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PRÁTICAS DE LÍNGUA PORTUGUESA Á R E A D E L I N G U A G E N S E S U A S T E C N O L O G I A S M A N U A L D O P R O F E S S O R ENSINO MÉDIO • VOLUME ÚNICO E N S IN O M É D IO V O L U M E Ú N IC O Á R E A D E L IN G U A G E N S E S U A S T E C N O L O G IA S P R Á T IC A S D E L ÍN G U A P O R T U G U E S A OBRA DIDÁTICA ESPECÍFICA DE LÍNGUA PORTUGUESA O B R A D ID Á T IC A E S P E C ÍF IC A D E L ÍN G U A P O R T U G U E S A FA R AC O • M O U R A • M A R U XO F A R A C O • M O U R A • M A R U X O PRÁTICAS DE LÍNGUA PORTUGUESA Á R E A D E L I N G U A G E N S E S U A S T E C N O L O G I A S M A N U A L D O P R O F E S S O R OBRA DIDÁTICA ESPE M AT ER IA L D E D IV U LG AÇ ÃO − VE RS ÃO S U BM ET ID A À AV A LI AÇ ÃO CÓ D IG O D A CO LE ÇÃ O : 0 1 8 5 P 2 1 0 1 3 CÓ D IG O D A O BR A: 0 1 8 5 P 2 1 0 1 3 1 3 0 CAPA_OBJ2_PRATICAS_LP_SARAIVA_PNLD2021_VU_MP.indd All PagesCAPA_OBJ2_PRATICAS_LP_SARAIVA_PNLD2021_VU_MP.indd All Pages 4/13/21 11:44 AM4/13/21 11:44 AM 1a edição, São Paulo, 2020 Carlos Emílio Faraco Bacharel e licenciado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP) Ex-professor do Ensino Fundamental e do Ensino Médio Francisco Marto de Moura Licenciado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP) Ex-professor do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e do Ensino Superior José Hamilton Maruxo Júnior Bacharel, licenciado e doutor em Letras pela Universidade de São Paulo (USP) Professor do curso de Letras da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) ENSINO MÉDIO • VOLUME ÚNICO Á R E A D E L I N G U A G E N S E S U A S T E C N O L O G I A S PRÁTICAS DE LÍNGUA PORTUGUESA OBRA DIDÁTICA ESPECÍFICA DE LÍNGUA PORTUGUESA M A N U A L D O P R O F E S S O R FRÔNTIS_OBJ2_PRATICAS_LP_SARAIVA_PNLD_2021_VU_MP.indd 1FRÔNTIS_OBJ2_PRATICAS_LP_SARAIVA_PNLD_2021_VU_MP.indd 1 9/28/20 3:10 PM9/28/20 3:10 PM 2 Presidência: Paulo Serino Direção editorial: Lauri Cericato Gestão de projeto editorial: Heloisa Pimentel Gestão de área: Alice Ribeiro Silvestre Coordenação de área: Rosângela Rago Edição: Caroline Zanelli Martins e Valéria Franco Jacintho Planejamento e controle de produção: Vilma Rossi e Camila Cunha Revisão: Rosângela Muricy (coord.), Alexandra Costa da Fonseca, Ana Paula C. Malfa, Ana Maria Herrera, Carlos Eduardo Sigrist, Flavia S. Vênezio, Heloísa Schiavo, Hires Heglan, Kátia S. Lopes Godoi, Luciana B. Azevedo, Luís M. Boa Nova, Luiz Gustavo Bazana, Patricia Cordeiro, Patrícia Travanca, Paula T. de Jesus, Sandra Fernandez e Sueli Bossi Arte: Claudio Faustino (ger.), Erika Tiemi Yamauchi (coord.), Carlos Magno (edição de arte), Casa de ideias (diagramação) Iconografia e tratamento de imagens: Roberto Silva (coord.), Mariana Sampaio (pesquisa iconográfica), Cesar Wolf (tratamento de imagens) Licenciamento de conteúdos de terceiros: Fernanda Carvalho (coord.), Erika Ramires e Márcio Henrique (analistas adm.) Cartografia: Mouses Sagiorato Design: Flavia Dutra (proj. gráfico e capa), Carlos Magno (proj. gráfico), Luis Vassallo (proj. gráfico Manual do Professor) Foto de capa: Nick Dolding/Stone RF/Getty Images, Ismar Ingber/Pulsar Imagens, Dmitry Zimin/Roman Arbuzov/ seahorsetwo/Vladyslav Starozhylov/Shutterstock Todos os direitos reservados por Saraiva Educação S.A. Avenida Paulista, 901, 4o andar Jardins – São Paulo – SP – CEP 01310-200 Tel.: 4003-3061 www.edocente.com.br saceditorasaraiva@somoseducacao.com.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Angélica Ilacqua - CRB-8/7057 2020 Código da obra CL 820723 CAE 729688 (AL) / 729689 (PR) 1a edição 1a impressão De acordo com a BNCC. Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. Colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de créditos e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo. Impressão e acabamento VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_002_LE.indd 2VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_002_LE.indd 2 9/28/20 12:41 PM9/28/20 12:41 PM 3 Caro estudante, Este livro, dedicado ao estudo da Língua Portuguesa, foi concebido tendo em vista questões importantes do mundo contemporâneo, previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Médio. Com ele, você vai aprofundar seus aprendizados das práticas de linguagem relacionadas à leitura, à escuta, à produção de textos, à análise linguística e à literatura, bem como aperfeiçoar o domínio de ha- bilidades necessárias ao exercício pleno da cidadania, cultivando atitudes e valores significativos para sua formação e seu projeto de vida. As atividades propostas no livro organizam-se em unidades independentes umas das outras, que você vai desenvolver de acordo com as indicações do professor. Cada uma das seis unidades deste volume desenvolve um tema e é dividida em dois capítulos, que contêm seções internas voltadas para o estudo de práticas de lingua- gem. Ao longo das unidades, será possível a você se envolver na análise de textos, na investigação de fenômenos da linguagem e de questões em discussão na socie- dade contemporânea e poderá compartilhar com os colegas expressões culturais de sua preferência, assim como conhecer outras culturas juvenis representadas na turma. Além disso, haverá diversas oportunidades para você e os colegas se orga- nizarem em atividades coletivas de pesquisa, de formação de clube de leitura e de organização de eventos na escola. Com isso, você terá oportunidades de agir e interagir de diferentes modos, em situações de trocas culturais variadas e estimulantes, por meio das quais poderá desenvolver ainda mais suas capacidades de expressão oral e escrita. Nessas tro- cas, você será convidado a debater e argumentar com base em situações reais, mobilizando a linguagem para participar da vida em sociedade, de forma ética e responsável. Essas aprendizagens favorecem seu engajamento em atividades que levam ao estudo da língua portuguesa por meio de gêneros textuais variados. Dedicado ao estudo da Língua Portuguesa ao longo do Ensino Médio, este volu- me articula-se a seis livros que desenvolvem estudos considerando também outros componentes da área de Linguagens e suas Tecnologias, isto é, tratando de Arte, Educação Física e Língua Portuguesa. A articulação entre essas obras vai possibili- tar a você fazer novas relações entre essas linguagens. Esperamos que os estudos propostos por meio dessas dinâmicas sejam praze- rosos e favoreçam o desenvolvimento de suas capacidades de comunicação para atuar adequadamente nas diversas situações da vida em que elas se apresentam, considerando suas aspirações pessoais e coletivas. Os autores VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_003a019_LE.indd 3VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_003a019_LE.indd 3 9/28/20 12:42 PM9/28/20 12:42 PM 4 PERSPECTIVA S Observe a obra de arte a seguir. Uma tarde de domingo na ilha de Grande Jatte (Un dimanche après-midi à l’Île de la Grande Jatte), de Georges Seurat, 1884-1886 (óleo sobre tela, 207,5 cm × 308,1 cm). 1 Converse com os colegas e o professor sobre as perguntas seguintes. Quais elementos da obra chamam mais a sua atenção e por quê? De acordo com a sua observação, como o artista compôs a rela- ção entre as figuras humanas e a natureza? A obra provocou em você alguma sensação e/ou sentimento? Co- mente as suas impressões. INTERAÇÃO NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. Georges-Pierre Seurat (1859-1891) foi um pintor francês que ajudou a difundir o divisionismo/pontilhismona pintura. A obra Uma tarde de domingo na ilha de Grande Jatte, produzida entre 1884 e 1886, é considerada o marco inicial do neoimpressionismo na pintura. Ao usar a técnica do divisionismo/pontilhismo, o pintor aplica pequenos pontos com diferentes cores sobre a tela, o que provoca no espectador a mistura óptica entre elas e cria os tons e imagens. Ao observar uma obra composta com essa técnica, o espectador pode ter a mesma impressão de ver uma fotografia granulada. R e p ro d u ç ã o /I n s ti tu to d e A rt e d e C h ic a g o , Il lin o is , E U A . W ik ip e d ia /W ik im e d ia C om m ons 134 Práticas de análise linguística 17 O texto de Abramovay foi publicado originalmente no suplemento cultural Ilustríssima, do jornal Folha de S.Paulo. Leia, a seguir, o que esse jornal descreve sobre o que o leitor deve esperar desse suplemento. ILUSTRÍSSIMA: Seção dedicada à cultura, à ciência e a reportagens de fôlego. Textos de ficção, poesia, drama- turgia, ensaios, cartum e quadrinhos também compõem o suplemento. FOLHA de S.Paulo. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/institucional/cadernos_diarios.shtml?fill=3. Acesso em: 7 jul. 2020. a. O texto que você leu se enquadra em qual das áreas citadas? b. Você considera que a linguagem utilizada no ensaio lido é clara e sem jargões? c. Segundo o Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa, a linha editorial de um jor- nal pode ser definida como: “posicionamento prévio quanto à seleção dos assuntos e ao tratamento das informações em um veículo de comunicação ou no conjunto dos produtos editoriais de uma empresa”. (INSTITUTO Antonio Houaiss. