Buscar

Direito Civil - Amostra

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

P á g i n a 1 
 
 
SUMÁRIO 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO ..................................................................................................................................................... 5 
Preliminarmente................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 5 
Função e abrangência .............................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 5 
Fontes do direito ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 5 
A lei ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 6 
Conceito .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 6 
Características ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 6 
Classificação ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 7 
Vigência...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 8 
Revogação .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 9 
Do conhecimento da lei .................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 10 
Integração da lei ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 10 
Aplicação da norma no tempo ............................................................................................................................................................................................................................................................................12 
Aplicação da norma no espaço .........................................................................................................................................................................................................................................................................12 
Sentenças proferidas no estrangeiro ............................................................................................................................................................................................................................................14 
Vedação à teoria do retorno ............................................................................................................................................................................................................................................................................. 15 
Antinomia.............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 15 
LINDB e Direito Público .............................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 16 
Introdução ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 16 
Informações relevantes................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 16 
CÓDIGO CIVIL – PARTE GERAL................................................................................................................................................................................................................................................................................ 18 
Das Pessoas .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 18 
Da pessoa natural ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 18 
Resumindo... ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 29Da pessoa jurídica ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 29 
P á g i n a 2 
 
 
Resumindo... ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 36 
Desconsideração da personalidade jurídica ........................................................................................................................................................................................................................ 36 
Do Domicílio............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 39 
Conceitos iniciais ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 39 
Domicílio da pessoa jurídica....................................................................................................................................................................................................................................................................................... 39 
Domicílio da pessoa natural ...................................................................................................................................................................................................................................................................................... 39 
Dos Bens .........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................41 
Definição ...............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................41 
Conceitos importantes.........................................................................................................................................................................................................................................................................................................41 
Classificação dos bens .........................................................................................................................................................................................................................................................................................................41 
Dos Fatos Jurídicos .............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 46 
Conceito ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 46 
Classificação .............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 46 
Atos Ilícitos ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 47 
Atos Lícitos ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 48 
Negócio Jurídico ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 48 
Da Prescrição e Decadência ......................................................................................................................................................................................................................................................................................... 63 
Introdução ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 63 
Prescrição ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 63 
Decadência ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................68 
Quadro Comparativo ..............................................................................................................................................................................................................................................................................................................69 
PARTE ESPECIAL........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 70 
Das Obrigações ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................70 
Conceito ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 70 
Tipos de obrigação..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 70 
Débito x Responsabilidade ....................................................................................................................................................................................................................................................................................... 70 
P á g i n a 3 
 
 
Elementos ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 70 
Classificação ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................71 
Transmissão das Obrigações ................................................................................................................................................................................................................................................................................ 76 
Adimplemento e extinção das obrigações ............................................................................................................................................................................................................................. 79 
Inadimplemento....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................88 
Dos Contratos ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 94 
Conceito ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 94 
Evolução principiológica ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 94 
Princípio da boa-fé objetiva .................................................................................................................................................................................................................................................................................. 95 
Princípio da função social dos contratos ..................................................................................................................................................................................................................................98 
Princípio do equilíbrio contratual ...................................................................................................................................................................................................................................................................99 
Classificação dos contratos ............................................................................................................................................................................................................................................................................ 100 
Principais regras da Teoria Geral dos Contratos ......................................................................................................................................................................................... 102 
Contratos em Espécie ................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 109 
Dos Atos Unilaterais ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 119 
Da Responsabilidade Civil ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 120 
Conceito ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 120 
Classificação ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 120 
Ato ilícito ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 120 
Dever de reparação ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 121 
Elementos da Responsabilidade Civil ................................................................................................................................................................................................................................................122 
Casos especiais – Responsabilidade Objetiva ...........................................................................................................................................................................................................123 
Responsabilidadecivil do incapaz .............................................................................................................................................................................................................................................................124 
Responsabilidade por cobrança de dívida............................................................................................................................................................................................................................124 
Responsabilidade civil decorrente de ato lícito ......................................................................................................................................................................................................124 
Da indenização ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 125 
P á g i n a 4 
 
