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Gestão de Custos Logísticos: Composição e Avaliação de Estoques

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26/02/2023 15:13 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/33
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO DE CUSTOS LOGÍSTICOS
AULA 3
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Ivanildo Viana Moura
26/02/2023 15:13 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/33
CONVERSA INICIAL
Nesta aula, vamos tratar dos seguintes tópicos sobre a Gestão de Custos Logísticos:
Composição dos Custos dos Materiais;
Sistema de Inventário Permanente;
Critérios de Avaliação de Estoques – Custo Médio;
Critérios de Avaliação de Estoques – PEPS;
Critérios de Avaliação de Estoques – UEPS.
Aproveite a leitura e pratique os conhecimentos adquiridos resolvendo os
exercícios ao final desta aula.
CONTEXTUALIZANDO
Para a realização de suas atividades, as empresas estão sempre adquirindo algum tipo de
material. Esses materiais podem ser matéria-prima e demais materiais diretos (ramo industrial),
mercadorias para revenda (ramo comercial) ou materiais para a execução de algum serviço (ramo de
prestação de serviços). Essa aquisição se dá constantemente, pois independentemente do ramo de
atividade, os materiais são essenciais para essas empresas.
No entanto, devemos considerar que nem todos os gastos incorridos pela empresa na aquisição
dos materiais poderão ser apropriados ao item que está sendo ativado, ou seja, nem todo gasto
incorrido será classificado como custo, conforme legislação vigente. Outro ponto a ser considerado é
que existe uma tendência natural de aumento dos preços. Diante disso, os custos incorridos na
aquisição de materiais pode variar entre uma e outra compra, o que pode dificultar o controle
quando da realização do inventário.
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Nesse contexto, o objetivo desta aula é proporcionar o conhecimento acerca dos itens que
compõem os custos dos materiais, bem como o entendimento acerca dos critérios de avaliação de
estoques. Assim, serão apresentados alguns custos de aquisição de materiais, bem como a forma
correta de apurar os custos quando existe variação de valores de entradas.
TEMA 1 – COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DOS MATERIAIS
O processo de fabricação dos bens produzidos por uma indústria implica transformação de
materiais que são adquiridos de fornecedores externos e processados pela fábrica. “O processamento
se dá pela manipulação dos materiais utilizando mão de obra, instalações e equipamentos,
consumindo outros recursos necessários à produção e ao seu controle” (Padoveze, 2010, p. 322).
Alguns exemplos de materiais utilizados no processo de produção e que são apropriados aos
produtos ou serviços são: matérias-primas (MP), os componentes adquiridos prontos e as
embalagens (Martins, 2019). Em princípio, por não serem consumidos de imediato, os materiais
devem ser contabilizados diretamente nos estoques de materiais (Padoveze, 2010). Isso significa que
os materiais são ativados até que chegue o momento de serem consumidos nos processos.
Figura 1 – Identificação dos estoques de materiais no balanço patrimonial
Fonte: Moura, 2021.
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Por serem utilizados no processo de fabricação, esses materiais deverão compor os custos dos
produtos elaborados pela indústria. Por conta disso, devem seguir as disposições legais para serem
registrados no balanço patrimonial. Isso significa que, para serem ativados, devemos considerar tanto
as determinações da legislação brasileira quanto as diretrizes do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis, conforme estudado anteriormente.
Diante do exposto, é importante entender por qual valor os materiais adquiridos pela empresa
podem ser registrados em seu ativo até que sejam consumidos nos processos operacionais. Suponha
que a Cia Parthenon LTDA adquiriu 20.000 unidades de circuitos eletrônicos da Cia Global LTDA ao
preço unitário de R$ 9,50/unidade. Além dessas informações, na nota fiscal foi informado que sobre a
operação incidiu 18% de ICMS e 10% de IPI, conforme demonstrado:
Figura 2 – Nota fiscal de compra
CIA GLOBAL LTDA
DANFE CONTROLE DO FISCO
Nº
CURITIBA - PR CENTRO 12345
CÓDIGO
DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS /
SERVIÇOS
QUANTIDADE EM
UN
VALOR UN. VALOR TOTAL
300300 Circuito Eletrônico 20.000 R$9,50 R$190.000,00
BASE CÁLCULO
ICMS
VALOR ICMS VALOR IPI ALÍQUOTA ICMS
ALÍQUOTA
IPI
VALOR TOTAL DA
NOTA
R$190.000,00 R$34.200,00 R$19.000,00 18% 10% R$209.000,00
Fonte: Moura, 2021.
