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PRÁTICAS DE LÍNGUA PORTUGUESA - Obra didática específica de língua portuguesa

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PRÁTICAS DE
LÍNGUA PORTUGUESA
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ENSINO MÉDIO • VOLUME ÚNICO
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1a edição, São Paulo, 2020
Carlos Emílio Faraco
Bacharel e licenciado em Letras pela Universidade 
de São Paulo (USP)
Ex-professor do Ensino Fundamental e do Ensino Médio
Francisco Marto de Moura
Licenciado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP)
Ex-professor do Ensino Fundamental, do Ensino Médio 
e do Ensino Superior
José Hamilton Maruxo Júnior
Bacharel, licenciado e doutor em Letras pela Universidade 
de São Paulo (USP)
Professor do curso de Letras da Universidade Federal 
de São Paulo (Unifesp)
ENSINO MÉDIO • VOLUME ÚNICO
Á R E A D E L I N G U A G E N S E S U A S T E C N O L O G I A S
PRÁTICAS DE
LÍNGUA PORTUGUESA
OBRA DIDÁTICA ESPECÍFICA DE LÍNGUA PORTUGUESA
M A N U A L D O P R O F E S S O R 
FRÔNTIS_OBJ2_PRATICAS_LP_SARAIVA_PNLD_2021_VU_MP.indd 1FRÔNTIS_OBJ2_PRATICAS_LP_SARAIVA_PNLD_2021_VU_MP.indd 1 9/28/20 3:10 PM9/28/20 3:10 PM
2
Presidência: Paulo Serino
Direção editorial: Lauri Cericato
Gestão de projeto editorial: Heloisa Pimentel 
Gestão de área: Alice Ribeiro Silvestre
Coordenação de área: Rosângela Rago
Edição: Caroline Zanelli Martins e Valéria Franco Jacintho 
Planejamento e controle de produção: Vilma Rossi e Camila Cunha
Revisão: Rosângela Muricy (coord.), Alexandra Costa da Fonseca, 
Ana Paula C. Malfa, Ana Maria Herrera, Carlos Eduardo Sigrist, 
Flavia S. Vênezio, Heloísa Schiavo, Hires Heglan, Kátia S. Lopes Godoi, 
Luciana B. Azevedo, Luís M. Boa Nova, Luiz Gustavo Bazana, 
Patricia Cordeiro, Patrícia Travanca, Paula T. de Jesus, 
Sandra Fernandez e Sueli Bossi
Arte: Claudio Faustino (ger.), Erika Tiemi Yamauchi (coord.), 
Carlos Magno (edição de arte), Casa de ideias (diagramação)
Iconografia e tratamento de imagens: Roberto Silva (coord.), 
Mariana Sampaio (pesquisa iconográfica), Cesar Wolf (tratamento de imagens)
Licenciamento de conteúdos de terceiros: Fernanda Carvalho (coord.), 
Erika Ramires e Márcio Henrique (analistas adm.)
Cartografia: Mouses Sagiorato
Design: Flavia Dutra (proj. gráfico e capa), Carlos Magno (proj. gráfico), 
Luis Vassallo (proj. gráfico Manual do Professor)
Foto de capa: Nick Dolding/Stone RF/Getty Images, 
Ismar Ingber/Pulsar Imagens, Dmitry Zimin/Roman Arbuzov/
seahorsetwo/Vladyslav Starozhylov/Shutterstock
Todos os direitos reservados por Saraiva Educação S.A.
Avenida Paulista, 901, 4o andar
Jardins – São Paulo – SP – CEP 01310-200
Tel.: 4003-3061
www.edocente.com.br
saceditorasaraiva@somoseducacao.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
Angélica Ilacqua - CRB-8/7057
2020
Código da obra CL 820723
CAE 729688 (AL) / 729689 (PR)
1a edição
1a impressão
De acordo com a BNCC.
Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens 
presentes nesta obra didática. Colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões 
de créditos e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, 
eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, 
são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.
Impressão e acabamento
VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_002_LE.indd 2VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_002_LE.indd 2 9/28/20 12:41 PM9/28/20 12:41 PM
3
Caro estudante, 
Este livro, dedicado ao estudo da Língua Portuguesa, foi concebido tendo em 
vista questões importantes do mundo contemporâneo, previstas na Base Nacional 
Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Médio. Com ele, você vai aprofundar seus 
aprendizados das práticas de linguagem relacionadas à leitura, à escuta, à produção 
de textos, à análise linguística e à literatura, bem como aperfeiçoar o domínio de ha-
bilidades necessárias ao exercício pleno da cidadania, cultivando atitudes e valores 
significativos para sua formação e seu projeto de vida. 
As atividades propostas no livro organizam-se em unidades independentes umas 
das outras, que você vai desenvolver de acordo com as indicações do professor. 
Cada uma das seis unidades deste volume desenvolve um tema e é dividida em dois 
capítulos, que contêm seções internas voltadas para o estudo de práticas de lingua-
gem. Ao longo das unidades, será possível a você se envolver na análise de textos, 
na investigação de fenômenos da linguagem e de questões em discussão na socie-
dade contemporânea e poderá compartilhar com os colegas expressões culturais 
de sua preferência, assim como conhecer outras culturas juvenis representadas na 
turma. Além disso, haverá diversas oportunidades para você e os colegas se orga-
nizarem em atividades coletivas de pesquisa, de formação de clube de leitura e de 
organização de eventos na escola.
Com isso, você terá oportunidades de agir e interagir de diferentes modos, em 
situações de trocas culturais variadas e estimulantes, por meio das quais poderá 
desenvolver ainda mais suas capacidades de expressão oral e escrita. Nessas tro-
cas, você será convidado a debater e argumentar com base em situações reais, 
mobilizando a linguagem para participar da vida em sociedade, de forma ética e 
responsável. 
Essas aprendizagens favorecem seu engajamento em atividades que levam ao 
estudo da língua portuguesa por meio de gêneros textuais variados. 
Dedicado ao estudo da Língua Portuguesa ao longo do Ensino Médio, este volu-
me articula-se a seis livros que desenvolvem estudos considerando também outros 
componentes da área de Linguagens e suas Tecnologias, isto é, tratando de Arte, 
Educação Física e Língua Portuguesa. A articulação entre essas obras vai possibili-
tar a você fazer novas relações entre essas linguagens. 
Esperamos que os estudos propostos por meio dessas dinâmicas sejam praze-
rosos e favoreçam o desenvolvimento de suas capacidades de comunicação para 
atuar adequadamente nas diversas situações da vida em que elas se apresentam, 
considerando suas aspirações pessoais e coletivas.
Os autores
VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_003a019_LE.indd 3VU_PORT_Faraco_SaO2g21_U00_Iniciais_003a019_LE.indd 3 9/28/20 12:42 PM9/28/20 12:42 PM
4
PERSPECTIVA
S
Observe a obra de arte a seguir.
Uma tarde de domingo na ilha de Grande Jatte (Un dimanche après-midi à l’Île de la Grande Jatte), de Georges Seurat, 
1884-1886 (óleo sobre tela, 207,5 cm × 308,1 cm).
1  Converse com os colegas e o professor sobre as perguntas seguintes.
 Quais elementos da obra chamam mais a sua atenção e por quê? 
 De acordo com a sua observação, como o artista compôs a rela-
ção entre as figuras humanas e a natureza?
 A obra provocou em você alguma sensação e/ou sentimento? Co-
mente as suas impressões.
INTERAÇÃO
NÃO ESCREVA 
NESTE LIVRO.
Georges-Pierre Seurat (1859-1891) foi um pintor francês que ajudou a 
difundir o divisionismo/pontilhismona pintura. A obra Uma tarde de domingo na 
ilha de Grande Jatte, produzida entre 1884 e 1886, é considerada o marco inicial 
do neoimpressionismo na pintura. Ao usar a técnica do divisionismo/pontilhismo, o 
pintor aplica pequenos pontos com diferentes cores sobre a tela, o que provoca no 
espectador a mistura óptica entre elas e cria os tons e imagens. Ao observar uma 
obra composta com essa técnica, o espectador pode ter a mesma impressão de ver 
uma fotografia granulada. 
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134
Práticas de análise linguística
17 O texto de Abramovay foi publicado originalmente no suplemento cultural Ilustríssima, do 
jornal Folha de S.Paulo. Leia, a seguir, o que esse jornal descreve sobre o que o leitor deve 
esperar desse suplemento.
ILUSTRÍSSIMA: Seção dedicada à cultura, à ciência e a reportagens de fôlego. Textos de ficção, poesia, drama-
turgia, ensaios, cartum e quadrinhos também compõem o suplemento.
FOLHA de S.Paulo. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/institucional/cadernos_diarios.shtml?fill=3. 
Acesso em: 7 jul. 2020. 
a. O texto que você leu se enquadra em qual das áreas citadas? 
b. Você considera que a linguagem utilizada no ensaio lido é clara e sem jargões? 
c. Segundo o Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa, a linha editorial de um jor-
nal pode ser definida como: “posicionamento prévio quanto à seleção dos assuntos e ao 
tratamento das informações em um veículo de comunicação ou no conjunto dos produtos 
editoriais de uma empresa”. (INSTITUTO Antonio Houaiss. Dicionário eletrônico Houaiss da 
língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.)