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.) Em sua opinião, a definição do caderno Ilustríssima dá ideia da linha editorial do jornal que a publica? Explique. d. Qual poderia ser a razão de a linha editorial do jornal estar claramente indicada aos leitores desse suplemento? e. Você, um leitor de textos jornalístico-midiáticos, procuraria espontaneamente ler um texto publicado nesse suplemento? Por quê? NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. Conhecer a linha editorial das publicações jornalísticas nos ajuda a selecionar o que ler e a compreender a abordagem de fatos e acontecimentos noticiados. Discuta com os colegas: Qual é a importância, para os leitores, de ter esse tipo de conhecimento e compreensão das publicações jornalísticas? Faça um levantamento das linhas editoriais de outras publicações jornalísticas que circulam em âmbito nacional ou em sua região. Compare os achados com 18 Pode-se dizer que o autor do ensaio se identifica com o enunciador, isto é, com o “eu” que se projeta no texto. a. Por quê? b. Que recursos linguísticos (palavras, expressões, por exemplo) são empregados por Abra- movay para ele se projetar explicitamente no texto como um enunciador? 19 Quem você diria que é o leitor suposto do texto? Tente explicar sua resposta com base em indícios que você obteve do estudo feito até agora. 20 Leia, a seguir, alguns trechos do texto de Abramovay. I. O Brasil é o sexto maior emissor global de gases de efeito estufa. linha 6 II. Transformar os modelos econômicos em que se apoiam esses setores exige muita ciência e inovações tecnológicas disruptivas. linhas 17-18 Por que você, leitor do texto, provavelmente terá dificuldade de discordar das afirmações anteriores? os de outros colegas e, com a ajuda do professor, explique por que, para os leitores, conhecer essas informações pode ajudá-los a selecionar o que ler e por quê. Discuta também com os colegas: Por que é importante haver diferentes linhas editoriais de veículos jornalísticos em uma sociedade democrática como a nossa? Registre as conclusões no caderno. PARA IR MAIS LONGE 191 Práticas de leitura Nesta seção, você vai ler uma história escrita por estudantes indíge- nas do povo Kaxinawá, baseada em mitos desse povo e publicada no livro Shenipabu Miyui: história dos antigos. Esse livro reúne doze histó- rias baseadas em mitos desse povo, perpetuados pela sua tradição oral, e foram escritas por um grupo de jovens professores Kaxinawá, entre 1989 e 1995, a partir de um trabalho de campo realizado nos territórios onde vive esse povo. Essas histórias foram, primeiramente, escritas na língua hatxã ku , e em outras edições do mesmo livro apresentaram- -se versões em português, resultantes de um novo trabalho de coleta dessas histórias, e não da tradução direta para o português a partir do texto escrito na língua desse povo. Observe que o livro foi publicado em 2000, 500 anos depois que os portugueses chegaram ao Brasil. Na apresentação do livro, mencionam-se os “500 anos que passamos mer- gulhados no fundo do tempo”. 3 Leia, a seguir, a apresentação escrita pelo professor indígena Joaquim Mana Kaxinawá para o livro Shenipabu Miyui: história dos antigos. Depois, no caderno, responda às questões seguintes. Os povos indígenas hoje estamos começando a sonhar do fundo dos 500 anos que passamos mergulhados no fundo do tempo. Durante este longo túnel, foram exterminadas muitas culturas e as línguas indígenas que hoje são faladas em número de 180. Mas sabemos que existem muitas ainda pelas fronteiras dos rios. O que quero dizer é que os 500 anos para nós começaram ontem. Só agora nos últimos anos é que estamos com os direitos de ter uma comunicação através da escrita na nossa língua própria. Sendo um processo novo para os índios e para os assessores, encontramos várias interrogações no ar. Como se fôssemos andorinhas voando para pegar as moscas de sua alimentação numa tarde de tempo- poral de chuva. Mas o túnel do futuro mostra que somos capazes de realizar os sonhos que sempre tivemos como povos diferentes, valorizados dentro de nós mesmos e espiritualmente. Professor Joaquim Mana Kaxinawá Coordenador de Shenipabu Miyui Organização dos Professores Indígenas do Acre, OPIAC PROFESSORES Indígenas do Acre (org.). Shenipabu Miyui: história dos antigos. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2000. p. 7. a. De acordo com o texto, o que esse trabalho de coleta e registro das histórias representa para o povo Kaxinawá? b. No texto, há indícios de que o trabalho desenvolvido foi considerado complexo. Em que trecho isso se evidencia e quais as possíveis razões dessa complexidade?. 5 10 FICA A DICA HUNI KUIN. Disponível em: http://www.gamehunikuin.com.br/. Acesso em: 23 jul. 2020. Este site apresenta informações, vídeos e imagens sobre o jogo eletrônico Huni Kuin: os caminhos da jiboia. Esse jogo, lançado em 2016, foi produzido ao longo de quatro anos em parceria entre os Kaxinawá e uma equipe de antropólogos, técnicos da ciência da computação, historiadores, artistas plásticos e digitais e designers de jogos eletrônicos. O enredo do game consiste na história de dois irmãos gêmeos, indígenas do povo Huni Kuin, que precisam passar por várias aventuras e desafios para se tornarem pajés. Nesse site também é possível fazer o download gratuito do jogo. C a s s a n d ra C u ry /P u ls a r Im a g e n s Os Huni Kuin, mais conhecidos como Kaxinawá, vivem majoritariamente em território brasileiro, no Acre, e uma parcela menor, no Peru. Em cinco das doze terras indígenas, fala- -se o hatxã ku , língua da família linguística Pano. Representante Kaxinawá da aldeia Novo Segredo, localizada na terra indígena do Alto Rio Jordão, no Acre. Foto de 2016. OS KAXINAWÁ 279 A BNCC nesta unidade Competências gerais da Educação Básica 1, 2, 3, 4, 5, 9, 10 Competências e habilidades específicas de Linguagens e suas Tecnologias para o Ensino Médio Competências 1, 2, 3, 6, 7 Habilidades EM13LGG101, EM13LGG104, EM13LGG204, EM13LGG301, EM13LGG303, EM13LGG304, EM13LGG305, EM13LGG601, EM13LGG602, EM13LGG603, EM13LGG604, EM13LGG701, EM13LGG702 Campos de atuação social, competências específicase habilidades de Língua Portuguesa para o Ensino Médio Competências 1, 2, 3, 4, 6, 7 Todos os campos de atuação social EM13LP01, EM13LP02, EM13LP03, EM13LP04, EM13LP05, EM13LP06, EM13LP07, EM13LP08, EM13LP11, EM13LP12, EM13LP13, EM13LP15, EM13LP16, EM13LP17, EM13LP18 Campo da vida pessoal EM13LP20 Campo de atuação na vida pública EM13LP23, EM13LP24, EM13LP25, EM13LP26, EM13LP27 Campo das práticas de estudo e pesquisa EM13LP28, EM13LP29, EM13LP30, EM13LP34, EM13LP35 Campo jornalístico-midiático EM13LP43, EM13LP44 Campo artístico-literário EM13LP46, EM13LP47, EM13LP51, EM13LP54 UNIDAD E RelaÇõeS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DA UNIDADE Nos capítulos de Relações, você e os colegas vão refletir sobre gêne- ros ligados à vida pública, com o manifesto e o discurso político, compreendendo aspectos do fenômeno da vida associativa, isto é, situações em que pessoas se associam para reivindicar seus direitos. Ao final, com base nas atividades desenvolvidas ao longo da unidade, terão a oportunidade de propor mudanças positivas para o entorno. 86 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO CAPÍTULO 1 Analisar as características do gênero manifesto e usá-las na organização de um texto do gênero. Compreender a forma como, em textos multissemióticos, os elementos verbais e não verbais contribuem para a constituição dos sentidos. Apreciar poemas produzidos para serem lidos em voz alta, que fazem parte de campeonatos de poesia, os poetry slams. Compreender a importância da tomada de notas quando se é observador de um gênero oral formal, como uma aula expositiva. Identificar as características da organização de gêneros escritos que dão apoio à fala, em situações formais, e empregá-las em sua produção. Justificativa O estudo de um gênero como o manifesto no Ensino Médio se justifica porque é nessa fase dos estudos que você tem contato com situações variadas – políticas, sociais, ecológi- cas, etc. – em que é necessário perceber como, por meio da linguagem, é possível manifestar-se para reivindicar seus direitos. O trabalho na seção Práticas de leitura e análise literária, que enfoca poetas que fazem parte do circuito da poetry slam, passa a fazer todo sentido, já que essa forma poética é, por si mesma, uma forma de manifestação. Os estudos de análise linguística propos- tos devem contribuir para a compreensão do gênero manifesto e, ao mesmo tempo, chamam atenção para o caráter multissemiótico de outros gêneros como o cartaz, também associados a manifestações. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO CAPÍTULO 2 Compreender o funcionamento do discurso político e discutir sua importância em uma sociedade democrática. Discutir como a tecnologia favorece a divulgação e a circulação de textos literários. Compreender como a internet e as redes sociais contribuem para a disseminação de textos literários. Analisar características da leitura pública em voz alta, compreendendo-a como gênero oral que depende da escrita. Analisar cartas de solicitação e identificar características do gênero. Justificativa A análise do discurso político pode levar você a notar a importância desse gê- nero em uma sociedade democrática como a nossa. O caráter argumentativo do gênero vai contribuir para sua compreensão da arena política como lugar social de reivindicação de direitos. Os estudos literários mostram a internet como um espaço de manifestações, de associação de pessoas com interesses e reivindica- ções em comum. O estudo da leitura em voz alta chama sua atenção para esse gênero, presente em várias formas de associação. va sa ra /S hu tte rs to ck 87 42 Relato de viagem11CAPÍTULO 2 Imagine que uma das “pequenas luzes perdidas na planí- cie”, avistadas pelo aviador, tenha sido sua casa. Se você encontrasse esse aviador hoje e conversasse com ele, o que lhe diria? O que contaria sobre sua vida e a de sua família, das pessoas com quem você mora? E o que acha que ele pergunta- ria a você? Escreva no caderno esse diálogo entre você e o aviador. 