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Diabetes Mellitus na Estratégia Saúde da Família

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE DA FAMÍLIA 
 
 
 
 
 
BÁRBARA SOUZA CUNTO SOBRINHO 
 
 
 
 
 
O DIABETES MELLITUS ABORDADO NA ESTRATÉGIA 
SAÚDE DA FAMÍLIA 
 
 
 
 
 
 
CONSELHEIRO LAFAIETE – MINAS GERAIS 
2014 
 
BÁRBARA SOUZA CUNTO SOBRINHO 
 
 
 
 
 
O DIABETES MELLITUS ABORDADO NA ESTRATÉGIA 
SAÚDE DA FAMÍLIA 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
Curso de Especialização em Atenção Básica em 
Saúde da Família, Universidade Federal de Minas 
Gerais, para obtenção do Certificado de 
Especialista. 
Orientadora: Profa. Maria Dolôres Soares Madureira 
 
 
 
 
 
 
CONSELHEIRO LAFAIETE – MINAS GERAIS 
2014 
 
BÁRBARA SOUZA CUNTO SOBRINHO 
 
 
 
 
 
O DIABETES MELLITUS ABORDADO NA ESTRATÉGIA 
SAÚDE DA FAMÍLIA 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
Curso de Especialização em Atenção Básica em 
Saúde da Família, Universidade Federal de Minas 
Gerais, para obtenção do Certificado de 
Especialista. 
Orientadora: Profa. Maria Dolôres Soares Madureira 
 
 
 
 
 
Banca Examinadora: 
Profa. Ms. Maria Dolôres Soares Madureira - orientadora 
Profa. Ms. Ayla Norma Ferreira Matos 
Aprovado em Belo Horizonte, em 18 de fevereiro de 2014 
 
 
Dedicatória 
A sorte é o encontro da oportunidade com a competência. Dedico o presente 
trabalho aos meus pais, Scheyla e Gladston, aos meus irmãos, Eduarda e Pedro 
Henrique, à minha avó paterna, Maria José, pelo exemplo e dedicação de todos os 
dias e, principalmente minha avó, Célia, pelo exemplo de mulher, pela companhia 
durante esta experiência inesquecível e por todo o carinho a mim direcionado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradecimentos 
Agradeço a população do Bairro do Campo Leopoldina da cidade de Bicas, pelo 
acolhimento e colaboração que foram essenciais para a elaboração e execução 
deste projeto. Agradeço também a equipe de Saúde da Família da Unidade de 
Saúde Oeste da cidade de Bicas (Ana Lúcia, Márcia, Ângela, Janete, Tatiane, Paula, 
Cássia, Equener, Luciene, Bianca e Aline) pelo companheirismo, colaboração e por 
estarem ao meu lado durante este período. Dificuldades encontramos em qualquer 
lugar, porém cabe a nós aprender a usá-las como pilares para alcançar o sucesso! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Qualidade significa conformidade às 
especificações, após pesquisas de mercado para 
adequação às necessidades e expectativas dos 
clientes. É por meio da prevenção que se deve 
alcançar a qualidade, e o nível de desempenho 
deve ser o de zero defeito”. 
 (PHILIP B. CROSBY) 
 
RESUMO 
 
O Diabetes Mellitus (DM) é uma enfermidade complexa que virou uma epidemia e se 
tornou questão de saúde pública com elevado ônus socioeconômico, tendo se 
espalhado à medida que os países se desenvolvem, a população fica sedentária e o 
consumo de calorias cresce a cada dia. O objetivo desse estudo foi propor um plano 
de intervenção na Estratégia de Saúde da Família Oeste, da cidade de Bicas-MG, 
para que a equipe de saúde possa atuar junto à população portadora de Diabetes 
Mellitus, visando a uma melhor adesão ao tratamento. Para alcançar o objetivo 
proposto, utilizou-se como recurso metodológico, a pesquisa bibliográfica, realizada 
a partir da análise pormenorizada de pesquisas já publicadas na literatura e artigos 
científicos divulgados no meio eletrônico. De acordo com a literatura pesquisada, 
essa doença se encontra entre as 10 principais causas de mortalidade. Sendo 
assim, seu desenvolvimento requer a elaboração de políticas públicas que abranjam 
a diversidade de fatores associados à sua ocorrência. Em razão disso, o programa 
Estratégia de Saúde da Família, coloca tal doença como lócus singular para que 
sejam desenvolvidas ações de promoção da saúde, prevenção, diagnóstico e 
tratamento. Espera-se que a implantação do plano possibilite um impacto positivo na 
população alvo, melhorando a qualidade de vida das pessoas e otimizando o 
tratamento do usuário que apresenta a patologia em questão. 
 
