patrimonial Efeitos da movimentação do patrimônio líquido das coligadas e controladas nos investimentos da investidora Outro aspecto considerado no CPC é com relação à forma de reconhecimento da participação da investidora em suas investidas: No lucro ou prejuízo do período da investida deve ser reconhecida no resultado do período da investidora, por meio da conta resultado de equivalência patrimonial. Nos dividendos recebidos da investida deve reduzir o valor contábil dos investimentos. Nas variações de saldo dos componentes dos outros resultados abrangentes da investida deve ser reconhecida diretamente no patrimônio líquido, de forma reflexa, em outros resultados abrangentes diretamente no patrimônio líquido da investidora. Técnica de Equivalência Patrimonial Efeitos da movimentação do patrimônio líquido das coligadas e controladas nos investimentos da investidora Quanto às demonstrações contábeis da investida utilizadas para a aplicação da equivalência patrimonial, de acordo com o item 34 do CPC, o aconselhável é que sejam coincidentes com a data da investidora. A defasagem entre as datas de encerramento das demonstrações contábeis das investidas e da investidora não deve ser superior a dois meses e, se houver defasagem, isso deve ser relatado em notas explicativas. Técnica de Equivalência Patrimonial Efeitos da movimentação do patrimônio líquido das coligadas e controladas nos investimentos da investidora Como determina o CPC, devem ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial: O investimento em cada controlada direta ou indireta. O investimento em coligadas, quando se configurar a existência de influência significativa ou quando a porcentagem de participação, direta ou indireta, da investidora representar 20% ou mais do capital votante. O investimento em empreendimento controlado em conjunto. Técnica de Equivalência Patrimonial Efeitos da movimentação do patrimônio líquido das coligadas e controladas nos investimentos da investidora Os investimentos em sociedades que não atendam a esses requisitos serão avaliados pelo método do valor justo ou pelo método de custo, conforme o caso. Exemplo: A Cia. Planeta possui os seguintes investimentos permanentes: Quais sociedades devem ser avaliadas pelo método da equivalência patrimonial? Técnica de Equivalência Patrimonial Fonte: livro-texto Cia. % de participação Ações ordinárias Ações preferenciais Total Terra 22% 30% 17% Júpiter 20% 5% 8% Vênus 60% 20% 40% Saturno 58% 10% 50% Netuno 5% 7% 4% 1º passo: classificar as sociedades investidas: 2º passo: verificar quais investimentos devem ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial: Terra (por ser coligada). Júpiter (por ser coligada). Vênus (por ser controlada). Saturno (por ser controlada). Técnica de Equivalência Patrimonial Terra Coligada (22% no capital votante) Júpiter Coligada (20% no capital votante) Vênus Controlada (60% no capital votante) Saturno Controlada (58% no capital votante) Netuno Valor justo ou custo (5% no capital votante) Uma vez definidos os investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial, aplicamos a seguinte técnica: À medida que o patrimônio líquido das investidas aumenta ou diminui, a conta investimentos da investidora deverá também aumentar ou diminuir proporcionalmente ao percentual de participação. Determinar a contrapartida desse débito ou crédito vai depender da origem da movimentação do patrimônio líquido das investidas. Essa movimentação pode originar-se de vários motivos, tais como: lucro ou prejuízo do exercício; dividendos propostos; integralização do capital; ajustes de exercícios anteriores; outros resultados abrangentes. Técnica de Equivalência Patrimonial De acordo com o CPC 18, deve(m) ser avaliado(s) pelo método da equivalência patrimonial: Selecione a alternativa incorreta. a) O investimento em cada controlada direta ou indireta. b) Todos os investimentos em ativos líquidos. c) O investimento em coligadas, quando se configurar a existência de influência