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Anatomia do coração Localização do coração • Repousa sobre o diafragma próximo a linha mediana da cavidade torácica; • Encontra-se no mediastino; • Mediastino: região anatômica que se estende do esterno à coluna vertebral, da 1ª costela ao diafragma e entre pulmões; • Dois terços da massa do coração encontra-se à esquerda da linha mediana; • Cone deitado • Ponta do ventrículo esquerdo (câmara inferior do coração); • Situado sobre diafragma; • Direcionado para frente, para baixo e para esquerda Ápice Base • Lado oposto do ápice; • Constitui a face posterior; • Formada pelos átrios (câmaras superiores), principalmente o esquerdo. Corte transverso do coração Vista anterior do coração . . Faces do coração • Face esternocostal: é profunda ao esterno e as costelas; • Face diafragmática: parte do coração entre o ápice e a margem direita, se apoia no diafragma; • Face pulmonar direita: está voltada para o pulmão direito e se estende da face inferior à base; • Face pulmonar esquerda: está voltada para o pulmão esquerdo e se estende da base ao ápice. Seroso • Superficial; • Tecido conjuntivo inelástico, resistente, denso e irregular; • Impede a hiperdistensão do coração, fornece proteção e ancora o coração no mediastino. Fibroso • Membrana que envolve e protege o coração; • Possui 3 camadas; • Restringe o coração a sua posição no mediastino; • Possibilita liberdade de movimento suficiente para contração vigorosa e rápida. Pericárdio • Mais profundo; • Membrana mais fina e delicada; • Forma uma dupla camada em torno do coração. • Mais externa está fundida ao pericárdio fibroso. • Mais interna; • Epicárdio; • Uma das camadas da parede do coração e adere firmemente a sua superfície. Lâmina parietal do pericárdio seroso Lâmina visceral do pericárdio seroso • Líquido lubrificante entre as camadas do pericárdio; • Reduz atrito entre as camadas conforme o coração se move. Líquido pericárdico • Espaço que contém os poucos mililitros de líquido pericárdico. Cavidade do pericárdio Pericárdio Camadas da parede do coração Epicárdio Miocárdio • Camada externa; • Composto por duas camadas de tecido; • Mais externa = lâmina visceral do pericárdio seroso; • Composta pelo mesotélio; • Sob mesotélio existe uma camada variável de tecido fibroelástico e adiposo; • Textura lisa e escorregadia; • Contém vasos sanguíneos, linfáticos e que irrigam o miocárdio. • Camada intermediária/média; • Responsável pela ação de bombeamento do coração; • Composto por tecido muscular cardíaco; • Compõe 95% da parede do coração. Endocárdio • Camada interna; • Fina camada de endotélio; • Recobre uma fina camada de tecido conjuntivo; • Fornece um revestimento liso para as câmaras do coração e abrange as valvas cardíacas; • É contínuo ao revestimento endoletelial (minimiza o atrito de superfície conforme o sangue passa pelo coração) dos grandes vasos sanguíneos ligados ao coração. Câmaras do coração Átrios • Duas câmaras de recepção superiores; • Recebe sangue dos vasos sanguíneos que retornam o sangue ao coração; • Face anterior de cada átrio existe as aurículas; • Cada aurícula aumenta discretamente a capacidade de um átrio, de modo que ele possa conter maior volume de sangue. Ventrículos • Duas câmaras de bombeamento inferiores; • Ejetam sangue do coração para os vasos sanguíneos chamados artérias; Átrio direito • Forma a margem direita o coração; • Interior da parede posterior é liso e anterior é áspero por causa das cristas musculares (músculos pectíneos); • Recebe sangue de 3 veias: cava superior, cava inferior e seio coronário; • Sangue passa do átrio direito para o ventrículo direito através da valvas atrioventricular direita - valva tricúspide (3 válvulas); • Entre os dois átrios existe o septo interatrial. Ventrículo direito • Forma a maior parte da face esternocostal do coração; • Contém uma série de cristais formadas por feixes elevados de fibras musculares cardíacas - trabéculas cárneas; • Válvulas da valva tricúspide estão conectadas as cordas tendíneas; • Cordas tendíneas são ligadas as trabéculas e formam os músculos papilares; • Os dois ventrículos