Prévia do material em texto
MANUAL DO PROFESSOR 5 ANO ANO E n s in o G fia Geografia Ensino Fundamental Anos Iniciais Maria Elena Simielli PNLD2023_FUND1_CPA_5ºANO_GEO.indd 7PNLD2023_FUND1_CPA_5ºANO_GEO.indd 7 16/08/21 16:0616/08/21 16:06 PNLD2023_FUND1_CPA_5ºANO_GEO.indd 5 16/08/21 16:06 MANUAL DO PROFESSOR 5 ANO Geografia Ensino Fundamental • Anos Iniciais Maria Elena Simielli Bacharela e licenciada em Geografi a pela Universidade de São Paulo (USP) Professora doutora em Geografi a e professora livre-docente do Departamento de Geografi a – Pós-graduação na Universidade de São Paulo (USP) Ex-professora dos Ensinos Fundamental e Médio na rede pública e em escolas particulares do estado de São Paulo 1 edição, São Paulo, 2021 PNLD2023_FUND1_CPA_5ºANO_GEO.indd 8PNLD2023_FUND1_CPA_5ºANO_GEO.indd 8 16/08/21 16:0616/08/21 16:06 Direção editorial: Lauri Cericato Gestão de projeto editorial: Heloisa Pimentel Gestão de área: Brunna Paulussi Coordenação de área: Carlos Eduardo de Almeida Ogawa Edição: Felipe Vinícius dos Santos e Patricia Silva Coelho Planejamento e controle de produção: Vilma Rossi e Camila Cunha Revisão: Mariana Braga de Milani (ger.), Alexandra Costa da Fonseca, Ana Maria Herrera, Ana Paula C. Malfa, Carlos Eduardo Sigrist, Flavia S. Vênezio, Gabriela M. Andrade, Heloísa Schiavo, Hires Heglan, Luciana B. Azevedo, Luís M. Boa Nova, Luiz Gustavo Bazana, Patricia Cordeiro, Patrícia Travanca, Sandra Fernandez, Sueli Bossi e Vanessa P. Santos Arte: Claudio Faustino (ger.), Erika Tiemi Yamauchi (coord.), Keila Grandis (edição de arte), Arte Ação (diagramação) Iconografia e tratamento de imagens: Roberto Silva (coord.), campos de iconografia (pesquisa iconográfica), Emerson de Lima (tratamento de imagens) Licenciamento de conteúdos de terceiros: Fernanda Carvalho (coord.), Erika Ramires e Márcio Henrique (analistas adm.) Ilustrações: Cláudio Chiyo, Félix Reiners, Fórmula Produções, Ilustra Cartoon, Ingeborg Asbach, Newton Foot, Osni de Oliveira, Rodval Matias, Romont Willy e Vanessa Alexandre Cartografia: Mouses Sagiorato Design: Tatiane Porusselli (proj. gráfico), Luis Vassallo (capa e Manual do Professor) Foto de capa: ti-ja/Getty Images Todos os direitos reservados por Editora Ática S.A. Avenida Paulista, 901, 4o andar Jardins – São Paulo – SP – CEP 01310-200 Tel.: 4003-3061 www.edocente.com.br atendimento@aticascipione.com.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Angélica Ilacqua - CRB-8/7057 2021 Código da obra CL 720036 CAE 775436 (AL) / 775530 (PR) 1a edição 1a impressão De acordo com a BNCC. Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. Colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de créditos e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo. Impressão e acabamento 2 5ApisGeog23At_002_MPG.indd 25ApisGeog23At_002_MPG.indd 2 15/08/21 13:5315/08/21 13:53 Neste Manual do Professor, encontram-se os fundamentos teóricos que estruturam os temas desenvolvidos nos cinco volumes desta coleção. Esses temas foram selecionados com o cuidado de integrar os processos de literacia e de alfabetização e o desenvolvimento do pensamento espacial e do saber geográfico. O Manual está assim organizado: • Parte introdutória: apresenta os princípios e os fundamentos teóricos que nortearam a elaboração dos cinco volumes; como a coleção contribui para o processo de alfabetização; encaminhamentos para a utilização dos conteúdos; reflexões sobre a avaliação e o monitoramento das aprendizagens dos estudantes; a estrutura geral da proposta de trabalho da coleção; e a bibliografia. • Orientações para este volume: é formada por sugestões de planejamento para o ano letivo; pela reprodução reduzida do Livro do Estudante, acompanhada dos objetivos de cada unidade, das respostas das atividades, de orientações para encaminhamento dos conteúdos e desenvolvimento das atividades, da indicação das habilidades e das competências (de Geografia, de Ciências Humanas e gerais) conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e da indicação dos componentes essenciais para a alfabetização presentes nas unidades, além de atividades e textos complementares. A autora. A p re se n ta ç ã o 3 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 35ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 3 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 Sumário Parte introdutória ....................................... 5 A Geografia nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental ...................................... 5 O ensino por competências e habilidades: a BNCC ........................................ 5 Ensinar Geografia nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental ................................ 6 Como a Geografia contribui para a alfabetização e a literacia ................................ 6 Os conhecimentos de alfabetização e literacia e a Política Nacional de Alfabetização (PNA) ....................................... 7 Literacia básica e literacia intermediária nesta coleção ............................... 7 A literacia familiar e as atividades para casa ........................................................... 8 Alfabetização cartográfica ........................... 8 Conceitos geográficos na coleção ............. 9 Lugar .................................................................... 9 Paisagem ........................................................... 10 Território ............................................................ 11 Região ................................................................ 11 Natureza ............................................................ 12 Sociedade .......................................................... 12 Procedimentos metodológicos ................13 Atividades orais e escritas ................................ 13 Leitura de textos de diferentes gêneros ......... 14 Obras de arte e mapas mentais ........................ 14 Ícones de trabalho com alfabetização cartográfica................................ 14 Mapas de localização ........................................ 15 Situação-problema ........................................... 15 Interdisciplinaridade ........................................ 15 Avaliação formativa......................................16 Monitoramento e registro ................................ 16 Avaliação diagnóstica ...................................... 17 Avaliações de processo .................................... 17 Avaliação de resultado ..................................... 19 Remediação das aprendizagens ......................20 Organização geral da coleção ..................20 Estrutura dos volumes ......................................20 Abertura de unidade .......................................20 Seções e boxes ................................................20 Progressão didática das unidades temáticas da BNCC na coleção ......................... 21 Orientações para este volume ..............23 Como planejar o ano letivo ..........................23 O ano letivo, semana a semana ........................24 As competências e as habilidades da BNCC ....26 Competências gerais da Educação Básica ........26 Competências específicas de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental ..............26 Habilidades previstas para este ano letivo ........ 27 Referências bibliográficas comentadas .....................................................28 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido .................................29 Meu ponto de partida .......................................36 Introdução da Unidade 1 .................................42 Conclusão da Unidade 1 ..................................87 Introdução da Unidade 2 .................................88 Conclusão da Unidade 2 ................................135 Introdução da Unidade 3 ...............................136 Conclusão da Unidade 3 ................................ 179 Introdução da Unidade 4 ...............................180 Conclusão da Unidade 4 ................................ 215 Meu ponto de chegada ......................................216 4 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 45ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 4 16/08/21 14:0716/08/21 14:07 A Geografia nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental Com a evolução e o aprimoramento dos estudos sobre o pensamento geográfico e importantes reformas na educação brasileira decorrentes de transformações sociais, o ensino de Geografia tem passado por mudanças significativas. Atualmente, já se firmou a ideia de que ensinar e aprender Geografia significa ultrapassar a concepção de aula descritiva que prioriza a memorização de termos específicos. Hoje, busca-se desenvolver procedimentos que permitam ao estudante com- preender e apreender o espaço, partindo, sobretudo, da realida- de vivida. Os estudantes devem ser capazes de observar, conhecer, analisar, explicar e representar o lugar em que vivem e também os lugares não conhecidos ou não vividos. Devem de- senvolver a capacidade de analisar como os seres humanos pro- duzem e organizam o espaço e de que modo dele se apropriam. As abordagens para o ensino são expostas pela Base Nacional Comum Curricular, que organizou os saberes do componente curricular Geografia em unidades temáticas, objetos de co- nhecimento e habilidades. Ao ensinar Geografia, deve-se possibilitar aos estudantes o entendimento das relações sociedade-natureza e das relações estabelecidas na construção do espaço geográfico. Além disso, é fundamental promover a reflexão sobre a posição que se as- sume nessas relações, valorizando a cidadania e o papel do ser humano na transformação do espaço, bem como o exercício dos direitos sociais, da cidadania plena, do desenvolvimento de ca- tegorias de análise e do desenvolvimento do raciocínio espacial. Cabe à área de Ciências Humanas e à Geografia, em particular, instrumentalizar os estudantes a ler o espaço, a interpretar o mundo, a compreender processos e fenômenos sociais, culturais, políticos e naturais e a atuar de forma ética, responsável e autô- noma diante da realidade. A BNCC propõe que esses objetivos sejam articulados, garan- tindo o desenvolvimento de competências gerais da Educação Básica, competências específicas relativas à área de Ciências Hu- manas e competências específicas de Geografia. O ensino por competências e habilidades: a BNCC O pensamento espacial está associado ao desenvolvimento intelectual, que integra conhecimentos da Geografia e de várias outras áreas. Essa integração visa capacitar os estudantes a re- solver problemas que estão diretamente relacionados ao exer- cício da cidadania. Para fazer a leitura do mundo em que vivem, os estudantes precisam ser estimulados a pensar espacialmente, desenvolvendo o raciocínio geográfico. Por meio das unidades temáticas propostas pela BNCC, pro- cura-se apresentar práticas e conteúdos adequados ao desen- volvimento das competências previstas nesse documento. Essas unidades temáticas são as mesmas para os cinco Anos Iniciais do Ensino Fundamental e, pela gradação dos objetos de conhecimento e das habilidades, chega-se a um processo bem delineado na construção do conhecimento geográfico. Os objetos de conhecimento apresentam, junto com as habilidades específicas para cada ano, uma gradação de con- teúdos, indo do espaço mais próximo do estudante no ano inicial até um contexto espacial mais amplo – Brasil – nos últimos anos do Ensino Fundamental – Anos Iniciais. Essa evolução evidencia uma abordagem que parece se re- petir, mas que revela uma preocupação constante em fornecer ao estudante elementos cada vez mais complexos de um mesmo tema, entrelaçando conteúdos de anos anteriores e posteriores, num movimento de construção cada vez mais amplo, de acordo com o desenvolvimento cognitivo, assim como o desenvolvi- mento de todas as capacidades dos estudantes. Considera-se esse entrelaçamento bastante salutar, principal- mente em função das diferenças de aprendizado entre as escolas das diversas regiões do Brasil. Nessa situação, abre-se a oportu- nidade para que o professor realize movimentos em espiral na construção do currículo escolar, de modo a oferecer condições para uma aprendizagem mais adequada aos estudantes. A estrutura da coleção está organizada para facilitar a prá- tica do professor e permitir a construção de rotinas escolares que são importantes no processo de ensino e aprendizagem, além da própria aprendizagem de conteúdos específicos de Geografia. A preocupação com a aprendizagem em Geografia tem sem- pre um foco na aprendizagem significativa para o estudante, na qual os conhecimentos devem ser realmente compreendidos e ter um sentido no dia a dia da turma. Para tanto, utilizam-se atividades nas quais os conceitos são construídos e não recebidos de forma fechada e estanque. A BNCC estabelece dez competências gerais para a Educação Básica, das quais derivam competências por áreas do conheci- mento e habilidades por componente curricular. As sete com- petências específicas propostas pela BNCC para o ensino de Geografia consistem em: Competências específicas de Geografia para o Ensino Fundamental 1. Utilizar os conhecimentos geográficos para enten- der a interação sociedade/natureza e Parte introdutória 5 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 55ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 5 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas. 2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do co- nhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história. 3. Desenvolver autonomia e senso crítico para com- preensão e aplicação do raciocínio geográfico na aná- lise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, dife- renciação, distribuição, extensão, localização e ordem. 4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam infor- mações geográficas. 5. Desenvolver e utilizar processos, práticas e proce- dimentos de investigação para compreender o mun- do natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos cien- tíficos da Geografia. 6. Construir argumentos com base em informações geo- gráficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioam- biental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza. 7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autono- mia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos de- mocráticos, sustentáveis e solidários. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. p. 366. Disponível em: https://19q6.short.gy/jZwOTf. Acesso em: 28 jul. 2021. As habilidades previstas na BNCC foram abordadas dentro da proposta teórico-metodológica da coleção buscando pontos de contato e de integração com as diferentes áreas do conhecimen- to, visando à formação integral e ao protagonismo dos estudan- tes. A coleção está organizada em cinco volumes que abordam competências e habilidadesda Geografia dentro de uma pers- pectiva dinâmica e progressiva, priorizando o protagonismo do estudante na sua relação com o espaço em suas dimensões vi- vida, percebida e concebida. Ensinar Geografia nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental Nos primeiros anos do Ensino Fundamental, é muito impor- tante que o processo de aprendizagem ocorra por meio de prá- ticas sociais que favoreçam as atividades lúdicas e as brincadeiras. Desse modo, a criança é estimulada a reinterpretar as situações cotidianas e a construir novos significados e saberes. As práticas sociais são realizadas em grande parte por meio da linguagem e do conhecimento da escrita, que precisam ser traba- lhadas dentro de um contexto significativo para os estudantes. Práticas socioculturais de leitura, apropriação da língua escrita e usos sociais da língua aparecem como mecanismos de construção e aquisição da linguagem em sua dimensão global. Por isso, ativi- dades que estimulam a consciência fonológica e que evidenciam mais diretamente as relações existentes entre os fonemas e os gra- femas são muito relevantes nessa etapa da escolarização. Nesse sentido, é importante ater-se à contribuição que as áreas do conhecimento têm nos processos de leitura e escrita. Com base na leitura de imagens, mapas, gráficos e tabelas, por exemplo, a criança é inserida em um universo de conhecimento que a au- xiliará na leitura e na interpretação dos fenômenos que observa e dos quais participa. Intencionalidade ao planejar os percursos di- dáticos e elaborar as atividades é fundamental nesse processo. A ciência tem uma linguagem específica que a escola deve traduzir e apresentar aos estudantes por meio da mediação pe- dagógica realizada pelo professor. Aproximar os estudantes da linguagem própria do conhecimento científico é tarefa funda- mental da escola do século XXI e, para isso, a leitura e a escrita de códigos e símbolos próprios de cada área do conhecimento vão contribuir para o processo de alfabetização e literacia, que se tornam cada vez mais complexos e amplos à medida que a aprendizagem dos estudantes evolui. Como a Geografia contribui para a alfabetização e a literacia Os Anos Iniciais do Ensino Fundamental são marcados pro- fundamente pela alfabetização e pela aquisição de competências relacionadas à leitura e à escrita, bem como por seus usos em práticas sociais. Entretanto, esses processos não ocorrem apenas no componente curricular Língua Portuguesa. A alfabetização e a literacia acontecem amplamente em todas as áreas do conhe- cimento, fazendo-se presente em praticamente todos os com- ponentes curriculares. Pensar a Geografia escolar nesse contexto exige do professor planejar e colocar em prática estratégias intencionais de ensino que promovam a aprendizagem por meio da construção de habilidades inerentes ao raciocínio espacial e, por consequência, ao raciocínio geográfico. Ensinar conteúdos geográficos significa, nessa ótica, ensinar, 6 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 65ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 6 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 por meio do espaço vivido, a decodificar, interpretar e inferir aspectos presentes nos diferentes modos de apropriação e trans- formação do espaço geográfico, dos lugares e das paisagens. Por meio do espaço imediato, aquele no qual o estudante vivencia suas práticas sociais, inicia-se a alfabetização na leitura e na com- preensão de contextos mais amplos, que serão estudados em etapas de escolarização posteriores. Alfabetizar na leitura, na interpretação e na compreensão da produção e da transformação do espaço geográfico significa fornecer ao estudante elementos que o subsidiem não só a en- tender a história dos lugares, mas a relacionar fatores e aspectos constituintes de determinada realidade espacial. É, também, oferecer condições para que ele compreenda que o espaço geo- gráfico resulta da atividade humana, que está em constante modificação, cujos responsáveis por essas mudanças somos nós. Nesse sentido, os Anos Iniciais do Ensino Fundamental assu- mem um papel singular na alfabetização e na literacia dentro das Ciências Humanas e da Geografia, que possuem especifici- dades e se distinguem de outras áreas do conhecimento e com- ponentes curriculares. Por meio dos diferentes conteúdos trabalhados pedagógica e didaticamente, é possível que o estudante amplie seu vocabu- lário; ganhe maior fluência na leitura oral, principalmente de textos informativos; compreenda e produza textos nos quais os conteúdos conceituais e procedimentais se façam presentes. Cabe ressaltar que tanto os conteúdos como os materiais sele- cionados devem estar adequados à série e aos objetivos que se pretende atingir no final do percurso didático. Os conhecimentos de alfabetização e literacia e a Política Nacional de Alfabetização (PNA) Alfabetização e literacia são fenômenos diferentes, mas com- plementares. O primeiro é o processo de apropriação, da com- preensão e do domínio do sistema de escrita, enquanto literacia contempla as habilidades de escrita, leitura, compreen- são e interpretação daquilo que é lido. Entendida dessa forma, a literacia é um processo amplo, de caráter histórico-social abrangente, que independe do sistema de escrita utilizado. Dessa maneira, a alfabetização deve propiciar e facilitar o pro- cesso da literacia. O grande desafio é coordenar esses processos de modo a atingir com eficiência os objetivos propostos para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Os estudantes precisam dominar o sis- tema alfabético e usar corretamente a língua nas práticas sociais de leitura e escrita. A criança que está sendo alfabetizada preci- sa usar a língua escrita, associando o uso dos grafemas (letras e outros símbolos comunicativos escritos), seus sons e significados sociais, para ler e produzir textos. Ela decodifica símbolos, loca- liza informações, aprende a separar relações de causa e efeito, infere dados, interpreta e compreende. Desse modo, apenas proporcionando à criança um ambiente alfabetizador, ela conseguirá desenvolver as habilidades de uso da leitura e da escrita em quaisquer campos do conhecimento científico, uma vez que, por meio delas, efetiva-se a compreensão das diversas relações existentes entre a natureza, a cultura e os saberes constituídos no campo da ciência. A literacia é, portanto, condição essencial para a aquisição das competências almejadas na BNCC e para o exercício da cidadania plena. A PNA apresenta esse processo nas etapas da literacia básica, intermediária e familiar. Literacia básica e literacia intermediária nesta coleção O processo de aquisição da literacia como uma competência própria da aprendizagem é constituído por etapas que se esta- belecem ainda na idade pré-escolar. O ambiente familiar e o contexto sociocultural estão diretamente relacionados a essa fase. A literacia básica, formada na fase pré-escolar a partir do con- tato das crianças com a linguagem oral e escrita dentro da famí- lia e em convívio social, marca o início de um longo e contínuo processo que se estenderá até o Ensino Médio e depois dele. Ela estrutura as bases da alfabetização e, por isso, é muito importan- te incentivar práticas de leitura oral, contação e partilha de his- tórias. Igualmente relevante é a valorização das formas de expressão daquilo que se compartilha a partir da leitura. Dese- nhos, brincadeiras, jogos que envolvam grafemas são exemplos de atividades presentes nessa etapa, que se estende até o final do primeiro ano do Ensino Fundamental. Do segundo ao quinto ano, a criança já está imersa no am- biente escolar, de modo que o contato com procedimentos de leitura, escrita, interpretação e compreensão textual fazem par- te de sua rotina. O reconhecimento e a aproximação com novos vocábulos, a constituição e a ampliação do vocabulário comum, conteúdos de natureza ortográfica e uma fluência maior na lei- tura oral são alguns exemplos entre vários que poderiamser elencados para caracterizar esse período da escolarização, no qual se desenvolve a literacia intermediária. Nessa fase, é importante que o professor apresente e trabalhe com os estudantes palavras relacionadas ao conjunto de saberes que caracterizam as Ciências Humanas e a Geografia, como pai- sagem, lugar, natureza, sociedade, mapa, espaço geográfico, entre outras. Essas palavras, que constituem conceitos funda- mentais nos estudos geográficos, serão retomadas e terão seus significados ampliados e tornados mais complexos com a pro- gressão escolar. Por isso, estratégias didático-pedagógicas que favoreçam as competências leitora e escritora são de grande relevância des- de cedo. Ler e entender o conteúdo de um texto, por mais simples que seja, localizar informações, identificar as palavras mais importantes para a compreensão textual, expressar-se de diferentes maneiras (escrita, em desenho, em comunicação oral, por exemplo) a partir de algo que foi lido e estudado são pro- cedimentos essenciais nessa fase escolar. 7 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 75ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 7 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 A literacia familiar e as atividades para casa Na literacia, tão importantes quanto as ações didático-peda- gógicas realizadas em ambiente escolar são as atividades reali- zadas fora dele. O envolvimento da família na aprendizagem da leitura e da escrita e as atividades realizadas em casa são elemen- tos que se somam aos esforços realizados pelos educadores para que os estudantes avancem em seu aprendizado. É de amplo conhecimento que um ambiente leitor gera be- nefícios nas crianças em idade escolar. Por isso, nesta coleção, além de atividades para serem realizadas nas aulas, há indicações de atividades para serem realizadas em casa, tais como reconto e leitura em voz alta, produção escrita e interpretação de texto, proporcionando o trabalho com os componentes essenciais para a alfabetização e com os processos gerais de compreensão de leitura. No Livro do Estudante, as atividades indicadas para casa são sinalizadas com o ícone . Alfabetização cartográfica O mapa é uma das formas criadas pela humanidade para expressar o conhecimento sobre o espaço geográfico. Dentre a variada gama de mapas existentes, alguns são mais presentes no cotidiano das pessoas como os de navegação, os turísticos e os temáticos. Na escola são mais presentes os mapas, que tanto facilitam a compreensão espacial dos temas tratados nos dife- rentes componentes curriculares como subsidiam a utilização dos demais mapas citados. A importância de trabalhar com ma- pas desde as séries iniciais se justifica pela forte presença desse objeto no cotidiano das pessoas e no potencial que ele tem no desenvolvimento do pensamento espacial. As metodologias de trabalho com mapas nas séries iniciais são denominadas pela Cartografia científica de “Alfabetização Cartográfica”. Alfabetizar cartograficamente demanda uma série de procedi- mentos para o domínio e a aprendizagem da linguagem dos ma- pas, que é visual, constituída de símbolos gráficos, e também verbal, em seus títulos, topônimos e legendas. Um bom uso de mapas não se restringe ao desvendamento do universo simbólico deles: é necessário que possibilite a compreensão da relação entre o real e a representação simbólica. Em outras palavras, não basta dominar as representações simbólicas pela leitura de uma legen- da: é importante que a criança seja orientada a depreender signi- ficados do recorte do espaço geográfico que está representando ou gerar significações para as áreas mapeadas por outros e que ela está conhecendo indiretamente. Assim, alfabetizar cartografi- camente significa criar condições para que estudantes sejam “lei- tores críticos” ou “mapeadores conscientes”. Historicamente, a Alfabetização Cartográfica compõe o cam- po de conhecimento da Cartografia Escolar, articulada academi- camente com a ciência geográfica. As pesquisas nessa área são desenvolvidas desde as décadas de 1960 e 1970. Na França, Jacques Bertin apresentou, em 1967, estudos sobre a semiologia gráfica, ou seja, sobre a gramática da linguagem dos mapas, e no Reino Unido, William Balchin, em 1972 apresentou suas pes- quisas em literacia, graficacia e numeracia, no contexto da Geo- grafia e da Cartografia Escolar. Esses estudos subsidiaram a pesquisa brasileira. Em 1978 Lívia de Oliveira publicou seu “Estu- do metodológico e cognitivo do mapa”, no qual menciona ex- plicitamente a “alfabetização” cartográfica, e em seguida outras abordagens sobre a temática foram desenvolvidas (PAGANELLI, 1982; SIMIELLI, 1986; LE SANN, 1989). Esses avanços teóricos permitiram a consolidação da área de pesquisa no Brasil, reconhecida pela Associação Cartográfica Internacional, e a organização de evento próprio, denominado “Colóquio de Cartografia para Crianças e Escolares”, cuja primei- ra edição se deu em Rio Claro (SP), em 1995, e a mais recente (11a edição) ocorreu em Pelotas (RS), em 2020. A disseminação do conhecimento com base nesses eventos foi bastante significati- va na formulação de políticas públicas nessa área, aparecendo a linguagem cartográfica como um dos temas centrais articulado- res do conhecimento escolar em Geografia. Assim, a Alfabetiza- ção Cartográfica se fez presente nos PCN e permanece presente na BNCC, como um componente importante para leitura e com- preensão do espaço. A leitura e a compreensão do espaço geográfico são proces- sos a serem desenvolvidos nos cinco primeiros anos do Ensino Fundamental de modo contínuo, e não de forma isolada em um ou outro ano. A proposta da coleção vai ao encontro da BNCC quanto ao processo de construção do pensamento espacial. Ela deve ser, portanto, trabalhada de forma integrada aos processos de alfabetização e literacia da criança. A linguagem da Cartografia é amplamente baseada na lin- guagem gráfica. Por isso é natural que se comece a trabalhar o entendimento dos mapas no momento escolar em que o dese- nho infantil é e deve ser muito valorizado, por ser uma expressão espontânea da criança. É importante a atenção a essa forte rela- ção entre o desenho livre e a Cartografia, pois ambos comparti- lham, na origem, a mesma linguagem, ainda que se desdobrem em produtos diferenciados. Adotamos nesta coleção a proposta sobre Alfabetização Car- tográfica, construída com os arcabouços teóricos mencionados, assim estruturada: 8 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 85ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 8 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 Alfabetização Cartográfica Visão oblíqua e visão vertical Construção da noção de legenda Desmitificação da Cartografia-desenho Lateralidade, referência e orientação Alfabeto cartográfico: linha, ponto e área COGNIÇÃOCOGNIÇÃO Proporção e escala Imagem tridimensional e bidimensional Cartografia como meio de comunicação e leitura das representações gráficas no processo de aprendizagem da Geografia Conceitos geográficos na coleção O conhecimento geográfico é apreendido pelos estudantes à medida que adquirem conceitos geográficos. Segundo Nídia Pontuschka: […] A criança, em suas ações cotidianas, na re- lação com o mundo, inicia um processo de categori- zação e assim separa ou agrupa por semelhanças e diferenças (cor, tamanho, ruído; ter patas, pelo, pena; viver na água, na floresta, na cidade). A inclusão dos entes nas classes mais abrangentes é uma das gran- des dificuldades dos alunos do Ensino Fundamental. A criança necessita identificar e diferenciar os atri- butos menos abrangentes dos mais abrangentes. No caso do espaço, por exemplo, é atributo do bairro ser de menor extensão do que a cidade. A passagem dos conceitos “cotidianos” aos con- ceitos científicos é um aprendizado que se efetiva com o desenvolvimento do raciocínio no âmbito exterior e interior da escola. A hierarquização dos conceitos mais gerais, mais inclusivos,dos conceitos interme- diários e dos mais específicos, pouco inclusivos, en- seja a elaboração dos mapas conceituais. Tanto para o professor quanto para o licenciando, o mapa con- ceitual é um instrumento de reflexão sobre a com- plexidade de um conceito e suas relações com outros conceitos envolvidos em uma aula, tema ou unidade. PONTUSCHKA, Nídia Nacib et al. (org.). Para ensinar e aprender Geografia. São Paulo: Cortez, 2012. p. 124. Nesta coleção, trabalha-se a construção de alguns conceitos considerados significativos e essenciais para a compreensão e a análise do espaço. São eles: lugar, paisagem, território, região, na- tureza e sociedade. Lugar O conceito de lugar tem sido apresentado em muitos livros escolares com foco nos espaços com os quais as pessoas têm vínculos mais afetivos e subjetivos, sempre ligados a referências pessoais. Apesar de ser uma abordagem correta, ela deve ser ampliada e contextualizada. Isso porque o plano da vida cotidia- na traz em si outras escalas, já que o que se passa no mundo tem repercussões na vida cotidiana. Por exemplo, políticas globais sobre o comércio afetam os preços das mercadorias consumidas no dia a dia; decisões políticas no âmbito da educação afetam o dia a dia na escola, entre muitas outras situações envolvendo o local e o global. Lana Cavalcanti afirma que a discussão teórico-metodológica sobre a categoria lugar na ciência geográfica tem sido feita atual- mente em três perspectivas: humanística, histórico-dialética e pós-moderna. Para uma primeira aproximação da análise do significado de lugar, as formulações da Geografia humanística são bastantes produtivas. […] Se a relação entre sujeito e objeto no proces- so de conhecimento como um todo tem uma dimen- são subjetiva, no caso desse conceito o apelo ao SIMIELLI, Maria Elena. O mapa como meio de comunicação e a alfabetização cartográfica. In: ALMEIDA, Rosângela Doin de (org.). Cartografia escolar. São Paulo: Contexto, 2014. p. 90. 9 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 95ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 9 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 subjetivo parece ser mais forte, uma vez que antes de conceituar os alunos já têm uma experiência direta com o lugar, com o seu lugar. No entanto, não se pode contentar com o conhecimento do aluno apenas no âmbito de seu cotidiano. A compreensão de que lugar só pode ser entendido como expressão da totalidade, inacabada, aberta e em movimento, leva à necessidade de ampliar o entendimento do vivido e do concebido. […] CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e constru- ção de conhecimentos. Campinas: Papirus, 2016. p. 91. Sobre o conceito de lugar, podemos ainda analisar o que co- locam as autoras Helena Callai e Ana Fani Alessandri Carlos: […] trabalhar com uma dimensão escalar tor- na-se uma exigência, capaz de superar a interpre- tação localista e fechada que impede o encontro de explicações para o que vai acontecendo. E a escala social de análise precisa estar clara e refe- renciar todo e qualquer estudo, pois além do glo- bal/mundial e do local, temos também níveis intermediários que são o regional e o nacional. E o universal está presente em todos esses recortes, que são espaciais, mas também políticos, admi- nistrativos, culturais e sociais. Cada lugar está inserido numa rede que comporta essa escala de análise e, por isso, a articulação dos fatos, fenô- menos e forças reais e/ou virtuais tem de ser re- conhecida e considerada em seu contexto. Talvez seja importante deixar claro o que se en- tende por escala social de análise. Ao trabalharmos com recortes espaciais, estamos definindo lugares que poderão ter extensões diversas e constituições diferenciadas (região, nação, mundo, por exemplo). Os fenômenos acontecem no mundo, mas são loca- lizados temporal e territorialmente num lugar. As explicações não estão apenas no lugar, mas em to- dos os outros níveis da escala de análise. Portanto, trabalhar com o conceito de lugar na escola signifi- ca entendê-lo no contexto em que se insere. […] Cabe aqui uma advertência quanto ao estudo do lugar e do cotidiano. Ela diz respeito à forma de trabalhar com esses conceitos, não sendo regra absoluta ter de partir do lugar que está perto e é conhecido para o mais amplo e desconhecido. A questão é de perspectiva escalar, recorrendo a ou- tra dimensão da escala conforme for mais adequa- do para a abordagem que está sendo feita. Com essa concepção, fica claro que o lugar não se restringe a seus próprios limites, nem no que diz respeito às fronteiras físicas, nem às ações e suas ligações externas; é um lugar que comporta em si o mundo. […] CALLAI, Helena Copetti. Escola, cotidiano e lugar. In: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Geografia – Ensino Fundamental. Brasília, 2010, v. 22. p. 30-31 e 40. (Coleção Explorando o ensino – Geografia). Disponível em: https://19q6.short.gy/FKG4ap. Acesso em: 28 jul. 2021. Nas Ciências Humanas e na Geografia, em par- ticular o problema da redefinição do lugar emerge como uma necessidade diante do esmagador pro- cesso de globalização, que se realiza, hoje, de forma mais acelerada do que em outros momentos da história. Nesse contexto, é possível, ainda pensar o lugar enquanto singularidade? O lugar é uma noção que e se desfaz e se despersonaliza diante da massacrante tendência ao homogêneo, num mundo globalizado? Ou lugar ganha uma outra dimensão explicativa da realidade como, por exem- plo “enquanto densidade comunicacional, informa- cional e técnica”, como afirma Milton Santos? […] O lugar é a base da reprodução da vida e pode ser analisado pela tríade habitante – identidade – lu- gar. A cidade, por exemplo, produz-se e revela-se no plano da vida e do indivíduo. […] […] […] Deste modo a análise do lugar se revela – em sua simultaneidade e multiplicidade de espaços so- ciais que se justapõem e interpõem – no cotidiano com suas situações de conflito e que se reproduz, hoje, anunciando a constituição da sociedade ur- bana a partir do estabelecimento do mundial. O lugar é o mundo do vivido, é onde se formulam os problemas da produção no sentido amplo, isto é, o modo como é produzida a existência social dos se- res humanos. […] O lugar aparece como um desafio à análise do mundo moderno exigindo um esforço analítico muito grande que tente abordá-lo em sua multi- plicidade de formas e conteúdos, em sua dinâmica histórica. CARLOS, Ana Fani Alessandri. O lugar no/do mundo. São Paulo: FFLCH, 2007. p. 17 e 20. Disponível em: https://19q6.short.gy/Xr6Bau. Acesso em: 28 jul. 2021. Paisagem Quando se olha por uma janela, vê-se uma paisagem. Tudo o que se vê à frente é uma paisagem, definida até a linha do horizonte. Na paisagem há elementos naturais (rios e matas nativas, por exemplo) e elementos culturais (casas, prédios e avenidas, por exemplo). Nesta coleção são propostas várias atividades para 10 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 105ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 10 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 leitura de paisagens por meio de planos, do mais próximo até o mais distante. Em uma perspectiva da Geografia na atualidade, paisagem é definida por Milton Santos da seguinte forma: Tudo aquilo que nós vemos, o que nossa visão alcança, é a paisagem. Esta pode ser definida como o domínio do visível, aquilo que a vista abarca. Não é formada apenas de volume, mas também de cores, movimentos, odores, sons etc. SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Edusp, 1988. p. 61. Para esse autor, paisagem é a materialização de um instante da sociedade, enquanto o espaço geográfico contém o movi- mento dessa sociedade. […] A paisagem atende a funções sociais diferen- tes, por isso ela é sempre heterogênea; uma paisagem é escrita sobre a outra, é um conjunto de objetos que têm idades diferentes, é uma herança de muitos di- ferentes momentos; ela não é dada para sempre, é objeto de mudança, é um resultadode adições e sub- trações sucessivas, é uma espécie de marca da his- tória do trabalho, das técnicas; ela não mostra todos os dados, que nem sempre são visíveis; [...]. CAVALCANTI, Lana de Souza (org.). Geografia, escola e construção de conhecimentos. Campinas: Papirus, 2016. p. 99. Diamantino Pereira afirma em um artigo que a paisagem é a forma, e a Geografia tem como método de análise partir da pai- sagem, ou seja, da forma dos fenômenos. Mas “partir da paisa- gem” significa não ficar estacionado nela. […] Como eu posso partir de uma paisagem para analisar geograficamente uma realidade? Dando sentido para os elementos que nela estão contidos. O [que] quer dizer isso concretamente? Quer dizer que temos que entender o conteúdo para podermos entender a forma e também admitir que ela, uma vez constituída, influencia tanto na própria forma, quanto no conteúdo. Quando observamos uma paisagem, começamos por identificar suas formas e seus componentes: o meio físico constituído pelas edificações, ruas, es- tradas, viadutos, rios, montanhas, vegetação, meios de transporte e deslocamento, as pessoas, suas ves- timentas, seus procedimentos etc. Todas essas iden- tificações podem ser representadas na forma de uma descrição, uma representação gráfica ou cartográfi- ca. Independentemente dessas modalidades, entra- mos em contato com a forma que uma dada realidade assume para que possa existir: a sua es- pacialidade manifestada nas formas da paisagem. […] PEREIRA, Diamantino. Paisagens, lugares e espaços: a Geo- grafia no Ensino Básico. [s.d.]. Disponível em: https://19q6.short.gy/5jiL37. Acesso em: 28 jul. 2021. Ainda segundo esse autor, as paisagens modificam-se à me- dida que a sociedade – que é a dinâmica que produz as paisagens – também se altera. Quando os fatos ocorrem, constroem seu espaço, e é por isso que, quando os fatos mudam, muda também o seu espaço. Território Quando um governo exerce seu poder de forma autônoma sobre determinada área terrestre, temos um território que inclui o mar territorial e o espaço aéreo. Território é o espaço nacional controlado por um Estado nacional. Lana Cavalcanti descreve: […] Um entendimento não reducionista de território implica, ao que parece, entendê-lo, conforme for- mulações anteriores, como um campo de forças operando sobre um substrato material referencial (seja esse substrato o quarto de uma casa ou um país). Implica também distinguir na delimitação de territórios o domínio material, que significa a apro- priação, no sentido estrito, do domínio da influên- cia, âmbito territorial de intervenção. [...] No caso específico do ensino, cabe, então, indagar sobre que conceito de território se quer ajudar os alunos a construírem. É importante trabalhar com os alunos conteúdos que fundamentem o papel históri- co que têm desempenhado as formas de poder exer- cidas por determinados grupos e/ou classes sociais na construção da sociedade e de seus territórios [...]. Trabalhar com os alunos na construção de um conceito de território como um campo de forças, envolvendo relações de poder, é trabalhar a delimi- tação de territórios na própria sala de aula, no lu- gar de vivência do aluno, nos lugares por ele percebidos (mais próximos – não fisicamente – do aluno); é trabalhar elementos desse conceito – ter- ritorialidade, nós, redes, tessitura, fronteira, limites, continuidade, descontinuidade, superposição de poderes, domínio material e não material – no âm- bito vivido pelo aluno. […] CAVALCANTI, Lana de Souza (Org.). Geografia, escola e construção de conhecimentos. Campinas: Papirus, 2016. p. 110. Região Na atualidade, o conceito de região vem sendo revisto e en- frenta as contraposições de um processo acelerado de transfor- mações do espaço, decorrente da fase contemporânea do capitalismo. Segundo Sandra Lencioni, a palavra região torna os geógra- fos prisioneiros de um problema complexo, pois tem sentidos variados. 