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Resumo Legislação Aduaneira - RFB PLATINUM - Parte 1 de 2

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RESUMO DE LEGISLAÇÃO ADUANEIRA PARA RECEITA FEDERAL 
 Parte 1 de 2 (aulas 00 até 04) 
 SUMÁRIO 
 00 - Jurisdição Aduaneira. 2 
 01 - Tributos Incidentes no Comércio Exterior. Imposto de Importação. 8 
 02 - Demais Tributos Incidentes no Comércio Exterior. 12 
 03 - Controle Aduaneiro. Procedimentos de Importação e Exportação. 15 
 04 - Regimes Aduaneiros Especiais e Aplicados em Áreas Especiais. 19 
 00 - J URISDIÇÃO A DUANEIRA . 
 1) No Brasil, as operações de comércio exterior estão submetidas a três espécies de controle: 
 [a]   administrativo , [b]  aduaneiro e [c] cambial . 
 2) Órgãos responsáveis por exercer os controles: SECEX , RFB e BACEN . 
 3) CONTROLE ADMINISTRATIVO: 
 3.1) Remete a realização de uma importação ou exportação que fica sujeita ao cumprimento de 
 regulamentações administrativas e exigências legais; 
 3.2) O controle administrativo, em regra, é prévio ao embarque da mercadoria no exterior ou para o 
 exterior; 
 3.3) Nas importações temos a Licenças de Importação (LI); e 
 3.4) Nas exportações temos as Licenças , Permissões , Certificados e Outros Documentos de 
 Exportação (LPCO). 
 4) CONTROLE ADUANEIRO: 
 4.1) O controle aduaneiro é atividade exercida, no Brasil, pela RFB , quem tem por objetivo fiscalizar 
 a entrada, saída e movimentação de bens e veículos no território aduaneiro, tutelando bens 
 jurídicos importantes para o Estado, como a segurança nacional e a saúde de pessoas e animais; 
 4.2) O controle aduaneiro é eminentemente extrafiscal ; 
 4.3) A RFB desempenha suas atividades de controle aduaneiro, essencialmente, na circulação 
 transfronteiriça de mercadorias e veículos. No entanto, o controle aduaneiro também poderá ser 
 exercido a posteriori; 
 4.4) Nas importações temos a Declaração de Importação (DI); e 
 4.5) Já nas exportações temos a Declaração Única de Exportação (DU-E). 
 5) CONTROLE CAMBIAL: 
 5.1) O pagamento internacional será viabilizado por meio de uma operação cambial; 
 5.2) Contrato de câmbio : documento que formaliza a compra e venda de moeda estrangeira; 
 5.3) No Brasil, o controle cambial compete ao BACEN. 
 6) O SISTEMA INTEGRADO DE COMÉRCIO EXTERIOR (SISCOMEX): 
 6.1) O SISCOMEX é o instrumento administrativo que integra as atividades de registro , 
 acompanhamento e controle das operações de comércio exterior; e 
 6.2) É um sistema totalmente informatizado que integra a ação de todos os órgãos 
 intervenientes no comércio exterior brasileiro, por meio de um fluxo único de informações. 
 7) A CRIAÇÃO DO PORTAL ÚNICO DE COMÉRCIO EXTERIOR (PUCOMEX): 
 7.1) O grande propósito do Portal é desburocratizar as operações de comércio exterior. 
 7.2) O Portal ainda está em fase de desenvolvimento . Porém os resultados já começam a aparecer 
 nos seguintes campos: 
 a) Processo de Exportação ; 
 b) Processo de Importação ; e 
 c) Anexação Eletrônica de documentos digitalizados . 
 8) A GESTÃO DO SISCOMEX 
 8.1) O SISCOMEX possui órgãos gestores e órgãos anuentes . 
 8.2) Os órgãos gestores do SISCOMEX são: a Secretaria de Comércio Exterior ( SECEX ) e a 
 Secretaria da Receita Federal do Brasil ( RFB ). A gestão do SISCOMEX está a cargo do Ministério 
 da Economia . 
 8.3) Por sua vez, os órgãos anuentes são aqueles que deliberam sobre as operações de comércio 
 (importações e exportações) na fase do controle administrativo . São eles: ANVISA, MAPA, 
 DECEX, MCT, INMETRO, DPF, DFPC, ANP, ANCINE, IBAMA, SUFRAMA, DNPM, ECT, CNEM 
 9. HABILITAÇÃO NO SISCOMEX: 
 9.1) Há 3 (três) modalidades de habilitação aplicáveis às pessoas jurídicas: expressa , ilimitada e 
 limitada . 
 9.2) A habilitação expressa é a que possui menor grau de exigências , sendo aplicável às 
 entidades que podem ser consideradas presumidamente idôneas. 
 9.3) As habilitações limitada e ilimitada são concedidas segundo a estimativa da capacidade 
 financeira da empresa. 
 9.4) Caso a capacidade financeira da empresa seja de realizar operações de importação em valor 
 inferior a US$ 150.000,00 em 6 meses consecutivos, será cabível a habilitação L IMITADA . 
 A habilitação limitada pode ser concedida em duas faixas: 
 a) Importadores com capacidade financeira para realizar operações cujo montante não ultrapassa 
 US$ 50.000,00 em seis meses consecutivos; 
 b) Importadores com capacidade financeira para realizar operações cujo montante não ultrapasse 
 US$ 150.000,00 em seis meses consecutivos. 
 9.5) Se a capacidade financeira da empresa comportar importações superiores a US$ 150.000,00 
 em 6 meses consecutivos, será devida a habilitação I LIMITADA , ou seja, modalidade que também 
 não sujeita o importador a limite de operações. 
