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(Ebook IFMG) - Analise e producao de textos de comunicacao I

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Prévia do material em texto

Análise e produção de textos de 
comunicação I 
 
 
 
 
Rafael Batista Andrade
Formação Inicial e 
Continuada 
+ 
IFMG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rafael Batista Andrade 
 
 
 
 
 
Análise e produção de textos de comunicação I 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
Instituto Federal de Minas Gerais 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
 
A553a Andrade, Rafael Batista. 
 Análise e produção de textos de comunicação I [recurso eletrônico] 
/ Rafael Batista Andrade. – Belo Horizonte: Instituto Federal de Minas 
Gerais, 2021. 
 43 p. : il. color. 
 
 E-book, no formato PDF. 
 Material didático para Formação Inicial e Continuada. 
 ISBN 978-65-5876-125-9 
 1. Comunicação 2. Linguagem. 3. Análise do discurso. 
4. Metalinguagem. I. Título 
 CDU 81’42 
 
Catalogação: Luciana Batista Neves - CRB-6/2000 
 
 
Índice para catálogo sistemático: 
Comunicação - 81’42 
 
 
 
Pró-reitor de Extensão 
Diretor de Programas de Extensão 
Coordenação do curso 
Arte gráfica 
Diagramação 
Carlos Bernardes Rosa Júnior 
Niltom Vieira Junior 
Rafael Batista Andrade 
Ângela Bacon 
Eduardo dos Santos Oliveira 
© 2021 by Instituto Federal de Minas Gerais 
Todos os direitos autorais reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico 
ou mecânico. Incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de 
armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização por escrito do 
Instituto Federal de Minas Gerais. 
2021 
Direitos exclusivos cedidos ao 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Avenida Mário Werneck, 2590, 
CEP: 30575-180, Buritis, Belo Horizonte – MG, 
Telefone: (31) 2513-5157 
Sobre o material 
 
 
 
Este curso é autoexplicativo e não possui tutoria. O material didático, 
incluindo suas videoaulas, foi projetado para que você consiga evoluir de forma 
autônoma e suficiente. 
 Caso opte por imprimir este e-book, você não perderá a possiblidade de 
acessar os materiais multimídia e complementares. Os links podem ser 
acessados usando o seu celular, por meio do glossário de Códigos QR 
disponível no fim deste livro. 
Embora o material passe por revisão, somos gratos em receber suas 
sugestões para possíveis correções (erros ortográficos, conceituais, links 
inativos etc.). A sua participação é muito importante para a nossa constante 
melhoria. Acesse, a qualquer momento, o Formulário “Sugestões para 
Correção do Material Didático” clicando nesse link ou acessando o QR Code a 
seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para saber mais sobre a Plataforma +IFMG acesse 
https://mais.ifmg.edu.br 
 
 
Formulário de 
Sugestões 
http://forms.gle/b873EGYtkvK99Vaw7
https://mais.ifmg.edu.br/
 
 
 
 
 
 
 
Palavra do autor 
 
 
Caro estudante, seja bem-vindo ao curso de Iniciação e Formação 
Continuada “Análise e produção de textos de comunicação I”. 
Nesta década decisiva do século XXI, a sua formação profissional e 
humana precisará ir muito além dos muros escolares, universitários e 
empresariais. Estamos vivendo um momento em que o pensamento crítico, a 
comunicação, a colaboração e a criatividade serão habilidades essenciais para 
o cidadão deste novo milênio. Logo, a análise e a produção de textos de 
comunicação lhe proporcionarão um conhecimento indispensável para o seu 
aprimoramento pessoal, acadêmico e profissional. 
Divididos em três módulos, este curso tem por objetivo incentivá-lo a 
analisar e a produzir cartas de leitor, resenhas e artigos de opinião por meio de 
recortes de pesquisas sobre esses gêneros de discurso do domínio jornalístico. 
Trata-se, em síntese, de um curso voltado para o aperfeiçoamento de 
competências que contribuem para a formação de cidadãos conscientes e 
engajados com as principais causas que se devem debater, em âmbito 
doméstico e internacional, ao longo deste novo milênio. 
 
 
 
 
Bons estudos!! 
Rafael Batista Andrade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apresentação do curso 
 
 
Este curso está dividido em três semanas, cujos objetivos de cada uma são 
apresentados, sucintamente, a seguir. 
 
SEMANA 1 
Analisar aspectos linguístico-discursivos de cartas de 
leitor. Produzir uma carta de leitor segundo as regras 
desse gênero de discurso. 
SEMANA 2 
Analisar aspectos linguístico-discursivos de resenhas. 
Produzir uma resenha segundo as regras desse gênero de 
discurso. 
SEMANA 3 
Analisar aspectos linguístico-discursivos de artigos de 
opinião. Produzir um artigo de opinião segundo as regras 
desse gênero de discurso. 
 
 
Carga horária: 30 horas. 
Estudo proposto: 2h por dia em cinco dias por semana (10 horas semanais). 
 
 
Apresentação dos Ícones 
 
 
Os ícones são elementos gráficos para facilitar os estudos, fique atento quando 
eles aparecem no texto. Veja aqui o seu significado: 
 
 
 
 
Atenção: indica pontos de maior importância 
no texto. 
 
Dica do professor: novas informações ou 
curiosidades relacionadas ao tema em estudo. 
 
Atividade: sugestão de tarefas e atividades 
para o desenvolvimento da aprendizagem. 
 
Mídia digital: sugestão de recursos 
audiovisuais para enriquecer a aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
Semana 1 – Análise e produção de cartas de leitor ...................................... 15 
1.1 Análise de aspectos linguístico-discursivos de cartas de leitor ........... 15 
1.2 A diversidade do gênero de discurso cartas de leitor ......................... 17 
1.3 Produção de cartas de leitor............................................................... 20 
Semana 2 – Análise e produção de resenhas ............................................... 23 
2.1 Análise de aspectos linguístico-discursivos de resenhas ................... 23 
2.2 Atividade de reflexão linguístico-discursiva sobre uma resenha ......... 26 
2.3 Produção de resenhas ....................................................................... 29 
Semana 3 – Análise e produção de artigos de opinião .................................. 32 
3.1 Análise de aspectos linguístico-discursivos de artigos de opinião ...... 32 
3.2 A busca pelo status de leitor e de articulista com o artigo de opinião . 36 
3.3 Produção de artigos de opinião .......................................................... 37 
Referências ................................................................................................... 39 
Currículo do autor .......................................................................................... 41 
Glossário de códigos QR (Quick Response) ................................................. 43 
 
 
 
 
file:///C:/Users/Niltom/Downloads/(Ebook%20+IFMG)%20-%20Análise%20e%20produção%20de%20textos%20de%20comunicação%20I.docx%23_Toc76743062
file:///C:/Users/Niltom/Downloads/(Ebook%20+IFMG)%20-%20Análise%20e%20produção%20de%20textos%20de%20comunicação%20I.docx%23_Toc76743066
file:///C:/Users/Niltom/Downloads/(Ebook%20+IFMG)%20-%20Análise%20e%20produção%20de%20textos%20de%20comunicação%20I.docx%23_Toc76743072
 
 
 
Plataforma +IFMG 
 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Pró-Reitoria de Extensão 
15 
 
 
 
 
 
 
 
Mídia digital: Antes de iniciar os estudos, vá até a sala 
virtual e assista ao vídeo “Apresentação do curso”. 
 