3 Agora, faça o exercício contrário: Você é um aviador e vê do alto, pela janela do avião, essas “luzes perdidas na pla- nície”. Observe novamente a imagem da atividade 1 desta seção, escolha uma dessas luzes e imagine o que se passa no interior da casa observada. No caderno, registre a situação. 4 Em um momento definido pelo professor, compartilhe com os cole- gas os dois relatos que você criou: faça a leitura dos textos e expli- que-lhes as impressões que você teve ao elaborá-los. INTERAÇÃO Situação inicial 1 Observe a imagem e, em seguida, relacione-a com o relato de viagem do escritor Antoine de Saint-Exupéry que você leu anteriormente. PORTFÓLIO PORTFÓLIO Vista noturna de aldeia. NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. Depois de conversar com os colegas e o professor, reflita sobre seus relatos e os da turma toda e procure lembrar em que aspectos os relatos foram semelhantes e em que aspectos se diferenciaram. Procure recordar se os colegas relataram fatos interessantes nos quais você sequer havia pensado ao elaborar o próprio relato e se você discordou de algum relato e por quê. Depois, registre suas observações em seu diário de bordo. DIÁRIO DE BORDO P ix a b a y /p ix a b a y. c o m Organizado em unidades independentes, este livro apresenta, na abertura de cada uma delas, os objetivos de aprendizagem da unidade e de seus capítulos, assim como um quadro com as competências e as habilidades mobilizadas. Depois da abertura, a seção Perspectivas propõe atividades convidando para uma reflexão inicial sobre o tema da unidade. Práticas de análise linguística – seção que propicia a análise de fenômenos linguísticos e discursivos presentes nos textos em estudo na seção Práticas de leitura, assim como o estudo de características do gênero textual em questão. Situação inicial – seção que propõe o início da produção de um gênero textual em estudo no capítulo. Capítulos – os capítulos voltam-se para o trabalho com gêneros escritos e orais, assim como para o estudo da literatura. Práticas de leitura – esta seção investe no estudo das práticas de linguagem e no aprimoramento de suas estratégias de leitura para compreender textos variados. Para ir mais longe – apresenta uma proposta de pesquisa em grupo, relacionada a um tema em estudo. Diário de bordo – ao final de cada seção, propõe a retomada das atividades vivenciadas, com o objetivo de levar você a verificar as aprendizagens conquistadas ou em desenvolvimento. O selo solicita a você que guarde a versão de sua produção para poder rever todo o processo no final. Fica a dica – apresenta sugestões de livros, sites, filmes e vídeos. O boxe fornece informações complementares sobre algum assunto mencionado no texto. Conheça Seu livro VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_003a019_LE.indd 4VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_003a019_LE.indd 4 9/28/20 12:42 PM9/28/20 12:42 PM 5 Para recordar – retoma conceitos e noções da linguagem desenvolvidos ao longo do Ensino Fundamental. Temas contemporâneos – propõe uma reflexão sobre um tema contemporâneo transversal relacionado à discussão sugerida na seção. Os selos de recepção, produção, mediação e interação indicam estratégias de ação, associadas às práticas de linguagem. INTERAÇÃORECEPÇÃO PRODUÇÃO MEDIAÇÃO Práticas de leitura e análise literária O Simbolismo na literatura Refletir sobre a temática de Olhares sobre o futuro, nos estudos de literatura, pode nos remeter ao estilo de época conhecido como Sim- bolismo. Esse estilo se formou em um dos períodos de grandes avanços tecnológicos, que provocaram mudanças sociais marcantes nos países do Ocidente: as duas décadas finais do século XIX e o início do século XX, até a eclosão da Primeira Guerra Mundial,em 1914. Nesse período, foram desenvolvidas tecnologias como o telefone e o avião; houve a expansão do uso da eletricidade como fonte energética; as cidades pas- saram por intenso processo de crescimento e urbanização, entre muitas outras conquistas que nos influenciam até hoje. Não é à toa que, confor- me você viu na abertura desta unidade, muitos projetavam o futuro com base em inovações promovidas pela tecnologia. Reagindo a esse cientificismo, a arte propõe sobretudo a apreensão de estados emocionais subjetivos, misteriosos, ilógicos, ou seja, aquilo que só admite expressão simbólica. A razão e a lógica cedem lugar, na literatura, por exemplo, à intuição, à subjetividade. Movimentos como o Simbolismo (na literatura) e o Impressionismo (nas artes visuais) propuseram novas formas pelas quais a arte passou a compreender e representar a realidade, abrindo caminho para as bases do que seria chamado no século XX de Modernismo. Por todas essas razões, estudar o Simbolismo na literatura é importante. Considerando essa reação do Simbolismo ao cientificismo de sua época, você vai notar que o texto a seguir é construído com uma lingua- gem bastante diferente do ensaio jornalístico lido neste capítulo. Tra- ta-se de um poema que procura caracterizar a voz de uma pessoa, de forma vaga, imprecisa, de acordo com a subjetividade do eu lírico. Cristais NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. Estilo de época: conjunto de características estéticas, estilísticas e composicionais manifestadas nas obras dos artistas de um certo período histórico e social. Cruz e Sousa Mais claro e fino do que as finas pratas O som da tua voz deliciava... Na dolência velada das sonatas Como um perfume a tudo perfumava. Era um som feito luz, eram volatas Em lânguida espiral que iluminava, Brancas sonoridades de cascatas... Tanta harmonia melancolizava. Filtros sutis de melodias, de ondas De cantos voluptuosos como rondas De silfos leves, sensuais, lascivos... Como que anseios invisíveis, mudos, Da brancura das sedas e veludos, Das virgindades, dos pudores vivos. CRUZ E SOUSA. Cristais. In: CRUZ E SOUSA. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995. p. 86. 5 10 dolência: mágoa, dor; sofrimento, aflição. lascivo: sensual, libidinoso, desregrado. silfo: na mitologia céltica, é o “gênio do ar”. sonata: peça musical. velado: coberto com véu; oculto; disfarçado. volata: série de sons executados com rapidez. voluptuoso: sensual; em que há prazer ou volúpia. João da Cruz e Sousa (1861-1898) nasceu em Florianópolis. Exerceu o cargo de professor e jornalista no Rio de Janeiro, onde ingressou no grupo simbolista, tornando-se logo respeitado como mentor do grupo. Suas obras mais famosas são Missal (1893), Broquéis (1893), Faróis (1900), e Evocações (1898). Na imagem, Cruz e Sousa em gravura de Maurício Jobim, cerca de 1898. Reprodução/Coleção particular O Teatro Municipal, em foto de 1910, foi uma das novidades da reforma do Rio de Janeiro, promovida pelo então prefeito Pereira Passos, que pretendia modernizar a imagem do Brasil. O prefeito se inspirou em Paris para fazer as reformas urbanísticas no Rio. M a rc F e rr e z/ C o le ç ã o p a rt ic u la r 198 Práticas de produção de textos PRODUÇÃO ORAL Leitura em voz alta Neste capítulo, você pôde ler o discurso de posse do presidente Juscelino Kubitschek. O discurso político é uma das situações de leitura em voz alta. Há muitas outras. A seguir será lançado a você um desafio: como ler em voz alta para alguém? Essa leitura tem características pró- prias? Em caso afirmativo, quais? Se há essas características, elas são sempre as mesmas ou mudam, conforme a situação comunicativa em questão? Para resolver esse desafio, propomos a você uma reflexão sobre suas experiências a respeito de leituras dessa natureza, seguida de pesquisa e de análise, usando estratégias pautadas no raciocínio lógico. 20 Em que situações você acha que uma pessoa pode ler textos em voz alta para outras? E com quais objetivos? 