Figura 3 – Transporte
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Para responder a essa dúvida, recorremos novamente ao CPC 16, item 11:
11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de
importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de
transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados,
materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser
deduzidos na determinação do custo de aquisição. (grifo nosso)
Com base no texto do CPC 16, já temos a resposta sobre o que deve ser ativado em se tratando
do nosso exemplo.
Então, vamos realizar o cálculo até que cheguemos ao valor do custo de estoque desse material.
Vamos iniciar pelo preço da compra, que em nosso exemplo foi de R$ 209.000,00 (valor total da NF).
Um ponto importante a ser destacado é que os tributos são recuperáveis, e de acordo com as
diretrizes do CPC 16, tributos recuperáveis não integram o valor do custo de aquisição dos
estoques. Por conta disso, tanto o ICMS quanto o IPI devem ser deduzidos do custo de aquisição da
materiais. Dessa forma, do valor total da nota será subtraído o valor dos tributos:
Valor Total da NF:       R$ 209.000,00
(-) Valor do ICMS       R$ 34.200,00
(-) Valor do IPI R$ 19.000
(=) Valor líquido do material  R$ 155.800,00
Em relação ao preço dos materiais, conforme demonstrado no cálculo, o valor líquido (sem
tributos) é de R$ 155.800,00. Os tributos incidentes sobre a compra devem ser reconhecidos no ativo
como direitos da empresa (Tributos a Recuperar), ou seja, serão recuperados quando o produto
fabricado pela empresa for vendido. É importante ressaltar que no caso do nosso exemplo, os
tributos são recuperáveis (isso depende de muitos fatores, entre os quais o ramo de atividade da
empresa e o seu regime de tributação), mas caso não fossem, deveriam então compor o custo dos
materiais.
Voltando ao custo dos materiais, sabemos que o valor de R$ 155.800,00 é o preço líquido do
circuito eletrônico sem os tributos. Seria esse o valor a ser registrado na conta de estoque de
materiais? Lembrando o CPC 16, sabemos que não só o preço de compra pode ser apropriado aos
estoques, mas também os custos de transportes e seguros na compra. Assim sendo, no nosso
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exemplo temos fretes de R$ 5.000,00 e seguros de R$ 10.000,00. Portanto, devem ser apropriados aos
estoques:
Preço de compra líquido        R$ 155.800,00
Fretes na compra       R$ 5.000,00
Seguros na compra   R$ 10.000,00
Custo total do material        R$ 170.800,00
Custo unitário: R$ 170.800,00/20.000 = R$ 8,54.
Assim, esse é o valor que deve ser registrado na conta de estoques de materiais da empresa. É
importante que os materiais sejam registrados pelo valor correto, pois ao realizar o inventário para
fins de elaboração dos demonstrativos contábeis, o registro incorreto pode impactar no resultado do
período. Os sistemas de inventários serão tratados no próximo tema.
TEMA 2 – SISTEMAS DE INVENTÁRIO: PERIÓDICO E PERMANENTE
Para que se possa elaborar as demonstrações contábeis ao final de cada exercício social, as
empresas devem elaborar inventários de todos os materiais existentes em estoque (Ribeiro, 2017).
Assim, o art. 276 do Decreto n. 9.580, de 22 de novembro de 2018, determina a obrigatoriedade do
registro dos materiais utilizados nos processos operacionais das empresas,conforme segue:
Art. 276. No livro de inventário deverão ser arrolados, com especificações que facilitem a sua
identificação, as mercadorias, os produtos manufaturados, as matérias-primas, os produtos em
fabricação e os bens em almoxarifado existentes na data do balanço patrimonial levantado ao fim
de cada período de apuração. (Brasil, 2018)
Desse modo, por determinações legais, as empresas devem manter registradas as entradas e
saídas de materiais utilizados nos processos operacionais, pois ao final do exercício, deverão
prestar contas e reportar seus valores nas demonstrações contábeis. Assim sendo, ressalta-se a
importância de se conhecer os itens que compõem os custos desses materiais, conforme estudado
no tema anterior.
Imagine agora uma situação na qual a empresa adquire materiais de vários fornecedores, ou
mesmo que seja de um único fornecedor, mas em decorrência de inflação e outros fatores, o preço
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de compra desse material acabe variando de uma compra para a outra. Isso significa que a empresa
vai adquirir o mesmo material por preços diferentes, o que, consequentemente, implica custos
diferentes para serem registrados em seu ativo.
Em nosso exemplo anterior, o custo unitário do circuito eletrônico da compra realizada ficou em
R$ 8,54, mas imagine uma situação em que a Cia Parthenon LTDA acarrete a seguinte movimentação
de materiais dentro do mês:
Tabela 1 – Movimentação mensal do estoque de materiais
Fonte: Moura, 2021.