1.1 Análise de aspectos linguístico-discursivos de cartas de leitor 
 
Você certamente já ouviu, ou leu textos, em que seus autores defendem a importância 
da leitura, não apenas para a formação de estudantes do ensino fundamental, médio e 
superior, mas também para qualquer cidadão, independentementedo seu grau de instrução. 
Trata-se de uma afirmação pertinente com a qual muitos professores, pedagogos, familiares 
e estudiosos da educação e da língua portuguesa, certamente, estão de acordo. 
No entanto, essa ideia, bastante difundida, raramente é aprofundada. Se sua difusão 
possui alguns aspectos positivos, como o reconhecimento de boa parte da população sobre 
o papel relevante da leitura na vida de cada brasileiro e brasileira, as estratégias de leitura 
e sua relação com a escrita nem sempre são compreendidas pela população. O que ler? 
Quando ler ficção e não ficção? Em que medida a leitura de um texto de um gênero de 
discurso específico pode nos ajudar a aperfeiçoar nossas práticas de escrita? 
Neste curso, você será incentivado a ler cartas de leitor e a produzi-las porque 
compreenderá que esse gênero de discurso lhe proporcionará um meio de se comunicar 
com outros cidadãos, a fim de participar ativamente do debate público. Este ocorre sobretudo 
no domínio jornalístico e não deve ser confundido com postagens em redes sociais como o 
Facebook, o Twitter, o Instagram etc., o que, evidentemente, não nega a importância de tais 
instrumentos comunicativos no que diz respeito a outros objetivos, sobretudo quando usados 
com finalidades específicas e com uma dosagem dentro de determinados padrões sociais e 
profissionais. 
Voltando à questão da leitura, você já pode compreender uma especificidade deste 
curso. A escolha da carta de leitor visa mostrar que há gêneros de discurso que devem ser 
lidos e analisados para, posteriormente, serem produzidos. É algo muito diferente do que 
ocorre com outros gêneros discursivos. A título de exemplo, lemos romances, contos, 
manuais de instrução, parábolas etc. muito mais por outros motivos que para produzi-los. 
Evidentemente, a leitura desses gêneros de discurso contribui para o seu processo de 
escrita de modo mais geral: na aquisição de vocabulário e na percepção do uso da norma 
Objetivos 
Analisar aspectos linguístico-discursivos de cartas de leitor. 
Produzir uma carta de leitor segundo as regras desse gênero 
de discurso. 
Semana 1 – Análise e produção de cartas de leitor 
Plataforma +IFMG 
 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Pró-Reitoria de Extensão 
16 
culta padrão da língua portuguesa, por exemplo. Mas se você não tiver lido e analisado um 
gênero mais específico como a carta de leitor, a produção desta será certamente 
prejudicada, pois você não conhecerá as regras específicas desse gênero, mesmo que 
tenha um bom domínio de vocabulário e de algumas regras da norma culta da língua 
portuguesa. 
Assim, no caso da carta de leitor, vamos ver algumas características desse gênero 
de discurso para que você possa compreender por que uma das propostas deste curso 
objetiva incentivar a leitura e a produção desse gênero do domínio jornalístico. 
O primeiro passo a ser dado nessa direção, que promoverá a sua criatividade e o seu 
engajamento no debate público de sua cidade, estado, e no Brasil como um todo, é 
compreender que esse gênero de discurso foi estudo por um número significativo de 
pesquisadores: linguistas ou analistas do discurso, principalmente. Logo, você encontrará, 
aqui, dados muito mais robustos que aqueles, eventualmente, vistos durante o seu cotidiano 
escolar e não escolar. 
Brocardo (2015, p. 114), por exemplo, considera que a carta de leitor possui uma 
função social significativa, uma vez que, por meio dela, tem-se a materialidade ideológica do 
leitor sobre enunciados anteriores. Assim, com base em textos publicados antes em um 
jornal ou em uma revista, o leitor pode assumir uma postura avaliativa (explicitar seu 
posicionamento ideológico) sobre diferentes temas da atualidade, denunciando, discordando 
ou concordando com a opinião de outros atores sociais em relação a fatos políticos, 
econômicos e sociais do Brasil e do mundo. 
A autora ainda chama a atenção para diferenças entre as cartas de leitor no jornal 
impresso e na versão online. Ao trabalhar com textos da revista Veja, ela conclui que o 
interlocutor do autor desse gênero de discurso na edição impressa é mais restrito, pois se 
trata de assinantes da referida revista. No caso da edição online, o autor da carta de leitor 
possui um público mais amplo e diverso. Além disso, a pesquisadora evidencia que, na 
versão impressa, a carta de leitor costuma passar por um processo de coautoria, já que 
normalmente o editor do jornal ou da revista reelabora os textos originais dos leitores, 
imprimindo-lhes outro olhar valorativo. Por fim, justamente por esse viés de coautoria da 
carta de leitor na edição impressa da revista supracitada, Brocardo (2015, p. 158) defende 
que o uso da norma culta padrão é um dos aspectos estilísticos desse gênero de discurso. 
Outros aspectos do estilo da carta de leitor, segundo a pesquisadora, são o uso da 
primeira pessoa do plural (nós), o uso de verbos no presente do indicativo e no pretérito 
perfeito e a presença de operadores argumentativos, principalmente conjunções. Tais 
aspectos são observados tanto na edição impressa quanto na online da carta de leitor, ainda 
que, na última, ocorrem traços de uma maior tendência à variedade informal e à influência 
de recursos tecnológicos. O último traço importante desse gênero de discurso estudado pela 
autora, e que nos interessa neste estudo, é a sua construção composicional. Para Brocardo 
(2015, p. 168), a versão impressa da revista impõe às cartas de leitor uma marca de 
brevidade, concisão, uma vez que há poucas folhas reservadas a esse gênero na edição 
impressa, o que nem sempre ocorre na edição online, em que os autores possuem maior 
liberdade, inclusive para usar vocativos. 
 
Plataforma +IFMG 
 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Pró-Reitoria de Extensão 
17 
Veja, agora, como alguns desses dados apontados até aqui podem ser observados 
por você mesmo durante as leituras que realizar de cartas de leitor com o fim de aprimorar 
o seu engajamento no debate local, regional e internacional em diferentes meios de 
comunicação. Dessa maneira, a sua formação profissional e cidadã estará mais alinhada 
com as exigências deste novo milênio, pois a leitura e a produção de cartas de leitor 
enriquecerão o seu repertório textual, desenvolvendo a sua competência comunicativa, o 
seu pensamento crítico, a sua colaboração para o debate público e a sua criatividade. 
 
1.2 A diversidade do gênero de discurso cartas de leitor 
 
 O primeiro ponto que você deve considerar, a fim de se preparar para a produção de 
cartas de leitor, é diferenciar a leitura e a análise desse gênero de discurso. Logo, deve-se 
privilegiar a habilidade de comparar a publicação das cartas de leitor em diferentes jornais, 
sendo um destes necessariamente aquele em que você almejará publicar seu texto. 
Comecemos com uma carta de leitor do jornal Folha de São Paulo. Na seção Painel do 
Leitor, são encontrados os dados para possíveis publicação. 
folha.com/paineldoleitor leitor@grupofolha.com.br 
Cartas para al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900. A Folha se reserva o 
direito de publicar trechos das mensagens. Informe seu nome completo e endereço1. 
 
 Este é um exemplo de carta de leitor publicada neste meio de comunicação. 
 
Reforma tributária 
O artigo “O teto, a renda básica e a tributação” (Tendências / Debates, 30/11), de Roberto 
Luis Troster, ex-economista-chefe da Febraban, trouxe sugestões muito interessantes para 
uma reforma tributária em nosso país. Estranhei que até agora esse artigo não teve grande 
repercussão, pois, em minha opinião, é a melhor proposta formulada para resolver os graves 
problemas fiscais e sociais. A Folha poderia fazer uma comparação com as diversas 
propostas de reforma tributária que estão por aí e, com isso, contribuir com o debate. 
Francisco Napoli (São Paulo, SP)2 
 
Repare que a carta de leitor possui parágrafo único. Se você ler umaseção inteira do 
Painel do Leitor, do jornal Folha de São Paulo, em sua versão online ou escrita, reparará 
que praticamente todos os textos seguem esse critério. Logo, diante da informação de que 
o jornal poderá fazer cortes em seu texto, não faz muito sentido você escrever uma carta de 
 
1 Disponível em: http://acervo.folha.com.br/digital/leitor.do?numero=49366&anchor=6424705&pd = 
ef84d7f98221960d0d6fb0a45cab0ba4. Acesso em 05 dez. 2020. 
2 Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/2020/12/reeleicao-de-alcolumbre-e-maia-e-alvo-
de-criticas.shtml. Acesso em 05 dez. 2020. 
http://acervo.folha.com.br/digital/leitor.do?numero=49366&anchor=6424705&pd%20=%20ef84d7f98221960d0d6fb0a45cab0ba4
http://acervo.folha.com.br/digital/leitor.do?numero=49366&anchor=6424705&pd%20=%20ef84d7f98221960d0d6fb0a45cab0ba4
http://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/2020/12/reeleicao-de-alcolumbre-e-maia-e-alvo-de-criticas.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/2020/12/reeleicao-de-alcolumbre-e-maia-e-alvo-de-criticas.shtml
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Pró-Reitoria de Extensão 
18 
leitor extensa, com mais de um parágrafo. Outra característica que se destaca nesse 
exemplo é iniciar a carta de leitor com uma alusão ao texto comentado. Trata-se de uma 
estratégia interessante e bastante produtiva, pois tanto os editores do jornal como os leitores 
podem acionar facilmente o tema que você abordará. Em menos de três linhas, o autor da 
referida carta faz isso e aponta o posicionamento dele sobre o tema em questão. No 
enunciado seguinte, há um aprofundamento do comentário dele com críticas à pouca 
repercussão do artigo de opinião a que ele se refere. Por fim, o autor evidencia o que deveria 
ser feito para o aperfeiçoamento do debate em torno da reforma tributária, indicando o papel 
que o próprio jornal deveria exercer. 
Essas dicas, contudo, não podem ser consideradas como o único modo de se 
produzir uma carta de leitor, pois há muitas variáveis em sua constituição, isto é, sua 
formação. Isso, aliás, ocorre com todos os gêneros de discurso. Estes sempre possuem uma 
estabilidade relativa, porque podem apresentar aspectos diferentes. É por essa razão que 
você precisa ler diferentes cartas de leitor para seguir as regras desse gênero de discurso 
e, ao mesmo tempo, escrevê-las com originalidade e criatividade. Vejamos, pois, mais outra 
carta de leitor. Nesse caso, trata-se de uma parte das análises realizadas por Brocardo 
(2015, p. 170) na versão digital da revista Veja. 
 