 9.6) importadores habilitados na modalidade limitada ficam vinculados ao valor limite para 
 operações em seis meses consecutivos previsto para a faixa em que foram enquadrados. Se 
 ultrapassar: SISCOMEX impede o registro da DI que ocasionaria a violação. 
 10. LEGISLAÇÃO ADUANEIRA: 
 10.1) Conjunto de princípios e normas que disciplinam a intervenção governamental sobre o 
 comércio exterior . 
 10.2) A autonomia do direito aduaneiro é tese que se apoia: 
 a) na existência de princípios e institutos específicos ; 
 b) na existência de um complexo de relações jurídicas ; 
 c) no dinamismo das relações comerciais internacionais ; 
 d) na necessidade de controle governamental sobre o comércio exterior; 
 e) o direito aduaneiro vai muito além do viés tributário ; e 
 f) prevalência dos tratados internacionais . 
 10.3) Compete privativamente à União legislar sobre o comércio exterior. 
 10.4) Regulamento Aduaneiro é norma infralegal ( não é norma primária ). 
 11. TERRITÓRIO ADUANEIRO: 
 11.1) Jurisdição aduaneira é o poder que detém a autoridade aduaneira para submeter à sua 
 fiscalização e controle todas as operações de comércio exterior, ainda que APÓS a entrada dos 
 bens no país . 
 CF/88 . Art. 237 - A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos 
 interesses fazendários nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda* . (*Min. Economia) 
 11.2) A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro , que, por 
 sua vez, compreende todo o território nacional. 
 11.3) A zona primária compreende os locais por onde entram e saem as mercadorias, pessoas e 
 veículos do território nacional. Também são consideradas como zona primária, para fins de controle 
 aduaneiro, as zonas de processamento de exportações. 
 11.4) A zona secundária , por sua vez, compreende o restante do território nacional, inclusive o 
 espaço aéreo e as águas territoriais. 
 Atenção!! Para fins de controle aduaneiro as ZPE’s (Zonas de Processamento de Exportações) é 
 CONSIDERADA zona PRIMÁRIA . Apesar disso, INTEGRAM a zona SECUNDÁRIA . 
 11.5) Área de Controle Integrado: criadas para promover a facilitação de comércio entre países do 
 MERCOSUL . Há uma extensão do território aduaneiro. Divide-se em: Enclave e Exclave Aduaneiro. 
 12. ALFANDEGAMENTO / PORTOS, AEROPORTOS E PONTOS DE FRONTEIRA: 
 12.1) O controle da entrada de mercadorias, veículos e pessoas no território aduaneiro ocorrerá nos 
 portos , aeroportos e pontos de fronteira alfandegados . Esses locais são alfandegados por meio 
 de ato declaratório da autoridade aduaneira competente. 
 12.2) Somenteapós o alfandegamento torna-se possível a entrada de mercadorias, pessoas e 
 veículos por um porto, aeroporto ou ponto de fronteira. 
 12.3) Somente nos portos , aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poderá efetuar-se a 
 entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas. Há, entretanto, 
 duas exceções : 
 a) Importação e exportação de mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos 
 ligados ao exterior. 
 b) Outros casos estabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
 12.4) O alfandegamento poderá abranger a totalidade ou parte da área dos portos e aeroportos. 
 É competência da Receita Federal do Brasil definir requisitos técnicos e operacionais que deverão 
 ser observados pela administração do local ou recinto alfandegado. 
 12.5) Há recintos alfandegados na zona primária e na zona secundária . Também poderão ser 
 alfandegados, em zona primária, recintos destinados à instalação de lojas francas (os conhecidos 
 “free-shops”). Os recintos alfandegados instalados fora da zona primária de portos e aeroportos 
 alfandegados são os chamados portos secos. 
 13. ADMINISTRAÇÃO ADUANEIRA: 
 13.1) A administração aduaneira consiste nas atividades de fiscalização e controle sobre o 
 comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais. Estão sujeitas à 
 fiscalização tanto pessoas físicas quanto pessoas jurídicas 
 13.2) A fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta , em horários determinados , ou eventual , 
 nos portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados. 
 13.3) A precedência da autoridade aduaneira , que também se aplica nas zonas de vigilância 
 aduaneira, implica: 
 a) na obrigação, por parte das demais autoridades, de prestar auxílio imediato , sempre que 
 requisitado pela autoridade aduaneira; e 
 b) na competência da autoridade aduaneira, sem prejuízo das atribuições de outras autoridades, 
 para disciplinar a entrada, a permanência, a movimentação e a saída de pessoas, veículos, unidades 
 de carga e mercadorias. 
 13.4) O importador, o exportador ou o adquirente de mercadoria importada por sua conta e ordem 
 têm a obrigação de manter , em boa guarda e ordem, os documentos relativos às transações que 
 realizarem, pelo prazo decadencial . 
 13.5) A autoridade aduaneira terá livre acesso : i) a quaisquer dependências do porto e às 
 embarcações, atracadas ou não; e ii) aos locais onde se encontrem mercadorias procedentes do 
 exterior ou a ele destinadas. 
 13.6) No caso de incêndio , furto , roubo , extravio ou qualquer outro sinistro que provoque a 
 perda ou deterioração dos documentos em questão, deverá ser feita comunicação por escrito à 
 Receita Federal dentro de 48 horas do ocorrido. 
 14. CONTROLE ADUANEIRO DE VEÍCULOS: 
 14.1) A entrada ou saída de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados somente 
 poderá ocorrer em porto , aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado . 