21 E você? Já leu em voz alta para alguém? Em caso afirmativo, em que situações isso ocorreu? Relate aos colegas. PARA FAZER E PENSAR As redes sociais, os sites especializados em literatura, os blo- gues e os canais de divulgação de vídeos, entre tantos outros espaços na internet, transformaram os modos de produção e recepção literários. Antes da internet, para que um escritor tivesse seus textos publicados e divulgados, o processo implicava que sua produ- ção literária fosse publicada em livros ou na mídia impressa. E, para chegar ao público, era preciso passar por inúmeros filtros ligados aos processos e às condições das editoras. Assim, era muito mais difícil do que hoje ter seus textos divulgados. A in- ternet propiciou uma nova maneira de circulação dos escritos literários porque quebrou as barreiras editoriais. Pensando nessa nova realidade, você e os colegas podem pesquisar outros escritores que se tornaram conhecidos por meio de sua participação na internet. Selecionem exemplos desses escritores, conheçam suas histórias, verifiquem suas motivações para a escrita, selecionem textos escritos por eles. Organizem os achados e, em um dia combinado com o professor, montem na escola uma exposição sobre esses escritores e suas obras. Vocês podem criar cartazes com essas obras, com as histórias dos escritores, e “espalhá-los” pela escola para que colegas de outras turmas tenham acesso. Combinem com o professor uma forma de fazer a exposição e a divulgação das pesquisas. Conversem com os gestores da escola para definir o modo e o local para essa exposição. Será uma forma de “intervenção literária” na escola. PENSAMENTO COMPUTACIONAL Uma história da leitura, de Alberto Manguel. Rio de Ja- neiro: Bazar do Tem- po, 2018. A leitura em voz alta pode ser obser- vada em diversas situações na obra. Além disso, este livro faz um passeio pela prática de ler e você poderá aprender e fruir muito com ele. FICA A DICA Pessoas compartilhando ideias para organizar resultados de pesquisa. M o n k e y B u s in e s s I m a g e s /S h u tt e rs to ck 123 PALAVR AS EM LIBE RDADE Mundo do trabalho: diálogo com especialistas Ao longo dos dois capítulos desta unidade, você e os colegas puderam iniciar uma reflexão sobre um tema essencial na vida dos jovens: o mundo do trabalho e a escolha das profissões con- siderando seu projeto de vida. Em nossa sociedade, o que diz respeito ao mundo do trabalho tem papel fundamental na vida dos cidadãos, pois possibilita uma maneira de participação social e de obter independência finan- ceira. Por essa razão, é quase certo que as pessoas que fazem parte de sua família ou as de sua co- munidade desenvolvam ou já tenham desenvolvido alguma atividade ligada ao mundo do trabalho. NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 1 Com a ajuda do professor, você e os colegas de classe vão conversar sobre as atividades profissionais desenvolvidas por pessoas da comunidade (pais ou responsáveis, parentes, vi- zinhos, etc.) e elaborar uma lista de profissões existentes e das pessoas da comunidade que as exercem. 2 Em seguida, reúna-se com os colegas em pequenos grupos. Elejam algumas das atividades citadas – pode ser, por exemplo, aquelas que, por alguma razão, chamaram a atenção por não serem comuns ou porque quase ninguém suspeitasse da existência delas. O grupo deve então fazer o seguinte: Escolher uma dessas atividades profissionais. Homem em colheita de plantação orgânica em comunidade Quilombola, em Garopaba (SC), 2020. Homens trabalhando em túnel de metrô. Líder de projeto de engenharia fazendo uma exposição para um grupo de cientistas. Fisioterapeuta em atendimento. E d u a rd o Z a p p ia /P u ls a r Im a g e n s G o ro d e n k o ff /S h u tt e rs to ck D m it ry K a lin o v s k y/S h u tt e rs to ck L u b o I v a n k o /S h u tt e rs to ck 270 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. CULTURA DIGITAL Se você utiliza redes sociais, certamente está familiarizado com três verbos: curtir, comentar e compartilhar. A experiência de cada uma dessas ações faz parte da natureza dessas redes e do tipo de interação que elas proporcionam. A identidade virtual das pessoas está cada vez mais ligada à sua participação nas re- des e ao que é curtido, comentado e compartilhado. A atividade proposta a seguir vai ajudar você e os colegas a analisar, discutir e refletir sobre conteúdos que curtem, comentam e compartilham e com que propriedade realizam isso. Para isso, sigam as orientações. Combinem coletivamente com o professor um período para analisar uma rede social. Para o trabalho não ser exaustivo, sugerimos algo em torno de dois ou três dias. Individualmente, cada um de vocês escolhe uma rede social para ser analisada. É importante que todos, ou a maioria de vocês, participem dessa rede. O trabalho proposto com essa primeira rede social poderá ser feito com outras redes, posteriormente. A turma deve construir uma tabela conforme o modelo a seguir. Ela pode ser elaborada por meio de aplicativo de edição coletiva de textos ou de planilhas. É importante que todos da turma tenham acesso ao documento e possam editá-lo para inserir os dados que serão coletados. Curti Comentei Compartilhei Por quê? Diariamente, cada um de vocês vai escolher um momento do dia para registrar na tabela as interações que realizou na rede social. Se você se esquecer de alguma, não há problema. Vocês não precisam copiar, na tabela, o conteúdo exato da postagem com que interagiram; basta apenas indicá-lo de forma resumida. Também não é necessário identificar-se individualmente, porque o objetivo desta atividade é analisar o conteúdo, e não apontar quem curtiu/comentou/compartilhou. Depois de terminado o período de investigação e com todos os registros da turma reunidos na tabela, é o momento de vocês analisarem os dados. Para isso, leiam atentamente a tabela, revejam as interações realizadas e discutam, com a ajuda do professor, sobre algumas questões como as sugeridas a seguir. a. Que tipos de conteúdos foram mais curtidos? O que levou vocês a escolhe- rem curtir esses conteúdos e não outros? b. Quando vocês comentam postagens de outras pessoas da rede, por que o fazem? c. Você conhecia com propriedade o conteúdo de seus compartilhamentos? O que levou você a “compartilhar”? Finalizadas as discussões, registre no caderno o que você e os colegas concluíram dessa análise. Ju lia Ti m /S hu tte rs to ck 98 Envelhecimento Em nosso país, as pessoas estão vivendo por mais tempo cada vez mais, graças a alguns fatores, es- pecialmente: hoje em dia muitos cuidam mais da saúde, circulam de forma mais ampla informações a respeito de possíveis problemas de saúde na terceira idade e há a intensificação do desenvolvimento tecnológico. Como consequência, a população idosa já representa quase 15% da população brasileira, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Observe atentamente o gráfico a seguir, que, em estudos estatísticos populacionais, é chamado de pir‰mide et‡ria. População residente, segundo o sexo e os grupos de idade (%) Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2012/2019. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/18318-piramide-etaria.html. Acesso em: 15 jul. 2020. Analise comparativamente os dados dos dois momentos apresentados no gráfico, 2012 e 2019. Ob- serve que as barras dispostas horizontalmente na pirâmide representam a porcentagem populacional de cada uma das faixas etárias indicadas no eixo vertical do gráfico. Os períodos, 2012 e 2019, estão diferenciados por cores, conforme a legenda. Responda no caderno às questões propostas a seguir. Compare a população de 2012 e de 2019 por faixa etária. A partir de qual faixa etária se registrou aumento em 2019? Considerando a diferença no gráfico entre os sexos, em qual grupo há mais idosos? Explique. Converse com os colegas e, com a ajuda do professor, discutam oralmente: levando em consideração suas leituras em geral e seus estudos escolares a respeito das condições de vida da população brasileira, como vocês explicam a diferença populacional entre homens e mulheres no grupo dos idosos? Diante da tendência de envelhecimento populacional apresentada pelo gráfico, por que é importante nos preocuparmos com saúde, bem-estar e qualidade de vida desde a juventude? R e p ro d u ç ã o /I B G E - I n s ti tu to B ra s ile ir o d e G e o g ra fi a e E s ta tí s ti c a TEMAS CONTEMPORÂNEOS 163 Homens 2012 4,0 2,0 0,0 2,0 4,0 Mulheres 2019 80 anos ou mais 75 a 79 anos 70 a 74 anos 65 a 69 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos MEU PORTFîLIO Em Viagens, você e os colegas trabalharam relatos de viagem e diários pessoais, puderam per- ceber que relatar é uma prática que faz parte do cotidiano, ajudando a retomar e a reorganizar o que é vivido. Produziram exposições orais e puderam considerar os elementos que fazem parte dessa produção: verbais, icônicos, gestuais, entre outros. Leram produções literárias inspiradas em viagens e refletiram sobre elas e sobre seu sentido no mundo em que vivem. O portfólio com as produções Conforme lembrado ao longo dos capítulos, em seu portfólio, você colecionou as produções de texto desenvolvidas na unidade. É importante rever todas as versões de uma mesma produ- ção, para que você possa, ao final do trabalho, perceber seu aprimoramento. Consulte a página 37 para rever as informações sobre sua organização. Ao indicar a data de cada produção, conforme orientado, você terá condições de verificar, ago- ra, sua história de aprendizagem dos gêneros trabalhados e perceber quais aspectos da produção de textos desenvolveu e aperfeiçoou. Essa diretriz será útil para a autoavaliação proposta a seguir. Este é o momento de você refletir sobre seus processos de produção e suas aprendizagens. Para organizar o trabalho, considere os passos a seguir. A autoavaliação das aprendizagens Passo 1 Modelo de quadro de autoavaliação No caderno, construa um quadro que o ajudará a avaliar suas aprendizagens. Tome por base os objetivos de aprendizagem de cada capítulo indicados no início da unidade e as anotações de seu diário de bordo. Veja um exemplo. Autoavaliação – Viagens Avancei Preciso rever O que fazer para melhorar e consolidar as aprendizagens? Capítulo 1 Aprendizagens Exemplo: A análise do gênero exposição oral, compreendendo seu funcionamento composicional e discursivo, para poder produzi-lo em situações de comunicação variadas. Capítulo 1: seção Práticas de produção de texto, item Produção oral, atividades 32 e 33. Capítulo 2 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 84 Práticas de produção de textos PRODUÇÃO ORAL Interação dialogal (II) No capítulo anterior, você viu que há dois tipos de diálogos: em presença (quando os interlo- cutores mantêm contato visual) e em ausência. Em ambos os casos, há pelo menos duas carac- terísticas marcantes: A existência de um meio material de comunicação. A existência de rituais implicados na tomada das palavras pelos interlocutores. Esses “rituais”, nos estudos de oralidade, são chamados de protocolos de interação dialogal. Ocor- rem em qualquer interação verbal, mas são particularmente evidentes nos momentos de troca de turnos, ou seja, quando um interlocutor cede a palavra ao outro, ou quando ele tem a sua vez de fala “roubada”, o que costumamos chamar, tecnicamente, de assalto do turno. No caso dos diálogos em ausência, os protocolos assumem umaimportância muito grande, por- que eles substituem a expressão mimogestual e cinésica presente nos diálogos em presença. Ob- serve alguns exemplos: 1. Diálogo entre mãe e filho: o filho está no banheiro, de portas fechadas; a mãe está do lado de fora. Nessa situação, a elevação do volume vocal é suficiente para que os interlocutores dialoguem, ao permitir que o filho ouça a voz da mãe e vice-versa. 