LEONARDO PALMEIRA 
28/08/2013 às 17:58h 
[...] Igualdade na educação básica não será construída da noite pro dia e nesse sentido faço 
a pergunta: o enorme contingente de alunos saídos do ensino médio devem esperar a 
melhoria do ensino fundamental para refazê-lo, e a partir daí tentar uma vaga nas 
universidades?3 
 
 Nessa segunda carta de leitor, Brocardo (2015, p. 170) destaca o papel do uso de 
uma linguagem informal na versão online da revista Veja. De fato, a concordância verbal “o 
enorme contingente de alunos saídos do ensino médio devem”, em vez de “o enorme 
contingente de alunos saídos do ensino médio deve”, demonstra uma produção textual que 
não se enquadra no âmbito formal. Além disso, o uso de “pro” também reforça esse caráter 
informal. De qualquer forma, a autora ressalta a estratégia de finalizar a carta do leitor com 
uma pergunta, o que não deixa de ser uma estratégia argumentativa interessante. Esse tipo 
de estratégia não precisa estar reservado apenas à edição online. 
Com esses dois exemplos, você já possui uma boa ideia de que a sua produção de 
cartas de leitor pode variar conforme o meio de comunicação que escolher. Alguns traços, 
entretanto, estão presentes em qualquer carta de leitor, como vimos na subseção anterior e 
na análise da primeira carta de leitor apresentada aqui. Embora acredite que tanto a 
 
3 BROCARDO, Rosangela Oro. O gênero carta do leitor em diferentes suportes e mídias: uma análise de aspectos 
linguístico-discursivos. 2015. 201 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Estadual do Oeste do Paraná, 
Cascavel, 2015. Disponível em: http://tede.unioeste.br/bitstream/tede/2428/1/rosangela%20_oro.pdf. Acesso em: 11 nov. 
2020 
 
http://tede.unioeste.br/bitstream/tede/2428/1/rosangela%20_oro.pdf
Plataforma +IFMG 
 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Pró-Reitoria de Extensão 
19 
produção desse gênero de discurso no âmbito virtual como em edições impressas dará 
muitas contribuições para o seu crescimento pessoal e profissional, pelo fato de este curso 
visar o desenvolvimento de sua comunicação, ressalto a importância de que você tente 
privilegiar a publicação de seus textos em meios impressos de comunicação. Isso porque 
uma carta de leitor, como essa de Leonardo Palmeira, assemelha-se muito a postagens de 
redes sociais e pode ter um valor social menor. Tanto é assim, que você não precisa fazer 
um curso como este para trabalhar com as suas postagens em redes sociais. 
Vejamos agora um último exemplo para que compreenda um aspecto valorativo da 
carta de leitor em meios de comunicação impressos. Veloso (2013) estudou cartas de leitor 
da mídia impressa de referência publicadas na primeira quinzena de fevereiro de 1980. Os 
meios de comunicação escolhidos foram Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e 
revista Veja. Para encerrarmos essa exposição, leia esta carta cujo tema está relacionado 
com questões de diplomacia. 
 
 
Dica do Professor: A diplomacia também foi estudada 
sob o ponto de vista dos estudos linguísticos. Para saber 
mais sobre o tema, leia o artigo de opinião O papel da 
ciência na formação da opinião pública sobre 
coranavírus e política, de Rafael Batista Andrade4, 
disponível (download). 
 
O Brasil nas Olimpíadas 
Sr. Redator, 
Tive o desgosto de saber que o presidente da República autorizou a ida da delegação 
brasileira às Olimpíadas de Moscou, não atendendo, portanto, ao pedido do presidente 
Carter. O boicote às Olimpíadas é uma maneira que os países com mais visão encontraram 
para manifestarem-se contra a invasão soviética no Afeganistão, portanto, os países que 
enviarem suas delegações às Olimpíadas estarão apoiando a atitude soviética em relação 
ao Afeganistão. “Parabéns” ao nosso presidente por apoiar o expansionismo soviético. 
Roque Carvalho de Melo Fº 
Presidente Prudente 
(OESP, 12/02/1980) 
 
Em primeiro lugar, observe que o fato de se ter preservado um texto de 1980 deve-
se muito ao trabalho da imprensa de referência. É por razões como essa que sugiro a 
publicação de suas cartas de leitor, prioritariamente, nesse tipo de meio de comunicação. 
Em segundo lugar, destaca-se o conhecimento mínimo do autor do texto sobre o tema e a 
ativação desse saber como uma provável referência a textos que foram publicados no jornal 
 
4 Disponível em: http://hiperteia.com.br/o-papel-da-ciencia-na-formacao-da-opiniao-publica-sobre-coronavirus-
e-politica/. Acesso em 12 dez. 2020. 
https://drive.google.com/file/d/1cN2RXQMxgToHuPn66h29-rL5FH6Rtntn/view?usp=sharing
http://hiperteia.com.br/o-papel-da-ciencia-na-formacao-da-opiniao-publica-sobre-coronavirus-e-politica/
http://hiperteia.com.br/o-papel-da-ciencia-na-formacao-da-opiniao-publica-sobre-coronavirus-e-politica/
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Pró-Reitoria de Extensão 
20 
em questão. O vocativo (Sr. Redator) deve ser compreendido como uma característica do 
gênero carta de leitor daquela época (1980), que já passou por transformações e nem 
sempre é usado hoje em dia. Por fim, é preciso compreender a ironia, principalmente pelo 
uso das aspas em “Parabéns”, visto que, na realidade, o autor da referida carta desaprova 
a atitude do então presidente da República de aprovar a ida da delegação brasileira às 
Olimpíadas de Moscou. 
 
 
Atividade: Elabore uma síntese com as principais 
características do gênerode discurso carta de leitor, vá 
até a sala virtual e participe do Fórum “Meu curso”. Inicie 
uma nova publicação ou contribua com a publicação de 
algum outro colega, considerando a síntese que cada um 
produziu. 
 
1.3 Produção de cartas de leitor 
 
Após ter compreendido as características do gênero de discurso carta de leitor, você 
precisa selecionar um meio de comunicação específico, no qual você pretende publicar o 
seu texto. Para isso, certifique-se, primeiro, de que o jornal ou a revista de sua preferência 
possui uma seção dedicada à publicação da carta de leitor. Em seguida, invista na leitura de 
textos jornalísticos publicados no referido meio de comunicação cujos temas despertem em 
você interesse. Durante esse processo de leitura, privilegie também a diversidade de cartas 
de leitor para que encontre o seu estilo de acordo com a sua criatividade linguístico-
discursiva e o seu posicionamento ideológico. 
Atente-se para um fato: a maioria das revistas e dos jornais reserva o espaço de 
publicação desse gênero de discurso para assinantes. Assim, é preciso procurar o meio de 
comunicação que melhor lhe atenda. Mas, pensando em sua formação cidadã e profissional, 
trata-se de um investimento que lhe poderá garantir um exercício real de escrita, inclusive 
passando pelo processo de ter que escrever várias cartas de leitor, até que uma delas seja 
de fato publicada. 
Em relação às assinaturas dos jornais e revistas, destaca-se que a diferença entre as 
suas versões online e escritas pode ser muito relativa. Aliás, hoje em dia, jornais como a 
Folha de São Paulo, o Estado de Minas, o Globo e revistas como Época, Crescer e Galileu 
já disponibilizam a versão impressa em PDF (versão digital). Logo, os meios de comunicação 
que reservaram um espaço para as cartas de leitor têm disponibilizado esses gêneros de 
discurso publicados na versão impressa por meio de assinaturas digitais. 
Por fim, com a produção de cartas de leitor, você terá a oportunidade de conhecer 
meios de comunicação de seu bairro ou sua cidade. Nesse sentido, poderá procurar jornais 
e revistas de associações de bairro e de jornalismo independente a fim de verificar se, 
nesses espaços, há um lugar reservado para o posicionamento de leitores como você. 
 
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21 
 
Dica do Professor: Realize uma busca por jornais de 
prestígio na sua cidade ou estado. A sua contribuição 
como leitor pode começar no âmbito regional e depois 
em jornais e revistas de referência em termos nacionais 
e internacionais. 
 
 
Atividade: Para concluir a primeira semana de estudos, 
elabore uma versão inicial de uma carta de leitor que 
você pretende publicar. Em seguida, vá até a sala virtual 
e participe do Fórum “Meu curso”. Disponibilize para 
seus colegas de curso a referida versão e promova um 
debate sobre o seu processo de aprendizado e as suas 
expectativas em relação à produção de cartas de leitor. 
 
Por fim, chegou o momento de você revisar o conteúdo da etapa e descansar para 
dar prosseguimento as atividades deste curso. 
 
 
Nos encontramos na próxima semana. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Mídia digital: Antes de iniciar os estudos, vá até a sala 
virtual e assista ao vídeo “Análise e produção de 
resenhas”. 
 