 Em sua opinião, a definição do caderno Ilustríssima dá ideia da linha editorial do jornal que 
a publica? Explique.
d. Qual poderia ser a razão de a linha editorial do jornal estar claramente indicada aos leitores 
desse suplemento? 
e. Você, um leitor de textos jornalístico-midiáticos, procuraria espontaneamente ler um texto 
publicado nesse suplemento? Por quê?
NÃO ESCREVA 
NESTE LIVRO.
Conhecer a linha editorial das publicações jornalísticas 
nos ajuda a selecionar o que ler e a compreender a 
abordagem de fatos e acontecimentos noticiados. 
 Discuta com os colegas: Qual é a importância, para 
os leitores, de ter esse tipo de conhecimento e 
compreensão das publicações jornalísticas? 
 Faça um levantamento das linhas editoriais de outras 
publicações jornalísticas que circulam em âmbito 
nacional ou em sua região. Compare os achados com 
18 Pode-se dizer que o autor do ensaio se identifica com o enunciador, isto é, com o “eu” que se 
projeta no texto. 
a. Por quê? 
b. Que recursos linguísticos (palavras, expressões, por exemplo) são empregados por Abra-
movay para ele se projetar explicitamente no texto como um enunciador? 
19 Quem você diria que é o leitor suposto do texto? Tente explicar sua resposta com base em 
indícios que você obteve do estudo feito até agora.
20 Leia, a seguir, alguns trechos do texto de Abramovay.
 I. O Brasil é o sexto maior emissor global de gases de efeito estufa. linha 6
 II. Transformar os modelos econômicos em que se apoiam esses setores exige muita ciência e inovações tecnológicas 
disruptivas. linhas 17-18
 Por que você, leitor do texto, provavelmente terá dificuldade de discordar das afirmações anteriores? 
os de outros colegas e, com a ajuda do professor, 
explique por que, para os leitores, conhecer essas 
informações pode ajudá-los a selecionar o que ler e 
por quê. 
 Discuta também com os colegas: Por que é 
importante haver diferentes linhas editoriais de 
veículos jornalísticos em uma sociedade democrática 
como a nossa? 
 Registre as conclusões no caderno. 
PARA IR MAIS LONGE
191
Práticas de leitura 
Nesta seção, você vai ler uma história escrita por estudantes indíge-
nas do povo Kaxinawá, baseada em mitos desse povo e publicada no 
livro Shenipabu Miyui: história dos antigos. Esse livro reúne doze histó-
rias baseadas em mitos desse povo, perpetuados pela sua tradição oral, 
e foram escritas por um grupo de jovens professores Kaxinawá, entre 
1989 e 1995, a partir de um trabalho de campo realizado nos territórios 
onde vive esse povo. Essas histórias foram, primeiramente, escritas na 
língua hatxã ku , e em outras edições do mesmo livro apresentaram-
-se versões em português, resultantes de um novo trabalho de coleta 
dessas histórias, e não da tradução direta para o português a partir do 
texto escrito na língua desse povo. Observe que o livro foi publicado 
em 2000, 500 anos depois que os portugueses chegaram ao Brasil. Na 
apresentação do livro, mencionam-se os “500 anos que passamos mer-
gulhados no fundo do tempo”. 
3  Leia, a seguir, a apresentação escrita pelo professor indígena 
Joaquim Mana Kaxinawá para o livro Shenipabu Miyui: história dos 
antigos. Depois, no caderno, responda às questões seguintes.
Os povos indígenas hoje estamos começando a sonhar do fundo dos 500 
anos que passamos mergulhados no fundo do tempo.
Durante este longo túnel, foram exterminadas muitas culturas e as línguas 
indígenas que hoje são faladas em número de 180. Mas sabemos que existem 
muitas ainda pelas fronteiras dos rios.
O que quero dizer é que os 500 anos para nós começaram ontem. Só agora nos últimos anos é que 
estamos com os direitos de ter uma comunicação através da escrita na nossa língua própria.
Sendo um processo novo para os índios e para os assessores, encontramos várias interrogações no ar. 
Como se fôssemos andorinhas voando para pegar as moscas de sua alimentação numa tarde de tempo-
poral de chuva.
Mas o túnel do futuro mostra que somos capazes de realizar os sonhos que sempre tivemos como 
povos diferentes, valorizados dentro de nós mesmos e espiritualmente.
Professor Joaquim Mana Kaxinawá
Coordenador de Shenipabu Miyui
Organização dos Professores Indígenas do Acre, OPIAC
PROFESSORES Indígenas do Acre (org.). Shenipabu Miyui: história dos antigos. 
Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2000. p. 7.
a. De acordo com o texto, o que esse trabalho de coleta e registro das histórias representa 
para o povo Kaxinawá?
b. No texto, há indícios de que o trabalho desenvolvido foi considerado complexo. Em que 
trecho isso se evidencia e quais as possíveis razões dessa complexidade?.
5
10
FICA A DICA
HUNI KUIN. Disponível em: http://www.gamehunikuin.com.br/. Acesso em: 23 jul. 2020.
Este site apresenta informações, vídeos e imagens sobre o jogo eletrônico Huni Kuin: os caminhos da jiboia. 
Esse jogo, lançado em 2016, foi produzido ao longo de quatro anos em parceria entre os Kaxinawá e uma equipe 
de antropólogos, técnicos da ciência da computação, historiadores, artistas plásticos e digitais e designers de 
jogos eletrônicos. O enredo do game consiste na história de dois irmãos gêmeos, indígenas do povo Huni Kuin, 
que precisam passar por várias aventuras e desafios para se tornarem pajés. Nesse site também é possível fazer 
o download gratuito do jogo.
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Os Huni Kuin, mais 
conhecidos como 
Kaxinawá, vivem 
majoritariamente em 
território brasileiro, no 
Acre, e uma parcela menor, 
no Peru. Em cinco das 
doze terras indígenas, fala- 
-se o hatxã ku , língua da 
família linguística Pano.
Representante Kaxinawá 
da aldeia Novo Segredo, 
localizada na terra indígena 
do Alto Rio Jordão, no 
Acre. Foto de 2016.
OS KAXINAWÁ
279
A BNCC nesta unidade
Competências 
gerais da 
Educação Básica
1, 2, 3, 4, 5, 9, 10
Competências 
e habilidades 
específicas de 
Linguagens e 
suas Tecnologias 
para o Ensino 
Médio
Competências
1, 2, 3, 6, 7
Habilidades
EM13LGG101, EM13LGG104, 
EM13LGG204, EM13LGG301, 
EM13LGG303, EM13LGG304, 
EM13LGG305, EM13LGG601, EM13LGG602, 
EM13LGG603, EM13LGG604, EM13LGG701, 
EM13LGG702
Campos de 
atuação social, 
competências 
específicase 
habilidades 
de Língua 
Portuguesa para 
o Ensino Médio
Competências
1, 2, 3, 4, 6, 7 
Todos os campos de atuação social
EM13LP01, EM13LP02, EM13LP03, EM13LP04, 
EM13LP05, EM13LP06, EM13LP07, EM13LP08, 
EM13LP11, EM13LP12, EM13LP13, EM13LP15, 
EM13LP16, EM13LP17, EM13LP18
Campo da vida pessoal
EM13LP20
Campo de atuação na vida pública
EM13LP23, EM13LP24, EM13LP25, EM13LP26, 
EM13LP27
Campo das práticas de estudo e pesquisa
EM13LP28, EM13LP29, EM13LP30, EM13LP34, 
EM13LP35
Campo jornalístico-midiático
EM13LP43, EM13LP44
Campo artístico-literário
EM13LP46, EM13LP47, EM13LP51, EM13LP54
UNIDAD
E
RelaÇõeS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
DA UNIDADE
Nos capítulos de Relações, você e os colegas vão refletir sobre gêne-
ros ligados à vida pública, com o manifesto e o discurso político, 
compreendendo aspectos do fenômeno da vida associativa, isto 
é, situações em que pessoas se associam para reivindicar seus 
direitos. Ao final, com base nas atividades desenvolvidas ao 
longo da unidade, terão a oportunidade de propor mudanças 
positivas para o entorno.
86
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO CAPÍTULO 1
 Analisar as características do gênero manifesto e usá-las na organização 
de um texto do gênero.
 Compreender a forma como, em textos multissemióticos, os elementos 
verbais e não verbais contribuem para a constituição dos sentidos. 
 Apreciar poemas produzidos para serem lidos em voz alta, que fazem 
parte de campeonatos de poesia, os poetry slams. 
 Compreender a importância da tomada de notas quando se é 
observador de um gênero oral formal, como uma aula expositiva.
 Identificar as características da organização de gêneros escritos 
que dão apoio à fala, em situações formais, e empregá-las em sua 
produção.
Justificativa
O estudo de um gênero como o manifesto no Ensino Médio 
se justifica porque é nessa fase dos estudos que você tem 
contato com situações variadas – políticas, sociais, ecológi-
cas, etc. – em que é necessário perceber como, por meio 
da linguagem, é possível manifestar-se para reivindicar 
seus direitos. O trabalho na seção Práticas de leitura e 
análise literária, que enfoca poetas que fazem parte do 
circuito da poetry slam, passa a fazer todo sentido, já 
que essa forma poética é, por si mesma, uma forma de 
manifestação. Os estudos de análise linguística propos-
tos devem contribuir para a compreensão do gênero 
manifesto e, ao mesmo tempo, chamam atenção para 
o caráter multissemiótico de outros gêneros como o 
cartaz, também associados a manifestações.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
DO CAPÍTULO 2
 Compreender o funcionamento do discurso político e 
discutir sua importância em uma sociedade democrática.