11 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 115ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 11 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 […] É uma palavra de uso corrente e, como às vezes ocorre com o discurso geográfico, se exprime por metáforas, a exemplo da expressão “região que trabalha”. Uma dificuldade decorre do fato de a palavra região assumir, frequentemente, um cará- ter ideológico, na medida em que serve de referên- cia para a construção de mistificações geográficas, tornando-se, por isso, um instrumento de manipu- lação política. […] LENCIONI, Sandra. Região e Geografia – a noção de região no pensamento geográfico. In: CARLOS, Ana Fani (org.). Novos caminhos da Geografia. São Paulo: Contex- to, 2015. p. 187. De acordo com a autora, o avanço dos estudos geográficos conduziu a uma tendência de separar a Geografia como ciência da natureza ou como ciência do homem, centrando-se ora na análise dos fenômenos da natureza, ora nos aspectos que inte- ressam à sociedade. Assim, a própria evolução da ciência geo- gráfica acabou por comprometer a análise da unidade dos aspectos físicos e humanos da realidade. A solução, então, para essa cisão da Geografia veio por meio do estudo regional, que permitiu combinar o procedimento metodológico pertinente ao estudo dos fenômenos naturais com a perspectiva de compreensão dos aspectos da vida social e cultural. Desse modo, procurou-se resolver essa cisão pelo estudo regional, que tentou relacionar os fenômenos físicos e humanos de dada área. É por isso que os estudos regionais se consagraram como a alternativa de manutenção da unidade do componente curricular Geografia. Ainda, segundo a autora Sandra Lencioni: […] A geografia nos ensina há décadas a dife- rença entre área e região, afirmando que nem toda área constitui uma região. Para que uma dada área se constitua como uma região é indispensável ha- ver uma unidade interna, uma coesão, ou seja, a constituição de uma totalidade. […] LENCIONI, Sandra. Urbanização difusa e a constituição de megarregiões. O caso de São Paulo-Rio de Janeiro. e-metropolis – Revista Eletrônica de Estudos Urbanos e Regionais, ano 6, n. 22, set. 2015. p. 10. Disponível em: https://19q6.short.gy/yKoIrz. Acesso em: 28 jul. 2021. De acordo com Lana Cavalcanti: [...] É possível [...] compreender a região, na atuali- dade, como uma área formada por articulações particulares no quadro de uma sociedade globali- zada. Essa região é definida a partir de recortes múltiplos, complexos e mutáveis, mas destacando- -se, nesses recortes, elementos fundamentais, como a relação de pertencimento e identidade entre ho- mens e seu território, o jogo político no estabeleci- mento de regiões autônomas ante um poder central, a questão do controle e da gestão de um território (Gomes, 1995). [...] No senso comum, o conceito de região [...] as- sociado à localização e à extensão de um certo fato ou fenômeno: Um conjunto de área onde há o domínio de determinadas características que dis- tinguem aquela área das demais. Um outro sentido atribuído à região é o de unidade administrativa, sendo a divisão regional, nesse caso, a forma pela qual se exercem a hierarquia e o controle na admi- nistração dos estados. […] CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. Campinas: Papirus, 2016. p. 104. Natureza Conceito bastante amplo e de complexa definição. No âmbi- to da Geografia, pode ser analisado pela relação sociedade-na- tureza. […] Em que pesem as diferenças, as concepções podem ser agrupadas em três visões distintas: a visão de natureza como organismo “humano”; a natureza como manifestação de uma inteligência externa e exterior a ela; e a visão evolucionista da natureza. [...] [...] [...] deduz-se que não é fácil, talvez nem dese- jável, buscar um único entendimento sobre o con- ceito de natureza. Ao contrário, é preciso levar em conta a multiplicidade de significados na ciência e no senso comum como um elemento fundamental do ambiente. Ou seja, é preciso construirno ensino um conceito de natureza que seja instrumentaliza- dor das práticas cotidianas dos alunos, em seus diferentes níveis, o que requer inserir esse conceito num quadro de problemática ambiental da atuali- dade. Por ser assim, é útil a análise geográfica do ambiente, envolvendo a relação sociedade/natureza. CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e constru- ção de conhecimentos. Campinas: Papirus, 2016. p. 111 e 114. Assim, para essa faixa etária, podemos considerar como na- tureza tudo o que existe sem o trabalho humano: os diferentes tipos de vegetação, as distintas formas de relevo, os animais nativos. Não podemos, entretanto, esquecer a relação socieda- de-natureza. Sociedade Esse conceito também é muito complexo e pode ser analisa- do sob vários prismas. No meio geográfico dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, e nesta coleção, pode ser entendido como: [...] [...] um agrupamento de indivíduos que vivem de acordo com determinadas regras, num certo 12 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 125ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 12 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 espaço geográfico. Temos vários exemplos de so- ciedades: das abelhas, das formigas, a sociedade humana etc. Em geografia nosso interesse é vol- tado para a sociedade humana, pois é ela que mo- difica profundamente a natureza e constrói o espaço geográfico (Vesentini e Vlach, 1991). [...] [...] Na realidade social atual (global), os meios de vida ganharam novos significados, assim como suas formas de expressão: o indivíduo, o grupo, a sociedade, as classes, a cidadania, a nação, a his- tória, a tradição, a cultura, a língua, o mercado e o espaço geográfico. Exige-se, assim, uma outra ló- gica na produção de conhecimento, para que se possa entender o significado dessas formas de ex- pressão sociais. [...] [...] [...] Mais uma vez, o pensamento dialético, o pensamento por contradição, ajudaria alunos e pro- fessores a ampliar suas representações sobre so- ciedade, tendo em vista compreender melhor as relações que determinadas sociedades, em deter- minados contextos históricos e em condições con- cretas, estabelecem com seu espaço geográfico. […] CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. Campinas: Papirus, 2016. p. 117, 119 e 121. Procedimentos metodológicos Nesta coleção partiu-se do princípio de que a construção do conhecimento é dinâmica, organizada por estruturas individuais psicológicas e baseada nas relações sociais que configuram a vida da criança. Considera-se fundamental que os estudantes atuem como sujeitos ativos no processo de ensino-aprendiza- gem, participando da construção do próprio conhecimento. O espaço da sala de aula permite que eles questionem, reflitam, raciocinem e procurem soluções, considerando seus saberes prévios (adquiridos com suas vivências) e os novos conhecimen- tos que estão sendo construídos. Esta coleção baseia-se em uma metodologia dinâmica, que favorece a participação ativa dos estudantes nas aulas, por meio de atividades de sensibilização, observação, análise, comparação, pesquisa, problematização, formulação de hipóteses e conclu- sões, bem como atividades que desenvolvem a alfabetização cartográfica e o pensamento espacial. Entende-se que: […] Na prática pedagógica, é importante o pro- fessor conhecer as motivações dos alunos, suas concepções espontâneas e seus interesses, para que possa planejar ou organizar estratégias de ensino que facilitem a aprendizagem. Também é necessá- rio estabelecer as finalidades educativas, por meio de o que ensinar, para que ensinar, quem ensinar, como ensinar. Sendo o aluno o protagonista e gran- de participante do processo de ensino-aprendiza- gem, cabe ao professor ser o mediador, facilitando o acesso ao conhecimento. […] CASTELLAR, Sonia M. Vanzella (org.). Metodologias ativas: introdução. São Paulo: FTD, 2016. p. 10. Seguindo essa ideia, as atividades e as propostas de trabalho desta coleção foram organizadas para suscitar nos estudantes o desenvolvimento dos conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais. Essa organização foi feita de forma significativa, pro- movendo atividades investigativas que estimulam o levantamen- to de hipóteses, o debate e a troca de ideias. A seguir, são destacadas algumas estratégias da coleção, ela- boradas com a finalidade de facilitar o processo de aprendizagem e evidenciar os procedimentos metodológicos aqui propostos. Espera-se, com essas orientações, subsidiar o desenvolvimento do trabalho com a coleção em sala de aula. Atividades orais e escritas Considera-se que, nessa faixa etária, a escolarização deve ter preocupações amplas, no sentido de desenvolver um trabalho que vá além da escrita e da leitura. Entende-se que o processo de aprendizagem passa também pela representação gráfica e pela oralidade, entre outras habilidades. Desse modo, algumas atividades requerem dos estudantes o desenvolvimento dessa habilidade especificamente (a oralidade). Nesses casos, é preciso organizar a sala de aula de modo que todos possam escutar as apresentações dos trabalhos e das pes- quisas. Deve-se estimular a oralidade do estudante, consideran- do aspectos como a postura, a voz, o tempo determinado para a exposição, a organização das frases e a defesa das ideias. É preciso destacar a importância de também saber ouvir: um bom orador sabe escutar, respeitando as diferentes opiniões, as difi- culdades e os limites do outro. Caso haja algum estudante mais tímido, deve-se trabalhar gradualmente com ele, evitando situa- ções que o exponham em demasia. No Livro do Estudante, as atividades indicadas para o trabalho com a oralidade estão sinalizadas com o ícone: . A leitura e a escrita também são habilidades importantes que devem ser acompanhadas e orientadas. Na coleção, há um nú- mero significativo de atividades que trabalham o desenvolvi- mento dessas habilidades. Tanto a leitura como a escrita devem ser uma preocupação sistemática do professor, que deve estar atento à transposição da linguagem oral para a linguagem escri- ta realizada pelos estudantes. Encaminhamentos que envolvem tanto atividade oral como a escrita aparecem na seção Minha coleção de palavras de 13 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 135ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 13 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 Geografia. O objetivo básico é a sistematização de palavras de cunho geográfico, por meio da linguagem oral, escrita ou gráfi- ca/visual. Sugere-se sempre nesta coleção uma maneira de rea- lizar as atividades – conversando com os colegas, no caderno etc. –, mas isso não é imperativo. Cabe ao professor, com ampla liberdade e criatividade, adaptá-las à realidade e ao momento. As atividades devem também trabalhar situações-problema com foco no meio em que os estudantes vivem e atuam. Leitura de textos de diferentes gêneros Ao longo de sua escolaridade, as crianças devem ter garan- tido o acesso a uma diversidade de gêneros textuais. A leitura de exemplares de diferentes gêneros textuais permite aos es- tudantes transitar por distintas formas de apresentar um assun- to, questionar, avaliar, refletir, argumentar, entre outras possibilidades. Os textos são produzidos em determinado contexto histórico, adquirindo formas e estilos próprios que vão mudando à medi- da que a cultura na qual estão inseridos também muda. Ou seja, os textos não são construções fixas. Em razão das mudanças sociais, há gêneros textuais que desaparecem, outros se trans- formam ou dão origem a novos gêneros. Nesta coleção, possibilita-se o contato dos estudantes com uma rica diversidade de gêneros textuais, com o objetivo de contribuir no processo de literacia e alfabetização, ampliar o re- pertório literário deles e participar da sua inserção em um mun- do cada vez mais mutável. A seguir, são indicadas as etapas, na prática, para a leitura de um texto de quase todos os gêneros, segundo Nídia Pontuschka: […] Na análise de um texto, é preciso prever suces-sivas leituras. Uma primeira leitura, para que o aluno possa ter uma visão geral e de conjunto so- bre seu conteúdo; uma segunda leitura, buscando destacar (grifando ou assinalando com uma linha vertical na margem) os trechos mais importantes, os termos ou palavras-chave (que podem ser gri- fados com cores diferentes), assim como aquilo que é passível de crítica ou necessita ser mais bem esclarecido (com um ponto de interrogação); uma terceira leitura, procurando levantar as questões mais relevantes para uma crítica e reflexão pessoal ou para o debate em grupo. […] PONTUSCHKA, Nídia Nacib et al. (org.) Para ensinar e apren- der Geografia. São Paulo: Cortez, 2012. p. 221. Obras de arte e mapas mentais As obras de arte constituem outro importante recurso didá- tico utilizado nesta coleção. Procurou-se inseri-las em situações específicas, com o objetivo de desenvolver a sensibilidade esté- tica e possibilitar a relação entre a Arte e os conteúdos de Geo- grafia. Os mapas mentais também são outro recurso utilizado em situações pontuais. São considerados fundamentais para o desenvolvimento dos conteúdos ligados à linguagem gráfica, em particular a Cartografia, estabelecidos em cada capítulo. Segundo Amélia Nogueira: Os mapas mentais são representações construí- das inicialmente tomando por base a percepção dos lugares vividos, experienciados, portanto partem de uma dada realidade. [...] [...] podemos interpretar que os mapas mentais trazem neles representados muito mais do que pon- tos de referência para facilitar a localização e a orientação espacial: o lago é o lugar onde eu pesco; a igreja é o lugar onde eu rezo; o parque é o lugar onde eu brinco. Os mapas mentais contêm saberes sobre os lugares que só quem vive neles pode ter e revelar. Isso reforçou a ideia de que essas represen- tações mentais seriam para nós, geógrafos e pro- fessores de Geografia, um material didático de extrema importância para a compreensão dos lu- gares, pois os dados que estão aí representados, independentemente da exatidão, revelam o lugar tal qual ele é. […] NOGUEIRA, Amélia R. B. Mapa mental: recurso didático para o estudo do lugar. In: PONTUSCHKA, Nídia Nacib; OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de (org.). Geografia em perspectiva. São Paulo: Contexto, 2010. p. 129-130. Ícones de trabalho com alfabetização cartográfica Para desenvolver um trabalho eficaz de alfabetização carto- gráfica, nas páginas deste manual que contém o Livro do Estu- dante em tamanho reduzido, foi criado um sistema de símbolos (ícones) com o objetivo de indicar ao professor as atividades que estão direta e indiretamente relacionadas a esse processo. Com esse encaminhamento, é possível saber onde aquele conteúdo se insere no processo de alfabetização cartográfica. Assim, toda vez que este ícone aparece, significa que os estudantes estão trabalhando habilidades necessárias e funda- mentais para o desenvolvimento da alfabetização cartográfica. Quando aparece este outro ícone , significa que os estudan- tes estão trabalhando habilidades que complementam o desen- volvimento da alfabetização cartográfica. Em geral, o conjunto dessas atividades utiliza recursos didáti- cos variados, desde desenhos mais simples, colagens e outras práticas de Arte, até mapas e representações mais complexas, como a passagem da imagem tridimensional para a bidimensio- nal. Nesse caso, é preciso ressaltar também a passagem das re- presentações pictóricas para as representações abstratas. É importante frisar que os diferentes recursos didáticos utilizados 14 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 145ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 14 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 têm relação com a progressão dos conteúdos desenvolvidos e a capacidade cognitiva das crianças. Nessas atividades, os estudantes necessitam de acompanha- mento e orientação, para que o processo de alfabetização car- tográfica se efetive e eles obtenham o desenvolvimento do pensamento espacial. É importante mencionar que essas ativi- dades não devem ser vistas somente do ponto de vista lúdico, pois constituem pré-requisitos e desenvolvem noções e concei- tos que posteriormente ajudarão no trabalho com os mapas. Mapas de localização Outro recurso (cartográfico e metodológico) utilizado cons- tantemente nesta coleção é o mapa de localização. São apresen- tados pequenos mapas – do Brasil e do mundo – para mostrar a localização dos lugares retratados. Desde o volume do 1o ano, os estudantes vão se familiarizando com essa forma de repre- sentação do espaço brasileiro e mundial. Assim, a maioria das fotos é acompanhada de um pequeno mapa que indica a loca- lização da ocorrência do fenômeno em discussão. Esse mapa serve apenas para uma localização genérica, e não para ativida- des mais complexas. É só um ponto de apoio para os estudantes e para o professor, ao mostrar a localização de uma ocorrência que deve ser detalhada em um mapa mural. Situação-problema Com o objetivo de formar estudantes cidadãos, aptos a ques- tionar o conhecimento e a resolver problemas do cotidiano, em vários momentos da coleção, situações-problema foram utiliza- das como procedimento metodológico. Esse procedimento coloca os estudantes diante de situações e cenários desafiadores, que, por sua vez, demandam que eles façam questionamentos com base em seus conhecimentos pré- vios e pesquisem novas informações para resolver a questão. Dessa forma, além de procurar respostas, os estudantes apren- dem como e o que perguntar sobre a situação-problema apre- sentada, mobilizando diferentes conhecimentos e habilidades a fim de concluir o questionamento. Segundo Juan Ignacio Pozo: […] Um dos veículos mais acessíveis para levar os alunos a aprender a aprender é a solução de problemas. Diante de um ensino baseado na trans- missão de conhecimentos, a solução de problemas pode constituir não somente um conteúdo educa- cional, mas também, e principalmente, um enfoque ou uma forma de conceber as atividades educacio- nais. A solução de problemas baseia-se na apre- sentação de situações abertas e sugestivas que exijam dos alunos uma atitude ativa e um esforço para buscar suas próprias respostas, seu próprio conhecimento. O ensino baseado na solução de pro- blemas pressupõe promover nos alunos o domínio de procedimentos, assim como a utilização dos co- nhecimentos disponíveis, para dar resposta a si- tuações variáveis e diferentes. Assim, ensinar os alunos a resolver problemas supõe dotá-los da ca- pacidade de aprender a aprender, no sentido de habituá-los a encontrar por si mesmos respostas às perguntas que os inquietam ou que precisam responder, ao invés de esperar uma resposta já elaborada por outros e transmitida pelo livro-tex- to ou pelo professor. […] POZO, Juan Ignacio (org.). A solução de problemas: aprender a resolver, resolver para aprender. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 9. Interdisciplinaridade O desenvolvimento de trabalhos interdisciplinares, que per- mitem aos estudantes perceber a relação dos conteúdos traba- lhados com a sua realidade e aprofundar o conhecimento sobre o tema tratado, permeia toda a coleção. É importante destacar: [...] Na organização e gestão do currículo, as abor- dagens disciplinar, pluridisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar requerem a atenção criteriosa da instituição escolar, porque revelam a visão de mun- do que orienta as práticas pedagógicas dos edu- cadores e organizam o trabalho do estudante. Perpassam todos os aspectos da organização es- colar, desde o planejamento do trabalho pedagógi- co, a gestão administrativo-acadêmica, até a organização do tempo e do espaço físico e a seleção, disposição e utilização dos equipamentos e mobi- liário da instituição, ou seja, todo o conjunto das atividades que se realizam no espaço escolar, em seus diferentes 28 âmbitos. As abordagens multi- disciplinar, pluridisciplinar e interdisciplinar fun- damentam-se nas mesmas bases, que são as disciplinas, ou seja, o recorte doconhecimento. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Bási- ca. Brasília, DF, 2013. p. 27-28. Disponível em: ht- tps://19q6.short.gy/4QGVaN. Acesso em: 29 jul. 2021. Na interdisciplinaridade, dois ou mais componentes curriculares têm seus conteúdos relacionados para aprofundar o conhecimen- to. Dessa forma, é possível articular os conteúdos de Geografia, como localização e características naturais (relevo, clima, vegetação), com outras áreas, discutindo, por exemplo, a letra de uma canção que retrate o lugar estudado. Outra possibilidade é recorrer à inte- ração do componente curricular Geografia com Ciências ou Histó- ria, buscando compreender, por exemplo, os significados da letra da canção pela análise do momento histórico em que foi escrita. Não se pode confundir interdisciplinaridade com multidisci- plinaridade. Esta última se dá quando um tema é abordado por 15 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 155ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 15 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 diversos componentes curriculares, sem necessariamente esta- belecer um diálogo entre eles. Além de ser desenvolvida em vários momentos nesta coleção, conforme é destacado nas orientações página a página da par- te específica deste Manual, a seção Tecendo saberes trabalha especificamente a interdisciplinaridade. Ela é constituída de ro- teiros de atividades interdisciplinares que podem ser comple- mentadas, possibilitando a ampliação dos componentes curriculares envolvidos nas atividades. Avaliação formativa Nesta coleção, a avaliação é pensada como um processo. Tem a perspectiva de ser formativa, contínua, global e adaptável à diversidade que caracteriza os diferentes grupos escolares. Isso não impede o uso concomitante de outras formas de avaliação, incluindo a avaliação final ou somativa, geralmente realizadas no fim de um determinado ciclo. A avaliação formativa parte de uma fase diagnóstica, em que é identificado o estado de sensibilização inicial dos estudantes perante o que se pretende abordar. É fundamental para o pro- fessor detectar esse estágio inicial para desenvolver suas estra- tégias de ensino e aprendizagem. Esse tipo de avaliação encontra continuidade ao longo do processo de aprendizagem, sendo orientado por objetivos inicialmente delimitados. Os referenciais teóricos de Philippe Perrenoud (1999) muito contribuíram para a proposta de avaliação da coleção. Segundo esse autor, a avaliação formativa é uma maneira de regular a ação pedagógica. Introduz uma ruptura com os moldes tradicionais de avaliação, centrados na contagem de erros e acertos e que apenas fornecem uma nota ou um conceito para o desempenho do estudante. A avaliação formativa propõe, por sua vez, um diagnóstico individual e permanente, em um constante proces- so de verificação. Quando falamos em avaliação da aprendizagem, costumamos pensar inicialmente nos resultados obtidos pelos estudantes. Po- rém, já faz muito tempo que, com base na literatura pedagógica e nos princípios das reformas educacionais – empreendidas em diferentes países –, grupos de educadores mais inquietos se pro- põem a entender a avaliação como um processo maior, que não se limita à valoração de resultados obtidos pelos estudantes. No modelo de ensino proposto na atualidade, os componentes de avaliação desempenham um papel fundamental no projeto cur- ricular. Essas ideias são manifestadas por alguns autores consagra- dos na literatura pedagógica, como Antoni Zabala (1998), ao qual a coleção se reporta para elaborar a proposta de avaliação. O contexto educacional contemporâneo nos instiga a pensar na avaliação de modo a romper com a concepção tradicional que se dá apenas por meio de instrumentos para inferência de nota aos estudantes. Hoje, a avaliação é uma maneira de enten- der, de acompanhar e de intervir efetivamente na aprendizagem dos estudantes. Por isso, é considerada um meio e não um fim. Dentro dessa concepção, a avaliação é entendida como um momento reflexivo, que exige leitura e estudo, colocando o es- tudante no centro do processo de aprendizagem. Nesse sentido, ele se torna o protagonista de sua evolução e dos progressos acadêmicos que alcança (MORETTO, 2014). Com base nesse modelo, o processo seguido pelos estudan- tes, o progresso pessoal e o processo coletivo de ensino e apren- dizagem também constituem componentes ou dimensões da avaliação. A formação integral do estudante é a finalidade prin- cipal do ensino e, portanto, o objetivo é o desenvolvimento de todas as suas capacidades e não apenas as cognitivas. Assim, muitos dos pressupostos da avaliação mudam. O objetivo principal da avaliação tomada nessa perspectiva é auxiliar o professor em suas tomadas de decisão didático-pedagó- gicas. Planejar, conduzir e organizar as aulas, gerar devolutivas para os estudantes (feedbacks), identificar e diagnosticar lacunas, defi- ciências e dificuldades, além de remediar tais defasagens são tam- bém propósitos relacionados à avaliação. (RUSSEL e AIRASIAN, 2014) A avaliação formativa tem por objetivo avaliar o processo de aprendizagem a fim de proporcionar a intervenção pedagógica mais adequada em cada momento, possibilitando ao estudante dominar de forma gradual os objetivos previstos e acompanhar seu progresso. Também facilita que o estudante reconheça suas dúvidas e acompanhe de forma contínua o seu processo de aprendizagem. Aos professores, esse tipo de avaliação contribui para aperfeiçoar o trabalho, uma vez que oferece dados impor- tantes para o constante planejamento da prática docente. A tomada de decisões baseadas em evidências favorece a elabo- ração de intervenções capazes de auxiliar os estudantes a alcan- çar os objetivos estabelecidos. (HAYDT, 2006) Convém ressaltar que a avaliação permite diagnosticar, sobre- tudo, o grau de qualidade do trabalho e do projeto escolar, tan- to por parte do professor como dos estudantes. Portanto, envolve os dois sujeitos do processo de ensino e aprendizagem, permitindo que ambos reflitam sobre seu papel e suas práticas. Monitoramento e registro A concepção de avaliação formativa sugere ao professor mo- nitorar, registrar e estudar o processo de aprendizagem dos es- tudantes, identificando os avanços e as dificuldades que eles apresentam de modo individual e coletivo. Por esse motivo, as atividades de aprendizagem oferecem evidências significativas para que o professor realize os ajustes necessários no percurso, a fim de que todos aprendam. Nesse sentido, as avaliações diagnósticas possibilitam identificar e mapear os conhecimentos prévios dos estudantes e fornecer dados para que o professor planeje as próximas etapas do percur- so didático. Em geral, elas são desenvolvidas no início do ano leti- vo ou na apresentação de uma nova temática a ser estudada. 16 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 165ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 16 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 Passado o momento inicial, recomenda-se ao docente acom- panhar o progresso dos estudantes por meio de atividades cujos formatos são estabelecidos pelo próprio professor, tomando o cuidado de variar as propostas: atividades individuais, em peque- nos grupos (duplas ou trios), trabalhos em grupo, expressões nas formas escrita, visual (em imagens estáticas e vídeos), áudio, en- tre outras possibilidades criadas por ele. As propostas devem ser coerentes aos objetivos estabelecidos e intencionalmente pla- nejadas na ação docente. Outro aspecto importante que precisa ser destacado é a ob- servação do processo de aprendizagem pelo professor. Esse acom- panhamento deve considerar a escuta ativa, as intervenções que levam os estudantes a progredir nos estudos, a apresentação de novas perguntas em torno de um mesmo assunto, o registro des- sas observações, a retomada de aspectos que não foram elucida- dos, o aprofundamento temático, entre outros aspectos. Observar a progressão da aprendizagem dos estudantes significareconhe- cer como essa aprendizagem se dá de modo individual, compa- rando o estudante consigo mesmo, mas também com o coletivo, de modo a garantir equidade dentro das turmas de estudantes. O corpo de atividades e as seções propostas nesta coleção – trabalhos individuais, em dupla e em grupo, leitura de exem- plares de diferentes gêneros textuais, análise de obras de arte, fotografias, ilustrações, exposição de experiências pessoais, res- postas orais e escritas, representações, pesquisas, confecção de painéis e cartazes, entre outros – servem de base para a obser- vação sistemática e o acompanhamento do processo de apren- dizagem. Ressalta-se a importância do uso desses instrumentos para efetuar esse tipo de avaliação. Podem-se registrar as obser- vações em planilhas de acompanhamento (ficha ou caderno) e analisá-las no decorrer do processo. Outra sugestão é elaborar relatórios para mensurar a trajetória de cada estudante (avanços e construções) nas atividades diárias, tanto em trabalhos indivi- duais como em grupo. Portfólios e instrumentos de registro processual, que ofereçam aos estudantes e às suas famílias evidências do processo de aprendizagem e da evolução individual também são formas de monitorar e registrar esse percurso, valorizando a produção pes- soal de cada estudante. Autoavaliações auxiliam os estudantes a se reconhecer e a se implicar com a sua aprendizagem, ofere- cendo momentos de prática reflexiva a eles. No contexto da avaliação formativa, constituem mecanismos importantíssimos para a construção de significados por parte dos estudantes. Finalmente, a avaliação por meio de rubricas que retomam os objetivos de aprendizagem e os ampliam também se mostra uma maneira relevante de acompanhar e de registrar os resultados do processo de aprendizagem, declarando a estudantes, professores e familiares a progressão do desenvolvimento acadêmico e esco- lar dos estudantes. As rubricas auxiliam o professor a mapear e corrigir o percurso ao longo do processo de ensino, e podem ser utilizadas em diferentes momentos, sendo muito importantes também no fechamento de uma sequência de estudo. Em diver- sos momentos nesta coleção, apresentamos sugestões de rubricas para o acompanhamento do desempenho dos estudantes, que podem ser utilizadas nas atividades de avaliação. Considere tam- bém estabelecer critérios de avaliação próprios, adaptados ao contexto escolar e às características dos estudantes. Avaliação diagnóstica A avaliação diagnóstica pode ser desenvolvida no começo do ano letivo ou no início de um novo tema de estudo. Ela consiste em uma sondagem para identificar e mapear o nível de apren- dizagem e as possíveis dificuldades dos estudantes. Nesse mo- mento, se o professor julgar oportuno, ele pode propor questões, discussões e atividades para diagnosticar o conhecimento da turma. É importante que as avaliações diagnósticas sejam realizadas como sondagem da situação de desenvolvimento escolar dos estudantes. Nesse caso, elas podem se basear nas expectativas de aprendizagem do ano escolar anterior, considerando os co- nhecimentos necessários para dar prosseguimento aos estudos e com o propósito de dar ao professor elementos para planejar o processo de ensino e aprendizagem do ano atual. Esse tipo de avaliação pode ser realizado por meio de instru- mentos de registro variados, como nuvens de palavras, formulá- rios, desenhos, relatos, diagramas, entre outros, favorecendo a tomada de decisões baseada nas evidências coletadas. Ao realizar uma avaliação diagnóstica, é importante apresen- tar à turma os resultados gerais, colocando-os em discussão, de modo a tornar os estudantes conscientes não só desses resulta- dos, mas do percurso didático estabelecido a partir dele. Considerando esse processo, no início de cada volume da coleção, na seção Meu ponto de partida, oferecemos atividades cuja proposta é analisar os conhecimentos anteriores dos estu- dantes, que serão centrais para a compreensão dos temas a se- rem trabalhados no ano que se inicia. Essa é a primeira avaliação do ano e busca fornecer parâmetros para a compreensão dos conhecimentos adquiridos anteriormente pela turma e das aprendizagens individuais. Suas atividades são acompanhadas de orientações didáticas e sugestões para a avaliação do desem- penho dos estudantes, além de estratégias para remediação das defasagens de aprendizagem. Essa avaliação é central para o planejamento do conteúdo trabalhado durante o ano, pois, a partir dela, é possível identificar o patamar de aprendizado dos estudantes e planejar as aulas de acordo com as suas necessidades. As habilidades da BNCC pre- vistas para o ano letivo que começa são o eixo dessa avaliação. Ao longo do trabalho com a coleção, considere a possibili- dade de promover outros momentos de avaliação diagnóstica, por exemplo, nas aberturas de unidades, estimulando os estu- dantes a expor seus conhecimentos acerca das novas temáticas que serão introduzidas. Avaliações de processo As avaliações processuais consistem em instrumentos funda- mentais da avaliação formativa. Por meio delas, o professor mo- nitora e interfere na aprendizagem dos estudantes, a fim de ajudá-los a aprender mais e melhor. 17 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 175ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 17 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 Dentro do processo avaliativo, é necessário que o professor elabore instrumentos de registro do desempenho individual e coletivo. Esse registro pode ser mais bem visualizado quando fei- to em planilhas a serem preenchidas pelo próprio docente, mas também em planilhas de autoavaliação, preenchidas pelos estu- dantes na etapa individual. Quando pensadas para acompanhar a aprendizagem e inferir o desempenho da turma, as planilhas podem ser mais abrangentes, conforme os exemplos a seguir. É importante destacar que ao longo de todo o processo o docente forneça devolutivas (feedbacks) construtivas aos estu- dantes para que cada um se aproprie do seu processo de apren- dizagem e reconheça pontos fortes e fragilidades existentes. Um exemplo de devolutiva coletiva pode ser uma apresen- tação elaborada pelo professor contendo as questões, as expec- tativas de resposta e os critérios usados na correção da atividade. O docente poderá comentar os padrões de resposta dos estu- dantes, as dificuldades enfrentadas e possíveis motivos que sus- tentam essas dificuldades. A apresentação pode ser feita em ferramenta digital ou na lousa da sala de aula. No caso do uso de ferramentas digitais, alguns aplicativos fornecem gráficos de resumo com dados da turma e dados individuais, considerando cada estudante e cada questão. As avaliações de percurso e os feedbacks são usados, ainda, na remediação das defasagens evidenciadas ao longo do processo de ensino e aprendizagem, de modo a auxiliar os professores a ajustar e corrigir o planejamento e as atividades propostas. Nesta coleção, as avaliações de processo ocorrem ao longo dos capítulos, nas atividades sinalizadas, para o professor, com o ícone (Para avaliação), e ao final de cada unidade, na seção O que aprendemos?, propondo momentos de avaliação do desempenho e das aprendizagens dos estudantes. Essas ativi- dades são acompanhadas de orientações didáticas e sugestões para a avaliação do desempenho dos estudantes, além de estra- tégias para remediação das defasagens de aprendizagem. Os objetivos pedagógicos estabelecidos para cada unidade são o eixo das atividades Para avaliação e da seção O que aprendemos?. Considere também utilizar outras atividades do livro ou até mesmo elaborar novas atividades para a realização das avaliações de processo. Para o acompanhamento e o registro do desempenho indi- vidual e coletivo dos estudantes ao longo da unidade, sugerimos a utilização dos quadros a seguir. Eles podem ser preenchidos a partir dos resultados das avaliações. Quadro 1 – Acompanhamento individual dos estudantes por unidade Estudante Turma Objetivos pedagógicosda unidade 1o Bimestre Desempenho Medidas para consolidar ou remediar aprendizagens Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo 3 Objetivo 4 Quadro 2 – Acompanhamento coletivo dos estudantes por unidade Turma Unidade 1 Estudante Objetivo de aprendizagem 1 Objetivo de aprendizagem 2 Desenvolvido Desenvolvido parcialmente Em desenvolvimento Desenvolvido Desenvolvido parcialmente Em desenvolvimento Número 1 Nome do estudante 1 Número 2 Nome do estudante 1 Número 3 Nome do estudante 1 Número 4 Nome do estudante 1 Total Alunos Porcentagem Alunos Porcentagem Alunos Porcentagem Alunos Porcentagem Alunos Porcentagem Alunos Porcentagem 4 1 25% 2 50% 1 25% 18 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 185ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 18 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 Avaliação de resultado As avaliações finais, que conferem as evidências dos resultados obtidos no término de um percurso de estudo, são usadas para encerrar o processo dentro de uma sequência didática, unidade de ensino, bloco temático ou outra forma de organização da aprendizagem. Por meio desse tipo de avaliação, o professor e o estudante podem inferir os avanços e aquilo que ficou em aberto ao longo do processo, considerando principalmente dois marcadores tem- porais: o início do estudo e o final. Aqui, professores e estudantes podem visualizar e avaliar o nível de aprendizagem desde o ponto inicial até o final e, ainda, atribuir notas e conceitos que são reveladores do desempenho dos estudantes. Considerando esse processo, no final de cada volume da coleção, na seção Meu ponto de chegada, oferecemos algu- mas atividades para a realização da avaliação de resultado de final de ano letivo. Essas atividades foram formuladas conside- rando os objetivos pedagógicos estabelecidos para o volume, bem como as habilidades da BNCC a eles relacionadas. Elas são acompanhadas de orientações didáticas e sugestões para a avaliação do desempenho dos estudantes, além de estratégias para remediação das defasagens de aprendizagem. Para o acompanhamento e o registro do desempenho indi- vidual e coletivo dos estudantes ao longo do ano, sugerimos a utilização dos quadros a seguir. Eles podem ser preenchidos a partir dos resultados das avaliações. Quadro 3 – Acompanhamento individual dos estudantes por volume Estudante Turma Objetivos pedagógicos do ano letivo 1o Bimestre 2o Bimestre 3o Bimestre 4o Bimestre Desempenho Justificativa Desempenho Justificativa Desempenho Justificativa Desempenho Justificativa Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo 3 Objetivo 4 Quadro 4 – Acompanhamento coletivo dos estudantes por volume Turma Unidade 1 Estudante Objetivo de aprendizagem 1 Objetivo de aprendizagem 2 Desenvolvido Desenvolvido parcialmente Em desenvolvimento Desenvolvido Desenvolvido parcialmente Em desenvolvimento Número 1 Nome do estudante 1 Número 2 Nome do estudante 1 Número 3 Nome do estudante 1 Número 4 Nome do estudante 1 Total Alunos Porcentagem Alunos Porcentagem Alunos Porcentagem Alunos Porcentagem Alunos Porcentagem Alunos Porcentagem 4 1 25% 2 50% 1 25% 19 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 195ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 19 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 Remediação das aprendizagens Todo o processo de avaliação formativa, considerando as fases diagnóstica, de percurso e de resultado, fornece dados e evidên- cias para o professor intervir de modo intencional na aprendiza- gem, a fim de ajudar os estudantes a compreender aquilo que estão estudando. Os instrumentos usados na avaliação apoiam de modo efetivo a aprendizagem de cada estudante durante todo o ano letivo. Desse modo, o estudante consegue visualizar suas dificuldades e dúvidas e, sobretudo, o professor tem elementos concretos para intervir e ajudá-lo a superar suas dificuldades e aprender. A remediação das defasagens na aprendizagem precisa con- siderar vários fatores, entre os quais, as possíveis lacunas de or- dem conceitual, procedimental e atitudinal, as dificuldades e os transtornos de aprendizagem, o contexto sociocultural da uni- dade escolar e dos estudantes, entre outros. Para atuar efetivamente na remediação das defasagens, é possível elaborar atividades e materiais complementares que auxiliem o estudante em seu aprendizado. É muito importante que o professor conheça o perfil de aprendizagem de seus estudantes e, a partir dele, selecione e planeje as propostas mais adequadas para cada necessidade. Trata-se de um pro- cesso individualizado que traz ganhos para os estudantes e para a turma. Organização geral da coleção A coleção foi elaborada com um conjunto de seções e boxes que oferecem ao professor tarefas pertinentes às ope- rações constitutivas da Geografia e que corresponde às prin- cipais competências requeridas pelo componente curricular. Algumas delas dão certa autonomia ao fazer e pensar indivi- dual e deixam uma margem de manobra ao estudante, para que ele consiga selecionar os conceitos e as informações de que precisa para dar conta da tarefa, sempre com auxílio ou mediação do professor. A ordem dos capítulos atende aos principais conceitos nor- teadores da Geografia. Por isso, a distribuição dos conteúdos nos capítulos proporciona aos estudantes um aproveitamento conceitual contínuo, bem como propõe condições pedagógi- cas que permitem desenvolver competências e habilidades gerais e específicas dos conhecimentos geográficos durante o processo de aprendizagem. Estrutura dos volumes Esta coleção é formada por cinco volumes. O volume 1 contém duas unidades com dois capítulos cada uma. Os volumes 2, 3, 4 e 5 são divididos em quatro unidades com dois capítulos cada uma. Acompanhando os processos de alfabetização e literacia, o volume 1 é todo em caixa-alta. No volume 2, usa-se caixa-alta apenas nas duas primeiras unidades. Em todos os volumes é proposta uma organização que visa facilitar a prática do profes- sor e permitir a construção de rotinas escolares, fundamentais no processo de aprendizagem. Os volumes da coleção estão estruturados da seguinte forma: Abertura de unidade As aberturas de unidade estão dispostas em páginas duplas espelhadas, com uma ilustração relacionada ao conteúdo que será desenvolvido na unidade e atividades orais que têm o ob- jetivo de mobilizar os conhecimentos prévios dos estudantes. As unidades são divididas em dois capítulos. Seções e boxes Meu ponto de partida Avaliação diagnóstica, que tem o objetivo de verificar os conhecimentos prévios dos estudantes, de forma a identificar suas necessidades e as possibilidades de desenvolvimento dos conteúdos do ano letivo que se inicia. A seção Meu ponto de partida aparece exclusivamente no início de cada volume, antes da primeira unidade. É composta de atividades variadas, que consideram o desenvolvimento dos estudantes tendo como eixo as habilidades propostas pela BNCC. Para iniciar Atividades orais que exploram textos e imagens com o obje- tivo de: fazer um trabalho de antecipação e de mobilização dos conhecimentos prévios das crianças; estimular a fluência em leitura oral, a capacidade de ouvir e a socialização das ideias; incentivar o respeito a opiniões diferentes e o trabalho coletivo. Localiza-se no início de cada capítulo. Minha coleção de palavras de Geografia Atividades com palavras-chave da Geografia que permitem o trabalho conjunto com Língua Portuguesa e visam promover o uso produtivo das habilidades de alfabetização e literacia, aprofundar temas relacionados ao conhecimento geográfico e ampliar o de- senvolvimento de vocabulário dos estudantes. São desenvolvidas em dois momentos: ao longo dos capítulos, por meio de atividades orais, e na seção O que estudamos, no final da unidade, quando são retomadas e sistematizadas, estimulando a produção de escrita. Assim também aprendo Atividades lúdicas que permitem ao estudante um novo aprendizado por meio da exploração de tiras, histórias em qua- drinhos, jogos, pinturas etc. Não tem lugarfixo; pode aparecer em qualquer posição ao longo da unidade. 20 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 205ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 20 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 Tecendo saberes Atividades que favorecem intencionalmente o trabalho inter- disciplinar ou com outras áreas do saber e a ampliação do reper- tório cultural dos estuantes. Ocorre uma vez a cada duas unidades e não tem localização fixa. Pesquise Atividades que demandam pesquisa individual ou em grupo com o objetivo de complementar ou aprofundar o conhecimen- to dos estudantes. Não tem lugar fixo; pode aparecer em qual- quer posição ao longo da unidade. Desafio Atividades que desafiam os estudantes a fazer descobertas, comparações e encontrar solução para um problema. Não tem lugar fixo; pode aparecer em qualquer posição ao longo da unidade. Saiba mais Atividades que complementam o que está sendo estudado, com o objetivo de promover a ampliação de saberes motivada pelo conhecimento inicial. Não tem lugar fixo; pode aparecer em qualquer posição ao longo da unidade. Glossário Relação de termos próprios da Geografia que podem susci- tar dúvidas nos estudantes. Localiza-se no final do volume, com a indicação da página de ocorrência e a explicação do signifi- cado de acordo com o contexto textual. A utilização desse recurso favorece, em muitos casos, o trabalho interdisciplinar com História, Ciências, Matemática e Língua Portuguesa, por exemplo. A consulta ao Glossário deve ser recorrente, e a sele- ção de palavras pode ser ampliada, de acordo com a necessi- dade e a realidade escolar, estimulando o desenvolvimento de vocabulário e a produção de escrita. Vocabulário Palavras mais complexas que merecem explicação para auxi- liar os estudantes a compreender o texto, favorecendo o desen- volvimento de vocabulário. Não tem lugar fixo; pode aparecer em qualquer posição ao longo da unidade. O que estudamos Localizada no final de cada unidade, apresenta atividades que promovem a síntese do conteúdo estudado utilizando procedi- mentos específicos do componente curricular. Os estudantes têm a oportunidade de retomar os conteúdos conceituais, atitudinais e procedimentais trabalhados, reforçando o processo de aprendi- zagem. Ao longo dos volumes, as atividades propostas aumentam gradativamente sua complexidade, considerando o desenvolvi- mento escolar dos estudantes. Tem a seguinte estrutura: Eu escrevo e aprendo – proposição de atividades que prio- rizam a produção de escrita dos estudantes. Minha coleção de palavras de Geografia – retoma e siste- matiza as palavras-chave do componente curricular Geografia apresentadas na unidade. Propõe atividades de leitura oral e produção de escrita relacionadas ao termo. Eu desenho e aprendo – atividades que trabalham a lingua- gem gráfica, a criatividade e a reflexão dos estudantes. Sugestões Indicações de livros, sites, músicas, filmes etc. para ampliar o repertório dos estudantes e contribuir com o desenvolvi- mento da competência leitora. Localiza-se após a seção O que estudamos. O que aprendemos? Localizada ao final de cada unidade, a seção O que apren- demos? avalia os conteúdos estudados ao longo da unidade, tendo como parâmetro os respectivos objetivos pedagógicos e habilidades da BNCC. Neste momento avaliativo deve ser verificada a necessidade de retomada de conteúdos e as pos- sibilidades de remediação de defasagens. Tais estratégias são apresentadas no material para o professor. Desse modo, é pos- sível acompanhar e remediar dificuldades, adequando o pla- nejamento de acordo com o desenvolvimento da turma. Meu ponto de chegada Nessa seção, presente no final de cada volume da coleção, são avaliados os conteúdos estudados no volume, tendo como eixo as habilidades da BNCC e os objetivos pedagógicos esta- belecidos para o ano letivo que se encerra. Após verificar o atingimento dos objetivos e em que medida, devem ser esta- belecidas as estratégias de retomada de conteúdos e as possi- bilidades de remediação de defasagens, que são sugeridas no material para o professor. Progressão didática das unidades temáticas da BNCC na coleção As unidades e os capítulos dos cinco volumes acompanham a progressão didática das unidades temáticas, dos objetos de conhecimento e das habilidades da BNCC relativos a cada ano escolar, relacionando os conhecimentos dos anos anterio- res com os conhecimentos dos anos posteriores. Nesse sentido, os cinco volumes da coleção estão assim organizados: Volume 1 – Unidade 1 (Meu lugar no mundo) e Unidade 2 (A vida cotidiana e a natureza); Volume 2 – Unidade 1 (A vida em comunidade), Unidade 2 (Localizar e representar espaços), Unidade 3 (Viver e trabalhar) e Unidade 4 (O ambien- te em que vivemos); Volume 3 – Unidade 1 (A cidade e o cam- po), Unidade 2 (Representações cartográficas), Unidade 3 (Explorar paisagens) e Unidade 4 (O trabalho cria paisagens); Volume 4 – Unidade 1 (No mundo dos mapas), Unidade 2 (A 21 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 215ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 21 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 interdependência campo-cidade), Unidade 3 (O território bra- sileiro) e Unidade 4 (O ser humano e a natureza); Volume 5 – Unidade 1 (Conhecendo o Brasil), Unidade 2 (Vivendo no Brasil), Unidade 3 (As cidades e o trabalho) e Unidade 4 (Ambiente e qualidade de vida). A unidade temática O sujeito e seu lugar no mundo sa- lienta as noções de pertencimento e identidade. Nos volumes 1, 2 e 3 desta coleção, essas noções são trabalhadas com base no espaço de vivência dos estudantes, tendo como foco o respeito às diferenças, a valorização de costumes e tradições de sua comunidade, assim como os diferentes modos de vida. Já nos volumes 4 e 5, as dinâmicas sociais são desenvolvidas em um espaço mais amplo – a cidade, o município, o estado –, com a proposta de investigar os fluxos migratórios no Brasil, a contribuição de diferentes povos na formação do país e a diversidade cultural brasileira. Se nos volumes 1, 2 e 3 a inves- tigação do processo migratório concentra-se no bairro ou em outros lugares próximos dos estudantes, como a escola, nos volumes 4 e 5 assume papel importante, evidenciando mudan- ças nas paisagens do território nacional, na sua forma de ocu- pação, nas desigualdades sociais e na difusão de costumes e tradições, com destaque para a valorização das populações tradicionais e dos povos indígenas e sua situação no contexto atual da sociedade brasileira. Nos volumes 1, 2 e 3, a unidade temática Conexões e esca- las estimula os estudantes a articular espaços e fatos de seu cotidiano, explorando, por exemplo, como os ritmos naturais interferem no dia a dia das pessoas, observando e comparando fotos de um mesmo lugar ao longo do tempo, analisando a forma como os grupos humanos de diferentes tempos e espa- ços têm de se relacionar com a natureza. Nos volumes 4 e 5, as articulações são ampliadas, favorecendo a compreensão dos estudantes sobre as relações entre o urbano e o rural, entre as funções das cidades e o modo como a ciência, a tecnologia, o trabalho, os meios de transporte e de comunicação interligam, conectam e relacionam os lugares do Brasil e do mundo, em diferentes escalas no espaço e no tempo. Nesses volumes, a maneira como os processos naturais e socioeconômicos atuam na sociedade e transformam as paisagens nos diferentes luga- res também é aprofundada. A unidade temática Mundo do trabalho, nos volumes 1, 2 e 3, explora as características das atividades humanas desen- volvidas nos espaços de vivência dos estudantes, assim como as técnicas e os materiais utilizados na construção dos diferen- tes tipos de moradia e dos objetos de uso cotidiano. Nos volu- mes 4 e 5, são aprofundadas as características do trabalho humano, com a apresentação dos setores da economia, os processos de produção, circulação e consumo de um produto, as características do trabalhono campo e na cidade ao longo do tempo e as transformações no espaço agrário e urbano provocadas pelas novas tecnologias. O avanço tecnológico, particularmente nos volumes finais da coleção, permeia várias situações, não só no contexto do mundo do trabalho como também nas representações gráficas. Na unidade temática Formas de representação e pensa- mento espacial, encontra-se o elemento estruturador desta coleção: a alfabetização cartográfica. Nos volumes 1, 2 e 3, a al- fabetização cartográfica desenvolve noções e referências espa- ciais elementares e são apresentadas diferentes formas de representação gráfica, como o croqui. Nos volumes 4 e 5, os estudantes avançam no desenvolvimento do pensamento es- pacial e adquirem domínio na leitura e elaboração de mapas e gráficos, consolidando princípios do raciocínio geográfico, como localização e correlação. Merece destaque o cuidado com os conceitos de imagem tridimensional e imagem bidimensional, diretamente ligados às visões oblíqua e vertical, apresentados de forma mais contun- dente a partir do 3o ano e aprofundados nos volumes do 4o e do 5o anos. Esse assunto é trabalhado com a apresentação de ima- gens feitas por VANT (drone) e imagens de satélite. Seguindo a proposta da BNCC, esta coleção apresenta a par- te mais complexa do entendimento da passagem da visão tridi- mensional para o espaço bidimensional no 5o ano, retomando e ampliando temas do 4o ano; para tanto, são apresentadas as curvas de nível. Fazendo elo com o pensamento espacial, todo esse encami- nhamento permite aos estudantes criar condições de ler efeti- vamente uma representação cartográfica compatível com seu ano escolar. Nos volumes 1, 2 e 3, esta coleção trabalha a unidade temá- tica Natureza, ambientes e qualidade de vida, propondo aos estudantes que investiguem, em seus lugares de vivência, como é a relação da sociedade com a natureza, como os ritmos da natureza se manifestam, como os recursos naturais são usa- dos e, numa escala pequena, quais são os problemas socioam- bientais decorrentes. Nos volumes 4 e 5, o assunto é ampliado, trabalhando-se, por meio de mapas e fotos, a transformação das paisagens e da natureza em função das atividades humanas e os problemas ambientais decorrentes dessas mudanças no campo e na cidade. Entretanto, não foi somente a preocupação em mostrar os impactos negativos na qualidade de vida que norteou o traba- lho com essa unidade temática ao longo dos cinco volumes da coleção. Houve também grande cuidado em mostrar as pos- sibilidades de atuação de cada um de nós como protagonistas de ações regeneradoras. 