Palavras-chave: Estratégia de Saúde da Família. Diabetes Mellitus. Adesão ao 
tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Diabetes Mellitus (DM) is a complex disease that became an epidemic and became a 
public health issue with high socioeconomic burden, with spreads as countries 
develop, the population is sedentary and calorie consumption grows every day. To 
achieve the proposed objective, was used as a methodological tool, the 
bibliographical research from the detailed analysis of research already published in 
the literature and scientific papers published in electronic media. The aim of this 
study was to propose a plan of intervention in the Western Family, City Spouts MG - 
Health strategy for the health care team can work with the carrier Diabetes Mellitus 
population, to better treatment adherence. According to the literature, this disease is 
among the 10 leading causes of mortality. Thus, their development requires the 
elaboration of public policies across a range of factors associated with its occurrence. 
As a result, the Health Family Strategy, program puts such a disease as a natural 
locus for shares of health promotion, prevention, diagnosis and treatment are 
developed. It is expected that the implementation of the plan makes a positive impact 
on the target population, improving the quality of life of people and optimizing 
treatment of user who presents the pathology in question. 
 
Keywords: Family Health Strategy. Diabetes Mellitus. Adherence to treatment. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ACS Agente Comunitário de Saúde 
ADA Associação Americana de Diabetes 
BVS Biblioteca Virtual em Saúde 
DCNT Doenças crônicas não-transmissíveis 
DM Diabetes Mellitus 
ESF Estratégia Saúde da Família 
mg/dl Miligramas por decilitro 
OMS Organização Mundial da Saúde 
SBD Sociedade Brasileira de Diabetes 
SCIELO Scientific Eletronic Libray Online 
SUS Sistema Único de Saúde 
TOTG Teste Oral de Tolerância à Glicose 
UBS Unidade Básica de Saúde 
USF Unidades de Saúde da Família 
VIGITEL Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por 
Inquérito Telefônico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................11 
2 JUSTIFICATIVA......................................................................................................14 
3 OBJETIVOS............................................................................................................15 
4 METODOLOGIA.....................................................................................................16 
5 REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................17 
5.1 Estratégia Saúde da Família.............................................................................17 
5.2 Diabetes Mellitus................................................................................................18 
6 PLANO DE INTERVENÇÃO...................................................................................23 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................26 
REFERÊNCIAS..........................................................................................................27 
 
 
 
11 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Ultimamente, o perfil epidemiológico da população brasileira tem se 
transformado de maneira notável. No cenário complexo que vem se conformando, 
processualmente, as doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) se sobressaem 
entre os motivos de morbimortalidade. Entre as DCNTs destaca-se o Diabetes 
Mellitus (DM) – objeto deste estudo – queé monitorado, entre as demais 
enfermidades, nas unidades da Estratégia de Saúde da Família (ESF) (MALFATTI e 
ASSUNCAO, 2011). 
Esta estratégia configura-se como o ponto principal de reorganização do 
modelo de atenção à saúde do brasileiro. Objetiva assegurar qualidade, 
integralidade e efetividade ao primeiro nível de atenção, tendo como base a atuação 
sob o território e o oferecimento organizado dos serviços, em ações de promoção, 
proteção e recuperação da saúde, devendo incorporar as mais variadas facetas do 
complicado quadro epidemiológico deste país (SENNA, 2002). 
O DM é uma enfermidade de etiologia múltipla e se refere a um grupo de 
distúrbios metabólicos, que compartilham o fenótipo de hiperglicemia (ZANETTI, 
ALCÂNTARA e OLIVEIRA, 2008). 
Segundo Smeltzer e Bare (2005), essa doença pode ser classificada em 
diversos tipos diferentes: 
• DM tipo I – referido como DM insulino-dependente, resulta da destruição das 
células beta pancreáticas por processo autoimune, acometendo, indivíduos 
de diferentes faixas etárias, mas, principalmente, crianças e jovens; 
• DM tipo II – referido como DM não insulino-dependente, deriva de graus 
variáveis de resistência à insulina e deficiência relativa de secreção de 
insulina. Esse tipo pode acometer indivíduos em qualquer faixa etária, sendo 
mais comum em adultos maiores de 40 anos de idade, apesar de ter 
aumentado a prevalência em pessoas abaixo dos 40 anos, relacionado 
associado ao aumento da prevalência da obesidade em proporções mundiais; 
• DM gestacional – essa modalidade da doença, como o próprio nome diz, 
atinge mulheres no período de gravidez. O DM vem aumentando de forma 
descontrolada. Por isso, é necessário um acompanhamento constante pelas 
equipes de saúde, até por que a doença não escolhe a quem atingir. 
12 
 