significativa. d) O investimento em coligadas quando a porcentagem de participação, direta ou indireta, da investidora representar 20% ou mais do capital votante. e) O investimento em empreendimento controlado em conjunto. Interatividade Resposta De acordo com o CPC 18, deve(m) ser avaliado(s) pelo método da equivalência patrimonial: Selecione a alternativa incorreta. a) O investimento em cada controlada direta ou indireta. b) Todos os investimentos em ativos líquidos. c) O investimento em coligadas, quando se configurar a existência de influência significativa. d) O investimento em coligadas quando a porcentagem de participação, direta ou indireta, da investidora representar 20% ou mais do capital votante. e) O investimento em empreendimento controlado em conjunto. Lucro ou prejuízo do exercício A contrapartida do ajuste de investimentos deverá estar no resultado do exercício como receita ou despesa. Se a investida apurar lucro, a investidora reconhecerá como receita; se a investida apurar prejuízo, a investidora reconhecerá como despesa. Essa receita ou despesa é operacional e deverá ser classificada em conta específica, denominada resultado de equivalência patrimonial. D = investimentos C = resultado de equivalência patrimonial (no caso de lucro) ou D = resultado de equivalência patrimonial (no caso de prejuízo) C = investimentos Técnica de Equivalência Patrimonial Dividendos propostos Os lucros são reconhecidos no momento em que são apurados pela investida. Assim, quando da distribuição dos dividendos, não existe o reconhecimento de nova receita. Se assim fosse, haveria o reconhecimento em dobro do resultado, pois os lucros já foram reconhecidos via resultado de equivalência patrimonial. Contabiliza-se como um direito (caso tenha ocorrido a apropriação dos dividendos a pagar pela investida) ou como caixa e equivalentes de caixa (caso tenha havido a distribuição). D = dividendos a receber/caixa e equivalentes de caixa C = investimentos Técnica de Equivalência Patrimonial Integralização do capital A integralização do capital feita pela investidora provoca um acréscimo do patrimônio líquido da investida e, na mesma proporção, um acréscimo em sua conta de investimentos. Se nesse aumentode capital os sócios participarem com mesmo percentual anteriormente existente, não haverá variação de participação. D = investimentos C = caixa e equivalentes de caixa Técnica de Equivalência Patrimonial Ajustes de exercícios anteriores A lei societária estabelece que sejam contabilizados diretamente na conta de lucros acumulados sempre que existirem efeitos decorrentes de: mudança de critérios contábeis; retificação de erro imputável a determinado exercício anterior e que não possa ser atribuído a fatos subsequentes. Técnica de Equivalência Patrimonial Ajustes de exercícios anteriores No caso de a investida efetuar um ajuste de exercícios anteriores, aumentando ou diminuindo o patrimônio líquido, o ajuste proporcional na conta de investimentos (na investidora) será contabilizado de forma reflexa. Se resultar em aumento no patrimônio líquido da investida: D - investimentos C - lucros acumulados Se resultar em diminuição no patrimônio líquido da investida: D - lucros acumulados C - investimentos Técnica de Equivalência Patrimonial Outros resultados abrangentes Quando a investida apresentar, em seu patrimônio líquido, outros resultados abrangentes em decorrência da existência de reserva de reavaliação, ajustes de avaliação patrimonial, ganhos ou perdas de conversão, ganhos ou perdas por variação percentual, avaliação a valor justo de instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda, a investidora deverá reconhecer, proporcionalmente à sua participação, de forma reflexa, diretamente em contas de patrimônio líquido. Se resultar com saldo credor: D - investimentos C - outros resultados abrangentes – Cia. X (patrimônio líquido) Se resultar com saldo devedor: D - outros resultados abrangentes – Cia. X (patrimônio líquido) C - investimentos