 * Somente em casos excepcionais e justificados , o titular da unidade aduaneira poderá autorizar 
 a entrada ou saída de veículos em ponto não - alfandegado . 
 14.2) Sempre que um veículo entra ou sai do território aduaneiro, o transportador deverá prestar 
 informações à Receita Federal do Brasil (RFB) sobre as cargas transportadas , assim como sobre 
 sua chegada ou saída para o exterior. 
 14.3) O manifesto de carga : é um documento no qual estão consolidados vários conhecimentos de 
 carga. Cada trajeto corresponde a um manifesto de carga. 
 14.4) O controle de cargas aéreas é realizado pelo MANTRA (Sistema Integrado de Gerência do 
 Manifesto, do Trânsito e do Armazenamento). Já o controle de cargas em portos é realizado por 
 meio do SISCOMEX Carga . 
 Realize as questões propostas para esse assunto clicando no link abaixo: 
 http://questo.es/jsxdpo 
http://questo.es/jsxdpo
 01 - T RIBUTOS I NCIDENTES NO C OMÉRCIO E XTERIOR . I MPOSTO DE I MPORTAÇÃO . 
 TRIBUTAÇÃO SOBRE O COMÉRCIO EXTERIOR 
 1) Tributos incidentes sobre o comércio exterior: 
 a) Imposto de Importação ( I.I ) 
 b) Imposto de Exportação ( I.E ) 
 c) Imposto sobre Produtos Industrializados ( IPI ) 
 d) ICMS 
 e) PIS/PASEP -Importação 
 f) COFINS -Importação 
 g) Taxa de utilização do SISCOMEX e Taxa de Utilização do Mercante 
 h) Contribuições de intervenção no domínio econômico ( CIDE )* e Adicional ao Frete para 
 Renovação da Marinha Mercante ( AFRMM )*. *A depender da operação. 
 2) Imunidades na EXPORTAÇÃO : 
 a) Imunidade do ICMS 
 b) Imunidade do IPI 
 c) Imunidade das contribuições sociais e CIDE. 
 3) Produtos, Bens e Mercadorias: 
 a) Bens: coisas, corpóreas e incorpóreas, possuidoras de utilidade econômica e que representam 
 riqueza incorporada ao patrimônio e passível de avaliação pecuniária (avaliação em dinheiro). 
 b) Produto: toda e qualquer coisa ou utilidade que foi extraída de outra. 
 c) Mercadorias: coisas que servem como objeto de operações comerciais. Todo bem suscetível de 
 um destino aduaneiro. 
 4) Produtos Estrangeiros, Nacionais, Nacionalizados E Desnacionalizados 
 a) Produtos Nacionais: fabricados no Brasil ou que sofreram uma transformação substancial em 
 território nacional. 
 b) Produtos Estrangeiros: originários do exterior. 
 c) Produtos Nacionalizados: produto estrangeiro que é importado com ânimo de definitividade. 
 d) Produtos Desnacionalizados: produto nacional ou nacionalizado exportado com ânimo de 
 definitividade. 
 IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO 
 1) O imposto de importação é um tributo de caráter eminentemente extrafiscal , isto é, visa permitir 
 que o governo exerça a função de regulação econômica por meio do controle das importações. 
 2) A CF/88 estabelece que o imposto de importação não obedece ao princípio da legalidade 
 quanto à alteração de alíquotas. Atualmente, a alteração das alíquotas do imposto de importação 
 compete à CAMEX (Câmara de Comércio Exterior), que o faz mediante Resolução . 
 3) Cabe destacar, todavia, que a alteração das alíquotas do imposto de importação deve observar 
 os compromissos internacionais assumidos pela República Federativa do Brasil, sob pena de 
 responsabilidade internacional. Nesse sentido, há limites tarifários máximos . 
 4) Também representa uma exceção aos princípios da anterioridade e da noventena . 
 5) Em regra , o imposto de importação é objeto de lançamento por homologação . 
 6) Base de cálculo: 
 a) Se a alíquota do imposto for ad valorem , a base de cálculo do I.I será o valor aduaneiro ; e 
 b) Se a alíquota do imposto for específica , a base de cálculo será a quantidade de mercadoria 
 expressa na unidade de medida estabelecida. 
 7) O imposto de importação é, em regra , pago na data do registro da Declaração de Importação 
 (DI). O depósito para garantia de qualquer natureza será feito na Caixa Econômica Federal (CEF), 
 na forma da legislação específica. 
 8) O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria estrangeira no 
 território aduaneiro . 
 9) Segundo entendimento do STJ , embora o fato gerador do imposto de importação ocorra com a 
 entrada da mercadoria estrangeira no território nacional, este apenas se aperfeiçoa com o 
 registro da Declaração de Importação no regime comum .10) Momentos de ocorrência do fato gerador: 
 a) Na data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para 
 consumo . 
 b) no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de: 
 b.i) bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao regime de importação comum; 
 b.ii) bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada; 
 b.iii) mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo 
 extravio tenha sido verificado pela autoridade aduaneira; ou 
 b.iv) mercadoria estrangeira que não haja sido objeto de declaração de importação, na hipótese em 
 que tenha sido consumida ou revendida, ou não seja localizada; 
 c) na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado, se 
 iniciado o respectivo despacho aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento da mercadoria; e 
 d) na data do registro da declaração de admissão temporária para utilização econômica. 
