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Estatuto dos Servidores de Minas Gerais

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ANOTAÇÕES ESTATUDO DE MIMAS GERAIS
A LEI COMPLETAR N 869/1952 É APLICADA:
· Servidores estatutários da administração direta estadual
· Servidores das autarquias e fundações estaduais
· Ao MP e ao Magistério
· A LEI COMPLETAR N 869/1952 NÃO É APLICADA:
· Aos empregados públicos estaduais, que são registrados pelas disposições da CLT
· Aos servidores públicos da UNIÃO, DF E MUNICÍPIOS
· AO MILITARES
Preâmbulo
· O Preâmbulo é apenas e tão somente uma nota de introdução de um documento que vai criar direitos e obrigações
· O Preâmbulo é um elemento formal desprovido de eficácia jurídica, segundo o STF.
· Segundo a Constituição Federal (CF), que é a lei maior, o Estado é laico, ou seja, o Brasil não tem uma religião oficial.
TÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º – O Estado de Minas Gerais integra, com autonomia político-administrativa, a República Federativa do Brasil.
· O Estado de Minas Gerais, assim como os demais Estados membros, fazem parte de um bloco federativo, onde a Federação tem como marca um pacto indissolúvel dos Estados, Distrito Federal (DF) e Municípios.
· A FEDERAÇÃO é uma forma de Estado que, na CF brasileira, é marcada pelo pacto indissolúvel.
· 1º – Todo o poder do Estado emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição da República e desta Constituição.
O poder exercido pelos representantes é a forma indireta do modelo democrático e, quando exercido pelo povo, é direto. 
Esta é a definição do regime de governo que é classificado como de democracia semidireta: ora decide o povo, ora decidem os representantes.
§ 2º – O Estado se organiza e se rege por esta Constituição e leis que adotar, observados os princípios constitucionais da República.
	O Estado de Minas Gerais, como um ente federativo, tem autonomia de se organizar pela sua Constituição e pelas suas leis, possui autonomia administrativa, autonomia política.
Dos Objetivos: QP
Art. 2º – São objetivos prioritários do Estado:
I – garantir a efetividade dos direitos públicos subjetivos;
II – assegurar o exercício, pelo cidadão, dos mecanismos de controle da legalidade e legitimidade dos atos do Poder Público e da eficácia dos serviços públicos;
III – preservar os valores éticos;
IV – promover a regionalização da ação administrativa, em busca do equilíbrio no desenvolvimento das coletividades;
V – criar condições para a segurança e a ordem públicas;
VI – promover as condições necessárias para a fixação do homem no campo;
VII – garantir a educação, o acesso à informação, o ensino, a saúde e a assistência à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
VIII – dar assistência ao Município, especialmente ao de escassas condições de propulsão socioeconômica;
IX – preservar os interesses gerais e coletivos;
IX – preservar os interesses gerais e coletivos;
XI – desenvolver e fortalecer, junto aos cidadãos e aos grupos sociais, os sentimentos de pertinência à comunidade mineira em favor da preservação da unidade geográfica de Minas Gerais e de sua identidade social, cultural, política e histórica;
XII – erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades sociais e regionais.
Todos os objetivos começam com verbos no infinitivo, como indicativo de AÇÃO, como indicativo de que a implementação e políticas públicas devem ser executadas para atingir essas metas.
	Obs.: Os objetivos são denominados NORMAS PROGRAMÁTICAS que são metas para o futuro
Do desmembramento do Estado
Art. 3º – O território do Estado somente será incorporado, dividido ou desmembrado, com aprovação da Assembleia Legislativa.
Regras da CF para criação, desmembramento ou divisão do Estado (art. 18, § 3º da CF):
· Ouvir a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (parecer opinativo). Art. 48, da CF;
· Plebiscito popular: se positivo (não vincula o Congresso Nacional), se negativo (vincula o Congresso Nacional);
· Edição de Lei Complementar Federal.
TÍTULO II 
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Art. 4º – O Estado assegura, no seu território e nos limites de sua competência, os direitos e garantias fundamentais que a Constituição da República confere aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País.
 § 1º – Incide na penalidade de destituição de mandato administrativo ou de cargo ou função de direção, em órgão da administração direta ou entidade da administração indireta, o agente público que deixar injustificadamente de sanar, dentro de noventa dias da data do requerimento do interessado, omissão que inviabilize o exercício de direito constitucional.
 § 2º – Independe do pagamento de taxa ou de emolumento ou de garantia de instância o exercício do direito de petição ou representação, bem como a obtenção de certidão para a defesa de direito ou esclarecimento de situação de interesse pessoa.
 
Nas repartições públicas o cidadão pode solicitar uma Certidão ou fazer uma Petição na forma de uma representação, na forma de uma reclamação. Se é na vida administrativa, nos órgãos, nas autarquias, nas empresas públicas, de economia mista de Minas Gerais, independe do pagamento de taxas, há gratuidade. 
Os Cartórios não são órgãos da Administração Pública, não é uma entidade da Administração Pública Indireta de Minas Gerais –Cartório exerce uma atividade de serviço público por delegação e, por essa razão, os serviços de Cartório são cobrados porque pertencem à iniciativa privada.
§ 3º – Nenhuma pessoa será discriminada, ou de qualquer forma prejudicada, pelo fato de litigar com órgão ou entidade estadual, no âmbito administrativo ou no judicial.
 § 4º – Nos processos administrativos, qualquer que seja o objeto e o procedimento, observar-se- -ão, entre outros requisitos de validade, a publicidade, o contraditório, a defesa ampla e o despacho ou a decisão motivada. 
§ 5º – Todos têm o direito de requerer e obter informação sobre projeto do Poder Público, a qual será prestada no prazo da lei, ressalvada aquela cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
A regra é a PUBLICIDADE, a regra é dar publicidade a todos os atos do governo de Minas Gerais, porém, se o assunto envolver segurança da sociedade e do próprio Estado, surge o SIGILO como via de exceção.
Sobre o direito de REUNIÃO há pré-requisitos (art. 5º, inciso XVI da CF):
• Para fins pacíficos. 
• Sem a presença de arma. 
• Independe de autorização. 
• Exige um prévio aviso à autoridade competente. 