 Discutir como a tecnologia favorece a divulgação e a 
circulação de textos literários.
 Compreender como a internet e as redes sociais contribuem para 
a disseminação de textos literários. 
 Analisar características da leitura pública em voz alta, 
compreendendo-a como gênero oral que depende da escrita.
 Analisar cartas de solicitação e identificar características do gênero. 
Justificativa
A análise do discurso político pode levar você a notar a importância desse gê-
nero em uma sociedade democrática como a nossa. O caráter argumentativo do 
gênero vai contribuir para sua compreensão da arena política como lugar social 
de reivindicação de direitos. Os estudos literários mostram a internet como um 
espaço de manifestações, de associação de pessoas com interesses e reivindica-
ções em comum. O estudo da leitura em voz alta chama sua atenção para esse 
gênero, presente em várias formas de associação.
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87
42
Relato de
viagem11CAPÍTULO
2  Imagine que uma das “pequenas luzes perdidas na planí-
cie”, avistadas pelo aviador, tenha sido sua casa. Se você 
encontrasse esse aviador hoje e conversasse com ele, o que 
lhe diria? O que contaria sobre sua vida e a de sua família, 
das pessoas com quem você mora? E o que acha que ele pergunta-
ria a você? Escreva no caderno esse diálogo entre você e o aviador. 
3  Agora, faça o exercício contrário: Você é um aviador e vê 
do alto, pela janela do avião, essas “luzes perdidas na pla-
nície”. Observe novamente a imagem da atividade 1 desta 
seção, escolha uma dessas luzes e imagine o que se passa 
no interior da casa observada. No caderno, registre a situação.
4  Em um momento definido pelo professor, compartilhe com os cole-
gas os dois relatos que você criou: faça a leitura dos textos e expli-
que-lhes as impressões que você teve ao elaborá-los. 
INTERAÇÃO
Situação inicial
1  Observe a imagem e, em seguida, relacione-a com o relato de viagem 
do escritor Antoine de Saint-Exupéry que você leu anteriormente.
PORTFÓLIO
PORTFÓLIO
 Vista noturna de aldeia.
NÃO ESCREVA 
NESTE LIVRO.
Depois de conversar 
com os colegas e o 
professor, reflita sobre 
seus relatos e os da 
turma toda e procure 
lembrar em que 
aspectos os relatos 
foram semelhantes e 
em que aspectos se 
diferenciaram. Procure 
recordar se os colegas 
relataram fatos 
interessantes nos quais 
você sequer havia 
pensado ao elaborar 
o próprio relato e se 
você discordou de 
algum relato e por 
quê. Depois, registre 
suas observações em 
seu diário de bordo.
DIÁRIO DE BORDO
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Organizado em unidades independentes, 
este livro apresenta, na abertura de cada 
uma delas, os objetivos de aprendizagem 
da unidade e de seus capítulos, assim 
como um quadro com as competências e 
as habilidades mobilizadas.
Depois da abertura, a 
seção Perspectivas propõe 
atividades convidando 
para uma reflexão inicial 
sobre o tema da unidade. 
Práticas de análise linguística – seção que 
propicia a análise de fenômenos linguísticos 
e discursivos presentes nos textos em 
estudo na seção Práticas de leitura, assim 
como o estudo de características do gênero 
textual em questão.
Situação inicial 
– seção que 
propõe o início 
da produção de 
um gênero textual 
em estudo no 
capítulo.
Capítulos – os capítulos 
voltam-se para o trabalho 
com gêneros escritos e 
orais, assim como para o 
estudo da literatura.
 Práticas de leitura – 
esta seção investe 
no estudo das 
práticas de 
linguagem e no 
aprimoramento de 
suas estratégias 
de leitura para 
compreender 
textos variados. Para ir mais 
longe – apresenta 
uma proposta de 
pesquisa em grupo, 
relacionada a um 
tema em estudo.
 Diário de bordo – 
ao final de cada 
seção, propõe 
a retomada 
das atividades 
vivenciadas, com 
o objetivo de levar 
você a verificar 
as aprendizagens 
conquistadas ou em 
desenvolvimento.
O selo solicita a 
você que guarde 
a versão de sua 
produção para 
poder rever todo o 
processo no final.
 Fica a dica – 
apresenta 
sugestões de 
livros, sites, 
filmes e vídeos.
O boxe fornece 
informações 
complementares 
sobre algum 
assunto 
mencionado no 
texto.
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5
 Para recordar – retoma 
conceitos e noções da 
linguagem desenvolvidos 
ao longo do Ensino 
Fundamental.
Temas contemporâneos – propõe 
uma reflexão sobre um tema 
contemporâneo transversal relacionado 
à discussão sugerida na seção.
Os selos de recepção, produção, mediação e interação indicam 
estratégias de ação, associadas às práticas de linguagem. 
INTERAÇÃORECEPÇÃO PRODUÇÃO MEDIAÇÃO
Práticas de leitura e análise literária
O Simbolismo na literatura
Refletir sobre a temática de Olhares sobre o futuro, nos estudos de 
literatura, pode nos remeter ao estilo de época conhecido como Sim-
bolismo. Esse estilo se formou em um dos períodos de grandes avanços 
tecnológicos, que provocaram mudanças sociais marcantes nos países 
do Ocidente: as duas décadas finais do século XIX e o início do século 
XX, até a eclosão da Primeira Guerra Mundial,em 1914. Nesse período, 
foram desenvolvidas tecnologias como o telefone e o avião; houve a 
expansão do uso da eletricidade como fonte energética; as cidades pas-
saram por intenso processo de crescimento e urbanização, entre muitas 
outras conquistas que nos influenciam até hoje. Não é à toa que, confor-
me você viu na abertura desta unidade, muitos projetavam o futuro com 
base em inovações promovidas pela tecnologia.
Reagindo a esse cientificismo, a arte propõe sobretudo a apreensão 
de estados emocionais subjetivos, misteriosos, ilógicos, ou seja, aquilo 
que só admite expressão simbólica. A razão e a lógica cedem lugar, na 
literatura, por exemplo, à intuição, à subjetividade. 
Movimentos como o Simbolismo (na literatura) e o Impressionismo 
(nas artes visuais) propuseram novas formas pelas quais a arte passou a 
compreender e representar a realidade, abrindo caminho para as bases 
do que seria chamado no século XX de Modernismo. Por todas essas 
razões, estudar o Simbolismo na literatura é importante. 
Considerando essa reação do Simbolismo ao cientificismo de sua 
época, você vai notar que o texto a seguir é construído com uma lingua-
gem bastante diferente do ensaio jornalístico lido neste capítulo. Tra-
ta-se de um poema que procura caracterizar a voz de uma pessoa, de 
forma vaga, imprecisa, de acordo com a subjetividade do eu lírico.
Cristais
NÃO ESCREVA 
NESTE LIVRO.
Estilo de época: conjunto 
de características 
estéticas, estilísticas 
e composicionais 
manifestadas nas obras 
dos artistas de um certo 
período histórico e social. 
Cruz e Sousa
Mais claro e fino do que as finas pratas
O som da tua voz deliciava... 
Na dolência velada das sonatas
Como um perfume a tudo perfumava. 
Era um som feito luz, eram volatas
Em lânguida espiral que iluminava, 
Brancas sonoridades de cascatas... 
Tanta harmonia melancolizava. 
Filtros sutis de melodias, de ondas 
De cantos voluptuosos como rondas 
De silfos leves, sensuais, lascivos... 
Como que anseios invisíveis, mudos, 
Da brancura das sedas e veludos, 
Das virgindades, dos pudores vivos. 
CRUZ E SOUSA. Cristais. In: CRUZ E 
SOUSA. Obra completa. Rio de Janeiro: 
Nova Aguilar, 1995. p. 86.
5
10
dolência: mágoa, dor; 
sofrimento, aflição.
lascivo: sensual, 
libidinoso, desregrado.
silfo: na mitologia céltica, 
é o “gênio do ar”.
sonata: peça musical.
velado: coberto com véu; 
oculto; disfarçado.
volata: série de sons 
executados com rapidez.
voluptuoso: sensual; em 
que há prazer ou volúpia.
João da Cruz e Sousa 
(1861-1898) nasceu 
em Florianópolis. 
Exerceu o cargo de 
professor e jornalista 
no Rio de Janeiro, onde 
ingressou no grupo 
simbolista, tornando-se 
logo respeitado como 
mentor do grupo. Suas 
obras mais famosas são 
Missal (1893), Broquéis 
(1893), Faróis (1900), 
e Evocações (1898). Na 
imagem, Cruz e Sousa 
em gravura de Maurício 
Jobim, cerca de 1898.
Reprodução/Coleção 
particular
O Teatro Municipal, em foto de 
1910, foi uma das novidades 
da reforma do Rio de Janeiro, 
promovida pelo então prefeito 
Pereira Passos, que pretendia 
modernizar a imagem do 
Brasil. O prefeito se inspirou 
em Paris para fazer as 
reformas urbanísticas no Rio.
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Práticas de produção de textos
PRODUÇÃO ORAL
Leitura em voz alta
Neste capítulo, você pôde ler o discurso de posse do presidente 
Juscelino Kubitschek. O discurso político é uma das situações de leitura 
em voz alta. Há muitas outras. A seguir será lançado a você um desafio: 
como ler em voz alta para alguém? Essa leitura tem características pró-
prias? Em caso afirmativo, quais? Se há essas características, elas são 
sempre as mesmas ou mudam, conforme a situação comunicativa em 
questão?