 11) A isenção será concedida aos seguintes bens integrantes de bagagem acompanhada: 
 a) livros , folhetos e periódicos; 
 b) bens de uso ou consumo pessoal (abrangem uma máquina fotográfica, um relógio de pulso e 
 um telefone celular, desde que em compatibilidade com as circunstâncias da viagem) 
 c) outros bens, observado o limite de: 
 c.i) US$ 1.000,00 , quando o viajante ingressar no país por via aérea ou marítima ; ou 
 c.ii) US$ 500,00 , quando o viajante ingressar no país por via terrestre, fluvial ou lacustre. 
 * Há ainda limites quantitativos para a isenção, como, por exemplo, para bebidas alcoólicas (12 
 litros), cigarros (10 maços), charutos ou cigarrilhas (25 unidades) e fumo (250 gramas) 
 12) Duas hipóteses em que não ocorre o fato gerador do imposto de importação: 
 a) Retorno ao país de mercadoria que tenha sido exportada temporariamente ( reimportação ); e 
 b) pescado capturado fora das águas territoriais brasileiras , por empresa localizada no seu 
 território, desde que observadas as normas da atividade pesqueira. 
 13) Mercadoria estrangeira não é apenas a mercadoria produzida no exterior . Também é 
 considerada estrangeira a mercadoria nacional ou nacionalizada que foi exportada para o exterior. 
 Assim, incidirá o imposto de importação sobre o retorno de mercadoria nacional ou nacionalizada 
 anteriormente exportada, em regra. 
 14) Situações em que uma mercadoria foi exportada, mas, em seu retorno, não é considerada 
 estrangeira: 
 a) Mercadoria enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado; 
 b) Mercadoria devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para substituição ; 
 c) Mercadoria que retorne por motivo de modificações na sistemática de importação por parte 
 do país importador; 
 d) Mercadoria que retorne por motivo de guerra ou de calamidade pública; e 
 e) Mercadoria que retorne por outros fatores alheios à vontade do exportador. 
 15) Não incide o imposto de importação: 
 a) Mercadoria estrangeira chega ao Brasil por erro inequívoco ou comprovado de expedição ; 
 b) Por motivo de substituição de mercadorias ; 
 c) Devido a aplicação de perdimento em virtude de uma mercadoria ter entrado irregularmente 
 no país, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido consumida ou revendida ; 
 d) Mercadoria que é devolvida ao exterior antes de registrada a DI ; 
 e) Retorno de embarcações ao registro brasileiro; 
 f) Mercadoria é destruída sob controle aduaneiro, sem ônus para a Fazenda Nacional, antes de 
 desembaraçada; e 
 g)  Destruição acidental de mercadoria submetida ao regime de trânsito aduaneiro de passagem. 
 16) Sujeito passivo: 
 17) Mercadoria não-identificada é aquela que foi extraviada ou consumida e que, adicionalmente, 
 tinha descrição genérica nos documentos comerciais e de transportes disponíveis. Nesses casos terá 
 a tributação será dada pela aplicação da alíquota única de 80% relativa ao I.I, IPI, 
 PIS/PASEP-Importação, COFINS-Importação e AFRMM. A base de cálculo será arbitrada. 
 18) Regime de Tributação Simplificada (RTS) é o regime de tributação que permite a classificação 
 genérica, para fins de despacho de importação, de bens integrantes de remessa postal 
 internacional. 
 19) Regime de Tributação Especial é o que permite o despacho de bens integrantes de bagagem 
 mediante a exigência tão somente do imposto de importação, calculado pela aplicação da alíquota 
 de 50% sobre o valor do bem. 
 20) Regime de Tributação Unificada foi instituído com o objetivo de racionalizar o comércio por 
 via terrestre na fronteira Foz do Iguaçu / Ciudad Del Este, simplificando a tributação e o controle 
 aduaneiro e incentivando o fluxo lícito de mercadorias na região fronteiriça. 
 21) A norma que concede isenção do imposto de importação não é o Regulamento Aduaneiro. A 
 isenção ou a redução do imposto somente será reconhecida quando decorrente de lei ou de ato 
 internacional . 
 22) Há 2 tipos de isenção do Imp. Importação: i) isenções subjetivas e; ii)   isenções objetivas . 
 23) Exame de similaridade: tem como objetivo conferir proteção à indústria nacional diante de 
 importações desoneradas. Competência da SECEX . Deve considerar: preço , prazo e qualidade . 
 24) Restituição do I.I. pode ser: de ofício ; a requerimento ; ou por compensação . 
 Realize as questões propostas para esse assunto clicando no link abaixo: 
 http://questo.es/zbc382 
http://questo.es/zbc382
 02 - D EMAIS T RIBUTOS I NCIDENTES NO C OMÉRCIO E XTERIOR . 
 IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO (IE): 
 1) O imposto de exportação tem finalidade eminentemente extrafiscal . 
 2) O imposto de exportação não obedece ao princípio da legalidade quanto à alteração de 
 alíquotas. Atualmente, é a CAMEX quem define as alíquotas do imposto de exportação. 
 3) A CAMEX é responsável por relacionar as mercadorias sujeitas ao imposto de exportação . 
 Isso nos permite afirmar que o imposto de exportação é excepcional , pois somente os produtos 
 relacionados pela CAMEX estarão a ele sujeitos. 
 4) A alíquota do imposto de exportação será de 30% , podendo ser aumentada ou reduzida pelo 
 Poder Executivo. Entretanto, na hipótese de elevação da alíquota, essa não poderá ultrapassar 
 150% (alíquota máxima do imposto de exportação). 
 5) O imposto de exportação também excepciona os princípios da anterioridade e da 
 noventena . 
 6) O lançamento do I.E. é, em regra, por homologação . 
 7) O fato gerador é a saída da mercadoria do território nacional . Considera-se ocorrido o fato 
 gerador na data do registro de exportação (DU-E) no SISCOMEX. 