 
Do Direito das Coisas .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 126 
Conceito ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 126 
Características ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 126 
Obrigações que se relacionam ao direito real ........................................................................................................................................................................................................127 
Posse ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 128 
Propriedade.............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................133 
Direitos reais sobre coisas alheias.....................................................................................................................................................................................................................................................139 
Direito real de laje ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................142 
Do Direito de Família........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................143 
Introdução ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................143 
Direito pessoal – Casamento e União Estável ......................................................................................................................................................................................................... 145 
Direito patrimonial – Regime de Bens .......................................................................................................................................................................................................................................... 153 
Relações de Parentesco .......................................................................................................................................................................................................................................................................................... 158 
Alimentos ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................163 
Tutela e Curatela ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 165 
Do Direito das Sucessões ................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 168 
Sucessão em geral ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 168 
Sucessão Legítima ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................176 
Sucessão Testamentária ............................................................................................................................................................................................................................................................................................ 181 
Inventário e Partilha .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 186 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a 5 
 
 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO 
Preliminarmente 
Função e abrangência 
Antes conhecida como Lei de Introdução ao Código Civil – LICC, a atual Lei de Introdução às Normas 
do Direito Brasileiro – LINDB teve sua ementa alterada em 2010 para adequar a denominação. 
FUNÇÃO 
Regulamentação das normas. São normas que versam sobre normas, disciplinando-lhesa 
vigência, a interpretação, a integração e a aplicação no tempo e espaço. 
ABRANGÊNCIA 
A LINDB abarca todos os ramos do Direito (não apenas o Direito Civil), salvo naquilo que 
for regulado de forma diferente na legislação específica de cada área. 
Fontes do direito 
Fontes formais 
São as formas ou os modos pelos quais o direito se manifesta, sendo que a lei é a principal fonte do 
direito e o objeto da LINDB. Além disso, a própria lei de introdução, em seu art. 4º, destaca os costumes e os 
princípios gerais do direito como fontes formais. Desse modo, são fontes formais do direito: 
LEI 
Em sentido estrito, a lei pode ser conceituada como um preceito jurídico 
escrito, proveniente de autoridade estatal competente, criada por meio 
de um processo previamente definido, com caráter geral e obrigatório. 
ANALOGIA 
É a aplicação a um caso não contemplado de modo direto ou específico 
por lei, de uma norma prevista para hipótese distinta, mas semelhante ao 
caso não contemplado. 
COSTUMES 
Trata-se de norma aceita por todos como obrigatória, sem que o Poder 
Público a tenha estabelecido. Caracteriza-se pela prática reiterada de 
um comportamento e a convicção de sua obrigatoriedade. 
PRINCÍPIOS GERAIS DO 
DIREITO 
São postulados de caráter geral que norteiam o ordenamento jurídico. 
Para alguns doutrinadores, a analogia não é fonte formal, mas regra de integração. 
P á g i n a 6 
 