O STF julgou recentemente que esse pré-aviso não precisa ser formal por meio de um requerimento. Esse pré-aviso não é obrigatório porque as manifestações que são espontâneas ou aquelas que são, amplamente, divulgadas, nas redes sociais já asseguram o direito de reunião. A liberdade da expressão do pensamento também garante o direito de reunião sem prévio aviso.
Caso não tenha sido feito o pré-aviso formal e, ao chegar ao local, outra reunião, marcada para o mesmo dia, local e horário, cuja pessoa tenha feito o prévio aviso, ela terá preferência. A CF exige o prévio aviso, mas o STF considerou que esse pré-aviso não é obrigatório, não precisa ser formal. A divulgação nas redes sociais já é suficiente.
Direitos do preso
Art. 4º (...) § 7º – Ao presidiário é assegurado o direito a: 
I – assistência médica, jurídica e espiritual;
 II – aprendizado profissionalizante e trabalho produtivo e remunerado.
O STF considerou constitucional o pagamento de ¾ do salário mínimo para o presidiário e que isso não fere a disposição constitucional quanto a ninguém poder receber remuneração inferior a um salário mínimo.
Para ter esse direito, o preso não precisa ter contribuído. A destinação desses ¾ do salário mínimo podem ser para a família do preso, para pagar alguma indenização, conforme previsto nas legislações específicas. 
Essa é uma prestação que o preso faz para obter uma redução da pena: o preso, a cada 3 dias de trabalho, reduz um dia da pena. O fato dele exercer uma atividade laboral dentro do sistema penitenciário e receber importância inferior a um salário mínimo, não ofende a CF.
 O mesmo ocorre com os recrutas em serviço obrigatório: segundo a SúmulaVinculante n. 6, o valor pago aos recrutas, abaixo do salário mínimo, não ofende a CF porque se trata de uma obrigação legal e a todos imposta.
III – acesso a notícia divulgada fora do ambiente carcerário;
O preso tem o direito de se manter informado. Cabe à organização do presídio trazer essas informações para o detento.
IV – acesso aos dados relativos à execução da respectiva pena; 
V – creche ou outras condições para o atendimento do disposto no art. 5º, inciso L, da Constituição da República.
 Às presidiárias é assegurado o direito de permanecer com os seus filhos durante o período da amamentação.
§ 8º – É passível de punição, nos termos da lei, o agente público que, no exercício de suas atribuições e independentemente da função que exerça, violar direito constitucional do cidadão.
Da vedação: QP
I – estabelecer culto religioso ou igreja, subvencioná-los, embaraçar--lhes o funcionamento ou manter com eles ou com seus representantes relações de dependência ou de aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II – recusar fé a documento público;
 III – criar distinção entre brasileiros ou preferência em relação às demais unidades e entidades da Federação.
CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Art. 6º – São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
Parágrafo único. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, é vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuição e, a quem for investido na função de um deles, exercer a de outro.
Na União, o Poder Executivo é representado pela presidência da República, nos Estados e DF, pelas Governadorias e, nos Municípios, pelas prefeituras.
O Poder Legislativo é representado na União pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, que formam o Congresso Nacional;
nos Estados, pela Assembleia Legislativa; no DF, pela Câmara Legislativa e, nos Municípios, pela Câmara Municipal.
O Poder Judiciário está presente na União e nos Estados. Não há uma autonomia de organização judiciária no DF e nos Municípios porque, no DF, quem organiza e mantém o Judiciário é a União e, nos Municípios, quem organiza o Judiciário é o respectivo Estado.
Dos símbolos e da capital
Art. 7º – São símbolos do Estado a bandeira, o hino e o brasão, definidos em lei;
Art. 8º – A cidade de Belo Horizonte é a Capital do Estado.
Seção II Da Competência do Estado
É a denominada competência residual ou remanescente.
Art. 10 – Compete ao Estado:
 I – manter relações com a União, os Estados Federados, o Distrito Federal e os Municípios; 
II – organizar seu Governo e Administração; 
III – firmar acordo, convênio, ajuste e instrumento congênere; 
IV – difundir a seguridade social, a educação, a cultura, o desporto, a ciência e a tecnologia; 
V – proteger o meio ambiente;
 VI – manter e preservar a segurança e a ordem públicas e a incolumidade da pessoa e do patrimônio;
 VII – intervir no Município, nos casos previstos nesta Constituição
VIII – explorar diretamente ou mediante concessão os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei;
 IX – explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços de transporte rodoviário estadual de passageiros e de transporte aquaviário que não transponham os limites de seu território, e diretamente, ou mediante concessão, permissão ou autorização, a infraestrutura e os serviços de transporte ferroviário que não transponham os limites de seu território;
 X – instituir região metropolitana, aglomeração urbana e microrregião; 
Região metropolitana é da competência do Estado.
Obs.: Cabe ao Município criar o Distrito.
Procedimento sobre Direito Processual é o Inquérito policial com competência da União (Polícia Federal) e dos Estados (Polícia Civil). Legislar sobre Direito Processual Civil ou Penal é competência somente da União
A Previdência Social existe na União e no Estado e, por essa razão, é concorrente, mas a Seguridade Social é privativa da União.
A União faz a norma geral e o Estado faz a norma específica. Se a União não faz a norma geral, o Estado suplementa a lei federal. Por exemplo: está valendo a lei do Estado e, posteriormente, vem a União e faz a norma geral, mas, da forma como foi feita, conflitou com 3 artigos da lei do Estado – esses 3 artigos ficam suspensos nos seus efeitos. A lei federal NÃO PODE revogar a lei estadual porque caracterizaria intervenção federal, que não pode ocorrer porque não tem amparo na Constituição Federal (CF), seria invasão de competências.
É bem do Estado o que não for da União. O que não for da União, é bem do Estado. Se o rio nasce e morre dentro do próprio Estado, ele é bem do próprio Estado. Se o rio corta mais de um Estado ou faz fronteira com outros países, é bem da União.
Seção IV Da Administração Pública
 Art. 13 – A atividade de administração pública dos Poderes do Estado e a de entidade descentralizada se sujeitarão aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e razoabilidade.
Na LEGALIDADE só se faz o que a lei permite.
Na IMPESSOALIDADE os agentes não podem buscar sua autopromoção. 
Na MORALIDADE os agentes devem atuar com ética, honestidade, boa-fé.
Na PUBLICIDADE, os atos devem ser divulgados no Diário Oficial, nos sites oficiais.