No entanto, independentemente de sua classificação, em razão das 
características fisiopatológicas do DM, o paciente pode apresentar prejuízos em sua 
micro e macrocirculação, provocando uma série de consequências que irão 
comprometer seu estado geral de saúde, como: retinopatia, nefropatia, cardiopatia 
isquêmica, doença cerebrovascular, doença vascular periférica e neuropáticas, além 
de riscos de úlceras nos pés, podendo levar a amputações dos membros (SILVA et 
al., 2012). Essa doença é responsável por gastos intensos em saúde e substancial 
diminuição da capacidade de trabalho e da expectativa de vida (GOES, VIEIRA e 
LIBERATORE JUNIOR, 2007). 
Cumpre ressaltar que, tanto no Tipo 1 quanto no Tipo 2 podem ocorrer 
distúrbios e/ou complicações tardias. Portanto, é imprescindível implementar um 
rigoroso controle dos níveis de glicemia, a fim de atrasar e/ou diminuir a progressão 
dos níveis da glicose na corrente sanguínea (BRASIL, 2006b). 
Importa, ainda, ressaltar outra grave consequência da DMII: em função da 
perda de sensibilidade nos pés, podem ocorrer feridas nos membros inferiores que, 
normalmente, evoluem para a amputação. No Brasil, cerca de 50 a 70% das 
amputações não traumáticas decorrem do DM (BRASIL, 2002). 
O pé diabético tem como característica a 
“lesão que ocorre nos pés dos portadores de DM, proveniente da 
combinação da neuropatia sensitivo-motora e autonômica periférica 
crônica, da doença vascular periférica, das alterações biomecânicas 
que levam à pressão plantar anormal e da infecção, que podem estar 
presentes e agravar ainda mais o caso (COELHO et al., 2009, p.66). 
Neste sentido, Amaral e Tavares (2009, p.809) consideram que “a presença 
de úlceras nos pés e amputações, apesar de preveníveis, ainda é prevalente nos 
serviços de saúde, levando a danos irreparáveis na vida dessas pessoas”. 
Em uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2013), 
chamada Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por 
Inquérito Telefônico – VIGITEL, os resultados apontaram que a prevalência de DM 
no Brasil foi de 5,2%. 
Em especial, no Estado mineiro, a prevalência de DM é de 4,2% em Juiz de 
Fora-MG, de 14,5% em Bambuí e 5,8% em Teixeiras-MG, sendo que a prevalência 
de DM indica tendência de crescimento, em todo o planeta (SILVA et al., 2012). 
13 
 
Partindo-se da conjetura de que o DM é considerado uma das principais 
doenças que afetam as pessoas hoje em dia, e de que é útil conhecer os seus 
sentidos e significados para essas pessoas, considerou-se pertinente desenvolver 
um estudo capaz de apreender o processo de enfrentamento dessa patologia pelos 
usuários da Estratégia de Saúde da Família Oeste da cidade de Bicas-MG. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 JUSTIFICATIVA 
14 
 
 
Apesar de não ser uma patologia que se destaque na população cadastrada 
no Programa de Saúde da Família Oeste da cidade de Bicas (MG) pela sua grande 
incidência, o que influenciou para tal escolha foi tamanha gravidade dos casos da 
maioria dos portadores de Diabetes Mellitus. Trata-se de uma patologia grave, 
porém de controle possível, que encontra-se ao alcance de uma equipe da saúde da 
família empenhada. 
Além disso, o fato de as estimativas predizerem que, em 2025, a quantidade 
de indivíduos atingirá em torno de 380 milhões (BRASIL, 2011) solidifica a 
importância de pesquisas sobre o tema em estudo. 
Acredito que se trata de um trabalho de grande valia, visando o impacto 
positivo na população alvo, melhorando a qualidade de vida dos usuários e 
otimizando o tratamento do usuário que apresenta a patologia em questão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 OBJETIVOS 
15 
 
Geral: 
 