Uma vez que já conhecemos os componentes do custo de aquisição, o problema agora se
prende ao fato de a empresa ter em estoque o mesmo produto adquirido em datas distintas, com
custos unitários diferentes (Gelbeck et al., 2018). Nessa conjuntura, o sistema de inventário utilizado
pela empresa é que deverá apontar como deve ser realizada a baixa dos estoques. Para tanto, o
inventário pode ser realizado uma vez por período (inventário periódico) ou de forma constante,
conforme haja movimentação de materiais (inventário permanente).
2.1 SISTEMA DE INVENTÁRIO PERIÓDICO
O inventário periódico é um sistema contábil simplificado por meio do qual os resultados são
apurados somente no final de um período, que pode ser um mês, um trimestre, um semestre ou
mesmo o exercício social (Ribeiro, 2017). Nesse sistema de inventário, a empresa não mantém um
controle contínuo dos estoques por meio de ficha ou controle informatizado, não sendo possível
identificar de imediato o custo dos itens que são baixados do estoque (Crepaldi; Crepaldi, 2018).
Nesse sentido, no sistema de inventário periódico o consumo dos materiais só pode ser
verificado após a contagem física dos estoques, sendo que o consumo pode ser calculado em uma
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empresa industrial mediante o emprego da seguinte equação (Bruni; Famá, 2019):
Consumo de material direto = Estoque inicial + Compras – Estoque final
Assim, considerando o inventário permanente, para se calcular o valor do custo do material
consumido é necessário antes fazer a contagem de estoques. Imagine, por exemplo, que a contagem
indique:
Estoque Inicial  R$ 33.200,00
Compras  R$ 634.600,00
Estoque final  R$ 40.000,00
Para fazer o levantamento do custo de material no período, aplicamos a fórmula:
Consumo de material = 33.200 + 634.600,00 – 40.000
Consumo de material = 627.800,00
Assim, por meio da fórmula, calculamos o custo do material consumido nos processos. É
importante ressaltar que, pelo fato de realizar a contagem apenas uma vez por período, a
possibilidade de ocorrência de falhas é maior, o que torna o inventário permanente mais confiável.
2.2 SISTEMA DE INVENTÁRIO PERMANENTE
O inventário permanente configura-se como um sistema contábil por meio do qual os resultados
podem ser apurados a qualquer momento, sendo que a cada compra efetuada, tanto as quantidades
quanto os custos unitários e totais dos materiais existentes em estoque são devidamente atualizados
(Ribeiro, 2017).
Assim, “para uma empresa que aplica um sistema de inventário permanente, a apuração dos
custos pode ser feita pela contagem e tabulação das requisições ao estoque ou almoxarifado” (Bruni;
Famá, 2019, p. 23). Os estoques e o custo dos produtos vendidos (CPV) são calculados a qualquer
momento, e o controle físico e contábil é feito pela ficha ou controle informatizado de estoque, tanto
no almoxarifado como na contabilidade (Crepaldi; Crepaldi, 2018).
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Nesse sistema de inventário, “os principais critérios de avaliação de materiais diretos adquiridos
com custos diferentes envolvem, basicamente, o emprego de três critérios distintos” (Bruni; Famá,
2019, p. 26):
Custo Médio (média ponderada);
Primeiro que Entra, Primeiro que Sai (PEPS);
Último que Entra, Primeiro que Sai (UEPS).
Vamos iniciar estudando o critério do custo médio.
TEMA 3 – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES – CUSTO MÉDIO
O Custo Médio Ponderado Móvel é um critério mantido por empresa com controle constante de
seus estoques e que, por isso, atualiza seu preço médio após cada aquisição (Martins, 2019).
Adotando-se esse critério, os materiais estocados serão sempre avaliados pela média dos custos
de aquisição, pois toda vez que ocorrer compra por custo unitário diferente dos que constarem do
estoque, o custo médio será modificado (Ribeiro, 2017).
Nessa conjuntura, esse critério consiste em avaliar o estoque pelo custo médio de aquisição
apurado em cada entrada de material, ponderado pelas quantidades adicionadas e pelas
anteriormente existentes (Crepaldi; Crepaldi, 2018). Por conseguinte, “o custo a ser contabilizado
representa uma média dos custos de aquisição” (Bruni; Famá, 2019, p. 26).
Para entender o funcionamento do método do custo médio, vamos usar o mesmo exemplo
utilizado no tema sobre inventário periódico. Vamos considerar que os custos apresentados já
encontram-se calculados, seguindo os passos do exemplo do tema 1. Assim, temos a seguinte
movimentação:
Tabela 2 – Movimentação mensal do estoque de materiais – Custo Médio
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 10/33
Fonte: Moura, 2021.
