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Resumo – Poder Judiciário O que singulariza o Poder Judiciário é a capacidade de prolatar decisão autônoma, de forma autorizada e, por isso, vinculante, em casos de direitos contestados ou lesados. Sistema Inglês de Jurisdição – Apenas o Judiciário faz coisa julgada material. o Princípio da inafastabilidade de Jurisdição – “A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.” Jurisdição Secundária – Primariamente, deveria ser resolvido pelas partes em litígio. Instrumental – Instrumento do qual se vale o direito para impor-se a todos. Desinteressada – Não cede interesses de nenhuma das partes litigantes. Provocada – NÃO age de ofício. Princípio da Inércia. Estado Social – Visa garantir o “mínimo existencial”. Estado Constitucional – Controle de constitucionalidade. Estrutura do Poder Judiciário Supremo Tribunal Federal; Conselho Nacional de Justiça; Superior Tribunal de Justiça; Tribunal Superior do Trabalho; Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; Tribunais e Juízes do Trabalho; Tribunais e Juízes Eleitorais; Tribunais e Juízes Militares; Tribunais e Juízes dos Estados e do DF e Territórios. STF – Órgão de cúpula, exercendo, simultaneamente, as funções de Corte Constitucional e de Órgão máximo. Abaixo do STF estão os Tribunais Superiores: STJ -> TST -> TSE -> STM Justiça Comum – Abrange a Justiça Estadual (Tribunais de Justiça – TJ’s e Juízes de Direito) e a Justiça Federal (TRF’s e Juízes Federais). Justiça Especial – Justiça do Trabalho, Eleitoral e Militar. STF e Tribunais Superiores (STJ, TSE, TST, STM) Sede em Brasília e jurisdição em todo o território nacional. STF E STJ – ÓRGÃOS DE SUPERPOSIÇÃO Suas decisões se sobrepõem às proferidas pelos Órgãos inferiores da Justiça comum e especial. *Tribunais superiores não incluem o STF. * STJ não integra nenhuma justiça (comum ou especial). * Juiz singular é um órgão do Judiciário. CNJ integra a estrutura do Judiciário mas não exerce função jurisdicional. Juizados especiais Juízes togados, ou togados e leigos; Conciliar, julgar, executar as causas cíveis de menor complexidade; Infrações penais de menor potencial; Procedimento oral; Recursos por turmas de Juízes de 1º grau. Justiça da paz Remunerada; Composta por cidadãos eleitos pelo voto; Mandato de 04 anos; Celebrar casamentos; Atribuições conciliatórias; Sem caráter jurisdicional. Garantias do Poder Judiciário Constitui crime de responsabilidade do Presidente da República os atos que atentam contra o livre exercício do Poder Judiciário; Vedação de que medida provisória ou lei delegada disciplina as garantias dos magistrados; Autonomia organizacional e administrativa; Autonomia financeira. Garantias funcionais Vitaliciedade – Necessária decisão judicial definitiva para perda do cargo. EXCEÇÃO é a determinação pelo SF, no caso de crime de responsabilidade cometido pelos Ministros do STF ou pelos membros do CNJ. o Garantida após 02 anos de exercício. Inamovibilidade – Impede que um Juiz seja removido de um cargo para outro, salvo motivo de interesse público. o Para isso, será necessária decisão por maioria absoluta do Tribunal ou do CNJ, sendo assegurada ampla defesa. Irredutibilidade de Subsídios – Proteger a remuneração dos juízes contra qualquer tipo de retaliação pelo Executivo ou Legislativo. A proteção se limita ao valor nominal e não ao valor real, ou seja, não estão protegidos contra os efeitos inflacionários. Vedação aos Magistrados Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; Dedicar-se à atividade político-partidária; Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos 03 anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. Essa vedação é chamada de “Quarentena de saída”. O estatuto da Magistratura O poder judiciário deverá ser organizado com base no Estatuto da Magistratura, o qual deve ser estabelecido por meio de lei complementar, de iniciativa do STF. Entretanto, até o momento essa lei complementar não foi editada. Ingresso na Carreira Concurso público de provas e títulos; Participação da OAB; O cargo inicial é de Juiz- Substituto; Bacharel em direito e, no mínimo, 03 anos de atividade jurídica. Promoção A promoção na carreira da magistratura será de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento, atendidas as seguintes regras: Promoção obrigatória do juiz que figurar por 03 vezes consecutivas ou 05 alternadas em lista de merecimento; Promoção por merecimento com requisitos de 02 anos de exercício na respectiva entrância e integrar, o juiz, o primeiro quinto da lista de antiguidade desta, salvo se não houver, como tais requisitos, quem aceite o lugar vago; Aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição; Na apuração por antiguidade, o Tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se até a indicação; Não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão. Estrutura remuneratória O subsídio dos Ministros do STF é o teto remuneratório de toda a administração pública, nos diversos níveis federativos. O subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a 