22 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 225ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 22 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 Como planejar o ano letivo O livro didático é um recurso aberto e pode ser utilizado de diferentes maneiras. Dessa forma, o professor deve elaborar o planejamento do ano letivo, primeiramente, de forma a adaptar-se às suas estratégias pedagógicas em sala de aula e visando à construção de um roteiro adequado à sua realidade escolar. Um segundo ponto importante para o planejamento é organizar o calendá- rio de acordo com as aulas destinadas ao componente curricular Geografia, ou seja, desenvolver os conteúdos propostos em tempo determinado. É importante que sejam pensados também os projetos que serão integrados a outros compo- nentes curriculares. O planejamento é a produção de um plano de ação pedagógica intencional, pautada em ob- jetivos de aprendizagem para os estudantes. Assim, ele deve evitar uma utilização burocrática do material didático ou a simples subtração de conteúdo. Operacionalizar o planejamento é um ca- minho que deve ser projetado pelo professor, e o uso do livro didático não precisa ditar o ritmo de trabalho, mas deve servir de guia não só para você, como também para os estudantes. Para o planejamento do ano letivo, cada volume da coleção foi elaborado com base em obje- tivos pedagógicos adequados ao ano escolar a que se destina. Esses objetivos pedagógicos foram estabelecidos considerando as habilidades da BNCC e as práticas do componente curricular Geo- grafia. Para o volume do 5o ano, temos os seguintes objetivos: 1. Ler, comparar e compreender diferentes tipos de representações gráficas e espaciais, analisando possíveis transformações nas paisagens e estabelecendo relações de conexão e hierarquia entre diferentes cidades (EF05GE08, EF05GE09). 2. Identificar e comparar mudanças e transformações promovidas pelo desenvolvimento tecno- lógico na agropecuária, na indústria, no comércio, nos serviços e nos meios de transporte e de comunicação (EF05GE05, EF05GE06). 3. Conhecer características da população brasileira, descrevendo e relacionando movimentos migratórios e condições de infraestrutura e identificando diferenças e desigualdades sociais, étnico-raciais e étnico-culturais em diferentes territórios (EF05GE01, EF05GE02). 4. Identificar os diferentes tipos de energia que podem ser utilizados no cotidiano das populações e na produção agrícola, industrial e extrativa (EF05GE07). 5. Reconhecer características da cidade, analisar suas interações com o campo e com outras cida- des e identificar suas formas e funções, analisando as mudanças sociais, econômicas e ambien- tais provocadas pelo crescimento urbano (EF05GE03, EF05GE04). 6. Reconhecer, comparar e descrever atributos de qualidade ambiental e distinguir responsabi- lidades do poder público, do setor privado e da sociedade na busca por qualidade de vida (EF05GE10, EF05GE12). 7. Identificar e descrever problemas ambientais em escala local, nacional e global e discutir as propostas implementadas pelo poder público para a conservação da natureza, para problemas ambientais e para a melhoria da qualidade de vida (EF05GE11, EF05GE12). As seções e atividades de avaliação desta coleção estão em consonância com os objetivos pedagógicos de cada volume e de suas respectivas unidades, bem como com os conteúdos ex- plorados pelos estudantes ao longo de cada ano letivo. É muito importante que eles estejam fa- miliarizados não só com o conteúdo, mas também com o formato das avaliações, para que consigam compreender os objetivos dos instrumentos. O objetivo das avaliações é mostrar a você e aos estudantes os avanços e as dificuldades encontrados durante o estudo. Nas páginas a seguir, apresentamos uma sugestão de planejamento anual, com a indicação dos tópicos, seções e páginas do Livro do Estudante que podem ser trabalhados semana a semana, bem como os conteúdos e as principais práticas pedagógicas relacionadas. Orientações para este volume 23 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 235ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 23 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 O ano letivo, semana a semana Planejamento anual Planejamento didático Cronograma Tópicos e seções do Livro do Estudante Conteúdos Práticas pedagógicas Aulas previstas Semanas M e se s B im e st re s Livro do Estudante BNCC Meu ponto de partida (p. 8-11) Avaliação diagnóstica 2 1 1 o m ê s 1 o b im e st re Unidade 1 - Conhecendo o Brasil (p. 12-13) Levantamento de conhecimentos prévios, reconto, compreensão de textos 1 2Capítulo 1 - Representação do espaço (p. 14) Levantamento de conhecimentos prévios EF05GE08 EF05GE09 O Brasil no mundo (p. 15-27) Proporção e escala Paralelos e meridianos Pontos colaterais Compreensão de textos, produção de escrita, compreensão de mapas, atividade avaliativa 3 3 Tecendo saberes (p. 28-29) Rotação e translação Compreensão de textos Representando altitudes (p. 30-31) Altitude Compreensão de textos, produção de escrita 1 4 Pesquise (p. 31) Transformações da paisagem Atividade de pesquisa 1 Representando altitudes (p. 32-37) Altitudes e representações Compreensão de textos, produção de escrita, desenvolvimento de vocabulário, compreensão de mapas e gráficos, atividade avaliativa 2 5 Capítulo 2 - Representação do espaço urbano (p. 38) Levantamento de conhecimentosprévios, reconto, compreensão de textos EF05GE03 EF05GE04 EF05GE06 EF05GE08 EF05GE09 EF05GE11 1 6 2 o m ê s As transformações das paisagens urbanas (p. 39-43) Transformações da paisagem Crescimento ordenado e desordenado das cidades Compreensão de textos, produção de escrita, desenvolvimento de vocabulário, compreensão de mapas 2 7As conexões entre as cidades (p. 44-47) Regiões metropolitanas Compreensão de textos, produção de escrita, compreensão de mapas 1 Pesquise (p. 47) Eixos de circulação e comunicação Atividade avaliativa 1 8 Saiba mais (p. 48-49) Diferentes paisagens Atividade avaliativa 1 O que estudamos (p. 50-51) Atividades de retomada de conteúdo 1 9 O que aprendemos? (p. 52-53) Avaliação de processo 1 Período de ajuste do calendário 2 10 Unidade 2 - Vivendo no Brasil (p. 54-55) Levantamento de conhecimentos prévios 1 11 3 o m ê s 2 o b im e st re Capítulo 3 - A população brasileira (p. 56) Levantamento de conhecimentos prévios, reconto, compreensão de textos EF05GE01 EF05GE02 Quantos somos? (p. 57-63) Distribuição da população mundial Crescimento, composição e distribuição da população brasileira Compreensão de textos, produção de escrita, compreensão de mapas e gráficos, atividade avaliativa 3 12 Quem somos? (p. 64-67) Principais grupos étnicos do Brasil Compreensão de textos, produção de escrita, compreensão de mapas 2 13 Desafio (p. 68-69) Resistência indígena Compreensão de textos, produção de escrita 1 14 Quem somos? (p. 70) Principais grupos étnicos do Brasil Compreensão de textos, produção de escrita, desenvolvimento de vocabulário, compreensão de mapas, atividade avaliativa 1 Pesquise (p. 71) Contribuições africanas na língua portuguesa Atividade de pesquisa 1 Saiba mais (p. 71) Resistência negra Compreensão de textos, produção de escrita Quem somos? (p. 72-73) Principais grupos étnicos do Brasil Compreensão de textos, produção de escrita, compreensão de mapas, atividade avaliativa 1 15 Capítulo 4 - A construção do espaço brasileiro (p. 74) Levantamento de conhecimentos prévios, reconto, compreensão de textos EF05GE01 EF05GE02 EF05GE04 EF05GE05 EF05GE09 4 16/17 4 o m ê s Um país de migrações (p. 75-85) Ocupação do território brasileiro Migrações Compreensão de textos, produção de escrita, desenvolvimento de vocabulário, compreensão de mapas e gráficos, atividade avaliativa Um país com muitas desigualdades (p. 86-92) Desigualdade social Compreensão de textos, produção de escrita, compreensão de mapas, atividade avaliativa 2 18 Assim também aprendo (p. 93) Desigualdade social Compreensão de textos O que estudamos (p. 94-95) Atividades de retomada de conteúdo 1 19 O que aprendemos? (p. 96-97) Avaliação de processo 1 Período de ajuste do calendário 2 20 24 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 245ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 24 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 Planejamento anual Planejamento didático Cronograma Tópicos e seções do Livro do Estudante Conteúdos Práticas pedagógicas Aulas previstas Semanas M e se s B im e st re s Livro do Estudante BNCC Unidade 3 - As cidades e o trabalho (p. 98-99) Levantamento de conhecimentos prévios 1 21 5 o m ê s 3 o b im e st re Capítulo 5 - O crescimento das cidades (p. 100) Levantamento de conhecimentos prévios, reconto, compreensão de textos EF05GE03 EF05GE04 EF05GE08 EF05GE09 As cidades se transformam (p. 101-105) Formas e funções urbanas Funções turísticas Compreensão de textos, produção de escrita, desenvolvimento de vocabulário, compreensão de mapas 3 22Pesquise (p. 105) Atividades econômicas Atividade avaliativa As cidades se transformam (p. 106) Funções turísticas Compreensão de textos, produção de escrita Saiba mais (p. 107) Funções turísticas Atividade de pesquisa 1 23 Interações urbanas (p. 108) Interações urbanas Deslocamento entre cidades Compreensão de textos, produção de escrita, compreensão de mapas 1 Desafio (p. 109) Deslocamentos entre cidades Compreensão de textos Assim também aprendo (p. 109) Interações urbanas Atividade avaliativa Interações urbanas (p. 110-111) Deslocamentos entre cidades Compreensão de textos, produção de escrita, compreensão de mapas 1 24 Capítulo 6 - O trabalho e a tecnologia (p. 112) Levantamento de conhecimentos prévios EF05GE04 EF05GE05 EF05GE06 EF05GE07 EF05GE08 2 25 Mudanças no campo e na cidade (p. 113-117) Tecnologia e a transformação da paisagem Tecnologias e o trabalho Compreensão de textos, produção de escrita, compreensão de gráficos, atividade avaliativa Energia, transporte e comunicação (p. 118) Fontes de energia Compreensão de textos, produção de escrita 1 Pesquise (p. 119) História da iluminação Compreensão de textos, produção de escrita, atividade de pesquisa 1 26 Tecendo saberes (p. 120-121) Fontes de energia Compreensão de textos 1 6 o m ê s Energia, transporte e comunicação (p. 122-132) Usina hidrelétrica Redes de circulação Redes de comunicação Vias de circulação Compreensão de textos, produção de escrita, compreensão de mapas, atividade avaliativa 3 27 28 Assim também aprendo (p. 133) Formas de comunicação Compreensão de textos 1 O que estudamos (p. 134-135) Atividades de retomada de conteúdo 1 29 O que aprendemos? (p. 136-137) Avaliação de processo 1 Período de ajuste do calendário 2 30 Unidade 4 - Ambiente e qualidade de vida (p. 138-139) Levantamento de conhecimentos prévios 1 31 7 o m ê s 4 o b im e st re Capítulo 7 - O ambiente e a sociedade (p. 140) Levantamento de conhecimentos prévios, reconto, compreensão de textos EF05GE10 EF05GE11 EF05GE12 Qualidade ambiental (p. 141-143) Ciclo da água Compreensão de textos, produção de escrita, atividade avaliativa 1 Problemas ambientais (p. 144-146) Poluição Compreensão de textos, produção de escrita, desenvolvimento de vocabulário, compreensão de mapas 1 32 Pesquise (p. 146) Marés negras Atividade de pesquisa 1 Problemas ambientais (p. 147-153) Desmatamento e queimadas Descarte incorreto de lixo Outros tipos de poluição Compreensão de textos, produção de escrita, compreensão de mapas 3 33 34 Desafio (p. 153) História do lixo Compreensão de textos 1 Saiba mais (p. 154) Pegada ecológica Compreensão de mapa 1 35 Problemas ambientais (p. 155) Pegada ecológica Compreensão de textos, produção de escrita Capítulo 8 - Quem cuida do nosso ambiente? (p. 156) Levantamento de conhecimentos prévios, reconto, compreensão de textos EF05GE10 EF05GE11 EF05GE12 2 Em busca de soluções (p. 157-161) Unidades de conservação Organizações Não Governamentais (ONGs) Compreensão de textos, produção de escrita, desenvolvimento de vocabulário, compreensão de mapas, atividade avaliativa 36 8 o m ê s Melhorias na qualidade de vida (p. 162-163) Qualidade de vida Compreensão de textos, produção de escrita 1 Desafio (p. 163) Qualidade de vida Atividade avaliativa 1 37Assim também aprendo (p. 164-165) Problemas ambientais e possíveis soluções Compreensão de textos 1 25 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 255ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 25 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 As competências e habilidades da BNCC Competências gerais da Educação Básica 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamen- te construídos sobre o mundo físico, social, cultu- ral e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abor- dagem própria das ciências, incluindo a investiga- ção, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artís- ticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou vi- sual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e pro- duzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, signi- ficativa, reflexiva e ética nas diversas práticas so- ciais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhe- cimentos, resolver problemas e exercer protagonis- mo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências cul- turais e apropriar-se de conhecimentos e experiên- cias que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu pro- jeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informa- ções confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que res- peitem e promovam os direitos humanos, a cons- ciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamen- to ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade hu- mana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de con- flitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e pro- movendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, iden- tidades, culturas e potencialidades, sem preconcei- tos de qualquer natureza. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, res- ponsabilidade, flexibilidade, resiliência e determi- nação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e so- lidários. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: Minis- tério da Educação, 2018. p. 9-10. Disponível em: https://19q6.short.gy/TRQreM. Acesso em: 28 jul. 2021. Competências específicas de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental 1. Compreender a si e ao outro como identidades dife- rentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos. 2. Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional com base nos co- nhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se posicio- nar diante de problemas do mundo contemporâneo. 3. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, exercitan- do a curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida social. Planejamento anual Planejamento didático Cronograma Tópicos e seções do Livro do Estudante Conteúdos Práticas pedagógicas Aulas previstas Semanas M e se s B im e st re s Livro do Estudante BNCC O que estudamos (p. 166-167) Atividades de retomada de conteúdo 1 38 8 o m ê s 4 o b im e st re O que aprendemos? (p. 168-169) Avaliação de processo 1 Meu ponto de chegada (p. 170-173) Avaliação de resultado 2 39 Período de ajuste do calendário 2 40 26 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 265ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 26 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 Habilidades previstas para este ano letivo Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades O sujeito e seu lugar no mundo Dinâmica populacional (EF05GE01) Descrever e analisar dinâmicas populacionais na Unidade da Federação em que vive, estabelecendo relações entre migrações e condições de infraestrutura. Diferenças étnico-raciais e étnico- -culturais e desigualdades sociais (EF05GE02) Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios. Conexões e escalas Território, redes e urbanização (EF05GE03) Identificar as formas e funções das cidades e analisar as mudanças sociais, econômicas e ambientais provocadas pelo seu crescimento. (EF05GE04) Reconhecer as características da cidade e analisar as interações entre a cidade e o campo e entre cidades na rede urbana. Mundo do trabalho Trabalho e inovação tecnológica (EF05GE05) Identificar e comparar as mudanças dos tipos de trabalho e desenvolvimento tecnológico na agropecuária, na indústria, no comércio e nos serviços. (EF05GE06) Identificar e comparar transformações dos meios de transporte e de comunicação. (EF05GE07) Identificar os diferentes tipos de energia utilizados na produção industrial, agrícola e extrativa e no cotidiano das populações. Formas de representação e pensamento espacial Mapas e imagens de satélite (EF05GE08) Analisar transformações de paisagens nas cidades, comparando sequência de fotografias, fotografias aéreas e imagens de satélite de épocas diferentes. Representação das cidades e do espaço urbano (EF05GE09) Estabelecer conexões e hierarquias entre diferentes cidades, utilizando mapas temáticos e representações gráficas. Natureza, ambientes e qualidade de vida Qualidade ambiental (EF05GE10) Reconhecer e comparar atributos da qualidade ambiental e algumas formas de poluição dos cursos de água e dos oceanos (esgotos, efluentes industriais, marés negras etc.). Diferentes tipos de poluição (EF05GE11) Identificar e descrever problemas ambientais que ocorrem no entorno da escola e da residência (lixões, indústrias poluentes, destruição do patrimônio histórico etc.), propondo soluções (inclusive tecnológicas) para esses problemas. Gestão pública da qualidade de vida (EF05GE12) Identificar órgãos do poder público e canais de participação social responsáveis por buscar soluções para a melhoria da qualidade de vida (em áreas como meio ambiente, mobilidade, moradia e direito à cidade) e discutir as propostas implementadas por esses órgãos que afetam a comunidade em que vive. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2018. p. 378-379. Disponível em: https://19q6.short.gy/TRQreM. Acesso em: 28 jul. 2021. 4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dú- vidas com relação a si mesmo, aos outros e às di- ferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, iden- tidades, culturas e potencialidades, sem preconcei- tos de qualquer natureza. 5. Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados. 6. Construir argumentos, com base nos conhecimen- tos das Ciências Humanas, para negociar e defen- der ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 7. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e ico- nográfica e diferentes gêneros textuais e tecnolo- gias digitais de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização, distância, direção, dura- ção, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2018. p. 356-357. Disponível em: https://19q6.short.gy/TRQreM.Acesso em: 28 jul. 2021. 27 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 275ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 27 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 Referências bibliográficas comentadas BALCHIN, W. G. V. Graphicacy. Geography, n. 57, p. 185–195, 1972. Os estudos sobre o espaço visual são analisados pelo autor neste artigo, em faixas etárias que correspondem ao Ensino Fundamental – Anos Iniciais. Apresenta estudos sobre os com- ponentes da inteligência, por meio da graficacia, numeracia, articulacia e literacia. BERTIN, J. Sémiologie Graphique: les diagrammes, les réseaux, les cartes. Paris: Mouton & Gauthier-Villars, 1967. Nesta obra, o autor discute a semiologia gráfica como forma visual da reflexão lógica. O visual e a lógica são dois domínios nos quais a criança é excelente. Ele apresenta as relações de semelhança, de ordem e proporcionalidade entre conjunto de dados. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponí- vel em: https://tedit.net/cOJHJB. Acesso em: 4 mar. 2021. Este documento reúne as aprendizagens essenciais que os estudantes devem desenvolver em cada etapa da Educação Básica. HAYDT, Regina Celia C. Curso de didática geral. São Paulo: Ática, 2006. Este livro traz reflexões sobre a prática educativa, oferecendo base teórica para as decisões de sala de aula. O planejamento, os objetivos, os currículos e a avaliação são descritos e anali- sados, de forma a possibilitar aos professores meios para ava- liar as propostas educacionais. Contém também um roteiro de atividades e textos complementares. LE SANN, J. G. Elaboration d’un matériel pédagogique pour l’enseig- nement des notions géographiques de base, dans les classes primai- res, au Brésil. 1989, Tese de Doutorado em Geografia – École des Hautes Études en Sciences Sociales. Com base na proposta apresentada por Bertin, em Semiologia Gráfica, e nos pressupostos de Piaget, a autora desenvolve o seu trabalho sobre representações gráficas e cartográficas com crianças do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, em Belo Horizonte- MG. MORETTO, Vasco Pedro. Prova: um momento privilegiado de estudo, não um acerto de contas. Rio de Janeiro: Lamparina, 2014. Este livro é destinado a professores, visando auxiliá-los a res- significar a prova como instrumento de avaliação. Dois pontos básicos são tratados ao longo da obra: como realizar uma aula eficiente, a partir dos pressupostos da perspectiva cons- trutivista sociointeracionista, e os fundamentos para um pro- cesso de avaliação da aprendizagem. OLIVEIRA, L. de. Estudo metodológico e cognitivo do mapa. São Paulo: USP-IGEOG, 1978. A autora analisa o mapeamento de acordo com o desenvol- vimento do indivíduo. Assim, ao tratar de mapas infantis apre- senta a necessidade de estudar os mecanismos perceptivos e cognitivos que as crianças usam ao mapear. Suas pesquisas focam os mapas para crianças e as bases para uma metodo- logia dos mapas. PAGANELLI, T. Y. Para a construção do espaço geográfico na criança. 1982, Dissertação de Mestrado em Educação – FGV/IESAE. A contribuição deste trabalho é basicamente o processo da operacionalização das relações espaciais. A análise está cen- trada no papel da percepção e da locomoção no espaço geográfico e a pesquisa se desenvolveu com base nos expe- rimentos de Piaget e seus colaboradores. PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artmed, 1999. A avaliação, mesmo sendo uma das grandes contradições da educação, é relacionada ao princípio do êxito escolar. A partir desse ponto, a obra mostra a complexidade do problema da avaliação, que por sua vez jamais é analisada em si mesma, mas sim como componente de um sistema de ação. POZO, Juan Ignácio (org.). A solução de problemas: Aprender a resolver, resolver para aprender. Porto Alegre: Artmed, 1998. O ensino dos procedimentos e a criação de estratégias de solução de problemas pelos alunos é o foco deste livro, des- tacando o papel do professor nestes procedimentos. Destaca a aprendizagem da solução de problemas ao gerar no aluno a atitude de procurar respostas para suas próprias perguntas. RUSSELL, M. K.; AIRASIAN, P. W. Avaliação em sala de aula: concei- tos e aplicações. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. Neste livro, a avaliação é abordada como componente-chave de todos os aspectos educacionais. Além disso, apresenta novas abordagens, resultantes das tecnologias computacio- nais utilizadas nas escolas. SIMIELLI, M. E. R. O mapa como meio de comunicação: implicações no ensino de geografia do 1o grau. 1986, Tese de Doutorado em Geografia – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo. A autora apresenta o mapa como meio de comunicação em detrimento do mapa como ilustração, analisando detalhada- mente a proposta de vários autores. Desenvolve sua pesquisa no Ensino Fundamental com mapas físicos de relevo e hidro- grafia e a capacidade dos estudantes em ler estas informações. ZABALA, Antoni et al. Como aprender e ensinar competências. Por- to Alegre: Artmed, 2009. A obra apresenta novo enfoque sobre o trabalho de formação e de desenvolvimento de competências no ensino, de tal modo que possam ser utilizadas em situações reais. 28 5ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 285ApisGeog23At_001a028_MPG.indd 28 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 5 ANO Geografia Ensino Fundamental • Anos Iniciais Maria Elena Simielli Bacharela e licenciada em Geografi a pela Universidade de São Paulo (USP) Professora doutora em Geografi a e professora livre-docente do Departamento de Geografi a – Pós-graduação na Universidade de São Paulo (USP) Ex-professora dos Ensinos Fundamental e Médio na rede pública e em escolas particulares do estado de São Paulo 1 edição, São Paulo, 2021 29 5ApisGeog23At_029a035_iniciais_MPU.indd 295ApisGeog23At_029a035_iniciais_MPU.indd 29 16/08/21 21:5716/08/21 21:57 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Direção editorial: Lauri Cericato Gestão de projeto editorial: Heloisa Pimentel Gestão de área: Brunna Paulussi Coordenação de área: Carlos Eduardo de Almeida Ogawa Edição: Felipe Vinícius dos Santos e Patricia Silva Coelho Planejamento e controle de produção: Vilma Rossi e Camila Cunha Revisão: Mariana Braga de Milani (ger.), Alexandra Costa da Fonseca, Ana Maria Herrera, Ana Paula C. Malfa, Carlos Eduardo Sigrist, Flavia S. Vênezio, Gabriela M. Andrade, Heloísa Schiavo, Hires Heglan, Luciana B. Azevedo, Luís M. Boa Nova, Luiz Gustavo Bazana, Patricia Cordeiro, Patrícia Travanca, Sandra Fernandez, Sueli Bossi e Vanessa P. Santos Arte: Claudio Faustino (ger.), Erika Tiemi Yamauchi (coord.), Keila Grandis (edição de arte), Arte Ação (diagramação) Iconografia e tratamento de imagens: Roberto Silva (coord.), campos de iconografia (pesquisa iconográfica), Emerson de Lima (tratamento de imagens) Licenciamento de conteúdos de terceiros: Fernanda Carvalho (coord.), Erika Ramires e Márcio Henrique (analistas adm.) Ilustrações: Cláudio Chiyo, Félix Reiners, Fórmula Produções, Ilustra Cartoon, Ingeborg Asbach, Newton Foot, Osni de Oliveira, Rodval Matias, Romont Willy e Vanessa Alexandre Cartografia: Mouses Sagiorato Design: Tatiane Porusselli (proj. gráfico), Luis Vassallo (capa e Manual do Professor) Foto de capa: ti-ja/Getty Images Todos os direitos reservados por Editora Ática S.A. Avenida Paulista, 901, 4o andar Jardins – São Paulo – SP – CEP 01310-200 Tel.: 4003-3061 www.edocente.com.br atendimento@aticascipione.com.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Angélica Ilacqua - CRB-8/7057 2021 Código da obra CL 720036 CAE 775436 (AL) / 775530 (PR) 1a edição 1a impressão De acordo com a BNCC. Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentesnesta obra didática. Colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de créditos e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo. Impressão e acabamento 2 30 5ApisGeog23At_029a035_iniciais_MPU.indd 305ApisGeog23At_029a035_iniciais_MPU.indd 30 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 3 Apresentação Caro estudante, Esta coleção foi feita pensando em você, uma criança que está começando a grande aventura de explorar o mundo por meio dos estudos. Como professora, procuro sempre estimular cada estudante a reconhecer como a Geografi a está presente no dia a dia, de uma maneira tão natural que às vezes nem pensamos nela. Por isso, neste livro, você vai trabalhar de forma prática. Orientado por seu professor, é você quem vai construir a Geografi a, tanto na sala de aula quanto nas outras atividades do dia a dia. Espero que este livro ajude você, estudante, a compreender melhor o mundo em que vivemos e a participar dele ativamente para construir uma sociedade cada vez melhor. Que tal embarcar nessa viagem? A autora R o m o n t W ill y /A rq u iv o d a e d it o ra 3 31 5ApisGeog23At_029a035_iniciais_MPU.indd 315ApisGeog23At_029a035_iniciais_MPU.indd 31 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. • A sua família é parecida com a família da ilustração? Na sua família há mais crianças, adultos ou idosos? • E a maioria da população brasileira, será que é formada por crianças, adultos ou idosos? • Como você descreveria o povo brasileiro?Não escreva no livro. 55 Conheça seu livro Este livro contém quatro unidades. Cada unidade tem dois capítulos. Unidade 2 Vivendo no Brasil V a n e s s a A le x a n d re /A rq u iv o d a e d it o ra 54 Abertura de unidade No início de cada unidade, há uma ilustração e algumas questões para despertar seu interesse pelo que será estudado. Pesquise Você vai pesquisar, interpretar informações e ampliar seu conhecimento. Meu ponto de partida 1. Leia o trecho da reportagem a seguir. Depois, responda às questões no caderno. Não escreva no livro. Lenilde Rodrigues dos Santos, 63 anos, saiu de uma das comunidades mais pobres do interior de Sergipe, o Distrito de Malhadas, na cidade Jaboatão. Em fevereiro de 1978, em uma viagem longa, feita a bordo de ônibus e de trem, seguiu, com o marido, cinco filhos pe- quenos e uma sobrinha, em direção ao bairro Parque das Bandeiras, na Área Continental de São Vicente [no estado de São Paulo]. [...]. “A situação era muito difícil lá. Meu marido veio primeiro. Ficou quatro anos e meio tra- balhando [...] e depois foi nos buscar”, conta a dona de casa. Sozinha, com cinco crianças no sertão nordestino, ela se viu obrigada a trabalhar nas plantações de uma fazenda para sus- tentar a família. [...]. A primeira moradia de Lenilde junto com o marido, em São Vicente, foi uma pequena casa de dois cômodos. [...]. MIGRANTES nordestinos contam suas histórias ao Diário do Litoral. Diário do Litoral, 3 nov. 2014. Disponível em: https://19q6.short.gy/Un6mmB. Acesso em: 14 jul. 2021. a) Por que Lenilde e sua família se deslocaram de Jaboatão para São Vicente? b) A história Lenilde tem a ver com um movimento populacional importante na for- mação da sociedade brasileira e na cultura do país. Que movimento é esse? c) Você conhece alguma contribuição da cultura nordestina nos costumes das pes- soas com quem você convive ou no lugar onde mora? Anote no caderno. 2. Observe a paisagem da fotografia a seguir. Depois, responda às questões no caderno. a) Que elementos você observa no plano assinalado com a letra A? b) O que você observa no plano assi- nalado com a letra B? c) Em que plano está a cidade? E em que plano está o campo? d) Ao comparar os planos A e B, o que você conclui sobre as paisagens do campo e da cidade? Elas são pare- cidas ou são diferentes? Vista aérea de Tomazina, no estado do Paraná, 2020. S e rg io R a n a lli /P u ls a r Im a g e n s Plano A Plano B Plano C 8 a) Em que área a ocupação urbana é maior? b) Podemos dizer que as metrópoles do Rio de Janeiro e de São Paulo estão com- pletamente conectadas? Explique. Pesquise Você vai pesquisar informações sobre alguns eixos de circulação e de redes de informação e comunicação na área da megalópole em formação. 1. Qual é o principal eixo de circulação viária entre as metrópoles do Rio de Janeiro e de São Paulo? 2. Pesquise quais são os cinco principais aeroportos dessa região. 3. Observe o mapa ao lado. Brasil: domicílios com acesso à internet – 2016 OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO EQUADOR TRÓP ICO DE CAPRIC ÓRNIO AM RR PA AP TO MA PI CE RN PB PE AL SE BA MG GO DF MS SP PR SC RS RJ ES AC RO MT 55º O 0º ESCALA Quilômetros 0 530 1060 Até 50 De 50,01 a 70 Mais de 70 LEGENDA Domicílios com acesso à internet (%) IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 142. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra a) Você viu que as cidades localizadas em uma megalópole em formação estão conectadas por diferentes redes. O mapa acima mostra qual rede? b) Localize no mapa a área da megalópole em formação Rio de Janeiro-São Paulo/Campinas. Identifique na legenda a porcentagem de domicílios com acesso à internet nos estados dessa megalópole em formação e anote no caderno. c) Há relação entre a existência de uma megalópole e uma extensa rede de comunicação? Explique. Não escreva no livro. 47 5 CAPÍTULO O crescimento das cidades Para iniciar Com a orientação do professor, formem grupos e treinem para fazer um jogral com os versos a seguir. Em seguida, declamem o jogral que ensaiaram para o restante da turma. 1. Segundo o poema, qual foi o progresso criado pelo ser humano? 2. Que tipos de paisagem são citados no poema? 3. O que você acha que significam os versos “O homem fica perdido [...] / Com o pro- gresso descomunal / Que ele próprio fez criar.”? Cidade Arrogante chega o homem Com a maquinaria à mão. […] Constrói pontes, rodovias, muda a mata completamente. Ergue casa, edifícios […] Da antiga zona rural Nasce a cidade agitada. O homem fica perdido […] Com o progresso descomunal Que ele próprio fez criar. […] Não escreva no livro. C lá u d io C h iy o /A rq u iv o d a e d it o ra MENDES, Iara Machado. Olhares & trilhas. Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia, 2002. p. 51-52. 100 saberesTecendo Existem várias fontes de energia: água, petróleo, carvão, óleo, bagaço de cana, gás natural, Sol, vento, marés, etc. Observe a ilustração e as fotos e conheça algumas fontes e tipos de energia mais utilizados no Brasil. Usina hidrelétrica no rio Uruguai, em Itá, no estado de Santa Catarina, 2018. Plataforma de petróleo em Niterói, no estado do Rio de Janeiro, 2021. Ilustra Cartoon/Arquivo da editora 1 A água é a fonte da energia hidrelétrica, a mais usada no Brasil. As usinas hidrelétricas transformam a força da água em eletricidade. 2 O petróleo atualmente é uma importante fonte de energia termelétrica no mundo. A gasolina e o óleo diesel, combustíveis usados em automóveis, caminhões, ônibus, trens e aviões, são derivados do petróleo. Esse tipo de energia provoca muita poluição. 1 2 G e rs o n G e rl o ff /P u ls a r Im a g e n s L u c ia n a W h it a k e r/ P u ls a r Im a g e n s 120 Tecendo saberes Aqui você vai entrelaçar conhecimentos adquiridos por meio da Geografia com conhecimentos ligados a outros componentes curriculares. Meu ponto de partidaAntes de começar seus estudos, você vai fazer algumas atividades para avaliar seus conhecimentos para iniciar este ano escolar. Abertura de capítulo Imagens, textos lúdicos e atividades da seção Para iniciar estimulam você a conversar com os colegas sobre os assuntos que serão estudados. 4 32 5ApisGeog23At_029a035_iniciais_MPU.indd 325ApisGeog23At_029a035_iniciais_MPU.indd 32 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 Eu desenho e aprendo 1. As ilustrações a seguir representam as funções das cidades e o trabalho e a tecno- logia, assuntos importantes estudados nesta unidade. Observe-as atentamente. 2. Agora é a sua vez! Com base nos estudos desta unidade, identifique nas ilustrações elementos que se relacionem com as funções das cidades e o trabalho e a tecnologia. Anote-os no caderno. 3. Em uma folha avulsa, faça um desenho utilizando os elementos que você identificou na etapa anterior. Complemente-o com novos elementos que também se relacionem com esses temas. 4. Elabore uma legenda para o desenho que você produziu. 5. Com a orientação do professor, compartilhe seu desenho com os colegas. Explique como os elementos escolhidos e os elementos que você desenhou se relacionam com as funções das cidades e o trabalho e a tecnologia. Invenções – Ciência e tecnologia: ideias que mudaram o mundo. São Paulo: Ciranda Cultural, 2010. O livro pretende dar um salto no tempo, partindo das primeiras invenções até a era da tecnologia. Meu computador, a internet... e eu!!, de Jérôme Colombain. São Paulo: Escala Educacional, 2008. O mundo virtual é fabuloso, mas ao mesmo tempo é muito perigoso. O livro apresenta conselhos sobre como usar o computador e a internet sem correr riscos. SUGESTÕES R e p ro d u ç ã o /E s c a la E d it o ri a l R e p ro d u ç ã o /C ir a n d a C u lt u ra l Não escreva no livro. Il u s tr a ç õ e s : Il u s tr a C a rt o o n /A rq u iv o d a e d it o ra 135 Ícones Para casa Meu ponto de chegada 1. Observe a fotografia aérea a seguir, que retrata apenas um trecho da imensa aglo- meração denominada Região Metropolitana de São Paulo. Não escreva no livro. Responda no caderno: a) Um importante fator é responsável pela formação das regiões metropolitanas brasileiras. Qual é esse fator? b) Como são formadas as regiões metropolitanas como a representada na foto- grafia? Explique. 2. As fontes de energia movimentam os meios de transporte e as indústrias, dão suporte às atividades agrícolas, comerciais e de serviços e são fundamentais para o funciona- mento de milhares de apare- lhos que utilizamos no dia a dia. Observe o esquema ao lado e identifique as fontes de energia indicadas com letras. Anote-as no caderno. No primeiro plano, vista aérea de parte do município de São Paulo e, ao fundo, de parte do município de Osasco, no estado de São Paulo, 2017. A B C R u b e n s C h a v e s /P u ls a r Im a g e n s D e s ig n if ty /S h u tt e rs to ck 170 Meu ponto de chegada Ao final deste livro, você fará atividades para avaliar os conhecimentos adquiridos neste ano escolar. Saiba mais Textos, imagens e atividades para ampliar seus conhecimentos e aguçar sua curiosidade. O que estudamos É o encerramento da unidade de estudo. Aqui você vai trabalhar a escrita e o desenho, além de ver sugestões de livros, filmes e sites de pesquisa. Desafio Oportunidade de fazer descobertas e comparações, em grupo ou individualmente. Minha coleção de palavras de Geografia Ao longo dos capítulos e no final de cada unidade, você vai encontrar atividades que exploram o sentido de algumas palavras importantes para a Geografia. O que aprendemos? Ao final de cada unidade, você fará algumas atividades para avaliar o que aprendeu. O que estudamos Eu escrevo e aprendo 1. Leia as frases a seguir. Elas aparecem nos capítulos desta unidade e são importantes para o tema que você estudou. Capítulo 5 – O crescimento das cidades A ampliação dos meios de comunicação (televisão, internet, smartphones, etc.) tem modificado os hábitos dos habitantes de pequenas cidades ou de áreas rurais. Essas modificações decorrem da maior interação entre esses habitantes e o modo de vida dos habitantes de médios e grandes centros urbanos. Capítulo 6 – O trabalho e a tecnologia A primeira fonte de energia utilizada pelo ser humano foi o fogo, obtido da queima da madeira e do carvão vegetal. Depois, aprendemos a utilizar o carvão mineral, a água, o petróleo, o Sol, o vento e alguns vegetais, como a cana-de-açúcar, para gerar a energia de que precisamos para realizar nossas atividades diárias. 2. Selecione duas palavras, uma de cada capítulo. Com elas, redija no caderno duas frases relacionadas ao tema dos capítulos da unidade. 3. Com a orientação do professor, formem grupos e redijam um texto informativo sobre o que vocês estudaram nesta unidade. Depois, confeccionem um mural coletivo com os textos produzidos pelos colegas. Em cada capítulo desta unidade, há uma palavra destacada para a Minha coleção de palavras de Geografia. Você também fez ativida- des com essas palavras para saber como utilizá-las quando precisar escrever um pequeno texto de Geografia. Veja quais são essas pa- lavras no quadro ao lado. 1. O que você aprendeu com essas duas palavras? Discuta com os colegas. 2. Em dupla, escrevam uma frase para cada uma dessas palavras. As frases devem estar ligadas ao que vocês aprenderam no capítulo. Depois, com a orientação do professor, formem grupos e leiam o que escreveram. Minha coleção de palavras de Geografia , Turismo, página 106. Usina hidrelétrica, página 123. Não escreva no livro. 134 a) Escolham um problema representado nas ilustrações e pensem em outra solução para ele, além da que foi sugerida acima. b) Representem essa solução com desenhos ou colagens em uma folha de cartoli- na. Depois, apresentem para o restante da turma. Assim também aprendo Conheça alguns problemas ambientais e possíveis soluções para melhorar a qualidade de vida das pessoas. 1. Observe as ilustrações a seguir. Depois, organizados em grupos, façam o que se pede. Im a g e n s : © M a u ri c io d e S o u s a /M a u ri c io d e S o u s a P ro d u ç õ e s L td a . SOUSA, Mauricio de. Turma da Mônica em: ecologia urbana. São Paulo: Instituto Cultural Mauricio de Sousa, 1996. p. 2; 19. Não escreva no livro. 164 Saiba mais Outra forma de estudar e conhecer melhor as cidades é ver como elas foram representadas no cinema. Muitas cidades são retratadas em diferentes produções. O filme brasileiro de animação O menino e o mundo, do diretor Alê Abreu, ganhou muitos prêmios ao mostrar a visão de uma criança sobre a cidade grande. F ilm e d e P a p e l/ E s p a ç o F ilm e s /A c e rv o d a E d it o ra Cartaz de divulgação da animação O menino e o mundo, 2014. A lê A b re u /E s p a ç o F il m e s A lê A b re u /E s p a ç o F il m e s 1 2 Sinopse Sofrendo com a falta do pai, um menino deixa sua aldeia e descobre um mundo fan- tástico dominado por máquinas-bichos e es- tranhos seres. Uma inusitada animação com várias técnicas artísticas que retrata as questões do mundo moderno através do olhar de uma criança. CINE Belas Artes. O menino e o mundo. Disponível em: https://tedit.net/VzyIHc. Acesso em: 22 jun. 2021. Veja, a seguir, algumas cenas do filme. 48 Não escreva no livro. Com os colegas, leia os textos a seguir em voz alta. Texto 1 Historicamente, a noção de cidade tem sido atribuída à concentração populacional e à existência de um ambiente de trocas, de ligações, de transferências materiais e imateriais; portanto um ambiente que envolve fluxos, circulação [...]. IBGE. Arranjos populacionais e concentrações urbanas do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. p. 12. Texto 2 [...] os deslocamentos populacionaisassumem um protagonismo nunca visto quan- do vinculados aos movimentos da economia e da sociedade, impulsionando novas formas de expansão urbana e propiciando também o aparecimento de megacidades e fortes interações entre centros de pequeno e médio portes em função do movimento para estudo e trabalho, entre outros. IBGE. Arranjos populacionais e concentrações urbanas do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. p. 14. 1. Conversando com os colegas, selecionem um assunto que vocês identificam como sendo comum aos dois textos. 2. No caderno, escreva uma frase sobre o assunto que vocês discutiram. Desafio Assim também aprendo Leia a tira do Chico Bento. SOUSA, Mauricio de. Chico Bento, n. 247, p. 34, jul. 1996. © M a u ri c io d e S o u s a /M a u ri c io d e S o u s a E d it o ra L td a . 1. Que hábito de consumo dos habitantes da cidade é apresentado na tirinha? 2. Em sua opinião, esse hábito pode ser apenas dos habitantes das grandes cidades? 3. Que crítica é apresentada no último quadro? Converse com o professor e os colegas. 109 3. Observe a ilustração abaixo. Ela representa a altitude de alguns dos picos mais elevados do Brasil. a) Procure na ilustração o nome dos estados brasileiros onde se localizam os qua- tro picos de maior altitude. b) Procure descobrir a altitude do município onde você mora. Assim, saberá a quan- tos metros ele está em relação ao nível do mar. Esses picos foram reunidos na ilustração para você poder comparar as diferentes altitudes. Porém, lembre-se de que eles estão situados em diferentes estados brasileiros. Elaborado pela autora com base em: IBGE. Atlas geográfi co escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 157, 166, 170-171, 173, 175-176. O s n i d e O liv e ir a /A rq u iv o d a e d it o ra Neblina (AM), 2ç995 m de altitude 31 de março (AM), 2ç974 m de altitude Pedra da Mina (MG/SP), 2ç798 m de altitude Bandeira (MG/ES), 2ç891 m de altitude Paraná (PR), 1ç922 m de altitude Igreja (SC), 1ç822 m de altitude Jabre (PB), 1ç197 m de altitude Barbado (BA), 2ç033 m de altitude Agulhas Negras (MG/RJ), 2ç791 m de altitude Você viu na ilustração acima alguns picos que existem no Brasil. PICO 1. O que é um pico? 2. No estado onde você mora existe algum pico de altitude elevada? Qual é o nome dele? Pesquise e, depois, anote no caderno. Minha coleção de palavras de Geografia Não escreva no livro. 32 168 O que aprendemos? 1. Observe a foto de um ambiente em que ocorreu intervenção humana. Responda às questões no caderno. a) Que problema é retratado na imagem? b) Como essa situação pode ter ocorrido ou se intensificado? c) O que pode ser feito para diminuir esse problema? Não escreva no livro. Descarte irregular de lixo em São Paulo, no estado de São Paulo, 2021. O rl a n d e li/ A c e rv o d o c a rt u n is ta 2. Leia a charge a seguir. Depois, responda às questões no caderno. a) Que tipo de poluição é retratado na charge? b) A mensagem transmitida pelo alto-falante é de que devemos conservar o ambiente. Na charge há coerência entre a fala do ba- lão e o carro? Explique. 3. Você se lembra do conceito de “pegada ecológica”? Ele está ligado ao consumo de recursos naturais que cada pessoa utiliza para manter seu modo de vida. Leia as frases a seguir e, no caderno, escreva os números de 1 a 6. Faça um círculo verde no número daquelas que são positivas para o planeta e um X vermelho nas que são negativas. 1. Separar o lixo reciclável do não reciclável. 2. Comprar roupas novas toda semana. 3. Usar o carro para distâncias curtas. 4. Jogar o papel de bala pela janela do carro. 5. Pisar nas flores e grama das praças. 6. Fazer uma hortinha em casa. R a fa e l F e lix /P u ls a r Im a g e n s Para avaliação Assim também aprendo Histórias em quadrinhos, tirinhas e brincadeiras para ajudar seu aprendizado. Atividade oral 5 33 5ApisGeog23At_029a035_iniciais_MPU.indd 335ApisGeog23At_029a035_iniciais_MPU.indd 33 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Sumário Meu ponto de partida ................................................8 Unidade 1 Conhecendo o Brasil ............. 12 Capítulo 1 Representação do espaço ....................................... 14 O Brasil no mundo ................................................................. 15 Tecendo saberes .................................................................... 28 Representando altitudes ................................................ 30 Capítulo 2 Representação do espaço urbano ............... 38 As transformações das paisagens urbanas .. 39 As conexões entre as cidades ................................... 44 O que estudamos ..................................................................50 O que aprendemos? ............................................................ 52 Unidade 2 Vivendo no Brasil ..................... 54 Capítulo 3 A população brasileira ................................................ 56 Quantos somos? ......................................................................57 Quem somos? ........................................................................... 64 Capítulo 4 A construção do espaço brasileiro ...............74 Um país de migrações .......................................................75 Um país com muitas desigualdades .................... 86 O que estudamos .................................................................. 