 
Além dessas fontes, muitos incluem como fontes indiretas (ou mediatas) – não formais – a doutrina e a 
jurisprudência, dada a contribuição que exercem para a elaboração das normas 
DOUTRINA 
Também chamada de direito científico ou ciência jurídica, a doutrina é o conjunto 
organizado das pesquisas e indagações dos estudiosos do direito. 
JURISPRUDÊNCIA 
É o conjunto de decisões do Poder Judiciário reiteradas, constantes e pacíficas, 
resultantes da aplicação de normas a casos semelhantes. 
Fontes materiais 
São todos os fatores que condicionam a formação das normas jurídicas, ou seja, têm influência no 
conteúdo das fontes formais. São razões de ordem econômica, sociológica, política etc. 
A lei 
Conceito 
Conforme vimos, a lei é a expressão máxima do direito e a sua principal fonte. 
É um conjunto ordenado de regras que se apresenta como um texto escrito. 
Características 
Dentre as características da lei, destacam-se as principais: 
GENERALIDADE Destina-se a todos, sem distinção, dada a natureza abstrata de seu comando. 
IMPERATIVIDADE A lei é um comando, uma ordem que impõe um dever de conduta. 
AUTORIZAMENTO 
A lei autoriza que o lesado pela violação de um direito exija o seu cumprimento ou a sua 
reparação, permitindo e legitimando o uso da faculdade de coagir. 
PERMANÊNCIA 
A lei permanece até ser revogada por outra lei. 
É importante observar, contudo, que algumas leis são temporárias. 
CRIAÇÃO POR 
AUTORIDADE 
A lei é um ato do Estado. Sua existência depende da emanação pelo poder competente 
com todas as formalidades necessárias. 
 
 
P á g i n a 7 
 
 
Classificação 
As leis admitem diversas classificações, conforme variam os critérios utilizados: 
QUANTO À 
IMPERATIVIDAD
E 
COGENTE 
De ordem pública, expressam um mandamento ou uma proibição. Não 
podem ser alteradas pela vontade das partes. 
DISPOSITIVA 
Permitem que os particulares disponham como lhes convier e 
funcionam no silêncio dos contratantes. 
QUANTO À 
NATUREZA 
SUBSTANTIVAS Definem direitos e deveres (leis materiais). 
ADJETIVAS Definem os meios de realização dos direitos (leis processuais). 
Sem prejuízo dessa classificação, há ainda as seguintes classificações (de acordo com Venosa): 
QUANTO À 
ORIGEM 
LEGISLATIVA 
o Federais. 
o Estaduais. 
o Municipais. 
QUANTO À 
DURAÇÃO 
o Permanentes: vigoram por tempo indeterminado (regra). 
o Temporárias: possuem prazo de duração (exceção). 
QUANTO AO 
ALCANCE 
o Gerais: alcançam pessoas indeterminadas e situações genéricas. 
o Especiais: alcançam situações específicas. 
o Excepcionais: são contrárias ao sistema (ex.: atos institucionais). 
o Singulares: são destinadas a um único indivíduo. 
QUANTO À 
SANÇÃO 
o Perfeitas: seu descumprimento enseja a nulidade ou a anulabilidade do ato. 
o Mais que perfeitas: seu descumprimento enseja a nulidade + pena. 
o Menos que perfeitas: a pena para o descumprimento é incompleta/inadequada. 
o Imperfeitas: não preveem pena para o descumprimento. 
 
 
 
 
P á g i n a 8 
 
 
Vigência 
Introdução 
As leis nascem, são aplicadas e permanecem em vigor até serem revogadas. Ao período de validade da 
lei, dá-se o nome de vigência. É, portanto, uma qualidade temporal da norma. 
Início da vigência 
Uma vez sancionada pela autoridade competente, a lei deve ser publicada no órgão oficial. Com a 
publicação, haverá um prazo para o início de vigência, que poderá estar especificado (ou não) na própria lei 
sancionada. No silêncio, a lei começa a vigorar: 
NO BRASIL 45 dias depois de oficialmente publicada. 
NOS ESTADOS ESTRANGEIROS 3 meses depois de oficialmente publicada. 
Vacatio legis 
Conceito 
É o período entre a publicação e o início dos efeitos da lei. Trata-se de lapso temporal necessário para 
que as pessoas tenham conhecimento de sua existência. Conforme o art. 8º da LC 95/98, apenas leis de pequena 
repercussão estão autorizadas a utilizar a expressão "entra em vigor na data de sua publicação". 
Durante a vacatio legis, a lei nova NADA OBRIGA porque ainda não entrou em vigor. 
Contagem do prazo 
A contagem do prazo se dá da seguinte forma: 
o Inclui-se a data da publicação. 
o Inclui-se o último dia do prazo. 
o Entra em vigor no dia subsequente à consumação do prazo (segundo a doutrina, a norma entra em vigor 
mesmo se o último dia for feriado ou final de semana – não se prorroga para próximo o dia útil). 
Os prazos no Direito Civil computam-se excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento. 
 