2.1 Análise de aspectos linguístico-discursivos de resenhas 
 
Na semana anterior, foi estudado o gênero de discurso carta de leitor. Nesse período, 
você compreendeu as características do referido gênero e o produziu com vistas a participar 
do debate regional e nacional sobre temas atuais e de seu interesse. Uma das razões para 
ter começado este curso pela carta de leitor foi o fato de esta ser caracterizada por um texto 
breve, normalmente de parágrafo único. Com isso, a sua prática de escrita no âmbito 
midiático foi iniciada com base em um gênero de discurso de menor complexidade, 
preparando você para esta semana, na qual será estudada a resenha. 
É muito provável que você já tenha tido contato com a resenha em outras ocasiões 
de sua vida estudantil, profissional ou social. Aliás, diferentemente da carta de leitor, a 
resenha ou resenha crítica circula em diferentes ambientes, como o acadêmico e o campo 
de entretenimento, sobretudo no âmbito jornalístico. Algumas características desse gênero 
de discurso podem ser restritas a esses suportes, isto é, a esses lugares em que são 
publicadas, lidas ou ouvidas. Mas há outras que são comuns a qualquer tipo de resenha e 
que você poderá encontrar em muitos estudos realizados por linguistas ou analistas de 
discurso. 
No trabalho de Fortes e Crestani (2019, p. 92), por exemplo, encontra-se uma 
definição mais abrangente de resenha, inclusive com base no trabalho de outros autores 
que se debruçaram sobre o estudo desse gênero de discurso. Em síntese, pode-se 
considerar a resenha como um texto verbal (oral ou escrito) ou multissemiótico (com duas 
linguagens ou mais, como linguagem oral, visual etc.), em que se apresenta a descrição da 
obra que será resenhada (um filme, um livro, uma exposição de arte etc.). A essa 
apresentação ou resumo da obra se somam partes com a formulação de conceitos de valor 
em relação a esta. Nesses trechos valorativos da resenha, o leitor encontrará falhas e 
méritos da obra resenhada, com a opinião do resenhista, recomendando-a ou não ao seu 
interlocutor (leitor, ouvinte, internauta etc.). 
Tendo em vista essa definição, há alguns pontos que devem ser comparados com a 
carta de leitor, trabalhada na semana anterior, a fim de aprofundar o seu conhecimento sobre 
Objetivos 
Analisar aspectos linguístico-discursivos de resenhas. 
Produzir uma resenha segundo as regras desse gênero de 
discurso. 
Semana 2 – Análise e produção de resenhas 
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24 
os gêneros de discurso selecionados para o desenvolvimento da sua competência 
comunicativa neste curso. Na resenha, o próprio fato de se ter um espaço reservado para a 
descrição e a apresentação da obra chama a atenção para as semelhanças e as diferenças 
entre esses dois gêneros de discurso. Na carta de leitor, há uma alusão a um texto 
jornalístico, publicado anteriormente na revista ou no jornal em que será publicada. Já no 
caso da resenha, como se trata da apresentação de uma obra, e não apenas de uma alusão 
ao um texto jornalístico como artigo de opinião, editorial etc., percebe-se que essa 
apresentação exigirá muito mais espaço. Logo, essa é uma das razões por que a resenha 
se constitui como um texto mais longo e com paragrafação. 
Em relação a um aspecto semelhante entre esses dois gêneros de discurso, você 
certamente se lembrará de que foi estudado um traço peculiar à carta de leitor no âmbito da 
modalidade escrita dos meios de comunicação. Fortes e Crestani (2019) também 
destacaram um dado específico observado na publicação de resenhas na versão impressa 
da revista Veja. Segundo as autoras, nesse suporte, as resenhas são revisadas e, ao serem 
publicadas juntamente com os demais textos que compõem cada edição, serão distribuídas 
nas bancas de revista e para assinantes. Logo, os leitores das resenhas publicadas em 
edições impressas possuem um público-alvo muito mais restrito. 
Apesar dessas diferenças serem importantes, principalmente no que diz respeito à 
diferença entre resenhas e videorresenhas, você precisa se ater mais aos aspectos das 
resenhas de modalidade escrita, pois este curso lhe propiciará estratégias de produção 
escrita. Logo, as resenhas no domínio jornalístico possuem esta estrutura:inicia-se com um 
título cujo papel é o mesmo das manchetes (título principal em matérias jornalísticas). 
Depois, há um pequeno texto que contextualiza o conteúdo da resenha (na linguagem 
jornalística, trata-se do lide). Por fim, tem-se o nome do resenhista e o corpo da resenha, 
normalmente com uma foto-legenda da obra resenhada. 
Veja um exemplo para que essa estrutura composicional (a forma ou o formato que o 
texto possui) possa ser compreendida mais facilmente. Ressalte-se, porém, que pode haver 
resenhas um pouco diferentes, já que, como vimos anteriormente, os gêneros de discurso 
contêm traços estáveis, mas essa estabilidade é relativa. 
 
Atual e assustador: o que achamos de "Maria e João – O Conto das 
Bruxas" 
Filme que estreia nesta quinta-feira (20) traz versão mais sombria e mística do conto dos 
Irmãos Grimm e foca na evolução de Maria e seus poderes sobrenaturais 
LARISSA LOPES 
19 FEV 2020 - 12H59 ATUALIZADO EM 19 FEV 2020 - 12H59 
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Figura1: Imagem e legenda apresentadas na referida resenha. 
Fonte: Atual e assustador: o que achamos de "Maria e João – O Conto das Bruxas" (Foto: Divulgação) 
 
 
Lendas sobrenaturais e uma sede por autoconhecimento se misturam na nova 
adaptação do conto de João e Maria para os cinemas. Em cartaz a partir do dia 20 de 
fevereiro, Maria e João: Conto das Bruxas é uma releitura com dose caprichada de terror 
sobre a já sombria história registrada pelos Irmãos Grimm. 
Expulsos de casa pela mãe, cuja sanidade mental está comprometida, Maria, que é 
a irmã mais velha, e João devem enfrentar a floresta — e as criaturas que a habitam — para 
encontrar um novo lar e uma forma de sustento. Famintos, encontram uma casa no meio do 
caminho, onde encontram toda a comida de que necessitam. Holda, a anfitriã, permite que 
eles se hospedem por ali e oferece a Maria as respostas para os mistérios que a atordoam. 
Desde pequena, a garota tem visões sobrenaturais e é assombrada pelo conto de uma 
menina que também possuía esse dom, mas teve uma vida trágica. 
Para aprender a lidar com seus poderes, Maria vai ter que enfrentar suas fraquezas 
e se distanciar de quem ama para encontrar seu próprio caminho. O filme é dirigido por 
Osgood Perkins, de A Enviada do Mal (2020) e O Último Capítulo (2016), filho do ator 
Anthony Perkins, conhecido por interpretar Norman Bates no clássico Psicose, de Alfred 
Hitchcock5. 
 
 
Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista à vídeo 
“Resenha”. e compare-a 
 
 
Atividade: Compare o vídeo assistido anteriormente 
com a sua versão escrita (download). 
 
 
5 Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2020/02/atual-e-assustador-o-que-achamos-
de-maria-e-joao-o-conto-das-bruxas.html. Acesso em 08 dez. 2020. 
https://drive.google.com/file/d/1cN2RXQMxgToHuPn66h29-rL5FH6Rtntn/view
http://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2020/02/atual-e-assustador-o-que-achamos-de-maria-e-joao-o-conto-das-bruxas.html
http://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2020/02/atual-e-assustador-o-que-achamos-de-maria-e-joao-o-conto-das-bruxas.html
https://www.youtube.com/watch?v=zmwHjyiEtz8
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Além desses aspectos composicionais, também se devem destacar características 
do estilo da resenha. Uma delas é o uso de expressões verbais de apreciação tais como 
“atual”, “assustador”, “sombria”, “mística” e “caprichada”. Dessa forma, a avaliação positiva 
do filme em questão fica subentendida por seu leitor, que tem como base a compreensão de 
expressões como essas. A outra característica é o resumo da obra resenhada apresentado 
nos dois últimos parágrafos. Assim, constata-se que há estratégias baseadas na elaboração 
de sequências expositivas e narrativas no referido gênero de discurso. As primeiras podem 
ser consideradas como alguns trechos em que se apresentam informações da obra, se 
explicam determinados fatos: “nova adaptação do conto João e Maria”; “Maria, que é a irmã 
mais velha”; “Holda, a anfitriã”. As segundas referem-se a partes do texto nas quais há uma 
narrativa em torno das principais ações de algumas dessas personagens: “Expulsos de casa 
pela mãe”; “Desde pequena, a garota tem visões sobrenaturais”; “Maria vai ter que enfrentar 
suas fraquezas”. O fato de essas informações terem sido apresentadas nos últimos 
parágrafos, contudo, não deve ser visto como uma regra geral. Muito pelo contrário. Você 
pode encontrar resenhas cujos primeiros parágrafos sejam dedicados a essas informações. 
Por isso mesmo, é importante que você leia diversas resenhas, principalmente aquelas 
publicadas no meio de comunicação em que pretende publicar o seu texto. 
 
2.2 Atividade de reflexão linguístico-discursiva sobre uma resenha 
 
Depois de ter conhecido algumas das principais características do gênero de discurso 
resenha, chegou o momento de realizar uma atividade com a qual você colocará o seu 
conhecimento em prática, preparando-se para o momento da produção de resenhas. O texto 
escolhido diz respeito a um filme exibido na Netflix, justamente para você perceber que a 
escrita da resenha está associada a práticas de seu cotidiano, como assistir a séries, filmes 
etc. Mas a reflexão sobre temas presentes em resenhas como esta lhe proporcionará um 
mecanismo de aperfeiçoar o seu pensamento crítico com criatividade a fim de se comunicar 
melhor e colaborar para um mundo que está em constante transformações. Tanto é assim 
que os desafios das revoluções da biotecnologia e da tecnologia da informação são tratados 
em livros como 21 lições para o século 21 (HARARI, 2018), para ficarmos apenas em um 
exemplo. 
Esta atividade consiste na leitura da resenha que se segue. Por meio dessa atividade 
de análise textual, procure se lembrar das informações expostas no item anterior. Não hesite 
em voltar ao referido item e relê-lo. É assim que diferenciamos uma simples leitura cotidiana 
de um texto de sua análise. Trata-se de uma prática discursiva importante, que deve ser 
incorporada em seu cotidiano, sobretudo quando objetivar a escrita de cartas de leitor, 
resenhas e artigos de opinião. Você já passou pela primeira etapa. Agora precisa passar por 
esta e concluir com a análise e a produção de artigos de opinião. 
 