 Na EFICIÊNCIA busca-se a economicidade para a administração e a celeridade da prestação do serviço. 
Na RAZOABILIDADE, as medidas das penalidades que serão aplicadas devem ser as estritamente necessárias para inibir novas infrações. Por exemplo, um servidor de Minas Gerais cometeu uma infração que a lei manda punir com uma advertência, mas no processo administrativo ele é punido com demissão. Isso não é razoável, isso não é proporcional. A punição deve ser na dose certa.
 A RAZOABILIDADE também pode ser entendida como duração de processos porque a CF já estabelece em seu texto que “a todos em processo administrativo judicial é assegurada a duração razoável dos processos”.
Da administração direta 
Art. 14 – Administração pública direta é a que compete a órgão de qualquer dos Poderes do Estado.
Da administração indireta 
§ 1º – Administração pública indireta é a que compete: 
I – à autarquia, de serviço ou territorial; 
II – à sociedade de economia mista; 
III – à empresa pública; 
IV – à fundação pública;
 V – às demais entidades de direito privado, sob controle direto ou indireto do Estado.
É essa estrutura que vai executar os serviços públicos. O Estado de Minas Gerais vai se desconcentrar ou vai se descentralizar criando as estruturas da Administração Direta ou da Administração Indireta.
Quando o Estado de Minas Gerais quer manter, sob a sua responsabilidade, a prestação de serviço, ele vai se DESCONCENTRAR, o que significa distribuição interna de competências e criação de um órgão público. Esse órgão público não possui personalidade jurídica. Quando o órgão público comete irregularidades na prestação do serviço, é o Estado de Minas Gerais que assumirá toda a responsabilidade que exerce o poder hierárquico sobre esses órgãos.
Quando o Estado de Minas Gerais quer se livrar da responsabilidade, ele desloca o centro, ou seja, ele DESCENTRALIZA a atividade, que consiste na distribuição externa de competência, e cria uma entidade administrativa: autarquia, fundação pública, empresa pública ou uma sociedade de economia mista. O Estado de Minas Gerais faz uma outorga legal: faz um Projeto de Lei para criar ou autorizar a criação de uma nova personalidade jurídica e todas as entidades possuem personalidade jurídica.
A lei que cria uma autarquia ou autoriza uma empresa pública transfere para ela a titularidade, ela passa a ter autonomia para decidir porque quem tem autonomia não é subordinado, não tem poder hierárquico, mas se submete ao controle finalístico, se submete à supervisão das secretarias estaduais, se submete à tutela ao controle externo, tem que prestar contas aos tribunais de contas ou estão vinculadas a um órgão público, mas nunca subordinadas.
É assim que surge a estrutura da administração pública, DIRETA e INDIRETA.
Toda essa estrutura criada peloEstado mineiro tem a missão de executar o serviço público em prol de toda a coletividade, que pode ser executado de maneira direta ou de maneira indireta.
Da lei específica
Este inciso entra em conflito com a CF, mas como não foi declarado inconstitucional pelo STF, no gabarito para a prova vale o que está determinado na lei.
 A criação de subsidiárias, segundo a CF, basta apenas que sejam autorizadas por lei, mas não exige que a lei seja uma lei específica. A lei que autoriza a criação de uma subsidiária, que é uma filial, pode tratar de outros assuntos, segundo a CF.
 Este inciso estabelece que, tanto a criação da entidade matriz da empresa pública de economia mista quanto da subsidiária, precisa de lei específica. Segundo a Constituição do Estado de Minas Gerais, a criação de subsidiárias não pode ser por uma lei genérica, deve ser por uma lei específica. A lei genérica pode tratar de vários assuntos e a lei específica somente para aquele assunto. Como não existe uma declaração formal de inconstitucionalidade, preserva-se este dispositivo
Obs.: Segundo CF não é necessária lei específica.
As fundações de Minas Gerais mantidas pelo Estado de Minas Gerais são todas pessoas jurídicas de direito público, mas é possível a criação de fundações de direito privado, exceto em Minas Gerais, porque há a vedação na Constituição do Estado.
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
A lei que contraria a Constituição, porque a Constituição sofreu uma atualização posterior à edição da lei, estará automaticamente revogada no que for contrário. Por exemplo, a licença gestante: geralmente, as Constituições trazem o prazo de 120 dias, como consta na Constituição Federal (CF), e a Lei n. 8.112, a Lei do Servidor Público Federal, estabelece que o prazo é de 180 dias (120 dias prorrogáveis por mais 60 dias) – isso não é inconstitucional porque a lei garante os 120 dias e ainda permite uma prorrogação.
Seção V Dos Servidores Públicos
 Art. 20. A atividade administrativa permanente é exercida:
 I – na administração direta de qualquer dos Poderes, por servidor público ocupante de cargo público em caráter efetivo ou em comissão, por empregado público detentor de emprego público ou designado para função de confiança ou por detentor de função pública, na forma do regime jurídico previsto em lei;
Neste inciso há a figura do SERVIDOR PÚBLICO (estatutário ou no caso do cargo em comissão), aquele que ocupa cargo de provimento efetivo ou aquele que vai ocupar cargo em comissão e a figura do EMPREGADO PÚBLICO, que é regido pela CLT, que atuará na empresa pública e na sociedade de economia mista.
Os servidores, sejam eles concursados ou ocupantes de cargos em comissão, atuam nas autarquias, nas fundações públicas e nos órgãos públicos. Os empregados públicos atuam nas empresas públicas e nas sociedades de economia mista do Estado de Minas Gerais.
A Constituição de Minas Gerais prevê a possibilidade de um estrangeiro assumir um cargo público, sem estabelecer qual será esse cargo. Por simetria com a esfera federal, geralmente, professores nas universidades, cientistas, são cargos que podem ser providos por estrangeiros. Esta informação deve ser confirmada na lei que regulamenta o servidor público de Minas Gerais.
Da investidura em cargos públicos
§ 1º A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
O cargo em comissão é de livre nomeação e de livre exoneração e nem há que se falar em concurso público, em estágio probatório ou em estabilidade.
Prazo de validade
§ 2º O prazo de validade do concurso público é de até dois anos, prorrogável, uma vez, por igual período.
Do novo concurso
§ 3º Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o aprovado em concurso público será convocado, observada a ordem de classificação, com prioridade sobre novos concursados, para assumir o cargo ou emprego na carreira.
Do contrato temporário
Art. 22. A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público.