Técnica de Equivalência Patrimonial Aplicação da técnica da equivalência patrimonial A peça fundamental para o cálculo da equivalência patrimonial é a demonstração das mutações do patrimônio líquido das investidas. Exemplo: A Cia. Paraná possui uma participação na Cia. Curitiba de 80%. No início do exercício, o patrimônio líquido da Cia. Curitiba é de R$ 3.000.000, sendo R$ 2.500.000 de capital social, representado apenas por ações ordinárias, e o restante composto de reservas. Ao encerrar o exercício, a Cia. Curitiba apurou um lucro de R$ 600.000 e propôs a distribuição de dividendos de R$ 150.000. O excedente de lucros acumulados foi destinado à constituição de reservas de lucros. Técnica de Equivalência Patrimonial Como a participação é de 80% no capital votante, trata-se de uma sociedade controlada e avaliada pelo método de equivalência patrimonial. De acordo com as informações, temos a seguinte posição: Contabilização na Cia. Investidora – Cia. Paraná D = investimentos – Cia. Curitiba 480.000 C = resultado de equivalência patrimonial 480.000 D = dividendos a receber 120.000 C = investimentos – Cia. Curitiba 120.000 Técnica de Equivalência Patrimonial Fonte: livro-texto Cia. Curitiba % Cia. Paraná Saldo no início do exercício 3.000.000 80% 2.400.000 Lucro do exercício 600.000 80% 480.000 Dividendos propostos (150.000) 80% (120.000) Saldo no final do exercício 3.450.000 80% 2.760.000 Variação de percentual de participação em investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial As participações societárias representam o percentual de participação do investidor no capital social da investida. Quando a investida aumenta o capital social, com a emissão de novas ações, os acionistas são convidados a participar desse aumento de capital, sendo-lhes assegurado o direito de preferência, ou seja, o direito de manter o mesmo percentual de participação anteriormente detido. Caso não desejem participar do novo aumento de capital, os acionistas podem ceder o seu direito de preferência para outros acionistas, resultando na diminuição de seu percentual de participação e permitindo o aumento do percentual de participação dos outros acionistas. Técnica de Equivalência Patrimonial Variação de percentual de participação em investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial Sempre que ocorrer qualquer alteração no percentual de participação da investidora no capital social da investida, haverá aumento ou diminuição no valor dos investimentos avaliados pela equivalência patrimonial, gerando um ganho ou uma perda por mudança de participação. Esses ganhos ou perdas não poderão ser reconhecidos diretamente no resultado do período da investidora, e sim diretamente no patrimônio líquido, como outros resultados abrangentes. Técnica de Equivalência Patrimonial Mais-valia, ágio por rentabilidade futura e ganho por compra vantajosa De acordo com o CPC 18 (R2), na aplicação do método de equivalência patrimonial, o investimento em coligada e em controlada deve ser inicialmente reconhecido pelo valor de custo, e o seu valor contábil será aumentado ou diminuído pelo reconhecimento da participação no patrimônio líquido dessas sociedades investidas. Ocorre que, na data do reconhecimento inicial, a negociação pode ser feita por um valor pago diferente do valor patrimonial da coligada ou controlada. Técnica de Equivalência Patrimonial Mais-valia, ágio por rentabilidade futura e ganho por compra vantajosa Quando o valor pago for maior que o valor patrimonial da investida, essa diferença pode ser atribuída a dois fatores, dependendo do fator que deu origem a essa diferença. Esses fatores podem ser identificados por: Mais-valia de ativos líquidos; Ágio por rentabilidade futura (goodwill). Quando o valor pago for menor que o valor justo dos ativos líquidos, essa diferença representa um ganho, identificado por: Ganho por compra vantajosa. Técnica de Equivalência Patrimonial De acordo com o CPC 18 (R2), na aplicação do método de equivalência