 8) A base de cálculo do I.E é o preço norma l que a mercadoria, ou sua similar, alcançaria, ao 
 tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional. 
 9) Art. 216. O pagamento do imposto será realizado na forma e no prazo fixados pelo Ministro de 
 Estado da Fazenda, que poderá determinar sua exigibilidade antes da efetiva saída do território 
 aduaneiro da mercadoria a ser exportada 
 IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI): 
 1) O imposto sobre produtos industrializados (IPI) tem natureza predominantemente extrafiscal . 
 2) O IPI não obedece ao princípio da legalidade quanto à alteração de alíquotas e ao princípio 
 da anterioridade . Todavia, obedece ao princípio da anterioridadenonagesimal (noventena). 
 3) O fato gerador do imposto sobre produtos industrializados, na importação, é o desembaraço 
 aduaneiro de produto de procedência estrangeira . O recolhimento tributário é feito no 
 momento do registro da Declaração Única de Importação (DI), em regra. Há casos de 
 recolhimento antes da ocorrência do fato gerador. 
 4) A base de cálculo do IPI, na importação, é o valor aduaneiro acrescido do montante referente 
 ao imposto de importação e aos encargos cambiais. O cálculo do imposto se faz mediante 
 aplicação das alíquotas constantes da TIPI (Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos 
 Industrializados). 
 PIS/PASEP- IMPORTAÇÃO E COFINS- IMPORTAÇÃO: 
 1) O fato gerador das contribuições para o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação é a 
 entrada de bens estrangeiros no território aduaneiro. 
 2) A base de cálculo do PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação é o valor aduaneiro . 
 3) Em regra, as alíquotas previstas em lei para o cálculo das contribuições para o 
 PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação são, respectivamente, 2,1% e 9,65% . 
 4) Contribuinte : o importador; destinatário de remessa postal; e o adquirente de mercadoria 
 entrepostada. 
 5) Responsáveis solidários : o depositário; o transportador; o representante, no País, do 
 transportador estrangeiro; expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer 
 subcontratado para a realização do transporte multimodal; e o adquirente de bens estrangeiros. 
 CIDE-COMBUSTÍVEIS: 
 1) A CIDE-Combustíveis é uma contribuição de intervenção no domínio econômico, de 
 competência da União . 
 2) A alíquota da contribuição poderá ser: 
 i) diferenciada por produto ou uso; e 
 ii) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, sem obedecer ao princípio da 
 anterioridade. 
 3) Os recursos da CIDE-Combustíveis serão destinados: 
 i) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus 
 derivados e derivados de petróleo; 
 ii) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; 
 iii) ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes. 
 4) A CIDE-Combustíveis incide sobre a importação e comercialização de petróleo e seus 
 derivados , gás natural e seus derivados e álcool etílico combustível . 
 5) O pagamento será efetuado na data do registro da Declaração de Importação (DI). 
 6) Sujeito Passivo : na importação, o importador dos combustíveis relacionados no RA. No mercado 
 interno, o produtor e o formulador dos combustíveis. 
 TAXA SISCOMEX: 
 1) Cobrada pela utilização do SISCOMEX para o registro de operações de importação . É devido 
 no momento em que é efetuado o registro de uma DI . 
 2) Não incide sobre a utilização do sistema para registro de exportações . 
 3) Atualmente, o valor da taxa é de R$ 115,67 por DI e R$ 38,56 para cada adição de mercadoria. 
 4) O produto da arrecadação da Taxa SISCOMEX fica vinculado ao FUNDAF (Fundo Especial de 
 Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização). 
 INCENTIVOS FISCAIS À EXPORTAÇÃO: 
 1) Imunidade do ICMS na exportação E manutenção e aproveitamento do montante do imposto 
 cobrado nas operações e prestações anteriores. 
 2) Imunidade do IPI na exportação E manutenção e utilização do crédito do IPI relativo aos 
 insumos empregados na industrialização de produtos exportados. 
 3) Imunidade das contribuições sociais E CIDE sobre receitas decorrentes de exportação. 
 4) Não incidência de PIS/PASEP e COFINS nos créditos de ICMS cedidos a terceiros. 
 5) Não incidência de PIS/PASEP e COFINS sobre as variações cambiais ativas. 
 6) Crédito presumido de IPI a título de ressarcimento das contribuições para o PIS/PASEP e 
 COFINS. 
 7) Drawback: regime aduaneiro especial que consiste na desoneração de insumos importados (I.I.) 
 que serão usados na produção de mercadorias exportadas ou a exportar. 
 8) Empresas Comerciais Exportadoras: farão jus, no momento da venda, aos benefícios fiscais à 
 exportação. 
 9) Exportação Ficta: consiste em operação comercial em que a mercadoria é considerada 
 exportada, para todos os efeitos fiscais e cambiais, sem que tenha saído do território aduaneiro. 
 10) SIMPLES Nacional: 
 a) Na importação , os tributos são cobrados normalmente (exceto AFRMM e CIDE-combustíveis). 
 b) Na exportação , as receitas são segregadas para fins de redução do montante a ser recolhido . O 
 Imposto de Exportação incidirá normalmente. 
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 03 - C ONTROLE A DUANEIRO . P ROCEDIMENTOS DE I MPORTAÇÃO E E XPORTAÇÃO . 
 CONTROLE ADUANEIRO 
 1) O controle aduaneiro é competência da Secretaria da Receita Federal do Brasil . 
 2) O controle aduaneiro não tem finalidade arrecadatória, mas sim extrafiscal . 