 Parágrafo único – O disposto neste artigo não se aplica a funções de magistério.
Contrato Temporário: 
• O acesso não é por concurso público. O acesso será por processo seletivo simplificado que não tem as mesmas regras que o concurso público. No concurso público o candidato aprovado dentro do limite de vagas tem o direito subjetivo de ser nomeado durante a validade do concurso. No processo seletivo simplificado não confere o direito de ser nomeado.
 • O tempo de serviço será contado pelo Regime Geral de Previdência Social. 
• Possui regime próprio de contratação que são as cláusulas do contrato. Não é correto afirmar que o servidor temporário é um servidor estatutário. Não é correto afirmar que o servidor temporário é um servidor celetista. Ele tem um regime jurídico próprio e os direitos e obrigações estão elencados nas cláusulas do próprio contrato temporário.
Da função de confiança
Há uma semelhança entre a função de confiança e o cargo em comissão e ambas servem para cargos de direção, chefia e assessoramento.
FUNÇÃO DE CONFIANÇA:
· EFETIVO
· DESIGNADO E ENTRA EM EXERCÍCIO
· DISPENSADO (pode acontecer no Boletim Interno do próprio órgão)
CARGO DE COMISSÃO
· EFETIVO/PARTICULAR (CONVIDADO)
· NOMEADO, PRAZO PARA TOMAR POSSE PARA DEPOIS ENTRAR EM EXERCÍCIO
· EXONERADO (deve aguardar a publicidade no Diário Oficial).
Art. 23. As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
1º Nas entidades da administração indireta, pelo menos um cargo ou função de confiança de direção superior será provido por servidor ou empregado público de carreira da respectiva instituição. 
§ 2º Lei complementar disporá sobre as condições para o provimento de cargos e empregos de direção nas autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista estaduais, vedada a nomeação ou a designação daqueles inelegíveis em razão de atos ilícitos, nos termos da legislação federal.
Da remuneração e do subsídio 
Art. 24. A remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 7º deste artigo somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.
subsídio :concessão de dinheiro feita pelo governo a determinadas atividades (indústria, agricultura etc.) com a finalidade de manter acessíveis os preços de seus produtos ou gêneros ou para estimular as exportações do país.
A lei específica é uma lei ordinária específica. Nesta lei não pode ser tratado outro assunto, a lei só vai tratar da remuneração do servidor público. 
Obs.: Não cabe acordo ou convenção coletiva de trabalho
Do teto remuneratório
Do teto remuneratório § 1º A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional dos Poderes do Estado, do Ministério Público, do Tribunal de Contas e da Defensoria Pública e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais, não poderão exceder o subsídio mensal dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, nos termos do § 12 do art. 37 da Constituição da República e observado o disposto no § 5º deste artigo.
A Constituição mineira optou por um teto único. Ninguém pode ganhar mais do que um Desembargador do Tribunal de Justiça. De fora estão os servidores do Poder Legislativo.
O subsídio dos deputados estaduais, segundo a CF, corresponde a 75%, no máximo, do que ganha um deputado federal.
Os vereadores ganham, no máximo, 75% do que ganha um deputado estadual.
O subsídio dos deputados estaduais e dos vereadoresjá têm um teto máximo fixado na CF e, por essa razão, não se aplica a eles este teto do Desembargador do TJ.
Com exceção dos membros do Poder Legislativo, todos da administração pública, direta ou indireta, do Estado de Minas Gerais, não podem ganhar mais do que um Desembargador do TJ.
Obs.: Esse teto não se aplica a deputados estaduais e vereadores porque, segundo a CF, deputado estadual ganha, no máximo, 75% do que ganha o deputado federal e vereador ganha, no máximo, 75% do que ganha o deputado estadual.
Da equivalência dos vencimentos
§ 2º Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não podem ser superiores aos percebidos no Poder Executivo, EXCETO AS VANTAGENS INDIVIDUAIS OU INERENTES AO LOCAL DE TRABALHO.
Um funcionário do Poder Legislativo, de nível médio, recebe um adicional de insalubridade porque o local é insalubre. Outro servidor, igualmente de nível médio, trabalha no Poder Executivo, num local que não é insalubre: é óbvio que o funcionário do Poder Legislativo receberá mais do que o funcionário do Poder Executivo porque ele recebe uma vantagem que é inerente ao local de trabalho. 
Há também as vantagens que são de caráter individual. O servidor do Poder Legislativo recebe uma gratificação por atividade legislativa e essa gratificação pode ser maior do que a gratificação atribuída a atividade do Poder Executivo.
Da vinculação dos vencimentos
Fim da paridade
 § 4º Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para o fim de concessão de acréscimo ulterior.
Antigamente, o servidor se aposentava e tudo o que o servidor da ativa ganhava de benefício, automaticamente era estendido para os inativos. Atualmente não é mais assim. Quem está na atividade recebe um tipo de gratificação, não necessariamente isso será, automaticamente, repassado para os aposentados.
Da irredutibilidade
§ 5º empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos §§ 1º, 4º e 7º deste artigo e nos arts. 150, caput, II, e 153, caput, III, e § 2º, I, da Constituição da República.
Da relação da remuneração
§ 6º A lei estabelecerá a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no § 1º deste artigo.
Do subsídio
Apesar de referir que o subsídio será pago em parcela única e vedado o acréscimo de qualquer gratificação, o STF julgou que quem recebe subsídio tem direito ao 13º salário e adicional de férias por ser um direito consagrado pela CF. Há, neste § 7º, a letra da lei e a interpretação do STF.
Das parcelas indenizatórias
Aqueles que possuem o teto remuneratório (ninguém pode ganhar mais do que o Desembargador do TJ) nesse valor não vão entrar nas verbas indenizatórias como 13º, adicional de férias, hora extra, adicional noturno.
O servidor pode receber essas verbas mesmo que ultrapasse o teto remuneratório.
Teto nas estatais § 10 – O disposto no § 1º deste artigo aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, bem como às suas subsidiárias, que recebam recursos do Estado para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.
Se não recebem recursos do Estado para despesas de pessoal ou de custeio em geral estão autorizadas a pagar o que bem entenderem dentro da sua política governamental.
Da publicidade § 11 – Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos, funções e empregos públicos.
