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ANÁLISE DE INSALUBRIDADE E PERÍCULOSIDADE EM EMPRESAS DE TUBARÃO Acadêmicos¹ Tutor² 1. INTRODUÇÃO Estamos constante transformação social, vivemos nço setore industriais, campo e em quase todos os seguimentos passíveis do cumprimento da normativa reguladora, NR-15 e NR-16. Essa crescente essidade de transformação inúmeras atividades que são executadas diariamente, geram impact sociedade, de maneira que igem aumento da segurança para trabalhadores que executam, gerando drásticas mudanças condições de trabalho. A busca incessante por inovações tecnológicas resulta aparecimento de atividade e instigações para se manter competitivo rcado. Os preços de oferta dos produtos a oferta de um bom serviço norteiam toda a produção. Porem deve destacar que todos os aspectos fundamentais geram alguns resultados gativos, entre eles stá a segurança do trabalho. O presente trabalho tem como objetivo central valiar a insalubridade periculosidade de trabalhadores riadas áreas passíveis de regulamentação pela NR-15 e a exposição à periculosidade NR-16. Acredita que assunto abordado presente trabalho, insalubridade periculosidade enfrentada por trabalhadores região de Tubarão efere-se da importância que é oferecer trabalhador um ambiente de trabalho digno, seguro e livre de qualquer possibilidade de acidentes doenças ocupacionais. O assunto abordado no presente trabalho é de elevada importância, tendo vista que d fe simultânea dos adicionais, teria repercussão positiva na vida de um grande número de trabalhadores além de duzir riscos ambiente de trabalho, trazendo mais saúde e eficácia na realização das atividades laborais dos trabalhadores. Para obter referências necessárias ntendimento do tema, o presente rabalho foi baseado em pesquisa bibliográfica e estudo in loco. 1 Mitzi Alves e Vinicius Gonçalves de Souza 2 2. OS RISCOS E O AMBIENTE DE TRABALHO: INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE Após Revolução Industrial, virtude do nço das máquinas industriais, do trabalho excessivo e de todos os riscos a que estav expostos os trabalhadores, começaram a surgir as mai diversas doenças e cidentes de trabalho, problemas que despert classe trabalhadora reivindicar a elaboração de normas que promovessem melhorias, em seus mais div aspectos, no ambiente de trabalho (MARTINS, 2008). A compensação pelo trabalho em condições salubres surge com objeti de melhorar alimentação do trabalhador, contexto da Revolução Industrial, século XVIII (DARONCHO, 2012). A partir desses eventos surgiram novos outros movimentos que de fato se preocupavam com o bem-estar do trabalhador. Sabemos que as doenças adquiridas pelos trabalhadores ao longo de sua vida laboral, quando expostos agentes nocivos nã é penas fatalidade, o acumulo de causas objetivas. O meio mbiente do trabalho é extremamente importante, é considerado como meio ambiente artificial especial, que inserido dentro do universo de determinada atividade laborativa, pouco importando se a esma é remunerada, subordinada sua valoração econômica. Esse espaço urba habitável constituído de edificações feitas pel homem seja ele cidades ou campo tem igual importância assim io ambiente natural e cultural. Par tanto, há necessidade de que mbiente onde ele é desempenhado tenha devido quilíbrio objetivo, se lvidar da salubridade, segurança e ausência de gentes comprometedores de integridade e incolumidade física e psíquica (SANTOS, 2005). Oferecer espaços salubres nada mais é que disponibilizar ao trabalhador ambiente saudável de trabalho, ao contrário do ambiente insalubre que é aquele que pod acarretar danos nocivos agravamento à aúde do trabalhador. Quando aquel habitat revele inidôneo assegurar as condições mínimas para a qualidade de vida do trabalhador, aí terá lesã meio ambiente do trabalho (MANCUSO, 1996). Segundo CLT, a Seção XIII trat das atividades insalubres ou perigosas, prescreve: Art. 189 Serão consideradas atividades operações insalubres aquelas que, por natureza, condições métodos de trabalho, ponham empregados agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados razão da natureza da intensidade do agente do tempo de exposição seus efeitos. (PALÁCIO DO PLANALTO, 2016). ( Impresso por mishell santos, E-mail scr726457@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 13/01/2023 08:20:18 ) 3 De acordo Cicco (2003), o termo risco pode definido como uma certa probabilidade de danos dentro de um período ou número de ciclos operacionais, ou seja, condição de uma variá l que tem potencial de dano. Enquant termo perigo pode ser definido exposição relativa isco, que favorece aterialização em danos, como por exemplo: lesões às pessoas, danos equipamentos estruturas, perda de material proc reduçã da capacidade de desempenho de uma função pré-determinada, respectiv nte. Define-se periculosidade aquela tividade ujo ambiente de trabalho possa oferecer risc acentuado de acidente, vê do pericul perigoso, área da segurança e saúd do trabalho, conforme determina Artigo 193 da CLT. Conforme observamos visitas in loco (Imagem 1 e 2) trabalhadores expostos em