 
Resenha: 'O Dilema das Redes', da Netflix, expõe o problema e pode 
ser passo para a solução 
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Figura 2: Dilema das Redes, documentário da Netflix | Reprodução 
Fonte: documentário da Netflix | Reprodução 
 
Pedro Doria 
O problema mais grave que atinge as democracias não é apenas de difícil 
compreensão. É igualmente difícil encontrar solução. É difícil medir seu impacto. É difícil, 
até, de perceber. Porque a maioria das pessoas não percebe o problema que começa a 
testar até democracias longevas e em geral estáveis, como as dos EUA e do Reino Unido. 
“O Dilema das Redes”, documentário dirigido por Jeff Orlowski e que estreou na Netflix, tenta 
apresentar justamente isso. Desenha o problema. 
A internet não era uma máquina de manipulação política. Ela se tornou uma. Isto 
ocorreu no momento em que os algoritmos de aprendizado de máquina, uma forma de 
inteligência artificial, passaram a controlar a maneira como nos informamos. Estes 
algoritmos aprendem o comportamento humano e são orientados a resolver uma questão: 
descobrir como fazer para que passemos a maior quantidade de tempo possível numa 
determinada plataforma. O objetivo nada tem de maléfico — as plataformas vivem de 
publicidade e, quanto mais tempo estamos lá, mais publicidade vendem. São negócios. 
Os algoritmos funcionaram e descobriram o ponto fraco de nossos cérebros. Eles nos 
mantêm constantemente indignados e, indignados, nas redes ficamos. Políticos que 
aprendem a exploraro discurso da indignação constante, não raro extremistas, não raro 
populistas, se aproveitam desta característica para também capturar nossa atenção 
contínua. 
Aos poucos, a distinção entre o que é verdade e o que é mentira se esvai, até usar 
máscara ou não em meio a uma pandemia respiratória vira reafirmação de identidade 
política. A sociedade racha ao ponto de o debate desaparecer e a troca de ideias ocorrer no 
ritmo de guerra civil. Um conflito que escorre pelas ruas e, em alguns casos, termina até em 
mortes. 
“O Dilema das Redes” é extremamente didático: o filme intercala os depoimentos de 
ex-executivos das grandes empresas do Vale do Silício com uma família fictícia na qual cada 
um vai cada vez mais tendo dificuldade de largar o celular. Em especial está o caso do filho 
adolescente, que neste processo também se radicaliza politicamente. Atores também 
interpretam o algoritmo, numa alegoria de como o programa ‘pensa’ para tomar decisões. 
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Ainda assim, a radicalização alegórica da personagem talvez seja complicada de ser 
percebida em si por cada espectador. Afinal, radicais parecem sempre ser os outros. E esta 
é uma das características de como o processo de distanciamento do centro se dá, quando 
intermediado pelo ambiente digital. Há sempre tanta gente que pensa parecido no entorno 
que uma multidão parece consistentemente confirmar que estamos sendo razoáveis. Mesmo 
quando não estamos mais e faz tempo. 
Puxados por Tristan Harris, fundador do Centro da Tecnologia Humanizada, os ex-
executivos de Google, Facebook, Twitter e outras plataformas dão credibilidade à 
explicação. Afinal, eram eles próprios ocupantes de altos cargos na indústria, muitas vezes 
diretamente responsáveis pelos desenvolvimentos que criaram o problema. Harris, um típico 
empreendedor em série que terminou em cargo alto no Google, foi o primeiro a gritar no 
Vale: criamos um monstro. 
O quanto estas plataformas e seus algoritmos radicalizam não é mensurável. Este é 
o início do problema. O problema continua pelo fato de que, a muitos grupos políticos, a 
radicalização, e o tipo de líderes que ela permite eleger, interessa. Inclui a realidade de que 
a encrenca está no modelo de negócio baseado em publicidade somado à inteligência 
artificial que o torna viável. Ou seja: as maiores empresas dos Estados Unidos precisariam 
abrir mão de lucros imensos para tentar resolver a questão. E é inescapável. São as maiores 
empresas dos EUA num nível como jamais houve. O Google vale mais do que US$ 1 trilhão, 
o Facebook está chegando lá. 
E aqui estamos. As democracias têm um problema e a maioria dos eleitores sequer 
o percebe. Quem o percebe com mais clareza é quem precisa abrir mão de fortunas para 
evitá-lo. Quem está no poder se beneficia daquilo que pode custar às democracias, no limite, 
sua sobrevivência. Num jogo de xadrez, estamos em xeque. Sair da possibilidade de xeque-
mate começa no ponto um. Perceber o problema. Um filme transmitido pelo streaming de 
outra gigante do Vale pode ser, ironicamente, o primeiro passo6. 
 
Atividade 1 
Cite um trecho da resenha em que o autor aponta falhas do referido documentário. 
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
6 Disponível em: http://blogs.oglobo.globo.com/sonar-a-escuta-das-redes/post/resenha-o-dilema-das-redes-
da-netflix-expoe-o-problema-e-pode-ser-passo-para-solucao.html. Acesso em: 08 dez. 2020. 
http://blogs.oglobo.globo.com/sonar-a-escuta-das-redes/post/resenha-o-dilema-das-redes-da-netflix-expoe-o-problema-e-pode-ser-passo-para-solucao.html
http://blogs.oglobo.globo.com/sonar-a-escuta-das-redes/post/resenha-o-dilema-das-redes-da-netflix-expoe-o-problema-e-pode-ser-passo-para-solucao.html
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29 
 
Atividade 2 
Assinale V para as alternativas VERDADEIRAS e F para as FALSAS. 
A - ( ) O título da resenha apresenta neutralidade. 
B- ( ) A ausência de um pequeno texto entre o título e o nome do autor impossibilita a 
classificação do texto como resenha. 
C - ( ) O primeiro parágrafo mostra que o documentário apresenta um problema atual. 
D – ( ) O terceiro e o quinto parágrafos apresentam resumo da obra resenhada. 
E – ( ) “Complicada”, “didático” e “ironicamente” são exemplos de expressões verbais de 
apreciação. 
 
 
 
 
Atividade 3 
O autor da resenha apresenta uma avaliação positiva ou negativa da obra resenhada? 
Justifique sua resposta. 
Justificativa: 
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ 
 
 
2.3 Produção de resenhas 
 
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30 
O processo de produção de resenhas, proposto neste curso, se diferencia do 
incentivo dado às publicações de cartas de leitor na semana passada. Nos meios de 
comunicação, há jornalistas que se especializam em determinadas áreas. Dessa forma, 
críticos de cinema são, por exemplo, os autores mais frequentes das resenhas, além de 
profissionais de outras áreas que dominam determinado tema. Assim, diferentemente da 
carta de leitor, que reserva um espaço de publicações especificamente para os leitores, a 
autoria da resenha está relacionada a um discurso de autoridade. Isso quer dizer que 
comumente o público possui interesse em ler a crítica de um filme, de um espetáculo de 
teatro, de uma ópera, de uma série, de um livro etc. cuja autoria é de um especialista no 
assunto. 
Não obstante, isso não impede que você invista na produção desse gênero de 
discurso. Muito pelo contrário. A escolha da resenha para este curso parte do pressuposto 
de que a sua produção e circulação deve ser incentivada, pois comentar uma obra de forma 
crítica, e por meio de um gênero de discurso em que o uso da língua portuguesa exige a 
exploração de competências linguísticas e discursivas, irá contribuir para o exercício de sua 
cidadania, de sua formação acadêmica e profissional. 
Conheça uma iniciativa da qual você pode participar, inclusive concorrendo a 
assinaturas de um jornal de prestígio. Ressalte-se que o exemplo a seguir centra-se na 
produção de resenhas de livros, porém há a possibilidade de muitas outras propostas 
similares a serem encontradas com base em outros tipos de obras que merecem ser 
resenhadas. De qualquer forma, a escolha desse jornal não foi fortuita. No início deste curso, 
foi proposta uma reflexão em torno da ideia de que a leitura deve ser feita com estratégias 
específicas. Você compreendeu que a leitura de certos gêneros de discurso é essencial para 
a sua produção. No caso da resenha, alémda leitura diversificada desta, a leitura da obra 
resenhada fará um grande diferencial na sua formação. Logo, a título de exemplo, ao se 
propor a fazer uma resenha de uma obra, como Economia circular: conceitos e estratégias 
para fazer negócios de forma mais inteligente, sustentável e lucrativa (WEETMAN, 2019), 
você adquirirá um conhecimento não apenas para a produção desse gênero de discurso, 
como para a produção de outros gêneros como o artigo de opinião, entrevistas de trabalho, 
projetos de pesquisa etc. 
Em 1995, a Discurso Editorial e um grupo de professores da Universidade de São 
Paulo (USP) e de outras universidades públicas federais criaram o Jornal de Resenhas, 
como um empreendimento sem fins lucrativos, a fim de incentivar a publicação de resenhas 
sobre livros recentemente lançados no mercado editorial brasileiro. 
 
 
 
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31 
 
Atividade: Para concluir a segunda semana de estudos, 
realize uma pesquisa sobre outras iniciativas similares 
ao Jornal de Resenhas. Também, produza uma resenha 
sobre uma obra que você já possui conhecimento (um 
filme, uma série, um livro etc.). Por fim, vá até a sala 
virtual e participe do Fórum “Compartilhando 
experiências” com o objetivo de compartilhar a versão 
inicial da resenha que pretende publicar no meio de 
comunicação encontrado. 
 
Após a realização dessa atividade, faça uma breve revisão do que aprendeu durante esta 
semana. Em seguida, realize uma pausa para reflexão e descanso. Assim, assista a bons 
filmes relacionados aos temas com os quais trabalhou até aqui. 
 
 
Nos encontramos na próxima semana. 
Bons estudos! 
 
 
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Mídia digital: Antes de iniciar os estudos, vá até a sala 
virtual e assista ao vídeo “Análise e produção de artigos 
de opinião”. 
 