Da acumulação de cargos e empregos públicos
 Art. 25 – É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, permitida, se houver compatibilidade de horários e observado o disposto no
I – a de dois cargos de professor;
 II – a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
 III – a de dois cargos e empregos privativos de profissionais de saúde com profissões regulamentada.
A regra é não acumular, a exceção é acumular, desde que ocorra a compatibilidade de horário: dois cargos de professor, um cargo de professor e outro técnico/científico ou dois cargos e empregos privativos de profissionais de saúde com profissões regulamentadas.
Sobre esse tema há duas Jurisprudências:
A primeira, com relação ao teto remuneratório. Se o cidadão possui dois cargos públicos concursados de médico, o valor dos dois contracheques será somado para bater o teto, que é o valor pago ao Desembargador do TJ de Minas Gerais ou o teto será considerado, isoladamente, em cada contracheque?
* O Supremo Tribunal Federal (STF) já se posicionou sobre isso e considerou que o teto deve ser observado isoladamente em cada cargo. Os valores dos DOIS CARGOS NÃO DEVEM SER SOMADOS.
O mesmo acontece com relação às horas. O Superior Tribunal de Justiça possuía uma Jurisprudência, que o STF “derrubou”, segundo a qual a acumulação de cargos não poderia exceder 60 horas sob pena de gerar demissão: a alegação era que depois de 60 horas o servidor caia de rentabilidade, não garantindo o princípio da eficiência. 
* O STF considerou que na Constituição Federal (CF) não há previsão para isso, apenas que deve haver compatibilidade de horário. Mesmo que sejam ultrapassadas as 60 horas, o servidor não pode ser demitido porque isso não tem previsão constitucional.
Portanto, há duas Jurisprudências com relação à acumulação de cargos e com relação ao acúmulo de horas.
Parágrafo único. A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações e empresas públicas, sociedades de economia mista, bem como suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.
RESUMINDO...
Obs.: Na acumulação de cargos o teto será examinado em cada cargo. 
Obs.: Não se aplica o limite de 60 horas na acumulação dos cargos.
Do afastamento para mandato eletivo
Art. 26 – Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional no exercício de mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo, emprego ou função;
 II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar por sua remuneração;
III – investido no mandato de Vereador, se houver compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, se não houver, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
Quem não está no cargo não pode ser avaliado para ser promovido por merecimento.
V – para o efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse. 
Despesa com pessoal
Art. 27 – A despesa com pessoal ativo e inativo do Estado e dos Municípios não pode exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
A Lei Complementar é a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Da vantagem
§ 3º – Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, dentro do prazo fixado na lei complementar referida no caput, o Estado adotará as seguintes providências, sucessivamente:
I – redução de pelo menos 20% (vinte por cento) das despesas com cargos em comissão e funções de confiança;
II – dispensa ou exoneração de servidor público civil não estável, admitido em órgão da administração direta ou em entidade autárquica ou fundacional, que conte menos de três anos de efetivo exercício no Estado;
III – dispensa ou exoneração de servidor não estável, observados os critérios de menor tempo de efetivo serviço e de avaliação de desempenho, na forma da lei.
** Na CF ainda há outra regra: se essas medidas não forem suficientes para atender à demanda, o servidor ESTÁVEL poderá perder o seu cargo, mas como tem estabilidade, receberá uma indenização no valor equivalente ao seu tempo de serviço, uma remuneração por cada ano de serviço (art. 169 da CF).
Vagas para deficiente
Os deficientes devem ter deficiências compatíveiscom as atribuições do cargo que ele irá ocupar. Esta Constituição do Estado de Minas Gerais não determina qual é o percentual.
Da improbidade administrativa
Atualmente, a tipificação da improbidade administrativa é a seguinte:
 • Enriquecimento ilícito.
 • Lesão ao erário. 
• Ofensas aos princípios da administração pública.
Somente se ficar provado que houve DOLO (fraude) ESPECÍFICO – anteriormente era o dolo genérico, não sendo admitida CULPA.
O DOLO ESPECÍFICO é aquele dolo praticado nitidamente com a intenção de obter aquele resultado que foi previamente planejado.
O dolo genérico bastava ser enquadrado na letra da lei.
Por exemplo, o prefeito de um Município de Minas Gerais contratou a compra de cadeiras para uma escola, sem fazer licitação. Segundo a Lei da Improbidade, deixar de fazer licitação quando é obrigado a fazer, é improbidade que causa lesão ao erário (conjunto dos recursos financeiros públicos; os dinheiros e bens do Estado; tesouro, fazenda).
 Pela letra da lei, esse prefeito já está pronto para responder por improbidade.
No processo, esse prefeito prova que pagou R$ 40,00 por cadeira, quando a média no mercado era R$ 60,00. O prefeito pagou abaixo da média do mercado, mas não fez licitação. Anteriormente, quando era admitido o dolo genérico, esse prefeito responderia por improbidade pelo simples fato de não ter feito a licitação. 
Pela lei atual, a licitação não foi feita, a lei considera improbidade, mas não foi causado prejuízo porque o preço pago foi abaixo da média de mercado. Se não tivesse sido feita a licitação e isso causasse prejuízo é que daria motivo para o dolo específico.
CF
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
Na legislação do servidor público, esse prazo de 120 dias pode ser prorrogado por mais 60 dias, chegando, assim, a 180 dias.
Férias Prêmio 
§ 4º – Serão concedidas ao servidor ocupante de cargo de provimento efetivo e função pública férias-prêmio com duração de três meses a cada cinco anos de efetivo exercício no serviço público do Estado de Minas Gerais.
Direito do servidor público 
§ 6º – Fica assegurado ao servidor público civil o direito a:
 I – assistência e previdência sociais, extensivas ao cônjuge ou companheiro e aos dependentes;
 II – assistência gratuita, em creche e pré-escola, aos filhos e aos dependentes, desde o nascimento até seis anos de idade; 
A CF estabelece que a idade limite é até cinco anos de idade. 
III – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas.
Se o servidor atua num local que, ao mesmo tempo, é perigoso e insalubre, não há acumulação, ele deverá opta por uma das duas acumulações.
Direito de greve Art. 33 – O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica (Lei Ordinária Específica).