 3) RFB desempenha suas atividades de controle aduaneiro, essencialmente, na circulação 
 transfronteiriça de mercadorias e veículos. No entanto, o controle aduaneiro também poderá ser 
 exercido a posteriori . 
 PROCEDIMENTOS GERAIS DE IMPORTAÇÃO 
 1) Despacho de importação é o procedimento fiscal mediante o qual é verificada a exatidão dos 
 dados declarados pelo importador em relação à mercadoria importada, aos documentos 
 apresentados e à legislação específica. 
 2) Toda mercadoria procedente do exterior , importada a título definitivo ou não, sujeita ou não 
 ao pagamento do imposto de importação, deverá ser submetida a despacho de importação, que 
 será realizado com base em declaração apresentada à unidade aduaneira sob cujo controle estiver a 
 mercadoria. 
 3) Também se submetem ao despacho aduaneiro de importação: 
 a) as mercadorias que, após terem sido submetidas a despacho aduaneiro de exportação, retornem 
 ao país . 
 b) as mercadorias que, após terem sido submetidas a despacho aduaneiro de exportação, 
 permaneçam no País . 
 c) mercadorias de origem estrangeira que ingressaram no país e que, posteriormente, são 
 transferidas para outro regime aduaneiro especial ou mesmo nacionalizadas (despachadas para 
 consumo). 
 Exceção: a entrada no país de mala diplomática está dispensada de despacho de importação. 
 4) Há três tipos de despacho aduaneiro: 
 a) Despacho para consumo: é aplicável às mercadorias nacionalizadas , isto é, importadas a 
 título definitivo. Também se submetem a despacho para consumo: 
 i) as mercadorias importadas ao amparo do regime aduaneiro especial de drawback; 
 ii) mercadorias que ingressem na ZFM, Amazônia Ocidental, Áreas de Livre Comércio e Zonas de 
 Processamento de Exportação sem o benefício de isenção tributária; 
 iii) as mercadorias que, após terem sido submetidas a despacho aduaneiro de exportação, 
 permaneçam no País; e 
 iv) mercadorias admitidas em regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais que 
 venham a ser nacionalizadas. 
 b) Despacho para admissão: é aplicável às mercadorias importadas ao amparo de regimes 
 aduaneiros especiais e regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais. 
 c) Despacho para internação: é aplicável às mercadorias que saem da Zona Franca de Manaus 
 ou Áreas de Livre Comércio com destino ao restante do território nacional. 
 5) Fases do despacho aduaneiro de importação: 
 a) Registroda DI: a Declaração de Importação (DI) consiste em documento por meio do qual o 
 importador presta informações à autoridade aduaneira, dando início ao despacho aduaneiro de 
 importação. 
 b) Seleção para Conferência Aduaneira: após o registro da DI, submete-se a uma análise fiscal e, 
 com base em critérios parametrizados no SISCOMEX, é direcionada para 1 (um) entre 4 (quatro) 
 canais disponíveis : 
 i) Canal Verde: desembaraço automático, sem exame documental ou físico ; 
 ii) Canal Amarelo: a autoridade aduaneira realizará apenas o exame documental da importação. 
 iii) Canal Vermelho: a autoridade realizará exame documental e a verificação física da mercadoria. 
 iv) Canal Cinza: a autoridade aduaneira irá submeter a mercadoria a procedimento de valoração 
 aduaneira, além de realizar o exame documental e a verificação física. 
 c) Conferência Aduaneira: tem por finalidade identificar o importador, verificar a mercadoria e a 
 correção das informações relativas a sua natureza, classificação fiscal, quantificação e valor, e 
 confirmar o cumprimento de todas as obrigações, fiscais e outras, exigíveis em razão da importação. 
 d) Desembaraço Aduaneiro: é o ato final do despacho aduaneiro de importação, por meio do 
 qual é registrada a conclusão da conferência aduaneira. 
 6) A autoridade aduaneira poderá cancelar declaração de importação já registrada . O cancelamento 
 de DI depende de requerimento fundamentado do importador e de autorização do chefe do setor 
 responsável pelo despacho aduaneiro. Não será autorizado o cancelamento quando: i) indícios de 
 infração aduaneira; ii) se tratar de mercadoria objeto de pena de perdimento. 
 7) Fluxograma do despacho de importação ( site RFB ): 
 PROCEDIMENTOS GERAIS DE EXPORTAÇÃO 
 1) Despacho de exportação é o procedimento fiscal mediante o qual é verificada a exatidão 
 dos dados declarados pelo exportador em relação à mercadoria, aos documentos apresentados e à 
 legislação específica, com vistas a seu desembaraço aduaneiro e a sua saída para o exterior. 
 2) Fases do Despacho Aduaneiro de Exportação: 
 a) Registro da Declaração Única de Exportação (DU-E): a DU-E é um documento eletrônico que 
 contém informações de natureza aduaneira, administrativa, comercial, financeira, tributária, fiscal e 
 logística, que caracterizam a operação de exportação dos bens por ela amparados e definem o 
 enquadramento dessa operação. 
 A DU-E terá como base a nota fiscal que ampara a operação de exportação, exceto quando for 
 dispensada a emissão desse documento pela legislação. A DU-E poderá ser instruída com uma ou 
 mais notas fiscais . 