Para resolver esse desafio, propomos a você uma reflexão sobre suas 
experiências a respeito de leituras dessa natureza, seguida de pesquisa 
e de análise, usando estratégias pautadas no raciocínio lógico. 
20 Em que situações você acha que uma pessoa pode ler textos em voz 
alta para outras? E com quais objetivos? 
21 E você? Já leu em voz alta para alguém? Em caso afirmativo, em que 
situações isso ocorreu? Relate aos colegas.
PARA FAZER E PENSAR
As redes sociais, os sites especializados em literatura, os blo-
gues e os canais de divulgação de vídeos, entre tantos outros 
espaços na internet, transformaram os modos de produção e 
recepção literários. 
Antes da internet, para que um escritor tivesse seus textos 
publicados e divulgados, o processo implicava que sua produ-
ção literária fosse publicada em livros ou na mídia impressa. E, 
para chegar ao público, era preciso passar por inúmeros filtros 
ligados aos processos e às condições das editoras. Assim, era 
muito mais difícil do que hoje ter seus textos divulgados. A in-
ternet propiciou uma nova maneira de circulação dos escritos 
literários porque quebrou as barreiras editoriais. 
 Pensando nessa nova realidade, você e os colegas podem pesquisar outros escritores que se 
tornaram conhecidos por meio de sua participação na internet. Selecionem exemplos desses 
escritores, conheçam suas histórias, verifiquem suas motivações para a escrita, selecionem 
textos escritos por eles. 
 Organizem os achados e, em um dia combinado com o professor, montem na escola uma 
exposição sobre esses escritores e suas obras. Vocês podem criar cartazes com essas obras, 
com as histórias dos escritores, e “espalhá-los” pela escola para que colegas de outras turmas 
tenham acesso. Combinem com o professor uma forma de fazer a exposição e a divulgação 
das pesquisas. Conversem com os gestores da escola para definir o modo e o local para essa 
exposição. Será uma forma de “intervenção literária” na escola.
PENSAMENTO
COMPUTACIONAL
Uma história da 
leitura, de Alberto 
Manguel. Rio de Ja-
neiro: Bazar do Tem-
po, 2018.
A leitura em voz 
alta pode ser obser-
vada em diversas 
situações na obra. 
Além disso, este livro 
faz um passeio pela 
prática de ler e você 
poderá aprender e 
fruir muito com ele. 
FICA A DICA
 Pessoas compartilhando ideias para 
organizar resultados de pesquisa.
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PALAVR
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EM LIBE
RDADE
Mundo do trabalho: diálogo com especialistas
Ao longo dos dois capítulos desta unidade, você e os colegas puderam iniciar uma reflexão 
sobre um tema essencial na vida dos jovens: o mundo do trabalho e a escolha das profissões con-
siderando seu projeto de vida.
Em nossa sociedade, o que diz respeito ao mundo do trabalho tem papel fundamental na vida 
dos cidadãos, pois possibilita uma maneira de participação social e de obter independência finan-
ceira. Por essa razão, é quase certo que as pessoas que fazem parte de sua família ou as de sua co-
munidade desenvolvam ou já tenham desenvolvido alguma atividade ligada ao mundo do trabalho. 
NÃO ESCREVA 
NESTE LIVRO.
1  Com a ajuda do professor, você e os colegas de classe vão conversar sobre as atividades 
profissionais desenvolvidas por pessoas da comunidade (pais ou responsáveis, parentes, vi-
zinhos, etc.) e elaborar uma lista de profissões existentes e das pessoas da comunidade que 
as exercem. 
2  Em seguida, reúna-se com os colegas em pequenos grupos. Elejam algumas das atividades 
citadas – pode ser, por exemplo, aquelas que, por alguma razão, chamaram a atenção por 
não serem comuns ou porque quase ninguém suspeitasse da existência delas. O grupo deve 
então fazer o seguinte: 
 Escolher uma dessas atividades profissionais.
Homem em colheita de plantação orgânica em 
comunidade Quilombola, em Garopaba (SC), 2020.
Homens trabalhando em túnel de metrô. 
Líder de projeto de engenharia fazendo uma exposição 
para um grupo de cientistas.
Fisioterapeuta em atendimento. 
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270
NÃO ESCREVA 
NESTE LIVRO.
CULTURA DIGITAL
Se você utiliza redes sociais, certamente está familiarizado com três 
verbos: curtir, comentar e compartilhar. A experiência de cada 
uma dessas ações faz parte da natureza dessas redes e do tipo 
de interação que elas proporcionam. A identidade virtual das 
pessoas está cada vez mais ligada à sua participação nas re-
des e ao que é curtido, comentado e compartilhado. 
A atividade proposta a seguir vai ajudar você e os colegas 
a analisar, discutir e refletir sobre conteúdos que curtem, 
comentam e compartilham e com que propriedade realizam 
isso. Para isso, sigam as orientações. 
 Combinem coletivamente com o professor um período 
para analisar uma rede social. Para o trabalho não ser 
exaustivo, sugerimos algo em torno de dois ou três dias. 
 Individualmente, cada um de vocês escolhe uma rede social 
para ser analisada. É importante que todos, ou a maioria de vocês, 
participem dessa rede. O trabalho proposto com essa primeira rede 
social poderá ser feito com outras redes, posteriormente. 
 A turma deve construir uma tabela conforme o modelo a seguir. Ela pode ser 
elaborada por meio de aplicativo de edição coletiva de textos ou de planilhas. É 
importante que todos da turma tenham acesso ao documento e possam editá-lo 
para inserir os dados que serão coletados. 
Curti Comentei Compartilhei Por quê?
 Diariamente, cada um de vocês vai escolher um momento do dia para registrar 
na tabela as interações que realizou na rede social. Se você se esquecer de 
alguma, não há problema. 
 Vocês não precisam copiar, na tabela, o conteúdo exato da postagem com 
que interagiram; basta apenas indicá-lo de forma resumida. Também não é 
necessário identificar-se individualmente, porque o objetivo desta atividade é 
analisar o conteúdo, e não apontar quem curtiu/comentou/compartilhou. 
 Depois de terminado o período de investigação e com todos os registros da 
turma reunidos na tabela, é o momento de vocês analisarem os dados. Para isso, 
leiam atentamente a tabela, revejam as interações realizadas e discutam, com a 
ajuda do professor, sobre algumas questões como as sugeridas a seguir. 
a. Que tipos de conteúdos foram mais curtidos? O que levou vocês a escolhe-
rem curtir esses conteúdos e não outros?
b. Quando vocês comentam postagens de outras pessoas da rede, por que o 
fazem? 
c. Você conhecia com propriedade o conteúdo de seus compartilhamentos? 
O que levou você a “compartilhar”? 
 Finalizadas as discussões, registre no caderno o que você e os colegas 
concluíram dessa análise.
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Envelhecimento 
Em nosso país, as pessoas estão vivendo por mais tempo cada vez mais, graças a alguns fatores, es-
pecialmente: hoje em dia muitos cuidam mais da saúde, circulam de forma mais ampla informações a 
respeito de possíveis problemas de saúde na terceira idade e há a intensificação do desenvolvimento 
tecnológico. Como consequência, a população idosa já representa quase 15% da população brasileira, 
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
Observe atentamente o gráfico a seguir, que, em estudos estatísticos populacionais, é chamado de 
pir‰mide et‡ria. 
População residente, segundo o sexo e os grupos de idade (%)
Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 
Contínua 2012/2019. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/18318-piramide-etaria.html. 
Acesso em: 15 jul. 2020. 
Analise comparativamente os dados dos dois momentos apresentados no gráfico, 2012 e 2019. Ob-
serve que as barras dispostas horizontalmente na pirâmide representam a porcentagem populacional 
de cada uma das faixas etárias indicadas no eixo vertical do gráfico. Os períodos, 2012 e 2019, estão 
diferenciados por cores, conforme a legenda. Responda no caderno às questões propostas a seguir. 
 Compare a população de 2012 e de 2019 por faixa etária. A partir de qual faixa etária se 
registrou aumento em 2019?
 Considerando a diferença no gráfico entre os sexos, em qual grupo há mais idosos? Explique. 
 Converse com os colegas e, com a ajuda do professor, discutam oralmente: levando em 
consideração suas leituras em geral e seus estudos escolares a respeito das condições de 
vida da população brasileira, como vocês explicam a diferença populacional entre homens e 
mulheres no grupo dos idosos?
 Diante da tendência de envelhecimento populacional apresentada pelo gráfico, por que é 
importante nos preocuparmos com saúde, bem-estar e qualidade de vida desde a juventude? 
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TEMAS CONTEMPORÂNEOS
163
Homens
2012
4,0 2,0 0,0 2,0 4,0
Mulheres
2019
80 anos ou mais
75 a 79 anos
70 a 74 anos
65 a 69 anos
60 a 64 anos
55 a 59 anos
50 a 54 anos
45 a 49 anos
40 a 44 anos
35 a 39 anos
30 a 34 anos
25 a 29 anos
20 a 24 anos
15 a 19 anos
10 a 14 anos
5 a 9 anos
0 a 4 anos
MEU PORTFîLIO
Em Viagens, você e os colegas trabalharam relatos de viagem e diários pessoais, puderam per-
ceber que relatar é uma prática que faz parte do cotidiano, ajudando a retomar e a reorganizar o 
que é vivido. Produziram exposições orais e puderam considerar os elementos que fazem parte 
dessa produção: verbais, icônicos, gestuais, entre outros. Leram produções literárias inspiradas 
em viagens e refletiram sobre elas e sobre seu sentido no mundo em que vivem. 