 Quando se tratar de Lei Complementar, isso será expresso. Quando não é definida, subentende-se que é LEI ORDINÁRIA porque tem caráter residual 
Servidor nos sindicatos
§ 4º – O Estado procederá ao desconto, em folha ou ordem de pagamento, de consignações autorizadas pelos militares e servidores públicos civis das administrações direta e indireta em favor dos sindicatos e associações de classe, efetuando o repasse às entidades até o quinto dia do mês subsequente ao mês de competência do pagamento dos servidores, observada a data do efetivo desconto.
Na avaliação por merecimento o servidor precisa ser avaliado.
Da estabilidade
Art. 35 – É estável, após três anos de efetivo exercício, o servidor público nomeado para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
A estabilidade não é no cargo, é no serviço público
§ 1º – O servidor público estável só perderá o cargo: 
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
O servidor, mesmo estável, pode perder o cargo. A estabilidade é uma prerrogativa do servidor se manter no serviço público. Os cargos podem ser extintos e o servidor ficar em disponibilidade.
§ 2º – Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço público federal, estadual e municipal.
§ 3º – Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço público federal, estadual e municipal, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
§ 4º – Como condição para aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
Da previdência
§ 1º – Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados: 
I – voluntariamente, desde que observada a idade mínima de sessenta e dois anos de idade, se mulher, e sessenta e cinco anos de idade, se homem, bem como o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar.
II – por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, quando insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria, na forma da lei;
 III – compulsoriamente, aos setenta e cinco anos de idade, com proventos proporcionais, na forma de lei complementar. (Parágrafo com redação dada pelo art. 2º da Emenda à Constituição n. 104, de 14/9/2020.)
 § 2º – Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor mínimo a que se refere o § 2º do art. 201 da Constituição da República ou superiores ao limite máximo estabelecido para o regime geral de previdência social, observado o disposto nos §§ 14 a 16. (Parágrafo com redação dada pelo art. 2º da Emenda à Constituição n. 104, de 14/9/2020.)
Antigamente o servidor tinha R$ 30 mil de contracheque e se aposentava com R$ 30 mil. Hoje, o teto máximo é o do Regime Geral da Previdência Social (aproximadamente R$ 6 mil por mês). O servidor poderá aderir à aposentadoria complementar para a qual poderá fazer uma nova contribuição se quiser uma melhora nesse rendimento.
 Não existe mais a aposentadoria com proventos integrais com relação ao valor final do contracheque.
§ 4º-A – Serão estabelecidos em lei complementar os critérios de idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria:
 I – de servidores com deficiência;
 II – de ocupantes dos cargos de carreiras policiais, de agente penitenciário e de agente socioeducativo e dos membros da polícia legislativa a que se refere o inciso III do caput do art. 62;
 III – de servidores cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou a associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação. (Parágrafo acrescentado pelo art. 2º da Emenda à Constituição n. 104, de 14/9/2020.) 
§ 5º – Os ocupantes do cargo de professor poderão aposentar-se, voluntariamente, aos cinquenta e sete anos de idade, se mulher, e aos sessenta anos de idade, se homem, desde que comprovem o tempo, fixado em lei complementar, de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. (Parágrafo com redação dada pelo art. 2º da Emenda à Constituição n. 104, de 14/9/2020.)
Caso o servidor se aposente e faça um novo concurso público, a regra é que se suspenda o pagamentoda aposentadoria e o servidor passa a receber o valor do novo cargo efetivo, a não ser que sejam cargos acumuláveis, quando o servidor receberá aposentadoria referente ao primeiro cargo e a remuneração do novo cargo de professor, por exemplo
§ 13 – Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração ou de outro cargo temporário, ao detentor de mandato eletivo e ao ocupante de emprego público o regime geral de previdência social, em observância ao disposto no § 13 do art. 40 da Constituição da República.
§ 18 – O Estado, por meio de lei complementar, instituirá contribuições para custeio do regime próprio de previdência social, cobradas dos servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas, que poderão ter alíquotas progressivas de acordo com o valor da base de contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de pensões, observado o disposto no § 18 do art. 40 da Constituição da República.
§ 25 – Para fins de aposentadoria, será assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição entre o regime geral de previdência social e regime próprio de previdência social, e dos regimes próprios entre si, observada a compensação financeira, de acordo com os critérios estabelecidos em lei.
§ 28 – O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer nessa condição, desde que possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem.
O novo cargo poderá ter uma nova regra de aposentadoria e o servidor poderá não se aposentar nesse novo cargo com as regras da aposentadoria anterior porque a legislação era outra. Não poderão ser invocados direitos adquiridos com relação à antiga norma.
Planos de carreira e o regime jurídico dos servidores policiais civis.
Art. 39 – São militares do Estado os integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, que serão regidos por estatuto próprio estabelecido em lei complementar.
§ 2º – As patentes dos Oficiais são conferidas pelo Governador do Estado.
§ 3º – O militar em atividade que aceitar cargo ou emprego público permanentes será transferido para a reserva. 
§ 4º – O militar da ativa que aceitar cargo, emprego ou função públicos temporários, não eletivos, ainda que de entidade da administração indireta, ficará agregado ao respectivo quadro e, enquanto permanecer nessa situação, somente poderá ser promovido por antiguidade, terá seu tempo de serviço contado apenas para aquela promoção e transferência para a reserva e será, depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a inatividade.
§ 5º – Ao militar são proibidas a sindicalização e a greve. 
§ 6º – O militar, enquanto em efetivo serviço, não pode estar filiado a partidos políticos.
 § 7º – O Oficial somente perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão do Tribunal de Justiça Militar, ou de tribunal especial, em tempo de guerra, e a lei especificará os casos de submissão a processo e o rito deste.
§ 12 – Os militares da mesma patente perceberão os mesmos vencimentos e vantagens, excetuadas as provenientes de cursos ou tempo de serviço. 
§ 13 – Aos pensionistas dos militares aplica-se o que for fixado em lei complementar específica.
Da Região Metropolitana, Aglomeração Urbana e Microrregião 
Art. 42 – O Estado poderá instituir, mediante lei complementar, região metropolitana, aglomeração urbana e microrregião constituídas por agrupamento de Municípios limítrofes, para integrar o planejamento, a organização e a execução de funções públicas de interesse comum.
** Art. 45 – Considera-se região metropolitana o conjunto de Municípios limítrofes que apresentam a ocorrência ou a tendência de continuidade do tecido urbano e de complementaridade de funções urbanas, que tenha como núcleo a capital do Estado ou metrópole regional e que exija planejamento integrado e gestão conjunta permanente por parte dos entes públicos nela atuantes.