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/aduana-e-comercio-exterior/manuais/despacho-de-importacao/topicos-1/despacho-de-importacao/etapas-do-despacho-aduaneiro-de-importacao
 b) Apresentação da Carga para Despacho: o registro da DU-E implicará sua vinculação aos bens 
 nela indicados e a uma Referência Única de Carga (RUC). 
 c) Parametrização da DU-E: a Declaração Única de Exportação (DU-E) pode ser direcionada para 
 três canais de conferência diferentes: 
 i) Canal Verde: desembaraço de exportação é automático, sem exame físico ou documental ; 
 ii) Canal Laranja: será realizado o exame documental ; e 
 iii) Canal Vermelho: será realizado o exame documental e a verificação física da mercadoria. 
 Atenção!! A autoridade aduaneira poderá agravar o nível da conferência aduaneira. 
 d) Conferência aduaneira: tem por finalidade identificar o exportador, verificar a mercadoria e a 
 correção das informações relativas a sua natureza, classificação fiscal, quantificação e preço, e 
 confirmar o cumprimento de todas as obrigações, fiscais e outras, exigíveis em razão da exportação. 
 d) Desembaraço e Averbação: é o ato pelo qual é registrada a conclusão da conferência aduaneira 
 e autorizado o embarque ou a transposição de fronteira da mercadoria. 
 3) Despacho Fracionado: é quando o exportador vai, aos poucos, apresentando as mercadorias à 
 autoridade aduaneira. 
 Haverá uma única DU-E que ampara todos os lotes . Cada embarque deverá corresponder a um 
 registro específico no módulo CCT. 
 4) Situações Especiais de Despacho: despacho com embarque antecipado ; despacho posterior à 
 saída dos bens para o exterior ; e exportação de produtos que devam permanecer no País . 
 5) Cancelamento de Declaração de Exportação: a autoridade aduaneira poderá cancelar 
 declaração de exportação já registrada, de ofício ou a pedido do exportador. 
 O cancelamento automático ocorrerá quando decorrer o prazo de 15 dias do registro da DU-E sem 
 que a correspondente apresentação de carga para despacho seja registrada. 
 REVISÃO ADUANEIRA 
 1) A revisão aduaneira deve estar concluída no prazo de 5 anos da data do registro da DI ou DU-E . 
 2) A exigência de diferença de tributo deve ser feita em 5 anos da data do pagamento efetuado . 
 3) Prazo para impor penalidades é de 5 anos da data da infração . 
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 04 - R EGIMES A DUANEIROS E SPECIAIS E A PLICADOS EM Á REAS E SPECIAIS . 
 ASPECTOS COMUNS AOS REGIMES ADUANEIROS ESPECIAIS 
 1) Quando uma mercadoria entra no país, ela pode se submeter a três tipos de regimes 
 aduaneiros : o regime comum , regimes aduaneiros especiais ou regimes aduaneiros aplicados em 
 áreas especiais. 
 2) Não confundir regime aduaneiro com modalidades de despacho aduaneiro, que podem ser: 
 i) despacho para consumo ; ii) despacho para admissão e; iii) despacho para internação . 
 3) Regras gerais aplicáveis a todos os regimes aduaneiros especiais: 
 a) A regra geral é que as obrigações fiscais poderão ficar suspensas por até 1 (um) ano . Pode 
 prorrogar, mas o prazo não pode ultrapassar 5 (cinco) anos . 
 b) Quando um bem é admitido em um regime aduaneiro especial, ocorre o fato gerador dos 
 tributos e há incidência tributária. No entanto, a exigibilidade do crédito tributário fica suspensa . 
 Caso o beneficiário do regime descumpra um regime aduaneiro especial, ele ficará sujeito ao 
 pagamento dos tributos incidentes, acrescidos de juros de mora e de multa (de mora ou de ofício). 
 c) As obrigações fiscais suspensas ficam constituídas em um Termo de Responsabilidade . A 
 autoridade aduaneira poderá exigir, além da constituição do Termo de Responsabilidade, que o 
 beneficiário do regime aduaneiro especial preste uma garantia real ou pessoal . Tal garantia poderá 
 ser prestada na forma de depósito, fiança idônea ou seguro aduaneiro em favor da União . 
 d) Poderá ser autorizada a transferência de mercadoria admitida em um regime aduaneiro especial 
 ou aplicado em área especial para outro . 
 Em regra , a transferência só é permitida no caso de operações de importação realizadas a título não 
 definitivo e sem cobertura cambial. 
 A transferência de mercadoria de um regime para outro ocorrerá em relação à totalidade ou parte 
 da mercadoria e com ou sem mudança de beneficiário . 
 TRÂNSITO ADUANEIRO 
 1) Trânsito aduaneiro é o regime aduaneiro especial que permite o transporte de mercadoria, sob 
 controle aduaneiro, de um ponto a outro do território nacional , com suspensão do pagamento de 
 tributos. 
 2) Os beneficiários do regime aduaneiro especial de trânsito aduaneirosão: 
 a) no trânsito de importação: o importador 
 b) no trânsito de exportação: o exportador 
 c) no trânsito interno: o depositante 
 d) no trânsito internacional: o representante, no País, de exportador estrangeiro ou importador 
 estrangeiro domiciliado no exterior. 
 e) em qualquer caso: i) o depositário de recinto alfandegado (exceto no trânsito internacional); ii) o 
 operador de transporte multimodal (OTM), iii) o transportador e; iv) o agente credenciado a efetuar 
 operações de unitização ou desunitização de cargas em recintos alfandegados. 
 3) Autorização para o transporte: a habilitação das empresas transportadoras será feita 
 previamente ao transporte de mercadorias em regime de trânsito aduaneiro e será outorgada, em 
 caráter precário, pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Algumas pessoas jurídicas não 
 necessitam de habilitação prévia para operar o regime de trânsito aduaneiro, por serem 
 consideradas idôneas por natureza . 