95% do subsídio mensal fixado para os Ministros do STF; O subsídio dos demais magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a 10% ou inferior a 5%, nem exceder a 95% do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores. *** A constituição estabelece que o limite remuneratório, no âmbito do poder judiciário estadual, será o subsídio dos Desembargadores do TJ, limitado a 90,25% do subsídio mensal dos Ministros do STF. Entretanto, o STF entendeu, apoiado no princípio da isonomia, que o limite de 90,25% do subsídio mensal dos Ministros do STF não se aplica aos membros da magistratura estadual. *** Remoção, Disponibilidade e Aposentadoria compulsória Decisão de maioria absoluta dos membros do respectivo Tribunal ou CNJ, assegurada ampla defesa. Aposentadoria Regime próprio de previdência social dos servidores públicos. Residência na Comarca O juiz residirá na respectiva comarca, SALVO autorização do tribunal. Julgamentos do Poder Judiciário Públicos; Decisões fundamentadas; Decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública. o Decisões de natureza disciplinar serão tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros. Ininterruptabilidade de Jurisdição Maior celeridade processual; São vedadas as férias coletivas nos juízos e tribunais de 2º grau; A decisão que considera indevida a existência de férias coletivas para servidores de Tribunal de Justiça de 2º grau é compatível com a CF/88; Órgão especial Poderá ser constituído apenas nos tribunais com número mínimo de 11 e o máximo de 25 julgadores. Na composição do órgão especial, metade das vagas deverá ser provida por antiguidade; a outra metade, por eleição ao plenário. “Quinto constitucional” TRFs e TJs uma parte das vagas será destinada a membros oriundos do MP e da Advocacia. 1/5 dos lugaresoriundos do MP e da Advocacia; o MP: + de 10 anos de carreira; o Advocacia: Notório saber jurídico, além de 10 anos de efetiva atividade profissional. Lista sêxtupla, a ser enviada ao TJ. Recebidas as indicações, o TJ formará lista tríplice, que será enviada ao Poder Executivo, que, nos 20 dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para a nomeação. A regra do “quinto constitucional” também se aplica ao TST e aos TRTs; TRF, TJ’s, TST E TRT. O STF não observa a regra do “quinto constitucional”. O Presidente da República tem total liberdade para indicar os membros do STF. TSE e os TRE’s também não observam o “quinto constitucional”. Não há representantes do MP, apenas da Advocacia. STM também não observa o “quinto constitucional”. CNJ Órgão de controle interno do Poder Judiciário; Caráter exclusivamente administrativo; NÃO EXERCE função jurisdicional; Em razão do Poder Judiciário ter caráter unitário e nacional, o STF considera inconstitucional a criação, por Constituição Estadual, de órgão de controle administrativo do judiciário do qual participem representantes de outros poderes ou entidades (SV 649). Isso porque o controle administrativo, financeiro e disciplinar de toda a Justiça, inclusive a Estadual, cabe ao CNJ. Composição Compõe-se de 15 membros com mandato de 02 anos, admitida uma recondução; o O Presidente do STF; o Um Ministro do STJ, indicado pelo respectivo Tribunal; o Um Ministro do TST, indicado pelo respectivo Tribunal; o Um Desembargador de TJ, indicado pelo STF; o Um Juiz Estadual, indicado pelo STF; o Um Juiz de TRF, indicado pelo STJ; o Um Juiz Federal, indicado pelo STJ; o Um Juiz de TRT, indicado pelo TST; o Um Juiz do Trabalho, indicado pelo TST; o Um membro do MPU, indicado pelo PGR; o Um membro do MPE, escolhido pelo PGR dentre os nomes indicados pelo Órgão competente de cada instituição estadual; o Dois Advogados, escolhidos pelo Conselho Federal da OAB; o Dois Cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados pela Câmara dos Deputados e outro pelo SF. O CNJ é presidido pelo Presidente do STF e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do STF (mesmo sem participar do CNJ). O Presidente do STF pelo simples fato de ser Presidente do STF, já é automaticamente Presidente do CNJ. Os demais membros do CNJ serão escolhidos pelo Presidente da República, depois de aprovada por maioria absoluta do SF. Não efetuadas, no prazo legal, compete ao STF escolher. Ministro do STJ – Função de Ministro-Corregedor, excluído da distribuição de processos no Tribunal. Recebe as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos Magistrados e aos serviços judiciários; Exerce as funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; Requisitar e designar magistrados, delegando-lhes, inclusive nos Estados, DF e Territórios. Junto ao CNJ, oficiarão o PGR e o Presidente da OAB. Quem julga os membros do CNJ? Crimes de responsabilidade – SF; Crimes comuns – Cada membro será julgado de acordo com sua origem. Ex: Ministros dos Tribunais Superiores serão julgados pelo STF. Competências Exerce o controle interno do Poder Judiciário e, nesse sentido, é responsável pelo controle administrativo, financeiro e disciplinar. No entanto, sua competência não alcança o STF. Pode apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou Órgãos do Poder Judiciário. NÃO PODERÁ o CNJ examinar os efeitos de ato de conteúdo jurisdicional emanado do Poder Judiciário. O CNJ não realiza controle de constitucionalidade de atos administrativos, mas apenas controle de legalidade destes. O CNJ não pode anular um ato administrativo por considera-lo inconstitucional. O que pode fazer é anular um ato administrativo que tenha fundamento em lei inconstitucional. O controle incidental de constitucionalidade feito pelo CNJ incide na lei (e não no ato administrativo). A competência correicional e disciplinar é concorrente entre os Tribunais e o CNJ. Nesse sentido, o STF considera que “não há necessidade de exaurimento de instância administrativa ordinária para a atuação do CNJ”. Crimes contra a administração pública ou de abuso de autoridade, terá o dever de representar ao MP. Os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há pouco tempo (menos de 01 ano) poderão ser revistos pelo CNJ. Possui competência para elaboração de relatórios estatísticos a respeito de processos e sentenças, bem como sobre a situação do Poder Judiciário e a atuação do próprio Conselho. STF – Somos um Time de Futebol - 11 11 Ministros; + de 35 e - de 65 anos; Notável saber jurídico e reputação ilibada; Brasileiro nato. O Presidente indica o ministro, o senado aprova ou não a escolha, por maioria absoluta dos seus membros. Competências Originárias Processar e julgar, originariamente: o A ação direta de inconstitucionalidad e de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade; o Nas infrações penais comuns, O Presidente da República, o Vice, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o PGR; o Nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros do Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército, da Aeronáutica, os membros dos TS, os TCU e os chefes de missões diplomáticas de caráter permanente. o HC, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o MS e o HD contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos deputados e do Senado Federal, do TCU, do PGR e do próprio STF. o O Litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, DF, ou o Território; O MS e HD contra ato praticado por Tribunal é sempre impetrado no próprio Tribunal. Por exemplo, o MS contra ato do STJ será impetrado no próprio STJ. No HC é diferente. HC praticado por tribunal será impetrado sempre na instância imediatamente acima. STJ – Somos Todos de Jesus - 33 É o “guardião” da unidade do direito federal, buscando uniformizar a interpretação da legislação federal. No MÍNIMO 33 Ministros; Nomeados pelo Presidente da República; o Após aprovação por maioria absoluta do SF. + de 35 e – de 65; Natos ou naturalizados; Notável saber jurídico e reputação ilibada; Composição 1/3 dos membros devem ser nomeados entre Desembargadores dos tribunais de Justiça; 1/3 dos membros devem ser nomeados, em partes iguais, dentre Advogados e membros do MP Federal, Estadual, DF e Territórios, alternadamente. Assim 1/6 dos membros são representantes da Advocacia e 1/6 do MP; A OAB e o MP deverão formar lista sêxtupla com os nomes dos indicados para a vaga. No processo de escolha dos Ministros do STJ, cabe ao próprio STJ elaborar lista tríplice com indicações que sejam oriundos dos TRF’s e dos TJ’s. A lista é encaminhada ao Presidente da república, que selecionará aquele que será nomeado, após aprovação do SF. Funcionarão, junto ao STJ, a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (ENFAM) e o Conselho de Justiça Federal (CJF). Competências Originárias Processar e julgar, originariamente: Nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do DF, e, nestes e nos crimes de responsabilidade, os desembargadores dos TJ dos estados e do DF, os membros dos TCE e do DF, os dos TRF, dos TRE e TRT, os membros dos Conselhos ou TC dos municípios e os do MPU que oficiem perante Tribunais; Crimes comuns – STJ – Governadores; Crimes de responsabilidade – Tribunal Especial (5 membros do legislativo estadual e 5 desembargadores do TJ) - Cometidos por Governadores. MS e o HD contra ato de Ministro de Estado, dos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; HC, quando coator oupaciente for qualquer das pessoas do 1º tópico, ou quando o coator for Tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro do Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça eleitoral; Ministros e Comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica Autoridades coatoras – STJ; Pacientes – STF. [...] TRF Compõem-se de, no mínimo, 7 juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeado pelo Presidente da República. + de 30 e – de 65 anos; 1/5 dentre advogados com + de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do MP com + de 10 anos de carreira; 4/5, mediante promoção de juízes federais com + de 5 anos de exercício, por antiguidade e merecimento; Anotações Vitaliciedade – 2 anos de exercício. Nos casos de vaga pelo “quinto constitucional” a vitaliciedade é obtida no momento da posse.
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