Art. 46 – Haverá em cada região metropolitana: 
I – uma Assembleia Metropolitana; 
II – um Conselho Deliberativo de Desenvolvimento Metropolitano;
 III – uma Agência de Desenvolvimento, com caráter técnico e executivo; 
IV – um Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado; 
V – um Fundo de Desenvolvimento Metropolitano.
§ 1º – A Assembleia Metropolitana constitui o órgão colegiado de decisão superior e de representação do Estado e dos municípios na região metropolitana, competindo-lhe:
 I – definir as macro diretrizes do planejamento global da região metropolitana; 
II – vetar, por deliberação de pelo menos dois terços de seus membros, resolução emitida pelo Conselho Deliberativo de Desenvolvimento Metropolitano.
§ 2º – Fica assegurada, para fins de deliberação, representação paritária entre o Estado e os Municípios da região metropolitana na Assembleia Metropolitana, nos termos de lei complementar.
§ 3º – O Conselho Deliberativo de Desenvolvimento Metropolitano é o órgão colegiado da região metropolitana ao qual compete:
 I – deliberar sobre o planejamento e a execução das funções públicas de interesse comum;
 II – elaborar a programação normativa da implantação e da execução das funções públicas de interesse comum;
 III – provocar a elaboração e aprovar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da região metropolitana;
IV – aprovar as regras de compatibilização entre o planejamento da região metropolitana e as políticas setoriais adotadas pelo poder público para a região; 
V – deliberar sobre a gestão do Fundo de Desenvolvimento Metropolitano.
§ 4º – Fica assegurada a participação de representantes do Estado, dos Municípios da região metropolitana e da sociedade civil organizada no Conselho Deliberativo de Desenvolvimento Metropolitano.
Art. 48 – Considera-se aglomeração urbana o agrupamento de Municípios limítrofes que apresentam tendência à complementaridade das funções urbanas que exija planejamento integrado e recomende ação coordenada dos entes públicos. 
Parágrafo único – A instituição de aglomeração urbana obedecerá, no que couber, ao disposto no art. 44
Art. 49 – Considera-se microrregião o agrupamento de Municípios limítrofes resultante de elementos comuns físico-territoriais e socioeconômicos que exija planejamento integrado com vistas a criar condições adequadas para o desenvolvimento e a integração regional.
Art. 43 – Considera-se função pública de interesse comum a atividade ou o serviço cuja realização por parte de um Município, isoladamente, seja inviável ou cause impacto nos outros Municípios integrantes da região metropolitana. 
§ 1º – A gestão de função pública de interesse comum será unificada.
 § 2º – As especificações das funções públicas de interesse comum serão definidas na lei complementar que instituir região metropolitana, aglomeração urbana e microrregião
PODER LEGISLATIVO 
Subseção – I Da Assembleia Legislativa
Representação: Art. 52. O Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa, que se compõe de representantes do povo mineiro, eleitos na forma da lei.
O sistema de eleição para deputado é o modelo proporcional. Nesse modelo, nem sempre o candidato que teve o maior número de votos será considerado o candidato eleito. É comum, no sistema proporcional, verificar-se um deputado que teve 10 mil votos, por exemplo, e não tomou posse, enquanto outro teve a metade, 5 mil, e tomou posse. Isso porque há dois coeeficientes que trabalham nesse sistema de eleição: o partidário e o eleitoral.
Do efetivo
Art. 52, § 1º – O número de Deputados corresponde ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
 A Constituição Federal determina que, ao final de uma eleição, cada estado e o DF elegerá, no mínimo, oito e, no máximo, 70 deputados federais,proporcional ao efetivo de sua população. 
O numero de deputados estaduais variará de acordo com esse efetivo mínimo e máximo de deputados federais. 
Supondo que o estado de Minas Gerais estivesse elegendo 20 deputados federais hoje. 
Como seria três vezes o número de deputados federais até o limite de 
36: 3 x 12 = 36 
Os deputados acima de 12 e até 20 são 8. 
36 + 8 = 44.
 Nesse exemplo, Minas Gerais estaria elegendo 44 deputados estaduais. 
Suponha, por outro lado, que MG esteja elegendo 70 deputados federais, que é o máximo:
 36 x 12 = 36 
Em seguida, o número acima de doze: 70 – 12 = 58 
Soma-se, por fim, 36 a 58: 36 + 58 = 94 
Nesse novo exemplo, MG estaria elegendo 94 deputados estaduais.
*DICA: Quando o exemplo de prova for até 12 federais, multiplica-se por 3.
 Quando o exemplo for acima de 24 federais, pega-se o número que ele deu e soma-se com 24 que já dá o resultado.
Da legislatura Art. 52, § 3º – Cada legislatura terá a duração de quatro anos.
**Obs.: Legislatura é diferente de sessão legislativa. A sessão legislativa tem duração de um ano. A legislatura, de quatro anos.
Quando uma emenda à Constituição é rejeitada, ela não pode ser reapreciada na mesma sessão legislativa; isto é, no mesmo ano. Na legislatura, por outro lado, ela poderia ser apreciada, pois nesse caso equivale a quatro anos.
Da sessão Legislativa Ordinária 
Art. 53. A Assembleia Legislativa se reunirá, em sessão ordinária, na Capital do Estado, independentemente de convocação, de primeiro de fevereiro a dezoito de julho e de primeiro de agosto a vinte de dezembro de cada ano.
§ 3º – No início de cada legislatura, haverá reuniões preparatórias, entre os dias primeiro e quinze de fevereiro, com a finalidade de:
 I – dar posse aos Deputados diplomados; 
II – eleger a Mesa da Assembleia para mandato de dois anos, permitida uma única recondução para o mesmo cargo na eleição subsequente, na mesma legislatura ou na seguinte.
Obs.: Na esfera federal, a Constituição dispõe que é vedada a recondução na mesma sessão legislativa. O Supremo tinha um entendimento de que na mesa da União, o Congresso Nacional, os presidentes dessas casas poderiam ser reeleitos para o mesmo cargo se fosse de uma legislatura para a outra, não dentro dela. O Supremo tinha o entendimento de que, por simetria, deveria aplicar aos estados. Recentemente, no entanto, o Supremo julgou o contrário. Segundo ele, a única imposição, que é de reposição obrigatória nesse tema em comparação com a Constituição Federal, é que os estados não podem permitir várias reconduções ou reconduções indefinidas para os membros da mesa da Assembleia, mas os estados poderiam legislar, dentro de sua autonomia, sobre a possibilidade de a reeleição acontecer na mesma legislatura ou de uma para outra.