são separados pelo septo interventricular; • Sangue passa do ventrículo direito através da valva do tronco pulmonar para a artérias pulmonares direita e esquerda e levam o sangue até os pulmões. Átrio esquerdo • Forma a maior parte da base do coração; • Recebe o sangue dos pulmões por 4 veias pulmonares; • Parede posterior e anterior lisa; • Sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo através da valva atrioventricular esquerda - valva bicúspide ou mitral (2 válvulas) Ventrículo esquerdo • Camada mais espessa do coração; • Forma o ápice o coração; • Possui trabéculas cárneas e tem cordas tendíneas que ancoram a valva mitral; • O sangue passa através da valva da aorta na parte ascendente; • Um pouco do sangue da aorta flui para as artérias coronárias que se ramificam na parte ascendente da aorta e transportam o sangue para a parede do coração; • Restante passa para o arco da aorta e parte descendente da aorta e seus ramos levam o sangue para todo corpo. Sulcos • Marcam as fronteiras externas entre as câmaras do coração; • Sulco coronário: marca fronteira externa entre os átrios acima e os ventrículos; • Sulco interventricular anterior: sulco raso na face esternocostal, marca a fronteira externa entre os ventrículos; • Sulco interventricular posterior: continuação do sulco, marca fronteira externa entre os ventrículos na face posterior Átrios e ventrículos Esqueleto fibroso do coração • Constituído por quatro anéis de tecido conjuntivo denso que circundam as valvas cardíacas, unidos um ao outro que se fundem ao septo interventricular; • Forma a base estrutural para as valvas cardíacas; • Evita o estiramento excessivo das valvas enquanto o sangue passa por elas; • Ponto de inserção para os feixes de fibras musculares cardíacas; • Atua como isolante elétrico entre os átrios e ventrículos. Funcionamento das valvas atrioventriculares • Situados entre um átrio e um ventrículo; • São chamadas de atrioventriculares (AV) direita e esquerda; • Quando aberta as extremidades das válvulas, elas se projetam para o ventrículo; • Quando os ventrículos estão relaxados músculos papilares ficam relaxados, as cordas tendíneas ficam frouxas; • O sangue se move da área de maior pressão no átrio para uma de menor pressão nos ventrículos; • Quando os ventrículos se contraem a pressão do sangue aciona as válvulas para cima, fazendo com que suas extremidades se encontrem e se fechem; • Os músculos papilares se contraem e as cordas tendíneas ficam tencionadas; • Isso impede a destruição das válvulas em resposta a alta pressão ventricular • Se as valvas ou cordas tendíneas estiverem danificadas o sangue pode transbordar para os átrios quando os ventrículos se contraem. Funcionamento das valvas atrioventriculares Funcionamento das valvas semilunares • Valvas da aorta são compostas por 3 válvulas semilunares; • Valvas do tronco pulmonar e da aorta fazem a ejeção de sangue do coração para as artérias e evitam o refluxo para os ventrículos; • As margens livres das válvulas se projetam para o lúmen da artéria; • Quando os ventrículos contraem a pressão se acumula nas câmaras; • Valvas se abrem quando a pressão dos ventrículos é maior do que das artérias; • Ocorre a ejeção do sangue dos ventrículos para o tronco pulmonar e aorta; • Conforme os ventrículos relaxam o sangue começa a refluir para o coração; • Fluxo de sangue retrógrado enche as válvulas da valva; • Isso faz com que as margens livres das valvas do tronco pulmonar e da aorta se contraiam firmemente uma contraa outra e se fechem. Funcionamento das valvas semilunares Circulação sistêmica • Lado esquerdo do coração é a bomba para essa circulação; • Recebe o sangue oxigenado; • Ventrículo esquerdo ejeta o sangue para aorta; • Da aorta o sangue se divide em correntes separadas, entrando em artérias sistêmicas menores que o transportam a todos órgãos do corpo; • Nos tecido sistêmicos as artérias dão origem a arteríolas de menor diâmetro que levam a extensos leitos de capilares sistêmicos; • Troca de nutrientes e gases ocorre através das finas paredes capilares; • Na maior parte dos casos, o sangue flui por meio de um único