O presente trabalho tem como objetivo geral propor um plano de intervenção 
para que a equipe de saúde possa atuar junto à população portadora de Diabetes 
Mellitus, visando uma melhor adesão ao tratamento. 
Específicos: 
a) Levantar dados na literatura sobre Diabetes Mellitus, bem como discutir sobre 
a gravidade da doença e suas complicações; 
b) Propor diretrizes para o acompanhamento do diabético pela Estratégia de 
Saúde da Família; 
c) Relatar os cuidados com o pé diabético, controle glicêmico regular, além de 
fazer uma abordagem sobre a obesidade, as dislipidemias e outros fatores 
que podem dificultar o controle dessa doença crônica; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 METODOLOGIA 
16 
 
Para contextualizar o problema e embasar o Plano de Intervenção, foi 
realizada uma revisão bibliográfica narrativa no período de agosto de 2013 a março 
de 2014. 
Este tipo de revisão é considerado por Correia, Vasconcelos e Souza (2013, 
p.38) como “uma metodologia apropriada para descrever o desenvolvimento ou 
estado da arte de um determinado tema, sob o ponto de vista conceitual ou teórico”. 
Para tal, foram feitas buscas na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no 
Scientific Eletronic Libray Online (SciELO) utilizando os seguintes descritores: 
Diabetes Mellitus, Atenção Primária, Saúde do adulto. Foram utilizados periódicos 
nacionais e escritos em português, publicados no período de 2001 a 2013. 
Para realização do plano de intervenção, baseou-se nos pressupostos de 
Campos, Faria e Santos (2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 REVISÃO DE LITERATURA 
 
17 
 
5.1 Estratégia Saúde da Família 
 
A Estratégia Saúde da Família (ESF) é considerada como um programa de 
reorientação do modelo assistencial, operacionalizada perante a implantação de 
equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. As ações propostas 
incluem os conceitos de responsabilidade sanitária, atendimento ambulatorial e 
realização de consultas. Incluem também a participação comunitária e a educação 
em saúde, como requisitos essenciais para a construção de um pensamento crítico 
quanto às questões de saúde da população e do papel do Estado no provimento de 
ações sociais, como saneamento, educação e saúde (BRASIL, 1997). 
No entanto, segundo Brasil (2006a), o modelo médico-assistencialista ainda 
tem origens profundas no sistemade saúde deste país, na formação dos 
profissionais e na própria concepção de saúde divulgada na população. Esse ponto 
de vista se fundamenta numa atenção fragmentada do atendimento por 
especialidade, no emprego intenso de tecnologias de preço elevado e na 
medicalização do atendimento. 
Também há inquietações no que se refere à ESF, pois algumas pessoas, 
contrárias a ela, consideram-na como um modelo de atenção, que objetiva um 
atendimento tecnologicamente simples e pobre para gente pobre e pobre (atenção 
primitiva de saúde) (PAIM, 2003). 
Essa ideia é consolidada pelo conjunto de crise e racionalização dos gastos 
em saúde que puderam ser notados em princípio de 1990 e que está muito abaixo 
das formulações que marcaram o processo de reforma sanitária deste país (SENNA, 
2002). 
A insuficiente integração da ESF aos outros níveis de complexidade (por meio 
da referência e contrarreferência) é outro fator que pode ajudar para o ponto de vista 
da estratégia como limitação da assistência de qualidade ruim, enfraquecendo seu 
papel como porta de entrada preferencial no Sistema de Saúde (SENNA, 2002). 
Embora a situação seja crítica, continuam os esforços no intuito de distribuir 
corretamente serviços de qualidade que possam causar verdadeiras mudanças na 
situação de saúde do povo. 
Uma equipe de saúde da família é composta por um médico de família ou 
generalista, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e de 4 ou 6 agentes 
comunitários de saúde (ACS). De acordo com as demandas e características da 
18 
 
organização dos serviços de saúde local, outros profissionais de saúde poderão ser 
incorporados a estas unidades básicas. Cada equipe se responsabiliza pelo 
acompanhamento de uma população média de 3 mil podendo chegar a 4 mil 
pessoas residentes em uma área adstrita (BRASIL, 2011). 
Nessa equipe, cada profissional executa um dado conjunto de ações em 
separado, porém buscando, constantemente, articular às ações realizadas pelos 
demais agentes de trabalho. As equipes devem buscar a integralidade das ações e 
não somente reproduzir no seu processo de trabalho um modelo de atenção 
biomédico (COSTA e FRACOLLI, 2007). 
As atribuições dessa equipe no cuidado integral do portador de DM devem 
responder às peculiaridades locais, tanto do perfil da comunidade sob cuidado, 
como do perfil da própria equipe de saúde (BRASIL, 2006b). 
Entende-se, portanto, que a ESF esteja orientada para vigilância e controle de 
doenças crônicas mais relevantes, como é o caso do DM, sendo necessárias 
providencias urgentes para não se tornar uma epidemia. 
 