DO PROCESSO LEGISLATIVO
Art. 63 – O processo legislativo compreende a elaboração de:
 I – emenda à Constituição;
 II – lei complementar;
 III – lei ordinária; 
IV – lei delegada; 
V – resolução.
Da emenda à constituição Art. 64 – A Constituição pode ser emendada por proposta:
 I – de, no mínimo, um terço dos membros da Assembleia Legislativa; 
II – do Governador do Estado; 
III – de, no mínimo, 100 (cem) Câmaras Municipais, manifestada pela maioria de cada uma delas.
Da aprovação 
Art. 64 – § 3º – A proposta será discutida e votada em dois turnos e considerada aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos membros da Assembleia Legislativa.
Da promulgação e publicação 
Art. 64 – § 4º – A emenda à Constituição, com o respectivo número de ordem, será promulgada pela Mesa da Assembleia.
Das lei
Art. 65 – A iniciativa de lei complementar e ordinária cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal da Justiça, ao Tribunal de Contas, ao Procurador-Geral de Justiça e aos cidadãos, na forma e nos casos definidos nesta Constituição.
 § 1º – A lei complementar é aprovada por maioria dos membros da Assembleia Legislativa.
Das lei complementar
Art. 65. § 2º – Consideram-se lei complementar, entre outras matérias previstas nesta Constituição:
 I – o Código de Finanças Públicas e o Código Tributário; 
II – a Lei de Organização e Divisão Judiciárias;
 III – o Estatuto dos Servidores Públicos Civis, o Estatuto dos Militares e as leis que instituírem os respectivos regimes de previdência;
IV – as leis orgânicas do Ministério Público, do Tribunal de Contas, da Advocacia-Geral do Estado, da Defensoria Pública, da Polícia Civil, da Polícia Penal, do Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Militar. (Inciso com redação dada pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 111, de 29/6/2022.
Da iniciativa privativa
Art. 66 – São matérias de iniciativa privativa, além de outras previstas nesta Constituição:
 I – da Mesa da Assembleia: a) o Regimento Interno da Assembleia Legislativa;
b) o subsídio do Deputado Estadual, observado o disposto nos arts. 27, § 2º, 150, caput, II, e 153, caput, III, e § 2º, I, da Constituição da República; 
c) os subsídios do Governador, do Vice-Governador e do Secretário de Estado, observado o disposto nos arts. 150, caput, II, e 153, caput, III, e § 2º, I, da Constituição da República;
 d) a organização da Secretaria da Assembleia Legislativa, seu funcionamento e sua polícia, a criação, a transformação ou a extinção de cargo, emprego e função e o regime jurídico de seus servidores;
e) a criação de entidade da administração indireta da Assembleia Legislativa;
 f) a autorização para o Governador ausentar-se do Estado, e o ViceGovernador, do País, quando a ausência exceder quinze dias; 
g) a mudança temporária da sede da Assembleia Legislativa;
 h) a remuneração dos servidores da Secretaria da Assembleia Legislativa, observados os parâmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias e o disposto nos arts. 24 e 32 desta Constituição;
II – do Tribunal de Contas, por seu Presidente, a criação e a extinção de cargo e função públicos e a fixação do subsídio de seus membros e da remuneração dos servidores da sua Secretaria, observados os parâmetros da Lei de Diretrizes Orçamentárias;
II – do Governador do Estado:
a) a fixação e a modificação dos efetivos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar;
b) a criação de cargo e função públicos da administração direta, autárquica e fundacional e a fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros da Lei de Diretrizes Orçamentárias;
c) c) o sistema de proteção social dos militares, o regime de previdência e o regime jurídico único dos servidores públicos da administração direta, autárquica e fundacional, incluídos o provimento de cargo e a estabilidade;
d) d) o quadro de empregos das empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades sob controle direto ou indireto do Estado;
e) e) a criação, estruturação e extinção de Secretaria de Estado, órgão autônomo e entidade da administração indireta; 
f) f) a organização da Advocacia-Geral do Estado, da Defensoria Pública, da Polícia Civil, da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros Militar, da Polícia Penal e dos demais órgãos da administração pública, respeitada a competência normativa da União; (Alínea com redação dada pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 111, de 29/6/2022.)
g) g) os planos plurianuais; 
h) h) as diretrizes orçamentárias; 
i) i) os orçamentos anuais.
IV – do Tribunal de Justiça, por seu Presidente:
a) a criação e a organização de juízo inferior e de vara judiciária, a criação e a extinção de cargo e função públicos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhe forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, observados os parâmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias e o disposto nos arts. 24 e 32 desta Constituição;
b) a criação, a transformação ou a extinção de cargo e função públicos de sua Secretaria e da Secretaria do Tribunal de Justiça Militar e a fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias e o disposto nos arts. 24 e 32 desta Constituição;
c) a organizaçãoe a divisão judiciárias e suas alterações.
§ 2º – Ao Procurador-Geral de Justiça é facultada, além do disposto no art. 125, a iniciativa de projetos sobre a criação, a transformação e a extinção de cargo e função públicos do Ministério Público e dos serviços auxiliares e a fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias e o disposto nos arts. 24 e 32 desta Constituição.
Da iniciativa popular
Art. 67 – Salvo nas hipóteses de iniciativa privativa e de matéria indelegável, previstas nesta Constituição, a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Assembleia Legislativa de projeto de lei, subscrito por, no mínimo, dez mil eleitores do Estado, em lista organizada por entidade associativa legalmente constituída, que se responsabilizará pela idoneidade das assinaturas.
Art. 67 – § 1º – Das assinaturas, no máximo vinte e cinco por cento poderão ser de eleitores alistados na Capital do Estado.
Da sanção e do veto
Art. 70 – A proposição de lei, resultante de projeto aprovado pela Assembleia Legislativa, será enviada ao Governador do Estado, que, no prazo de quinze dias úteis, contados da data de seu recebimento:
I – se aquiescer, sancioná-la-á; ou
 II – se a considerar, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrária ao interesse público, vetá-la-á total ou parcialmente.
Da Fiscalização e dos Controles

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