94 O que aprendemos? ............................................................ 96 V a n e s s a A le x a n d re /A rq u iv o d a e d it o ra 6 34 5ApisGeog23At_029a035_iniciais_MPU.indd 345ApisGeog23At_029a035_iniciais_MPU.indd 34 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 Unidade 3 As cidades e o trabalho ... 98 Capítulo 5 O crescimento das cidades .................................100 As cidades se transformam .........................................101 Interações urbanas ............................................................108 Capítulo 6 O trabalho e a tecnologia ...................................... 112 Mudanças no campo e na cidade ......................... 113 Energia, transporte e comunicação ....................118 Tecendo saberes ..................................................................120 O que estudamos ................................................................ 134 O que aprendemos? .......................................................... 136 Unidade 4 Ambiente e qualidade de vida .................... 138 Capítulo 7 O ambiente e a sociedade ...................................140 Qualidade ambiental ......................................................... 141 Problemas ambientais ....................................................144 Capítulo 8 Quem cuida do nosso ambiente? ................156 Em busca de soluções .....................................................157 Melhorias na qualidade de vida ............................. 162 O que estudamos ................................................................166 O que aprendemos? ..........................................................168 Meu ponto de chegada ..................................... 170 Glossário .......................................................................................174 Referências bibliográfi cas comentadas.......... 176 R o m o n t W ill y /A rq u iv o d a e d it o ra 7 35 5ApisGeog23At_029a035_iniciais_MPU.indd 355ApisGeog23At_029a035_iniciais_MPU.indd 35 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Meu ponto de partida 1. Leia o trecho da reportagem a seguir. Depois, responda às questões no caderno. Não escreva no livro. Lenilde Rodrigues dos Santos, 63 anos, saiu de uma dascomunidades mais pobres do interior de Sergipe, o Distrito de Malhadas, na cidade Jaboatão. Em fevereiro de 1978, em uma viagem longa, feita a bordo de ônibus e de trem, seguiu, com o marido, cinco filhos pe- quenos e uma sobrinha, em direção ao bairro Parque das Bandeiras, na Área Continental de São Vicente [no estado de São Paulo]. [...]. “A situação era muito difícil lá. Meu marido veio primeiro. Ficou quatro anos e meio tra- balhando [...] e depois foi nos buscar”, conta a dona de casa. Sozinha, com cinco crianças no sertão nordestino, ela se viu obrigada a trabalhar nas plantações de uma fazenda para sus- tentar a família. [...]. A primeira moradia de Lenilde junto com o marido, em São Vicente, foi uma pequena casa de dois cômodos. [...]. MIGRANTES nordestinos contam suas histórias ao Diário do Litoral. Diário do Litoral, 3 nov. 2014. Disponível em: https://19q6.short.gy/Un6mmB. Acesso em: 14 jul. 2021. a) Por que Lenilde e sua família se deslocaram de Jaboatão para São Vicente? b) A história Lenilde tem a ver com um movimento populacional importante na for- mação da sociedade brasileira e na cultura do país. Que movimento é esse? c) Você conhece alguma contribuição da cultura nordestina nos costumes das pes- soas com quem você convive ou no lugar onde mora? Anote no caderno. 2. Observe a paisagem da fotografia a seguir. Depois, responda às questões no caderno. a) Que elementos você observa no plano assinalado com a letra A? b) O que você observa no plano assi- nalado com a letra B? c) Em que plano está a cidade? E em que plano está o campo? d) Ao comparar os planos A e B, o que você conclui sobre as paisagens do campo e da cidade? Elas são pare- cidas ou são diferentes? Porque a comunidade onde ela vivia era pobre e a sua situação de vida era difícil. 1. b) O texto se refere às migrações internas, isto é, aos deslocamentos populacionais realizados no interior de todo o território brasileiro. 1. c) Resposta pessoal. Danças, instrumentos musicais, festejos religiosos, comidas típicas, músicas e outros elementos da cultura nordestina poderão ser citados e/ou pesquisados pelos estudantes. 2. a) Ruas asfaltadas, diferentes edificações próximas umas das outras, algumas árvore e carros. Áreas com vegetação, construções esparsas, rio, etc. A cidade aparece no plano A e o campo no plano B. As paisagens do campo e da cidade são diferentes. Nas cidades predominam elementos culturais e no campo os elementos naturais. Vista aérea de Tomazina, no estado do Paraná, 2020. S e rg io R a n a lli /P u ls a r Im a g e n s Plano A Plano B Plano C 8 Meu ponto de partida Avaliando e remediando aprendizagens Para o começo do trabalho neste ano letivo, no início do volume, pro- pomos algumas atividades, dispostas na seção Meu ponto de partida, pa- ra auxiliá-lo no reconhecimento dos conhecimentos prévios dos estudan- tes. Com elas, além de identificar esses conhecimentos prévios, esperamos que você possa compreender melhor as eventuais defasagens apresentadas pelos estudantes em relação aos co- nhecimentos essenciais para prosse- guir neste ano letivo. Trata-se de uma avaliação diagnós- tica inicial, preparada especialmente para o acompanhamento do proces- so de aprendizagem individual e co- letivo dos estudantes. Essas atividades têm dois objetivos principais: primei- ro, fornecer-lhe pistas de interven- ções pedagógicas necessárias para remediar e lidar melhor com defasa- gens na aprendizagem; segundo, ajudá-lo a definir os conhecimentos esperados para o 5o ano de acordo com as temáticas, com os objetos de conhecimento e as habilidades da BNCC, bem como com as propostas deste livro. Atividade 1 Ao realizar a atividade 1, espera-se que os estudantes compreendam o significado e a importância das mi- grações internas, deslocamentos po- pulacionais relevantes na história e na formação cultural do Brasil. Verifique se eles compreenderam que uma característica da população brasileira é a sua mobilidade no terri- tório nacional. Proponha a leitura do texto em voz alta de forma conjunta e dialogada. Para lidar com as dificuldades, lacunas e defasagens de aprendiza- gem, você pode apresentar um ma- pa do Brasil e localizar com os estudantes os estados de origem e destino de Lenilde, analisando em conjunto por quantos estados ela teve de se deslocar, se os estados de origem e chegada ficam na mes- ma região. Atividade 2 Reconhecer os elementos que ca- racterizam o campo e a cidade e comparar as diferentes formas de organização e distribuição dos elementos pre- dominantes em cada conjunto espacial é o ob- jetivo da atividade 2. As atividades de leitura orientada dessas paisagens são importantes para que, no decorrer dos estudos, os estudan- tes estejam aptos a analisar fotografias geradas por satélites artificiais e outras formas de repre- sentação gráfica e cartográfica. Também é im- portante para que, posteriormente, eles compreendam as transformações das paisagens geográficas, reconheçam as interações entre o campo e a cidade e entre as cidades nas redes urbanas. Observe se estudantes reconhecem as prin- cipais especificidades do campo e da cidade apresentadas na imagem. Para remediar eventuais dificuldades obser- vadas durante e ao final da atividade, proponha a leitura orientada de outras fotografias de pai- sagens urbanas e rurais. 36 5ApisGeog23At_036a041_Partida_MPU.indd 365ApisGeog23At_036a041_Partida_MPU.indd 36 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 3. Antes de chegar à mesa como suco para ser consumido, as laranjas passam por um processo de transformação. Sobre esse processo, faça o que se pede. a) Observe as fotografias a seguir, das principais etapas pelas quais as laranjas passam até chegarem a nossas mesas em forma de suco. Leia as legendas, or- dene as fotografias na sequência correta e anote a resposta no caderno. Ordem correta: 2, 1, 5, 4 e 3. b) Qual etapa representada nas fotografias ocorre exclusivamente no campo? E qual das etapas ocorre na cidade com maior oferta e variedade de produtos? Registre as respostas no caderno. c) Ao identificar e ordenar as etapas da produção ao consumo do suco de laranja, é possível afirmar que o campo e a cidade se relacionam? Por quê? 3. b) A produção da laranja ocorre exclusivamente no campo (fotografia 2) e a distribuição do suco com maior oferta e variedade de produtos (fotografia 4), na cidade. 3. c) Sim, porque parte das etapas é realizada no campo e parte é realizada na cidade. Além disso, as etapas da cidade não poderiam acontecer sem as etapas do campo e vice-versa. Transporte de laranjas. Colheita de laranjas. Prateleiras de suco em um supermercado. Meninas tomando suco de laranja. Envase de suco de laranja. 1 2 4 3 5 F e rn a n d o F a v o re tt o /C ri a r Im a g e m D e lfi m M a rt in s /P u ls a r Im a g e n s p h o to g a l/ S h u tt e rs to ck S e a n P ri o r/ A la m y /F o to a re n a c a m p o s d e i c o n o g ra fi a /A rq u iv o d a e d it o ra Não escreva no livro. 9 Atividade 3 A sequência produção-transporte- -consumo é uma abordagem eficaz para explorar as relações entre a cida- de e o campo ao estabelecer uma rede de ligações sociais e econômicas entre esses conjuntos espaciais. Essa é a ideia que dá suporte ao trabalho com a atividade 3. Antes da realização individual dos exercícios, explore oral- mente cada uma das fotografias com os estudantes. Lance questionamen- tos como: “Onde as pessoas estão?”, “O que estão fazendo?”, “Como é o trabalho das pessoas e onde estão sendo realizados?”. O exercício de lei- tura das legendas e ordenação das imagens é um instrumento interes- sante para verificar se os estudantes construíram esse conhecimento, ne- cessário para compreender novas e mais complexas relações entre o cam- po e a cidade. Verifique seos estudantes enten- deram que parte das etapas de pro- dução, transformação e consumo do suco de laranja é feita no campo e parte é feita na cidade. Esse é um pas- so para que, gradativamente, eles compreendam que campo e cidade se relacionam, do ponto de vista tan- to econômico (produção, transporte e consumo) quanto social (pelo tra- balho das pessoas). Para remediar eventuais defasa- gens, proponha mais atividades sobre as etapas percorridas por outras ma- térias-primas/produtos que eles con- somem no dia a dia, como o leite e o iogurte, por exemplo. Na internet, há vários vídeos sobre o tema. 37 5ApisGeog23At_036a041_Partida_MPU.indd 375ApisGeog23At_036a041_Partida_MPU.indd 37 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 4. Observe os mapas a seguir. Depois, faça o que se pede no caderno. a) Que semelhanças e di- ferenças você observa entre os dois mapas? b) Em qual Unidade da Fe- deração está a capital do Brasil? Ela se situa em que região? c) Indique uma capital que se localiza ao sul de Brasília. d) A criação de bufalinos ocorre em qual região do Brasil? Para respon- der, primeiro observe as Unidades da Federação em que há criação de bufalinos, no mapa 2; depois, verifique a re- gião em que essas Uni- dades da Federação se situam, no mapa 1. 4. a) Semelhanças: ambos representam fenômenos geográficos no território brasileiro; embora diferentes, ambos têm os principais elementos constituintes dos mapas (título, escala, legenda, rosa dos ventos e fonte). Diferenças: títulos, temas, fontes; o primeiro mapa representa a divisão regional do Brasil, com o nome dos estados e suas respectivas capitais; o segundo representa a distribuição espacial dos principais rebanhos do país; o primeiro mapa utiliza cores, linhas e pontos; o segundo utiliza elementos pictóricos. 4. b) Distrito Federal, na região Centro-Oeste. 4. c) O estudante poderá indicar: Goiânia, Campo Grande, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre. Na região Norte. Mapa 1 – Brasil: grandes regiões – 2019 Mapa 2 – Brasil: principais rebanhos – 2015 RORAIMA AMAZONAS RONDÔNIA ACRE PARÁ AMAPÁ PIAUÍ CEARÁMARANHÃO TOCANTINS GOIÁS BAHIA MINAS GERAIS ESPÍRITO SANTO RIO DE JANEIRO RIO GRANDE DO NORTE PARAÍBA PERNAMBUCO SERGIPE ALAGOAS SÃO PAULO PARANÁ SANTA CATARINA RIO GRANDE DO SUL MATO GROSSO DO SUL MATO GROSSO DISTRITO FEDERAL OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO EQUADOR 0º 55º O55º O TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO BOA VISTA MANAUS PORTO VELHO RIO BRANCO BELÉM MACAPÁ SÃO LUÍS FORTALEZA TERESINA CUIABÁ CAMPO GRANDE NATAL JOÃO PESSOA RECIFE MACEIÓ ARACAJU SALVADOR VITÓRIA RIO DE JANEIRO SÃO PAULO CURITIBA FLORIANÓPOLIS PORTO ALEGRE BELO HORIZONTE GOIÂNIA BRASÍLIA PALMAS ESCALA Quilômetros 0 485 970 Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul LEGENDA AMAZONAS RORAIMA PARÁ AMAPÁ TOCANTINS MARANHÃO PIAUÍ CEARÁ RIO GRANDE DO NORTE PARAÍBA PERNAMBUCO ALAGOAS SERGIPEBAHIA MINAS GERAIS GOIÁS DISTRITO FEDERAL MATO GROSSO DO SUL SÃO PAULO PARANÁ SANTA CATARINA RIO GRANDE DO SUL RIO DE JANEIRO ESPÍRITO SANTO ACRE RONDÔNIA MATO GROSSO EQUADOR 55º O 0º TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO ESCALA Quilômetros 0 495 990 Bovinos Suínos Ovinos Caprinos Equinos Bufalinos LEGENDA Rebanhos M a p a s : B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra Elaborado com base em: IBGE. Brasil em números. Rio de Janeiro: IBGE, 2020. p. 65. Elaborado com base em: IBGE. Produção da pecuária municipal 2015. Disponível em: https://tedit.net/IRs1qP. Acesso em: 14 jun. 2021. Não escreva no livro. 10 Atividade 4 O objetivo da atividade 4 é verificar se o estudante identifica os principais elementos constitutivos e caracterís- ticas dos mapas 1 e 2, por meio da comparação e da relação. Durante a execução do item a, ob- serve se os estudantes entenderam que os mapas são instrumentos de comunicação que utilizam uma lin- guagem cartográfica constituída de símbolos, uma linguagem gráfica, e se conseguem identificar pontos (ca- pitais dos estados), linhas (divisas dos estados, fronteiras e litoral) e áreas (regiões Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste). No item b, perguntar aos estudan- tes por que as únicas cidades indica- das no mapa são as capitais. Espera-se que eles percebam que essas cidades, do ponto de vista político, são mais importantes porque concentram o governo dos estados, assim como Brasília é sede do governo nacional. Para remediar as defasagens na aprendizagem, proponha exercícios semelhantes baseados na exploração de outros mapas do Livro do Estudan- te ou de atlas escolares. No item c, verifique os avanços da compreensão e da aplicação das dire- ções cardeais com base no mapa. Para lidar com as defasagens de aprendiza- gem, uma possibilidade é propor ou- tros exercícios semelhantes com o apoio de outros mapas do livro ou de um atlas escolar. Outra estratégia é retomar as explicações sobre as dire- ções norte, sul, leste e oeste partindo de observações da trajetória do Sol. No item d, a ideia é verificar se o estudante consegue relacionar dados de dois mapas que, embora represen- tem a mesma área, trazem infor- mações distintas. Para remediar eventuais defasagens, proponha no- vas atividades de comparação entre outros tipos mapas do próprio livro ou de atlas escolares. O mapa das mi- grações do Brasil, por exemplo, tam- bém pode ser utilizado para propor novos exercícios de comparação en- tre mapas. Outra estratégia possível é propor aos estudantes que colo- quem uma folha de papel vegetal sobre o mapa político do Brasil e o copiem. Na sequência, devem colocar essa folha por cima do mapa dos re- banhos e verificar os limites dos esta- dos e das regiões, localizando a área em que ocorre a criação de bufalinos. 38 5ApisGeog23At_036a041_Partida_MPU.indd 385ApisGeog23At_036a041_Partida_MPU.indd 38 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 5. Por muito tempo, os mares e os oceanos foram considerados um bem automatica- mente renovável. Mas, com o passar do tempo, as pesquisas científicas provaram que a sujeira dos mares e oceanos é tanta que agora se discute muito sobre sua degradação. a) São muitas as situações responsáveis pela poluição dos mares e oceanos. Com base na fotografia a seguir, anote, no caderno, duas ocorrências prejudiciais. Lançamento de lixo e de esgoto nas praias. Lançamento de esgoto e de lixo na Praia da Costa Azul, em Salvador, no estado da Bahia, 2021. b) No caderno, anote duas possíveis consequências da poluição dos mares e oceanos. 6. Conhecer as formas de poluição dos cursos de água e dos oceanos e refletir sobre os impactos das ações humanas na natureza são atitudes importantes, mas também é necessário mudar hábitos. Observe as fotografias a seguir. 5. b) Sugestão de resposta: Morte de animais marinhos, ao ingerirem plástico ou se enroscarem em sacos e pedaços de lixo, e praias com água imprópria para banho. J o á S o u za /F u tu ra P re s s a) Escreva, no caderno, como os hábitos retratados nas fotografias contribuem pa- ra reduzir os impactos no ambiente. b) Agora, cite mais dois hábitos que podemos mudar no dia a dia para reduzir os impactos no ambiente. 6. a) Lavar o carro utilizando um balde em vez de mangueira contribui para a economia de água; descartar o lixo corretamente e praticar a reciclagem contribui para a diminuição da poluição. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Homem lavando o carro com balde de água. Criança descartando lixo reciclável. W a ri d s a ra _ H a p p y C h ild re n /S h u tt e rs to ck g o o d lu z/ S h u tt e rs to ck Não escreva no livro. 11 Atividades 5 e 6 Os cursos de água e os oceanos desempenhampapel fundamental para a vida no planeta. Mas, à medida que a ciência avança, mais claramen- te se revelam as transformações que os rios e os oceanos vêm sofrendo em decorrência da poluição gerada pelas atividades humanas. Identificar algumas formas de poluição dos cur- sos de água e dos oceanos e refletir sobre os impactos das ações huma- nas na conservação ou degradação desses ambientes é o foco das ativi- dades 5 e 6. Nesse sentido, as atividades auxi- liam os estudantes a compreender que o futuro e o equilíbrio do plane- ta também dependem da mudança de hábitos cotidianos. Antes de soli- citar a realização da sequência de atividades, oriente os estudantes a observar, sem pressa, os detalhes das fotografias. Converse sobre elas, pe- dindo que compartilhem suas im- pressões a respeito das atitudes que elas retratam. Esse momento é impor- tante, pois revela os conhecimentos da turma sobre o tema em questão. Ao constatar estudantes com difi- culdades, proponha a análise de ou- tros recursos como charges que mostram ações humanas negativas em vários ambientes naturais e em situações do cotidiano. 39 5ApisGeog23At_036a041_Partida_MPU.indd 395ApisGeog23At_036a041_Partida_MPU.indd 39 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 Orientações gerais para a seção Meu ponto de partida Para avaliação Veja a seguir as rubricas das atividades da seção Meu ponto de partida. Critérios de avaliação Desempenho Justificativa Habilidades do 5o ano relacionadas A t iv id a d e 1 O estudante identificou e explicou o conceito de migração interna, movimento populacional retratado na história de vida apresentada no texto? Desenvolvido O estudante identificou que o texto aborda uma história sobre a migração interna no Brasil, relacionando-a aos deslocamentos populacionais realizados no interior do território brasileiro. EF05GE01 Descrever e analisar dinâmicas populacionais na Unidade da Federação em que vive, estabelecendo relações entre migrações e condições de infraestrutura. EF05GE02 Identificar diferenças étnico- culturais e desigualdades sociais, econômicas e ambientais provocadas pelo seu crescimento. Desenvolvido parcialmente O estudante identificou que o texto aborda uma história sobre a migração interna no Brasil, mas não a relacionou aos deslocamentos populacionais realizados no interior do território brasileiro. Em desenvolvimento O estudante não identificou que o texto aborda uma história sobre a migração interna no Brasil nem a relacionou aos deslocamentos populacionais realizados no interior do território brasileiro. O estudante forneceu exemplos de contribuições da cultura nordestina na sua família ou na comunidade onde ele vive? Desenvolvido Se o estudante apontou algumas contribuições da cultura nordestina, como as festas, as comidas e a música. Desenvolvido parcialmente O estudante apontou apenas uma contribuição, identificando a presença de comidas típicas, por exemplo. Em desenvolvimento O estudante não apontou causas contribuições dessa cultura. A t iv id a d e 2 O estudante identificou os planos A, B e C assinalados na fotografia? Desenvolvido O estudante analisou a fotografia e identificou os 3 planos. EF05GE04 Reconhecer as características da cidade e analisar as interações entre a cidade e o campo e entre cidades na rede urbana. EF05GE08 Analisar as transformações de paisagens nas cidades comparando sequência de fotografias aéreas e imagem de satélite de épocas diferentes. Desenvolvido parcialmente O estudante analisou as fotografias e identificou apenas 1 ou 2 planos. Em desenvolvimento O estudante analisou as fotografias, mas não identificou nenhum dos planos. O estudante forneceu características observadas em cada um dos planos da fotografia? Desenvolvido O estudante citou as características principais observadas na paisagem do campo e da cidade. Desenvolvido parcialmente O estudante apontou apenas características da paisagem do campo ou da cidade. Em desenvolvimento O estudante não apontou características que podem ser observadas nos planos. A t iv id a d e 3 Ao observar as etapas e diferenciá-las em produção, transporte e consumo do suco de laranja, o estudante percebeu que parte dessas etapas é realizada no campo e parte é realizada na cidade? Desenvolvido O estudante analisou as imagens das etapas e identificou cada uma das etapas e diferenciou as que são realizadas no campo das que são realizadas na cidade. EF05GE04 Reconhecer as características da cidade e analisar as interações entre a cidade e o campo e entre cidades na rede urbana. EF05GE05 Identificar e comparar as mudanças dos tipos de trabalho e desenvolvimento tecnológico na agropecuária, na indústria, no comércio e nos serviços. EF04GE07 Comparar as características do trabalho no campo e na cidade. Desenvolvido parcialmente O estudante analisou as imagens, diferenciou as etapas, porém não conseguiu identificar quais são realizadas no campo e quais são na cidade. Em desenvolvimento A análise das imagens não permitiu ao estudante identificar as etapas e diferenciar onde são realizadas. O estudante foi capaz de perceber que a dinâmica de interdependência entre campo e cidade envolve relações de trabalho e econômicas? Desenvolvido Se o estudante apontou que as dinâmicas de produção do suco de laranja ocorrem com etapas de interdependência entre o campo e a cidade, através do trabalho, da venda, do consumo etc. Desenvolvido parcialmente O estudante compreende que há interdependência entre campo e cidade nessa relação, mas não é capaz de diferenciar as relações de trabalho e econômicas. Em desenvolvimento O estudante não compreende que há interdependência na relação campo e cidade nessa produção. 40 5ApisGeog23At_036a041_Partida_MPU.indd 405ApisGeog23At_036a041_Partida_MPU.indd 40 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 Critérios de avaliação Desempenho Justificativa Habilidades do 5o ano relacionadas A t iv id a d e 4 Ao comparar os dois mapas o estudante identificou as principais diferenças e as semelhanças entre eles? Desenvolvido O estudante analisou os mapas e indicou diferenças, como título e tema, e semelhanças, como o fato de retratarem temas do território brasileiro. EF05GE03 Identificar as formas e funções das cidades e analisar as mudanças sociais, econômicas e ambientais provocadas pelo seu crescimento. EF05GE04 Reconhecer as características das cidades e analisar as interações entre a cidade e o campo e entre cidades na rede urbana. EF05GE09 Estabelecer conexões e hierarquias entre diferentes cidades, utilizando mapas temáticos e representações gráficas. Desenvolvido parcialmente O estudante analisou os mapas, mas indicou apenas diferenças, ou semelhanças. Em desenvolvimento A análise dos mapas não permitiu ao estudante diferenciar/identificar diferenças e semelhanças entre os mapas. O estudante reconheceu os principais elementos/ características constitutivas dos mapas (título, legenda, escala e fonte, orientação etc.)? Desenvolvido O estudante apontou os elementos principais dos mapas, diferenciando-os corretamente. Desenvolvido parcialmente O estudante apontou apenas alguns dos principais elementos do mapa. Em desenvolvimento O estudante não diferenciou os principais elementos do mapa. O estudante refletiu sobre a distribuição e a localização espacial dos temas dos dois mapas? Desenvolvido O estudante relaciona as informações dos dois mapas, observando a ocorrência de rebanhos bufalinos na região Norte do Brasil. Desenvolvido parcialmente O estudante consegue relacionar algumas informações dos mapas, mas não consegue identificar em que região ocorre a criação de bufalinos. Em desenvolvimento O estudante não consegue relacionar as informações ou não consegue realizar a leitura dos mapas. A t iv id a d e 5 e 6 Ao observar a fotografia, o estudante foi capazde identificar o lançamento de esgotos e de lixo como causas da poluição dos oceanos? Desenvolvido O estudante analisou a ilustração e indicou dois tipos de ações que poluem os oceanos. EF05GE10 Reconhecer e comparar atributos da qualidade ambiental e algumas formas de poluição dos cursos de água e dos oceanos (esgotos, afluentes industriais, marés negras etc.). Desenvolvido parcialmente O estudante analisou a fotografia, porém indicou apenas um tipo de ação que causa poluição. Em desenvolvimento A análise da imagem não permitiu ao estudante citar alguma ação que causa a poluição. Ao observar a fotografia, o estudante aponta ao menos duas consequências da poluição dos oceanos? Desenvolvido O estudante identificou ao menos duas consequências da poluição dos mares e do oceano. Desenvolvido parcialmente O estudante apontou apenas uma consequência da poluição das águas dos oceanos. Em desenvolvimento O estudante não refletiu sobre os tipos de poluição e suas consequências. Ao observar as fotografias, o estudante identificou como os hábitos apresentados colaboram para a redução dos impactos ambientais, relacionando-os a outros hábitos que também são positivos para a redução da poluição das águas? Desenvolvido O estudante reconheceu como os hábitos colaboram com a preservação das águas, relacionando-os a outros hábitos sustentáveis e ecologicamente responsáveis. Desenvolvido parcialmente O estudante reconheceu como os hábitos colaboram com a preservação das águas, mas não conseguiu apontar outros hábitos sustentáveis e ecologicamente responsáveis Em desenvolvimento O estudante não reconheceu como os hábitos colaboram com a preservação das águas nem conseguiu apontar outros hábitos sustentáveis e ecologicamente responsáveis 41 5ApisGeog23At_036a041_Partida_MPU.indd 415ApisGeog23At_036a041_Partida_MPU.indd 41 15/08/21 10:2115/08/21 10:21 Unidade 1 – Conhecendo o Brasil Introdução Objetivos pedagógicos da unidade O trabalho pedagógico ao longo desta unidade proporcionará ao estudante, primeiramen- te, durante o Capítulo 1, letrar-se cartograficamente ao interpretar gráficos, mapas e tabelas e relacioná-los com seu lugar de vivência. Já ao longo do Capítulo 2, os estudantes serão capazes de compreender diversas características e transformações do meio urbano e como estas estão relacionadas com seu cotidiano gerando, assim, uma oportunidade de estabele- cer contextualizações dos conteúdos estudados à vida prática dos estudantes. Veja, no quadro a seguir, os objetivos pedagógicos desta unidade. Objetivos pedagógicos (O. P.*) Habilidades da BNCC relacionadas/ componente curricular 1. Compreender a noção de escala por meio de comparação de fotografias, plantas e mapas. EF05GE09 2. Compreender a passagem do espaço geográfico tridimensional para o espaço bidimensional por meio de diferentes representações. Alfabetização cartográfica 3. Analisar as transformações das paisagens urbanas, suas formas e funções e as interações cidade e campo. EF05GE03, EF05GE04, EF05GE06, EF05GE08 4. Identificar as diferentes conexões entre as cidades, com base no fluxo de comunicação e serviços, sistema viário e serviços básicos. EF05GE04, EF05GE09, EF05GE11 *Nota: ao longo desta unidade, os objetivos pedagógicos nos títulos de quadros serão abreviados como O. P. Conhecimentos escolares prévios para atingir os objetivos pedagógicos e desenvolver os principais conteúdos Para que os estudantes compreendam a noção de escala por meio de comparação de fotografias, plantas e mapas, é preciso que eles já dominem os demais elementos dos mapas e já tenham algum contato organizado com mapas temáticos nos anos anteriores. Já a com- preensão da passagem do espaço geográfico tridimensional para o espaço bidimensional, por meio de diferentes representações, está ligada ao amadurecimento cognitivo, que é ampliado à medida que o estudante avança no desenvolvimento da numeracia, especial- mente do raciocínio lógico, característico da faixa etária. As noções de lugar e de paisagem também precisam estar sedimentadas, visto que esses conceitos funcionam como um esteio para a compreensão das transformações que as paisagens urbanas apresentam, tanto em suas formas como nas funções que exercem, além, é claro, de conhecer, ainda que de maneira introdutória, como são algumas interações entre cidade e campo, especialmente no que diz respeito aos processos migratórios. É preciso que os estudantes já conheçam as atividades de trabalho, as atividades produti- vas e que distingam com destreza as unidades político-administrativas do Brasil para que possam identificar as diferentes conexões entre as cidades, com base no fluxo de comunica- ção, serviços e sistema viário. 42 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 425ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 42 15/08/21 10:2415/08/21 10:24 Relação entre objetivos pedagógicos, conteúdos e atividades da unidade A alfabetização cartográfica, aliada ao estudo das características das cidades, é o ele- mento estruturador desta unidade. As crianças, em processo de alfabetização nas diversas disciplinas, apreendem a habilidade de leitura no espaço de vivência. Nosso objetivo é auxiliar na organização do pensamento espacial e a linguagem da Cartografia, que pode ser traba- lhada para além do entendimento dos mapas, pois une o pensamento crítico às habilidades do desenho infantil – uma forma de expressão espontânea da criança. Objetivos pedagógicos e expectativas de aprendizado Ao longo dos estudos desta unidade, é possível avaliar se os estudantes estão acompa- nhando os conteúdos trabalhados. Isso pode ser feito de diversas maneiras, por exemplo, com a utilização das rubricas descritas no quadro a seguir. Vale salientar a importância de acom- panhar o aprendizado dos estudantes de modo a resgatar assuntos que não foram bem compreendidos por algum deles bem como por toda a turma. O. P. Desempenho Expectativas de aprendizado 1 Desenvolvido O estudante adquiriu a noção de escala, de forma introdutória, por meio de comparação de fotografias, plantas e mapas. Desenvolvido parcialmente O estudante percebe a diferenças entre as fotografias, plantas e mapas, por meio da comparação, mas as relaciona à noção de escala. Em desenvolvimento O estudante não adquiriu a noção de escala por que não as compara adequadamente. 2 Desenvolvido O estudante compreende a passagem do espaço geográfico tridimensional para o espaço bidimensional por meio de diferentes representações. Desenvolvido parcialmente O estudante compreende a passagem do espaço geográfico tridimensional para o espaço bidimensional por meio de algumas representações, apenas as mais simples. Em desenvolvimento O estudante não compreende a passagem do espaço geográfico tridimensional para o espaço bidimensional por meio de diferentes representações. 3 Desenvolvido O estudante analisa as transformações das paisagens urbanas, suas formas e funções e as interações entre cidade e campo. Desenvolvido parcialmente O estudante analisa as transformações das paisagens urbanas, mas desconhece suas formas e funções e apresenta dificuldades na compreensão das interações entre cidade e campo. Em desenvolvimento O estudante não analisa as transformações das paisagens urbanas, suas formas e funções e as interações entre cidade e campo. 4 Desenvolvido O estudante identifica diferentes conexões entre as cidades, com base no fluxo de comunicação e serviços, sistema viário e serviços básicos. Desenvolvido parcialmente O estudante identifica algumas conexões entre as cidades, com base apenas no sistema viário, mas não no fluxo de comunicação e serviços. Em desenvolvimento O estudante não identifica diferentes conexões entre as cidades, com base no fluxo de comunicação e serviços, sistema viário e serviços básicos. 43 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 435ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 43 15/08/21 10:2415/08/2110:24 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 1 Conhecendo o Brasil 12 Orientações didáticas Competências da BNCC Competências gerais da Educação Básica 1 e 2. Competências específicas de Ciências Humanas 1, 5 e 7. Competências específicas de Geografia 4, 5 e 7. Componentes essenciais para a alfabetização • Fluência em leitura oral • Desenvolvimento de vocabulário • Compreensão de textos • Produção de escrita Durante toda a unidade é possível explorar as competências CECH7 e CEG4, em razão da conclusão do pro- cesso de alfabetização cartográfica. BNCC Orientações gerais B N C C Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades Conexões e escalas Território, redes e urbanização EF05GE03 Mundo do Trabalho Trabalho e inovação tecnológica EF05GE04 A presente unidade conclui o pro- cesso de alfabetização cartográfica, consolidando seus elementos básicos. Alguns desses elementos foram traba- lhados em anos anteriores e serão re- tomados, principalmente as imagens tridimensional e bidimensional, repre- sentadas pela hipsometria, que é a representação da altitude por meio de cores. Pela complexidade do conteú- do, optou-se pelo aprofundamento neste ano, em função do desenvolvi- mento cognitivo dos estudantes dessa faixa etária. 44 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 445ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 44 15/08/21 10:2415/08/21 10:24 V a n e s s a A le x a n d re /A rq u iv o d a e d it o ra • O que as crianças estão observando neste museu interativo? • Você consegue identificar onde está o Brasil? • Será que a Terra está parada no espaço? Uma representação do planeta visto do espaço. Espera-se que os estudantes se recordem de fatos que demonstram que a Terra se move, como o dia e a noite. Não escreva no livro. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. 13 Orientações didáticas Atividades Para iniciar os trabalhos com a abertura da unidade é conveniente verificar se os estudantes sabem o que é um museu interativo e se al- gum estudante já teve a oportunida- de de visitar um. Em caso positivo, peça-lhe que compartilhe essa expe- riência com os colegas. Os museus interativos buscam pro- porcionar maior envolvimento do público com as obras expostas, des- pertando o interesse e a curiosidade dos visitantes. Neles são utilizados recursos variados para promover essa interação, como espaços de jogos e brincadeiras, simuladores, cenários recriados, uso de telas touch, etc. A ilustração desta abertura e as perguntas propostas permitem tra- balhar com os estudantes a localiza- ção do Brasil no mundo e a ideia de hierarquia de escalas, sendo do espa- ço maior para o menor: o planeta Terra; o continente americano e o Brasil. Pode-se complementar as per- guntas dessa abertura, solicitando aos estudantes que tentem localizar no planeta Terra ilustrado o lugar on- de vivem. As atividades abordam também os movimentos astronômicos, que serão estudados neste mesmo ano letivo, no componente curricular Ciências. B N C C Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades Formas de representação e pensamento espacial Mapas e imagens de satélite EF05GE08 Representação das cidades e do espaço urbano EF05GE09 Natureza, ambientes e qualidade de vida Diferentes tipos de poluição EF05GE11 45 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 455ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 45 15/08/21 10:2415/08/21 10:24 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 1 CAPÍTULO Representação do espaço Para iniciar Com a orientação do professor, formem grupos e cantem a canção “Ora bolas”. 1. Qual é o endereço do Brasil, de acordo com a canção? Comente com os colegas. 2. Com o professor e os colegas, façam uma lista dos lugares indicados na letra da canção. A lista deve ser feita do que está mais próximo para o que está mais distante de vocês. 3. O que você pensa sobre o país onde vivemos? Elabore uma frase que expresse sua opinião. “Tá na América do Sul, / No continente americano.” Casa, rua, cidade/floresta, Brasil, América do Sul, Américas, oceano, planeta. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Não escreva no livro. C lá u d io C h iy o /A rq u iv o d a e d it o ra DERDYK, Edith; TATIT, Paulo. Ora bolas. Intérprete: Palavra Cantada. In: Canções de brincar. São Paulo: Velas, 1996. 1 CD. Faixa 14. Ora bolas Oi, oi, oi... Olha aquela bola A bola pula bem no pé No pé do menino Quem é esse menino? Esse menino é meu vizinho... Onde ele mora? Mora lá naquela casa... Onde está a casa? A casa tá na rua... Onde está a rua? Tá dentro da cidade... Onde está a cidade? Tá do lado da floresta... Onde é a floresta? A floresta é no Brasil... Onde está o Brasil? Tá na América do Sul, No continente americano, Cercado de oceano E das terras mais distantes De todo o planeta E como que é o planeta? O planeta é uma bola Que rebola lá no céu Oi, oi, oi... Olha aquela bola... 14 Orientações didáticas O capítulo conclui o processo de alfabetização cartográfica, consoli- dando seus elementos básicos. Al- guns desses elementos foram trabalhados em anos anteriores e serão retomados, principalmente as imagens tridimensionais e bidimen- sionais (representadas pela hipsome- tria, que é a representação da altitude por meio de cores). Pela complexidade do conteúdo, optou-se pelo aprofundamento nes- te ano, em função do desenvolvimen- to cognitivo dos estudantes dessa faixa etária. Para iniciar Explique aos estudantes que os sinais [...] indicam que um trecho do texto original foi suprimido. A letra da canção apresenta o tema central da unidade: a escala. É possível solicitar aos estudantes que leiam o texto em voz alta, individual ou cole- tivamente, mobilizando a fluência em leitura oral, componente essen- cial para a alfabetização. Atividade 1 Se possível, leve para a sala de au- la um globo terrestre para que os estudantes localizem o Brasil. Expli- que que o continente no qual o país está inserido é a América e que ela é geralmente regionalizada em Améri- ca do Norte, América Central e Amé- rica do Sul. O Brasil está na porção sul. É possível que os estudantes apre- sentem alguma dificuldade para for- mular uma resposta sobre o endereço do Brasil. Se julgar pertinente, deixe que eles conversem entre si para tro- car opiniões sobre esse assunto. Este é um momento em que eles devem usar diversos conceitos geográficos já vistos nos anos anteriores do Ensino Fundamental, além da criatividade para elaborar as respostas, trabalhan- do no desenvolvimento do compo- nente essencial para a alfabetização produção de escrita. Atente-se para que, ao fornecerem os endereços das residências, eles indiquem o maior número de ele- mentos possível (rua, avenida, bairro, cidade, estado, país, continente). Para indicar a localização do Brasil, os es- tudantes devem mencionar a Améri- ca do Sul (ou a América) e o planeta Terra. Atividade 2 A atividade, por meio da localização e da retirada de informações do texto, trabalha o componente essencial para a alfabetização compreensão de textos. Os lugares citados na letra da canção são casa, rua, cidade, floresta, Brasil, América do Sul/ continente americano, oceano, planeta. Atividade 3 Incentive os estudantes a conversar sobre as percepções que têm do país onde vivem. Se considerar adequado, faça uma lista com as principais opiniões da turma em uma folha à parte e fixe-a no mural da sala. Conforme os estudos da unidade prosseguem, pode-se vol- tar à lista e acrescentar ou alterar informações. 46 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 465ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 46 15/08/21 10:2415/08/21 10:24 Não escreva no livro. O Brasil no mundo Imagine que você estáviajando pelo Universo em uma aeronave e avista a Terra. Você saberia dar a localização do Brasil no mundo? E de sua cidade? Observe as imagens de satélite abaixo. 1. Com base nas imagens acima e no mapa da página 23, anote no caderno em que porção do planeta o Brasil está situado. 2. Agora, anote no caderno em que município, estado, país e continente está localizada a praia do Meireles. 3. Com auxílio do professor, escreva no caderno o município, o estado e o país em que você vive. Na América do Sul. Fortaleza, Ceará, Brasil, América do Sul. Respostas pessoais. Imagens de satélite do planeta Terra, da mancha urbana de Fortaleza, no estado do Ceará, e da praia do Meireles, em Fortaleza, 2020. IN P E /A rq u iv o d a e d it o ra DaraSIO, NOA A, U.S .N av y, N G A ,G E B C O /2 01 6 , D ig it a l G lo b e /G o o g le E a rt h Fortaleza N FortalezaFortalezaFortaleza NN N N 1 2 3 15 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Visão vertical. • Representações em diferentes escalas. Ao fazer uso de imagens de satélite para visualizar o continente americano e o Brasil, a página 15 do Livro do Estu- dante possibilita uma relação direta com o tema contemporâneo transver- sal Ciência e tecnologia. Tema contemporâneo transversal Nas diferentes imagens apresenta- das na página 15 do Livro do Estudan- te, há uma hierarquia de escalas e, consequentemente, a representação de diferentes paisagens. Ao explorar imagens de satélite em diferentes escalas, o conteúdo da pági- na 15 do Livro do Estudante contribui para o desenvolvimento da habilidade EF05GE09. BNCC Orientações gerais Atividade 1 Espera-se que os estudantes, em um primeiro momento, identifiquem que se trata de uma área litorânea do território brasileiro, ao reconhecerem elementos da paisagem que compro- vem isso, como o mar e a faixa de areia. Analise com os estudantes os ma- pas das áreas representadas nas ima- gens de satélite e nas páginas 22 e 23 do Livro do Estudante. Mostre a eles as diferenças entre as representações e as informações que podem ser ob- tidas de cada uma. Atividade 2 Para esta atividade, pode-se utilizar um mapa político do Brasil. Esta atividade possibilita ao estu- dante trabalhar com o município on- de vive e assim, ambos os municípios (do estudante e o de Fortaleza) po- dem ser comparados. De acordo com o estado no qual estiver localizado (caso seja um estado da região Nor- deste), é possível ampliar o trabalho para as conexões com Fortaleza. 47 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 475ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 47 15/08/21 10:2415/08/21 10:24 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Fazendo representações cartográficas Representações espaciais como mapas, fotos aéreas, imagens de satélite e croquis nos permitem localizar pessoas, objetos e lugares. Permitem também conhecer o percurso de um rio, onde estão as montanhas mais altas ou, ainda, conhecer as transformações ocorridas em uma cidade com o passar do tempo, por exemplo. Essas representações nos auxiliam na localização de elementos no espaço. Você já aprendeu que os mapas são construídos a partir de imagens aéreas ou de imagens de satélite. Para confeccionar mapas, é importante definirmos o que queremos representar, porque, dependendo da distância em que a imagem foi feita, podemos observar mais ou menos detalhes. Por exemplo: quanto mais perto estamos de uma pessoa ou de um objeto, mais detalhes percebemos; quanto mais longe, menos detalhes observamos. 1. Observe a seguir três fotos da mesma planta. Depois, responda às perguntas no caderno para entender a relação mencionada. Não escreva no livro. a) Qual foto foi tirada mais de perto e, portanto, mostra mais detalhes? A foto 1. b) Qual foi tirada mais de longe e, portanto, mostra menos detalhes? A foto 3. c) Qual foto mostra uma área maior? A foto 3. d) Qual mostra uma área menor? A foto 1. Fotografias de azaleia. Parque Ibirapuera, em São Paulo, no estado de São Paulo, 2017. 1 2 3 F o to g ra fi a s : R it a B a rr e to /A c e rv o d a f o tó g ra fa 16 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Proporção e escala. A localização e a análise corres- pondem à primeira etapa de verifica- ção nos trabalhos ligados à Cartografia. Há ainda mais duas eta- pas: correlação e síntese. No Ensino Fundamental I, a etapa mais impor- tante é a localização e, em seguida, a correlação. A etapa de síntese é a mais complexa, sendo, portanto, mais adequada para ciclos posteriores. Vamos retomar as diferentes possi- bilidades de trabalho com represen- tações cartográficas: localização e análise – quando se trabalham mapas que analisam um fenômeno isolada- mente; correlação – quando se fazem combinações e/ou correlações entre dois ou mais mapas que representam diferentes fenômenos passíveis de serem correlacionados; síntese – quando se faz a análise de várias car- tas de localização e análise que, correlacionadas, mostram a síntese de um determinado espaço. É importante trabalhar primeiro com a noção de proporção e depois introduzir a noção de escala nessa faixa etária. Neste segundo momento, há duas situações distintas: inicial- mente, o entendimento da noção de escala (páginas 16 e 17 do Livro do Estudante) e, depois, a transformação da medida de objetos e distâncias tomadas com unidades de medidas não padronizadas em unidades de medidas do sistema métrico decimal (página 20 do Livro do Estudante). Explore esses conceitos com base em objetos colocados mais perto e mais longe, posicionados na sala de aula e no pátio da escola. A sequência de fotografias mostra a ampliação da área da paisagem. Há praticamente diferentes paisagens, pois a ampliação da área (fotografia 3) mostra mais elementos do que é possível ver na fotografia 1. Essa pro- posta permite o entendimento da noção de escala ao estabelecer com- parações na sequência de fotografias. Atividade 1 A fotografia 1 tem uma escala maior, pois mostra mais detalhes. A fotografia 3 tem uma escala menor, pois mostra menos detalhes. Final- Ao mostrar fotografias na visão vertical em di- ferentes alturas, obtidas de um helicóptero, focan- do escala e representação, a página 16 do Livro do Estudante trabalha o tema contemporâneo transversal Ciência e tecnologia. Tema contemporâneo transversal mente, a fotografia 2 tem uma escala média, pois mostra mais detalhes do que aquela feita na es- cala menor (fotografia 3) e menos detalhes do que aquela feita na escala maior (fotografia 1). É importante, nessa faixa etária, que os estu- dantes entendam a noção de escala, mas o tra- balho propriamente dito com escala será feito em anos posteriores. Assim, não serão trabalha- dos neste volume escala numérica, escala gráfica, reduções e ampliações cartográficas, áreas ma- peadas e detalhes compatíveis com cada escala. 