patrimonial, o investimento em coligada e em controlada deve ser inicialmente reconhecido pelo valor de custo, quando o valor pago for menor que o valor justo dos ativos líquidos, essa diferença representa um ganho, identificado por: a) Mais-valia de ativos líquidos. b) Ágio por rentabilidade futura. c) Ganho por compra vantajosa. d) Goodwill. e) Ajustes de exercícios anteriores. Interatividade Resposta De acordo com o CPC 18 (R2), na aplicação do método de equivalência patrimonial, o investimento em coligada e em controlada deve ser inicialmente reconhecido pelo valor de custo, quando o valor pago for menor que o valor justo dos ativos líquidos, essa diferença representa um ganho, identificado por: a) Mais-valia de ativos líquidos. b) Ágio por rentabilidade futura. c) Ganho por compra vantajosa. d) Goodwill. e) Ajustes de exercícios anteriores. Conceitos de mais-valia por ativos líquidos, ágio por rentabilidade futura e ganho por compra vantajosa Mais-valia de ativos líquidos: é a diferença entre o valor justo dos ativos líquidos e o valor contábil dos ativos líquidos da investida na data da aquisição. Ágio por rentabilidade futura (goodwill): é a diferença positiva entre o valor pago na aquisição da participação e o valor justo dos ativos líquidos da investida. A existência do ágio por rentabilidade futura está fundamentada na expectativa da investidora gerar lucros futuros com a aquisição desse negócio. Ganho por compra vantajosa: é a diferença negativa entre o valor pago na aquisição da participação e o valor justo dos ativos líquidos da empresa. Técnica de Equivalência Patrimonial Realização da mais-valia e do ágio por rentabilidade futura (goodwill) A mais-valia fundamenta-se na existência dos ativos líquidos cujo valor justo seja superior ao valor contábil. Dessa forma, a realização (amortização) deve ser feita proporcionalmente à baixa dos ativos e passivos que lhe deram origem. A realização de mais-valia deverá ser registrada na conta de resultado de equivalênciapatrimonial por meio do seguinte lançamento: D - resultado de equivalência patrimonial C - mais-valia – coligada ou controlada X Técnica de Equivalência Patrimonial Realização da mais-valia e do ágio por rentabilidade futura (goodwill) O ágio por rentabilidade futura não deve ser amortizado, conforme o item 32 (a) do CPC 18 (R2): “o ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill) relativo a uma coligada, a uma controlada ou a um empreendimento controlado em conjunto, deve ser incluído no valor contábil do investimento e sua amortização não é permitida” (CPC, 2013c). Deve, portanto, permanecer no subgrupo investimentos até sua efetiva baixa. Técnica de Equivalência Patrimonial Exemplo: A Cia. Mercúrio adquire, por R$ 15.000, 25% das ações da Cia. Netuno. O patrimônio líquido da Cia. Netuno, na data da negociação, era de R$ 50.000. Nas bases da negociação, a Cia. Netuno complementa com as seguintes informações: O valor justo de máquinas e equipamentos registrados no imobilizado vale R$ 2.000 a mais do que o valor que está contabilizado; Existe uma patente criada pela própria empresa, e por isso não contabilizada que pode ser negociada, no mercado, por R$ 1.600. Técnica de Equivalência Patrimonial Pede-se: contabilizar a operação na data da negociação. Contabilização D - participações – Cia. Netuno 12.500 D - mais-valia – Cia. Netuno 900 D - ágio por rentabilidade futura – Cia. Netuno 1.600 C - caixa e equivalentes de caixa 15.000 Técnica de Equivalência Patrimonial Fonte: livro-texto Cia. Netuno % de participação Valor justo Cia. Mercúrio Valor do PL na data da negociação 50.000 25% 12.500 Valor justo do imobilizado 2.000 25% 500 Valor justo da patente 1.600 25% 400 Mais-valia 900 Valor do patrimônio líquido a valor justo 53.600 25% 13.400 Ágio por rentabilidade futura 1.600 Valor pago na negociação 15.000 Contabilização D = participações – Cia. Netuno 12.500 D = mais-valia – Cia. Netuno 900 D = ágio por rentabilidade futura – Cia. Netuno 1.600 