 
2.2 Diabetes Mellitus 
 
O DM é considerado um problema de saúde pública, principalmente por se 
tratar de uma doença que apresenta alta morbidade e mortalidade, em função do 
risco elevado de desenvolvimento de complicações agudas e crônicas, repercutindo 
nos âmbitos sociais e econômicos de maneira expressiva (JANEBRO et al., 2008). 
Um aspecto típico desta doença é a resposta secretora defeituosa ou 
deficiente de insulina, que se manifesta no uso inapropriado dos carboidratos 
(glicose), com consequente hiperglicemia (COTRAN, KUMAR; ROBBINS, 1994). 
Se uma pessoa não tem glicose nas células, o organismo vai obter energia 
dos lipídios. A glicose é o principal sinalizador para o pâncreas liberar a insulina 
pelas células β das ilhotas de Langerhans (GUYTON e HALL, 1997). 
Apresenta-se como uma síndrome de evolução crônica cuja preponderância 
tem crescido junto ao processo de industrialização dos últimos tempos (SANTOS et 
al., 2004 apud SCHUTZ et al., 2008). 
Essa síndrome de comprometimento do metabolismo dos carboidratos, das 
gorduras e das proteínas é motivada pela ausência de secreção de insulina ou por 
19 
 
diminuição da sensibilidade dos tecidos à insulina (COTRAN, KUMAR; ROBBINS, 
1994). 
Tal doença compreende um grupo de doenças metabólicas caracterizado por 
um aumento anormal de glicose no sangue (hiperglicemia), devido à deficiência de 
produção da insulina – um hormônio produzido pelo pâncreas, que controla o nível 
de glicose no sangue regulando a produção e o armazenamento de glicose 
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2009). 
Os efeitos da hiperglicemia induzem a complicações macrovasculares: 
(doença da artéria coronária, doença vascular cerebral e doença vascular periférica); 
e complicações microvasculares crônicas: (doença renal e ocular) e complicações 
neuropáticas (doença dos nervos) (SMELTZER e BARE, 2005. 
Como se pode perceber, o DM representa um grande risco para se 
desenvolver doenças cardiovasculares. Isso em função dos distúrbios metabólicos, 
capazes de provocar alterações nas artérias, ocorre antes da hiperglicemia crônica 
que caracteriza o diabetes propriamente dito (FONTBONNE, 1997). 
São questões que trazem à tona um debate sobre a precocidade do 
diagnóstico dessas alterações, assim como a capacidade dos exames diagnósticos 
empregados. A Associação Americana de Diabetes – ADA – recomenda que os 
critérios diagnósticos sejam fundamentados na medida de glicose plasmática em 
jejum (8 horas), usando o ponto de corte – valor de glicose plasmática em jejum 
maior ou igual a 126 mg/dl (GROSS et al., 2002). 
Entretanto, contestações quanto ao que é aconselhado pela ADA, exatamente 
por causa da precocidade das alterações macrovasculares até no estágio de 
intolerância à glicose. Dessa forma, a OMS indica que seja realizado o teste oral de 
tolerância à glicose (TOTG), apto de determinar a tolerância à glicose diminuída, 
duas horas depois que se administra uma quantidade de glicose via oral. A ADA, 
embora reconheça o TOTG como mais sensível, relata sobre a dificuldade para se 
realizar esse teste, sendo apenas recomendado em situações específicas, como no 
caso de gestantes (GROSS et al. 2002). 
Em se tratando do DMII, que faz parte da maior parte dos casos, está ligado a 
fatores, como sedentarismo e obesidade, bem como a um componente genético 
(TUOMILEHTO et al., 2001; SARTORELLI, FRANCO, 2003). 
Alterações nos padrões nutricionais, segundo Popkin (1998), estão 
relacionadas ao desenvolvimento da obesidade em proporções globais. Gross et al. 
20 
 