 
3.1 Análise de aspectos linguístico-discursivos de artigos de opinião 
 
Durante as duas semanas anteriores, você compreendeu a importância dos gêneros 
de discurso carta de leitor e resenha na sua formação cidadã e profissional. Em síntese, este 
curso lhe tem proporcionado uma visão mais ampla sobre a leitura e a produção de textos 
de parte dos gêneros que circulam na esfera jornalística com o intuito de que sua voz 
também tenha destaque na formação da opinião pública em nível regional, nacional e 
internacional. Nesta última semana, o encerramento deste momento de aprendizagem de 
habilidades essenciais para sua atuação no século XXI ocorrerá com base na análise do 
artigo de opinião. 
Embora a palavra “opinião” apareça explicitamente, apenas na denominação desse 
último gênero de discurso, ao longo dessas últimas semanas, você percebeu que as 
sequências argumentativas (trechos do texto em que se explicitam os pontos de vista que o 
autor defende em relação a certos temas) estão presentes nos três gêneros de discurso 
selecionados para este curso. Essa foi a estratégia com a qual este curso lhe propôs uma 
espécie de tripé argumentativo para o desenvolvimento de práticas do pensamento crítico, 
competência discursiva de extrema relevância para a sua atuação social e profissional, 
sobretudo nas próximas décadas do século XXI. 
Nesta época da Pós-verdade (Fake News), você viu que a mídia de referência possui 
um papel relevante na formação da opinião pública. Foi por essa razão que recebeu o 
incentivo de publicar cartas de leitor, sobretudo nos meios de comunicação de referência 
que privilegiam a modalidade escrita. Na sequência, pôde compreender que a resenha é 
escrita por especialistas, mas que alguns traços de sua composição são importantes para o 
exercício da sua cidadania e do seu pensamento crítico. Logo, você foi instigado a publicar 
resenhas em meios de comunicação que possuem respaldo institucional. Por fim, você 
compreenderá o gênero de discurso artigo de opinião, por meio de trabalhos científicos que 
elucidam esta proposta de análise e produção de textos de comunicação. 
Objetivos 
Analisar aspectos linguístico-discursivos de artigos de opinião. 
Produzir um artigo de opinião segundo as regras desse gênero 
de discurso. 
Semana 3 – Análise e produção de artigos de opinião 
 
 
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Pró-Reitoria de Extensão 33 
De forma similar à resenha, o artigo de opinião possui um processo de produção mais 
restrito que a carta de leitor. Dessa forma, alcançar esse espaço na mídia de referência é 
uma tarefa um pouco complexa, que inclusive pode demandar muito tempo. Tanto é assim 
que Cunha (2012, p. 75) destaca o fato de o autor e o leitor do artigo de opinião assumirem 
“posições ou status sociais diferentes e assimétricos”. De fato, constata-se que, em cada 
jornal, há colunistas que cativam um público determinado por meio de uma longa carreira 
que se centra no letramento e na argumentação. 
Mas, também, se deve destacar o esforço de alguns jornais na promoção do debate 
público com a participação de representantes de diferentes esferas sociais que assinam 
artigos de opinião. A título de exemplo, na edição impressa do dia 14 de dezembro de 2020 
do Jornal Estado de Minas, houve a participação, na seção Opinião, de um empresário 
(Carlos Rodolfo Schneider), de uma professora do curso de tecnologia em gerontologia – 
cuidado ao idoso, do Centro Universitário Internacional Uninter (Fabiana da Silva Prestes) e 
de um jornalista da Academia Mineira de Letras (Fábio P. Doyle). 
Vê-se, pois, que há muitos motivos para investir não apenas na leitura do artigo de 
opinião, mas também em sua produção, uma vez que a diversidade das áreas em que 
atuamos pode enriquecer esses debates. Certamente, enquanto estudante, cidadão ou 
profissional de diferentes ramos, sua contribuição será valiosa para se aprimorar o debate 
público, principalmente por meio de uma democratização das vozes de autores de artigos 
de opinião nos diferentes meios de comunicação do Brasil, e até mesmo do exterior. Para 
que esse objetivo seja alcançado, um bom início, como temos visto, é a análise desse gênero 
de discurso a fim de compreender suas características e, posteriormente, planejar suas 
publicações; seja a curto prazo, seja a longo prazo. 
Segundo o estudo proposto por Cunha (2012), o artigo de opinião ocupa o polo 
oposto, na esfera jornalística, ao das notícias. Estas visam informar o leitor, enquanto aquele 
é marcado pela ação de comentar os fatos recentes, geralmente polêmicos, que interessam 
o cidadão. Trata-se, pois, de análises mais apuradas com as quais a opinião pública vai se 
posicionar ou se reposicionar de acordo com diferentes pontos de vista que cada autor 
apresenta em artigos de opinião, geralmente em consonância com o status social que possui 
− como profissão, atividade social, membros de instituições governamentais, não-
governamentais, internacionais etc. 
Um dos pontos mais esclarecedores desse trabalho é o seguinte: você não pode se 
contentar em apenas explicitar o seu ponto de vista, pensando que, com isso, produziria um 
artigo de opinião. Para Cunha (2012), o autor de artigos de opinião precisa traçar estratégias 
textuais e discursivas que possam modificar a visão do mundo do leitor sobre determinados 
fatos e/ou temas a ponto de convencê-lo que as sequências argumentativas apresentadas 
superam as opiniões adversárias com as quais o leitor tenderia a estar de acordo. 
Roulet (2006) também trouxe contribuições valiosas para a compreensão e a 
produção do referido gênero de discurso. Segundo o autor, algumas estratégias 
argumentativas que são de muita importância no artigo de opinião são: a) a introdução de 
argumentos para reforçar um ponto de vista; b) a rejeição de ideias por meio da inserção de 
contra-argumentos; c) comentários de partes do próprio artigo de opinião que se elabora; d) 
reformulação ou esclarecimento de ideias apresentadas ao longodo texto. 
 
 
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Pró-Reitoria de Extensão 34 
Por fim, ainda com base no trabalho de Cunha (2012), alguns pontos são levados em 
conta no artigo de opinião. É muito comum que o próprio título do artigo de opinião já 
antecipe a orientação argumentativa que o autor assumirá ao longo do texto. Depois disso, 
comumente, no primeiro parágrafo, ocorre uma delimitação do tema abordado com a 
explicitação do tema a ser defendido pelo autor. Nos parágrafos do desenvolvimento, que 
podem variar muito em termos numéricos (de um a vários parágrafos – dois, três, quatro 
etc.), os autores de artigo de opinião tratam alguns subtemas de forma mais detalhada, com 
uma análise cuja finalidade é convencer o leitor a aderir a tese defendida. Por fim, apresenta-
se uma conclusão na qual há uma interpretação das análises a fim de reafirmar a tese 
defendida ao longo do texto. 
Vejamos todas essas características neste caso concreto. 
 
Trump, pior do que Carter e Bush pai 
 
Figura 3: Presidente Donald Trump, ao embarcar em helicóptero no jardim da Casa Branca 
Fonte: CHERISS MAY / REUTERS 
 
Donald Trump fracassou como presidente. Perdeu por sua incompetência. E não cansa de 
perder. Perdeu nas urnas, perdeu na Suprema Corte e perdeu no Colégio Eleitoral. Sua 
tentativa de atacar o sistema democrático americano e dar um golpe não deu certo. Os EUA 
não são uma república das bananas, apesar do atual ocupante da Casa Branca lembrar 
líderes populistas autoritários latino-americanos. 
 
Será presidente de um mandato. Mais grave, diferentemente de George Bush e de Jimmy 
Carter, possui poucos argumentos para justificar sua derrota. Caso tivesse adotado uma 
postura menos negacionista na pandemia, teria sido reeleito. 
 
Carter perdeu porque a situação econômica era ruim e seu adversário, Ronald Reagan, além 
do carisma, foi um dos maiores fenômenos políticos dos últimos 100 anos nos EUA. 
Conseguiu não apenas ser ultra popular dentro de seu Partido Republicano, como também 
entre eleitores democratas. 
 
 
 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Pró-Reitoria de Extensão 
35 
Bush, por sua vez, perdeu por três motivos. Recessão econômica, um talentoso adversário 
como Bill Clinton e a presença de um terceiro candidato, Ross Perot, que atraiu parcela do 
voto conservador — há um enorme debate se Bush teria vencido sem esta candidatura 
independente. 
 
Já Trump enfrentou Joe Biden, que estava aposentado e nunca despertou grandes paixões. 
Ninguém o responsabilizou pela crise econômica. Sabem que o mundo todo enfrenta o 
mesmo problema e a economia americana vinha tendo uma boa performance, apesar do 
aumento do déficit. O problema mesmo foi seu comportamento negacionista7. 
 
 Destaca-se, primeiro, o status do autor desse artigo de opinião. Guga Chacra, além 
de ser colunista do jornal O Globo, é comentarista de política internacional da Globonews e 
da TV Globo nos Estados Unidos. Logo, sua opinião possui o respaldo desse status, que 
também é reforçado pela sua formação acadêmica, uma vez que ele é Mestre em Relações 
Internacionais pela Columbia University de Nova York. Ademais, o próprio título já antecipa 
a orientação argumentativa de seu artigo de opinião: uma avaliação negativa da postura de 
Donald Trump no final do mandado presidencial. 
 Uma característica que não foi apontada anteriormente, e que aparece no referido 
artigo de opinião, é o uso de imagem após o título do texto. Trata-se de um traço que 
normalmente caracteriza esse gênero de discurso, ainda que a ausência desse elemento 
visual em nada diminui sua finalidade, seu eixo temático e sua estrutura composicional. Algo 
muito mais frequente, enquanto elemento constitutivo do artigo de opinião, é o fato de se 
apresentar, no primeiro parágrafo, uma delimitação do tema abordado. No caso do texto de 
Guga Chacra, delimita-se o fracasso do presidente Donald Trump com a inserção de fatos 
que marcaram o mandato do presente dos Estados Unidos nos últimos anos, comparando-
o com líderes populistas autoritários da América Latina. Fica explícita, portanto, a tese que 
será defendida: Donald Trump foi o pior presidente dos Estados Unidos, quando comparado 
com Carter e Bush pai. 
 Nos parágrafos seguintes, Guga Chacra procura convencer o leitor de que sua tese 
é plausível e deve ser aderida por este. No segundo parágrafo, indica que o próprio fato de 
Donald Trump ter cumprido apenas um mandado presidencial já é um indício de seu mau 
desempenho. Também mostra que Trump não teria justificativas para não ter conseguido 
ser reeleito, comparando-o, genericamente, com George Bush e Jimmy Carter. Por essa 
razão, dedica o terceiro parágrafo a explicações da derrota de Carter e, o quarto, aos motivos 
pelos quais Bush foi derrotado por Bill Clinton. Por fim, o autor evidencia que Donald Trump 
enfrentou um candidato já aposentado, Joe Biden, e foi derrotado principalmente por causa 
da postura negacionista que assumiu, principalmente durante o enfretamento da pandemia 
do novo coronavírus, o que justifica a classificação que o colunista atribui a Donald Trump: 
um presidente pior do que Carter e Bush pai. 
 