 
P á g i n a 9 
 
 
Resumindo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nova publicação 
Caso, antes de a lei entrar em vigor (ou seja, durante a vacatio legis), ocorra nova publicação de seu 
texto, destinada à correção, o prazo começará a correr da nova publicação da lei. Por outro lado, a correção 
após o período da vacatio legis, ou seja, quando a lei já for vigente, deve ser feita por uma nova lei. 
Vejamos: 
 
 
 
 
Revogação 
É a perda da eficácia da lei, que deixa de vigorar no sistema normativo. Nesse sentido, não se destinando 
à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra (LEI) a modifique ou revogue. 
 IMPORTANTE 
O direito brasileiro não admite o DESUETUDO, ou seja, a revogação de leis pelo costume. 
 
 
 
P á g i n a 10 
 
 
Classificação: 
QUANTO À EXTENSÃO 
AB-ROGAÇÃO Revogação total da lei anterior. 
DERROGAÇÃO Revogação parcial da lei anterior. 
QUANTO À FORMA 
EXPRESSA 
A lei posterior revoga a anterior quando 
expressamente o declare. 
TÁCITA 
A lei posterior revoga a anterior quando for com ela 
incompatível ou quando regular inteiramente a matéria 
de que tratava a lei anterior. 
A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais A PAR DAS JÁ EXISTENTES: 
o Não revoga a lei anterior. 
o Não modifica a lei anterior. 
REPRISTINAÇÃO 
No Brasil, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. Somente se houver 
expressa previsão, poderá haver a repristinação. Assim, veda-se a repristinação TÁCITA, sendo permitida a 
repristinação EXPRESSA. 
Do conhecimento da lei 
Ninguém poderá se escusar de cumprir a lei, alegando que não a conhece. Aliás, a previsão de vacatio 
legis, visa, justamente, permitir que a sociedade tenha um tempo para conhecer a lei. 
Vale acrescentar que a presunção de conhecimento da lei NÃO é absoluta, havendo hipóteses legais 
em que se admitirá a alegação de erro de direito. 
Integração da lei 
Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípiosgerais de direito (métodos de integração – rol taxativo), nessa ordem. Não confunda 
INTERPRETAÇÃO INTEGRAÇÃO 
Parte da existência da norma. Parte da lacuna. 
P á g i n a 1 1 
 
 
Analogia 
Definição: trata-se do preenchimento da lacuna mediante comparação. Através da analogia, a hipótese 
"X", que não está prevista na lei, é comparada com a hipótese "Y" que possui previsão legal. Havendo igualdade 
jurídica entre as duas situações, a legislação prevista para Y será aplicada para X. 
Espécies: 
ANALOGIA LEGIS 
OU LEGAL 
Ocorre com a aplicação de UMA NORMA existente sobre hipótese não normatizada. 
ANALOGIA JURIS 
OU JURÍDICA 
Ocorre com a aplicação de UM CONJUNTO DE NORMAS existentes sobre o caso 
acerca do qual a lei é omissa. 
Pressupostos: 
o Não previsão do caso em norma jurídica. 
o Relação de semelhança entre o caso não contemplado e o outro previsto. 
o Existência de identidade de razões entre os dois casos. 
Costumes 
Definição: são práticas e usos reiterados com conteúdo lícito e relevância jurídica. Espécies: 
PRAETER LEGEM 
Não previsto em lei e não contrariado por ela. 
Aceito pelo ordenamento. 
CONTRA LEGEM 
É aquele que contraria uma determinada lei em vigor. 
Não aceito pelo ordenamento, pois os costumes não revogam as leis. 
SECUNDUM 
LEGEM 
Corresponde à vontade da lei. 
Sua eficácia é reconhecida pelo direito positivo. 
Segundo Tartuce, na visão clássica do Direito Civil, os costumes, para serem aplicados, precisam atender 
aos seguintes requisitos: continuidade, uniformidade, diuturnidade, moralidade e obrigatoriedade. Assim, o costume 
deve estar “arraigado na consciência popular após a sua prática durante um tempo considerável, e, além disso, 
goze da reputação de imprescindível norma costumeira”. 
 