2. A conversa telefônica. Nessa situação, existe uma tecnologia de transmissão de dados de voz (o telefone) mediando a interação. Nessas mesmas situações, há protocolos linguageiros bem definidos: O diálogo entre mãe e filho só começa quando um dos dois sinalizar, por meio de um gesto sonoro, o início da conversa. Esse gesto pode variar: uma batida na porta, o uso de uma expressão vocativa, uma interjeição ou uma marca de modalização, como a interrogação. A pequena pausa sonora após esse gesto sinalizará ao outro interlocutor que ele deve tomar a palavra e dizer algo. O canal de diálogo se estabeleceu e a interação dialogal prossegue. A conversa telefônica só se inicia quando aquele que atende o telefone diz alguma coisa. É comum, no Brasil, dizer “Alô”, “Pronto”, ou outra forma qualquer de identificação (o próprio nome, o nome da instituição que se representa, etc.). Cada lugar tem a própria O passeio pelo gênero lírico apenas começou nesta seção. O espaço do livro didático é in- finitamente pequeno para conter a poética da língua portuguesa. Então, a proposta é que você e os colegas selecionem outras obras, dos poetas aqui indicados e de outros e orga- nizem sessões de leituras poéticas na escola. Para isso, façam o seguinte: Com dois ou três colegas, forme um grupo. Em livros e sites que trazem informações sobre a literatura dos países de língua portuguesa, o grupo vai pesquisar poetas representativos de determinado país e século, entre os que são mencionados nesses veículos. Selecionem alguns dos poemas de cada autor, tendo em vista as temáticas que eles costumam apresentar. Considerando essa seleção, organizem as sessões de leituras poéticas, em que os poemas pesquisados possam ser lidos, declamados e comentados. Pode ser interessante convidar outras turmas para participar dessa conversa. E, por que não, vocês poderão ler as próprias produções poéticas. Certamente, há entre os estudantes da escola muitos que escrevem poesia, música, e outras composições líricas. CLUBE DE LEITURA NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 264 25 Por tudo o que foi estudado até este ponto do capítulo, você já deve ter percebido que o esboço de explicações de alguns termos que escreveu em Situa•‹o inicial é um estudo para a produção de um texto de divulgação científica. Agora, com base nas características desse gênero estudadas até aqui, retome o esboço escrito no início do capítulo e faça o que se pede a seguir. Textos como o do blogue da Lúcia Helena são chamados textos de divulgação científica (ou textos de vulgarização científica ou, ainda, textos de popularização de ciências). Elaborados para explicar conceitos, noções e teorias científicas a um leitor leigo, ou seja, que não está familiarizado com teorias específicas e jargões próprios de certa ciência. Podem assumir varia- das formas, ser publicados em diferentes publicações e portadores, ser orais ou escritos. Cir- culam tanto na esfera jornalística (como no caso do texto de Lúcia Helena) quanto em outras esferas e têm muitas relações com textos didáticos, como verbetes de enciclopédias. Algumas de suas características são: a presença mínima de termos científicos (só são menciona- dos quando fazem parte dos conceitos e das noções que precisam realmente ser explicados); o amplo uso de linguagem figurada (metáforas, comparações, personificações, etc.) e a aproxima- ção da linguagem do leitor suposto (às vezes, como vimos, com amplo uso de registros informais); o apoio em extensa exemplificação e a natureza explicativo-argumentativa (os autores desses textos, ao mesmo tempo que explicam a ciência para leigos, procuram convencê-los da validade das teorias expostas). Por essa razão, são comuns nesses textos a projeção explícita do enunciador e do enunciatário (você pôde notar que, no texto de Lúcia Helena, isso se manifesta pelas modali- zações elocutivas e alocutivas) e um modo de organização argumentativo (apresentação de uma hipótese ou um problema, argumentação-exposição e formulação de conclusões). O uso de formas de citação, por exemplo, o discurso relatado, é comum quando esses textos circulam na esfera jornalística, como no caso do texto lido, porque a palavra dos especialistas é convocada do mesmo modo que é feito nas reportagens em geral, como argumentos de autoridade, cuja função é tornar o conteúdo do texto confiável. TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA Assim, se você combinar o aspecto semântico com o enunciativo, sua compreensão desse fenômeno de linguagem poderá ficar completa, e você perceberá mais facilmente seus diferentes empregos nos textos. 24 Um importante recurso que pode auxiliar no estabelecimento das relações lógicas de sentido no texto é o emprego de articuladores lógico-relacionais. a. Retorne ao texto e localize outras ocorrências de palavras que, na sua opinião, funcionam como articuladores lógico-relacionais. b. Discuta com os colegas e o professor para tentar chegar a um acordo sobre o tipo de relação lógica e de sentido que os articuladores lógico-relacionais estabelecem. c. Registrem as conclusões no caderno. Os articuladores lógico-relacionais são palavras ou expressões responsáveis pela coes‹o sequencial nos textos, isto é, estabelecem relações de sentido entre as partes, ao mesmo tempo que conectam umas às outras. As classes de palavras que, em geral, funcionam como articuladores lógico-relacionais são as conjunções e alguns tipos de advérbio, preposição e pronome, mas há outras classes de palavras que podem ter essa função, dependendo da situação de uso. Leia alguns exemplos do texto: “Daí [consequência] outras estruturas cerebrais que guardam uma espécie de mapa do corpo apontam: foi ali o golpe, bem na panturrilha! E [conclusão] você fica sabendo exatamente onde está o seu padecer. Por isso, [consequência] não vai levar as mãos ao rosto, como se [causa hipotética] tivesse recebido um soco no nariz” linhas 26-31 . “Apesar de [concessão] saudade, a palavra, só existir em bom português, ela é universal” linhas 36-37 . PARA RECORDAR PORTFÓLIO 165 Práticas de produção de textos – seção que compreende a produção oral e a produção escrita, retomando estudos feitos ao longo do capítulo. Cultura digital – propõe a reflexão sobre questões de linguagem associadas a diversas práticas desenvolvidas no ambiente digital. Para fazer e pensar – traz atividades coletivas que se relacionam a algum tema em discussão. Clube de leitura – sugere atividades ligadas ao compartilhamento de preferências literárias e voltadas para a formação do gosto pela leitura literária. O boxe traz informações sobre a vida e a obra do autor do texto em estudo. Meu portfólio – seção que encerra cada unidade, propondo uma autoavaliação por meio da retomada dos objetivos de aprendizagem dos capítulos, dos registros feitos no diário de bordo e das produções e demais atividades guardadas no portfólio. Palavras em liberdade – seção que se encontra ao final da unidade e que contém sugestões de trabalho para você e os colegas divulgarem à comunidade as produções feitas ao longo dos capítulos. Práticas de leitura e análise literária – esta seção promove o estudo sistemático de textos do campo artístico-literário de diferentes maneiras ao longo do volume. O selo indica que a atividade pode contribuir para o desenvolvimento do raciocínio lógico, por meio do pensamento computacional. O boxe retoma os recursos discursivos e as característicasdo gênero em estudo, que é indicado no título do boxe. VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_003a019_LE.indd 5VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_003a019_LE.indd 5 9/28/20 12:42 PM9/28/20 12:42 PM 6 A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que defi- ne as aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem adquirir na Educação Básica. O desenvolvimento dessas aprendizagens é proposto por meio de competências. O documento define dez competências gerais a serem trabalhadas ao longo da Educação Básica. São elas: COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, in- cluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artísti- ca, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao en- tendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhe- cimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conheci- mentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, nego- ciar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreenden- do-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhi- mento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resi- liência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democrá- ticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. p. 9-10. Competência: “Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.” (BRASIL, 2018, p. 8.) BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: O DOCUMENTO DAS APRENDIZAGENS VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_003a019_LE.indd 6VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_003a019_LE.indd 6 9/28/20 12:42 PM9/28/20 12:42 PM 7 O ENSINO MÉDIO NA BNCC A BNCC sinaliza que a etapa final da Educação Básica, o Ensino Médio, tem o objetivo de con- solidar, aprofundar e ampliar as aprendizagens do Ensino Fundamental e contemplar as necessi- dades de formação geral e integral dos estudantes para que possam exercer sua atuação cidadã e participar do mundo do trabalho. Para concretizar esses objetivos, o documento organiza as aprendizagens do Ensino Médio em quatro áreas do conhecimento: • Linguagens e suas Tecnologias: reúne os componentes Arte, Educação Física, Língua Inglesa e Língua Portuguesa. • Matemática e suas Tecnologias: contempla conhecimentos de Números, Álgebra, Geometria, Grandezas e Medidas, Probabilidade e Estatística. • Ciências da Natureza e suas Tecnologias: formada pelos componentes Biologia, Física e Química. • Ciências Humanas e Sociais Aplicadas: integrada por Filosofia, Geografia, História e Sociologia. Cada uma dessas áreas tem competências específicas e habilidades que compreendem as aprendizagens que devem ser trabalhadas. Desses componentes, dois são obrigatórios durante os três anos de Ensino Médio: Língua Portuguesa e Matemática, que têm então habilidades es- pecíficas. Este livro é voltado para o ensino da Língua Portuguesa durante esses três anos, considerando a articulação desse componente dentro da área de Linguagens e suas Tecnologias. Por isso, a obra prioriza o desenvolvimento das 54 habilidades específicas de Língua Portuguesa, organi- zadas em campos de atuação social. Ao mesmo tempo, faz articulações com as competências específicas da área a que pertence e suas habilidades. Cada habilidade é identificada por um código alfanumérico com a seguinte composição: As competências específicas e as habilidades procuram garantir que, passo a passo, ao longo da Educação Básica, você acione aprendizagens nas diferentes áreas do conhecimento1 e, com isso, desenvolva as dez competências gerais da Educação Básica, a fim de estar apto a resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho. Ao final do Ensino Médio, portanto, é importante que você reflita sobre essas conquistas e so- bre os próximos passos que o conduzirão às aspirações que fazem parte de seu projeto de vida. As competências específicas e habilidades da área de Linguagens e suas Tecnologias, descri- tas a seguir, referem-se às práticas de linguagem que se manifestam em diversos contextos de cada campo de atuação social. 1 Para mais detalhes sobre habilidades e competências da área de Linguagens e suas Tecnologias, assim como sobre competências e ha- bilidades de outras áreas do conhecimento, consulte o documento da Base Nacional Comum Curricular na íntegra. Disponível em: http:// basenacionalcomum.mec.gov.br. Acesso em: 8 maio 2020. EM 13 LGG 1 01 EM: Ensino Médio 13: 3 anos do curso 01: número da habilidade 1: número da competência específica LGG: área de conhecimento – Linguagens e suas Tecnologias ou LP: Língua Portuguesa VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_003a019_LE.indd 7VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_003a019_LE.indd 7 9/28/20 12:42 PM9/28/20 12:42 PM 8 ÁREA DE LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS: COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS E HABILIDADES 1. Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas culturais (artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos nos diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação social, o entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da realidade e para continuar aprendendo. Habilidades (EM13LGG101) Compreender e analisar processos de produção e circulação de discursos, nas diferentes lin- guagens,para fazer escolhas fundamentadas em função de interesses pessoais e coletivos. (EM13LGG102) Analisar visões de mundo, conflitos de interesse, preconceitos e ideologias presentes nos discursos veiculados nas diferentes mídias, ampliando suas possibilidades de explicação, interpretação e intervenção crítica da/na realidade. (EM13LGG103) Analisar o funcionamento das linguagens, para interpretar e produzir criticamente discursos em textos de diversas semioses (visuais, verbais, sonoras, gestuais). (EM13LGG104) Utilizar as diferentes linguagens, levando em conta seus funcionamentos, para a compreen- são e produção de textos e discursos em diversos campos de atuação social. (EM13LGG105) Analisar e experimentar diversos processos de remidiação de produções multissemióticas, multimídia e transmídia, desenvolvendo diferentes modos de participação e intervenção social. 2. Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que permeiam as práticas sociais de lingua- gem, respeitando as diversidades e a pluralidade de ideias e posições, e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia, na igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza. Habilidades (EM13LGG201) Utilizar as diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais) em diferentes contextos, valo- rizando-as como fenômeno social, cultural, histórico, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso. (EM13LGG202) Analisar interesses, relações de poder e perspectivas de mundo nos discursos das diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e verbais), compreendendo criticamente o modo como circulam, constituem-se e (re)produzem significação e ideologias. (EM13LGG203) Analisar os diálogos e os processos de disputa por legitimidade nas práticas de linguagem e em suas produções (artísticas, corporais e verbais). (EM13LGG204) Dialogar e produzir entendimento mútuo, nas diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais), com vistas ao interesse comum pautado em princípios e valores de equidade assentados na demo- cracia e nos Direitos Humanos. 3. Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para exercer, com autonomia e colaboração, pro- tagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma crítica, criativa, ética e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e promovam os Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local, regional e global. Habilidades (EM13LGG301) Participar de processos de produção individual e colaborativa em diferentes linguagens (ar- tísticas, corporais e verbais), levando em conta suas formas e seus funcionamentos, para produzir sentidos em diferentes contextos. (EM13LGG302) Posicionar-se criticamente diante de diversas visões de mundo presentes nos discursos em diferentes linguagens, levando em conta seus contextos de produção e de circulação. (EM13LGG303) Debater questões polêmicas de relevância social, analisando diferentes argumentos e opi- niões, para formular, negociar e sustentar posições, frente à análise de perspectivas distintas. (EM13LGG304) Formular propostas, intervir e tomar decisões que levem em conta o bem comum e os Di- reitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global. (EM13LGG305) Mapear e criar, por meio de práticas de linguagem, possibilidades de atuação social, política, artística e cultural para enfrentar desafios contemporâneos, discutindo princípios e objetivos dessa atuação de maneira crítica, criativa, solidária e ética. VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_003a019_LE.indd 8VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_003a019_LE.indd 8 9/28/20 12:42 PM9/28/20 12:42 PM 9 4. Compreender as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, cultural, social, variável, heterogêneo e sensí- vel aos contextos de uso, reconhecendo suas variedades e vivenciando-as como formas de expressões identitá- rias, pessoais e coletivas, bem como agindo no enfrentamento de preconceitos de qualquer natureza. Habilidades (EM13LGG401) Analisar criticamente textos de modo a compreender e caracterizar as línguas como fenô- meno (geo)político, histórico, social, cultural, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso. (EM13LGG402) Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de língua adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso, respeitando os usos das línguas por esse(s) interlocutor(es) e sem preconceito linguístico. 