área de situação de periculosidade. Imagem 1. Área com grau de periculosidade. Fonte Autores. Imagem 2. Local que deveria estar apenas o responsável pelo abastecimento. Fonte: Autores. ( Impresso por mishell santos, E-mail scr726457@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 13/01/2023 08:20:18 ) 4 A Norma Regulamentadora é feita através da NR-16, da Portaria n° 3.214/78. O adicional de periculosidade é devido para quem tenha contato permanente com inflamáveis ou explosivos condições de risco ntuado (MARTINS, 2008). Saad (2007) operações atividades consideradas perigosas pela referida norma: ANEXO I. Informa que são perigosas operações e atividades com explosivos: armazenamento de explosivos (incluindo os trabalhadores que se encontrem na área de risco); transporte de explosivos; operação de dos cartuchos de explosivos; operação de carregamento de explosivos; detonação, verificação de detonações falhadas e queima de explosivos deteriorados. ANEXO II. É dito que são operações e atividades perigosas inflamáveis: produção, transporte, processamento de gás liquefeito; transporte armazenagem de inflamáveis líquidos e gasosos liquefeitos de vasilhames vazios não desgaseificados ou decantados; postos de reabastecimento de aeronaves; locais de carregamento de navios-tanques, vagões-tanques e caminhões- tanques e enchimento de vasilhames com inflamáveis. ATIVIDADES ADICIONAL DE 30% A. No armazenamento de explosivos Todos os trabalhadores nessa atividade ou que permaneçam na área de risco B. No transporte de explosivos Todos os trabalhadores nessa atividades C. Na operação de escorva dos cartuchos de explosivos Todos os trabalhadores nessa atividade D. Na operação de carregamento de explosivos Todos os trabalhadores nessa atividade E. Na detonação Todos os trabalhadores nessa atividade F. Na verificação de denotações falhadas Todos os trabalhadores nessa atividade G. Na queima e destruição de explosivos deteriorados Todos os trabalhadores nessa atividade H. Nas operações de manuseio de explosivos Todos os trabalhadores nessa atividade Tabela 1. Atividades perigosas. Fonte: Ministério do Trabalho Sob ponto de vista legal, Consolidação das Lei do Trabalho (CLT), artigo 189, statui: Serão consideradas atividade ou operações insalubres aquelas que, por natureza, condições métodos de trabalho, exponham mpregados agentes nocivos à aúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos (Brasil, 1943). Conformeestabelece art. 192 da CLT, exercício do trabalho condições insalubres, acima dos limites de lerância estabelecidos pelo MTE, assegura percepção de dicional, im apurado 40% do salário-mínimo, quando lassificada insalubridade no grau máximo, 20% do alári mínimo, quando classificada insalubridade grau médio, 10% do salário-mínimo, quando classificada a insalubridade no grau míni A NR-15 descreve graduações à qual insalubridade existe biente operacional, por meio da elaboração de tabelas quadros cuj aior função é estabelecer parâmetros para enquadramento do grau de intensidade ao qual determinada atividade é executada conforme tabela2. 5 ANEXOS - AGENTES CARACTERIZAÇÃO LEGAL ANEXO I - Ruído contínuo ou intermitente Grau médio ANEXO II - Ruído de impacto Grau médio ANEXO III - Exposição ao calor Grau médio ANEXO IV Revogado Anexo revogado pela Portaria MTPS nº 3.751/1990 ANEXO V - Radiações ionizantes Grau máximo ANEXO VI - Condições hiperbáricas Grau máximo ANEXO VII - Radiações não-ionizantes Grau médio ANEXO VIII Vibrações Grau médio ANEXO IX Frio Grau médio ANEXO X - Umidade Grau médio ANEXO XI - Agentes Químicos Grau mínimo, Grau médio e Grau máximo ANEXO XII - Poeiras Minerais ANEXO XIII - Agentes Químicos Grau máximo Grau máximo ANEXO XIII A - BENZENO Grau míni Grau médio e Grau máximo ANEXO XIV - Agentes Biológicos Grau médio e Grau máximo Tabela 2. Grau de Insalubridade. Fonte: AreaSeg. Na tabela dois, XI refere- gent químicos uja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância e inspeção no local de trabalho. De acordo com Oliveira (2003) os programas de segurança e saúde trabalho, e função da cultura dominante maioria das empresas, são bidos orientados normalmente para atendimento à legislação que dispõe sobre a matéria. Programas fundamentados princípio são, em geral, pobres e de baixo desempenho, por várias razões, mas, principalmente, porque privilegiam as situações de risco que se apresentam em franco desacordo com a Lei e que podem transformar-se em objeto de fiscalização pelo Ministério do Trabalho e Emprego ou gerar algum tipo de passivo, d natureza trabalhista reparatória, detrimento de outras que podem muito mais nocivas à saúde do trabalhador, mas não facilmente perceptíveis. Quando o trabalhador está exposto à insalubridade, este fator já se encontra presente no meio em que le está executando sua atividade laboral, utilização de quipamentos de proteção individual (EPI’s) nem sempre é suficiente para neutralizar o dano à saúde humana. Um exemplo prático foi à visita in loco em uma empresa de fabricação de cerâmica, onde foi possível constatar o dano à saúde dos funcionários antes da instalação do sistema de exaustor, registrados na imagem 1, 2 e 3. 