P á g i n a 1 2 
 
 
Princípios Gerais do Direito 
Definição: são postulados de caráter geral que norteiam o ordenamento jurídico. 
Equidade 
Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. 
Não constitui meio supletivo de lacuna da lei, sendo mero recurso auxiliar. 
É que a própria lei cria espaços para o juiz formular a norma mais adequada ao caso, sendo somente 
utilizada quando esta expressamente o permitir. 
Apl icação da norma no tempo 
A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a 
coisa julgada. Ou seja, a lei nova se aplica aos casos pendentes e futuros (irretroatividade). 
Além disso, só se aplica aos casos pretéritos (retroatividade) se houver previsão expressa e se NÃO 
houver ofensa ao direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada 
ATO JURÍDICO PERFEITO É o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. 
DIREITO ADQUIRIDO 
É aquele que se dá com o exercício imediato do titular, pois definitivamente 
integrado ao seu patrimônio. 
COISA JULGADA É a decisão judicial contra a qual já não caiba recurso. 
Quanto à coisa julgada, vale mencionar que o STF já admitiu, excepcionalmente, a aplicação da teoria da 
relativização da coisa julgada em ações de investigação de paternidade em que não foi possível determinar-se 
a existência de vínculo genético, em decorrência da não realização do exame de DNA 
Entretanto, o STJ entende que não se pode mais rediscutir a coisa julgada em situação na qual a ação 
de investigação foi julgada procedente pelo fato de o investigado ter se recusado a fazer o DNA. 
Aplicação da norma no espaço 
São princípios da aplicação da norma no espaço: 
TERRITORIALIDADE A norma deve ser aplicada nos limites territoriais do Estado que a editou. 
EXTRATERRITORIALIDADE 
É a admissão de aplicabilidade, no território nacional, de leis de outro Estado, 
segundo princípios e convenções internacionais. 
P á g i n a 1 3 
 
 
Assim, a lei nacional deve ser aplicada ordinariamente a todas as relações travadas em seu âmbito 
espacial de incidência, embora, no caso de interferirem estrangeiros sobre relações jurídicas constituídas no 
território nacional ou de nacionais terem bens ou negócios jurídicos em território estrangeiro, possam surgir 
exemplos de extraterritorialidade ou de aplicação extraterritorial do Direito. 
A principal missão do Direito Internacional Privado é identificar o sistema jurídico que será aplicado ao 
caso concreto que possua como partes sujeitos com nacionalidades diversas ou quando o ato ocorrer no 
exterior. Suas normas estão concentradas, principalmente, na LINDB. 
A aplicação das regras do Direito Internacional Privado depende de elementos de conexão definidos 
pela lei do Estado. Os principais elementos de conexão são os seguintes 
PESSOA 
(capacidade, nome, personalidade) 
Lei do domicílio (lex domicilii). 
SUCESSÃO Lei do último domicílio do falecido/de cujus. 
BENS MÓVEIS que acompanham o 
proprietário 
Lei do domicílio do proprietário. 
PENHOR Lei do domicílio de quem tem a posse. 
OBRIGAÇÕES 
(contratuais e extracontratuais) 
Lei do local onde se constituíram (locus regit actum). 
Exceções: 
o Se o contrato foi celebrado no exterior, mas se destina a 
produzir efeitos no Brasil, dependendo de forma essencial 
prevista na lei brasileira, então a lei brasileira deve ser aplicada. 
o A obrigação resultante de contrato internacional reputa-se 
constituída no lugar em que residir o proponente. 
PESSOAS JURÍDICAS Lei do local onde se constituíram. 
BENS MÓVEIS (que não 
acompanham) E IMÓVEIS 
Lei da situação da coisa (lex rei sitiae). 
CASAMENTO 
Quanto aos impedimentos matrimoniais, celebrado o casamento no Brasil, 
aplicam-se as regras brasileiras. 
P á g i n a 1 4 
 