48 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 485ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 48 15/08/21 10:2415/08/21 10:24 2. Veja a seguir as fotos e as plantas em diferentes escalas. As fotos verticais foram feitas de um helicóptero, em diferentes alturas, na Cidade Universitária da Univer- sidade de São Paulo (USP), em São Paulo, no estado de São Paulo. Não escreva no livro. Helicóptero a 100 m de altura. Foto tirada a 100 m de altura. Planta da foto tirada a 100 m de altura. Helicóptero a 300 m de altura. Foto tirada a 300 m de altura. Planta da foto tirada a 300 m de altura. M a n o e l N o v a e s /A c e rv o d a a u to ra M a n o e l N o v a e s /A c e rv o d a a u to ra M a n o e l N o v a e s /A c e rv o d a a u to ra M a n o e l N o v a e s /A c e rv o d a a u to ra Il u s tr a ç õ e s : © A c e rv o d a a u to ra /A rq u iv o d a e d it o ra Como se pode ver, quando o helicóptero estavaa uma altura maior (portanto, mais distante do prédio), ele fotografou uma área maior, porém os detalhes do prédio fi- caram menos visíveis. ¥ Imagine que você precise tirar duas fotos aéreas – uma da sua escola e outra de uma parte da cidade onde você mora. Em qual dessas situações o helicóp- tero deverá estar a uma altura maior? Por quê? Converse com os colegas. O helicóptero tem de estar a uma altura maior para fotografar parte da cidade, pois se trata de uma área bem maior que a área da escola. Il u s tr a ç õ e s : © A c e rv o d a a u to ra /A rq u iv o d a e d it o ra ESCALA Metros 0 40 ESCALA Metros 0 20 17 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Escala. Nas páginas 16 e 17 do Livro do Estudante são apresentadas atividades que trabalham proporção e escala, fechando essas noções no processo da alfabetização cartográfica visto em anos anteriores. Essas atividades são preliminares para a análise de diferentes paisagens, fornecendo bases para o desenvolvimento da habilidade EF05GE08. BNCC Orientações gerais Atividade 2 A 100 metros de altura (primeira situação), são vistos poucos elemen- tos, mas alguns detalhes são percep- tíveis. Analise com os estudantes o fato de que, quanto mais alto estiver o helicóptero, maior será a área abran- gida, porém será mais difícil perceber detalhes da Cidade Universitária. Ressalte a diferença entre essas fotografias tiradas do helicóptero e as fotografias da página 16 do Livro do Estudante: as imagens tiradas do helicóptero estão na visão vertical, já as imagens das azaleias estão na visão frontal. Já a 300 metros de altura (segunda situação), a área abrangida é maior, portanto são vistos mais elementos, como as ruas e o lago, mas os deta- lhes ficam menos nítidos. Relembre os estudantes de que os mapas são feitos a partir de fotografias verticais. A questão da distância do obser- vador e do nível de detalhamento é fundamental para a compreensão do conceito de escala. Se possível, utilize sites que dispo- nibilizam mapas e imagens de satéli- te on-line. Os estudantes poderão aproximar ou distanciar imagens e observar o que ocorre com os deta- lhes que podem ser visualizados em cada situação. Retome com os estudantes que, se a superfície do município for grande, serão necessárias várias fotografias aéreas, que depois serão emendadas para mapear toda a sua área. As atividades com as diferentes visões de um objeto ou de uma pai- sagem têm o objetivo de fazer o es- tudante identificar as fotografias frontais e as fotografias verticais. • Google Earth. Disponível em: https://19q6. short.gy/62Wdej. Acesso em: 19 jul. 2021. Veja imagens de satélite, terrenos e constru- ções em 3D em centenas de cidades do mun- do todo. Aumente o zoom para encontrar sua casa ou qualquer outro lugar, depois veja tudo em detalhes com a perspectiva em 360° do Street View. Sugestão 49 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 495ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 49 15/08/21 10:2415/08/21 10:24 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 3. Em duplas, leiam em voz alta o texto a seguir. Um desafio para Maurício Maurício, que não é o “de Sousa”, é ilustrador de uma editora de livros escolares. Ele trabalha em uma das salas de um edifício, em um dos bair- ros da cidade de Fortaleza, capital do estado do Ceará. O chefe de Maurício, sr. Tanaka, encarregou-o de ilustrar um livro de Geografia para o 5o ano do Ensino Fundamental. Uma parte do livro que Maurício vai ilustrar tem como título “O Brasil no mundo”. O sr. Tanaka disse a Maurício: — Você deverá representar, em quadrados de mesmo tamanho, desde a nossa sala de trabalho até o planeta Terra. Maurício pensou… pensou… e descobriu como fazer a tarefa usando desenhos, plantas e mapas. Para que as representações coubessem em espaços do mesmo tamanho no livro, ele reduziria cada uma delas quantas vezes fosse necessário. Maurício fez todas as reduções, depois traçou oito quadrados e, dentro de cada um, desenhou o que o sr. Tanaka pediu. ilustrador: profissional que faz desenhos, ilustra•›es. a) Veja os desenhos de Maurício na página 19 e responda no caderno às questões a seguir. • Maurício se descuidou, misturou as oito representações e numerou-as na sequência errada. Ajude-o a organizá-las corretamente, anotando os núme- ros dos quadrinhos correspondentes. Comece pelo desenho que represen- ta a menor área até chegar àquele que representa a maior área. • Em quais das representações é possível localizar o Brasil? • Qual quadrinho contém a representação da maior área? • Qual desenho de Maurício apresenta mais detalhes? b) No caderno, faça quadrinhos como os do modelo abaixo e escreva seu endere- ço completo, do menor espaço que você ocupa até o planeta em que você vive. Seguindo a sequência numérica, leia para um adulto de sua casa. Depois, apre- sente ao professor. 4 – 2 – 8 – 5 – 1 – 6 – 7 – 3 3, 6 e 7. O número 3 (planisfério). O número 4. 1: rua; 2: bairro; 3: município; 4: estado; 5: Brasil; 6: América do Sul; 7: planeta Terra. 1 2 3 4 5 6 7 Não escreva no livro. 18 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Escala. Atividade 3 Comente com os estudantes que Mauricio de Sousa é o criador das his- tórias em quadrinhos da Turma da Mônica. Ao trabalhar o item b, informe aos estudantes que planeta é um corpo celeste que gravita em torno de uma estrela denominada. A Terra, planeta em que vivemos, faz parte do Sistema Solar, conjunto de planetas que gra- vitam em torno do Sol. Os planetas pertencem ao Sistema Solar são Mer- cúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Sa- turno, Urano e Netuno. Plutão era considerado um planeta do Sistema Solar, mas, desde 2006, foi rebaixado à categoria de planeta-anão em vir- tude de suas reduzidas dimensões, como Ceres (entre Marte e Júpiter) e Éris (depois de Plutão). Oriente os estudantes a fazer qua- dros em tamanho maior que o do modelo para que possam escrever (produção de escrita). Depois da realização desta atividade, peça que comparem as respostas com as dos colegas. Questione-os se as sequên- cias foram as mesmas e, se houver diferenças, peça que comentem suas escolhas. O conteúdo das páginas 18 e 19 do Livro do Estudante contribui para o de- senvolvimento da habilidade EF05GE09 ao evidenciar a hierarquia de escalas entre diferentes lugares, utilizando ma- pas e representações gráficas. BNCC Orientações gerais 50 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 505ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 50 15/08/21 10:2415/08/21 10:24 Centro da cidade 3º 43’ 30” S 38º 31’ 30” O OCEANO ATLÂNTICO ESCALA Quilômetros 0 5 10 55º O 0º OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO EQUADOR TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO ESCALA Quilômetros 0 935 1870 FORTALEZA RN PB PE PI CEARç 40º O 5º S OCEANO ATLÂNTICO ESCALA Quilômetros 0 120 240 OCEANO ATLÂNTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO 0º 0º BRASIL EUROPA ÁFRICA AMÉRICA ÁS IA OCEANIA M E R ID IA N O D E G R E E N W IC H EQUADOR TRÓPICO DE CÂNCER TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO ESCALA Quilômetros 0 5205 55º O 0º EQUADOR OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO BRASIL ESCALA Quilômetros 0 3600 7200 Mapas elaborados pela autora com base em: IBGE. Atlas geográfico escolar: Ensino Fundamental – do 6o ao 9o ano. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. p. 10-11 e 30. Estado do Ceará Il u s tr a ç õ e s : C lá u d io C h iy o /A rq u iv o d a e d it o ra Prédio da editora Planisfério Sala dos ilustradores Município de Fortaleza Brasil Continente americano Vista parcial do bairro M a p a s : B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra 1 3 5 7 2 4 6 8 19 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Escala. Os desenhos da página 19 do Livrodo Estudante estão em diferentes escalas, o que remete à hierarquia entre elas. Essa hierarquia nas escalas permite o trabalho com diferentes paisagens, desde o prédio propria- mente dito até o bairro, o município, o estado, etc. Atividade complementar Para ampliar o conteúdo da página 19 do Livro do Estudante, peça aos estudantes que observem atenta- mente o mapa 1 e respondam oral- mente às seguintes questões: 1. Qual cidade é a capital do Ceará? Onde ela se localiza no estado? (Fortaleza. Localiza-se ao norte do estado, no litoral) 2. Qual estado brasileiro está a oeste do Ceará? (Piauí) 3. O que está localizado ao norte da capital do Ceará? (O oceano Atlân- tico). 51 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 515ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 51 15/08/21 10:2415/08/21 10:24 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Outras representações Quando queremos representar um objeto ou espaço muito grande, que não cabe em uma folha de papel, precisamos reduzir seu tamanho, mantendo a propor•‹o. Para representar sua carteira, por exemplo, você pode medir quantos palmos ela tem de um lado e quantos palmos ela tem do outro. Depois, você pode representá-la em tamanho menor, no papel. Ela estará desenha- da de forma proporcional ao seu tamanho real. Podemos também fazer medições mais exatas. Para isso, precisamos conhecer as unidades de medida de comprimento. Veja quais são: quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro (km) (hm) (dam) (m) (dm) (cm) (mm) As unidades de medida de comprimento mais usadas são o centímetro, o metro e o quilômetro. Veja os exemplos abaixo. O lado de um livro pode ser medido em centímetros. A distância entre duas cidades pode ser medida em quilômetros. C lá u d io C h iy o /A rq u iv o d a e d it o ra C lá u d io C h iy o /A rq u iv o d a e d it o ra A largura de uma sala pode ser medida em metros. Agora, veja como estas meninas fize- ram para medir o comprimento e a largura da sala de aula, que tem a forma de um retângulo. Cada pé das meninas mede 25 cm. 1 pé – 25 cm F é lix R e in e rs /A rq u iv o d a e d it o ra É possível usar os pés para medir os lados da sala de aula. F e rn a n d o F a v o re tt o /A c e rv o d o f o tó g ra fo 1 1 2 2 A menina de camiseta azul mediu 20 pés. A menina de camiseta vermelha mediu 28 pés. 20 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Proporção e escala. Toda a noção de escala está dire- tamente ligada à Matemática. A es- cala constitui um dos pilares da representação cartográfica em fun- ção da redução do espaço real para o espaço do papel, daí a importância desse trabalho conjunto. As atividades iniciam com propor- ção para depois trabalhar a noção de escala. O palmo é uma unidade de me- dida não padronizada. As unidades de medidas padronizadas de compri- mento, usando o sistema métrico, nos permitem fazer medições exatas. Para compreender a escala de um mapa é importante conhecer o sis- tema métrico decimal. Por exemplo: 1 cm – 100 m significa que cada 1 centímetro representado no mapa equivale a 100 metros na realidade. De acordo com as medidas obtidas pelas meninas, a sala tem 5 m × 7 m. Os estudantes devem fazer a repre- sentação com base no quadriculado da página 21 do Livro do Estudante. Observe que cada lado do quadradi- nho representa um metro. Considere aqui uma medida para os pés das meninas, como de 25 cm, a fim de organizar o trabalho com os estu- dantes. Na realidade, elas devem ter uma pequena diferença no tamanho dos pés, em função da diferença de al- tura. Considere essa situação na sala de aula. Como o objetivo não é o detalhe da representação, mas sim o trabalho com unidades de medida não padroni- zadas, considere um só tamanho. Em função do trabalho desenvolvi- do em Matemática, neste momento, explique as conversões no sistema métrico decimal e depois represente- -o em papel quadriculado, no qual um quadradinho representa um metro. Para remediar a compreensão do o conteú- do da página 20 do Livro do Estudate, propo- nha a atividade a seguir para medir linhas curvas em plantas e mapas. • Reproduza em tamanho maior as ima- gens a seguir e peça aos estudantes que meçam as linhas curvas com um bar- bante. • Depois, eles devem medir com a régua os barbantes esticados e anotar as medidas. • Em seguida, peça a eles que representem o comprimento dos barbantes no qua- driculado. Lembre-os de que cada lado do quadradinho equivale a 1 cm. Atividade complementar 7 cm 5 cm B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra 52 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 525ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 52 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 1. Observe como as meninas fizeram para representar a sala de aula. Lembre-se de que cada pé mede 25 cm. a) Primeiro elas anotaram as medidas da sala de aula. Copie a tabela a seguir no caderno e complete os dados que faltam. Lado da sala de aula Número de pés medidos Medida do lado da sala de aula (em centímetros – cm) Medida do lado da sala de aula (em metros – m) 1 Menina de camiseta azul 20 500 5 2 Menina de camiseta vermelha 28 3 Menina de camiseta azul 20 4 Menina de camiseta vermelha 28 b) Desenhe no caderno o comprimento e a largura da sala de aula medida pelas meninas. Use a régua, considerando que 1 centímetro equivale a 1 metro. 2. Agora é a sua vez! Com orientação do professor, meça a sala de aula utilizando a medida dos pés de um colega e anote os dados no caderno. a) O tamanho de um pé de um colega mede quantos centímetros? b) Elabore e complete, no caderno, uma tabela como a da atividade 1. c) Utilizando os dados da tabela, vocês farão a representação na lousa, com o pro- fessor. Vocês representarão as medidas em metros (m) encontradas. Antes de fazer o desenho, observem quanto mede cada lado do quadradinho. O professor fará os quadriculados na lousa, em dois tamanhos diferentes, para serem preen- chidos. Veja abaixo uma parte de como serão os quadriculados. 700 7 500 5 700 7 1. b) Oriente os estudantes a colocar as medidas em metros ao lado de cada desenho. O lado direito e o lado esquerdo medem 5 metros. O lado inferior e o lado superior medem 7 metros. Respostas pessoais. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Não escreva no livro. d) Sua sala de aula foi representada em dois tamanhos diferentes. O tamanho real da sala de aula continua o mesmo? Explique no caderno. Sim, o que mudou foi o tamanho da representação. 1 m 1 m 21 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Proporção e escala. Com as atividades das páginas 21 e 22 do Livro do Estudante são introdu- zidas as unidades de medidas padro- nizadas (sistema métrico). Atividade 1 No item a, explique aos estudantes que a sala de aula é retangular; por- tanto, os lados 3 e 4 repetem os valo- res de 1 e 2. Auxilie-os na passagem de centímetros (cm) para metro (m). No item b, os estudantes deverão desenhar um retângulo com 5 e 7 quadrados de lado, respectivamente. Para avaliação Atividade 2 Nesta atividade, por meio do tra- balho coletivo, os estudantes mobi- lizarão a compreensão da noção de proporcionalidade. Inicie esta avaliação medindo o pé de um estudante. Ele fará a me- dição da sala de aula acompanhado pelos colegas que vão fazendo a contagem em voz alta. Depois, ins- trua-os a montar no caderno uma tabela com as medidas obtidas e, em seguida, a preencher os quadra- dos da lousa para completar a ava- liação. Para remediar as possíveis dificul- dades, sugerimos a realização da atividade complementar, na base da página ao lado. Veja, na base da página, as rubri- cas das atividades que auxiliam na avaliação dos estudantes. O. P. Critério de avaliação Desempenho Justificativa 1 Oestudante preencheu corretamente a tabela com base nos dados levantados e compreendeu que a sala de aula foi representada em tamanhos diferentes? Desenvolvido O estudante preencheu corretamente a tabela com base nos dados levantados e compreendeu que a sala de aula foi representada em tamanhos diferentes. Desenvolvido parcialmente O estudante preencheu a tabela com base nos dados levantados, mas se equivocou na conversão de medidas, e compreendeu que a sala de aula foi representada em tamanhos diferentes. Em desenvolvimento O estudante não preencheu corretamente a tabela com base nos dados levantados e não compreendeu que a sala de aula foi representada em tamanhos diferentes. 53 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 535ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 53 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Diferentes representações da Terra O planeta Terra, com sua forma arredondada, pode ser representado por um globo terrestre ou por um planisfério. Quando olhamos um globo, que é uma representação tridimen- sional, vemos somente a parte da Terra que está virada para nós. Para ver toda a superfície terrestre de uma só vez, é preciso olhar para um planisfério, que é uma representação bidimensional. Para representar a forma arredondada da Terra em um planisfério, é necessário transformá-la em uma superfície plana. Assim, todas as suas partes podem ser vistas de uma só vez. Observe a imagem de satélite, a foto e os mapas a seguir. superfície terrestre: camada exterior do planeta Terra. 2 Globo – uma representação da Terra O globo é um pequeno modelo tridimensional da Terra que podemos pegar em nossas mãos. Podemos girá-lo de um lado para o outro. Mas só conseguimos ver um lado da superfície terrestre de cada vez. 1 A Terra no espaço Na imagem de satélite, podemos identificar oceanos, terras e nuvens. Porém, podemos ver apenas uma parte da superfície do planeta de cada vez. e rg 6 4 /S h u tt e rs to ck /G lo w im a g e s e rg 6 4 /S h u tt e rs to ck /G lo w im a g e s G O ES Pr oj ec t/N OA A/ NA SA A Terra vista do espaço. Imagem de satélite, 2019. Globo terrestre. Não escreva no livro. 22 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Imagem tridimensional e imagem bidimensional. • Representações cartográficas. Traga para a sala de aula um globo terrestre e um planisfério e mostre aos estudantes as diferenças. Crie si- tuações que proporcionem o manu- seio do globo terrestre e do planisfério. Peça aos estudantes que indiquem, tanto no globo quanto no planisfério, lugares sugeridos por vo- cê (ou por eles), usando pequenos pedaços de massa de modelar. Trata-se, neste momento, de reali- zar a passagem do tridimensional (globo terrestre) para o bidimensio- nal (planisfério), etapa básica na alfa- betização cartográfica, já trabalhada em outros contextos nos diferentes anos escolares. Atividade complementar Amplie o conteúdo usando um globo terrestre e explore-o com os estudantes fazendo algumas pergun- tas que serão complementadas na seção Tecendo Saberes, nas páginas 28 e 29 do Livro do Estudante. 1. O que vocês acham que acontece- ria se a Terra parasse o movimento de rotação? (Espera-se que os es- tudantes infiram que, sem o movi- mento de rotação, não haveria mais alternância entre dia e noite.) 2. Em quais regiões da Terra os raios solares incidem com mais e menos intensidade? (Na região da linha do equador e nos polos, respectiva- mente.) 3. Quais são as diferenças entre as es- tações do ano na região onde vocês moram? (Resposta pessoal. Depen- dendo da região, as estações do ano apresentam características di- ferentes em relação à temperatura e à precipitação.) Texto complementar O globo em sala de aula Na Geografia a escolar, um globo de- veria estar presente ao serem trabalhados temas como orientação e localização, para apresentar a rede de coordenadas geográfi- cas, dar concretude a noções bastante abs- tratas quanto à posição da Terra no espaço e suas relações no sistema planetário, es- clarecer a diferença de representação espa- cial e as distorções decorrentes da projeção de um sólido (a Terra) sobre um plano (o papel de um mapa) e para explicar a relação entre a esfericidade da Terra e a diversidade ambiental, especialmente a climática. [...] 54 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 545ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 54 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 • Veja na página seguinte a superfície terrestre e todos os países representados em um planisfério. Localize o Brasil e os países da América do Sul que não são vizinhos do Brasil. Quais são eles? Anote a resposta no caderno. Chile e Equador. 4 Planisfério – a Terra desenhada no papel Os cartógrafos “esticam” as terras e as águas para preencher os espaços. É dessa forma que o planisfério mostra a Terra inteira de uma só vez, com seus continentes e oceanos. BRASIL OCEANIA AMÉRICA DO NORTE AMÉRICA DO SUL AMÉRICA CENTRAL ÁFRICA ÁSIA ANTÁRTIDA EUROPA EQUADOR M E R ID IA N O D E G R E E N W IC H 0º 0º OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO PACÍFICO ESCALA Quilômetros 0 3320 6640 3 A Terra representada no papel Para você ter uma ideia de como a superfície terrestre é representada em um plano, imagine que o globo é uma laranja aberta em gomos, dispostos um ao lado do outro, como nesta figura. Elaborados pela autora com base em: IBGE. Atlas geogr‡fico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 34. 4 Planisfério – a Terra desenhada no papel Os cartógrafos A definição das palavras destacadas está no Glossário, página 174. B a n c o d e im a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra B a n c o d e im a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra Não escreva no livro. 23 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Imagem tridimensional e imagem bidimensional. • Representações cartográficas. Chame a atenção dos estudantes para o fato de que na representação 3 os territórios não são contínuos, mas interrompidos. Conforme já sugerido, apresente aos estudantes um globo terrestre para que possam manuseá-lo. Na pá- gina 60 deste manual há uma suges- tão de site para a confecção de um globo terrestre em sala de aula. O professor e o globo terrestre Apesar de todas as possibilidades de uso de um globo terrestre, o professor, quando se dispõe a utilizá-lo em sala de aula, conta, geralmente, com um único exemplar. Ele é colocado à frente do grupo de alunos. Esta prática é, via de regra, a sua possibilidade real de trabalho na es- cola. Dessa forma, cada aluno ou grupo de alunos fica sem a chance de aproximação, de visualização e de manuseio deste recur- so. [...] É comum, no Brasil, um aluno com- pletar sua escolarização em Geografia sem que o professor tenha levado, em algum momento, um globo terrestre para a sala de aula. [...] SCHÄFFER, Neiva Otero et al. Um globo em suas m‹os: práticas para a sala de aula. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2010. p. 22-23. 55 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 555ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 55 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. E la b o ra d o p e la a u to ra c o m b as e e m : T É TA R T, F ra n k. G ra n d A tl a s 2 0 19 . P ar is : É d iti o n s A u tr e m e n t; C o lle ct io n A tla s/ M o n d e , 2 0 18 . p . 8 -9 . P la n is fé ri o p o lí ti c o – 2 0 18 T R Ó P IC O D E C Â N C E R E Q U A D O R C ÍR C U L O P O L A R Á R T IC O C ÍR C U L O P O L A R A N T Á R T IC O T R Ó P IC O D E C A P R IC Ó R N IO MERIDIAN O DE GREENWICHM ar M e d it e rr â n e o M ar V er m elh o M a r N e g ro M a r d o N o rt e M a r d e B e ri n g M ar da China M a r A rá b ic o M a r d a s A n ti lh a s M a r C á s p io ls . M a ri a n a s d o N o rt e (E U A ) l. S o c o tr a (I E M ) Il h a R e u n iã o ( FR A ) M A R S H A L L Is . N o v a Z e m b la Is . S p it s b e rg e n (N O R ) Is . F a lk la n d ( M a lv in a s ) (R U N p re t. A R G ) Is . T e rr a d o N o rt e Il h a s A le u ta s G ra n d e s L a g o s A LA S C A (E U A ) G R O E N LÂ N D IA (D IN ) C A N A D Á E S T A D O S U N ID O S M É X IC O C U B A B A H A M A S JA M A IC A B E LI Z E H A IT I G U A T E M A LA H O N D U R A S N IC A R Á G U A E L S A LV A D O R C O S T A R IC A P A N A M Á R E P . D O M IN IC A N A P O R T O R IC O ( E U A ) T R IN ID A D E T O B A G O G U IA N A S U R IN A M E G U IA N A F R A N C E S A (F R A ) C A B IN D A ( A N G ) E Q U A D O R V E N E Z U E LA C O LÔ M B IA B R A S I L P E R U B O LÍ V IA P A R A G U A I C H IL E U R U G U A I A R G E N T IN A S A M O A O C ID E N T A L R E P Ú B LI C A D E M O C R Á T IC A D O C O N G O N O R U E G A IS LÂ N D IA FI N LÂ N D IA S U É C IA E S T Ô N IA B R U N E I LE T Ô N IA LI T U Â N IA R U S R E IN O U N ID O P A ÍS E S B A IX O S IR LA N D A D IN A M A R C A A LE M A N H A P O LÔ N IA B E LA R U S U C R Â N IA M O LD Á V IA B É LG IC A Á U S T R IA H U N G R IA FR A N Ç A S U ÍÇ A LU X E R IT R E IA R O M Ê N IA E S P A N H A P O R T U G A L IT Á LI A G R É C IA T U R Q U IA S ÍR IA LÍ B A N O IS R A E L IR A Q U E IR Ã JO R D Â N IA S A U D IT A A R Á B IAK U W A IT IÊ M E N C A T A R B A H O M Ã E A U R Ú S S I A C A S A Q U IS T Ã O M O N G Ó LI A U S B E Q U IS T Ã O Q U IR G U ÍZ IA T U R C O M E N IS T Ã O T A JI Q U IS T Ã O A FE G A N IS T Ã O P A Q U IS T Ã O S E R R A L E O A N E P A L B U T Ã O B A N G LA D E S H ÍN D IA M IA N M A R LA O S T A IL Â N D IA V IE T N Ã C A M B O JA C H IN A C O R E IA D O N O R T E C O R E IA D O S U L JA P Ã O T A IW A N FI LI P IN A S S R I L A N K A M A L Á S I A C IN G A P U R A I N D O N É S I A M A LD IV A S P A P U A - -N O V A G U IN É P A LA U FE D E R A Ç Ã O D O S E S T A D O S D A M IC R O N É S IA K IR IB A T I N A U R U T U V A LU S A LO M Ã O V A N U A T U FI JI A U S T R Á L IA N O V A Z E LÂ N D IA T U N ÍS IA M A R R O C O S A R G É LI A O C ID E N T A L S A A R A LÍ B IA E G IT O M A U R IT Â N IA M A LI N ÍG E R C H A D E D JI B U T I C A B O V E R D E S E N E G A L G Â M B IA G U IN É -B IS S A U B U R K IN A FA S S O G U IN É N IG É R IA GANA BENIN TOGO C O S T A D O M A R FI M LI B É R IA G U IN É E Q U A T O R IA L S Ã O T O M É E P R ÍN C IP E C A M A R Õ E S C O N G O G A B Ã O A N G O LARE P . C E N T R O - -A FR IC A N A E T IÓ P IA S O M Á LI A U G A N D A S U D Ã O D O S U L Q U Ê N IA R U A N D A B U R U N D I T A N Z Â N IA Z Â M B IA M A LA U Í M O Ç A M B IQ U E Z IM B Á B U E N A M ÍB IA B O T S U A N A E S W A T IN I LE S O T O Á FR IC A D O S U L S E Y C H E LL E S C O M O R E S M A U R ÍC IO M A D A G A S C A R A N T Á R T I D A B U LG Á R IA A LB Â N IA T E R R A D O F O G O T E R R A D E B A F F IN P R O JE Ç Ã O D E R O B IN S O N 6 0 ° 3 0 ° 6 0 ° 3 0 ° 0 ° 9 0 ° 9 0 ° 1 8 0 ° 1 5 0 ° 1 8 0 ° 1 5 0 ° 1 2 0 ° 1 2 0 ° 6 0 ° 6 0 ° 3 0 ° 3 0 ° 0 ° 9 0 ° T IM O R -L E S T E T O N G A H A V A Í ( E U A ) M A T C H P Is . N o v a C a le d ô n ia (F R A ) O C E A N O P A C ÍF IC O O C E A N O P A C ÍF IC O O C E A N O ÍN D IC O O C E A N O A T L Â N T IC O O C E A N O G L A C IA L A N T Á R T IC O O C E A N O G L A C IA L Á R T IC O O C E A N O G L A C IA L Á R T IC O 1 2 3 4 5 7 6 8 9 1 0 11 1 . R E P Ú B LI C A T C H E C A 2 . E S LO V Á Q U IA 3 . E S LO V Ê N IA 4 . C R O Á C IA 5 . B Ó S N IA -H E R Z E G O V IN A 6 . S É R V IA 7 . M O N T E N E G R O 8 . M A C E D Ô N IA D O N O R T E 9 . G E Ó R G IA 10 . A R M Ê N IA 11 . A Z E R B A IJ Ã O LE G E N D A E S C A LA Q u ilô m et ro s 0 1 66 0 3 32 0 S U D Ã O Banco de imagens/Arquivo da editora 24 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Representação cartográfica. • Localização espacial. O planisfério oferece várias possi- bilidades de trabalho em sala de aula. Peça aos estudantes que localizem, por exemplo: • os países vizinhos do Brasil (veja a seguir um exemplo desta atividade); • cinco países que participaram da última Copa do Mundo; • o país para o qual o(a) presidente do Brasil viajou para fechar um acordo, uma negociação, partici- par de um evento, entre outros; • um país com alguma ocorrência geográfica muito forte em um de- terminado momento, como um terremoto ou vulcão. Trabalhe com o planisfério ao lado do globo para que os estudantes pos- sam realmente perceber a passagem da forma esférica para a plana, traba- lhando assim a numeracia. Localize o Brasil e o Japão no globo, por exem- plo, e depois no planisfério para que essa relação possa ser mais bem com- preendida. Atividade complementar Para ampliar o assunto, solicite aos estudantes que façam a atividade de localização de países vizinhos e não vizinhos do Brasil a seguir. Para essa atividade, providencie um mapa mu- do da América do Sul para cada estu- dante. 1. Observe o mapa da página 24 do Livro do Estudante e faça o que se pede. a) Escreva com letras maiúsculas o nome de cinco países. b) Pesquise e escreva o nome da capital desses países. c) Pinte de vermelho os países que não fazem fronteira com o Brasil. d) Pinte de amarelo os países que fazem fronteira com o Brasil. e) Pinte o Brasil de verde. f) Escreva em azul e em letras maiúsculas o nome dos oceanos que banham a América do Sul. 56 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 565ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 56 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 As linhas imaginárias nas representações da Terra Observe novamente o planisfério da página anterior. Você notou que ele tem linhas que se cruzam? Você sabe o que elas representam e para que servem? Essas linhas não existem na realidade. São linhas imaginárias chamadas de parale- los e meridianos e permitem a localização de pontos na superfície terrestre. Observe os mapas e as fotos. 1. Em quais hemisférios (sul, norte, leste ou oeste) está localizado o Brasil? Registre a resposta no caderno. 2. Veja novamente o mapa da página anterior e escreva no caderno o nome dos três principais oceanos da Terra. 3. Qual oceano banha o Brasil? 4. Indique o nome de três países vizinhos do Brasil que estão situados no hemisfério sul. O território brasileiro está situado no hemisfério oeste (ocidental), sul e norte (uma pequena parte). Pacífico, Atlântico e Índico. Temos ainda outros dois: oceano Glacial Ártico e oceano Glacial Antártico. O oceano Atlântico. Os estudantes poderão indicar, entre outros países, o Uruguai, o Paraguai e a Bolívia. O equador é o paralelo que divide a Terra em hemisférionorte e hemisfério sul. O trópico de Câncer, o trópico de Capricórnio e os círculos polares são outros paralelos importantes. O meridiano de Greenwich divide a Terra em hemisfério oeste (ocidental) e hemisfério leste (oriental). B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra Linhas imaginárias BRASIL TRÓPICO DE CÂNCER EQUADOR CÍRCULO POLAR ÁRTICO CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO ESCALA Quilômetros 0 5020 10040 BRASIL 0o HEMISFÉRIO SUL HEMISFÉRIO NORTE HEMISFÉRIO OESTE HEMISFÉRIO LESTE M E R ID IA N O D E G R E E N W IC H 60°60° 120°120° 0° Z ig K o ch /T y b a Placa no local por onde passa o trópico de Capricórnio, próximo a Sorocaba, no estado de São Paulo, 2019. Monumento Marco Zero da linha do equador, em Macapá, no estado do Amapá, 2017. Não escreva no livro. C a d u R o lim /F o to a re n a Elaborados pela autora com base em: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 24. 25 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Localização espacial. Considere que, nessa faixa etária, os estudantes estão em processo de alfabetização cartográfica; portan- to, os pequenos mapas de localização apresentados abaixo de cada fotogra- fia servem para introduzir a noção de localização espacial, e não para trabalhar noções mais complexas de cartografia. Chame a atenção dos es- tudantes para o significado do termo hemisfério, que é “metade da esfe- ra”, o que pode auxiliá-los na com- preensão e assimilação do conteúdo. Atividade complementar Proponha aos estudantes uma atividade com sistema de quadrícu- las alfanuméricas. Providencie um desenho como o modelo ao lado. Com os desenhos em mãos, peça-lhes que marquem com pontos o cruzamento das linhas: 17H, 17B, 14E, 10B, 4B, 1D, 2E, 1F, 4H e 10H. Por fim, eles devem ligar os pontos nessa mesma sequência. Pergunte-lhes que animal apareceu nas quadriculas (peixe). Depois, solicite a eles que pintem os desenhos e os colem no caderno. A B C D E F G H 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 15 14 15 16 17 57 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 575ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 57 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Pontos cardeais e colaterais Você já aprendeu que, para nos localizarmos, utilizamos os pontos cardeais norte (N), sul (S), leste (L) e oeste (O). Além desses quatro pontos principais, existem outros pontos que indicam direções de forma mais precisa. Esses pontos recebem o nome de pontos colaterais. Você já ouviu falar deles? Veja: 1. O nome de cada grande região brasileira foi definido com base nos pontos cardeais e colate- rais. Observe o mapa ao lado. Elaborado pela autora com base em: IBGE. Brasil em números. Rio de Janeiro: IBGE, 2020. p. 65. Pontos colaterais NE – nordeste (entre o norte e o leste) NO – noroeste (entre o norte e o oeste) SE – sudeste (entre o sul e o leste) SO – sudoeste (entre o sul e o oeste) N S O L NE SE NO SO NORTE OESTE LESTE SUL B a n c o d e i m a g e n s / A rq u iv o d a e d it o ra B a n c o d e im a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra Brasil: grandes regiões – 2019 N S O L NE SE NO SO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO EQUADOR REGIÃO NORTE REGIÃO NORDESTE REGIÃO SUL REGIÃO SUDESTE REGIÃO CENTRO-OESTE 55º O 0º TRÓP ICO DE CAPRIC ÓRNIO DF AM RR PA AP MA TO PI CE RN PB PE AL SE BA MGGO MS SP PR SC RS RJ ES AC RO MT ESCALA Quilômetros 0 545 1090 Não escreva no livro. 2. Com auxílio do professor, copie e complete o quadro da página seguinte no caderno. ¥ Com um adulto, faça uma brincadeira. Fale o nome de um estado e rapida- mente encontre sua capital. Em seguida, inverta: fale o nome da capital e procure o estado. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Desafio 26 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Orientação geográfica. As siglas internacionais utilizadas para denominar os pontos cardeais e colaterais derivam de palavras da lín- gua inglesa: pontos cardeais – N (north), S (south), E (east) e W (west); pontos colaterais – NE (northeast), NW (northwest), SE (southeast), SW (south- west). No Brasil, no contexto didático, para leste e oeste usamos as siglas das palavras em português: L e O. As grandes regiões foram estabe- lecidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e são chamadas Regiões Administrativas. Auxilie os estudantes a perceber que o nome de cada região está relacio- nado à sua localização no país. Retome com os estudantes os pro- cedimentos necessários para utilizar a rosa dos ventos com o objetivo de localizar direções em um mapa. Res- salte que é necessário posicioná-la ou imaginá-la no centro do mapa ou no ponto em que se pretende estabele- cer as direções. A partir do centro, a rosa dos ven- tos indicará os pontos cardeais e co- laterais. Explique aos estudantes que, quando dizemos que o estado do Paraná está localizado no sul do país, estamos considerando como ponto de referência para leitura do mapa a cidade de Brasília, que está situada na região central do Brasil. Proponha aos estudantes que deem a localização de outros estados brasileiros utilizan- do os pontos cardeais e colaterais. Desafio A realização da atividade contribui para o trabalho com a literacia fa- miliar. Na aula seguinte à realização da atividade, questione os estudan- tes sobre como foi o desenvolvimen- to do Desafio com um adulto. Se julgar pertinente, proponha aos es- tudantes que repitam a atividade em sala de aula e acompanhe-os duran- te a sua realização, verificando se apresentam dificuldades. 58 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 585ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 58 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 • O que aconteceu com Alecrim e Pimenta? O grande problema enfrentado por Alecrim e Pimenta é que eles estavam sem referência, totalmente perdidos. Portanto, quando dizemos à direita ou à esquerda, por exemplo, temos que partir de uma referência. Região Unidades da Federação (estados e Distrito Federal) Sigla Capital Acre AC Rio Branco Amapá AP Macapá AM Manaus Pará PA Belém Rondônia RO Porto Velho RR Boa Vista Tocantins TO Palmas Alagoas AL Maceió BA Salvador CE Fortaleza Maranhão MA São Luís Paraíba PB João Pessoa PE Recife Piauí PI Teresina Rio Grande do Norte RN Natal Sergipe SE Aracaju Espírito Santo ES Vitória MG Belo Horizonte Rio de Janeiro RJ Rio de Janeiro SP São Paulo Paraná PR Curitiba Rio Grande do Sul RS Porto Alegre SC Florianópolis Distrito Federal DF Brasília GO Goiânia Mato Grosso MT Cuiabá MS Campo Grande Assim também aprendo ITURRUSGARAI, Adão. Os sonhos de Alecrim e Pimenta. Folha de S.Paulo. Disponível em: https://tedit.net/rPRLqK. Acesso em: 22 jan. 2021. © A d ã o I Tu rr u s g a ra i/ A c e rv o d o c a rt u n is ta Leia a tirinha abaixo e converse sobre a questão com os colegas. Região Norte: Amazonas, Roraima; Região Nordeste: Bahia, Ceará, Pernambuco; Região Sudeste: Minas Gerais, São Paulo; Região Sul: Santa Catarina; Região Centro-Oeste: Goiás, Mato Grosso do Sul. Não escreva no livro. 27 Orientações didáticas Atividade 1 Oriente os estudantes a consultar o mapa do Brasil com as capitais dos estados na página 63 do Livro do Es- tudante para auxiliá-los no correto preenchimento da tabela. Assim também aprendo A leitura da tira favorece o desen- volvimento da compreensão de textos. Peça aos estudantes que des- taquem exemplos, do dia a dia, em que podemos ficar totalmente perdi- dos, sem referência: em um bairro de uma cidade grande, onde nunca es- tivemos antes, em uma mata ou ou- tro. Nessas condições, estamos sem orientação. Muitos programas de televisão e filmes narram histórias de pessoas que ficaram completamente perdidasem matas e florestas. Por isso, todos devem embarcar nas aventuras com segurança e apoio dos adultos res- ponsáveis. Há muitas formas de encontrar um caminho ou uma orientação que de- vemos seguir. Supondo que uma pessoa está perdida e que já tentou encontrar trilhas (criada por outros seres humanos ou por animais) e um rio, para seguir suas margens. Essa pessoa pode ter a impressão de que está gastando todas as suas energias “andando em círculos”, ou seja, sem saber de fato para onde está indo. Nessas circunstâncias, é importante decidir por uma direção cardeal (nor- te, sul, leste e oeste) e seguir até en- contrar alguém para pedir ajuda. Explique para os estudantes que há muitas formas de descobrir onde está o norte. Se for de dia, a pessoa perdida poderia observar onde o Sol “nasce” (leste) e onde ele “se põe” (oeste), ou ainda espetar uma vara no solo e verificar onde a sua sombra fica. Depois de algum tempo, a pes- soa deve registrar onde está marcada a segunda sombra. A ligação entre esses dois pontos nos permite conhe- cer a direção leste-oeste e, perpendi- cularmente, desenhar o norte e o sul. Assim, é possível obter uma direção a seguir. 59 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 595ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 59 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. saberesTecendo Embora as pessoas não percebam, o planeta Terra está sempre em movimento. A Terra gira em torno de si mesma e leva cerca de 24 horas para realizar uma volta completa. Esse movimento é chamado rotação e tem como principal consequência a ocorrência do dia e da noite. A Terra gira também ao redor do Sol e leva cerca de 365 dias para realizar uma volta completa. Esse movimento é chamado translação e tem como uma das principais consequências a ocorrência das estações do ano: primavera, verão, outono e inverno. Leia a história em quadrinhos na qual Chico Bento explica esses dois movimentos. © M a u ri c io d e S o u s a /M a u ri c io d e S o u s a P ro d u • › e s L td a . 1 3 5 8 6 9 7 10 4 2 28 Orientações didáticas Tecendo saberes O principal objetivo desta seção é estabelecer a interdisciplinaridade com outros componentes curriculares, tor- nando os conhecimentos abordados mais significativos para os estudantes. Ao “tecer saberes”, os estudantes cons- cientizam-se de que as áreas do conhe- cimento não são estanques, pelo contrário, se complementam, se co- nectam e dialogam entre si. Assim, ao mesmo tempo que aprendem a esta- belecer parâmetros entre essas áreas de conhecimento, desenvolvem a lei- tura, a escrita e a capacidade de inter- pretar os fenômenos que observam e dos quais participam. Nas páginas 28 e 29 do Livro do Estudante, nas atividades 1 e 2, pre- tende-se trabalhar as noções de pro- porção e escala em conjunto com o componente curricular Matemática. Também são trabalhados os movi- mentos de rotação e translação da Terra em conjunto com o componen- te curricular Ciências. Embora o detalhamento dos movimentos da Terra faça parte com- ponente curricular Ciências, também trabalhamos em Geografia com essas noções para estudarmos os climas de diferentes lugares, por exemplo. Reforce com os estudantes que os movimentos de rotação e translação são de grande importância para a Geografia também, destacando a in- terdisciplinaridade existente. Como em várias situações na Geo- grafia são necessárias as noções de- senvolvidas sobre esse tema, aqui está um resumo desses movimentos. A Terra gira em torno de si mesma de forma semelhante a um pião. Cada volta completa dura cerca de 24 horas, o que corresponde a um dia. Esse mo- vimento é chamado rotação, e é por causa dele que existem o dia e a noite. Chama-se translação o movimen- to que a Terra faz em torno do Sol. Cada volta completa dura aproxima- damente um ano. A Terra movimenta-se em uma po- sição inclinada. Por causa dessa incli- nação e do movimento de translação, a distribuição da luz e do calor do Sol, em um mesmo período, não é a mes- ma nos hemisférios norte e sul. É por isso que existem as estações do ano: primavera, verão, outono e inverno. As estações são contrárias nos dois hemisfé- rios. Por exemplo: quando é verão no hemisfé- rio sul, é inverno no hemisfério norte, e vice-versa. Leia com os estudantes a história em quadri- nhos, procurando relacionar com o que foi es- tudado sobre representações da Terra. Faça perguntas como: “O que Chico Bento tem nas mãos?” (globo terrestre), “De acordo com Chico Bento, qual é o formato dela?” (redonda). • MARANGON, Cristiane. Todo mundo com seu globo. Nova Escola. Disponível em: https://19q6.short.gy/lEJIiB. Acesso em: 20 jul. 2021. Nesta página há instruções para a confec- ção de um globo terrestre em sala de aula. Sugestão 60 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 605ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 60 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 1. Por que a vila Abobrinha aparece no globo terrestre como “uma sujeirinha”? Responda no caderno. 2. No globo que Chico Bento está segurando, cada centímetro (cm) corresponde a 1 000 quilômetros (km) na realidade. Se a linha do equador mede 40 cm no globo, quantos quilômetros ela mede na realidade? Responda no caderno. 3. Chico Bento mostrou a Zé Lelé os dois movimentos que a Terra realiza. Em que quadri- nhos da história ele fala desses movimentos? Quais são eles? Responda no caderno. 4. Qual é a principal consequência de cada um desses movimentos? Quanto tempo a Terra leva para realizar cada um deles? Responda no caderno. 5. Vamos fazer um globo terrestre e localizar, aproximadamente, o município onde você mora, como fez Chico Bento? Peça ajuda ao professor. Ele tem o molde, sabe o material necessário e a maneira de fazer. 1. Isso se deve à escala utilizada no globo. Para representar todo o planeta Terra, o Brasil ficou pequeno, com poucos detalhes de seu território. Assim, Chico Bento imaginou que a vila estivesse representada por uma “sujeirinha” sobre o território brasileiro, para acompanhar a proporção. 40 000 quilômetros (40 × 1 000). Movimentos de rotação (nos quadros 10, 11, 12, 13 e 14) e de translação (nos quadros 15 e 16). Rotação – dia e noite; cerca de 24 horas. Translação – as estações do ano; aproximadamente 365 dias ou 1 ano. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. SOUSA, Mauricio de. Chico Bento. São Paulo: Globo, n. 254. © M a u ri c io d e S o u s a /M a u ri c io d e S o u s a P ro d u • › e s L td a . 11 14 15 16 12 13 17 18 19 21 20 22 Não escreva no livro. 29 Orientações didáticas Atividade 1 Retome o conjunto de fotografias das páginas 16 e 17 do Livro do Estu- dante. Os detalhes são mais visíveis quando as imagens são tomadas bem de perto e mostram uma área menor. Os detalhes vão se perdendo confor- me a distância aumenta (e a área re- presentada é maior). Atividade 2 Esta atividade propõe o desenvol- vimento da numeracia. Se considerar adequado, retomando os valores e a equivalência de cada medida (1 m = = 100 cm e 1 km = 1 000 m). Instigue os estudantes a descobrir o valor de um quilômetro em centímetros e, em seguida, a raciocinarem a multiplica- ção da medida da linha do Equador no globo (40) pela quantidade de quilômetros que cada centímetro no globo equivale na realidade (1 000). Atividade 3 Evite trabalhar este assunto, que é bastante complexo, apenas com ex- plicações abstratas. Sugerimos uma atividade de dramatização para me- lhor compreensão dos estudantes. Disponha-os em roda e conduza o exercício a seguir com toda a classe. Atividade 5 Com material simples e barato, a confecção do globo tem por objetivo mostrar aos estudantes a correspon- dência entre o globo terrestre e o mapa-múndi e fazê-los entender co- mo o nosso planeta, que tem a forma esférica, pode ser representado em uma folha de papel. Sigaas instruções do site sugerido a seguir. Enquanto é dia em alguns países, é noite em outros. Isso se deve ao movimento da Terra em torno de seu próprio eixo (rotação). Ao mesmo tempo, a Terra gira em volta do Sol (translação). Parece complicado, mas não é. Façam o seguinte experimento: 1. Formem um círculo na sala e coloquem uma carteira no centro. Sobre a carteira acendam um abajur ou lanternas para representar o Sol. Ja- mais usem velas. A luz deve ser propagada de forma circular. Veja a ilustração ao lado. Atividade complementar 2. Um dos colegas da classe será a Terra. Ele deverá, ao mesmo tempo, andar ao redor do Sol (da carteira com a fonte de luz) e girar em torno de si mesmo, como um pião. 3. Observe que a parte do corpo do co- lega que estiver de frente para o abajur é a que será iluminada. O mesmo acon- tece com a Terra em relação ao Sol. L é o F a n e lli /A rq u iv o d a e d it o ra 61 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 615ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 61 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Representando altitudes Você já ouviu falar na palavra altitude? E na palavra altura? Será que elas têm o mesmo significado? O termo altura se refere à medida de uma pessoa ou de um objeto da base até o topo. A altitude, por sua vez, é uma medida feita a partir do nível do mar. Normalmente é usada para se referir às formas do relevo. Chamamos de relevo o conjunto das várias formas da superfície terrestre. Essas formas surgiram em diferentes épocas no planeta e estão sempre sendo modificadas pela ação da água, do vento, do Sol e do frio e também pelas forças do interior da Terra. Essas mudanças fazem com que o relevo apresente diferentes altitudes. 