7 Disponível em: http://blogs.oglobo.globo.com/guga-chacra/post/trump-pior-do-que-carter-e-bush-pai.html. 
Acesso em 15 dez. 2020. 
http://blogs.oglobo.globo.com/guga-chacra/post/trump-pior-do-que-carter-e-bush-pai.html
 
 
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Pró-Reitoria de Extensão 36 
 
3.2 A busca pelo status de leitor e de articulista com o artigo de opinião 
 
Com a leitura e a produção de artigos de opinião, você poderá moldar parte de seu 
status profissional, social e acadêmico. Esta é a principal contribuição que este curso visa 
dar a você. Não se deve concluir, de tudo que foi dito no item anterior, que a produção de 
artigos de opinião está restrita aos colunistas de jornais e que se deve almejar ser 
responsável por uma coluna regular de jornal ou revista. Evidentemente, se isso vier a 
ocorrer, será um diferencial para o seu status profissional, social e acadêmico. 
Mas a própria leitura de artigos de opinião em diversos meios de comunicação 
mostrará a você que há possibilidades de produzir artigos de opinião em curto prazo. Veja, 
por exemplo, que, na seção de opinião do jornal Folha de São Paulo, há um convite para o 
envio de artigos de opinião na seção denominada Tendência/Debates. Vê-se, pois, que esse 
jornal já separou um espaço para que não colunistas publiquem o referido gênero de 
discurso. Dessa forma, o seu status de articulista, ainda que seja eventual, pode ser 
desenvolvido e isso certamente poderá ter reflexos positivos em sua vida pessoal, 
profissional, acadêmica e social. 
 
Figura 4: Tendências/Debates. 
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/tendenciasdebates/envie_seu_artigo.shtml (acesso em: 20 
jan.2021). 
http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/tendenciasdebates/envie_seu_artigo.shtml
 
 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Pró-Reitoria de Extensão 37 
 
 
Dica do Professor: analise a seção Opinião de 
diferentes jornais e revistas de prestígio em nível 
nacional e internacional a fim de verificar se algum deles 
faz esse tipo de convite à comunidade para a publicação 
de artigos de opinião. 
 
3.3 Produção de artigos de opinião 
 
O tópico anterior foi encerrado com uma dica de análise para que você tenha uma 
referência de jornais e revistas para possíveis publicações de seus artigos de opinião. Ficou 
claro também que, diferentemente da carta de leitor, a publicação de artigos de opinião pode 
demandar muito mais tempo. Nesse sentido, é importante que busque alternativas para sua 
participação no debate público a curto prazo. 
Ao longo destas três semanas, tenho insistido no papel relevante de meios 
alternativos de comunicação, desde que estes possuam credibilidade, como vimos no caso 
do Jornal de Resenhas. Logo, certifique-se de que sua pesquisatenha contemplado esses 
meios, além de jornais e revistas da esfera regional, como, por exemplo, de associações de 
bairros. Isso porque, a curto prazo, o mais provável é que sua publicação ocorra nesse 
espaço de debate público, o que não significa um trabalho menor. 
Uma maneira de você atestar a credibilidade do jornal ou revista nos quais pretende 
publicar seu texto está na verificação do histórico desse meio de comunicação. Os 
responsáveis, as parcerias realizadas, os autores que publicam matérias nele. Dentre essas 
parcerias, certamente aquelas realizadas com instituições de ensino, pesquisa e extensão 
possuem um valor que deve ser levado em conta. Um exemplo pode ser visto no projeto 
ComuniCong (ANDRADE, 2020), que ao realizar uma parceria com o site Hiperteia 
proporcionou a publicação de artigos de opinião da comunidade da cidade de Congonhas-
MG e de outras regiões do Alto Paraopeba. 
Por fim, como a produção e a publicação de artigo de opinião demandará um tempo 
que extrapola os objetivos deste curso, você deve perseguir a escrita desse gênero de 
discurso ao longo de sua trajetória pessoal, profissional, acadêmica e social. Pode começar 
essa produção e refletir sobre tudo o que aprendeu ao longo deste curso a fim de realizar a 
atividade final. 
 
 
Atividade: Para concluir o curso e gerar o seu 
certificado, vá até a sala virtual e responda ao 
Questionário “Avaliação geral”. Este teste é constituído 
por 10 perguntas de múltipla escolha, que se baseiam na 
prática de análise e produção dos gêneros de discurso 
carta de leitor, resenha e artigo de opinião. Para se 
preparar, faça uma revisão dos principais tópicos 
trabalhados ao longo destas três semanas. 
 
 
 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Pró-Reitoria de Extensão 38 
Por fim, em Grande sertão: veredas, há um enunciado em que Guimarães Rosa nos 
deixa uma importante reflexão sobre o processo de aprendizagem: “vivendo, se aprende; 
mas o que se aprende, mais, é só a fazer outras maiores perguntas” (RONÁI, 1983, p. 15). 
Ao vivenciar esta experiência de análise e produção de textos de comunicação, espero que 
tenha aprendido não só a importância da leitura e produção de cartas de leitor, resenhas e 
artigos de opinião, mas também, e principalmente, a fazer muitas perguntas sobre a sua 
participação no debate público. Este depende muito da busca constante pelo 
aperfeiçoamento de sua vida profissional, social, acadêmica, pessoal e social. Na plataforma 
+ IFMG, você encontrará algumas respostas para perguntas que passou a fazer por meio 
deste curso e passará a fazer muitas outras perguntas que darão contribuições significativas 
para sua trajetória. 
 
 
Parabéns pela conclusão do curso. Foi um prazer tê-lo conosco! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
Referências 
 
ANDRADE, R.B.O papel da ciência na formação da opinião pública sobre coronavírus e 
política. HiperTeia. Disponível em: http://hiperteia.com.br/o-papel-da-ciencia-na-formacao-
da-opiniao-publica-sobre-coronavirus-e-politica/. Acesso em 12 dez. 2020a. 
ANDRADE, Rafael Batista. Discursive Practices, Extension Activities and Training of Junior 
Journalists. Global Journal of HUMAN-SOCIAL SCIENCE: G Linguistics & Education, V. 
20, I.9, 2020b. Disponível em http://globaljournals.org/GJHSS_Volume20/E-
Journal_GJHSS_(G)_Vol_20_Issue_9.pdf. Acesso em 23 out. 2020. 
BROCARDO, Rosangela Oro. O gênero carta do leitor em diferentes suportes e mídias: 
uma análise de aspectos linguístico-discursivos. 2015. 201 f. Dissertação (Mestrado em 
Letras) – Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, 2015. Disponível em: 
http://tede.unioeste.br/bitstream/tede/2428/1/rosangela%20_oro.pdf. Acesso em: 11 nov. 
2020. 
CHACRA, Guga. Trump, pior do que Carter e Busch pai. O Globo. Disponível em: 
http://blogs.oglobo.globo.com/guga-chacra/post/trump-pior-do-que-carter-e-bush-pai.html. 
Acesso em 15 dez. 2020. 
CUNHA, Gustavo Ximenes. A articulação discursiva do gênero artigo de opinião à luz de um 
modelo modular de análise do discurso. Filologia e linguística portuguesa, n.14, p. 73-97, 
2012. Disponível em: file:///C:/Users/rafae/Downloads/59903-
Texto%20do%20artigo%20sem% 20identifica%C3%A7%C3%A3o-77340-1-10-
20130809%20(1).pdf. Acesso em: 11 nov. 2020 
DORIA, Pedro. Resenha: ‘O Dilema das Redes’, da Netflix, expõe o problema e pode ser 
passo para a solução. Disponível em: http://blogs.oglobo.globo.com/sonar-a-escuta-das-
redes/post/resenha-o-dilema-das-redes-da-netflix-expoe-o-problema-e-pode-ser-passo-
para-solucao.html. Acesso em: 08 dez. 2020. 
FORTES, A. P. M.; CRESTANI, L. M. Atualizações do gênero: um estudo sobre resenhas de 
filme no suporte impresso e digital. Letras em revista, Teresina, v. 10, n.1, p. 85-99, jan./jun. 
2019. Disponível em: http://ojs.uespi.br/index.php/ler/article/view/127/108. Acesso em: 11 
nov. 2020. 
HARARI, Yuval Noach. 21 lições para o século 21. São Paulo: Companhia das Letras, 
2018. 
LEITÃO, B.S. de Sá.; ROSA, A. L. T. da. O discurso citado em resenhas: diversidade de 
vozes na interação social. Revista Cadernos de Estudos e Pesquisa na Educação 
Básica, Recife, v.2, n.1, p. 326-339, 2016. Disponível em: 
http://periodicos.ufpe.br/revistas/cadernoscap/ article/viewFile/14985/17820. Acesso em: 11 
nov. 2020. 
LOPES, Larissa. Atual e assustador: o que achamos de “Maria e João – O conto das bruxas. 
Revista Galileu. Disponível em: 
http://hiperteia.com.br/o-papel-da-ciencia-na-formacao-da-opiniao-publica-sobre-coronavirus-e-politica/
http://hiperteia.com.br/o-papel-da-ciencia-na-formacao-da-opiniao-publica-sobre-coronavirus-e-politica/
http://globaljournals.org/GJHSS_Volume20/E-Journal_GJHSS_(G)_Vol_20_Issue_9.pdf
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http://tede.unioeste.br/bitstream/tede/2428/1/rosangela%20_oro.pdf
http://blogs.oglobo.globo.com/guga-chacra/post/trump-pior-do-que-carter-e-bush-pai.html
file:///C:/Users/rafae/Downloads/59903-Texto%20do%20artigo%20sem%25%2020identificação-77340-1-10-20130809%20(1).pdf
file:///C:/Users/rafae/Downloads/59903-Texto%20do%20artigo%20sem%25%2020identificação-77340-1-10-20130809%20(1).pdf
file:///C:/Users/rafae/Downloads/59903-Texto%20do%20artigo%20sem%25%2020identificação-77340-1-10-20130809%20(1).pdf
http://blogs.oglobo.globo.com/sonar-a-escuta-das-redes/post/resenha-o-dilema-das-redes-da-netflix-expoe-o-problema-e-pode-ser-passo-para-solucao.html
http://blogs.oglobo.globo.com/sonar-a-escuta-das-redes/post/resenha-o-dilema-das-redes-da-netflix-expoe-o-problema-e-pode-ser-passo-para-solucao.html
http://blogs.oglobo.globo.com/sonar-a-escuta-das-redes/post/resenha-o-dilema-das-redes-da-netflix-expoe-o-problema-e-pode-ser-passo-para-solucao.html
http://ojs.uespi.br/index.php/ler/article/view/127/108
http://periodicos.ufpe.br/revistas/cadernoscap/%20article/viewFile/14985/17820
 