C = caixa e equivalentes de caixa 15.000 Técnica de Equivalência Patrimonial Os resultados não realizados ocorrem quando são realizadas operações de venda de ativos entre a investidora e coligada e entre controladora e controlada com lucros ou prejuízos. Quando esses ativos negociados, com lucros ou prejuízos no final do exercício, ainda não tiverem sido vendidos a terceiros e ainda constarem no ativo da sociedade compradora, surgirão os resultados não realizados e deverão ser eliminados para efeitos de apuração do resultado dessas sociedades. As operações intercompanhias não geram lucro (economicamente), a não ser quando esses bens forem vendidos para terceiros. As diversas empresas de um mesmo grupo econômico devem ser avaliadas como uma única entidade, não devem ser computados os resultados não realizados decorrentes de negócios entre elas. Resultados não Realizados em Operações Intersociedades Quando todos os ativos forem vendidos a terceiros, ou seja, quando não restarem mais ativos no balanço patrimonial da compradora, não existem mais resultados não realizados e, consequentemente, nenhum ajuste deverá ser feito. O CPC 18 (R2) trata de forma diferenciada os resultados não realizados para as coligadas e controladas. Os itens 28 e 28-A classificam as operações em transações ascendentes (upstream) e descendentes (downstream). Resultados não Realizados em Operações Intersociedades Fonte: livro-texto Investidora Controladora Coligada Controlada Investidora Controladora Coligada Controlada Downstream Upstream Venda com lucro da investidora para uma coligada ou empreendimento controlado em conjunto – CPC 18 (R2), item 28; ICPC 09 (R2), itens 48 a 52 Nas operações de downstream, de venda de ativos da investidora para a coligada, os lucros obtidos em operações de ativos que ainda permaneçam na coligada são considerados lucros não realizados na proporção da participação da investidora na coligada. As parcelas do lucro proporcional à participação dos demais sócios na coligada devem ser realizadas na investidora. Apenas a parcela relativa à sua própria participação deve ser considerada não realizada. Resultados não Realizados em Operações Intersociedades Exemplo: A Cia. Silva participa com 40% no capital da investida, Cia. Souza. A investidora vende mercadorias para coligada por R$ 300.000, com lucro de 25%. No final do exercício, a coligada ainda mantém em seus estoques metade dessas mercadorias adquiridas. Vamos admitir que a única movimentação no patrimônio líquido da Cia. coligada no período foi o lucro líquido do exercício no valor de R$ 100.000. Calcule os lucros não realizados a serem excluídos pela investidora. Resultados não Realizados em Operações Intersociedades 1. Calcular o lucro contido na venda da investidora para a Cia. Coligada Venda de mercadorias 300.000 Lucro (25%) 75.000 Desse lucro permanecem nos estoques da coligada 50% = 37.500 2. Calcular o lucro não realizado Resultados não Realizados em Operações Intersociedades Lucro líquido da Cia. Coligada 100.000 Percentual de participação 40% Resultado de equivalência patrimonial 40.000 Lucros não realizados contidos nos estoques da Cia. Coligada 37.500 Percentual de participação 40% Lucros não realizados com coligadas 15.000 Contabilização D = investimentos em coligadas 40.000 C = resultado de equivalência patrimonial 40.000 D = lucros não realizados com coligadas (resultado) 15.000 C = lucros a realizar com coligadas (redutora de investimento) 15.000 Resultados não Realizados em Operações Intersociedades Reflexo na demonstração do resultado do exercício da Cia. Investidora: Resultado de equivalência patrimonial 40.000 (-) Lucros não realizados com coligadas (15.000) 25.000 Reflexo no balanço patrimonial da Cia. Investidora: Investimentos em coligadas Valor do investimento (-) Lucros a realizar com coligadas (15.000) Resultados não Realizados em Operações Intersociedades Quando falamos de resultados não realizados em operações intersociedades, o que ocorre quando