1. Observe as imagens. a) Agora é a sua vez! Forme um grupo com três colegas e meçam a altura de cada um. Anotem no caderno e comparem a diferença de altura entre vocês. b) Você consegue perceber diferentes altitudes no lugar onde mora? Sua escola está situada na parte mais alta, mais baixa ou intermediária? Converse com os colegas e o professor. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Altura A altitude de qualquer ponto da superfície terrestre é medida a partir do nível do mar, que está a zero metro. A altura de uma pessoa é medida da base dos pés ao topo da cabeça. Altitude 0 m mar Altitude 1 000 m 700 m 500 m 300 m 100 m C lá u d io C h iy o /A rq u iv o d a e d it o ra In g e b o rg A s b a ch /A rq u iv o d a e d it o ra Não escreva no livro. 30 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Representação gráfica (altura × altitude). As grandes formas do relevo ter- restre são montanha, planalto, pla- nície e depressão. No Brasil, o referencial zero de alti- tude (Datum Altimétrico Brasileiro) está em Imbituba, no estado de San- ta Catarina. Esse referencial é contro- lado pelo IBGE. Lê-se na figura de altitude: cem metros acima do nível do mar, e assim por diante. Atividade 1 A atividade proposta no item a pode ser trabalhada em conjunto com o componente curricular Mate- mática, pois os estudantes devem compreender as medidas de compri- mento e compará-las. No item b, considere que para a maioria dos estudantes dessa faixa etária é mais adequado referir-se à cidade (ao lugar de sua moradia) por ser uma paisagem mais próxima do seu dia a dia. As paisagens do muni- cípio são muito abstratas para a maio- ria dos estudantes. Analise com eles a altitude da escola levando em con- sideração as paisagens de seu entor- no. Retome o fato de que, mesmo nas cidades ou nos municípios mais pla- nos, há diminuição de altitude em direção aos rios. 62 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 625ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 62 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 2. Você viu na página anterior como medimos a altura de uma pessoa. Que tal conhecer agora a altura de alguns dos prédios mais altos do mundo? Observe a seguir foto- grafias que representam, em proporção, a altura desses prédios. Leia nas legendas a altura de cada um deles na realidade. a) Com o auxílio do professor, pesquise na internet onde está situado o prédio mais alto do Brasil. Anote as informações no caderno. b) Represente no caderno o prédio mais alto do Brasil e escreva as informações de altura (em metros) e localização (município, estado e região). O prédio de maior altura no Brasil é o Infinity Coast, em Balneário Camboriú, no estado de Santa Catarina, na região Sul, com 234 m. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Ping An Finance Center, 599 metros. Shenzhen, na China, 2019. Lotte World Tower, 550 metros. Seul, na Coreia do Sul, 2019. Makkah Royal Clock Tower, 601 metros. Meca, na Arábia Saudita, 2019. Xangai Tower, 632 metros. Xangai, na China, 2019. Burj Khalifa, 828 metros. Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, 2021. Pesquise ¥ Qual é o edifício mais alto da cidade em que você mora ou de outra cidade próxima? Em grupo, analisem as transformações que ocorreram na paisagem da cidade com essa construção. Façam um cartaz com fotos, imagens de sa- télite ou ilustrações mostrando essas transformações. Apresentem o cartaz aos colegas. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Não escreva no livro. D ig it a lH a n d S tu d io /S h u tt e rs to ck k ir a zi k u 2 u /S h u tt e rs to ck S a tt a r A /S h u tt e rs to ck M a ri a n o G a rc ia /A la m y S to ck P h o to Esses prédios eram alguns dos mais altos do mundo em 2019. c it y h u n te r/ S h u tt e rs to ck 31 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Representação gráfica (altura). Os estudantes normalmente não têm ideia concreta da extensão ou da altura de um objeto quando o des- crevemos. Faça uma atividade prática, medindo com eles a altura da parede da sala ou do muro da escola. Com- pare as medidas obtidas com a altura dos prédios aqui apresentados para que eles tenham uma noção mais aproximada da altura de cada prédio. Essa atividade desenvolve noções de numeracia. Atividade 2 No item a, compare com os estu- dantes a altura de alguns dos prédios mais altos do mundo e do Brasil. No item b, oriente os estudantes a observar o último prédio da lista, que possui 550 metros de altura. Depois, antes de solicitar que desenhem o prédio mais alto do Brasil, retome a questão da proporção. Anote na lou- sa a altura dos dois prédios e questio- ne: “Quantas vezes o prédio situado em Seul é mais alto que o prédio brasileiro?”. Espera-se que os estudan- tes, por meio de cálculos, percebam que o prédio da Coreia do Sul é mais que 2 vezes maior que o prédio bra- sileiro. Pesquise Auxilie os estudantes no levanta- mento do material para a análise des- sas transformações. Consulte na prefeitura, na internet e mesmo com idosos informações sobre essas mu- danças nas paisagens locais. Avalie essas mudanças nas paisagens em dois momentos diferentes: antes e depois da construção. Peça aos estu- dantes que façam um cartaz para apresentar aos demais colegas. Essa atividade promove o desenvolvimen- to das competências CG2 e CEG5. No final do processo da estruturação da alfabe- tização cartográfica, as representações bidimen- sionais e tridimensionais, trabalhadas nas páginas 31 a 37 do Livro do Estudante por meio de dife- rentes esquemas representativos do Brasil e do mundo, contribuem para o desenvolvimento da habilidade EF05GE08. BNCC Orientações gerais 63 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 635ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 63 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reproduçãodo Livro do Estudante em tamanho reduzido. 3. Observe a ilustração abaixo. Ela representa a altitude de alguns dos picos mais elevados do Brasil. a) Procure na ilustração o nome dos estados brasileiros onde se localizam os qua- tro picos de maior altitude. b) Procure descobrir a altitude do município onde você mora. Assim, saberá a quan- tos metros ele está em relação ao nível do mar. Amazonas (dois picos), Minas Gerais e Espírito Santo. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Esses picos foram reunidos na ilustração para você poder comparar as diferentes altitudes. Porém, lembre-se de que eles estão situados em diferentes estados brasileiros. Elaborado pela autora com base em: IBGE. Atlas geográfi co escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 157, 166, 170-171, 173, 175-176. O s n i d e O liv e ir a /A rq u iv o d a e d it o ra Neblina (AM), 2 995 m de altitude 31 de março (AM), 2 974 m de altitude Pedra da Mina (MG/SP), 2 798 m de altitude Bandeira (MG/ES), 2 891 m de altitude Paraná (PR), 1 922 m de altitude Igreja (SC), 1 822 m de altitude Jabre (PB), 1 197 m de altitude Barbado (BA), 2 033 m de altitude Agulhas Negras (MG/RJ), 2 791 m de altitude Você viu na ilustração acima alguns picos que existem no Brasil. PICO 1. O que é um pico? 2. No estado onde você mora existe algum pico de altitude elevada? Qual é o nome dele? Pesquise e, depois, anote no caderno. Pico é a parte mais elevada de um monte ou montanha. Respostas pessoais. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Minha coleção de palavras de Geografia Não escreva no livro. 32 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Representação gráfica (altitude). Atividade 3 Definições importantes para esta atividade, que promovem o desen- volvimento de vocabulário são: pico – a parte mais elevada de um monte ou montanha (a palavra pico é trabalhada na seção Minha cole- ção de palavras de Geografia no Livro do Estudante); monte – eleva- ção significativa de uma área. Note que esta atividade estabelece cone- xões entre a altitude de picos de di- ferentes localidades, utilizando a representação gráfica. Se necessário, retome com os estu- dantes o que eles aprenderam dos nomes dos estados e as respectivas siglas. Você pode levar um mapa po- lítico do Brasil em que constam dessas informações e pedir aos estudantes que identifiquem cada um deles. Para o item b, é possível obter a informação sobre a altitude do muni- cípio onde vivem os estudantes na prefeitura ou na internet. Estimule-os a buscar a resposta antes de disponi- bilizar a informação. Minha coleção de palavras de Geografia Com as atividades da seção, espe- ra-se estimular o desenvolvimento do vocabulário e aprofundar o co- nhecimento geográfico dos estudan- tes. Na seção O que estudamos, que encerra cada unidade, as palavras- -chave serão retomadas e sistemati- zadas. É importante reforçar aos estudan- tes que o sentido das palavras traba- lhadas deve estar ligado aos conteúdos estudados. Colecionar objetos, como chavei- ros, gibis, bonecos, papel de carta ou figurinhas, faz parte do universo das crianças. O hábito de colecionar algu- ma coisa estimula a observação, a organização, a disciplina, a responsa- bilidade e a curiosidade, servindo para fins educativos. Atividade 2 Caso a escola disponha de sala de informáti- ca, verifique a possibilidade de uso para a reali- zação da atividade. Outra possibilidade é o uso de mapas de relevo do estado em que a escola está localizada. 64 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 645ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 64 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 4. Veja na ilustração a seguir a altitude de alguns dos picos mais elevados do mundo. a) Um desafio para você: imagine-se primeiro em uma praia – no nível do mar – e, depois, no alto do monte Everest. Sua altura seria a mesma ou mudaria? Por quê? b) Compare o pico mais elevado do Brasil com o pico mais elevado do mundo. Qual é a diferença de altitude entre eles? Registre no caderno. c) Vamos fazer agora um gráfico com as diferentes altitudes dos picos mais elevados do mundo. Copie o gráfico no caderno e complete-o com os dados dos outros picos. Represente também o pico da Neblina, o mais alto do Brasil. A altura seria a mesma. O que muda é a altitude (em relação ao nível do mar), mas a altura de uma pessoa permanece a mesma. A diferença é de 5 853 m. Elaborado pela autora com base em: IBGE. Atlas geográfi co escolar. 7. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2016. p. 36, 40, 42, 44 e 46. Esses picos foram reunidos na ilustração para você poder comparar as diferentes altitudes. Porém, lembre-se de que eles estão situados em diferentes países. Branco (França e Itália), 4 807 m de altitude Quilimanjaro (Tanzânia), 5 892 m de altitude Aconcágua (Argentina), 6 962 m de altitude K2 (Paquistão e China), 8 611 m de altitude Everest (Nepal e China), 8 848 m de altitude Monte Denali – McKinley (Estados Unidos), 6 194 m de altitude In ge bo rg A sb ac h/ A rq ui vo d a ed ito ra Não escreva no livro. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra 8000 6000 4000 2000 0 K2 8611 m Everest 8848 m Altitude (em m) Picos Aconcágua 6962 m McKinley 6 194 m Quilimanjaro 5 892 m Pico da Neblina 2995 m Branco 4 807 m 33 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Representação gráfica (altitude). Atividade 4 No item a, espera-se que os estu- dantes indiquem que sua altura seria a mesma. O que muda é a altitude (em relação ao nível do mar), mas a altura permanece a mesma. Aproveite estas atividades para trabalhar em conjunto com o compo- nente curricular Matemática. No item b, peça aos estudantes que anotem as medidas do Everest e do pico da Neblina, para depois rea- lizarem o cálculo. Para avaliação Atividade 4. c) Esta atividade trabalha com no- ções de altitude, proporção e repre- sentações gráficas, por meio da transposição de informações de uma ilustração tridimensional para um grá- fico bidimensional. Oriente os estudantes no uso da escala vertical, na qual as altitudes estão expressas em metros e cada intervalo indica 1 000 metros. Espera- -se que eles representem proporcio- nalmente no gráfico as altitudes dos picos mais elevados do mundo. Para remediar possíveis dificulda- des, proponha a elaboração de novos gráficos, nos quais os estudantes de- verão representar, em proporção, objetos de uso cotidiano. Veja, na base da página, as rubricas das atividades que auxiliam na avalia- ção dos estudantes. O. P. Critério de avaliação Desempenho Justificativa 2 O estudante representou as informações da ilustração por meio de um gráfico proporcional? Desenvolvido O estudante transpôs corretamente todas as informações das ilustrações para um gráfico proporcional. Desenvolvido parcialmente O estudante transpôs as informações da ilustração para o gráfico, mas não representou todas as colunas proporcionalmente. Em desenvolvimento O estudante não transpôs as informações para o gráfico. 65 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 655ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 65 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Representando alturas e altitudes Você já pensou em como podemos representar as diferentes altitudes da superfí- cie terrestre no mapa, que é plano? Para entender como isso é possível, primeiro acompanhe os exemplos com a altura. Depois, trabalharemos com a altitude. 1. Observe as duas fotos a seguir. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. a) Com auxílio do professor, identifique, na foto 2, a parte mais elevada e as partes mais baixas. Para identificar a parte mais elevada e a parte mais baixa, foi pintada a parte interna decada curva com uma cor diferente, como podemos ver na ilustração 3. Cada cor representa uma altura diferente. b) Agora você vai fazer o desenho da sua mão, seguindo as mesmas etapas que foram mos- tradas nas três imagens anteriores. Depois de pronto, cole seu desenho no caderno. Foram traçadas três curvas sobre a mão fechada para mostrar alturas diferentes. Faça o mesmo: feche sua mão e trace as três curvas, como na foto acima. Agora fique com a mão aberta, como na foto acima. Olhando para a foto, você consegue identificar a curva que corresponde à parte mais elevada da mão? E a curva da parte mais baixa? F o to g ra fi a s : A c e rv o d a a u to ra /A rq u iv o d a e d it o ra 1 2 3 Não escreva no livro. A c e rv o d a a u to ra /A rq u iv o d a e d it o ra 34 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Imagem tridimensional e imagem bidimensional. • Representação gráfica (altitude). Atividade 1 O encaminhamento desta ativida- de é de fundamental importância por trabalhar com sequência de imagens e fotografias para o entendimento da passagem da imagem tridimensio- nal para a imagem bidimensional. Essa construção conceitual permite aos estudantes que avaliem poste- riormente as representações de diferentes paisagens quando repre- sentadas no papel (bidimensional). A parte mais elevada da mão tem uma curva menor. As outras duas partes são mais baixas e, portanto, têm curvas maiores. Na fotografia 2, chame a atenção para a curva menor, no centro, que representa a parte mais elevada da mão quando fechada. É ideal que os estudantes realizem o processo descrito nesta atividade em sua própria mão. Inicialmente, fica mais fácil perceber as diferentes altu- ras da mão quando fechada se os estudantes a observarem de lado. É importante que os estudantes usem o próprio corpo. As noções de alfabetização car- tográfica desenvolvidas são: passa- gem da imagem tridimensional para a bidimensional e, consequentemente, a representação das diferentes paisa- gens, com suas diferentes altitudes. O objetivo aqui é o entendimento da passagem/representação do espa- ço tridimensional para o espaço bidi- mensional. Estimule a comparação entre as duas situações mostradas na página 34 do Livro do Estudante e auxilie os estudantes para que percebam a di- ferença. Na fotografia 1, com a mão fechada, eles conseguem ver nitida- mente a parte mais elevada e a mais baixa. No plano, ao abrir a mão (foto- grafia 2), só percebem uma curva dentro da outra; fica difícil saber o que é mais elevado e o que é mais baixo. Os estudantes poderão ter dificul- dade em identificar a altura das for- mas representadas no papel vegetal. Este é um dos procedimentos mais complexos da alfabetização cartográfica, pois envolve a passagem da realidade (tridi- mensão) para a representação no plano (bidi- mensão) e sua aplicação na leitura dos mapas de altitudes e de relevo. Desenvolva pausadamente as etapas da ati- vidade, em que se trabalha primeiro um exem- plo com a altura. O objetivo é que os estudantes compreendam cada noção e consi- gam, depois, ler com tranquilidade e segurança a base física de uma paisagem, representada por curvas de nível e depois pela hipsometria (representação da altitude por meio de cores). 66 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 665ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 66 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 2. Também podemos representar diferentes alturas no plano (no papel) utilizando maquetes. Em grupos, acompanhem o passo a passo e sigam as instruções. Não escreva no livro. 15 10 0 5 0 5 placa 3 linha de base da placa 1, altura 0 (zero) Il u s tr a ç õ e s : A c e rv o d a a u to ra /A rq u iv o d a e d it o ra Do mesmo modo que foi feito na atividade da página anterior, copie o desenho em uma folha e pinte-o usando cores claras e cores mais escuras. Depois, faça uma legenda com essas cores para identificar as alturas. Observe como ficou o desenho. As curvas aparecem uma dentro da outra. Você consegue saber qual representa a parte mais elevada e qual representa a mais baixa? Converse sobre isso com os colegas. Continue traçando linhas de referência em verde na cartolina, pois elas vão ajudar a colocar as placas de isopor no lugar certo. Passe a sua maquete para o papel – da parte mais baixa (base) para a mais elevada (topo), uma parte de cada vez. Contorne cada placa. Sobre uma cartolina, coloque uma placa de isopor, que servirá de base (placa 1); sobre ela, coloque outras três placas menores, montando a maquete. Trace linhas de referência (veja as linhas em verde). Observe que há partes mais elevadas e partes mais baixas. placa 4 placa 3 placa 2 placa 1 cm 15 10 5 0 4 3 2 1 A C B D 5 10 15 0 1 2 3 4 35 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Imagem tridimensional e imagem bidimensional. Atividade 2 É importante que os estudantes realizem em grupo a confecção da maquete montada com placas de isopor ou outro material adequado. Cada placa de isopor deve ter 5 cm de espessura. Auxilie os estudantes cortando previamente as placas de isopor em formato arredondado, po- rém irregulares, uma menor do que a outra, para facilitar a montagem da maquete. Conforme o desenvolvi- mento da turma, você poderá criar um modelo na sala, ir chamando os estudantes para participarem da montagem e do traçado das curvas e, no fim, trabalhar a representação da imagem D. Para fazer essa maquete, use a ba- se das curvas da página 34 do Livro do Estudante ou a própria base indi- cada na página 35 do Livro do Estu- dante (que é um pouco mais complexa). As linhas verdes são auxiliares e devem ser usadas apenas como refe- rência. Depois, poderão ser apagadas. Trace-as bem de leve. Os estudantes poderão usar: cor 1 – amarelo-claro; cor 2 – amarelo-es- curo; cor 3 – alaranjado; cor 4 – mar- rom-avermelhado. Faça a leitura da legenda (etapa D) com os estudantes: o amarelo-claro indica a altura de 0 a 5 cm; o amarelo-escuro indica a altu- ra de 5 cm a 10 cm; o alaranjado, a altura de 10 cm a 15 cm; e o marrom- -avermelhado, acima de 15 cm. Essas são as cores geralmente utilizadas para representar diferentes altitudes em mapas. É importante analisar com os estudantes que as cores claras in- dicam as menores alturas da maque- te e as cores mais escuras representam as maiores alturas. Considerando que cada placa me- de 5 cm de espessura e que há quatro placas, teremos as alturas de 0, 5 cm, 10 cm e 15 cm, que correspondem à base de cada placa. Pergunte aos es- tudantes: “Se um colega de outra classe olhasse o desenho, ele saberia dizer qual é a parte mais elevada? E a mais baixa?”. 67 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 675ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 67 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 3. Você já viu como representar alturas nas atividades anterio- res. Agora, você vai represen- tar altitudes em um plano (no papel). Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. 300 m 200 m 100 m 0 R ic a rd o A zo u ry /P u ls a r Im a g e n s 395 m a) Observe acima a foto do morro do Pão de Açúcar com a indicação das altitudes. Agora, veja a seguir a figura onde estão representadas as curvas de nível, ou seja, as linhas que unem os pontos de mesma altitude do morro. Morro do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, 2016. Legenda m 300 200 100 0 4 3 2 1 395 m topo do morro (pico) 4 3 2 1 B a n c o d e im a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra b) Utilizando essas curvas de nível, faça no caderno o mapa de altitudes do morro do Pão de Açúcar de acordo com os seguintes passos: • Copie as curvas de nível do Pão de Açúcar em uma folha de papel vegetal.Pinte os espaços entre as curvas de nível. Lembre-se: as partes mais baixas devem ser pintadas com cores mais claras e as mais elevadas, com cores mais escuras. • Faça a legenda, preenchendo os quadrinhos ao lado das curvas de nível com as cores correspondentes. • Identifique o que está representado pelo símbolo e anote junto das curvas de nível. Cole o seu desenho no caderno. Não escreva no livro. 44444 333 222 1111 B a n c o d e im a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra 36 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Imagem tridimensional e imagem bidimensional. Atividade 3 Lembre os estudantes de que a altitude é medida a partir do nível do mar. O referencial de altitude no Bra- sil está em Imbituba, em Santa Cata- rina. Para o item b, oriente os estudan- tes a usarem as cores indicadas na página 35 do Livro do Estudante. Atualmente, para definir as curvas de nível de um terreno, trabalha- se com sistemas computadorizados, de alta tecnologia, que definem a altitude e fazem o traçado das curvas. As situa- ções apresentadas nos exemplos servem apenas para facilitar a com- preensão do conteúdo por parte dos estudantes, em um modelo didático adaptado para essa faixa etária. 68 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 685ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 68 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Brasil: físico Cabo Frio Cabo de S. Tomé Pta. do Seixas I. de Santa Catarina I. de S. Sebastião I. Grande Arq. dos Abrolhos Arq. Fernando de Noronha Atol das Rocas I. de Marajó Ilha do Bananal Laguna dos Patos Lagoa Mirim Arroio Chuí PL AN AL TO D A BO RB OR EM A CHAPADA DOS PARECIS SA. D O C AI A PÓ S E R R A G E R A L SA . DA MANT I Q U E I R A ES P IG Ã O M E S T R E S A . D O E S PI N HA ÇO C H A P A D A D IA M AN T IN A S ER RA DO M AR R io A ra gu aia R io To ca nt in s Rio Ja var i Rio Guaporé Rio Japurá Rio A ma zonas Ri o Ta pa jó s R io Jari R io P ar a g u a i Rio P araíb a do S ul R io U ru gu a i Ri o Pa ran aíba Rio Negro R io Solimões R io M ad eir a R io S ão Fr ancisc o Ri o Do ce Pico da Neblina 2 995 m Pico 31 de Março 2 974 m Mte. Roraima 2 734 m Mte. Caburaí 1 456 m Pico da Bandeira 2 891 m Pedra da Mina 2 798 m Morro da Igreja 1 822 m Agulhas Negras 2 791 m Serra do Barrado 2 033 m R io P uru s R io das Contas S E R R A G RA N D E R io T o ca n ti ns R io P ar na íb a Rio Tietê Rio Paranapanema Rio Grande Ri o Pa ra ná Rio J ag ua rib e R io X in g u R io B ra nc o Rio Ju ruá OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO EQUADOR 55º O 0º PLANÍCIE DO PANTANAL P L A N Í C I E A M A Z Ô N I C A P LA NÍ CI E C O S T E IR A Rio O ia po qu e 800 200 100 Pico 0 LEGENDA Altitude (metros) ESCALA Quilômetros 0 380 760 TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO CHAPADA DO ARARIPE C O N TAM ANA SA. DA SA. DO CA CH IM B O SA. DOS PACAÁS NOVOS S A . D O R O N C A D O R SA. DA C AN AS TR A S ER RA G ER A L S A . D O S C A R A JÁ S SERRA GERAL SA . D E M A R A C A JU S A . PARIMA S ERRA TUMUCUMA QU E SA. PACAR AIMA SA. ACARAÍ 4. Observe agora o mapa do Brasil e veja como estão representadas as diferentes altitudes. Não escreva no livro. a) De acordo com o mapa, quais são as altitudes predominantes no Brasil? b) Coloque uma folha de papel transparente sobre o mapa. Copie, de forma simplificada, o contorno do Brasil e as áreas de maior altitude. Depois, pinte essas áreas. c) Volte à página 26 e copie a rosa dos ventos em papel transparente. Coloque-a no centro do mapa e responda no caderno às questões a seguir. • Em que direção fica o pico mais elevado do Brasil? • Qual é o nome e a altitude desse pico? • Qual é o pico ou morro mais próximo do lugar onde você mora? Qual é a altitude dele? As altitudes predominantes no território brasileiro estão situadas entre 200 e 800 metros. Na direção noroeste do Brasil. Pico da Neblina, com 2 995 metros. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Elaborado pela autora com base em: Passagem da técnica de sombreamento para isolinhas. IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 88 e 155-180. B a n c o d e im a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra predominante: que ocorre em maior quantidade. 37 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Imagem tridimensional e imagem bidimensional. Atividade 4 Explique aos estudantes que um mapa físico representa altitudes, for- mas de relevo e rios. Em etapas pos- teriores, poderão ser trabalhadas as diferentes paisagens em cada um desses conjuntos naturais. Essa técnica de representação de altitudes é a mais utilizada e aparece em vários livros didáticos e atlas geo- gráficos. É a representação da altitude por meio das cores. Trata-se de uma técnica bastante complexa no seu entendimento e por isso deve ser trabalhada paulatina- mente e em anos mais avançados no Ensino Fundamental I. Aqui, inicia-se com altura até chegar à altitude. Para o item a, encaminhe a leitura do mapa destacando o predomínio da cor alaranjada ou marrom mais claro. Para o item b, verifique se os estu- dantes compreenderam a represen- tação das diferentes altitudes e incorporaram a passagem do espaço tridimensional para o bidimensio- nal. As áreas estão assinaladas no mapa. Os estudantes deverão contornar somente as áreas acima de 800 me- tros, indicadas com a cor marrom mais escura, de forma bem simples. Não é preciso copiar todos os deta- lhes do contorno, e sim a mancha geral e fazer uma mancha estilizada. Para o item c, oriente os estudantes a copiar a rosa dos ventos da página 26 do Livro do Estudante em papel vegetal e em tamanho pequeno. So- licite que guardem a rosa dos ventos, que poderá ser usada posteriormente. Oriente os estudantes a observar que os picos e os montes estão loca- lizados nas áreas mais elevadas, indi- cadas pela cor marrom mais escura (nesse caso, acima de 800 metros de altitude). 69 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 695ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 69 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 2 CAPÍTULO Representação do espaço urbano C lá u d io C h iy o /A rq u iv o d a e d it o ra Para iniciar Com a orientação do professor, formem grupos e leiam em voz alta o trecho da letra da canção a seguir. 1. Você conhece o jogo de botões? Já brincou disso alguma vez? Na cidade onde você mora, as crianças brincam desse jogo sobre as calçadas? 2. Você sabe o que é uma igreja matriz? A cidade onde você mora tem uma? Ela é antiga? Onde se localiza? 3. Na letra da canção que você leu, quem está relembrando o passado? Quais são os principais sentimentos dessa pessoa? 4. Leia em voz alta para os seus avós e seus pais o trecho da letra da canção e pergunte quais eram as brincadeiras da infância deles. Você brinca da mesma forma que eles brincavam? Respostas pessoais. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Respostas pessoais. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. A pessoa é um adulto, que parece ter mudado de município e sente saudade de quando era criança em Miraí. Respostas pessoais. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Não escreva no livro. Meus tempos de criança Eu daria tudo que eu tivesse Pra voltar aos tempos de criança Eu não sei pra quê que a gente cresce Se não sai da gente essa lembrança Aos domingos, missa na matriz Da cidadezinha onde eu nasci Ai, meu Deus, eu era tão feliz No meu pequeninoMiraí [...] Eu, igual a toda meninada Quanta travessura que eu fazia Jogo de botões sobre a calçada Eu era feliz e não sabia ALVES, Ataulfo. 8 sucessos de Ataulfo Alves e suas pastoras. Rio de Janeiro: Sinter, 1956. 1 LP. Faixa 5. Meus tempos de criança 8 sucessos de Ataulfo Alves e . Rio de Janeiro: Sinter, 1956. 1 LP. Faixa 5. 38 Orientações didáticas Nas representações urbanas, tema central deste capítulo, serão vistas as transformações nos espaços urbanos e alguns problemas decorrentes do crescimento desordenado. As conexões entre as cidades evi- denciam o processo de urbanização. A megalópole em formação Rio de Janeiro-São Paulo/Campinas é o me- lhor exemplo desse processo. Para iniciar Se houver possibilidade, é interes- sante proporcionar um momento para os estudantes escutarem a can- ção “Meus tempos de criança”. Essa canção foi criada em 1957 e fala das mudanças que ocorrem nas cidades. Provavelmente, os estudantes estra- nharão o arranjo musical, mas é im- portante escutá-la para ampliar o repertório cultural deles dentro da tradição da música popular brasileira. A letra da canção tem por objetivo sensibilizar os estudantes em relação às memórias, adentrando no universo entre o passado e o presente que permeia as transformações urbanas. Atividade 1 Pergunte aos estudantes do que eles brincam nas calçadas, se eles imaginam que todas as crianças da cidade brincam das mesmas brinca- deiras nas ruas, ou se há diferenças nos tipos de brincadeira em diferen- tes bairros. É importante ressaltar que existem muitas diferenças estruturais, econômicas, sociais e culturais entre as cidades e dentro delas, nos bairros. Em geral, é comum que os espaços mais urbanizados apresentem intenso tráfego de veículos e meios de trans- porte coletivos, além de muitos objetos estruturais nas calçadas, como pontos de ônibus, lixeiras, postes, telefones públicos, entre outros. Dessa forma, a calçada e as ruas passaram a ter pouco espaço para as crianças brincarem. Atividade 2 Verifique se os estudantes sabem o que é uma Igreja Matriz. Em caso de respostas negativas, explique a eles que uma Igreja Matriz se refere à pri- meira igreja da cidade e que, em inúmeros casos, diversas cidades bra- sileiras surgiram em seu entorno. Aproveite para descrever a idade e a localização da Igreja Matriz da sua cidade. Atividade 4 A atividade permite o desenvolvimento da literacia familiar, por meio do trabalho com a fluência em leitura oral do trecho da canção de Ataulfo Alves em casa, com a presença dos familiares. O envolvimento da família nas ativi- dades de leitura em voz alta e de reflexão são considerados essenciais para o processo de al- fabetização. 70 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 705ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 70 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 As transformações das paisagens urbanas O município de Miraí, citado na letra da canção da página anterior, está localizado no estado de Minas Gerais. Ele é considerado pouco populoso, com aproximadamen- te 15 mil habitantes. Observe, nas fotos a seguir, as transformações que ocorreram na paisagem da cidade. Localize em cada uma a igreja matriz do município. A Igreja Matriz de Santo Antônio foi tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Minas Gerais no ano de 2005, com o objetivo de pre- servar parte da história da cidade. Quando dizemos que um edifício foi tombado pelo Patrimônio Histórico, significa que ele deve ser conservado, cuidado e não pode ser alterado por reformas sem autorização dos órgãos competentes. 1. Com base no texto e nas fotos acima, faça o que se pede. a) Compare as fotos 1 e 2. Que elementos demonstram a passagem do tempo? b) Pesquise na internet se no município ou estado onde você mora existe algum edifício ou espaço tombado como Patrimônio Histórico e Cultural. Anote as infor- mações no caderno e, depois, leia o que descobriu para os colegas e o professor. 1. a) Na foto 2, vemos que há construções no morro que não existiam na foto 1. Muitas construções da foto 1 desapareceram, dando lugar a outras, como os prédios que aparecem na foto 2. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Vista de Miraí, no estado de Minas Gerais, cerca de 1952. Ao fundo, a igreja matriz. Vista de Miraí, no estado de Minas Gerais, 2021. M ilt o n M ir a n d a /C o le ç ã o P a rt ic u la r Não escreva no livro. 1 2 W e lly n to n P e ix o to R o s a /W e p e ir o S f o to e v íd e o 39 Orientações didáticas Lembre os estudantes de que o município abrange a cidade e o cam- po. Geralmente, o município tem a parte urbana e a parte rural. A Igreja Matriz da cidade de Miraí (MG), a Paróquia de Santo Antônio, localiza-se na praça principal da cida- de, a praça Dr. Miguel Pereira, foi tom- bada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, em 2005, com o objeti- vo de preservar a história da cidade. Atividade 1 No item a, estimule os estudantes a perceberem as diferenças relacionadas tanto aos elementos naturais como, principalmente, aos elementos huma- nizados entre as duas fotografias. O item b desta atividade pode ser realizado em conjunto o componen- te curricular História, pois trabalha patrimônios históricos e culturais no lugar de vivência dos estudantes e com as razões culturais, sociais e po- líticas para que assim fossem consi- derados. É importante discutir com os estudantes qual é a relação de pertencimento e cuidado da socieda- de com o patrimônio histórico iden- tificado. Verifique a existência de patrimô- nios no seu município ou estado. Como estão conservados? Por que foram tombados? Como se inserem no município ou estado atualmente? O conteúdo da página 39 do Livro do Estudante contribui para o desen- volvimento da habilidade EF05GE08, ao analisar transformações nas paisa- gens, comparando fotografias de dife- rentes épocas. BNCC Orientações gerais 71 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 715ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 71 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 2. Observe e compare as fotos a seguir, que mostram uma praia do Recife, no estado de Pernambuco, em épocas diferentes. Depois, leia o relato de um arquiteto e urbanista que mora no Recife há anos e fala das mudanças urbanas. Não escreva no livro. Praia de Boa Viagem no Recife, no estado de Pernambuco, 2021. Praia de Boa Viagem no Recife, no estado de Pernambuco, 1950. B e n íc io W h a tl e y D ia s /A c e rv o F u n d a j a) Em qual das fotos a praia de Boa Viagem tem mais elementos naturais? Por quê? b) Segundo o texto, o que ocorreu na praia de Boa Viagem quando o povoado deu lugar a moradias? Na foto 1, é possível identificar mais elementos naturais do que culturais, em especial à esquerda e ao fundo, onde há vegetação na foto 1 e prédios na foto 2. Basicamente, ocorreu a verticalização. [...] Eu me lembro de que Boa Viagem, em 1945, era exclusivamente a avenida e um peque- no retorno na direção para o centro [...]. O bairro era um povoado [...] distante. Aos poucos, foi mudando. Passou de lugar de banho para ter casas grandes [...]. E, quando muda o conceito de praia para moradia, verticaliza. Eu imagino que a verticalização tenha começado nas décadas de 1950 e 1960 mesmo. Hoje [...] Boa Viagem não é a praia. Você tem a praia, mas ninguém quer saber dela, porque ela não tem as mesmas condições salutares daquela época. MENEZES, José Luiz Mota. A evolução do Recife. Disponível em: tedit.net/n4naXJ. Acesso em: 21 jun. 2021. Neste capítulo, estamos estudando características dos ambientes urbanos. CIDADE 1. O que significa a palavra acima? 2. Qual é a diferença entre cidade e município? 2. O município é um ente federativo definido na Constituiçãofederal. É a esfera mais local de poder, ao lado dos estados e da União. A maioria dos municípios brasileiros é formada por uma parte urbana (cidade) e uma parte rural (campo), administradas por um prefeito. Assim, o município é uma unidade administrativa mais abrangente, que engloba a cidade e o campo. Alguns municípios brasileiros só têm área urbana. Cidade corresponde, de modo geral, à área urbana do município. Minha coleção de palavras de Geografia L e o C a ld a s /P u ls a r Im a g e n s 1 2 40 Orientações didáticas A leitura das fotografias e do texto, que traz um depoimento sobre a praia de Boa Viagem de antigamente, e a resolução das atividades propos- tas favorecem o desenvolvimento do vocabulário e a compreensão de textos. Atividade 2 O município do Recife, no estado de Pernambuco, contava, no último censo demográfico realizado pelo IBGE, com mais de 1,5 milhão de habi- tantes. Sua região metropolitana tinha, em 2018, também segundo o IBGE, cerca de 4 milhões de habitantes. Explique aos estudantes que a ver- ticalização é um processo caracte- rístico dos grandes centros urbanos, que permite que em uma parcela menor de terreno sejam construídas múltiplas moradias ou salas para os prestadores de serviços, como con- sultórios médicos e escritórios. Na maioria das situações ocorre valorização imobiliária, pois um pré- dio vertical contém mais unidades do que um conjunto de casas e, por esse motivo, é mais lucrativo para o cons- trutor, além de, normalmente, valori- zar o bairro em que foi construído. Explique que os edifícios foram cria- dos para produzir mais espaços habi- táveis em áreas urbanas densas, onde existem poucos espaços para ocupa- ção do solo. Em relação ao item a, comente com os estudantes que, desde mea- dos do século XX, as transformações das paisagens se intensificaram, o que propiciou a existência de paisagens com predominância de elementos culturais nas cidades. Minha coleção de palavras de Geografia Segundo o IBGE, cidade é o distri- to sede do município (parte urbana). Pode ser entendida como o lugar que concentra a oferta de serviços de in- fraestrutura urbana, consumo, cultu- rais, religiosos, entre outros. O conteúdo da página 40 do Livro do Estudan- te, além de contribuir para o desenvolvimento da habilidade EF05GE08, ao analisar transformações nas paisagens, comparando fotografias de diferen- tes épocas, contribui para o desenvolvimento da habilidade EF05GE03, ao permitir a identificação das funções das cidades e a análise de mudanças sociais e ambientais em razão do seu crescimento. BNCC Orientações gerais 72 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 725ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 72 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 O crescimento das cidades Vimos que, com o passar do tempo, as paisagens urbanas podem sofrer muitas transformações: construções são erguidas, antigas construções são demolidas ou re- novadas, e o espaço nas cidades é ocupado de forma cada vez mais intensa. Na maior parte das cidades brasileiras essas transformações ocorrem de forma rá- pida e espontânea, sem planejamento. Esse crescimento desordenado costuma gerar problemas que comprometem a qualidade de vida de seus habitantes. A construção de moradias e indústrias em áreas de encostas, de mananciais ou sem infraestrutura está diretamente relacionada a problemas ambientais, como a erosão do solo, a po- luição dos rios e córregos, entre outros. Esses problemas afetam a vida da população, que sofre com doenças e falta de moradia e saneamento adequados. Veja a foto ao lado. Moradias à beira de córrego poluído por esgoto, em Vila Velha, no estado do Espírito Santo, 2019. 1. Analise a charge e, depois, converse com os colegas e o professor. a) Qual é o significado da palavra cidadania? b) Que problema característico das grandes cidades brasileiras é retratado na charge? c) Como esse problema afeta a qualidade de vida dos habitantes desses lugares? 2. Em sua opinião, qual é a relação entre os problemas retratados e o exercício da cidadania? Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. 1. a) De forma geral, cidadania é a qualidade de ser cidadão com consciência de seus direitos e deveres. Significa também participar da sociedade, com uma atuação sempre ativa. É uma condição que envolve as pessoas e o governo. Não escreva no livro. Iv a n C a b ra l/ A c e rv o d o c a rt u n is ta CABRAL, Ivan. Disponível em: https://tedit. net/E3hH5h. Acesso em: 22 jan. 2021. 1. b) A charge retrata a ocupação irregular de áreas de encosta e os deslizamentos de terra. 1. c) Os habitantes de lugares como esse vivem inseguros, pois podem perder suas moradias e suas vidas. D e lfi m M a rt in s /P u ls a r Im a g e n s 41 Ao permitir a identificação das funções das cidades e a análise de mudanças sociais e ambientais em virtude de seu crescimento, o conteúdo da página 41 do Livro do Estudante contribui para o desenvolvimento da habilidade EF05GE03. Contribui, também, para o desenvolvimento da habilidade EF05GE11, ao possibilitar a identificação de problemas ambientais na cidade ocasionados pelos seres humanos. Ao trabalhar o direito à moradia, são desenvol- vidas também as competências CG1, CECH1 e CEG7. BNCC Orientações gerais Orientações didáticas Converse com os estudantes sobre possíveis causas e consequências dos problemas urbanos retratados nas imagens da página 41 do Livro do Estudante. De forma geral, as popu- lações menos favorecidas se instalam em áreas de risco e sem infraestru- tura, pois os terrenos são menos va- lorizados e, portanto, mais baratos. Além disso, muitas dessas áreas são ocupadas de forma irregular. A ausên- cia de coleta de lixo, por exemplo, provoca o acúmulo de lixo às mar- gens dos rios, poluindo as águas e expondo os moradores a doenças. A ocupação de encostas, por sua vez, pode causar deslizamentos e aciden- tes graves, muitas vezes fatais. Atividade 1 No item a, caso os estudantes en- contrem dificuldade em dizer o que entendem por cidadania, dê exem- plos de situações em que podemos praticá-la. Se necessário, consulte, com a turma, um dicionário e peça aos estudantes que leiam a definição da palavra em voz alta. Para o item b, em roda de conver- sa, questione a turma sobre proble- mas recentes causados pela ocupação irregular de encostas no lugar onde vivem ou em outros lugares, veicula- dos pela grande mídia. No item c, comente com os estu- dantes que para ocupar de áreas de encosta é preciso retirar a cobertura vegetal do terreno, deixando-o mais vulnerável à erosão. Quando há chuvas intensas, ocorrem os desliza- mentos de terra, que destroem as moradias e podem causar graves acidentes, com vítimas fatais. Isso quer dizer que, se a população tives- se seu direito à moradia atendido adequadamente, não precisaria ocu- par áreas de forma ilegal, nem correr riscos de acidentes graves. Atividade 2 Os estudantes poderão citar que as pessoas que vivem em áreas irre- gulares estão privadas de seus direi- tos, já que o acesso à moradia digna é um dos direitos humanos funda- mentais. Elas vivem em estado de alerta e convivem com a ameaça de ver suas casas desmoronarem. O poder público, por sua vez, em mui- tos casos não oferece a assistência necessária à população mais pobre. A página 41 do Livro do Estudante apresenta casos de problemas am- bientais que afetam a qualidade de vida – um direito fundamental do ser huma no –, trabalhando assim o tema contemporâneo transversal Educação em direitos humanos. Tema contemporâneo transversal 73 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 735ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 73 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Cidades planejadas Ao contrário da maioria das cidades, que crescem de forma espontânea,existem cidades que foram planejadas para cumprir determinadas funções e para que as pes- soas tivessem melhor qualidade de vida. No Brasil, um exemplo muito importante de cidade planejada é a capital do país, Brasília. 1. Em casa, leia em voz alta esta notícia sobre Brasília. Depois, na sala de aula, formem grupos e leiam o texto novamente. Em seguida, façam as atividades. Não escreva no livro. Você, por exemplo, poderia imaginar que ela foi construída em apenas quatro anos? […] Ou que Brasília foi feita para ser uma cidade diferente de qualquer outra? […] Cidade planejada, que nasceu primeiro na imaginação e nas pranchetas dos arquitetos, Brasília foi erguida para substituir o Rio de Janeiro como sede do poder brasileiro. […] Lúcio Costa pensou a capital com o formato de um avião. Entre outras caracte- rísticas, a cidade seria cortada por duas vias expressas principais e dividida em setores dedicados a atividades específicas (setor hoteleiro, bancário, comercial etc.). […] a prin- cipal área residencial seria organizada em grandes quarteirões (as superquadras) […]. FIGUEIRA, Mara. Parabéns, Brasília! Ciência Hoje das Crianças. Disponível em: https://tedit.net/WaZyqc. Acesso em: 21 jun. 2021. a) A cidade de Brasília foi planejada e construída para cumprir qual função? b) Como surge uma cidade planejada? 2. Desenhe no caderno como você imagina ser uma cidade “em formato de avião”. Lembre-se de incluir elementos como residências, comércio, escolas, ruas, etc. 3. Faça uma pesquisa na internet sobre a praça dos Três Poderes, que está no Plano Piloto de Brasília. Em seguida, responda no caderno: A praça dos Três Poderes abriga as sedes dos três poderes da República. São eles: a) Palácio do Planalto (Poder Executivo), Congresso Nacional (Poder Legislativo) e Supremo Tribunal Federal (Poder Judiciário). b) Palácio da Alvorada (Poder Legislativo), Catedral Metropolitana de Brasília (Poder Religioso) e Palácio Itamaraty (Poder Judiciário). c) Supremo Tribunal Federal (Poder Executivo), Palácio da Alvorada (Poder Legisla- tivo) e Palácio do Planalto (Poder Judiciário). d) Palácio Itamaraty (Poder Executivo), Catedral Metropolitana de Brasília (Poder Religioso) e Palácio do Planalto (Poder Judiciário). A cidade de Brasília foi construída para ser a capital do Brasil. 1. b) Uma cidade planejada surge primeiro no projeto dos arquitetos e planejadores. Ela nasce a partir de uma ideia que se concretiza em um projeto que será a referência para sua construção. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. X 42 Orientações didáticas A leitura do texto jornalístico, bem como a realização das atividades que o acompanham, proporciona o de- senvolvimento da compreensão de textos, componente essencial para a alfabetização. Brasília foi planejada e construída no fim da década de 1950 e inaugu- rada em 1960. Converse com os estu- dantes sobre quantos anos Brasília tem agora, promovendo o desenvol- vimento do cálculo mental e as no- ções de numeracia. Comente com eles que outras cidades brasileiras não foram planejadas, mas tiveram suas paisagens urbanas bastante transformadas e replanejadas, como ocorreu em Curitiba (Paraná), no Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) e no Reci- fe (Pernambuco). Atividade 1 Instrua os estudantes e os estimu- le a praticar a leitura em voz alta do texto em casa atentando-os para a função específica da construção de Brasília. No momento de início da ati- vidade em sala de aula, separe-os em grupos e novamente instrua-os para a leitura atenta do texto, agora de forma silenciosa. No item a, a ideia central é que os estudantes identifiquem no texto que Brasília foi construída para ser a nova capital do Brasil, substituindo o Rio de Janeiro em sua função político e ad- ministrativa. No item b, explique o que é plane- jamento e que uma cidade conside- rada planejada surge, primeiramente, no escritório de um arquiteto. Atividade 2 Nesta atividade os estudantes de- senvolverão o conceito de mapa mental (imagens espaciais que as pessoas têm de lugares conhecidos, direta ou indiretamente). Explique que o desenho deverá ser feito de forma livre, mas que os estudantes não poderão deixar de incluir os ele- mentos indicados no enunciado. Atividade 3 Esta é uma atividade de múltipla escolha. Instrua os estudantes que, após a pesquisa reali- zada no caderno sobre a Praça dos Três Poderes, eles escolham a alternativa correta em relação à sede dos três poderes da república: Executivo (Palácio do Planalto), Legislativo (Congresso Na- cional) e Judiciário (Supremo Tribunal Federal). O conteúdo da página 42 do Livro do Estudan- te contribui para o desenvolvimento da habilidade EF05GE03, ao identificar formas e funções de Brasília, cidade planejada, e analisar as mudanças sociais e econômicas provocadas pelo seu desen- volvimento. BNCC Orientações gerais 74 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 745ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 74 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Não escreva no livro. 