(2002) citam que o aumento no consumo de carboidratos refinados tem muita 
ligação ao incremento da obesidade e, como resultado do DM na sociedade, até 
mesmo em pessoas mais novas. 
Trata-se de uma doença global, insidiosa, que decorre de vários fatores, além 
de causar muitas mudanças no dia a dia do indivíduo, afetando, assim, sua 
qualidade e sua expectativa de vida (RIBEIRO; ROCHA; POPIM, 2010). O aumento 
de gordura no sangue pode ocasionar problemas cardiovasculares, como hiperten-
são, aterosclerose e infarto do miocárdio, o que vai causar influência na 
funcionalidade física, psicológica e social da pessoa. 
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (2014), o DM atinge 18% 
das pessoas da terceira idade, sendo que a metade deste percentual apresenta o 
tipo II. Essa modalidade representa, para essa faixa etária o maior risco de morte 
prematura e relação com outras enfermidades. 
Por seu turno, Reis et al. (2009) salientam que o envelhecimento do povo e o 
aumento da expectativa de vida existem junto às DCNTs, incluindo a DM. 
Provavelmente, isso pode ser considerado como prerrogativa à alta da incidência da 
doença em meio aos idosos. 
No que se refere ao controle e à prevenção de danos e sequelas, Piarete e 
Ferreira (2008) advertem que as complicações dessa doença, quando é bem 
controlada, podem ser evitadas. No entanto, é importante que a pessoa aceite a 
doença e efetive a adesão ao tratamento. Mas, essa adesão só acontece quando a 
pessoa aceitar a doença crônica, embora essa aceitação seja um grande obstáculo 
para uma adesão eficaz. 
Em se tratando da atenção à saúde da pessoa idosa, Ribeiro, Rocha e Popim 
(2010) informam que o progressivo aumento de pessoas diabéticas com mais de 60 
anos é um acontecimentomundial que requer a necessidade de políticas públicas 
aptas para atender de forma eficaz essa parcela da sociedade. 
No ponto de vista de Rodrigues (2009), é essencial a busca de estratégias 
educacionais que ampliem o conhecimento do portador de DM e que repercutam 
convenientemente na sua convivência com a doença. 
A quantidade de indivíduos com DM aumentou, expressivamente, nas últimas 
três décadas em quase todo o planeta. Essa quantidade é muito maior do que as 
projeções difundidas, as quais calculam 285 milhões em todo o mundo, e o Brasil 
21 
 
está em quinto lugar, com 7,6 milhões de casos. Esses dados alarmantes não 
apontam de que forma a doença afeta a pessoa (SHAW, SICREE e ZIMMET, 2010). 
Esse aumento de DM tem ocorrido por causa do estilo de vida inadequado, 
sobretudo da má alimentação e do sedentarismo. Por isso, é preciso que o estilo de 
vida seja mudado (hábitos alimentares – uma condição essencial aos indivíduos com 
diabetes – e de atividade física) ao lado de tratamento farmacológico, muitos deles 
com insulina, pois as células betas do pâncreas tendem a progredir para um estado 
de falência parcial ou total ao longo dos anos (BRASIL, 2006a). 
O tratamento com insulina objetiva mimetizar, tanto quanto possível, o perfil 
fisiológico da secreção pancreática de insulina. Sendo assim, diversas doses ao dia 
desse hormônio no tecido subcutâneo são necessárias para propiciar o controle 
glicêmico, quem tem sido demonstrado como condição fundamental para se prevenir 
as complicações agudas e crônicas desta doença (STACCIARINI, 2008). 
No entanto, para que o controle glicêmico seja efetivo com o tratamento 
insulinoterápico, é preciso que a pessoa aprenda diversos aspectos no tocante a 
como utilizar a insulina exógena, visto a ação deste medicamento está intimamente 
ligada a fatores envolvidos, desde sua aquisição até a aplicação, implicando 
procedimentos essenciais para aplicação: delimitação da região de aplicação, 
rodízio nos locais de aplicação, conservação da insulina, entre outros 
(STACCIARINI, 2008). 
Estudos em diversos lugares brasileiros comprovam uma alta prevalência, 
12% na população de 30 a 69 anos em Ribeirão Preto e 12,4 % em moradores de 
áreas urbanas com 20 anos ou mais no Rio Grande de Sul (TORQUATO et al., 
2003; SCHAAN, HARZHEIM, GUS, 2004). 
A essa prevalência segue um alto grau de ignorância da doença por parte da 
população acometida, o que prejudica o começo do tratamento, o mais cedo 
possível. As taxas de hospitalização e mortalidade por DM e suas complicações que 
têm aumentado, significativamente, indicam o quanto o problema é grave 
(SARTORELLI e FRANCO, 2006). 
É tão grave que tem associação com a hipertensão que é encontrada em 
cerca de 40% dos portadores de DM. O efeito isolado ou relacionado dessas 
patologias tem sido estudado pela sua relevância na etiologia do infarto e outras 
doenças do coração. Pesquisas mostram que o DMII e a hipertensão são 
22 
 