 
Quanto à invalidade do casamento, se os nubentes tiverem domicílios 
diversos, deve-se aplicar as regras do primeiro domicilio conjugal. 
Quanto às regras patrimoniais, ao regime de bens, seja ele legal ou 
convencional, deverá ser aplicada a lei do local em que os cônjuges 
tenham domicilio. Se diversos, prevalece o do 1º domicilio conjugal. 
DIVÓRCIO 
O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem 
brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de um ano da data da 
sentença, SALVO se houver sido antecedida de separação judicial por 
igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, 
obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças 
estrangeiras no país. 
O STJ, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a 
requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de 
homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a 
fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. 
Sentenças proferidas no estrangeiro 
Constituem requisitos indispensáveis à homologação da decisão: 
o Ser proferida por autoridade competente. 
o Ser precedida de citação regular, ainda que verificada a revelia. 
o Ser eficaz no país em que foi proferida. 
o Não ofender a coisa julgada brasileira. 
o Estar acompanhada de tradução oficial, salvo disposição que a dispense prevista em tratado 
o Não conter manifesta ofensa à ordem pública. 
A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos 
meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça. 
 
 
 
P á g i n a 1 5 
 
 
Vedação à teoria do retorno 
O retorno é o modo de interpretar a norma de direito internacional privado, mediante a substituição da lei 
nacional pela estrangeira, desprezando o elemento de conexão apontado pela lei nacional, para dar 
preferência à indicada pelo ordenamento alienígena. 
Acerca disso, dispõe a LINDB → quando se houver de aplicar a lei estrangeira, ter-se-á em vista a 
disposição desta, sem considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei. 
Antinomia 
É a presença de 2 ou + normas conflitantes, todas válidas SEM que a lei diga qual delas deva ser aplicada. 
CONFLITO REAL 
Quando não há na ordem jurídicaqualquer critério para solucionar. Aplicando-se uma 
norma, viola-se outra. Utiliza-se a interpretação conforme. 
CONFLITO 
APARENTE 
Quando o próprio ordenamento jurídico prevê uma solução para o conflito. 
A ordem de aplicação dos critérios de solução é: 
o 1º critério hierárquico: norma hierarquicamente superior prevalece. 
o 2º critério da especialidade: norma especial prevalece sobre norma geral. 
o 3º critério cronológico: lei mais nova se sobrepõe à mais antiga. 
A antinomia pode ser de 1º grau e de 2º grau: 
ANTINOMIA DE 
1º GRAU 
Conflito de normas que envolve apenas um dos critérios (hierárquico, especialidade ou 
cronológico). 
ANTINOMIA DE 
2º GRAU 
Choque de normas válidas que envolve dois dos critérios (hierárquico, especialidade ou 
cronológico). Exemplos de solução de antinomias de 2º grau: 
o Cronológico (fraco) x hierárquico (forte) = prevalece o hierárquico. 
o Cronológico (fraco) x especialidade (intermediário) = prevalece a especialidade. 
o Especialidade (intermediário) x hierárquico (forte) = há divergência (parte da 
doutrina entende que não há prevalência, outra parte defende que prevalecerá 
o critério hierárquico). 
 