5. Compreender os processos de produção e negociação de sentidos nas práticas corporais, reconhecendo-as e vivenciando-as como formas de expressão de valores e identidades, em uma perspectiva democrática e de res- peito à diversidade. Habilidades (EM13LGG501) Selecionar e utilizar movimentos corporais de forma consciente e intencional para interagir socialmente em práticas corporais, de modo a estabelecer relações construtivas, empáticas, éticas e de res- peito às diferenças. (EM13LGG502) Analisar criticamente preconceitos, estereótipos e relações de poder presentes nas práticas corporais, adotando posicionamento contrário a qualquer manifestação de injustiça e desrespeito a direitos humanos e valores democráticos. (EM13LGG503) Vivenciar práticas corporais e significá-las em seu projeto de vida, como forma de autoco- nhecimento, autocuidado com o corpo e com a saúde, socialização e entretenimento. 6. Apreciar esteticamente as mais diversas produções artísticas e culturais, considerando suas características lo- cais, regionais e globais, e mobilizar seus conhecimentos sobre as linguagens artísticas para dar significado e (re)construir produções autorais individuais e coletivas, exercendo protagonismo de maneira crítica e criativa, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas. Habilidades (EM13LGG601) Apropriar-se do patrimônio artístico de diferentes tempos e lugares, compreendendo a sua diversidade, bem como os processos de legitimação das manifestações artísticas na sociedade, desenvol- vendo visão crítica e histórica. (EM13LGG602) Fruir e apreciar esteticamente diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, assim como delas participar, de modo a aguçar continuamente a sensibilidade, a imaginação e a criatividade. (EM13LGG603) Expressar-se e atuar em processos de criação autorais individuais e coletivos nas diferentes linguagens artísticas (artes visuais, audiovisual, dança, música e teatro) e nas intersecções entre elas, recor- rendo a referências estéticas e culturais, conhecimentos de naturezas diversas (artísticos, históricos, sociais e políticos) e experiências individuais e coletivas. (EM13LGG604) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política e econômica e identificar o processo de construção histórica dessas práticas. 7. Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as dimensões técnicas, críticas, criativas, éti- cas e estéticas, para expandir as formas de produzir sentidos, de engajar-se em práticas autorais e coletivas, e de aprender a aprender nos campos da ciência, cultura, trabalho, informação e vida pessoal e coletiva. Habilidades (EM13LGG701) Explorar tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC), compreendendo seus princípios e funcionalidades, e utilizá-las de modo ético, criativo, responsável e adequado a práticas de lin- guagem em diferentes contextos. (EM13LGG702) Avaliar o impacto das tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC) na forma- ção do sujeito e em suas práticas sociais, para fazer uso crítico dessa mídia em práticas de seleção, com- preensão e produção de discursos em ambiente digital. (EM13LGG703) Utilizar diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais em processos de produção co- letiva,colaborativa e projetos autorais em ambientes digitais. (EM13LGG704) Apropriar-se criticamente de processos de pesquisa e busca de informação, por meio de ferramentas e dos novos formatos de produção e distribuição do conhecimento na cultura de rede. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. p. 490. A BNCC propõe o estudo na área de Linguagens e suas Tecnologias considerando cinco cam- pos de atuação social para contextualizar as práticas de linguagem e possibilitar reflexões sobre cultura, práticas cidadãs, trabalho e continuação dos estudos. VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_003a019_LE.indd 9VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_003a019_LE.indd 9 9/28/20 12:42 PM9/28/20 12:42 PM 10 LÍNGUA PORTUGUESA Os campos de atuação social contextualizam também as habilidades especí- ficas de Língua Portuguesa, que este livro vai procurar ajudar você a acionar ao longo do Ensino Médio. Em cada quadro a seguir, você poderá observar essas relações assim como as competências específicas (CE) favorecidas por meio do desenvolvimento das habilidades. Habilidades de Língua Portuguesa nos campos de atuação social Todos os campos de atuação social • Práticas: leitura, escuta, produção de textos (orais, escritos, multissemióticos) e análise lin- guística/semiótica. Habilidades CE (EM13LP01) Relacionar o texto, tanto na produção como na leitura/ escuta, com suas condições de produção e seu contexto sócio-histórico de circulação (leitor/ audiência previstos, objetivos, pontos de vista e perspectivas, papel social do autor, época, gênero do discurso etc.), de forma a ampliar as possibilidades de construção de sentidos e de análise crítica e produzir textos adequados a diferentes situações. 2 (EM13LP02) Estabelecer relações entre as partes do texto, tanto na produção como na leitura/escuta, considerando a construção composicional e o estilo do gênero, usando/reconhecendo adequadamente elementos e recursos coesivos diversos que contribuam para a coerência, a continuidade do texto e sua pro- gressão temática, e organizando informações, tendo em vista as condições de produção e as relações lógico-discursivas envolvidas (causa/efeito ou conse- quência; tese/argumentos; problema/solução; definição/exemplos etc.). 1 (EM13LP03) Analisar relações de intertextualidade e interdiscursividade que per- mitam a explicitação de relações dialógicas, a identificação de posicionamentos ou de perspectivas, a compreensão de paráfrases, paródias e estilizações, entre outras possibilidades. 1 (EM13LP04) Estabelecer relações de interdiscursividade e intertextualidade para explicitar, sustentar e conferir consistência a posicionamentos e para construir e corroborar explicações e relatos, fazendo uso de citações e paráfrases devida- mente marcadas. 1 (EM13LP05) Analisar, em textos argumentativos, os posicionamentos assumidos, os movimentos argumentativos (sustentação, refutação/ contra-argumentação e negociação) e os argumentos utilizados para sustentá-los, para avaliar sua força e eficácia, e posicionar-se criticamente diante da questão discutida e/ou dos ar- gumentos utilizados, recorrendo aos mecanismos linguísticos necessários. 3 (EM13LP06) Analisar efeitos de sentido decorrentes de usos expressivos da lin- guagem, da escolha de determinadas palavras ou expressões e da ordenação, combinação e contraposição de palavras, dentre outros, para ampliar as possibi- lidades de construção de sentidos e de uso crítico da língua. 1 (EM13LP07) Analisar, em textos de diferentes gêneros, marcas que expressam a posição do enunciador frente àquilo que é dito: uso de diferentes modalida- des (epistêmica, deôntica e apreciativa) e de diferentes recursos gramaticais que operam como modalizadores (verbos modais, tempos e modos verbais, expres- sões modais, adjetivos, locuções ou orações adjetivas, advérbios, locuções ou orações adverbiais, entonação etc.), uso de estratégias de impessoalização (uso de terceira pessoa e de voz passiva etc.), com vistas ao incremento da com- preensão e da criticidade e ao manejo adequado desses elementos nos textos produzidos, considerando os contextos de produção. 1 (EM13LP08) Analisar elementos e aspectos da sintaxe do português, como a ordem dos constituintes da sentença (e os efeito que causam sua inversão), a estrutura dos sintagmas, as categorias sintáticas, os processos de coordenação e subordinação (e os efeitos de seus usos) e a sintaxe de concordância e de regên- cia, de modo a potencializar os processos de compreensão e produção de textos e a possibilitar escolhas adequadas à situação comunicativa. 1 VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_003a019_LE.indd 10VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_003a019_LE.indd 10 9/28/20 12:42 PM9/28/20 12:42 PM 11 Habilidades CE (EM13LP09) Comparar o tratamento dado pela gramática tradicional e pelas gramáticas de uso contemporâneas em relação a diferentes tópicos gramaticais, de forma a perceber as diferenças de abordagem e o fenômeno da variação linguística e analisar motivações que levam ao predomínio do ensino da norma- -padrão na escola. 4 (EM13LP10) Analisar o fenômeno da variação linguística, em seus diferentes ní- veis (variações fonético-fonológica, lexical, sintática, semântica e estilístico-prag- mática) e em suas diferentes dimensões (regional, histórica, social, situacional, ocupacional, etária etc.), de forma a ampliar a compreensão sobre a natureza viva e dinâmica da língua e sobre o fenômeno da constituição de variedades lin- guísticas de prestígio e estigmatizadas, e a fundamentar o respeito às variedades linguísticas e o combate a preconceitos linguísticos. 4 (EM13LP11) Fazer curadoria de informação, tendo em vista diferentes propósitos e projetos discursivos. 7 (EM13LP12) Selecionar informações, dados e argumentos em fontes confiáveis, impressas e digitais, e utilizá-los de forma referenciada, para que o texto a ser produzido tenha um nível de aprofundamento adequado (para além do senso comum) e contemple a sustentação das posições defendidas. 1, 7 (EM13LP13) Analisar, a partir de referências contextuais, estéticas e culturais, efeitos de sentido decorrentes de escolhas de elementos sonoros (volume, tim- bre, intensidade, pausas, ritmo, efeitos sonoros, sincronização etc.) e de suas relações com o verbal, levando-os em conta na produção de áudios, para ampliar as possibilidades de construção de sentidos e de apreciação. 