capilar e então entra em uma vênula sistêmica; • Vênulas transportam o sangue desoxigenado dos tecidos e se fundem para formar veias sistêmicas maiores; • Sangue reflui para o átrio direito. Simplificando • O sangue oxigenado dos capilares pulmonares passa pelo átrio esquerdo a partir das veias pulmonares; • Do átrio esquerdo segue para o ventrículo esquerdo através da valva atrioventricular esquerda (valva mitral); • O ventrículo esquerdo ejeta o sangue para aorta, através da valva da aorta • Da aorta, o sangue se divide em artérias sistêmicas que o transportam para o corpo inteiro; • O sangue oxigenado passa pelos capilares sistêmicos da cabeça, tronco e membros superiores e inferiores; • Nos capilares eles perdem o O2 e recebem o CO2; • O sangue desoxigenado segue para o átrio direito, dando início a circulação pulmonar. Circulação pulmonar • Lado direito do coração; • Recebe todo sangue desoxigenado que retorna da circulação sistêmica; • Sangue ejetado do ventrículo direito flui para o tronco pulmonar, que se dividem em artérias pulmonares que levam o sangue para os pulmões; • Nos capilares pulmonares sangue descarrega o CO2, que é expirado, e capta o O2 do ar inalado; • Sangue oxigenado flui para as veias pulmonares e retorna ao átrio esquerdo. Simplificando • O sangue desoxigenado (venoso) chega ao átrio direito a partir da veia cava superior, veia cava inferior e seio coronário; • É ejetado para o ventrículo direito a partir da valva atrioventricular direito (valva tricúspide); • Sangue ejetado flui para o tronco pulmonar, que se divide em artérias pulmonares; • As artérias pulmonares levam o sangue aos capilares pulmonares dos pulmões; • Nos capilares o sangue perde o CO2 pela expiração e recebe O2 pela inalação; • O sangue oxigenado segue pelas veias pulmonares até alcançar o átrio esquerdo, dando inicio a circulação sistêmica Circulação sistêmica e pulmonar Circulação coronariana • Miocárdio possui sua própria rede de vasos sanguíneos; • Isso ocorre porque os nutrientes não se difundem rapidamente para suprir todas as camadas de células do coração; • Artérias coronárias ramificam-se da parte ascendente da aorta e cercam o coração; • Quando o coração se contrai pouco sangue flui nas artérias coronárias; • Quando o coração relaxa a pressão o sangue impulsa ao longo das artérias coronárias até os vasos capilares e depois até as veias coronárias. Circulação porta hepática • Transporta o sangue venoso dos órgãos gastrointestinais e baço para o fígado; • Veia porta: transporta o sangue de uma rede capilar para outra; • Veia porta do fígado recebe sangue dos capilares dos órgãos do sistema digestório e do baço e flui para os vasos sinusoies do fígado; • Depois da refeição o sangue da veia porta esta rico em nutrientes absorvidos pelo sistema digestório; • O fígado armazena alguns e modifica outros antes de passarem para a circulação geral; • Veias mesentéricas superior e esplênica se unem para formar a veia porta do fígado; • V. Mesentérica superior: drena o sangue do intestino delgado, partes do intestino grosso, estômago e pâncreas por meio das veias jejunais, ileais, ileocolicas, cólica direita, cólica média, pancreaticoduodenais e gastromental direita; • V. Esplênica: drena o sangue do estômago, pâncreas e partes do intestino grosso por meio das veias gástricas curtas, gastromental esquerda, pancreáticas e mesentérica inferior; • V. Mesentérica inferior: abre na veia esplênica, drena o sangue para partes do intestino grosso por meio das veias retal superior, sigmóidea e cólica esquerda; • V. Gástricas direita e esquerda abrem diretamente na veia porta do fígado e drenam o sangue do estômago; • V. Cística também se abre na veia porta do fígado,drena a vesícula biliar; • Fígado recebe sangue rico em nutrientes, mas desoxigenado, por meio da veia porta do fígado e sangue oxigenado pela artéria hepática; • Os dois sangues se misturam nos vasos sinusóides; • O sangue deixa os vasos sinusóides do fígado pelas veias hepáticas; • Das veias hepáticas o sangue é drenado pra a veia cava inferior, chegando ao coração. Esquema da circulação porta hepática Veia porta do