independentemente relacionados ao aumento do risco de infarto, mas a soma 
dessas condições eleva bastante esse risco (DAVIS et al., 1999; HU et al., 2005). 
Em se tratando de atividades físicas para pessoas com DM, estudos clínicos 
e experimentais têm comprovado seus benefícios, tais como: melhora a 
sensibilidade à insulina; reduz os níveis de glicose no sangue para faixa de 
normalidade; diminui as doses de insulina; abranda as disfunções autonômicas e 
cardiovasculares (DE ANGELIS et al., 2006). 
Diante do exposto, é importante que se conheça a prevalência do DM em 
pessoas atendidas pela ESF, pode ser estratégia importante na justificativa da 
implantação de programa de promoção de saúde multidisciplinar. 
Para tanto, é preciso que a pessoa seja mobilizada a informar-se acerca da 
sua doença e suas complicações para que possa proceder a uma mudança de 
comportamento diante dela. Torna-se, indispensável, também que os profissionais 
desse programa se conscientizem sobre a realidade do DM como uma questão de 
saúde individual e coletiva. 
 
 
 
 
 
6 PLANO DE INTERVENÇÃO 
 
 
O presente trabalho sucede-se em uma unidade de saúde população da 
cidade de Bicas, Minas Gerais. Tal população é de maioria de classe média e baixa, 
quase todos de baixa instrução. Quanto à patologia e devido à instabilidade de 
profissionais médicos na unidade, a adesão ao tratamento de Diabetes Mellitus 
tende a ser mais baixa que a adequada. 
A partir de consultas realizadas com os diabéticos e visitas domiciliares, foram 
obtidos alguns dados importantes na Estratégia Saúde da Família Oeste, da cidade 
23 
 
de Bicas. Foi realizado um levantamento em conjunto com a equipe e, então, 
desenvolvido o plano de ação. 
Acredita-se que o ponto de partida seja a conscientização dos pacientes a 
respeito da gravidade de tal patologia, as possíveis complicações que essa doença 
pode acarretar e o impacto dessas mudanças na vida de cada um deles. Os 
pacientes serão convidados, de acordo com suas respectivas microáreas, para 
reuniões semanais, a fim de esclarecer alguns pontos. Dentre os itens abordados 
em cada um destes encontros, pode-se listar a abordagem da dieta juntamente com 
a equipe da Nutrição, o seguimento correto da terapêutica (insulina ou medicação), 
cuidados com o pé diabético, controle glicêmico regular, discutir nos casos 
específicos a obesidade, as dislipidemias e outros fatores que podem dificultar o 
controle, entre outros temas. 
De posse dos dados cadastrais de cada um dos pacientes diabéticos 
devidamente atualizados e tornando as reuniões uma rotina dentro da unidade de 
saúde, acredita-se na possibilidade de se obter bons resultados quanto a um 
controle glicêmico mais satisfatório e um retorno importante ao fim do trabalho. 
O Diabetes Mellitus consiste em uma patologia de alta prevalência, gravidade 
importante, capaz de levar a complicações severas e, por vezes, irreversíveis. A 
partir do momento que se vê neste problema um alvo passível de intervenções, 
começa-se a levantar dados importantes que levem a grandes mudanças em 
relação a prognóstico dos usuários. 
O principal ponto a ser destacado é a dificuldade de os usuários diabéticos 
aceitarem essa doença da melhor forma possível, a conviver bem com seu 
problema, buscando alternativas viáveis de qualidade de vida, o que facilita tanto a 
ação do profissional quanto a resposta do paciente. 
Iniciando os trabalhos, foi feito um levantamento da equipe (médico de saúde 
da família, Agentes Comunitários de Saúde – ACS, enfermeira e técnico de 
enfermagem) e montada uma planilha de todos os diabéticos da área, separando em 
insulino e não-insulinodependentes. Tal planilha formou-se a partir de uma ficha do 
programa HIPERDIA estadual que os ACSs devem manter atualizada; baseou-se 
também em revisões de prontuários e atualizações a partir da produção diária das 
consultas médicas. 
Conhecendo a população alvo, foram elaborados formulários para abordagem 
individual e em grupo e dos diabéticos. Para estas abordagens, destacam-se a 
24 
 
