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Morfologia e estruturas bacterianas Como a diferenciação de bactérias em gram positivas e gram negativas podem contribuir para direcionar o tratamento de uma infecção bacteriana? -O que são as bactérias? -Por que devemos estudar as bactérias? -Quais são as características de uma célula procariota? -Todas as bactérias tem o mesmo tamanho? -Qual é a morfologia das bactérias? -Como elas se locomovem? Morfologia da célula bacteriana Procarioto Eucarioto DNA = cromossomo circular não envolvido por membrana DNA não associado a histonas Não possuem organelas revestidas por membranas Parede celular = peptideoglicana Reprodução: Fissão binária DNA = separado do citoplasma por membrana nuclear, associado a proteínas(histonas e não-histonas) Organelas revestidas por membranas: mitocôndrias, RE, CG, lisossomos(vegetais: cloroplastos) Parede celular quimicamente simples presente apenas nos vegetais: celulose Reprodução: mitose –fuso mitótico organizado por centríolos CÉLULA PROCARÓTICA VS. CÉLULA EUCARIÓTICA Morfologia = forma celular BACTÉRIAS São células procariontes, constituindo os menores seres vivos e os mais simples estruturalmente, embora complexos e diversificados do ponto de vista bioquímico e metabólico. BACTÉRIAS Tamanho FORMA E ARRANJO Cocos, bacilos e espiral FORMA E ARRANJO Cocos (formas esféricas): são redondos ou ovais, homogêneo em relação a tamanho, sendo células menores (0,8 a 1,0 µm). Diplococos – aos pares Estreptococos - cadeia Estafilococos - cachos Sarcina – grupos cúbicos FORMA E ARRANJO Bacilos ou bastonetes FORMA E ARRANJO FORMA E ARRANJO Bacilos ou bastonetes FORMA E ARRANJO Bacilos ou bastonetes FORMA E ARRANJO Espirilos e espiroquetas CITOLOGIA Espirilos e espiroquetas CITOLOGIA Vibrião – Espirilos curtos, com forma de vírgula. Corynebacterium diphtheriae Forma da bactéria é determinada por hereditariedade Maioria = monomórfica alterações do meio podem levar a mudança na forma (dificulta identificação Pleomórficas (Rhizobium e Corynebacterium) CITOLOGIA Tamanho das bactérias As bactérias podem variar desde 0,2 μM até 700 μM Membrana plasmática e sua função em bactérias ESTRUTURAS BACTERIANA -MEMBRANA PLASMÁTICA - Composição: fosfolipídeos (sem esteróis ou carboidratos diferente da eucariótica) exceção: Mycoplasma Menos rígida MEMBRANA CITOPLASMÁTICA Separa o meio interno (citoplasma) do externo Bicamada lipídica e proteínas imersas Manutenção da integridade celular Não apresentar esteróis em sua composição MEMBRANA CITOPLASMÁTICA MEMBRANA CITOPLASMÁTICA Funções: Permeabilidade seletiva Produção de energia por transporte de elétrons Biossíntese Secreção de enzimas hidrolíticas Mesossomos – Auxílio na divisão celular Função da membrana plasmática em bactérias -âncora para proteínas -Sistema de transporte Transporte simples Translocação de grupos Transporte ABC Difusão simples Difusão facilitada Transporte ativo Osmose Por que as bactérias precisam de uma parede celular? -Alta concentração de solutos -definição de forma -rigidez Parede celular dos procariotos Composição: rede molecular peptideoglicano: NAG e NAM ligados um ao outro e formando uma fileira de dissacarídeos repetidos. Gram + (azul violeta)= ácidos teicóicos muitas camadas de peptideoglicano Gram – (vermelho ou rosa) = não possuem ácidos teicóicos, possuem uma ou poucas camadas de peptideoglicano, além de possuírem a camada de lipopolissacarídeo (LPS) e o periplasma. ESTRUTURAS EXTERNAS -PAREDE CELULAR - Composta por uma rede macromolecular de peptideoglicano, cuja parte sacarídica é constituída de dois, N-acetilglicosamina(NAG) e N-acetilmurâmico (NAM), ligados um ao outro e formando uma fileira de dissacarídeos repetidos. As fileiras adjacentes são ligadas por polipeptídeos e esses polipeptídeos, ainda, podem estar ligados a uma ponte interpeptídica em algumas espécies. As Gram positivas possuem ácidos teicóicos e muitas camadas de peptideoglicano, enquanto as Gram negativas não possuem ácidos teicóicos, possuem uma ou poucas camadas de peptideoglicano, além de possuírem a camada de lipopolissacarídeo (LPS) e o periplasma. 