fígado V. Mesentérica superior V. Esplênica V. Jejunais V. Ileais V. Ileocolicas V. Cólica direita V. Cólica média V. Pancreaticoduodenais V. Gastromental direita V. Gástricas curtas V. Gastromental esquerda V. Pancreáticas V. Mesentérica inferior V. Retal superior V. Sigmoidea V. Cólica esquerda Sistema de drenagem da circulação porta hepática Esquema da circulação porta hepática Circulação fetal • Só ocorre no feto e contém estruturas especiais que possibilitam o desenvolvimento fetal para troca de substâncias com a mãe; • Difere da circulação pós-natal, pois os pulmões, rins e órgãos do sistema digestório não funcionam até o nascimento; • Feto obtém O2 e nutrientes do sangue materno e elimina CO2 e outras escórias por meio dele; • Troca desses materiais ocorre por meio da placenta; • Ela se forma no interior do útero da mãe e se insere no umbigo do feto pelo cordão umbilical; • Se comunica com o sistema circulatório da mãe por meio de pequenos vasos sanguíneos que emergem da parede uterina; • Cordão umbilical possui vasos que se ramificam em capilares na placenta; • Escórias metabólicas do sangue fetal se difundem para fora dos capilares em espaços intervilosos contendo sangue materno na placenta e depois para as veias uterinas; • Nutrientes fazem caminho oposto, ou seja, dos vasos sanguíneos da mãe para os espaços intervilosos e depois para os capilares fetais; • Não ocorre mistura dos sangues materno e fetal, pois as trocas ocorrem por difusão pela parede dos capilares; • Sangue passa do feto para placenta por artérias umbilicais no cordão umbilical; • Essas artérias são ramos das artérias ilíacas internas e estão no cordão umbilical; • Na placenta o sangue fetal pega O2 e nutrientes e elimina CO2 e escórias metabólicas; • Sangue oxigenado retorna da placenta por meio de uma única veia umbilical; • Essa veia sobe para o fígado do feto e se divide em dois ramos; • Um pouco de sangue flui pelo ramo que se une na veia porta do fígado e entra no fígado; • Maior parte do sangue flui para o segundo ramo, o ducto venoso, que drena para a veia cava inferior; • Sangue venoso que retorna das regiões inferiores se mistura com o sangue oxigenado do ducto venoso na veia cava inferior; • Sangue misto entra no átrio direito; • Sangue desoxigenado que retorna das regiões superiores do feto entra na veia cava superior e também passa pelo átrio direito; • Maior parte do sangue fetal não passa do ventrículo direito para os pulmões, porque possui uma abertura, o forame oval, no septo interatrial; • Maior parte do sangue que entra no átrio direito passa do forame oval para o átrio esquerdo e une-se a circulação sistêmica; • Sangue que passa pelo ventrículo direito é bombeado para o tronco pulmonar, mas pouco desse sangue atinge os pulmões; • Maior parte do sangue é enviada pelo vaso que liga o tronco pulmonar e a aorta, o ducto arterial; • Da aorta o sangue é transportado para todos os tecidos fetais pela circulaçãosistêmica; • Parte do sangue flui das artérias ilíacas internas para as artérias umbilicais e de volta para a placenta para outra troca de materiais. Circulação pós-natal • Pulmões, rins e sistema digestório começa a funcionar; • Cordão umbilical é amarrado e o sangue não flui pelas artérias umbilicais; • Elas se enchem de tecido conjuntivo, onde as partes distais tornam-se cordões fibrosos chamados ligamentos umbilicais medianos; • Veia umbilical colapsa mas permanece como ligamento redondo do fígado, ligando o umbigo ao fígado; • Ducto venoso colapsa, mas permanece como ligamento venoso, um cordão fibroso na face inferior do fígado; • Placenta é expelida após o nascimento; • O forame oval normalmente se fecha logo após o nascimento se tornando a fossa oval, uma depressão no septo interatrial; • Quando o recém nascido respira pela primeira vez, os o pulmões se expandem e o fluxo sanguíneo para os pulmões aumenta; • O sangue que retorna dos pulmões ao coração aumenta a pressão no átrio esquerdo; • Isso fecha o forame oval, empurrando a estrutura que o protege contra o septo interatrial. Circulação fetal e pós-natal
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