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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA QUÍMICA EXPERIMENTAL RELATÓRIO 2: Diagrama de Fases Acadêmicos: Ana Carolina Fernandes Parola RA: 112424 Caio Grego 112426 Giovanna Gatti Alves 112418 Julia Cardoso Oliveira 112412 Mharia Eduarda Jasper Benavides 112421 Raffaela Bandeira Rodrigues 112420 Turma: 207/05 Professora: Thelma Sley Pacheco Cellet MARINGÁ, 3 DE FEVEREIRO DE 2022 1. Resultados e Discussões Uma vez que as amostras contendo fenol e água foram preparadas, de acordo com a Tabela 1, foi efetuado um banho-maria com água enquanto se agitava as alíquotas com um fio de cobre. Tabela 1: Volumes da solução fenólica e de água adicionados aos respectivos tubos de ensaio. Tubo nº 1 2 3 4 5 6 7 8 Solução fenólica (mL) 1,50 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 Água adicionad a (mL) 18,50 18,00 16,00 14,00 12,00 10,00 8,00 6,00 Durante o banho-maria, observou-se a turvidez das alíquotas desaparecer, formando-se apenas uma fase e, nesse ponto, retirava-se o tubo do banho e anotava-se a temperatura da solução como “Temperatura 1”. Continuou-se a agitação fora do aquecimento e as amostras voltaram a se turvar. As temperaturas deste ponto também foram anotadas como “Temperatura 2”. Os dados de temperatura obtidos de cada alíquota encontram-se na Tabela 2: Tabela 2: Dados experimentais das temperaturas das amostras Tubo nº Temperatura 1 Temperatura 2 1 - - 2 47,0 47,5 3 63,0 62,0 4 65,0 65,0 5 66,5 65,5 6 61,0 60,5 7 55,0 57,0 8 46,5 45,5 Foram calculadas as frações mássicas de cada alíquota a partir da Equação (2), exemplificada a partir do Tubo nº 1: %mássica de fenol =( x 100 𝑀𝑓𝑒𝑛𝑜𝑙 𝑀𝑓𝑒𝑛𝑜𝑙 + 𝑀 á 𝑔𝑢𝑎 ) (1) Sendo as massas M fenol e M água dadas por: M fenol = 0,95 (ρ fenol V sol ) × (2) M água = (0,05 M sol ) + M água,ad × (3) Onde ρ fenol representa a densidade do fenol que é dada como 1,07; V sol é o volume da solução de fenol 95% (m/m) utilizada, M sol é a massa dessa mesma solução e M água,ad é a massa de água adicionada à solução, considerando a densidade da água como 1. [2] %mássica de fenol = x 100 1 , 52 1 , 52 + 18 , 58 %mássica de fenol = 7,56 % . Os respectivos dados contendo as frações mássicas e as médias das Temperaturas 1 e 2 de cada amostra encontram-se na Tabela 3: Tabela 3: Valores de fração mássica (em %) calculados e valores médios das temperaturas coletadas experimentalmente (em ºC) Tubo nº 1 2 3 4 5 6 7 8 % mássica de fenol 7,56 10,09 20,05 30,02 39,00 49,11 58,53 67,83 T( o C ) - 47,25 62,50 65,00 66,00 60,75 56,00 46,00 A partir destes dados foi possível plotar o Gráfico 1: Gráfico 1: relação entre fração mássica de fenol e Temperatura de turvação ou clareamento das amostras. Conforme sugerido, foi então estabelecido um ponto G localizado nas coordenadas % Fenol = 30,0 e T= 54ºC e foram indicadas as regiões onde há uma fase e duas fases. As informações adicionais foram anotadas no Gráfico 2. Gráfico 2: marcação do Gráfico 1 com a localização das regiões monofásicas e bifásicas e do ponto G A seguir foi aplicada a Regra das Fases de Gibbs (4) para as regiões monofásica e bifásica, sabendo que para ambos casos C=2 (dois componentes: água e fenol) e que P representa o número de fases na amostra: F = C - P +1 (4) Para a região monofásica: F = 2 - 1 +1 = 2 Para a região bifásica: F= 2 - 2 + 1 = 1 A partir da dedução acima provou-se que a região monofásica necessita de 2 variáveis para ser definida, sendo estas a fração mássica de fenol na solução e sua temperatura. Por sua vez, também foi deduzido que a região bifásica pode ser definida por apenas uma variável, podendo esta ser a temperatura ou a % mássica de fenol. Em seguida, foi aplicada a regra da alavanca sobre o ponto G já estabelecido, da seguinte forma: GF = 60 - 30 = 30 (5) GA = 30 - 15 = 15 (6) Onde GF e GA são as distâncias do ponto G até a fase mais fenólica (l f ) e até a fase mais aquosa (l a ), respectivamente, que foram obtidas através de observação pelo gráfico. Achadas as distâncias, foram calculadas as quantidades (Q) das fases l a e l f a partir da regra: Q la GA = Q lf GF × × (7) Sendo assim, foram estabelecidas as razões: = = = 2 𝑄𝑙𝑎 𝑄𝑙𝑓 𝐺𝐹 𝐺𝐴 30 15 (8) Portanto, foi possível encontrar as massas de fases e suas composições no ponto G. Supondo que a massa da solução seja 20g, fizeram-se as seguintes operações: Q la = 2Q lf (9) Q la + Q lf = 20 (10) Substituindo a (9) em (10), o sistema foi resolvido: 2Q lf + Q lf = 20 3Q lf = 20 Q lf = 6,7g Q la = Q total - Q lf Q la = 20 - 6,7 = 13,3g Sabendo as massas e as composições das fases l f e l a fornecidas pelo diagrama plotado, foi possível determinar as quantidades de cada componente nas fases. Analisando o diagrama concluiu-se que a fase l a possui aproximadamente 15% de massa de fenol, enquanto a fase l f possui em torno de 60%. Portanto: Fase l a : Fase l f : Q la = 13,3g 15% 13,3 = × 1,995g (fenol) Q lf = 6,7g 60% 6,7 = 4,02g × (fenol) 85% 13,3 = × 11,305g (água) 40% 6,7 = 2,68g × (água) Dessa forma, encontraram-se as massas individuais de cada componente em cada fase da mistura bifásica que se encontra em T= 54ºC e apresenta 30% de massa de fenol. 2. Conclusão A fim de observar o comportamento da miscibilidade do fenol em água, foram preparadas 8 alíquotas em diferentes concentrações e observou-se em que temperaturas as soluções se turvaram e clarificaram. Tabelaram-se as frações mássicas e as médias das temperaturas coletadas para cada amostra e foi plotado um diagrama de fases, a partir do qual foi possível discutir e localizar as fases monofásicas e bifásicas aplicando o conceito da regra das fases de Gibbs, assim como arbitrar um ponto G e encontrar a massa de suas fases e de cada componente de cada uma das fases individualmente utilizando a regra da alavanca, obtendo resultados satisfatórios. 3. Referência [1] CASTELLAN, G. Fundamentos de Físico-Química, 1a Edição, ABDR, 1986. [2] Material de aula.
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