O portfólio com as produções
Conforme lembrado ao longo dos capítulos, em seu portfólio, você colecionou as produções 
de texto desenvolvidas na unidade. É importante rever todas as versões de uma mesma produ-
ção, para que você possa, ao final do trabalho, perceber seu aprimoramento. Consulte a página 
37 para rever as informações sobre sua organização. 
Ao indicar a data de cada produção, conforme orientado, você terá condições de verificar, ago-
ra, sua história de aprendizagem dos gêneros trabalhados e perceber quais aspectos da produção 
de textos desenvolveu e aperfeiçoou. Essa diretriz será útil para a autoavaliação proposta a seguir. 
Este é o momento de você refletir sobre seus processos de produção e suas aprendizagens. 
Para organizar o trabalho, considere os passos a seguir.
A autoavaliação das aprendizagens
Passo 1
Modelo de quadro de autoavaliação
No caderno, construa um quadro que o ajudará a avaliar suas aprendizagens. Tome por base 
os objetivos de aprendizagem de cada capítulo indicados no início da unidade e as anotações de 
seu diário de bordo. Veja um exemplo. 
Autoavaliação – Viagens
Avancei Preciso rever
O que fazer para 
melhorar e consolidar as 
aprendizagens? 
Capítulo 1 Aprendizagens
Exemplo: A análise 
do gênero exposição 
oral, compreendendo 
seu funcionamento 
composicional e 
discursivo, para poder 
produzi-lo em situações 
de comunicação 
variadas.
Capítulo 1: seção 
Práticas de produção 
de texto, item Produção 
oral, atividades 32 e 33.
Capítulo 2
NÃO ESCREVA 
NESTE LIVRO.
84
Práticas de produção de textos
PRODUÇÃO ORAL
Interação dialogal (II)
No capítulo anterior, você viu que há dois tipos de diálogos: em presença (quando os interlo-
cutores mantêm contato visual) e em ausência. Em ambos os casos, há pelo menos duas carac-
terísticas marcantes:
 A existência de um meio material de comunicação.
 A existência de rituais implicados na tomada das palavras pelos interlocutores. 
Esses “rituais”, nos estudos de oralidade, são chamados de protocolos de interação dialogal. Ocor-
rem em qualquer interação verbal, mas são particularmente evidentes nos momentos de troca de 
turnos, ou seja, quando um interlocutor cede a palavra ao outro, ou quando ele tem a sua vez de fala 
“roubada”, o que costumamos chamar, tecnicamente, de assalto do turno.
No caso dos diálogos em ausência, os protocolos assumem umaimportância muito grande, por-
que eles substituem a expressão mimogestual e cinésica presente nos diálogos em presença. Ob-
serve alguns exemplos: 
1. Diálogo entre mãe e filho: o filho está no banheiro, de portas fechadas; a mãe está do lado de fora. Nessa 
situação, a elevação do volume vocal é suficiente para que os interlocutores dialoguem, ao permitir que o filho 
ouça a voz da mãe e vice-versa.
2. A conversa telefônica. Nessa situação, existe uma tecnologia de transmissão de dados de voz (o telefone) 
mediando a interação.
Nessas mesmas situações, há protocolos linguageiros bem definidos:
 O diálogo entre mãe e filho só começa quando um dos dois sinalizar, por meio de um gesto 
sonoro, o início da conversa. Esse gesto pode variar: uma batida na porta, o uso de uma 
expressão vocativa, uma interjeição ou uma marca de modalização, como a interrogação. A 
pequena pausa sonora após esse gesto sinalizará ao outro interlocutor que ele deve tomar 
a palavra e dizer algo. O canal de diálogo se estabeleceu e a interação dialogal prossegue. 
 A conversa telefônica só se inicia quando aquele que atende o telefone diz alguma coisa. 
É comum, no Brasil, dizer “Alô”, “Pronto”, ou outra forma qualquer de identificação (o 
próprio nome, o nome da instituição que se representa, etc.). Cada lugar tem a própria 
O passeio pelo gênero lírico apenas começou nesta seção. O espaço do livro didático é in-
finitamente pequeno para conter a poética da língua portuguesa. Então, a proposta é que 
você e os colegas selecionem outras obras, dos poetas aqui indicados e de outros e orga-
nizem sessões de leituras poéticas na escola. Para isso, façam o seguinte: 
 Com dois ou três colegas, forme um grupo. Em livros e sites que trazem informações sobre 
a literatura dos países de língua portuguesa, o grupo vai pesquisar poetas representativos 
de determinado país e século, entre os que são mencionados nesses veículos. 
 Selecionem alguns dos poemas de cada autor, tendo em vista as temáticas que eles 
costumam apresentar. 
 Considerando essa seleção, organizem as sessões de leituras poéticas, em que os 
poemas pesquisados possam ser lidos, declamados e comentados. 
 Pode ser interessante convidar outras turmas para participar dessa conversa. 
 E, por que não, vocês poderão ler as próprias produções poéticas. Certamente, 
há entre os estudantes da escola muitos que escrevem poesia, música, e outras 
composições líricas. 
CLUBE DE LEITURA
NÃO ESCREVA 
NESTE LIVRO.
264
25 Por tudo o que foi estudado até este ponto do capítulo, você já deve ter percebido 
que o esboço de explicações de alguns termos que escreveu em Situa•‹o inicial é 
um estudo para a produção de um texto de divulgação científica. Agora, com base 
nas características desse gênero estudadas até aqui, retome o esboço escrito no 
início do capítulo e faça o que se pede a seguir.
Textos como o do blogue da Lúcia Helena são chamados textos de divulgação científica (ou 
textos de vulgarização científica ou, ainda, textos de popularização de ciências). Elaborados 
para explicar conceitos, noções e teorias científicas a um leitor leigo, ou seja, que não está 
familiarizado com teorias específicas e jargões próprios de certa ciência. Podem assumir varia-
das formas, ser publicados em diferentes publicações e portadores, ser orais ou escritos. Cir-
culam tanto na esfera jornalística (como no caso do texto de Lúcia Helena) quanto em outras 
esferas e têm muitas relações com textos didáticos, como verbetes de enciclopédias. 
Algumas de suas características são: a presença mínima de termos científicos (só são menciona-
dos quando fazem parte dos conceitos e das noções que precisam realmente ser explicados); o 
amplo uso de linguagem figurada (metáforas, comparações, personificações, etc.) e a aproxima-
ção da linguagem do leitor suposto (às vezes, como vimos, com amplo uso de registros informais); 
o apoio em extensa exemplificação e a natureza explicativo-argumentativa (os autores desses 
textos, ao mesmo tempo que explicam a ciência para leigos, procuram convencê-los da validade 
das teorias expostas). Por essa razão, são comuns nesses textos a projeção explícita do enunciador 
e do enunciatário (você pôde notar que, no texto de Lúcia Helena, isso se manifesta pelas modali-
zações elocutivas e alocutivas) e um modo de organização argumentativo (apresentação de uma 
hipótese ou um problema, argumentação-exposição e formulação de conclusões). 
O uso de formas de citação, por exemplo, o discurso relatado, é comum quando esses textos 
circulam na esfera jornalística, como no caso do texto lido, porque a palavra dos especialistas 
é convocada do mesmo modo que é feito nas reportagens em geral, como argumentos de 
autoridade, cuja função é tornar o conteúdo do texto confiável. 
TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
Assim, se você combinar o aspecto semântico com o enunciativo, sua compreensão desse 
fenômeno de linguagem poderá ficar completa, e você perceberá mais facilmente seus diferentes 
empregos nos textos. 
24 Um importante recurso que pode auxiliar no estabelecimento das relações lógicas de sentido 
no texto é o emprego de articuladores lógico-relacionais. 
a. Retorne ao texto e localize outras ocorrências de palavras que, na sua opinião, funcionam como 
articuladores lógico-relacionais. 
b. Discuta com os colegas e o professor para tentar chegar a um acordo sobre o tipo de relação 
lógica e de sentido que os articuladores lógico-relacionais estabelecem. 
c. Registrem as conclusões no caderno. 
Os articuladores lógico-relacionais são palavras ou expressões responsáveis pela coes‹o sequencial nos 
textos, isto é, estabelecem relações de sentido entre as partes, ao mesmo tempo que conectam umas 
às outras. As classes de palavras que, em geral, funcionam como articuladores lógico-relacionais são as 
conjunções e alguns tipos de advérbio, preposição e pronome, mas há outras classes de palavras que podem 
ter essa função, dependendo da situação de uso. 
Leia alguns exemplos do texto: 
 “Daí [consequência] outras estruturas cerebrais que guardam uma espécie de mapa do corpo apontam: foi 
ali o golpe, bem na panturrilha! E [conclusão] você fica sabendo exatamente onde está o seu padecer. Por 
isso, [consequência] não vai levar as mãos ao rosto, como se [causa hipotética] tivesse recebido um soco 
no nariz” linhas 26-31 .
 “Apesar de [concessão] saudade, a palavra, só existir em bom português, ela é universal” linhas 36-37 .
PARA RECORDAR
PORTFÓLIO
165
Práticas de produção 
de textos – seção que 
compreende a produção 
oral e a produção escrita, 
retomando estudos feitos 
ao longo do capítulo.