35 PAREDE CELULAR Camada rígida Peptideoglicano Polissacarídeos – N-acetilglicosamina e ácido N-acetilmuramico Alguns aminoácidos Devido as propriedades da parede celular, as bactérias podem ser divididas em dois grandes grupos: GRAM POSITIVAS e GRAM NEGATIVAS, de acordo com a sua resposta à coloração de GRAM. As bactérias podem ser dividas em dois grupos baseado na composição das suas paredes -Gram positivas - Gram negativas A coloração Gram foi desenvolvida pelo fisiologista dinamarquês, Hans Christian Gram, enquanto trabalhava em Berlim em 1883. Ele publicou o processo em 1884. Seu primeiro estudo foi com tecido pulmonar de pacientes que tinham morrido com pneumonia Ingredientes da coloração de Gram Princípio da coloração de Gram COLORAÇÃO DIFERENCIAL- GRAM Diferenças na estrutura da parede celular das bactérias Gram (+) e Gram (-) Camada de peptideoglicano Cristal Violeta (CV) Iodo Mordente: Aumentam afinidade, espessamento Complexo Cristal Violeta- Iodo (Lugol)- CVI Características tintoriais COLORAÇÃO DE GRAM Álcool –Rompe a camada lipopolissacarídica –G(-) não retém CVI Contracoradas –Fucsina –Vermelhas Características tintoriais Gram Positivos X Gram negativos Gram + –Mais espessa e rígida –relativamente simples –Ausência de membrana externa Presença de proteínas, lipídeos e ácido teicóico Gram – –Menos espessa, mais complexa –Membrana externa Barreira seletiva Efeito tóxico Composição: fosfolipídios, lipoproteínas, lipopolissacarídeos (LPSs) CITOLOGIA PAREDE CELULAR GRAM + GRAM - CITOLOGIA PAREDE CELULAR GRAM + - Várias camadas de peptidioglicano (70-75%) Presença de ácidos teicóicos ou ácidos lipoteicócicos. CITOLOGIA PAREDE CELULAR GRAM - - Parede celular mais complexa A quantidade de peptidioglicano é menor Espaço periplasmático – Separa a membrana celular da membrana externa São mais susceptíveis à ruptura MEMBRANA EXTERNA: bicamada lipídica Bactérias Gram negativas – a membrana externa ou camada de lipopolissacarídeo CITOLOGIA PAREDE CELULAR Presença de LPS na membrana externa das bactérias GRAM - . Responsável por características antigênicas Química do lipopolissacarídeo Periplasma e porinas Enzimas presentes no periplasma -enzimas hidrolíticas -proteínas ligadoras -quimioreceptores Porinas CITOLOGIA PAREDE CELULAR GRAM - CITOLOGIA PAREDE CELULAR A presença da membrana externa das bactérias GRAM - auxilia: Evasão à ação das células fagocitárias; Barreira hidrofóbica adicional para penetração de substâncias como antibióticos. CITOLOGIA GRAM POSITIVA CITOLOGIA GRAM NEGATIVA O Peptidoglicano NAM = N-acetilmurâmico NAG = N-acetilglucosamina Ligações tipo β-1,4 Peptidoglicano de Gram Positivos – S. aureus Peptidoglicano de Gram Negativos – E. coli Peptidoglicano – ação da lisozima Fleming penicilina Qual a função do lipopolissacarídeo? Salmonella, Shigella e Escherichia Apresentam a membrana externa tóxica principalmente pela presença do LPS, associada ao Lipídeo A = termo referido como endotoxina A parede celular Gram positiva – ácido teicóicos Ácidos teicóicos -Compostos por glicerol-fosfato ou ribitol- fosfato -São covalentes ligados ao ácido murâmico do peptidoglicano -São estruturas eletronegativamente carregadas -Tem a função de aumentar a rigidez e ligar íons de cálcio e magnésio -Podem ser covalentemente ligados a lipídeos da membrana e são chamados assim de ácido lipoteicóicos Células que não tem paredes celulares - Micoplasmas Como elas podem sobreviver sem a parede celular? -Vivem em ambientes osmoticamente protegidos -presença de esteróides na membrana ESTRUTURAS EXTERNAS À PAREDE CELULAR -GLICOCÁLICE- Glicocálice = revestimentode açúcar, é um polímero viscoso e gelatinoso Polissacarídeo Polipeptídio Ambos Composição química varia de uma célula para outra Estruturas da superfície celular e inclusões Glicocálise: Cápsula e Camada viscosa - Composição: Glicocálise = revestimento de açúcar -Polissacarídeo , polipeptídeo ou ambos -Função Virulência e evasão do sistema imune Componente do biofilme = placa bacteriana Substância polimérica extracelular (SPE) Fixação