todos os ativos forem vendidos a terceiros, ou seja, quando não restarem mais ativos no balanço patrimonial da compradora? a) Os resultados não realizados deverão ser eliminados para efeitos de apuração do resultado dessas sociedades. b) São considerados lucros não realizados na proporção da participação da investidora na coligada. c) As parcelas do lucro proporcional à participação dos demais sócios na coligada devem ser realizadas na investidora. d) Nenhum ajuste deverá ser feito. e) Nenhuma das alternativas está correta. Interatividade Resposta Quando falamos de resultados não realizados em operações intersociedades, o que ocorre quando todos os ativos forem vendidos a terceiros, ou seja, quando não restarem mais ativos no balanço patrimonial da compradora? a) Os resultados não realizados deverão ser eliminados para efeitos de apuração do resultado dessas sociedades. b) São considerados lucros não realizados na proporção da participação da investidora na coligada. c) As parcelas do lucro proporcional à participação dos demais sócios na coligada devem ser realizadas na investidora. d) Nenhum ajuste deverá ser feito. e) Nenhuma das alternativas está correta. Venda com lucro da coligada (ou empreendimento controlado em conjunto) para a investidora – CPC 18 (R2), item 28; ICPC 09 (R2), itens 53 e 54 Nas operações de upstream, de venda de ativos da coligada para a investidora (ou empreendimento controlado em conjunto), devem ser eliminados os lucros não realizados por operação de ativos ainda em poder da investidora. Como devem ser eliminados: aplicar o percentual de participação sobre o lucro líquido da coligada deduzido o total do lucro que for considerado como não realizado pela investidora e contabilizar como resultado de equivalência patrimonial. Resultados não Realizadosem Operações Intersociedades Exemplo: Vamos utilizar os dados do exemplo anterior, só que, agora, considerando que a venda seja feita pela coligada para a investidora. 1. Calcular o lucro contido na venda da coligada para a investidora Venda de mercadorias 300.000 Lucro (25%) 75.000 Desse lucro permanecem nos estoques da investidora 50% = 37.500 Resultados não Realizados em Operações Intersociedades 2. Calcular o lucro não realizado Resultados não Realizados em Operações Intersociedades Lucro líquido da Cia. Coligada 100.000 (-) Lucros não realizados contidos nos estoques da Cia. Investidora (37.500) Lucro líquido ajustado para fins de MEP 62.500 Percentual de participação 40% Resultado de equivalência patrimonial 25.000 Contabilização D = investimentos em coligadas 25.000 C = resultado de equivalência patrimonial 25.000 Cálculo do lucro não realizado efetivamente eliminado REP antes dos lucros não realizados (100.000 x 40%) 40.000 REP após lucros não realizados (25.000) Lucro não realizado efetivamente eliminado (40% x 37.500) 15.000 REP significa resultado de equivalência patrimonial. Resultados não Realizados em Operações Intersociedades Venda com lucro da controladora para a controlada – CPC 18 (R2), itens 28A a 28C; ICPC 09 (R2), itens 55 a 55C Nas operações de downstream, de venda de ativos da controladora para a controlada, os lucros não realizados devem ser totalmente eliminados. Os lucros não realizados devem ser excluídos no resultado da controladora deduzindo-se 100% dos lucros contidos nos ativos ainda em poder da compradora (controlada) da seguinte forma: Aplicar o percentual de participação sobre o lucro líquido da controlada e contabilizar como resultado de equivalência patrimonial. Resultados não Realizados em Operações Intersociedades Exemplo: Vamos utilizar os dados do exemplo anterior, só que, agora, considerando que a venda seja feita pela controladora para a controlada. Por se tratar de controladora e controlada, vamos admitir um percentual de participação de 60%. 