ações: uma dieta junto à Nutricionista Municipal, orientações quanto a cuidados com 
o pé diabético, formulação de um creme específico para hidratação e prevenção de 
feridas dos pés junto à Dermatologista do município, desenvolvimento de um cartão 
individual dos usuários portadores da doença, a fim de facilitar o controle, marcação 
e agendamento de consultas pela equipe de saúde; a distribuição de uma tabela 
para mensuração de glicemia capilar para todos os pacientes, cada uma adequada 
ao tipo da patologia (insulinodependente ou não); articulação junto à Secretaria de 
Saúde para o fornecimento de glicosímetros aos usuários insulinodependentes para 
facilitar a adaptação à terapêutica e controle domiciliar. 
Recursos materiais empregados: 
• 03 (três) mesas de escritório; (patrimônio da Prefeitura Municipal de Bicas); 
• 03 (três) cadeiras de escritório; (patrimônioda Prefeitura Municipal de Bicas); 
• 01 (um computador – monitor + estabilizador + torre + teclado + mouse); 
(patrimônio da Prefeitura Municipal de Bicas); 
• 500 (quinhentas) folhas de ofício A4 brancas; 
• 08 (oito) canetas Bic azuis; 
• 01 (uma) régua milimetrada (20cm); 
• 45 (quarenta e cinco) glicosímetros da marca ACCU CHECK ACTIVE; 
• 2500 (duas mil e quinhentas) fitas individuais de glicosímetro para o aparelho 
ACCU CHECK ACTIVE; 
• 01 (uma) pasta de plástico com divisórias; 
• 03 (três) canetas marca-texto amarelas da marca Pilot; 
Disponibilizados todos os materiais e produtos supracitados, iniciou-se o 
processo de agendamento de encontros quinzenais, de acordo com as microáeras 
cobertas pela equipe, para esclarecimentos e orientações em grupos pequenos, 
para deixar os usuários à vontade para falar conosco e tirar todas as dúvidas. Tais 
encontros foram pré-agendados, avisados aos diabéticos em domicílio através dos 
ACS e cartas impressas pela equipe. A partir desses encontros, uma nova ficha foi 
inserida nos prontuários individuais e, nelas, foram observados os resultados quanto 
ao controle glicêmico, aceitação e adequação à terapêutica proposta. 
Todo o presente projeto foi iniciado em conjunto com a Secretaria de Saúde 
Municipal, que custeou os materiais e auxiliou no fornecimento dos glicosímetros e 
fitas. 
25 
 
Cronograma 
ATIVIDADE TEMPO DE EXECUÇÃO 
Listagem dos diabéticos da população adscrita 2 meses 
Elaboração de impressos 1 mês 
Convocação para reuniões na unidade 2 meses 
Reuniões na unidade de saúde 3 meses 
Atualização das informações nos prontuários e 
acompanhamento 
7 meses 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O DM é uma doença caracterizada por relevantes alterações no metabolismo 
dos carboidratos, lipídios e proteínas. Essas alterações metabólicas são 
consequência da deficiência e/ou resistência à insulina que, quando não controlados 
de forma correta, levam a complicações agudas ou crônicas. As agudas têm origem, 
normalmente de acontecimentos casuais, ao passo que as crônicas frequentemente 
são causadas pelo mau controle glicêmico no passar dos tempos. 
Essa doença oferece boas possibilidades de controle, no entanto, se não for 
bem controlado, produz lesões possivelmente fatais, como foi dito no decorrer deste 
26 
 
estudo. Em compensação, quando bem assistida, as complicações crônicas podem 
ser poupadas e o portador de DM pode ter uma qualidade de vida normal. 
É importante destacar, no entanto, que o importante é que se previna o DMII, 
mudando o estilo de vida, sobretudo no que se refere à dieta e à prática de 
exercícios físicos. 
Com o intuito de poder colaborar com a promoção da saúde dos portadores 
de DM da Unidade de Saúde Oeste da cidade de Bicas-MG, é importante que o 
atendimento a essa clientela seja realizado de maneira integral e em equipe. Por 
outro lado, as equipes da ESF precisam trabalhar de forma a promover a saúde do 
paciente e prevenir o surgimento de novos casos dessa enfermidade, impedindo os 
seus agravos em pacientes já doentes. 
Espera-se que a implantação do plano provoque um impacto positivo na 
população alvo, melhorando a qualidade de vida das pessoas e otimizando o 
tratamento do usuário que apresenta a patologia em questão. 
 
 
 
 
 
 
 
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	Este tipo de revisão é considerado por Correia, Vasconcelos e Souza (2013, p.38) como “uma metodologia apropriada para descrever o desenvolvimento ou estado da arte de um determinado tema, sob o ponto de vista conceitual ou teórico”.
	Para tal, foram feitas buscas na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no Scientific Eletronic Libray Online (SciELO) utilizando os seguintes descritores: Diabetes Mellitus, Atenção Primária, Saúde do adulto. Foram utilizados periódicos nacionais e escr...

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