em superfícies Fonte de nutrição = exemplo S. mutans Flagelo e locomoção O flagelo permite o movimento da bactéria por natação através de rotação e podem ser de vários tipos: ESTRUTURAS EXTERNAS À PAREDE CELULAR -FLAGELO- Longos apêndices filamentosos que propelem as bactérias = movimento Composto de 3 partes: filamento (flagelina, proteína tubular, formam hélice em torno de um centro oco) + alça + corpo basal (ancora o flagelo à MP) Corpo basal = haste inserida em uma série de anéis Gram - 2 pares de anéis, um externo ancorado a várias porções da parede celular e 1 interno ancorado à MP. Gram + somente par interno Monotríquio = 1 único flagelo polar Anfitríquio = um tufo de flagelos em cada extremidade da célula Lofotríquio = dois ou mais flagelos em um pólo da célula Peritríquio = flagelos distribuídos por toda a célula Bactérias com flagelos móveis = movimento Cada flagelo rotor que rota sobre o corpo basal no sentido horário e anti-horário = sentido do movimento À medida que os flagelos rotam feixe que empurra o líquido circundante e propele a bactéria Depende de geração contínua de energia pela célula Diferentes padrões de motilidade = altera velocidade e direção Corridas = nado + desvios Taxia + e - mensagem enviada aos flagelos (ex :quimiotaxia, fototaxia) ESTRUTURAS EXTERNAS À PAREDE CELULAR -FILAMENTOS AXIAIS- Exclusivos das espiroquetas conferem mobilidade exclusiva( Treponema pallidum, Borrelia burgdorferi) Feixes de fibrilas que se originam nas extremidades da célula sob uma bainha externa e fazem espiral em torno da célula Rotação dos filamentos produz um movimento na bainha externa que impulsiona as bactérias em forma de espiral) Permite que essas bactérias se movam efetivamente pelos fluidos corporais ESTRUTURAS EXTERNAS À PAREDE CELULAR -FIMBRIAS - Grans – proteina denominada pilina, distribuída de modo helicoidal em torno de um eixo central apêndices semelhantes a pelos que são mais curtos, retos e finos que os flagelos usados para fixação Polos ou distribuídos em toda a superfície aderência biofilmes Virulência ex: N. gonorrhoeae, auxiliar a colonizar mucosas apenas cepas com fímbria causam doença ESTRUTURAS EXTERNAS À PAREDE CELULAR -PILI - Grans – proteina denominada pilina, distribuída de modo helicoidal em torno de um eixo central, mais longos Apenas 1 ou 2 por célula Mobilidade por translocação (Pseudomonas aeruginosa, Neisseria gonorrhoeae e algumas linhas de E. coli.) Mobilidade por deslizamento(ambientes com baixo conteudo de agua biofilmes e o solo.) Conjugação bacteriana pili sexuais (novas funções à molécula receptora) NUCLEÓIDE DNA Bacteriano Dupla hélice circular DNA circular menor que o cromossomo Autoduplicação independente da replicação cromossômica PLASMÍDIO RIBOSSOMOS Síntese proteíca CS: 70S (30S e 40 S) Grânulos – Reserva de substâncias Vacuólos – Procariótos que flutuam em lagos ou mares GRÂNULOS E VACUÓLOS ENDÓSPOROS Formado por algumas bactérias GRAM positivas Gênero Bacillus e Clostridium Resposta à uma condição desfavorável do meio ambiente Processo de formação de esporos: Esporogênese Células diferenciadas – altamente resistentes ao calor, agentes químicos e radiação Estrutura de sobrevivência Forma de dispersão ENDÓSPOROS Endósporos São estruturas formadas durante o processo de esporulação São células especializadas altamente resistentes ao calor, dessecação, produtos químicos e radiação Pode se dizer que as bactérias podem ter um ciclo de vida: Célula vegetativa endósporos célula vegetativa Podem ser dispersas pelo vento, água e geralmente são encontradas no solo Endósporos -são estruturas comuns em bactérias Gram positivas dos gêneros Bacillus e Clostridium A bactéria Gram negativa Coxiella burnetti também foram estruturas semelhantes a endósporos Estrutura dos endósporos - O cerne do endósporo é altamente desidratado e dormente -Rico em ácido dipicolínico e cálcio = cuja função é auxiliar na germinição -Rico em SASP (small acid-soluble proteins) = proteger o DNA e reserva de energia Variação na morfologia dos endosporos
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