Cultura digital – propõe 
a reflexão sobre questões 
de linguagem associadas a 
diversas práticas desenvolvidas 
no ambiente digital.
 Para fazer e 
pensar – traz 
atividades 
coletivas que 
se relacionam a 
algum tema em 
discussão.
 Clube de leitura – 
sugere atividades 
ligadas ao 
compartilhamento de 
preferências literárias 
e voltadas para a 
formação do gosto 
pela leitura literária.
O boxe traz 
informações sobre 
a vida e a obra do 
autor do texto em 
estudo.
Meu portfólio – seção que 
encerra cada unidade, propondo 
uma autoavaliação por meio 
da retomada dos objetivos de 
aprendizagem dos capítulos, 
dos registros feitos no diário de 
bordo e das produções e demais 
atividades guardadas no portfólio.
Palavras em liberdade – seção 
que se encontra ao final 
da unidade e que contém 
sugestões de trabalho para 
você e os colegas divulgarem à 
comunidade as produções feitas 
ao longo dos capítulos.
Práticas de leitura e análise literária 
– esta seção promove o estudo 
sistemático de textos do campo 
artístico-literário de diferentes maneiras 
ao longo do volume. 
O selo indica 
que a atividade 
pode contribuir 
para o 
desenvolvimento 
do raciocínio 
lógico, por meio 
do pensamento 
computacional.
O boxe retoma 
os recursos 
discursivos e as 
característicasdo 
gênero em estudo, 
que é indicado no 
título do boxe.
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A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que defi-
ne as aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem adquirir 
na Educação Básica. O desenvolvimento dessas aprendizagens é proposto 
por meio de competências.
O documento define dez competências gerais a serem trabalhadas ao 
longo da Educação Básica. São elas:
COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo 
físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar 
aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática 
e inclusiva.
 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, in-
cluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para 
investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar 
soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, 
e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), 
corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artísti-
ca, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, 
ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao en-
tendimento mútuo.
 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de 
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo 
as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhe-
cimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e 
coletiva.
 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conheci-
mentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo 
do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de 
vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, nego-
ciar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam 
os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em 
âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de 
si mesmo, dos outros e do planeta.
 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreenden-
do-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com 
autocrítica e capacidade para lidar com elas.
 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se 
respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhi-
mento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, 
identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resi-
liência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democrá-
ticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. p. 9-10.
Competência: 
“Na BNCC, competência 
é definida como 
a mobilização de 
conhecimentos 
(conceitos e 
procedimentos), 
habilidades (práticas, 
cognitivas e 
socioemocionais), 
atitudes e valores para 
resolver demandas 
complexas da vida 
cotidiana, do pleno 
exercício da cidadania 
e do mundo do 
trabalho.” (BRASIL, 
2018, p. 8.)
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: 
O DOCUMENTO DAS APRENDIZAGENS
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7
O ENSINO MÉDIO NA BNCC
A BNCC sinaliza que a etapa final da Educação Básica, o Ensino Médio, tem o objetivo de con-
solidar, aprofundar e ampliar as aprendizagens do Ensino Fundamental e contemplar as necessi-
dades de formação geral e integral dos estudantes para que possam exercer sua atuação cidadã 
e participar do mundo do trabalho.
Para concretizar esses objetivos, o documento organiza as aprendizagens do Ensino Médio em 
quatro áreas do conhecimento: 
• Linguagens e suas Tecnologias: reúne os componentes Arte, Educação Física, Língua Inglesa 
e Língua Portuguesa.
• Matemática e suas Tecnologias: contempla conhecimentos de Números, Álgebra, Geometria, 
Grandezas e Medidas, Probabilidade e Estatística.
• Ciências da Natureza e suas Tecnologias: formada pelos componentes Biologia, Física e Química.
• Ciências Humanas e Sociais Aplicadas: integrada por Filosofia, Geografia, História e Sociologia.
Cada uma dessas áreas tem competências específicas e habilidades que compreendem as 
aprendizagens que devem ser trabalhadas. Desses componentes, dois são obrigatórios durante 
os três anos de Ensino Médio: Língua Portuguesa e Matemática, que têm então habilidades es-
pecíficas. 
Este livro é voltado para o ensino da Língua Portuguesa durante esses três anos, considerando 
a articulação desse componente dentro da área de Linguagens e suas Tecnologias. Por isso, a 
obra prioriza o desenvolvimento das 54 habilidades específicas de Língua Portuguesa, organi-
zadas em campos de atuação social. Ao mesmo tempo, faz articulações com as competências 
específicas da área a que pertence e suas habilidades. 
Cada habilidade é identificada por um código alfanumérico com a seguinte composição:
As competências específicas e as habilidades procuram garantir que, passo a passo, ao longo 
da Educação Básica, você acione aprendizagens nas diferentes áreas do conhecimento1 e, com 
isso, desenvolva as dez competências gerais da Educação Básica, a fim de estar apto a resolver 
demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
Ao final do Ensino Médio, portanto, é importante que você reflita sobre essas conquistas e so-
bre os próximos passos que o conduzirão às aspirações que fazem parte de seu projeto de vida.
As competências específicas e habilidades da área de Linguagens e suas Tecnologias, descri-
tas a seguir, referem-se às práticas de linguagem que se manifestam em diversos contextos de 
cada campo de atuação social. 
1 Para mais detalhes sobre habilidades e competências da área de Linguagens e suas Tecnologias, assim como sobre competências e ha-
bilidades de outras áreas do conhecimento, consulte o documento da Base Nacional Comum Curricular na íntegra. Disponível em: http://
basenacionalcomum.mec.gov.br. Acesso em: 8 maio 2020.
EM 13 LGG 1 01
EM: Ensino Médio
13: 3 anos do curso
01: número da habilidade
1: número da competência específica
LGG: área de conhecimento – Linguagens e suas Tecnologias ou 
LP: Língua Portuguesa
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ÁREA DE LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS: 
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS E HABILIDADES
1. Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas culturais (artísticas, corporais e verbais) e 
mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos nos diferentes campos de atuação social 
e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação social, o entendimento e as possibilidades de 
explicação e interpretação crítica da realidade e para continuar aprendendo.
Habilidades
(EM13LGG101) Compreender e analisar processos de produção e circulação de discursos, nas diferentes lin-
guagens,para fazer escolhas fundamentadas em função de interesses pessoais e coletivos.
(EM13LGG102) Analisar visões de mundo, conflitos de interesse, preconceitos e ideologias presentes nos 
discursos veiculados nas diferentes mídias, ampliando suas possibilidades de explicação, interpretação e 
intervenção crítica da/na realidade.
(EM13LGG103) Analisar o funcionamento das linguagens, para interpretar e produzir criticamente discursos 
em textos de diversas semioses (visuais, verbais, sonoras, gestuais).
(EM13LGG104) Utilizar as diferentes linguagens, levando em conta seus funcionamentos, para a compreen-
são e produção de textos e discursos em diversos campos de atuação social.
(EM13LGG105) Analisar e experimentar diversos processos de remidiação de produções multissemióticas, 
multimídia e transmídia, desenvolvendo diferentes modos de participação e intervenção social.
2. Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que permeiam as práticas sociais de lingua-
gem, respeitando as diversidades e a pluralidade de ideias e posições, e atuar socialmente com base em princípios 
e valores assentados na democracia, na igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a 
empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza.
Habilidades
(EM13LGG201) Utilizar as diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais) em diferentes contextos, valo-
rizando-as como fenômeno social, cultural, histórico, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso.
(EM13LGG202) Analisar interesses, relações de poder e perspectivas de mundo nos discursos das diversas 
práticas de linguagem (artísticas, corporais e verbais), compreendendo criticamente o modo como circulam, 
constituem-se e (re)produzem significação e ideologias.
(EM13LGG203) Analisar os diálogos e os processos de disputa por legitimidade nas práticas de linguagem 
e em suas produções (artísticas, corporais e verbais).
(EM13LGG204) Dialogar e produzir entendimento mútuo, nas diversas linguagens (artísticas, corporais e 
verbais), com vistas ao interesse comum pautado em princípios e valores de equidade assentados na demo-
cracia e nos Direitos Humanos.
3. Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para exercer, com autonomia e colaboração, pro-
tagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma crítica, criativa, ética e solidária, defendendo pontos 
de vista que respeitem o outro e promovam os Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo 
responsável, em âmbito local, regional e global.
Habilidades
(EM13LGG301) Participar de processos de produção individual e colaborativa em diferentes linguagens (ar-
tísticas, corporais e verbais), levando em conta suas formas e seus funcionamentos, para produzir sentidos 
em diferentes contextos.
(EM13LGG302) Posicionar-se criticamente diante de diversas visões de mundo presentes nos discursos em 
diferentes linguagens, levando em conta seus contextos de produção e de circulação.
(EM13LGG303) Debater questões polêmicas de relevância social, analisando diferentes argumentos e opi-
niões, para formular, negociar e sustentar posições, frente à análise de perspectivas distintas.
(EM13LGG304) Formular propostas, intervir e tomar decisões que levem em conta o bem comum e os Di-
reitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global.
(EM13LGG305) Mapear e criar, por meio de práticas de linguagem, possibilidades de atuação social, política, 
artística e cultural para enfrentar desafios contemporâneos, discutindo princípios e objetivos dessa atuação 
de maneira crítica, criativa, solidária e ética.