4. Compare as imagens a seguir e, depois, converse com o professor e os colegas. a) Se o mapa não tivesse título e as imagens não tivessem legenda, seria possível perceber que representam o mesmo espaço? De que maneira? b) Compare o desenho que você fez na atividade 2 com o desenho dos colegas. Depois, identifique elementos semelhantes entre eles e as imagens acima. 5. Brasília foi inaugurada em 1960, e o processo de urbanização foi muito rápido. Em grupos e com o auxílio do professor, pesquisem na internet como ocorreu a expansão urbana nessa região. Escrevam no caderno as informações obtidas e, depois, com- partilhem com os colegas. 4. a) Resposta pessoal. Espera-se que o estudante observe que, com exceção da imagem 1, o lago e o c onjunto de construções em formato de avião (em especial as asas) nos permitem perceber que as imagens (2 e 3) e o mapa representam o mesmo espaço. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Vista aérea do local onde foi construída a cidade de Brasília, no Distrito Federal, cerca de 1957. Mapa do Plano Piloto de Brasília, de Lúcio Costa, 1960. Imagem de satélite de Brasília, no Distrito Federal, 2017. Elaborado pela autora com base em: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara. Atlas geográfico. São Paulo: FTD, 2016. p. 113. R e p ro d u ç ã o /A rq u iv o P ú b lic o d o D is tr it o F e d e ra l M a ri o F o n ta n e lle /A c e rv o d o A rq u iv o P ú b lic o d o D is tr it o F e d e ra l 2 0 1 7 D ig it a lG lo b e /G o o g le E a rt h B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra 1 2 3 Brasília – 2016 BRASÍLIA Parque Nacional de Brasília Aeroporto Internacional Us. Hidrelétrica Paranoá Palácio da Alvorada Granja do Torto Setor Industrial Setor Esportivo Superquadras Superquadras Setor Hab. Sul Setor Hab. Norte Setor Esportivo Jardim Botânico PARANOÁ SOBRADINHO GUARÁ TAGUATINGA BANANAL RETIRO RIACHO FUNDO NÚCLEO BANDEIRANTES ASA SUL TABOQUINHA RASGADO ASA NORTE Est. Ferroviária Espl. Ministérios Catedral Pça. dos Três Poderes Lago de Paranoá Rodoviária Lagoa do Jaburu 15º 50´ S 47º 50´ O ESCALA Quilômetros 0 2 4 43 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Representação cartográfica. Atividade 4 Atividades como esta contribuem para que os estudantes desenvolvam a habilidade de analisar as transfor- mações das paisagens urbanas, compa rando diferentes tipos de re- presentação das cidades. Ao desenvolver esta atividade com os estudantes dê a eles mais algumas informações sobre Brasília. Comente que, com a eleição do presidente Jus- celino Kubitschek, iniciou-se a cons- trução de Brasília em 1956, em uma área no estadode Goiás, no centro do país. A cidade foi construída para ser a capital do Brasil. O plano urbano da capital foi idea- lizado por Lúcio Costa e a arquitetura por Oscar Niemeyer. Brasília foi inau- gurada em 21 de abril de 1960. Desde 1987 a cidade é Patrimônio Cultural da Humanidade, definido pela Unesco, pelo seu conjunto urbanísti- co e arquitetônico. No item a, espera-se que os estu- dantes reconheçam alguns elementos comuns em todas as imagens, como o formato das asas (norte e sul) do avião, e que dentro das asas as quadras da cidade são regulares, como quadra- dos ocupados por edifícios. No item b, sugira aos estudantes que deixem expostas suas criações de cidades “em formato de avião” e peça que identifiquem elementos comuns e diferentes entre as produ- ções. Depois, compare-as com o ma- pa e a imagem de satélite do plano piloto de Brasília. É importante que os estudantes compreendam que não há desenhos corretos ou melhores que os demais. Eles devem conter elementos de uma paisagem urbana. Atividade 5 A Constituição brasileira veda a divi- são do Distrito Federal (DF) em municí- pios. Assim, oficialmente, o DF é dividido em regiões administrativas, que an- tigamente, eram chamadas de cidades- -satélites. Segundo órgãos oficiais, há atualmente mais de 30 regiões adminis- trativas (RA), com acelerada expansão urbana e importante verticalização, externa à área do plano piloto. Ao possibilitar a análise de transformações na paisagem por meio da leitura de diferentes repre- sentações cartográficas do plano piloto de Brasília, o conteúdo da página 43 do Livro do Estudante contribui para o desenvolvimento da habilidade EF05GE08. BNCC Orientações gerais 75 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 755ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 75 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. As conexões entre as cidades Aproximadamente 75% dos municípios brasileiros têm até 20 mil habitantes, ou seja, a maioria das cidades brasileiras é pequena. No entanto, menos de 20% da população do país vive nessas cidades. Isso significa que a maior parte da população brasileira vive concentrada nas cidades médias e grandes. A vida de quem mora em uma cidade pequena está bastante conectada às cidades maiores, que possuem uma oferta maior de serviços básicos de saúde, educação, la- zer, entre outros. As cidades médias e grandes também estão conectadas entre si, tanto por ligações físicas, como rodovias, portos e aeroportos, quanto por influência financeira, econômi- ca, de informação, de saúde e cultural. Algumas cidades brasileiras cresceram rapidamente e hoje possuem um grande número de habitantes, atividades econômicas diversificadas e intenso fluxo de comu- nicação e serviços. São as metrópoles. No Brasil, a maioria das metrópoles corresponde às capitais dos estados. No entorno das metrópoles agrupam-se vários municípios, formando uma região metropolitana. 1. Observe o mapa a seguir. Depois, responda às questões no caderno. Elaborado pela autora com base em: IBGE. Arranjos populacionais e concentrações urbanas do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. p. 52. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra Brasil: população das principais regiões metropolitanas – 2010 TRÓPICO DECAPRICÓRNIO EQUADOR DISTRITO FEDERAL BELÉM FORTALEZA RECIFE SALVADOR RIO DE JANEIRO SÃO PAULO CURITIBA PORTO ALEGRE GOIÂNIA BELO HORIZONTE LEGENDA Habitantes 20 000 000 10 000 000 4 000 000 2 500 000 55º O 0° OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO ESCALA Quilômetros 0 580 1160 a) De acordo com o mapa, quais são as duas regiões metropolitanas brasileiras com maior população? b) O município onde você mora faz parte de alguma região metropolitana? Em caso positivo, qual? São Paulo e Rio de Janeiro. A resposta pode ser obtida pela leitura direta dos círculos. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Não escreva no livro. 44 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Representação cartográfica. De acordo com dados do IBGE, de 2019, 68% dos municípios brasileiros têm até 20 mil habitantes. No mesmo ano, 57% da população brasileira se concentrava em apenas 6% das cida- des. Assim, a maioria da população brasileira está concentrada nas cida- des médias e grandes. Segundo o IBGE, metrópole é uma cidade de grandes dimensões, com alto número de habitantes e que cen- traliza a maior parte das atividades terciárias (comércio e serviços) de sua região e/ou de seu país. Encontra-se nos altos níveis hierárquicos de uma rede urbana. De forma genérica, podemos as- sociar a metrópole à grande cidade, que concentra fluxos de pessoas, mercadorias, capital e informações. A metrópole tem como uma de suas características a velocidade e a acele- ração de fluxos (PAULA, Flávia M. de A.; CAVALCANTI, L. de S.; SOUZA, V. C. (org.). Ensino de Geografia e metrópole. Goiânia: América, 2014. p. 15, 21). As primeiras regiões metropolita- nas do Brasil foram instituídas por meio da Lei Complementar Federal n. 14, de 8 de junho de 1973, na qual foram estabelecidas oito regiões me- tropolitanas. Atualmente esse núme- ro é bem maior. Atividade 1 O mapa desta atividade apresenta símbolos proporcionais que são os meios mais eficientes para apresentar fenômenos quantitativos. Nesse ti- po de mapa, são inseridos círculos em tamanho proporcional ao volume ou à quantidade da variável (que nesse caso é a população absoluta das prin- cipais regiões metropolitanas brasi- leiras em 2010). No item a, explique aos estudantes o que cada círculo representa, bem como a quantidade de população que cada tamanho dos círculos indica. No item b, caso o município do es- tudante não faça parte de nenhuma região metropolitana, sugira que com- plete a resposta identificando a região mais próxima do seu município. Texto complementar Leia o conceito de megarregião apresentado por uma importante geógrafa brasileira. Para que uma dada área se constitua como uma região é indispensável haver uma unidade interna, uma coesão, ou seja, a constituição de uma totalidade. É importan- te observar que essa unidade e integração não é definida pela continuidade de elemen- tos espaciais, nem pela homogeneidade de fenômenos, mas pela integração que apre- sentam. [...] No sudeste do Brasil, ao longo da costa atlântica, as metrópoles do Rio de Janeiro e de São Paulo constituem a prin- cipais cidades de uma megarregião. Aí se desenvolve a urbanização regional de maior expressão no Brasil e no hemisfério sul. Da região do entorno, ao longo da costa, indo em direção a Juiz de Fora, penetrando pelo 76 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 765ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 76 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Região Metropolitana de São Paulo – 2010 OCEANO ATLÂNTICO 47º O TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO ESCALA Quilômetros 0 14 28 CAJAMAR CAIEIRAS OSASCO CARAPICUÍBA JANDIRA BARUERI ITAPEVI VARGEM GRANDE PAULISTA SANTANA DE PARNAÍBA PIRAPORA DO BOM JESUS COTIA EMBU ITAPECERICA DA SERRA TABOÃO DA SERRA SÃO CAETANO DO SUL EMBU- -GUAÇU DIADEMA SÃO BERNARDO DO CAMPO SANTO ANDRÉ MAUÁ RIBEIRÃO PIRES POÁ SUZANO ITAQUAQUECETUBA GUARAREMA FERRAZ DE VASCONCELOS MOGI DAS CRUZES SANTA ISABEL ARUJÁ BIRITIBA- -MIRIM SALESÓPOLIS RIO GRANDE DA SERRA SÃO LOURENÇO DA SERRA JUQUITIBA FRANCISCO MORATO FRANCO DA ROCHA MAIRIPORÃ GUARULHOS SÃO PAULO 2. Muitas vezes, nas regiões metropolitanas, a área urbana de um município une-se à de outro, formando uma área urbana contínua. Nesses casos, é difícil perceber onde termina a área de um município e onde começa a do outro. Veja um exemplo desse fenômeno no mapa e na imagem de satélite. Não escreva no livro. a) Que elemento separa os dois municípios nesse trecho da imagem de satélite? b) Assim como São Paulo eGuarulhos, o município onde você mora liga-se a outros de tal modo que fica difícil perceber seus limites? Quais são esses municípios? Os municípios são separados pelo rio Cabuçu, no centro da foto, e pelo rio Tietê, na porção leste/nordeste. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. GUARULHOS SÃO PAULO Imagem de satélite do limite entre os municípios de São Paulo e Guarulhos, no estado de São Paulo, 2021. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra © 2 0 2 1 M a x a r Te ch n o lo g ie s /G o o g le E a rt h IBGE. Atlas nacional do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. p. 127. Ro do via P re sid en te D ut ra R o d o vi a F e rn ã o D ia s R io C a b u çu R io T ie tê Ro do vi a Ay rto n Senna da Silva 45 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Representação cartográfica. At ividade 2 O IBGE coloca São Paulo como a Grande Metrópole Nacional. Esse es- tudo está publicado em Arranjos po- pulacionais e concentrações urbanas do Brasil (Rio de Janeiro: IBGE, 2018). Embora essa publicação do IBGE seja de 2018, essa situação se mantém atualmente. No item a, a imagem de satélite mostra a ocupação total da área em destaque: rodovias e inúmeras construções indicam uma grande con- centração populacional. Os dois mu- nicípios – São Paulo e Guaru lhos – estão separados pelo rio Cabuçu. Em sites de mapas e imagens de satélite on-line, é possível encontrar outros exemplos semelhantes, inclu- sive no estado onde está localizada a escola. No item b, proponha aos estudan- tes uma pesquisa sobre áreas de mu- nicípio que se encontram com outro município. Em algumas situações, há placas que indicam a mudança de município; em outras, não. Caso os estudantes tenham dificuldade em fazer esse reconhecimento, faça um levantamento desses locais e, se pos- sível, consiga imagens deles. Desta- que que, nas regiões metropolitanas, o limite entre os municípios muitas vezes é imperceptível na paisagem. A página 45 do Livro do Estudante apresenta casos de uso de tecnologia ao mostrar uma imagem de satélite do limite entre duas cidades, trabalhando assim o tema contemporâneo transver- sal Ciência e tecnologia. Tema contemporâneo transversal O conteúdo das páginas 45 a 47 do Livro do Estudante contribui para o desenvolvimento da habilidade EF05GE04, ao comparar e reconhecer características e interações entre cidades. Contri- bui também para o desenvolvimento da habilida- de EF05GE09, ao permitir que sejam apresentadas as hierarquias e as conexões entre dois municípios (São Paulo e Guarulhos), por meio do uso do ma- pa e de imagem de satélite. BNCC Orientações gerais Vale do Paraíba e chegando à Baixada Santista a mancha urbana, quase que contínua, avança para o interior paulista indo além de Campinas e Sorocaba. Esta região integra-se entre si e, em escala global, por meio das atividades econô- micas, dos eixos de circulação viária e aérea e das redes de informação e comunicação. LENCIONI, Sandra. Urbanização difusa e a constituição das megarregiões: o caso de São Paulo e Rio de Janeiro. E-metr—polis, ano 6, n. 22, set. 2015. p. 6-15. 77 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 775ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 77 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. A formação da megalópole brasileira Quando ocorre a fusão de duas ou mais metrópoles, temos a formação de uma megalópole. Na região Sudeste uma megalópole está se formando no eixo Rio de Janeiro-São Paulo/Campinas. Essa megalópole em formação está conectada porque as cidades ali localizadas estão integradas pela economia, pela rede de transportes e de troca de informações e pelos meios de comunicação. 1. Observe a imagem a seguir, que mostra a megalópole brasileira vista à noite. ¥ Em sua opinião, o que as áreas mais claras representam? 2. Agora, compare a imagem de satélite da atividade anterior com o mapa a seguir. Espera-se que os estudantes percebam que as áreas mais claras representam as cidades iluminadas e com maior concentração de habitantes. Imagem de satélite da megalópole em formação Rio de Janeiro-São Paulo/Campinas, 2013. Elaborado pela autora com base em: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 146. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra S u o m i N P P /N O A A /N A S A Megalópole em formação: Rio de Janeiro-São Paulo/Campinas – 2010 SÃO PAULO RIO DE JANEIRO OCEANO ATLÂNTICO 45º O TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO Rio Claro Limeira Mogi-Guaçu Americana Campinas Bragança Paulista Extrema Salto Jundiaí Itu Sorocaba Osasco Guarulhos Santo AndréSão Bernardo do Campo Cubatão Santos Mogi das Cruzes Caraguatatuba Jacareí São José dos Campos Taubaté Ubatuba Parati Angra dos Reis Guaratinguetá Itajubá Cruzeiro Resende Petrópolis Teresópolis Magé Niterói Barra Mansa Barra do Piraí Nova Iguaçu Itaguaí Volta Redonda Nilópolis São Gonçalo Área urbana Capital de estado Cidade Limite entre estados Rodovia LEGENDA ESCALA Quilômetros 0 30 60 Não escreva no livro. 46 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Representações cartográficas. Atividade 1 Oriente os estudantes na compa- ração da imagem de satélite com o mapa. Verifique se eles identificam que as áreas urbanas representadas no mapa correspondem às áreas mais iluminadas na imagem de satélite. Veja se eles identificam também que nas duas maiores áreas iluminadas estão as capitais dos estados (São Paulo e Rio de Janeiro). O conteúdo das páginas 46 e 47 contribui para o desenvolvimento da habilidade EF05GE06, ao identificar a presença de meios de transporte e de comunicação na megalópole Rio de Janeiro-São Paulo/Campinas. Con- tribui, também, para o desenvolvi- mento da habilidade EF05GE09, ao apresentar as conexões e hierarquias entre diferentes cidades, representa- das por meio dos mapas temáticos e da imagem de satélite. Tem-se, ainda, características e interações na rede urbana, mostrando atividades que desenvolvem a habilidade EF05GE04. As atividades promovem o desenvol- vimento das competências CG2 e CEG5, ao propiciar uma reflexão sobre os eixos de circulação e redes de in- formação e comunicação. BNCC Orientações gerais Atividade 2 No item a, retome a explicação da atividade anterior e oriente os estu- dantes a identificarem que a maior área de ocupação urbana se situa entre as metrópoles de São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro. No item b, explique que para esta- rem completamente conectadas, as metrópoles precisariam pertencer à mesma área de uma forma contínua tanto na imagem de satélite (áreas claras representando a iluminação artificial) quanto no mapa (áreas roxas representando as áreas urbanas) indi- cando que as áreas em amarelo no mapa representam espaços menos urbanizados e regiões de serra. 78 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 785ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 78 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 a) Em que área a ocupação urbana é maior? b) Podemos dizer que as metrópoles do Rio de Janeiro e de São Paulo estão com- pletamente conectadas? Explique. Entre as metrópoles de São Paulo/ Campinas e Rio de Janeiro, acompanhando a rodovia (Presidente Dutra). Não. Essas metrópoles não estão completamente conectadas fisicamente, pois há algumas áreas escuras na imagem de satélite, que indicam espaços menos urbanizados e regiões de serras. No mapa, essas áreas estão em amarelo. Pesquise Você vai pesquisar informações sobre alguns eixos de circulação e de redes de informação e comunicação na área da megalópole em formação. 1. Qual é o principal eixo de circulação viária entre as metrópoles do Rio de Janeiro e de São Paulo? 2. Pesquise quais são os cinco principais aeroportosdessa região. 3. Observe o mapa ao lado. A rodovia Presidente Dutra. 2. RIOgaleão e Santos Dumont (Rio de Janeiro), Congonhas e Guarulhos (São Paulo) e Viracopos (Campinas). Brasil: domicílios com acesso à internet – 2016 OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO EQUADOR TRÓP ICO DE CAPRIC ÓRNIO AM RR PA AP TO MA PI CE RN PB PE AL SE BA MG GO DF MS SP PR SC RS RJ ES AC RO MT 55º O 0º ESCALA Quilômetros 0 530 1060 Até 50 De 50,01 a 70 Mais de 70 LEGENDA Domicílios com acesso à internet (%) IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 142. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra a) Você viu que as cidades localizadas em uma megalópole em formação estão conectadas por diferentes redes. O mapa acima mostra qual rede? b) Localize no mapa a área da megalópole em formação Rio de Janeiro-São Paulo/Campinas. Identifique na legenda a porcentagem de domicílios com acesso à internet nos estados dessa megalópole em formação e anote no caderno. c) Há relação entre a existência de uma megalópole e uma extensa rede de comunicação? Explique. Rede de comunicação; no caso, a internet. Mais de 70% dos domicílios dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo têm acesso à internet. 3. c) É importante que os estudantes estabeleçam correlações, entendendo que uma área de intensas relações econômicas, financeiras, de informação e tecnologias tem também uma intensa rede de comunicação, transporte e informações. Essas ocorrências estão diretamente relacionadas. Não escreva no livro. 47 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Representação cartográfica. Para avaliação Pesquise A atividade de pesquisa de infor- mações sobre os eixos de circulação e redes de informação e comunica- ção da megalópole brasileira em formação tem por objetivo que os estudantes identifiquem as diferen- tes conexões entre as cidades. Com isso, descobrirão diferentes modais de transporte. Caso os estudantes apresentem dificuldades, peça que releiam no início da página 46 do Livro do Es- tudante o trecho que cita as inten- sas relações entre meios de informações e de comunicações. É importante que eles estabeleçam correlações. Nesse caso, trata-se de uma área de intensas relações eco- nômicas, financeiras, de informa- ções e tecnologias; que possui também uma intensa rede trans- porte. Essas ocorrências estão dire- tamente relacionadas. Veja, na base da página, as rubri- cas das atividades que auxiliam na avaliação dos estudantes. O. P. Critério de avaliação Desempenho Justificativa 4 Com base na pesquisa e na leitura do mapa, o estudante identificou a relação entre a existência de uma megalópole em formação e uma extensa rede de conexão entre suas cidades? Desenvolvido O estudante identificou a relação entre a existência de uma megalópole em formação e uma extensa rede de conexão entre suas cidades. Desenvolvido parcialmente O estudante identificou a coexistência de uma megalópole em formação e uma extensa rede de conexão entre suas cidades, mas não relacionou os dois fenômenos. Em desenvolvimento O estudante não identificou a existência de uma extensa rede de conexões entre cidades. 79 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 795ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 79 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Saiba mais Outra forma de estudar e conhecer melhor as cidades é ver como elas foram representadas no cinema. Muitas cidades são retratadas em diferentes produções. O filme brasileiro de animação O menino e o mundo, do diretor Alê Abreu, ganhou muitos prêmios ao mostrar a visão de uma criança sobre a cidade grande. F ilm e d e P a p e l/ E s p a ç o F ilm e s /A c e rv o d a E d it o ra Cartaz de divulgação da animação O menino e o mundo, 2014. A lê A b re u /E s p a ç o F il m e s A lê A b re u /E s p a ç o F il m e s 1 2 Sinopse Sofrendo com a falta do pai, um menino deixa sua aldeia e descobre um mundo fan- tástico dominado por máquinas-bichos e es- tranhos seres. Uma inusitada animação com várias técnicas artísticas que retrata as questões do mundo moderno através do olhar de uma criança. CINE Belas Artes. O menino e o mundo. Disponível em: https://tedit.net/VzyIHc. Acesso em: 22 jun. 2021. Veja, a seguir, algumas cenas do filme. 48 Orientações didáticas Saiba mais Se possível, realize uma sessão de cinema com os estudantes para as- sistir ao filme O menino e o mundo. Observe e anote as reações deles sobre o enredo do filme, a estética e a trilha sonora e depois promova um debate sobre as impressões que ti- veram. Texto complementar A televisão e a crian•a A criança na faixa dos 6 aos 12 anos absorve conceitos, es- tereótipos, normas de conduta e valores culturais transmitidos pela programação da TV, e es- ses conteúdos influenciam sua visão de mundo. Em geral, eles refletem a ideologia dominante. [...] tanto em casa como na es- cola, a programação da TV não é problematizada. Cabe à crian- ça lidar sozinha com aquilo que vê e ouve. Portanto, é preciso haver uma conscientização de pais, professores e sociedade em geral quanto à importância de questionar e analisar critica- mente a televisão e sua progra- mação, e, assim, formar hábitos de telespectador crítico. [...] POUGY, Eliana G. P. A televisão e a criança. Educação Pública. Disponível em: https://19q6.short.gy/hxpMYJ. Acesso em: 20 jul. 2021. O conteúdo das páginas 48 e 49 do Livro do Estudante contribui para o de- senvolvimento da habilidade EF05GE03, ao analisar questões ambientais nas ci- dades, além de favorecer o conhecimen- to dos estudantes sobre fatos relevantes do mundo contemporâneo. BNCC Orientações gerais O. P. Critério de avaliação Desempenho Justificativa 3 O estudante identificou as cenas que representam uma paisagem rural e o crescimento econômico das cidades? Desenvolvido O estudante identificou as cenas que representam uma paisagem rural e o crescimento econômico das cidades. Desenvolvido parcialmente O estudante ou identificou somente a cena que representa uma paisagem rural ou o crescimento econômico das cidades. Em desenvolvimento O estudante não identificou a cena que representa uma paisagem rural nem a cena que representa o crescimento econômico das cidades. 80 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 805ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 80 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 A lê A b re u /E s p a ç o F il m e s Cenas da animação O menino e o mundo, com direção de Alê Abreu, 2014. A lê A b re u /E s p a ç o F il m e s Responda com base na leitura das cenas da animação. 1. Qual dessas cenas representa uma paisagem rural? Por quê? 2. Qual das cenas representa o crescimento econômico das cidades? Por quê? 3. Qual das cenas representa um problema ambiental urbano? Explique. 4. Que cena apresenta um problema social urbano? Explique. 5. A cidade que o menino descobriu parece pequena ou grande? Por quê? 6. Temos uma cena que mostra um grave problema ambiental urbano. Discuta com os colegas e indiquem soluções para esse problema. 7. Em grupos, discutam: Qual seria a situação oposta de cada cena? Imaginem uma cena em que os problemas mostrados estivessem corrigidos. 8. Com o professor e os colegas, identifiquem se algum dos problemas ambientais e sociais mostrados no filme ocorre nas proximidades da escola. Proponham so- luções para as diferentes situações. A cena 4, porque mostra elementos como a plantação e as carroças. 2. A cena 2, porque representa edifícios altos, com andaimes que demonstram obras para o crescimento da cidade. A cena 1, que mostra uma área não adequada de depósito do lixo da cidade. A cena 3, que representa uma área de moradia precária. 5. A cidade parece grande, com muitos edifíciosem uma área, mas apresenta desigualdade social, pois há áreas em que não há moradia adequada nem coleta e despejo adequados do lixo. Respostas pessoais. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Respostas pessoais. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. 3 4 Não escreva no livro. 49 Orientações didáticas Para avaliação Atividades 1 a 8 As imagens não oferecem respos- tas diretas. Auxilie os estudantes a fazerem inferências. O filme O menino e o mundo mostra uma visão de criança sobre a cidade grande. Peça aos estudantes que criem um desenho ou outra represen- tação de como eles imaginam ser uma cidade grande. Peça que imaginem sons, cheiros, visões dessa cidade ima- ginária. Mesmo se eles morarem em uma cidade grande, é interessante observar a visão que eles têm da cidade. Estimule os estudantes a refletir sobre o consumo e descarte de pro- dutos, relacionando a questão am- biental da geração de lixo com os hábitos de consumo nas grandes ci- dades. Em seguida, cabe orientar a discussão ao contexto dos estudan- tes, trabalhando a espacialidade da escola, do bairro e do município, re- fletindo coletivamente sobre os pro- blemas ambientais que podem ser observados através das paisagens. Para remediar possíveis defasagens de aprendizagem, retome com os estudantes as principais característi- cas dos espaços urbanos e rurais. Em seguida, explore quais são os proble- mas ambientais e sociais que ocorrem nas cidades. Se julgar pertinente, pa- ra favorecer o aprendizado dos estu- dantes, realize esse processo com suporte de fotografias e ilustrações que representem cada uma das temá- ticas abordadas. Veja, na base desta página e da página ao lado, as rubricas das ativi- dades que auxiliam na avaliação dos estudantes. O. P. Critério de avaliação Desempenho Justificativa 3 O estudante identificou o tamanho da cidade e as cenas que apresentam problemas ambiental e social urbanos? Desenvolvido O estudante identificou corretamente o tamanho da cidade e as cenas que apresentam problemas ambiental e social urbanos. Desenvolvido parcialmente O estudante identificou corretamente o tamanho da cidade ou identificou corretamente as cenas que apresentam problemas ambiental e social urbanos. Em desenvolvimento O estudante não identificou corretamente nem o tamanho da cidade nem as cenas que apresentam problemas ambiental e social urbanos. 81 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 815ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 81 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. O que estudamos Eu escrevo e aprendo 1. Leia as frases a seguir. Elas aparecem nos capítulos desta unidade e são importantes para o tema que você estudou. Capítulo 1 – Representação do espaço Representações espaciais como mapas, fotos aéreas, imagens de satélite e cro- quis nos permitem localizar pessoas, objetos e lugares. Capítulo 2 – Representação do espaço urbano Vimos que, com o passar do tempo, as paisagens urbanas podem sofrer muitas transformações: construções são erguidas, antigas construções são demolidas ou renovadas e o espaço nas cidades é ocupado de forma cada vez mais intensa. 2. Selecione duas palavras, uma de cada capítulo. Com elas, redija no caderno duas frases relacionadas ao tema dos capítulos da unidade. 3. Com a orientação do professor, formem grupos e redijam um texto informativo sobre o que vocês estudaram nesta unidade. Depois, confeccionem um mural coletivo com os textos produzidos pelos colegas. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Em cada capítulo desta unidade, há uma palavra destacada para a Minha coleção de palavras de Geografia. Você também fez atividades com essas palavras para saber como utilizá-las quando precisar es- crever um pequeno texto de Geografia. Veja quais são essas palavras no quadro ao lado. 1. O que você aprendeu com essas duas palavras? Discuta com os colegas. 2. Em dupla, escrevam uma frase para cada uma dessas palavras. As frases devem estar ligadas ao que vocês aprenderam no capítulo. Depois, com a orientação do professor, formem grupos e leiam o que escreveram. Respostas pessoais. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Minha coleção de palavras de Geografia Pico, página 32. Cidade, página 40. Não escreva no livro. 50 Orientações didáticas Eu escrevo e aprendo Ao realizarem esta atividade, os estudantes podem rever as páginas da unidade e relembrar o que foi es- tudado. Esta atividade mobiliza o componente essencial para a alfabe- tização produção de escrita. Estimule os estudantes a escolher as palavras que julgarem mais im- portantes em cada capítulo e a re- digir as frases. Em seguida, oriente-os na formação dos grupos e acompanhe o desenvolvimento do trabalho coletivo. O mural pode ser confeccionado e exposto na própria sala de aula ou em outro ambiente, caso a escola dispo- nha de espaço para a exposição do trabalho dos estudantes. Minha coleção de palavras de Geografia Em cada capítulo do volume, há atividades que exploram a forma, o significado e o sentido de algumas palavras-chave, promovendo a fami- liarização dos estudantes com con- ceitos e temas da Geografia. Neste momento, as palavras-chave traba- lhadas nos capítulos são retomadas em uma atividade de sistematização. Além disso, essa atividade ajuda no processo de alfabetização e literacia, mobilizando os componentes essen- ciais para a alfabetização produção de escrita e desenvolvimento de vocabulário. Atividade 1 Incentive a troca de ideias entre os estudantes. Peça que comentem o que foi discutido durante o trabalho com essas palavras (pico e cidade) na seção Minha coleção de palavras de Geografia de cada capítulo. Este momento é muito importante para que consigam desenvolver a ativida- de seguinte satisfatoriamente. Atividade 2 É possível fazer outras propostas além da elaboração do quadro (veja a seguir). De acordo com as condi- ções da escola, os estudantes podem registrar a coleção de palavras-chave em fichas ou em um programa ele- trônico de edição de textos. Vale lem- brar que incentivar o uso desses programas colabora para a literacia e para a inclusão digital das crianças. Se a sua escola tiver as condições necessárias, cada estudante pode digitar as definições que elaborou para cada palavra-chave e imprimir o trabalho. As páginas impressas podem ser mantidas em pastas. No fim do ano letivo, cada estudante terá realizado o registro e a impressão das oito palavras-chave da seção. Capítulo e página Palavra-chave Significado de acordo com o contexto do livro 82 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 825ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 82 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Eu desenho e aprendo 1. A ilustração a seguir representa uma paisagem urbana, assunto importante estudado nesta unidade. Observe-a atentamente. Não escreva no livro. 2. Agora é a sua vez! Com base nos estudos desta unidade, identifique na ilustração elementos que se relacionem com uma paisagem urbana. Anote-os no caderno. 3. Em uma folha avulsa, faça um desenho utilizando os elementos que você identificou na etapa anterior. Complemente-o com novos elementos que também se relacionem com o tema. 4. Elabore uma legenda para o desenho que você produziu. 5. Com a orientação do professor, compartilhe seu desenho com os colegas. Explique como os elementos escolhidos e os elementos que você desenhou se relacionam com uma paisagem urbana. 2. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes observem que há muitos prédios, torres de antena, rede de transporte público, vias de circulação asfaltadase impermeabilizadas. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. A cidade muda, de Eduardo Amos. São Paulo: Moderna, 2016. Juca é um menino que mora na cidade e começa a perceber transformações nas paisagens ao seu redor. Meu, seu, de todos: Patrimônio cultural, de Renata Consegliere. Curitiba: Positivo, 2015. Esse livro traz noções sobre o que é patrimônio cultural e estimula uma reflexão sobre a importância de preservar esses bens. Apresenta um mapa com a localização dos bens do Patrimônio Cultural da Humanidade no Brasil reconhecidos pela Unesco. SUGESTÕES Il u s tr a C a rt o o n /A rq u iv o d a e d it o ra R e p ro d u ç ã o / E d it o ra P o s it iv o R e p ro d u ç ã o /E d it o ra M o d e rn a 51 Orientações didáticas Eu desenho e aprendo Neste momento, a seção prioriza a linguagem gráfica. Os estudantes têm a oportunidade de fazer suas representações para destacar o que consideraram mais importante na unidade. Estimule os estudantes a usar a criatividade. Lembre-se de que as re- presentações gráficas são muito im- portantes para as crianças, pois permitem manifestações e estrutura- ções do pensamento de forma mais lúdica e natural. Especialmente em Geografia, o desenho é importante porque pode ser trabalhado de forma direta com as representações dos lugares, o que nos direciona para a Cartografia, ou seja, para a representação gráfica por meio de mapas. Para fazer esta atividade, é preciso que os estudantes tenham com- preendido os principais aspectos relacionados aos processos e os ele- mentos que caracterizam a paisagem urbana. Avalie a necessidade de reto- mada de conteúdo, caso perceba al- guma dificuldade de interpretação das informações apresentadas. A atividade desenvolve a interpre- tação de representações gráficas bidimensionais, propiciando aos es- tudantes a oportunidade de localizar os elementos e interpretá-los de acor- do com as informações contidas no desenho. Caso constate defasagens na aprendizagem, retome os elemen- tos apontados pelos estudantes, pro- curando saber os motivos das escolhas. No caso da identificação de elementos da paisagem urbana, é importante destacar as funções e a hierarquia urbana. 83 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 835ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 83 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 52 O que aprendemos? 1. Observe a seguir a planta de um imóvel. Nessa planta, 1 centímetro corresponde a 100 centímetros na realidade. Agora, responda às questões no caderno. a) Qual é o comprimento, em metros, da maior parede da sala? b) Qual é o comprimento, em metros, da menor parede do quarto 1? c) Qual é a distância, em linha reta, entre a janela da sala e a porta do banheiro? 2. Com base no que você estudou sobre as representações espaciais, complete as frases a seguir. Para isso, copie-as no caderno e utilize as palavras do quadro a seguir para preencher as lacunas. Terra planisférios arredondada plana globo terrestre a) O é um tipo de representação que mostra a superfície terrestre, mas só podemos ver uma parte dessa superfície de cada vez. b) Para representar a forma da Terra em um planisfério, é necessário transformá-la em uma superfície . c) Os representam toda a superfície da Terra, porém, com distorções da área dos continentes e dos oceanos. d) O formato do planisfério dá uma visão imediata do conjunto da . Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. 5 metros. 3 metros. 5 metros. globo terrestre arredondada planaplanisférios Terra Não escreva no livro. Banheiro Sala Cozinha Área de serviço Quarto 1 Quarto 2 B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra Orientações didáticas O que aprendemos? Atividade 1 A atividade propõe acompanhar a compreensão do estudante sobre a noção de escala, buscando conduzir um pensamento de análise e explo- ração da representação. Para a realização da atividade, os estudantes devem indicar as medidas das paredes internas dos cômodos. Explore as respostas dos estudan- tes, explicando novamente, se for necessário, que as plantas são repre- sentações muito detalhadas de parte da superfície terrestre ou de um imó- vel. Reforce, novamente, que quanto maior for a redução dos elementos representados menores serão os de- talhes de uma planta ou em um mapa. Atividade 2 A atividade propõe ao estudante diagnosticar seus conhecimentos so- bre o espaço geográfico bidimensio- nal e tridimensional, por meio da diferenciação e das características principais do globo terrestre e do pla- nisfério. Se julgar necessário, mostre um globo e um planisfério para os estudantes, reforçando que para re- presentar a forma esférica da Terra em um planisfério, é necessário distorcê- -la para transformá-la em uma super- fície plana. 84 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 845ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 84 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 53 3. As fotos a seguir representam dois problemas urbanos em cidades do Brasil. Obser- ve-as atentamente e, em seguida, responda às questões no caderno. a) Identifique os problemas urbanos apresentados em cada foto. Você já viu algum desses problemas na cidade onde vive? b) O que mais chama sua atenção nessas fotos? Por quê? c) Quais são algumas das possíveis consequências desses problemas para a vida da população desses lugares? 4. Leia as afirmações a respeito das conexões entre as cidades. I. Algumas cidades cresceram rapidamente e hoje apresentam grande número de habitantes, atividades econômicas diversificadas e intenso fluxo de comunicação e serviços. São as metrópoles. II. As metrópoles exercem grande influência sobre outras cidades em função da maior oferta de serviços, como lazer e saúde, entre outros. III. Quando vários municípios se agrupam em torno das metrópoles, estabelecendo relações intensas entre eles, temos uma região metropolitana. Indique as afirmações corretas no caderno: a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) I, II e III. Os problemas são congestionamento e moradias precárias/em área de encosta. Respostas pessoais. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. X Rua com fluxo intenso de carros no Recife, no estado de Pernambuco, 2018. Aglomerado em área de encosta no Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, 2021. Não escreva no livro. C h ic o F e rr e ir a /P u ls a r Im a g e n s M a rl o n C o s ta /F u tu ra P re s s 3. c) Resposta possível: congestionamento causa demora na locomoção, poluição do ar, poluição sonora, estresse; morar em condições precárias/área de encosta traz risco de desabamento, com perda da moradia e da vida, falta de saneamento básico, dificuldade de locomoção/transporte. Atividade 3 A atividade busca retomar o co- nhecimento dos estudantes sobre as transformações que as paisagens ur- banas podem sofrer, por conta do crescimento desordenado. Comente que na maior parte das cidades bra- sileiras essas transformações ocorrem sem planejamento, de forma rápida e espontânea. É importante que eles percebam os problemas urbanos (ambientais e sociais) comprometem a qualidade de vida da população. Para remediação das defasagens, retome a abordagem sobre os pro- blemas urbanos ambientais e sociais. É possível partir da realidade local, exemplificando por meio de proble- mas presentes na área urbana do município de vivência dos estudantes e, posteriormente, ampliar o trabalho, apresentando fotografias de proble- mas urbanos de outras cidades brasi- leiras. Atividade 4 A atividade retoma o tema sobre a formaçãode uma metrópole e as in- fluências que esta exerce sobre as cidades próximas a ela e sobre as mais distantes, oferecendo empregos, in- fraestrutura, lazer, serviços e comér- cio. Se necessário, retome o conteúdo estudado ao longo do capítulo e encaminhe para a reflexão que esses processos estão relacionados ao crescimento da população, à infraes- trutura da cidade, ao crescimento desordenado e às políticas públicas frágeis ou inexistentes. 85 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 855ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 85 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Orientações gerais para a seção O que aprendemos? Para avaliação Veja a seguir as rubricas das atividades da seção O que aprendemos?. O. P. Critérios de avaliação Desempenho Justificativa A t iv id a d e 1 1 O estudante adquiriu noções de escala, efetuando cálculos? Desenvolvido O estudante adquiriu noções sobre a redução proporcional de um espaço para representá-lo num plano e é capaz de efetuar cálculos de escala. Desenvolvido parcialmente O estudante adquiriu noções sobre a redução proporcional de um espaço para representá-lo num plano, porém não é capaz de efetuar cálculos. Em desenvolvimento O estudante não adquiriu noções sobre a redução proporcional de um espaço para representá-lo num plano, o que o impede de compreender o cálculo de escala. A t iv id a d e 2 2 O estudante comparou e diferenciou as representações tridimensionais e bidimensionais por meio da comparação do globo terrestre e do planisfério? Desenvolvido O estudante compreendeu a passagem da representação espacial tridimensional para a bidimensional, por meio da comparação do globo terrestre e do planisfério. Desenvolvido parcialmente O estudante comparou e diferenciou as representações da Terra através do globo terrestre e do planisfério, mas não compreende a passagem da representação espacial tridimensional para a bidimensional. Em desenvolvimento O estudante não percebeu a relação do globo terrestre com o planisfério, por isso não compreendeu a passagem da representação espacial tridimensional para a bidimensional. A t iv id a d e 3 3 O estudante percebeu e explicou problemas socioambientais nas cidades decorrentes de seu crescimento desordenado? Desenvolvido O estudante reconheceu que em muitas cidades as transformações ocorrem de forma rápida e sem planejamento e relacionou a urbanização desordenada com a queda da qualidade de vida de seus habitantes. Desenvolvido parcialmente O estudante reconheceu que em muitas cidades as transformações ocorrem de forma rápida e sem planejamento e mas não relacionou esse fato aos problemas socioambientais decorrentes. Em desenvolvimento O estudante não percebeu que em muitas cidades as transformações ocorrem de forma rápida e sem planejamento, tampouco relacionou a urbanização desordenada com a queda da qualidade de vida de seus habitantes. A t iv id a d e 4 4 O estudante caracterizou as conexões entre as cidades e percebeu as relações de influência das metrópoles sobre cidades menores? Desenvolvido O estudante caracterizou as conexões entre as cidades e percebeu as relações de influência das metrópoles sobre cidades menores. Desenvolvido parcialmente O estudante caracterizou as conexões entre as cidades, mas não percebeu as relações de influência das metrópoles sobre cidades menores. Em desenvolvimento Não houve compreensão das características das conexões entre as cidades e dos conceitos de metrópole e megalópole. 86 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 865ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 86 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Conclusão Para avaliar e consolidar conhecimentos A sistematização do conteúdo estudado na unidade, com o apoio de textos e imagens, é realizada diversas vezes durante os estudos, mas nos momentos de avalia- ção formativa que o acompanhamento da síntese realizada pelos estudantes possibi- lita uma análise retrospectiva, que permite verificar quais temas os estudantes dominam ou ainda apresentam dificuldades e, com base nesses dados, alterar os itinerários do processo de ensino conforme houver necessidade. O estudo da unidade, ao propor uma ampliação das noções de escala, por meio de comparação de fotografias, plantas e mapas, aliada à compreensão da passagem do espaço geográfico tridimensional para o espaço bidimensional por meio de diferentes representações, trabalha ativamente para que as representações cartográficas sirvam de base para o debate a respeito das conexões e hierarquias entre diferentes cidades, desenvolvendo as habilidades EF05GE08 e EF05GE09 da BNCC. A análise das transformações das paisagens urbanas, suas formas e funções, tendo em vista as interações cidade e campo, sem deixar de lado os impactos ambientais decorrentes da urbanização proposto especialmente no Capítulo 2 desta unidade, consolida um trajeto de trabalho com as habilidades EF05GE03, EF05GE04, EF05GE06. Avaliação do desempenho individual e coletivo Para registrar e monitorar o aprendizado individual e coletivo dos estudantes, su- gerimos o preenchimento das planilhas apresentadas no Manual do Professor – Seção introdutória. As planilhas podem ser elaboradas para cada estudante e para a turma e nela podem ser feitas anotações quanto ao desempenho deles em relação ao desenvolvimento dos objetivos pedagógicos previstos para cada unidade. O desempenho individual e coletivo pode ser aferido com base nas rubricas indi- cadas anteriormente. Vale, ainda, retomar as expectativas de aprendizagem propostas para cada objetivo pedagógico que constam na seção Introdução desta unidade. Partindo delas, podem ser elaboradas rubricas personalizadas que atendam às neces- sidades de cada contexto escolar. Com base nesse levantamento, pode-se ter um mapeamento que permite visuali- zar as fragilidades dos estudantes e aplicar estratégias para remediação de defasagens. Propostas nesse sentido estão presentes em vários momentos ao longo das orientações didáticas deste Manual, em especial nas orientações que acompanham as avaliações. Veja a seguir uma sugestão para avaliar o processo de aprendizagem individual de cada estudante. ESTUDANTE TURMA OBJETIVOS DA UNIDADE UNIDADE 1 DESEMPENHO JUSTIFICATIVA 1. Compreender a noção de escala por meio de comparação de fotografias, plantas e mapas. 