1. Calcular o lucro contido na venda da controladora para a controlada Venda de mercadorias 300.000 Lucro (25%) 75.000 Desse lucro permanecem nos estoques da controlada 50% = 37.500 Resultados não Realizados em Operações Intersociedades 2. Calcular o lucro não realizado Contabilização D - investimentos em controladas 60.000 C - resultado de equivalência patrimonial 60.000 D - lucros não realizados com controladas 37.500 C - lucros a realizar com controladas (redutora de inv.) 37.500 Resultados não Realizados em Operações Intersociedades Lucro líquido da Cia. Controlada 100.000 Percentual de participação 60% Resultado de equivalência patrimonial 60.000 Lucros não realizados contidos nos estoques da Cia. Controladora 37.500 Resultado da equivalência patrimonial após eliminação 22.000 Reflexo na demonstração do resultado do exercício da Cia. Controladora: Resultado de equivalência patrimonial 60.000 (-) Lucros não realizados com controladas (37.500) 22.500 Reflexo no balanço patrimonial da Cia. Controladora: Investimentos em controladas Valor do investimento (-) Lucros a realizar com controladas (37.500) Resultados não Realizados em Operações Intersociedades Venda com lucro da controlada para a controladora – CPC 18 (R2), itens 28A, 28B e 28C; ICPC 09 (R2), itens 56 a 56B Nas operações de upstream, de venda da controlada para a controladora, o lucro deve ser reconhecido na controlada normalmente. Nas demonstrações individuais da controladora, o cálculo da equivalência patrimonial deve ser feito deduzindo-se do patrimônio líquido da controlada, isto é, 100% do lucro contido no ativo em poder da controladora. Exemplo: Vamos utilizar os dados do exemplo anterior, só que, agora, considerando que a venda seja feita pela controlada para a controladora. Por se tratar de controladora e controlada, vamos admitir um percentual de participação de 60%. Resultados não Realizados em Operações Intersociedades 1. Calcular o lucro contido na venda da controlada para a controladora Venda de mercadorias 300.000 Lucro (25%) 75.000 Desse lucro permanecem nos estoques da controladora 50% = 37.500 2. Calcular o lucro não realizado Resultados não Realizados em Operações Intersociedades Lucro líquido da Cia. Controlada 100.000 Lucros não realizados contidos nos estoques da Cia. Controladora (37.500) Lucro líquido ajustado para fins de MEP 62.500 Percentual de participação 60% Resultado de equivalência patrimonial 37.500 Contabilização D = investimentos em controladas 37.500 C = resultado de equivalência patrimonial 37.500 Cálculo do lucro não realizado efetivamente eliminado REP antes dos lucros não realizados (100.000 x 60%) 60.000 REP após lucros não realizados 37.500 Lucro não realizado efetivamente eliminado (37.500 x 60%) 22.500 Resultados não Realizados em Operações Intersociedades Nas operações de upstream e downstream ocorre a venda de ativos da controlada ou coligada para a controladora e da controladora para a coligada ou controlada, em apenas uma das situações de venda, o lucro deve ser reconhecido na controlada normalmente. Identifique qual é esta situação: a) Venda com lucro da controlada para a controladora. b) Venda com lucro da controladora para a controlada. c) Venda com lucro da coligada (ou empreendimento controlado em conjunto) para a investidora. d) Venda com lucro da investidora para uma coligada ou empreendimento controlado em conjunto. e) O lucro deve permanecer no estoque até a venda. Interatividade Resposta Nas operações de upstream e downstream ocorre a venda de ativos da controlada ou coligada para a controladora e da controladora para a coligada ou controlada, em apenas uma das situações de venda, o lucro deve ser reconhecido na controlada normalmente. Identifique qual é esta situação: a) Venda com lucro da controlada para a controladora. b) Venda com lucro da controladora para a controlada. c) Venda com lucro da coligada (ou empreendimento controlado em conjunto) para a investidora. d) Venda com lucro da investidora para uma coligada ou empreendimento controlado em conjunto. e) O lucro deve permanecer no estoque até a venda. ATÉ A PRÓXIMA!
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