P á g i n a 1 6 
 
 
LINDB e Direito Público 
Introdução 
A Lei nº 13.655 de 2018 incluiu na LINDB os arts. 20 a 30 prevendo regras sobre segurança jurídica e 
eficiência na criação e na aplicação do direito público. Já o Decreto nº 9.830 de 2019 regulamenta os referidos 
artigos. Tais regras interessam ao Direito Administrativo e influem indiretamente em outros ramos. 
Informações relevantes 
Como essas alterações são corriqueiramente cobradas em questões de provas, deixaremos aqui os 
artigos mais relevantes, seguidos de breves apontamentos: 
ARTIGO 
20 
TRANSCRIÇÃO 
Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base 
em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências 
práticas da decisão. 
APONTAMENTOS 
o Finalidade do dispositivo: proibir motivações decisórias vazias, sem 
análise prévia de suas consequências práticas. 
o Valores jurídicos abstratos: conforme o Decreto nº 9.830/2019, são 
aqueles previstos em normas jurídicas com alto grau de 
indeterminação e abstração. 
o Razoabilidade e proporcionalidade: o parágrafo único desse artigo 
dispõe: “a motivação demonstrará a necessidade e a adequação da 
medida imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo 
ou norma administrativa, inclusive em face das possíveis alternativas”. 
ARTIGO 
21 
TRANSCRIÇÃO 
A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar 
a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa 
deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e 
administrativas. 
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, 
quando for o caso, indicar as condições para que a regularização ocorra de 
modo proporcional e equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se 
podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das 
peculiaridades do caso, sejam anormais ou excessivos 
P á g i n a 1 7 
 
 
APONTAMENTOS 
o Finalidade do dispositivo: promover o exercício responsável da função 
judicante do agente estatal (decisões irresponsáveis são 
incompatíveis com o Direito). 
o Decisão responsável: é aquela que, ao invalidar atos, contratos, 
processos e demais instrumentos, indique, de modo expresso, as 
consequências jurídicas e administrativas. 
O artigo 22 dispõe sobre a interpretação das normas sobre gestão pública, trazendo previsão expressa 
de que na interpretação deverão ser observados os obstáculos e as dificuldades reais do gestor. 
O artigo 23 impõe o dever de que se determine um regime de transição, toda vez que houver uma 
mudança na forma como tradicionalmente é interpretada determinada norma. 
Os demais artigos são autoexplicativos, mas não se deve negligenciar a leitura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a 1 8 
 
 
CÓDIGO CIVIL – PARTE GERAL 
Das Pessoas 
Da pessoa natural 
Conceito 
Pessoa natural é o ser humano, independentemente de qualquer adjetivação (como sexo ou raça). 
Personalidade 
Conceito 
A personalidade pode ser entendida como a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair deveres 
na ordem civil. TODA PESSOA NATURAL possui personalidade jurídica. 
Início da personalidade 
Existem 3 principais teorias que buscam explicar o início da personalidade. Vejamos: 
TEORIA NATALISTA 
A personalidade se inicia no nascimento com vida. 
É adotada pela primeira metade do art. 2º do CC/02. 
TEORIA DA PERSONALIDADE 
CONDICIONAL 
A personalidade se inicia na concepção, mas condiciona-se ao nascimento 
com vida. 
TEORIA CONCEPCIONISTA A personalidade se inicia na concepção. 
Nascimento com vida 
O nascimento ocorre com a separação do ventre materno, enquanto a vida ocorre com a primeira 
respiração fora do ventre. Acerca disso, vejamos algumas definições importantes: 
NASCITURO 
Ente já concebido, mas ainda não nascido (a lei põe a salvo, desde a concepção, os 
direitos do nascituro). 
CONCEPTURO 
Sujeito ainda não concebido. 
O Código Civil trata desta hipótese exclusivamente nas disposições testamentárias ao 
legitimar os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador. 
Gostou da 
Amostra?
Acesse nosso 
material completo
Quero Acessar 
https://go.hotmart.com/Y17027672M?src=amostradcivil

Outros materiais