 4) O registro da declaração para trânsito aduaneiro no SISCOMEX caracteriza o início do despacho 
 de trânsito aduaneiro . 
 5) Uma vez registrada a declaração para trânsito aduaneiro, ela será direcionada para o canal verde 
 (desembaraço automático) ou para o canal vermelho (exame documental e conferência física). 
 6) O ato final do despacho para trânsito é o desembaraço . Nesse momento, em que se encerra o 
 despacho para trânsito, tem início o regime de trânsito aduaneiro . 
 7) Quando o transportador não apresentar a mercadoria no local de destino, na forma e no prazo 
 previsto , ele ficará sujeito ao cumprimento das obrigações assumidas no Termo de 
 Responsabilidade, sem prejuízo das penalidades cabíveis. 
 8) Se ocorrer interrupção do trânsito aduaneiro, o transportador deverá imediatamente comunicar o 
 fato à unidade aduaneira que jurisdiciona o local onde se encontra o veículo. Se estiver tudo certo, 
 o trânsito aduaneiro será concluído e será dada baixa no Termo de Responsabilidade junto à 
 unidade de origem. 
 9) Extravio de mercadoria : a autoridade aduaneira deverá proceder a lançamento de ofício , 
 exigindo do responsável os tributos e direitos (inclusive multas). 
 Avaria : haverá uma redução do valor aduaneiro , proporcionalmente ao prejuízo. 
 ADMISSÃO TEMPORÁRIA 
 1) O art. 353 do R/A define o regime de admissão temporária como sendo o regime aduaneiro 
 especial que permite a importação de bens que devam permanecer no País durante prazo fixado , 
 com suspensão total do pagamento de tributos , ou com suspensão parcial , no caso de utilização 
 econômica . 
 2) Quando um bem é admitido temporariamente no País, não podemos dizer que ocorreu sua 
 nacionalização, pois sua entrada não possui ânimo de definitividade . 
 3) Para a concessão do regime de admissão temporária para utilização econômica, deverá ser 
 observado, ainda, que o tratamento administrativo será o mesmo aplicado a uma importação 
 definitiva . 
 4) Na fixação do prazo de vigência do regime, a autoridade aduaneira deverá levar em 
 consideração o provável período de permanência dos bens no País. 
 5) O prazo do regime deve ser fixado, a princípio, em até um ano . Esse prazo fica, no entanto, 
 sujeito a prorrogação , desde que seja observado o l imite máximo de cinco anos . 
 6) O prazo máximo para a concessão do regime de admissão temporária para utilização econômica 
 será de 100 meses . 
 7) Na nacionalização de bens admitidos no regime de admissão temporária haverá recolhimento 
 dos tributos que estavam suspensos . 
 8) O descumprimento do regime de admissão temporária tem como consequência a imposição de 
 multa de 10% do valor aduaneiro . 
 ADMISSÃO TEMPORÁRIA PARA APERFEIÇOAMENTO ATIVO 
 1) Segundo o art. 380, § 1º, do R/A, operações de aperfeiçoamento ativo são : i) operações de 
 industrialização relativas ao beneficiamento , à montagem , à renovação/recondicionamento ou ao 
 acondicionamento/reacondicionamento aplicadas ao próprio bem e; ii) o conserto, o reparo, ou a 
 restauração de bens estrangeiros , que devam retornar, modificados, ao país de origem . 
 2) O regime de admissão temporária para aperfeiçoamento ativo engloba todos os tipos de 
 operação de industrialização, exceto a transformação . 
 3) O regime de admissão temporária para aperfeiçoamento ativo é regulado pelas normas gerais 
 aplicáveis à admissão temporária, naquilo que couber. 
 DRAWBACK 
 1) A lógica do drawback está centrada na desoneração tributária aos insumos que compõem o 
 processo produtivo de produtos exportados. As importações efetuadas ao amparo de drawback 
 estão dispensadas do exame de similaridade . 
 2) O drawback se aplica em três modalidades diferentes : suspensão , isenção e restituição . 
 3) A competência para conceder o drawback nas modalidades de suspensão e isenção é da 
 Secretaria de Comércio Exterior (SECEX ). Já a competência para conceder o drawback na 
 modalidade restituição é da Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB) . 
 4) Atualmente, por meio do drawback, tanto os insumos importados quanto os insumos adquiridos 
 no mercado interno passaram a ser desonerados dos tributos federais incidentes, desde que haja 
 emprego ou consumo no processo produtivo de um produto exportado ou a exportar. 
 5) Regimes atípicos de drawback: i) o drawback para industrialização de embarcações e; ii) o 
 drawback para fornecimento no mercado interno em decorrência de licitações. 
 6) O prazo de vigência do regime será de 1 (um) ano , admitida uma única prorrogação, por igual 
 período . No caso de mercadorias destinadas à produção de bens de longo ciclo de fabricação , a 
 suspensão dos tributos poderá ser estendida até no máximo 5 (cinco) anos. 
 7) O ICMS incide sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior , por pessoa física 
 ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade. 
 8) Segundo o Convênio ICMS nº 27/90, são isentas do ICMS as operações de importação realizadas 
 sob o regime de drawback , em que a mercadoria seja empregada ou consumida no processo de 
 industrialização de produto a ser exportado. No que diz respeito às compras no mercado interno 
 realizadas ao amparo do drawback suspensão, estas ainda não foram desoneradas do ICMS . 
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 Resumo elaborado com base no curso “Receita Federal Legislação Aduaneira - 2022 (Pós-Edital) - Profº Felipe Luccas” 
 https://www.estrategiaconcursos.com.br/assinaturas-platinum 
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