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4. Compreender as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, cultural, social, variável, heterogêneo e sensí-
vel aos contextos de uso, reconhecendo suas variedades e vivenciando-as como formas de expressões identitá-
rias, pessoais e coletivas, bem como agindo no enfrentamento de preconceitos de qualquer natureza.
Habilidades
(EM13LGG401) Analisar criticamente textos de modo a compreender e caracterizar as línguas como fenô-
meno (geo)político, histórico, social, cultural, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso.
(EM13LGG402) Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de língua adequados à situação 
comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso, respeitando os usos das línguas por esse(s) 
interlocutor(es) e sem preconceito linguístico.
5. Compreender os processos de produção e negociação de sentidos nas práticas corporais, reconhecendo-as e 
vivenciando-as como formas de expressão de valores e identidades, em uma perspectiva democrática e de res-
peito à diversidade.
Habilidades
(EM13LGG501) Selecionar e utilizar movimentos corporais de forma consciente e intencional para interagir 
socialmente em práticas corporais, de modo a estabelecer relações construtivas, empáticas, éticas e de res-
peito às diferenças.
(EM13LGG502) Analisar criticamente preconceitos, estereótipos e relações de poder presentes nas práticas 
corporais, adotando posicionamento contrário a qualquer manifestação de injustiça e desrespeito a direitos 
humanos e valores democráticos.
(EM13LGG503) Vivenciar práticas corporais e significá-las em seu projeto de vida, como forma de autoco-
nhecimento, autocuidado com o corpo e com a saúde, socialização e entretenimento.
6. Apreciar esteticamente as mais diversas produções artísticas e culturais, considerando suas características lo-
cais, regionais e globais, e mobilizar seus conhecimentos sobre as linguagens artísticas para dar significado e 
(re)construir produções autorais individuais e coletivas, exercendo protagonismo de maneira crítica e criativa, 
com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.
Habilidades
(EM13LGG601) Apropriar-se do patrimônio artístico de diferentes tempos e lugares, compreendendo a sua 
diversidade, bem como os processos de legitimação das manifestações artísticas na sociedade, desenvol-
vendo visão crítica e histórica.
(EM13LGG602) Fruir e apreciar esteticamente diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, 
assim como delas participar, de modo a aguçar continuamente a sensibilidade, a imaginação e a criatividade.
(EM13LGG603) Expressar-se e atuar em processos de criação autorais individuais e coletivos nas diferentes 
linguagens artísticas (artes visuais, audiovisual, dança, música e teatro) e nas intersecções entre elas, recor-
rendo a referências estéticas e culturais, conhecimentos de naturezas diversas (artísticos, históricos, sociais 
e políticos) e experiências individuais e coletivas.
(EM13LGG604) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política e 
econômica e identificar o processo de construção histórica dessas práticas.
7. Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as dimensões técnicas, críticas, criativas, éti-
cas e estéticas, para expandir as formas de produzir sentidos, de engajar-se em práticas autorais e coletivas, e 
de aprender a aprender nos campos da ciência, cultura, trabalho, informação e vida pessoal e coletiva.
Habilidades
(EM13LGG701) Explorar tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC), compreendendo seus 
princípios e funcionalidades, e utilizá-las de modo ético, criativo, responsável e adequado a práticas de lin-
guagem em diferentes contextos.
(EM13LGG702) Avaliar o impacto das tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC) na forma-
ção do sujeito e em suas práticas sociais, para fazer uso crítico dessa mídia em práticas de seleção, com-
preensão e produção de discursos em ambiente digital.
(EM13LGG703) Utilizar diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais em processos de produção co-
letiva,colaborativa e projetos autorais em ambientes digitais.
(EM13LGG704) Apropriar-se criticamente de processos de pesquisa e busca de informação, por meio de 
ferramentas e dos novos formatos de produção e distribuição do conhecimento na cultura de rede.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. p. 490.
A BNCC propõe o estudo na área de Linguagens e suas Tecnologias considerando cinco cam-
pos de atuação social para contextualizar as práticas de linguagem e possibilitar reflexões sobre 
cultura, práticas cidadãs, trabalho e continuação dos estudos. 
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LÍNGUA PORTUGUESA
Os campos de atuação social contextualizam também as habilidades especí-
ficas de Língua Portuguesa, que este livro vai procurar ajudar você a acionar ao 
longo do Ensino Médio. Em cada quadro a seguir, você poderá observar essas 
relações assim como as competências específicas (CE) favorecidas por meio do 
desenvolvimento das habilidades. 
Habilidades de Língua Portuguesa nos campos de atuação social
Todos os campos de atuação social
• Práticas: leitura, escuta, produção de textos (orais, escritos, multissemióticos) e análise lin-
guística/semiótica.
Habilidades CE
(EM13LP01) Relacionar o texto, tanto na produção como na leitura/ escuta, com 
suas condições de produção e seu contexto sócio-histórico de circulação (leitor/
audiência previstos, objetivos, pontos de vista e perspectivas, papel social do autor, 
época, gênero do discurso etc.), de forma a ampliar as possibilidades de construção 
de sentidos e de análise crítica e produzir textos adequados a diferentes situações.
2
(EM13LP02) Estabelecer relações entre as partes do texto, tanto na produção 
como na leitura/escuta, considerando a construção composicional e o estilo do 
gênero, usando/reconhecendo adequadamente elementos e recursos coesivos 
diversos que contribuam para a coerência, a continuidade do texto e sua pro-
gressão temática, e organizando informações, tendo em vista as condições de 
produção e as relações lógico-discursivas envolvidas (causa/efeito ou conse-
quência; tese/argumentos; problema/solução; definição/exemplos etc.).
1
(EM13LP03) Analisar relações de intertextualidade e interdiscursividade que per-
mitam a explicitação de relações dialógicas, a identificação de posicionamentos 
ou de perspectivas, a compreensão de paráfrases, paródias e estilizações, entre 
outras possibilidades.
1
(EM13LP04) Estabelecer relações de interdiscursividade e intertextualidade para 
explicitar, sustentar e conferir consistência a posicionamentos e para construir e 
corroborar explicações e relatos, fazendo uso de citações e paráfrases devida-
mente marcadas.
1
(EM13LP05) Analisar, em textos argumentativos, os posicionamentos assumidos, 
os movimentos argumentativos (sustentação, refutação/ contra-argumentação e 
negociação) e os argumentos utilizados para sustentá-los, para avaliar sua força 
e eficácia, e posicionar-se criticamente diante da questão discutida e/ou dos ar-
gumentos utilizados, recorrendo aos mecanismos linguísticos necessários.
3
(EM13LP06) Analisar efeitos de sentido decorrentes de usos expressivos da lin-
guagem, da escolha de determinadas palavras ou expressões e da ordenação, 
combinação e contraposição de palavras, dentre outros, para ampliar as possibi-
lidades de construção de sentidos e de uso crítico da língua.
1
(EM13LP07) Analisar, em textos de diferentes gêneros, marcas que expressam 
a posição do enunciador frente àquilo que é dito: uso de diferentes modalida-
des (epistêmica, deôntica e apreciativa) e de diferentes recursos gramaticais que 
operam como modalizadores (verbos modais, tempos e modos verbais, expres-
sões modais, adjetivos, locuções ou orações adjetivas, advérbios, locuções ou 
orações adverbiais, entonação etc.), uso de estratégias de impessoalização (uso 
de terceira pessoa e de voz passiva etc.), com vistas ao incremento da com-
preensão e da criticidade e ao manejo adequado desses elementos nos textos 
produzidos, considerando os contextos de produção.
1
(EM13LP08) Analisar elementos e aspectos da sintaxe do português, como a 
ordem dos constituintes da sentença (e os efeito que causam sua inversão), a 
estrutura dos sintagmas, as categorias sintáticas, os processos de coordenação e 
subordinação (e os efeitos de seus usos) e a sintaxe de concordância e de regên-
cia, de modo a potencializar os processos de compreensão e produção de textos 
e a possibilitar escolhas adequadas à situação comunicativa.
1
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Habilidades CE
(EM13LP09) Comparar o tratamento dado pela gramática tradicional e pelas 
gramáticas de uso contemporâneas em relação a diferentes tópicos gramaticais, 
de forma a perceber as diferenças de abordagem e o fenômeno da variação 
linguística e analisar motivações que levam ao predomínio do ensino da norma-
-padrão na escola.
4
(EM13LP10) Analisar o fenômeno da variação linguística, em seus diferentes ní-
veis (variações fonético-fonológica, lexical, sintática, semântica e estilístico-prag-
mática) e em suas diferentes dimensões (regional, histórica, social, situacional, 
ocupacional, etária etc.), de forma a ampliar a compreensão sobre a natureza 
viva e dinâmica da língua e sobre o fenômeno da constituição de variedades lin-
guísticas de prestígio e estigmatizadas, e a fundamentar o respeito às variedades 
linguísticas e o combate a preconceitos linguísticos.
4
(EM13LP11) Fazer curadoria de informação, tendo em vista diferentes propósitos 
e projetos discursivos.
7
(EM13LP12) Selecionar informações, dados e argumentos em fontes confiáveis, 
impressas e digitais, e utilizá-los de forma referenciada, para que o texto a ser 
produzido tenha um nível de aprofundamento adequado (para além do senso 
comum) e contemple a sustentação das posições defendidas.