2. Compreender a passagem do espaço geográfico tridimensional para o espaço bidimensional por meio de diferentes representações. 3. Analisar as transformações das paisagens urbanas, suas formas e funções, e as interações cidade e campo. 4. Identificar as diferentes conexões entre as cidades, com base no fluxo de comunicação e serviços, sistema viário e serviços básicos. 87 5ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 875ApisGeog23At_042a087_U1_MPU.indd 87 15/08/21 10:2515/08/21 10:25 Unidade 2 – Vivendo no Brasil Introdução Objetivos pedagógicos da unidade Nesta unidade, os estudantes são incentivados a compreender a contribuição sociocultural dos povos europeus e africanos, que juntamente aos povos indígenas, formaram e transformaram a língua, os hábitos, a música, a culinária e outros diversos traços da cultura brasileira. Dessa forma, o tema central da unidade, é a população, suas dinâmicas e distribuições pelo território, que serão abordados de forma ampla por meio da análise de fotografias, mapas e gráficos, favorecendo ao estudante o estabelecimento de correlações entre as informações apresentadas e suas características étnico-culturais e socioeconômicas. Serão abordados também os fatores que motivam as migrações dentro dos municípios – entre áreas rurais e urbanas – e entre as Unidades Federativas, justapostos às redes de transporte e de comunicação brasileiras. Objetivo pedagógico (O.P.*) Habilidades da BNCC relacionadas/ componente curricular 1. Identificar os principais grupos étnicos que formam a população brasileira. EF05GE01, EF05GE02 2. Identificaros principais grupos imigrantes do Brasil. EF05GE02 3. Analisar as migrações internas no Brasil e suas principais causas. EF05GE01, EF05GE02, EF05GE05, EF05GE09 4. Analisar as desigualdades populacionais e socioeconômicas do Brasil. EF05GE02, EF05GE04, EF05GE09 5. Correlacionar informações demográficas e socioeconômicas com base na leitura de mapas e gráficos. EF05GE09 *Nota: ao longo desta unidade, os objetivos pedagógicos nos títulos de quadros serão abreviados como O.P. Conhecimentos escolares prévios para atingir os objetivos pedagógicos e desenvolver os principais conteúdos Para que os estudantes consigam identificar os principais grupos étnicos que formam a população brasi- leira e os principais grupos de imigrantes do Brasil, é preciso que já selecionem elementos de distintas cultu- ras em seus lugares de vivência, compreendam aspectos das relações entre campo e cidade, reconheçam características do trabalho nesses dois ambientes e que distingam, com destreza, as unidades político admi- nistrativas que formam o país. Reconhecer e diferenciar alguns aspectos naturais do território nacional também são importantes para a compreensão da dinâmica das migrações internas. E o reconhecimento de territórios étnico-culturais favore- ce a análise das desigualdades populacionais e socioeconômicas, que também podem estar territorializadas. Para correlacionar informações demográficas e socioeconômicas com base na leitura de mapas e gráficos é preciso que os estudantes já comparem mapas temáticos, com certo domínio da linguagem cartográfica. Relação entre objetivos pedagógicos, conteúdos e atividades da unidade A análise da mobilidade populacional nas unidades federativas é bastante explorada em diversas ativida- des ao longo da unidade, assim como na leitura e reflexão de duas músicas da década de 1950, que tratam o longo período de seca na região Nordeste, que provocou, aliada a ausência de investimentos por parte do poder público, um êxodo de nordestinos regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte. 88 5ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 885ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 88 15/08/21 10:2815/08/21 10:28 Por meio dos estudos dos diversos povos que imigraram para o Brasil e da situação dos povos indígenas e dos remanescentes de quilombo atualmente, os estudantes podem compreender as migrações internas e externas, além da diversidade étnico-cultural que contribuíram para a formação do povo brasileiro. O estudo da unidade promove também reflexões sobre as desigualdades sociais, tendo por base diversos indicadores socioeconômicos apresentados em textos, mapas e gráficos. Objetivos pedagógicos e expectativas de aprendizado Ao longo dos estudos desta unidade, é possível avaliar se os estudantes estão acompanhando os conteú- dos trabalhados, de diversas formas. A utilização das rubricas descritas no quadro a seguir é uma delas. Vale salientar a importância de acompanhar o aprendizado dos estudantes, de modo a resgatar assuntos que não foram bem compreendidos por determinado estudante, bem como por toda turma. O. P. Desempenho Expectativas de aprendizado 1 Desenvolvido O estudante caracteriza a população brasileira e identifica os principais grupos étnicos que a constituem. Desenvolvido parcialmente O estudante caracteriza parcialmente a população brasileira, identifica apenas os grupos étnicos com os quais convive. Em desenvolvimento O estudante não caracteriza a população brasileira e, por isso não identifica os principais grupos étnicos que a constituem. 2 Desenvolvido O estudante identifica os principais grupos imigrantes do Brasil, pois reconhece suas características culturais. Desenvolvido parcialmente O estudante identifica parcialmente os grupos de imigrantes no Brasil, pois reconhece apenas algumas de suas características culturais, especialmente aquelas relacionadas aos grupos sociais com os quais convive. Em desenvolvimento O estudante não identifica os principais grupos imigrantes do Brasil, pois não reconhece suas características culturais. 3 Desenvolvido O estudante compreende as dinâmicas populacionais do Brasil e analisa suas principais causas. Desenvolvido parcialmente O estudante compreende superficialmente as dinâmicas populacionais do Brasil e apresenta dificuldades para analisar suas principais causas. Em desenvolvimento O estudante não compreende as dinâmicas populacionais do Brasil, por isso não analisa suas principais causas. 4 Desenvolvido O estudante analisa as desigualdades populacionais e socioeconômicas do Brasil. Desenvolvido parcialmente O estudante identifica as desigualdades populacionais mas não as relaciona com as desigualdades socioeconômicas do Brasil. Em desenvolvimento O estudante não analisa as desigualdades populacionais e socioeconômicas do Brasil. 5 Desenvolvido O estudante correlaciona informações demográficas e socioeconômicas com base na leitura de mapas e gráficos. Desenvolvido parcialmente O estudante identifica apenas informações simples sobre demografia e indicadores socioeconômicos, pois apresenta dificuldades na compreensão de mapas e gráficos. Em desenvolvimento O estudante não correlaciona informações demográficas e socioeconômicas com base na leitura de mapas e gráficos. 89 5ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 895ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 89 15/08/21 10:2815/08/21 10:28 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Unidade 2 Vivendo no Brasil V a n e s s a A le x a n d re /A rq u iv o d a e d it o ra 54 Orientações didáticas Competências da BNCC Competências gerais da Educação Básica 1, 2, 6, 7 e 9. Competências específicas de Ciências Humanas 1, 3, 5, 6 e 7. Competências específicas de Geografia 1, 3, 5 e 6. Componentes essenciais para a alfabetização • Fluência em leitura oral • Desenvolvimento de vocabulário • Compreensão de textos • Produção de escrita B N C C Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades O sujeito e seu lugar no mundo Dinâmica populacional EF05GE01 Diferenças étnico-raciais e étnico- -culturais e desigualdades sociais EF05GE02 Conexões e escalas Território, redes e urbanização EF05GE04 A população brasileira, tema cen- tral da unidade, será estudada em seus aspectos relativos à distribuição, composição, migrações e desigualda- des socioeconômicas. Esses temas serão trabalhados por meio de textos, imagens, mapas e gráficos, sempre apresentados e ana- lisados de forma inter-relacionada. Nesse contexto, a alfabetização car- tográfica passa a ter um papel impor- tante na construção do pensamento espacial dos estudantes. A diversidade cultural do povo bra- sileiro será compreendida por meio do estudo das contribuições culturais de indígenas, portugueses e africa- nos, posteriormente de imigrantes italianos, japoneses e árabes. A dinâmica populacional e os prin- cipais conceitos relacionados à de- mografia também são objetos de estudo nesta unidade, sendo analisa- do por meios de dados gráficos e cartográficos. 90 5ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 905ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 90 15/08/21 10:2815/08/21 10:28 • A sua família é parecida com a família da ilustração? Na sua família há mais crianças, adultos ou idosos? • E a maioria da população brasileira, será que é formada por crianças, adultos ou idosos? • Como você descreveria o povo brasileiro? Respostas pessoais. Leia as orientações para as atividades neste Manual do Professor. Não escreva no livro. 55 Orientações didáticas Atividades A ilustração desta abertura e as perguntas propostas permitem tra- balhar com os estudantes o conceito de família, faixa etária predominante, bem como a formação da sociedade brasileira. É um momento oportuno para desenvolver também um trabalho no qual os estudantes terão a oportuni- dade de refletir a respeito do próprio núcleo familiar. Deixe que a turma se expresse livrementesobre as pergun- tas propostas, relatando como são os membros da família e qual percepção tem sobre as origens da população brasileira. B N C C Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades Mundo do Trabalho Trabalho e inovação tecnológica EF05GE05 Trabalho no campo e na cidade EF05GE06 Formas de representação e pensamento espacial Representação das cidades e do espaço urbano EF05GE09 91 5ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 915ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 91 15/08/21 10:2815/08/21 10:28 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 3 CAPÍTULO A população brasileira Para iniciar Leia o texto abaixo para um colega. Depois, ouça a leitura dele. Em seguida, obser- vem as fotos. 1. O que você sabe sobre a Constituição brasileira? 2. A Constituição brasileira diz que “todos são iguais perante a lei”. O que isso significa? 3. Em sua opinião, todos os brasileiros têm as mesmas oportunidades de estudar e trabalhar? Por quê? Resposta pessoal. Significa que não importa a cor da pele, a etnia, o gênero, a condição social, o credo; somos todos iguais perante a lei e, portanto, temos os mesmos direitos e os mesmos deveres. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Não escreva no livro. Art. 5o – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantin- do-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade [...]. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: https://tedit.net/OlPROr. Acesso em: 4 jun. 2021. Capa da Constituição brasileira de 1988. Promulgação da Constituição brasileira, em Brasília, no Distrito Federal, 1988. R e p ro d u ç ã o /E d it o ra S e n a d o F e d e ra l C la u d io V e ri s a n i/ A rq u iv o d a e d it o ra 56 Orientações didáticas Ao apresentar o artigo 5 da Consti- tuição, sobre todos serem iguais pe- rante a lei, é mobilizado o tema contemporâneo transversal Educação em Direitos Humanos. Tema contemporâneo transversal Neste capítulo, estudaremos a composição da população brasileira e o papel dos imigrantes nessa com- posição, além dos principais grupos étnicos que formam a população. Veremos, também, a inserção do Brasil no mundo, principalmente em termos populacionais, que é o tema central do capítulo. Para iniciar Ao realizar a leitura com parceiro, é trabalhado um dos componentes essenciais para a alfabetização, fluên- cia em leitura oral. Converse com os estudantes e verifique se houve a compreensão do contexto ou se há alguma palavra nova para eles, desen- volvendo assim o vocabulário. Atividade 1 Deixe os estudantes se expressa- rem livremente e depois comente o artigo 5o apresentado na introdução. Em seguida, explique que a Consti- tuição é o conjunto de leis, regras e normas que organizam e regem o país. É a lei máxima que regulamenta e limita as relações entre os três po- deres, ao mesmo tempo que estabe- lece os direitos e deveres dos cidadãos. Atividade 3 Explique aos estudantes que há grande desigualdade social no Brasil, que impede que muitas pessoas te- nham acesso não só à educação e ao trabalho, mas também a alimentos, moradia, saúde, entre outras necessi- dades básicas. Peça aos estudantes que deem exemplos do cotidiano de- les que indiquem essas desigualdades. 92 5ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 925ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 92 15/08/21 10:2815/08/21 10:28 Quantos somos? O Brasil é um dos países mais populosos do mundo. De acordo com o último recenseamento, no ano de 2010 éramos mais de 190 milhões de brasileiros, distribuí- dos de modo desigual pelo território nacional. As estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, em 2022, seremos 214 milhões. A contagem da população é feita por meio de recenseamentos realizados a cada dez anos pelo IBGE. O Censo Demográfico deveria ter sido realizado em 2020, mas, em função da pandemia de covid-19, foi temporariamente suspenso. Atualmente, a população mundial é de mais de 7 bilhões de pessoas, também distri- buídas de modo bastante desigual pelo planeta. Há áreas em que se concentram mui- tos habitantes; em outras, a população está dispersa e há poucos habitantes; também há áreas que não são ocupadas de forma permanente pelos seres humanos. Cerca de metade da população mundial vive na Ásia. Apesar disso, há grandes va- zios populacionais nesse continente. 1. Observe as fotos a seguir, que mostram duas situações na China, país asiático. a) Agora, pense na distribuição da população no Brasil e faça o mesmo tipo de comparação que foi feita nas fotos acima. Anote no caderno: • uma região com alta concentração de pessoas; • uma região com baixa concentração de pessoas. b) Pesquise, em jornais, revistas ou em fontes confiáveis na internet, imagens do Brasil que representem cada uma das situações acima (alta e baixa concentração populacional). Depois, monte um mural com os colegas e façam uma apresenta- ção oral para a turma. O professor organizará a atividade. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Resposta pessoal. Rua movimentada em Pequim, na China, 2019. Monte Everest, na região do Tibete, na China, 2019. S o to v A le k s a n d r/ S h u tt e rs to c k F o to k o n /S h u tt e rs to c k Não escreva no livro. 57 Orientações didáticas Explique aos estudantes que o ter- mo populoso tem relação com o número total de habitantes de um território, referindo-se à sua popula- ção absoluta. Já o termo povoado se refere à densidade demográfica de uma região (habitantes por km2). Leia, na página 96 deste Manual do Profes- sor, a definição de densidade demo- gráfica. Diga aos estudantes que o Censo é realizado a cada dez anos. Trata-se do levantamento, agrupamento e publicação de dados demográficos, econômicos e sociais sobre a popu- lação brasileira, buscando-se obter os dados no maior número possível de domicílios no país. Nos intervalos desses 10 anos, é realizada a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), que, como o próprio nome indica, é feita por amostragem em um universo bem menor de dados e com proje- ções. Até 1872 não se realizava Censo Demográfico no Brasil. Essa data mar- ca o primeiro Censo oficial da popu- lação brasileira. Desde 1940, o recenseamento tem sido feito a cada dez anos, com exceção de 1991, em razão da grave crise econômica e re- dução de funcionários no período. Em 2020, com a pandemia de co- vid-19, o Censo foi adiado. De acordo com o Censo Demográfico 2010, a população brasileira era de 190 755 799 habitantes. Convide os estudantes a observar as imagens da rua em Pequim e o Monte Everest, ambos na China. Com a primeira bastante povoada e a se- gunda desabitada, os estudantes conseguem refletir sobre a distribui- ção populacional fazendo um para- lelo com as informações no texto sobre a população brasileira. Atividade 1 Para o item a, os estudantes pode- rão indicar cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e outras capitais e gran- des cidades do país. Para o item b, os estudantes poderão citar áreas com vegetação densa e pre- domínio de florestas (Amazônia, por exemplo). Poderão indicar, também, regiões de serras do norte do país, áreas do Centro-Oeste, entre outras. Ao apresentar dados sobre a distribuição da população mundial, e trazer fotos de Pequim e do Monte Everest, na Ásia, é mobilizado o tema con- temporâneo transversal Diversidade cultural. Tema contemporâneo transversal O conteúdo da página 57 do Livro do Estudan- te contribui para o desenvolvimento da habilidade EF05GE01 ao fazer um paralelo da população brasileiracom a população mundial. Contribui, também, para o desenvolvimento da habilidade EF05GE02 ao trabalhar com as diferenças étnico- -raciais e sua distribuição territorial. BNCC Orientações gerais 93 5ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 935ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 93 15/08/21 10:2815/08/21 10:28 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 2. Observe o mapa e o gráfico ao lado para saber como estão distribuídos os mais de 7 bilhões de habitantes do planeta nas di- ferentes partes do mundo. a) Com base nas informações do gráfico, numere e escreva, no caderno, as par- tes do mundo começando pelas mais populosas. Veja a localização no mapa a seguir. 2. a) 1 - Ásia; 2 - África; 3 - Europa; 4 - América Central e América do Sul; 5 - América do Norte; 6 - Oceania. b) Agora, observe nos gráficos a seguir outra maneira de representar os dados sobre o número de habitantes nas diferentes partes do mundo. Não escreva no livro. Elaborado com base em: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 34. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra Elaborado com base em: ISTITUTO Geografico De Agostini. Calendario Atlante De Agostini 2018. Novara, 2018. p. 64. A Europa apresenta área reduzida e muitos habitantes, por isso apresenta áreas superpovoadas. ÁFRICA População em 2018: 1 191 500 000 habitantes Os habitantes da África pertencem a muitos grupos étnicos diferentes. No continente existem mais de quinhentos dialetos. EUROPA População em 2018: 718 400 000 habitantes Cada equivale a 10 milhões de pessoas. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra Il u s tr a ç õ e s : B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra Mundo: população – 2018 0 1000000000 2000000000 3000000000 4000000000 5000000000 Nœmero de pessoas Oceania América do Norte América Central e América do Sul Europa África Ásia Mundo – 2018 AMÉRICA DO NORTE AMÉRICA DO SUL ÁFRICA EUROPA ÁSIA OCEANIA ANTÁRTIDA AMÉRICA CENTRAL OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO EQUADOR M E R ID IA N O D E G R E E N W IC H 0º 0º ESCALA Quilômetros 0 2935 5870 dialeto: variedade regional ou social da l’ngua de um pa’s. Total = 7 355 100 000 58 Orientações didáticas Todos os dados sobre população foram arredondados para fins didáti- cos. O Brasil faz parte do gráfico “América Central e América do Sul”. Observe que os conteúdos traba- lhados nas páginas 58 e 59 do Livro do Estudante são complexos para as crianças dessa faixa etária. Esses con- teúdos serão desenvolvidos de forma mais aprofundada nos anos seguin- tes. Aqui, eles são apresentados e trabalhados, de forma introdutória, por meio de gráficos de pirâmide, que têm leitura visual bastante rápida e significativa. Os estudantes poderão fazer a lei- tura dessas pirâmides simplesmente pela proporção de uma em relação à outra, identificando a maior, a menor e a posição que o país onde vivem ocupa em uma delas. Há diferentes representações grá- ficas nas páginas 58 e 59 do Livro do Estudante, e cada uma delas direcio- na para um tipo de leitura/informa- ção. No mapa, estão localizadas as diferentes partes do mundo e há a ordenação em relação à população. No gráfico de colunas, observa-se o número absoluto de pessoas em cada uma das partes do mundo. Por últi- mo, há as pirâmides pictóricas, que permitem uma simples leitura visual e a identificação da parte mais popu- losa ou a contagem do número de habitantes (evidentemente, tarefa muito trabalhosa, pois seu objetivo, nessa faixa etária, é a rápida leitura visual). Enfim, temos três representações gráficas diferentes, cada uma com uma finalidade. Nas páginas 58 e 59 do Livro do Estu- dante são desenvolvidas as habilidades EF05GE01 e EF05GE02, com a análise da distribuição da população mundial, e a habilidade EF05GE09, ao proporcionar a análise dos dados gráficos. BNCC Orientações gerais Alfabetização cartográfica direta • Representação gráfica e carto- gráfica. 94 5ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 945ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 94 15/08/21 10:2815/08/21 10:28 c) Vamos ver a posição do Brasil nesses gráficos. Em qual parte do mundo ele está? Quantos bonequinhos vamos precisar para representar o Brasil com a população estimada para 2022, indicada na página 57? Responda no caderno. Na América Central e América do Sul. Vamos precisar de 21 bonequinhos (usando dados aproximados). ANTÁRTIDA Sem população permanente. A população da Antártida é formada por pesquisadores que trabalham nas estações científicas ali instaladas. Eles vivem no continente por determinados períodos de tempo, retornando em seguida a seus países. AMÉRICA CENTRAL e AMÉRICA DO SUL População em 2018: 504 800 000 habitantes AMÉRICA DO NORTE População em 2018: 481 600 000 habitantes A população da América do Norte é formada majoritariamente por descendentes de imigrantes, de povos nativos e de negros africanos. A população da América do Sul e da América Central é formada, principalmente, por descendentes dos povos nativos, de brancos europeus e de negros africanos. Elaborado com base em: ISTITUTO Geografico De Agostini. Calendario Atlante De Agostini 2018. Novara, 2018. p. 64. ÁSIA População em 2018: 4 418 800 000 habitantes A Ásia tem grandes concentrações populacionais. O Japão e o leste da China são áreas muito povoadas. A Oceania tem uma população reduzida. A maior parte de seus habitantes está concentrada nas grandes cidades da Austrália e da Nova Zelândia. Existem áreas do interior da Austrália que são praticamente desabitadas. OCEANIA População em 2018: 39 800 000 habitantes Não escreva no livro. Il u s tr a ç õ e s : B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra Brasil 59 Orientações didáticas Atividade 2 Para o item a, os estudantes preci- sam compreender o gráfico da popu- lação mundial em 2018 e anotar em ordem decrescente os continentes mais populosos: Ásia, África, Europa, América Central e América do Sul, América do Norte e Oceania. O item b promove o desenvolvi- mento da numeracia, pois os estu- dantes estão aprendendo a interpretar dados estatísticos referentes à demo- grafia e apresentados em gráficos. No item c, é esperado que os estu- dantes respondam que o Brasil está representado no gráfico da América Central e América do Sul. Auxilie-os com o cálculo: se a população do Brasil é de aprox. 200 milhões, e cada boneco corresponde a 10 milhões, temos a divisão 200/10=20 bonecos. Oriente os estudantes a não fazer anotações no livro, pois ele não é consumível. Peça-lhes que façam anotações no caderno ou em uma folha a parte. Ao apresentar informações sobre a população mundial e lembrar que po- dem existir diversos dialetos numa mes- ma região esta atividade trabalha o tema contemporâneo transversal Di- versidade cultural. Tema contemporâneo transversal Atividade complementar Se considerar adequado, trabalhe o desenvolvimento de vocabulário dos estudantes por meio de uma con- versa sobre o conceito de dialeto – linguagem própria de determinadas comunidades e que existe simulta- neamente a outra língua oficial. Lem- bre-os de que não é o mesmo que sotaque. Solicite à turma uma pesquisa em casa, com a ajuda dos familiares, dos dialetos brasileiros. 95 5ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 955ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 95 15/08/21 10:2815/08/21 10:28 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Mundo: distribuição da população – 2018 90 180 180 M E R ID IA N O D E G R E E N W IC H ESCALA Quilômetros 0 2455 49101 ponto representa 500 mil habitantes LEGENDA EQUADOR 0º 0º OCEANO PACÍFICO OCEANOÍNDICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO 3. Analise o mapa a seguir, que representa a distribuição da população mundial com destaque para os países mais populosos. Depois, faça as atividades no caderno. Não escreva no livro. Elaborado pela autora com base em: ISTITUTO Geografico De Agostini. Calendario Atlante De Agostini 2018. Novara, 2018. p.142-149. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra Estados Unidos 323 000 000 México 120 000 000 Rússia 146 000 000 Paquistão 189 000 000 China 1 380 000 000 Indonésia 259 000 000Bangladesh 161 000 000 Índia 1 311 000 000 Nigéria 193 000 000 Brasil 209 000 000 Está na América do Norte. Está na América do Norte. Está parte na Europa e parte na Ásia. Está na Ásia. Está na Ásia. Está na América do Sul. Está na África. Está na Ásia. Está na Ásia. Está na Ásia. a) Observe novamente o mapa e os gráficos das páginas 58 e 59. Qual continente abriga o maior número de habitantes? b) Cite o nome dos dois países mais populosos desse continente. Você pode ob- servar o mapa acima, comparando-o com o mapa da página 58. c) Que país da América do Sul se destaca no quesito população? d) Localize o Brasil no mapa acima. Qual é a classificação dele entre os dez países mais populosos do mundo? A Ásia. China e Índia. O Brasil, com mais de 209 milhões de habitantes. O Brasil é o 5o país mais populoso do mundo, depois de China (1o), Índia (2o), Estados Unidos (3o) e Indonésia (4o). 60 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Aluno leitor de mapas. • Representação gráfica. Todos os dados sobre população foram arredondados para fins didáticos. Atente para a diferença entre os termos populoso e povoado. Popu- loso refere-se a países com elevado número absoluto de habitantes, co- mo a China e a Índia. Povoado diz respeito à relação entre a população absoluta e o território, ou seja, à den- sidade demográfica. A China, por exemplo, tem baixa densidade demográfica, pois tem um grande território. É um país populoso, mas irregularmente povoado. Para diferenciar países populosos de países povoados, veja um exemplo: Elaborado com base em: CURRENT World Population. How many people are there in the world? Disponível em: https://19q6.short.gy/UXCbtv. Acesso em: 27 jul. 2021. Atividade 3 Amplie a leitura do mapa chamando a aten- ção dos estudantes para o significado dos pon- tos vermelhos e sua distribuição pelo planisfério. Esclareça que as áreas com maior concentração de pontos correspondem às áreas mais povoa- das do planeta, enquanto as áreas com poucos pontos ou nenhum são menos povoadas. Para o item a, os estudantes poderão analisar também os gráficos das páginas 58 e 59 do Livro do Estudante e concluírem que é a Ásia. Para o item b, reforce que cada ponto no mapa representa 500 mil habitantes. Portanto, quanto mais preenchida for a região, maior é a concentração populacional. Para o item c, o Brasil ganha destaque, com 209 milhões de habitantes, concentrando a po- pulação principalmente nas áreas litorâneas. Para o item d, o Brasil é o sexto país mais populoso do mundo, depois de China, Índia, Estados Unidos, Indonésia e Paquistão. Veja o mapa da página 63 do Livro do Estudante. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra Países populosos e países povoados: os extremos Populoso refere-se à população absoluta, ou seja, ao número de habitantes de um país. Povoado refere-se à população relativa, ou seja, à densidade demográfica (hab./km2). P = POPULAÇÃO A = ÁREA MAIS POPULOSO CHINA P: 1 370 000 000 hab. A: 9 572 900 km2 143 hab./km2 MAIS POVOADO MÔNACO P: 37 800 hab. A: 2 km2 18 900 hab./km2 MENOS POPULOSO VATICANO P: 800 hab. A: 0,44 km2 1 818 hab./km2 MENOS POVOADO MONGÓLIA P: 3 061 000 hab. A: 1 564 160 km2 1,95 hab./km2 96 5ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 965ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 96 15/08/21 10:2815/08/21 10:28 O crescimento e a composição da população brasileira Basicamente, a população de um país cresce quando: • o número de nascimentos é maior do que o número de mortes; • chegam imigrantes de outros países. Comparando os dados dos recenseamentos de 1872 a 2010, é possível acompa- nhar o crescimento da população brasileira nesse período. Alguns fatores contribuíram para as variações nesse crescimento. Atualmente, no Brasil, a taxa de natalidade (o número de pessoas que nascem) tem diminuído. Além disso, o país já não recebe imigrantes em grande quantidade. Assim, o ritmo de cres- cimento da população brasileira vem sendo menor. 1. Observe a tabela a seguir e faça as atividades no caderno. Não escreva no livro. Ano População (milhões de habitantes) 1872 10 1890 14 1900 17 1920 31 1940 41 1950 52 1960 71 1970 93 1980 119 1991 147 2000 170 2010 191 Brasil: população – 1872-2010 200 190 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 1872 1890 1900 1920 1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010 Milhões de habitantes Elaborado com base em: IBGE. Anuário estatístico do Brasil 2015. Tabela 2.1.1.1. Rio de Janeiro: IBGE, 2016. v. 75. p. 2-9; 2-10. IBGE. Anuário estatístico do Brasil 2015. Tabela 2.1.1.1. Rio de Janeiro: IBGE, 2016. v. 75. p. 2-9; 2-10. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra a) Copie o gráfico no caderno. Em seguida, complete-o usando os dados da tabela para 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010. Você também pode usar uma folha de papel milimetrado ou quadriculado e, depois, colar o gráfico completo no caderno. b) Qual era a população brasileira em 1872, quando foi feito o primeiro recensea- mento oficial? c) Qual era a população brasileira no ano de 2010? Aproximadamente 10 milhões de habitantes. De acordo com o Censo Demográfico 2010, havia no Brasil aproximadamente 191 milhões de habitantes. 61 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Leitura de gráfico. As páginas 60 e 61 do Livro do Estu- dante, com a análise da dinâmica po- pulacional do Brasil, a composição etária e a distribuição populacional nas Unidades da Federação, desenvolvem a habilidade EF05GE01. BNCC Orientações gerais A taxa de natalidade indica o nú- mero de crianças nascidas vivas a cada mil habitantes, durante um ano. A di- ferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade é chamada de crescimento natural ou vegetativo. Esse conteúdo pode ser trabalhado em conjunto com o componente cur- ricular Matemática, pois os estudan- tes terão acesso aos dados estatísticos da população e farão a leitura de grá- ficos (numeracia). Os dados da tabela foram arredon- dados para fins didáticos. Explique aos estudantes que esses números são aproximados. Em 1910 e 1930 não foram realiza- dos censos demográficos. Os dados referentes ao Censo Demo- gráfico 2010 estão disponíveis no site do IBGE: https://19q6.short.gy/5mVGOl. Acesso em: 21 jul. 2021. Se possível, oriente os estudantes a fazer uma pes- quisa sobre os dados do Censo Demo- gráfico da região onde eles moram. A importância da imigração no crescimento da população brasileira foi muito significativa. Veja no gráfico a seguir. Atividade 1 Para o item a, os estudantes po- dem utilizar papel vegetal ou folha milimetrada para facilitar a cópia do gráfico. Para completar o gráfico, oriente-os a verificar os valores na tabela dos anos 1970 a 2010. Para o item b, os estudantes podem olhar o primeiro item na tabela ou no gráfico. Para a atividade c, eles devem olhar o último item da tabela, que cor- responde ao Censo mais recente do Brasil, que registrou aproximadamente 191 milhões de habitantes. Imigração no Brasil (1820-1975) Elaborado com base em: IBGE. Migrações externas – Total de imigrantes no Brasil. Disponível em: https://19q6.short.gy/xlK1eb. Acesso em: 21 jul. 2021. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o da e d it o ra Im ig ra n te s 1400000 1200000 1000000 800000 600000 400000 200000 0 1 8 2 0 -1 8 2 9 1 8 3 0 -1 8 3 9 1 8 4 0 -1 8 4 9 1 8 5 0 -1 8 5 9 1 8 6 0 -1 8 6 9 1 8 7 0 -1 8 7 9 1 8 8 0 -1 8 8 9 1 9 0 0 -1 9 0 9 1 9 1 0 -1 9 1 9 1 9 2 0 -1 9 2 9 1 9 3 0 -1 9 3 9 1 9 4 0 -1 9 4 9 1 9 5 0 -1 9 5 9 1 9 6 0 -1 9 6 9 1 9 7 0 -1 9 7 5 1 8 9 0 -1 8 9 9 97 5ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 975ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 97 15/08/21 10:2815/08/21 10:28 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 2. Veja os dados do último recenseamento do IBGE, realizado em 2010, que mostra a composição por sexo e por idade da população brasileira. Não escreva no livro. Il u s tr a ç õ e s : C lá u d io C h iy o /A rq u iv o d a e d it o ra Elaborado com base em: IBGE. Anuário estatístico do Brasil 2015. Rio de Janeiro: IBGE, 2016. v. 75. p. 2-11. Elaborado com base em: IBGE. Anuário estatístico do Brasil 2015. Rio de Janeiro: IBGE, 2016. v. 75. p. 2-11. a) Em 2010 havia mais homens ou mais mulheres na população brasileira? b) Em 2010, qual era a faixa etária predominante na população brasileira? c) Converse com os colegas e tente explicar por que o número de mulheres é um pouco maior do que o de homens. 3. Quando a maior parte da população de um país é jovem, o governo precisa investir em escolas e creches. Quando há muitos adultos, é preciso oferecer trabalho. E quando predominam idosos, o que o governo precisa oferecer? Em casa, com um adulto, faça um pequeno texto sobre essa questão e leia-o em voz alta para a pessoa que o ajudou. Depois, entregue o texto ao professor. Havia mais mulheres: 51% da população era composta de mulheres. A faixa etária dos adultos (de 20 a 59 anos). Resposta pessoal. Resposta pessoal. Composição da população por sexo Composição da população por idade IDOSOS 60 anos ou mais: 11% ADULTOS De 20 a 59 anos: 56% JOVENS Até 19 anos: 33% MULHERES: 51% : HOMENS: 49% 62 O rientações didáticas Ressalte a importância do recen- seamento na coleta de dados sobre a composição e as características da população de um país. De posse des- sas informações, os governos podem criar políticas públicas que atendam às necessidades de todos e oferecer melhores condições de vida à popu- lação. Por exemplo: antes de construir escolas, creches ou hospitais, é neces- sário conhecer a população que ne- cessita desses serviços públicos e o lugar onde vive para, assim, fazer um planejamento adequado que atenda às pessoas. Em 2012, segundo análises do IBGE, houve aumento na faixa dos idosos, que passou a constituir 12,4% da po- pulação. Na faixa dos jovens, ocorreu uma queda, que passou a 31,6%. Em 2018, a proporção de idosos era de 13%, segundo o IBGE. Atividade 2 Para o item a, explique que a es- perança de vida ao nascer das mu- lheres é ligeiramente mais elevada do que a dos homens, ou seja, as mulhe- res vivem, em média, alguns anos a mais do que os homens. Por isso, o número de mulheres é um pouco superior. A esperança de vida ao nascer indica quantos anos de idade, em média, espera-se que uma pessoa atinja, considerando-se as condições de vida em um determinado local, em determinado período. Segundo o IBGE, a projeção da esperança de vida ao nascer para 2020 era de 76 anos, sendo 80 anos para as mulheres e 73 anos para os homens. (IBGE. Anuário estatístico do Brasil 2019. Rio de Janeiro: IBGE, 2019. v. 79. p. 2-31). Para o item b, a faixa etária predo- minante era de adultos, entre 20 e 59 anos, o que sugere uma tendência de envelhecimento da população. Para o item c, converse com os es- tudantes sobre porque as mulheres Ao refletir sobre a importância de projetos voltados para a população ido- sa, a atividade mobiliza o tema contem- porâneo transversal Processo de envelhecimento, respeito e valoriza- ção do idoso. Tema contemporâneo transversal têm maior esperança de vida. Além de fatores hormonais e genéticos, elas costumam ter mais autocuidado com a saúde e realizam mais exa- mes preventivos que os homens e em situações de conflitos armados, homens se expõe mais e colocam a vida mais em risco. Atividade 3 Oriente os estudantes a refletir sobre a ques- tão do idoso com seus familiares em casa, redi- gindo um pequeno texto sobre o assunto, que deverá ser lido e entregue ao professor, desen- volvendo conjuntamente a produção de es- crita e a fluência em leitura oral. 98 5ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 985ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 98 15/08/21 10:2815/08/21 10:28 A distribuição da população brasileira A população brasileira está distribuída de forma desigual pelo território. Enquanto algumas áreas concentram muitos habitantes, em outras há poucas pessoas. Imagine dois bairros: um em uma cidade com poucas moradias e muitas áreas ver- des; e outro com muitas moradias, todas próximas umas das outras. Certamente o se- gundo bairro concentra muito mais moradores do que o primeiro. A concentração maior ou menor de pessoas em determinada área recebe o nome de densidade demográfica. De acordo com o Censo Demográfico realizado pelo IBGE, em 2010 viviam no Brasil mais de 190 milhões de pessoas, distribuídas por um território de 8 514 876 km2. Não escreva no livro. Elaborado pela autora com base em: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 112. Brasil: população – 2010 TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO 55° O 0° OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO EQUADOR PALMAS BOA VISTA MACAPÁ BELÉM MANAUS RIO BRANCO PORTO VELHO CUIABÁ CAMPO GRANDE PORTO ALEGRE FLORIANÓPOLIS CURITIBA SÃO PAULO BELO HORIZONTE RIO DE JANEIRO VITÓRIA GOIÂNIA BRASÍLIA SÃO LUÍS TERESINA FORTALEZA NATAL JOÃO PESSOA RECIFE MACEIÓ ARACAJU SALVADOR ESCALA Quilômetros 0 490 980 Áreas menos povoadas Áreas mais ou menos povoadas Áreas mais povoadas LEGENDA 1. Veja acima o mapa da distribuição da população no Brasil. Depois, responda no caderno. a) Onde há maior concentração de pessoas: no litoral ou no interior do país? b) Escreva no caderno o nome de dois estados pouco povoados e de dois estados muito povoados. 2. Faça uma pesquisa para descobrir quais são os municípios mais povoados do estado onde você vive. Descubra também quais são os municípios menos povoados. Depois, com os colegas e o professor, responda: ¥ A natureza interfere na ocupação do estado onde você vive? Na área litorânea, principalmente na região Sudeste. Estados pouco povoados: Amazonas, Acre, Roraima, Amapá, entre outros. Estados muito povoados: Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Alagoas, entre outros. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra 63 Orientações didáticas Alfabetização cartográfica direta • Leitura de mapas. Na página 63 do Livro do Estudante é desenvolvida a habilidade EF05GE01, ao analisar e descrever as dinâmicas populacionais nas unidades da federa- ção e no estado em que vivem. BNCC Orientações gerais A densidade demográfica mede o grau de concentração da população em um território, apresentando o nú- mero de habitantes por quilômetro quadrado (hab./ km2). É obtido a partir de um cálculo simples, dividindo o total de habitantes pela área da região. Essa informação facilita a escolha das melhores políticas públicas por parte dos governantes, na medida que a concentração populacional aumenta, aumentam também poluição, produ- ção de lixo, desmatamento etc. Analise com os estudantes, no ma- pa, o uso de cores mais escuras para as maiores concentrações populacio- nais e de cores mais claras para as áreas de menor concentração. As áreas menos povoadas têm até 10 hab./km2; as áreas mais ou menos povoadas, de 10 a 50 hab./km2; e as áreas mais povoadastêm mais de 50 hab./km2. Atividade 1 Para o item a, trabalhe com os es- tudantes os principais fatores relacio- nados à concentração populacional no litoral brasileiro e os deslocamen- tos para o interior, em conjunto com História. Para o item b, reforce que os mu- nicípios pouco povoados estão dis- tantes do litoral, a oeste do país, e apresentam mais áreas de vegetação conservada e protegida, enquanto os municípios muito povoados estão nos litorais sudeste e nordeste e o adensamento populacional dessas áreas comprometeu boa parte da ve- getação local. Atividade 2 Para a pesquisa, oriente a turma para fazer uma relação de pelo menos cinco municípios menos e mais povoados do estado onde mo- ram. Eles vão precisar comparar os dados com mapas da vegetação e relevo do estado, para verificar se elementos naturais influenciam o adensamento populacional. É possível que os estudantes finalizem a ati- vidade em sala, fazendo uso de um atlas geo- gráfico ou de mapas impressos pelo professor. É importante que os estudantes compreendam as dinâmicas populacionais, estabelecendo re- lações entre o meio físico, o processo de forma- ção territorial, as migrações populacionais e as condições de infraestrutura. Sugira aos estudan- tes que acessem o site IBGE Cidades para fazer a pesquisa, disponível em: https://19q6.short. gy/4Tq32n. Acesso em: 30 jun. 2021. 99 5ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 995ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 99 15/08/21 10:2815/08/21 10:28 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Quem somos? Os principais grupos étnicos que contribuíram para a formação do povo brasileiro foram os indígenas (nativos, primeiros habitantes), os brancos (europeus de Portugal, os primeiros colonizadores) e os negros (africanos escravizados, trazidos à força). A partir da segunda metade do século XIX, imigrantes asiáticos e europeus de vários países vieram para o Brasil, trazendo hábitos e costumes que acabaram sendo incorporados à cultura brasileira. Descendentes de todos esses grupos étnicos formam o povo brasileiro. Observe as fotos. Não escreva no livro. Criança na aldeia Wauja Piyulaga, no Parque Indígena do Xingu, no estado de Mato Grosso, 2019. Criança em Santa Maria, no estado do Rio Grande do Sul, 2019. Criança em Itaparica, no estado da Bahia, 2019. Criança em Nossa Senhora do Livramento, no estado de Mato Grosso, 2020. Criança em São Paulo, no estado de São Paulo, 2019. S e rg io P e d re ir a /P u ls a r Im a g e n s C e s a r D in iz /P u ls a r Im a g e n s G e rs o n G e rl o ff /P u ls a r Im a g e n s L u c io la Z v a ri ck /P u ls a r Im a g e n s F e rn a n d o F a v o re tt o /C ri a r Im a g e m 64 Orientações didáticas O órgão oficial para o levantamen- to de dados estatísticos no Brasil é o IBGE, que adota terminologia especí- fica sobre a população. A terminolo- gia de cor adotada pelo IBGE apresenta cinco categorias: branco, pardo, preto, amarelo e indígena. Nesta coleção, adotou-se, sempre que possível, outras nomenclaturas relativas à etnia e à população negra, publicadas pelo MEC, conforme texto abaixo. Ao trazer fotos de crianças brasileiras de regiões e grupos étnicos diferentes, é mobilizado o tema contemporâneo transversal Diversidade cultural. Tema contemporâneo transversal Texto complementar O IBGE adota, para fins estatísticos, o termo preto em vez de negro. Veja agora a colocação do MEC: […] Em primeiro lugar é im- portante esclarecer que ser ne- gro no Brasil não se limita às características físicas. Trata-se, também, de uma escolha políti- ca. Por isso, o é quem assim se define. Em segundo lugar, cabe lembrar que preto é um dos quesitos utilizados pelo IBGE para classificar, ao lado dos ou- tros – branco, pardo, indígena, amarelo – a “cor” da população brasileira. […] BRASIL. Ministério da Educação. Reso- lução n. 1, de 17 de junho de 2004. p. 6. Disponível em: https://19q6.short.gy/ geGKuT. Acesso em: 2 jun. 2021. Segundo o Censo Demográfico 2010, a população brasileira era composta da seguinte forma: 47,73% de brancos; 7,61% de pretos; 43,14% de pardos; 1,10% de amarelos; 0,42% de indígenas. (IBGE. Anuário estatís- tico do Brasil 2019. Rio de Janeiro: IBGE, 2019. v. 79. p. 2-32. Vale lembrar que: […] Pesquisadores de dife- rentes áreas, inclusive da edu- cação, para fins de seus estu- dos, agregam dados relativos a pretos e pardos sob a categoria negros, já que ambos reúnem, conforme alerta o Movimento Negro, aqueles que reconhecem sua ascendência africana. […] BRASIL. Ministério da Educação. Resolução n. 1, de 17 de junho de 2004. Disponível em: https://19q6. short.gy/geGKuT. Acesso em: 2 jun. 2021. O conteúdo sobre os principais grupos étnicos brasileiros mobilizam a habilidade EF05GE02. BNCC Orientações gerais 100 5ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 1005ApisGeog23At_088a135_U2_MPU.indd 100 15/08/21 10:2815/08/21 10:28 1. Com a orientação do professor, formem grupos e leiam em voz alta esta letra de canção. Não escreva no livro. lu s tr a C a rt o o n /A rq u iv o d a e d it o ra Inclassificáveis que preto, que branco, que índio o quê? que branco, que índio, que preto o quê? que índio, que preto, que branco o quê? […] aqui somos mestiços mulatos cafuzos pardos mamelucos sararás crilouros guaranisseis e judárabes orientupis orientupis ameriquítalos luso nipo caboclos orientupis orientupis iberibárbaros indo ciganagôs somos o que somos inclassificáveis […] ANTUNES, Arnaldo. Inclassificáveis. Intérprete: Ney Matogrosso. In: Inclassificáveis. [S.l.]: EMI, 2008. 1 CD. Faixa 13. ¥ Por que a letra da canção diz que somos “inclassificáveis”? Converse com os colegas e o professor. 2. Você sabe dizer de quais grupos étnicos é descendente? Anote no caderno. 3. Agora, com os colegas e o professor, monte uma lista com os grupos étnicos que formam as famílias dos estudantes da classe. a) Façam como na letra da canção e inventem palavras combinando a mistura dos nomes desses grupos. b) Procurem identificar, por meio de suas histórias familiares, os principais elemen- tos das distintas culturas formadoras do povo brasileiro. Porque a população brasileira é descendente de diversos povos, miscigenada, e, por isso, não pode ser classificada em um só grupo étnico. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. Resposta pessoal. Leia as orientações para a atividade neste Manual do Professor. 65 Orientações didáticas Com a letra da canção sobre a misci- genação do povo brasileiro é mobilizado o tema contemporâneo transversal Di- versidade cultural. Tema contemporâneo transversal Esta atividade sobre as diferenças étnico raciais mobiliza a habilidade EF05GE02 e a competência CECH1. BNCC Orientações gerais Atividade 1 Citando alguns grupos étnicos for- madores do povo brasileiro, a canção mescla as palavras criando palavras novas e brinca com elas, para ressaltar a diversidade étnica existente no Bra- sil. Exemplos: guaranisseis (guaranis e nisseis), orientupis (orientais e tupis), ameriquítalos (americanos e ítalos), ciganagôs (ciganos e nagôs). Verifique se os estudantes conhe- cem o significado de todos os termos que aparecem na letra da canção, como mestiço, judeu, árabe, ciga- no, oriental, guarani, entre outros, além dos prefixos luso, nipo, etc. Tra- balhe em conjunto com o compo- nente curricular Língua Portuguesa. Ressalte a importância do respeito a todas as pessoas, independente- mente de cor de pele, etnia, religião etc. Atividade 2 É possível trabalhar em conjunto com o componente curricular Histó- ria, pois os estudantes devem identi- ficar, em suas histórias familiares, elementos das distintas culturas for- madoras do povo brasileiro. Atividade 3 Para esta atividade, o estudante deve inves-