1 (EM13LP14) Analisar, a partir de referências contextuais, estéticas e culturais, efeitos de sentido decorrentes de escolhas e composição das imagens (enqua- dramento, ângulo/vetor, foco/profundidade de campo, iluminação, cor, linhas, formas etc.) e de sua sequenciação (disposição e transição, movimentos de câ- mera, remix, entre outros), das performances (movimentos do corpo, gestos, ocupação do espaço cênico), dos elementos sonoros (entonação, trilha sonora, sampleamento etc.) e das relações desses elementos com o verbal, levando em conta esses efeitos nas produções de imagens e vídeos, para ampliar as possibi- lidades de construção de sentidos e de apreciação. 1 (EM13LP15) Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar textos escritos e multissemióticos, considerando sua adequação às condições de produção do texto, no que diz respeito ao lugar social a ser assumido e à imagem que se pre- tende passar a respeito de si mesmo, ao leitor pretendido, ao veículo e mídia em que o texto ou produção cultural vai circular, ao contexto imediato e sócio-histó- rico mais geral, ao gênero textual em questão e suas regularidades, à variedade linguística apropriada a esse contexto e ao uso do conhecimento dos aspectos notacionais (ortografia padrão, pontuação adequada, mecanismos de concor- dância nominal e verbal, regência verbal etc.), sempre que o contexto o exigir. 1, 3 (EM13LP16) Produzir e analisar textos orais, considerando sua adequação aos contextos de produção, à forma composicionale ao estilo do gênero em ques- tão, à clareza, à progressão temática e à variedade linguística empregada, como também aos elementos relacionados à fala (modulação de voz, entonação, ritmo, altura e intensidade, respiração etc.) e à cinestesia (postura corporal, movimentos e gestualidade significativa, expressão facial, contato de olho com plateia etc.). 1, 4 (EM13LP17) Elaborar roteiros para a produção de vídeos variados (vlog, video- clipe, videominuto, documentário etc.), apresentações teatrais, narrativas multi- mídia e transmídia, podcasts, playlists comentadas etc., para ampliar as possibi- lidades de produção de sentidos e engajar-se em práticas autorais e coletivas. 3, 7 (EM13LP18) Utilizar softwares de edição de textos, fotos, vídeos e áudio, além de ferramentas e ambientes colaborativos para criar textos e produções multisse- mióticas com finalidades diversas, explorando os recursos e efeitos disponíveis e apropriando-se de práticas colaborativas de escrita, de construção coletiva do conhecimento e de desenvolvimento de projetos. 7 BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. p. 506-509. VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_003a019_LE.indd 11VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_003a019_LE.indd 11 9/28/20 12:42 PM9/28/20 12:42 PM 12 Campo da vida pessoal • Práticas: leitura, escuta, produção de textos (orais, escritos, multissemióticos) e análise lin- guística/semiótica. Habilidades CE (EM13LP19) Apresentar-se por meio de textos multimodais diversos (perfis va- riados, gifs biográficos, biodata, currículo web, videocurrículo etc.) e de ferra- mentas digitais (ferramenta de gif, wiki, site etc.), para falar de si mesmo de formas variadas, considerando diferentes situações e objetivos. 3 (EM13LP20) Compartilhar gostos, interesses, práticas culturais, temas/proble- mas/questões que despertam maior interesse ou preocupação, respeitando e va- lorizando diferenças, como forma de identificar afinidades e interesses comuns, como também de organizar e/ou participar de grupos, clubes, oficinas e afins. 2, 3 (EM13LP21) Produzir, de forma colaborativa, e socializar playlists comentadas de preferências culturais e de entretenimento, revistas culturais, fanzines, e-zines ou publicações afins que divulguem, comentem e avaliem músicas, games, séries, filmes, quadrinhos, livros, peças, exposições, espetáculos de dança etc., de forma a compartilhar gostos, identificar afinidades, fomentar comunidades etc. 1, 6 (EM13LP22) Construir e/ou atualizar, de forma colaborativa, registros dinâmicos (mapas, wiki etc.) de profissões e ocupações de seu interesse (áreas de atuação, dados sobre formação, fazeres, produções, depoimentos de profissionais etc.) que possibilitem vislumbrar trajetórias pessoais e profissionais. 3 BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. p. 511. Campo de atuação na vida pública • Práticas: leitura, escuta, produção de textos (orais, escritos, multissemióticos) e análise lin- guística/semiótica. Habilidades CE (EM13LP23) Analisar criticamente o histórico e o discurso político de candidatos, propagandas políticas, políticas públicas, programas e propostas de governo, de for- ma a participar do debate político e tomar decisões conscientes e fundamentadas. 1, 7 (EM13LP24) Analisar formas não institucionalizadas de participação social, so- bretudo as vinculadas a manifestações artísticas, produções culturais, interven- ções urbanas e formas de expressão típica das culturas juvenis que pretendam expor uma problemática ou promover uma reflexão/ação, posicionando-se em relação a essas produções e manifestações. 1 (EM13LP25) Participar de reuniões na escola (conselho de escola e de classe, grê- mio livre etc.), agremiações, coletivos ou movimentos, entre outros, em debates, assembleias, fóruns de discussão etc., exercitando a escuta atenta, respeitando seu turno e tempo de fala, posicionando-se de forma fundamentada, respeitosa e ética diante da apresentação de propostas e defesas de opiniões, usando estratégias linguísticas típicas de negociação e de apoio e/ou de consideração do discurso do outro (como solicitar esclarecimento, detalhamento, fazer referência direta ou retomar a fala do outro, parafraseando-a para endossá-la, enfatizá-la, complemen- tá-la ou enfraquecê-la), considerando propostas alternativas e reformulando seu posicionamento, quando for caso, com vistas ao entendimento e ao bem comum. 1, 2, 3 (EM13LP26) Relacionar textos e documentos legais e normativos de âmbito uni- versal, nacional, local ou escolar que envolvam a definição de direitos e deveres – em especial, os voltados a adolescentes e jovens – aos seus contextos de pro- dução, identificando ou inferindo possíveis motivações e finalidades, como forma de ampliar a compreensão desses direitos e deveres. 1 (EM13LP27) Engajar-se na busca de solução para problemas que envolvam a co- letividade, denunciando o desrespeito a direitos, organizando e/ou participando de discussões, campanhas e debates, produzindo textos reivindicatórios, norma- tivos, entre outras possibilidades, como forma de fomentar os princípios demo- cráticos e uma atuação pautada pela ética da responsabilidade, pelo consumo consciente e pela consciência socioambiental. 3 BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. p. 514. VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_003a019_LE.indd 12VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_003a019_LE.indd 12 9/28/20 12:42 PM9/28/20 12:42 PM 13 Campo das práticas de estudo e pesquisa • Práticas: leitura, escuta, produção de textos (orais, escritos, multissemióticos) e análise lin- guística/semiótica. Habilidades CE (EM13LP28) Organizar situações de estudo e utilizar procedimentos e estratégias de leitura adequados aos objetivos e à natureza do conhecimento em questão. 3, 7 (EM13LP29) Resumir e resenhar textos, por meio do uso de paráfrases, de mar- cas do discurso reportado e de citações, para uso em textos de divulgação de estudos e pesquisas. 2, 3 (EM13LP30) Realizar pesquisas de diferentes tipos (bibliográfica, de campo, experimento científico, levantamento de dados etc.), usando fontes abertas e confiáveis, registrando o processo e comunicando os resultados, tendo em vista os objetivos pretendidos e demais elementos do contexto de produção, como forma de compreender como o conhecimento científico é produzido e apropriar-se dos procedimentos e dos gêneros textuais envolvidos na realiza- ção de pesquisas. 7 (EM13LP31) Compreender criticamente textos de divulgação científica orais, es- critos e multissemióticos de diferentes áreas do conhecimento, identificando sua organização tópica e a hierarquização das informações, identificando e descar- tando fontes não confiáveis e problematizando enfoques tendenciosos ou su- perficiais. 1 (EM13LP32) Selecionar informações e dados necessários para uma dada pesqui- sa (sem excedê-los) em diferentes fontes (orais, impressas, digitais etc.) e com- parar autonomamente esses conteúdos, levando em conta seus contextos de produção, referências e índices de confiabilidade, e percebendo coincidências, complementaridades, contradições, erros ou imprecisões conceituais e de dados, de forma a compreender e posicionar-se criticamente sobre esses conteúdos e estabelecer recortes precisos. 7 (EM13LP33) Selecionar, elaborar e utilizar instrumentos de coleta de dados e informações (questionários, enquetes, mapeamentos, opinários) e de tratamen- to e análise dos conteúdos obtidos, que atendam adequadamente a diferentes objetivos de pesquisa. 3 (EM13LP34) Produzir textos para a divulgação do conhecimento e de resultados de levantamentos e pesquisas – texto monográfico, ensaio, artigo de divulgação científica, verbete de enciclopédia (colaborativa ou não), infográfico (estático ou animado), relato de experimento, relatório, relatório multimidiático de campo, re- portagem científica,
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