6 Imagem 3. Setor de secador de uma empresa de cerâmica. Fonte: Autores. Imagem 3. Setor de secador de uma empresa de cerâmica com a implantação do sistema de exaustão. Fonte: Autor Imagem 5. Sistema de exaustão. Fonte: Autores. ( Impresso por mishell santos, E-mail scr726457@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 13/01/2023 08:20:18 ) 7 3. METODOLOGIA No desenvolvimento do presente trabalho utilizamos pesquisa descritiva para caracterizá- lo e sequencialmente de questão. A pesquisa é sempre a possibilidade de sair de situação de ero onhecimento/desconhecimento dos rituais práticos da vida cotidiana, para produzir conhecimento dos dispositivos engendrados atividade, desnaturalizando formas cotidianas de existência. A pesquisa descritiva de acordo Barros (2007) é a realização do estudo, a análise, o registro e a interpretação dos fatos do mundo físico sem a interferência do pesquisador. Os dados levantados foram observados partir de visitação in loco. Os procedimentos para elaboração presente trabalho foi realizado em etapas, divididas em duas partes, inicialmente por pesquisa bibliográfica, onde buscamos a struturação da real situação da Insalubridade Periculosidade e o descaso em relação às ormativas regulamentadoras. E posteriormente a visitação em duas empresas da cidade de Tubarão, sul do Estado de Santa Catarina. Na etapa de visitação tendo vista obtençã de respostas alizou-se questionário simplificado. Nos quais foram aplicados responsável técnico de da empres O foi composto pelas seguintes questões: Qual a frequência os trabalhadores ficam expostos aos fatores de risco durante jornada de trabalho? Os funcionários ficam expostos ondições de riscos? Os funcionários expostos a condições de insalubridade recebem o adicional segurado por lei? Apesar d encontrarmos algumas contraversões, respostas que obtivemos dos dois responsáveis foram que empresas cumpriam todas as normas impostas pela normativa reguladora. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Com base nas visitas in loco nos referenciais bibliográficos podemos concluir que: O percentual de presas que nã prem adicional de insalubridade e periculosidade é um dos mais altos nos últimos anos. A falta de acesso às leis vigentes por parte dos trabalhadores resulta em um não recebimento desse direito. Constatamos que determinadas empres existiam risco de cidentes por não primento das práticas de insalubridade periculosidade, abemos que nã basta apenas fetuar o pagamento de adicional e não oferecer condições dignas de trabalho. ( Impresso por mishell santos, E-mail scr726457@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 13/01/2023 08:20:18 ) 8 O cumpri da segurança e dicina do trabalho são condições determinantes para prevenção de acidentes de trabalho esta diretamente ligada proporção de ondições dignas de trabalho empregado, evadindo dessa forma as contrariedades que poderiam ocorrer. Analisamos que inúmeros trabalhadores tava expostos à condição de periculosidade, infelizmente essa atividade é rotineira, depósito de combustível que visitamos. O cuidado integridade do trabalhador pode ser fatal, caso ocorra uma eventualidade. O déficit de inspeção dos locais passíveis de umprimento das normativas, resulta não cumprimento da por inúmeras empresas. Infelizmente algumas presas só propõem cumprir leis quando são atingidas diretamente financeiro. As inspeções seria ponto cha na redução de acidentes, afastamento ou óbitos no ambiente de trabalho. Este tema apesar de ser sempre estudado, requer continuo debate para que esmo possa tornar prático. REFERÊNCIAS Adicional de periculosidade insalubridade. Disponível < https://nilzamestieri.jusbrasil.com.br/artigos/112358312/adicional de-periculosidade-e-adicional- de-insalubridade>. Acesso em: 16 nov. 2020. Aréaseg. Disponível em: <http://www.areaseg.com/nrindex/nr-15.html>. Acesso em 16 nov. 2020. AREOSA, J. Riscos acidentes d trabalho: inevitável fatalidade gestão negligente? Sociedade e Trabalho nº 19/20, 2003. BARROS, A. J. S., et al. Fundamentos de metodologia científica. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. BRASIL. 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Tecnologias consagradas de gestão de riscos. 9 São Paulo: Série Risk ( Impresso por mishell santos, E-mail scr726457@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 13/01/2023 08:20:18 ) ENNES, A. A., et l. Avaliação da insalubridade em presa metalúrgi de tubulação. E s & Engenharia v. 9, 25, 13 2019. GIDDENS A. O mundo na era da globalização. Lisboa: Editorial Presença, 2000. MANCUSO, R. C. Ação Civil Pública Trabalhista: análise de alguns ponto controvertidos. Revista do Ministério Público do Trabalho, Brasília, LTr., Ano 12, 1996. MARTINS, S. P. Comentários à CLT. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2008. MARTINS, S. P. Direito do Trabalho. 24a ed. São Paulo: Atlas, 2008. OLIVEIRA, J. C. Segurança saúde trabalho: questão mal compreendida. São Paulo Perspec., São Paulo 17, n. 2, p. 03-12, June 2003. 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