 
 
40 
http://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2020/02/atual-e-assustador-o-que-achamos-
de-maria-e-joao-o-conto-das-bruxas.html. Acesso em 08 dez. 2020. 
NAPOLI, Francisco. Reforma tributária. Folha de São Paulo. Disponível em: 
http://acervo.folha.com.br/digital/leitor.do? numero=49366&anchor=6424705&pd = 
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Painel de Leitor. Folha de São Paulo. Disponível em: 
http://acervo.folha.com.br/digital/leitor.do? numero=49366&anchor=6424705&pd = 
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RONÁI, Paulo. Rosiana: uma coletânea e conceitos, máximas e brocardos de João 
Guimarães Rosa. Rio de Janeiro: Salamandra, 1983. 
ROULET, E. The description of text relation markers in the Geneva model of discourse 
organization. In: FISCHER, K (ed.). Approaches to Discourse Particles. Amsterdam: 
Elsevier, 2006. p. 115-131. 
TENDENCIAS/DEBATE. Folha de São Paulo. Disponível em: 
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em 17 jan. 2021. 
VELOSO, S.R. de A. Aresponsabilidade do leitor no gênero “Carta do Leitor” na mídia 
impressa de referência: Análise de polêmicas discursivas na perspectiva bakhtiniana. 
Filologia e linguística portuguesa, São Paulo, n. 15 (2), p. 565-594, jan./jun. 2013. 
Disponível em: http://www.periodicos.usp.br/flp/article/view/79806/83782. Acesso em: 11 
nov. 2020. 
WEETMAN, Katherine. Economia circular: conceitos e estratégias para fazer negócios de 
forma mais inteligente, sustentável e lucrativa. São Paulo: Autêntica, 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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http://acervo.folha.com.br/digital/leitor.do?%20numero=49366&anchor=6424705&pd%20=%20ef84d7f98221960d0d6fb0a45cab0ba4
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http://acervo.folha.com.br/digital/leitor.do?%20numero=49366&anchor=6424705&pd%20=%20ef84d7f98221960d0d6fb0a45cab0ba4
http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/%20tendenciasdebates/envie_seu_artigo.shtml
http://www.periodicos.usp.br/flp/article/view/79806/83782
 
 
 
41 
Currículo do autor 
 
 
Feito por (professor-autor) Data Revisão de layout Data Versão 
Rafael Batista Andrade 20/01/2021 Viviane Lima Martins 22/01/2021 1.0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rafael Batista Andrade: Doutor em Estudos Linguísticos pela UFMG 
(2018), com estágio na Université Paris Sorbonne - Paris IV (03/2016 a 
02/2017; 08/2017 a 01/2018) sob a supervisão de Dominique Maingueneau 
e na Universidad de Cádiz (04/2017 a 06/2017) sob a supervisão de Juan 
Manuel López Muñoz. Mestre em Estudos Linguísticos, na área de 
concentração de Análise do Discurso, pela UFMG (2013). Possui 
graduação em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais 
com habilitação em Bacharelado(2008), Licenciatura plena em Língua 
Portuguesa(2009) e Licenciatura plena em Língua Espanhola (2009). 
Também possui Especialização em Língua Portuguesa: Leitura e Produção 
de Textos pela UFMG, DELE C 1, DELF B2 e participou do Curso de 
actualización de profesores de español en Centro Alpha - Argentina (2011). 
Foi contemplado com uma bolsa de estudo da Universidad de La Rioja 
(Espanha), onde participou do Curso de Lengua y Cultura Españolas de 08 
de abril a 14 de junho de 2013. Trabalhou no Colégio Santa Maria, 
lecionando Língua espanhola para o Ensino Fundamental e para o Ensino 
Médio e na E.E Deputado Ilacir Pereira Lima (2013), atuando na área de Língua Portuguesa. Também foi 
professor de Língua Portuguesa na E.M. Dulce Viana de Assis Moreira (Santa Luzia - 2014). Em suas 
produções intelectuais, destacam-se os temas do ensino de língua espanhola para brasileiros, ensino de 
língua portuguesa, gêneros de discurso, hibridização, temas e figuras e discurso diplomático. Publicou os 
seguintes livros: Semiótica, éthos e gêneros de discurso nas canções-poemas de Maria Bethânia (2015) e 
Discurso e identidade diplomática (2020). Atualmente é Professor de Ensino Básico,Técnico e Tecnológico, 
classe D, nível 302, do IFMG-Congonhas. Atua nos cursos de nível técnico e superior. Coordena o projeto 
de extensão ComuniCong: jornalistas juniores em ação no Alto Paraopeba. 
 
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3534941740306454. 
 
http://lattes.cnpq.br/3534941740306454
 
 
 
42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
Glossário de códigos QR (Quick Response) 
 
 
 
Mídia digital 
Apresentação do 
curso 
 
 
Dica do professor 
O papel da ciência 
na formação da 
opinião pública sobre 
coranavírus e política 
 
 
 
 
 
 Mídia digital 
Comparação entre 
videorresenha e 
resenha 
 
 
Mídia digital 
Análise e produção 
de resenhas 
 
 
 
 
 
 
Mídia digital 
Análise e produção 
de artigos de opinião 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Plataforma +IFMG 
Formação Inicial e Continuada EaD 
 
 
 
 A Pró-Reitoria de Extensão (Proex), neste ano de 
2020 concentrou seus esforços na criação do Programa 
+IFMG. Esta iniciativa consiste em uma plataforma de cursos 
online, cujo objetivo, além de multiplicar o conhecimento 
institucional em Educação à Distância (EaD), é aumentar a 
abrangência social do IFMG, incentivando a qualificação 
profissional. Assim, o programa contribui para o IFMG cumprir 
seu papel na oferta de uma educação pública, de qualidade e 
cada vez mais acessível. 
 Para essa realização, a Proex constituiu uma equipe 
multidisciplinar, contando com especialistas em educação, 
web design, design instrucional, programação, revisão de 
texto, locução, produção e edição de vídeos e muito mais. 
Além disso, contamos com o apoio sinérgico de diversos 
setores institucionais e também com a imprescindível 
contribuição de muitos servidores (professores e técnico-
administrativos) que trabalharam como autores dos materiais 
didáticos, compartilhando conhecimento em suas áreas de 
atuação. 
A fim de assegurar a mais alta qualidade na produção destes cursos, a Proex adquiriu 
estúdios de EaD, equipados com câmeras de vídeo, microfones, sistemas de iluminação e 
isolação acústica, para todos os 18 campi do IFMG. 
Somando à nossa plataforma de cursos online, o Programa +IFMG disponibilizará 
também, para toda a comunidade, uma Rádio Web Educativa, um aplicativo móvel para 
Android e IOS, um canal no Youtube com a finalidade de promover a divulgação cultural e 
científica e cursos preparatórios para nosso processo seletivo, bem como para o Enem, 
considerando os saberes contemplados por todos os nossos cursos. 
 Parafraseando Freire, acreditamos que a educação muda as pessoas e estas, por 
sua vez, transformam o mundo. Foi assim que o +IFMG foi criado. 
 
 
 
O +IFMG significa um IFMG cada vez mais perto de você! 
 
 
 
Professor Carlos Bernardes Rosa Jr. 
Pró-Reitor de Extensão do IFMG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características deste livro: 
Formato: A4 
Tipologia: Arial e Capriola. 
E-book: 
1ª. Edição 
Formato digital

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