1, 7
(EM13LP13) Analisar, a partir de referências contextuais, estéticas e culturais, 
efeitos de sentido decorrentes de escolhas de elementos sonoros (volume, tim-
bre, intensidade, pausas, ritmo, efeitos sonoros, sincronização etc.) e de suas 
relações com o verbal, levando-os em conta na produção de áudios, para ampliar 
as possibilidades de construção de sentidos e de apreciação.
1
(EM13LP14) Analisar, a partir de referências contextuais, estéticas e culturais, 
efeitos de sentido decorrentes de escolhas e composição das imagens (enqua-
dramento, ângulo/vetor, foco/profundidade de campo, iluminação, cor, linhas, 
formas etc.) e de sua sequenciação (disposição e transição, movimentos de câ-
mera, remix, entre outros), das performances (movimentos do corpo, gestos, 
ocupação do espaço cênico), dos elementos sonoros (entonação, trilha sonora, 
sampleamento etc.) e das relações desses elementos com o verbal, levando em 
conta esses efeitos nas produções de imagens e vídeos, para ampliar as possibi-
lidades de construção de sentidos e de apreciação.
1
(EM13LP15) Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar textos escritos 
e multissemióticos, considerando sua adequação às condições de produção do 
texto, no que diz respeito ao lugar social a ser assumido e à imagem que se pre-
tende passar a respeito de si mesmo, ao leitor pretendido, ao veículo e mídia em 
que o texto ou produção cultural vai circular, ao contexto imediato e sócio-histó-
rico mais geral, ao gênero textual em questão e suas regularidades, à variedade 
linguística apropriada a esse contexto e ao uso do conhecimento dos aspectos 
notacionais (ortografia padrão, pontuação adequada, mecanismos de concor-
dância nominal e verbal, regência verbal etc.), sempre que o contexto o exigir.
1, 3
(EM13LP16) Produzir e analisar textos orais, considerando sua adequação aos 
contextos de produção, à forma composicionale ao estilo do gênero em ques-
tão, à clareza, à progressão temática e à variedade linguística empregada, como 
também aos elementos relacionados à fala (modulação de voz, entonação, ritmo, 
altura e intensidade, respiração etc.) e à cinestesia (postura corporal, movimentos 
e gestualidade significativa, expressão facial, contato de olho com plateia etc.).
1, 4
(EM13LP17) Elaborar roteiros para a produção de vídeos variados (vlog, video-
clipe, videominuto, documentário etc.), apresentações teatrais, narrativas multi-
mídia e transmídia, podcasts, playlists comentadas etc., para ampliar as possibi-
lidades de produção de sentidos e engajar-se em práticas autorais e coletivas.
3, 7
(EM13LP18) Utilizar softwares de edição de textos, fotos, vídeos e áudio, além de 
ferramentas e ambientes colaborativos para criar textos e produções multisse-
mióticas com finalidades diversas, explorando os recursos e efeitos disponíveis 
e apropriando-se de práticas colaborativas de escrita, de construção coletiva do 
conhecimento e de desenvolvimento de projetos.
7
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. p. 506-509.
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12
Campo da vida pessoal 
• Práticas: leitura, escuta, produção de textos (orais, escritos, multissemióticos) e análise lin-
guística/semiótica.
Habilidades CE
(EM13LP19) Apresentar-se por meio de textos multimodais diversos (perfis va-
riados, gifs biográficos, biodata, currículo web, videocurrículo etc.) e de ferra-
mentas digitais (ferramenta de gif, wiki, site etc.), para falar de si mesmo de 
formas variadas, considerando diferentes situações e objetivos.
3
(EM13LP20) Compartilhar gostos, interesses, práticas culturais, temas/proble-
mas/questões que despertam maior interesse ou preocupação, respeitando e va-
lorizando diferenças, como forma de identificar afinidades e interesses comuns, 
como também de organizar e/ou participar de grupos, clubes, oficinas e afins.
2, 3
(EM13LP21) Produzir, de forma colaborativa, e socializar playlists comentadas de 
preferências culturais e de entretenimento, revistas culturais, fanzines, e-zines ou 
publicações afins que divulguem, comentem e avaliem músicas, games, séries, 
filmes, quadrinhos, livros, peças, exposições, espetáculos de dança etc., de forma 
a compartilhar gostos, identificar afinidades, fomentar comunidades etc.
1, 6
(EM13LP22) Construir e/ou atualizar, de forma colaborativa, registros dinâmicos 
(mapas, wiki etc.) de profissões e ocupações de seu interesse (áreas de atuação, 
dados sobre formação, fazeres, produções, depoimentos de profissionais etc.) 
que possibilitem vislumbrar trajetórias pessoais e profissionais.
3
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. p. 511.
Campo de atuação na vida pública 
• Práticas: leitura, escuta, produção de textos (orais, escritos, multissemióticos) e análise lin-
guística/semiótica.
Habilidades CE
(EM13LP23) Analisar criticamente o histórico e o discurso político de candidatos, 
propagandas políticas, políticas públicas, programas e propostas de governo, de for-
ma a participar do debate político e tomar decisões conscientes e fundamentadas.
1, 7
(EM13LP24) Analisar formas não institucionalizadas de participação social, so-
bretudo as vinculadas a manifestações artísticas, produções culturais, interven-
ções urbanas e formas de expressão típica das culturas juvenis que pretendam 
expor uma problemática ou promover uma reflexão/ação, posicionando-se em 
relação a essas produções e manifestações.
1
(EM13LP25) Participar de reuniões na escola (conselho de escola e de classe, grê-
mio livre etc.), agremiações, coletivos ou movimentos, entre outros, em debates, 
assembleias, fóruns de discussão etc., exercitando a escuta atenta, respeitando seu 
turno e tempo de fala, posicionando-se de forma fundamentada, respeitosa e ética 
diante da apresentação de propostas e defesas de opiniões, usando estratégias 
linguísticas típicas de negociação e de apoio e/ou de consideração do discurso 
do outro (como solicitar esclarecimento, detalhamento, fazer referência direta ou 
retomar a fala do outro, parafraseando-a para endossá-la, enfatizá-la, complemen-
tá-la ou enfraquecê-la), considerando propostas alternativas e reformulando seu 
posicionamento, quando for caso, com vistas ao entendimento e ao bem comum.
1, 2, 3
(EM13LP26) Relacionar textos e documentos legais e normativos de âmbito uni-
versal, nacional, local ou escolar que envolvam a definição de direitos e deveres 
– em especial, os voltados a adolescentes e jovens – aos seus contextos de pro-
dução, identificando ou inferindo possíveis motivações e finalidades, como forma 
de ampliar a compreensão desses direitos e deveres.
1
(EM13LP27) Engajar-se na busca de solução para problemas que envolvam a co-
letividade, denunciando o desrespeito a direitos, organizando e/ou participando 
de discussões, campanhas e debates, produzindo textos reivindicatórios, norma-
tivos, entre outras possibilidades, como forma de fomentar os princípios demo-
cráticos e uma atuação pautada pela ética da responsabilidade, pelo consumo 
consciente e pela consciência socioambiental.
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BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. p. 514.
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Campo das práticas de estudo e pesquisa
• Práticas: leitura, escuta, produção de textos (orais, escritos, multissemióticos) e análise lin-
guística/semiótica.
Habilidades CE
(EM13LP28) Organizar situações de estudo e utilizar procedimentos e estratégias 
de leitura adequados aos objetivos e à natureza do conhecimento em questão.
3, 7
(EM13LP29) Resumir e resenhar textos, por meio do uso de paráfrases, de mar-
cas do discurso reportado e de citações, para uso em textos de divulgação de 
estudos e pesquisas.
2, 3
(EM13LP30) Realizar pesquisas de diferentes tipos (bibliográfica, de campo, 
experimento científico, levantamento de dados etc.), usando fontes abertas 
e confiáveis, registrando o processo e comunicando os resultados, tendo em 
vista os objetivos pretendidos e demais elementos do contexto de produção, 
como forma de compreender como o conhecimento científico é produzido e 
apropriar-se dos procedimentos e dos gêneros textuais envolvidos na realiza-
ção de pesquisas.
7
(EM13LP31) Compreender criticamente textos de divulgação científica orais, es-
critos e multissemióticos de diferentes áreas do conhecimento, identificando sua 
organização tópica e a hierarquização das informações, identificando e descar-
tando fontes não confiáveis e problematizando enfoques tendenciosos ou su-
perficiais.
1
(EM13LP32) Selecionar informações e dados necessários para uma dada pesqui-
sa (sem excedê-los) em diferentes fontes (orais, impressas, digitais etc.) e com-
parar autonomamente esses conteúdos, levando em conta seus contextos de 
produção, referências e índices de confiabilidade, e percebendo coincidências, 
complementaridades, contradições, erros ou imprecisões conceituais e de dados, 
de forma a compreender e posicionar-se criticamente sobre esses conteúdos e 
estabelecer recortes precisos.
7
(EM13LP33) Selecionar, elaborar e utilizar instrumentos de coleta de dados e 
informações (questionários, enquetes, mapeamentos, opinários) e de tratamen-
to e análise dos conteúdos obtidos, que atendam adequadamente a diferentes 
objetivos de pesquisa.
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(EM13LP34) Produzir textos para a divulgação do conhecimento e de resultados 
de levantamentos e pesquisas – texto monográfico, ensaio, artigo de divulgação 
científica, verbete de enciclopédia (colaborativa ou não), infográfico (estático ou 
animado), relato de experimento, relatório, relatório multimidiático de campo, re-
portagem científica,

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