Para fazer o registro, devemos preencher a ficha de controle de estoques, sendo que essa
mesma ficha será utilizada nos três métodos (custo médio, PEPS e UEPS). A ficha de controle de
estoques apresenta quatro colunas: data, entrada, saída e saldo, conforme figura a seguir:
Figura 4 – Modelo de ficha de controle de estoque
Fonte: Moura, 2021.
Para preenchimento da ficha, deve-se considerar o seguinte:
Na coluna de entrada, são registradas as entradas e as devoluções de compra de materiais. As
entradas são marcadas com sinal positivo e as devoluções com sinal negativo;
Na coluna de saída são registradas as baixas de estoque, o que ocorre sempre que a produção
emite uma requisição para o almoxarifado solicitando matéria-prima ou outro material
necessário para o processo produtivo;
Na coluna dos saldos ficam registrados os saldos dos materiais em estoques, sendo que essa
coluna é atualizada sempre que haja compra de novos materiais. O saldo inicial de um período
é também o saldo final do período anterior.
Lembrando que estamos trabalhando com indústria, mas no caso de mercadorias para revenda,
utiliza-se a mesma ficha. Vamos iniciar então o preenchimento da ficha com os dados informados na
tabela 2.
Atenção
É importante ressaltar que estamos utilizando uma planilha do Excel para realizar os
cálculos, sendo que esse aplicativo considera todas as casas após a vírgula para números
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 11/33
quebrados. Caso você esteja usando calculadora e não chegue nos mesmos resultados, isso
pode estar ocorrendo por questão de arredondamento.
O preenchimento inicia-se com o saldo inicial e, em seguida, temos uma entrada de material, aqual ocorreu no dia 02/01/20X1. Para obter o custo médio ponderado das unidades estocadas,
somam-se as quantidades que estavam em estoque com as quantidades da nova compra; soma-se o
valor total do estoque antes da nova compra com o valor total da nova compra. Em seguida, divide-
se o total obtido na soma dos valores pelo total obtido na soma das quantidades, obtendo-se o novo
custo médio ponderado das quantidades em estoque (Ribeiro, 2017).
Figura 5 – Movimentação 02/01/X1 – Custo Médio
Fonte: Moura, 2021.
Conforme observado na ficha, a cada entrada a custo unitário diferente do custo anterior é
modificado o preço médio. Assim, as baixas de estoque devem ser dadas pelo custo médio apurado,
conforme segue:
Figura 6 – Movimentação 05/01/X1 – Custo Médio
Fonte: Moura, 2021.
Após a baixa, temos a informação de que no dia 10/01 houve uma aquisição de material.
Lembrando, então, que a cada nova compra com custo unitário diferente do custo das unidades em
estoque, deve-se calcular a média ponderada para apurar o novo custo médio:
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 12/33
Figura 7 – Movimentação 10/01/X1 – Custo Médio
Fonte: Moura, 2021.
Agora, temos uma devolução de compra. Conforme informado anteriormente, a devolução deve
ser realizada pela coluna de entrada, com o valor negativo. Observe também que o valor do custo
unitário para a devolução é o mesmo valor da compra que está sendo devolvida. Assim, a realização
da devolução tem impacto direto no custo médio já calculado, que deve ser atualizado com a
operação:
Figura 8 – Movimentação 15/01/X1 – Custo Médio
Fonte: Moura, 2021.
Conforme pode ser observado na ficha de controle de estoques, ao se fazer a devolução,
também é alterado o custo médio. Prosseguindo com a atualização da ficha, no dia 18/01 foi
realizada uma baixa de estoques:
Figura 9 – Movimentação 18/01/X1 – Custo Médio
26/02/2023 15:13 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 13/33
Fonte: Moura, 2021.
Como já demonstrado anteriormente, na baixa de estoques o custo médio não se altera. Isso só
acontece quando a empresa faz nova aquisição de material com custo diferente do custo que ela já
tinha em estoque. Assim, calculando a média ponderada, obtém-se novo custo médio para as
unidades em estoque. Assim, acontece com a compra do dia 20/01/20X1:
Figura 10 – Movimentação 20/01/X1 – Custo Médio
Fonte: Moura, 2021.
A compra do dia 20 foi a última do mês, conforme nossa tabela de movimentação apresentada
anteriormente. Agora, para fechar o mês, temos uma última movimentação apresentada, que, no
caso, diz respeito a uma baixa de estoques por requisição de material feita pela produção. Diante
disso, apresenta-se a ficha com a baixa desse material.
Figura 11– Movimentação 28/01/X1 – Custo Médio
26/02/2023 15:13 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 14/33
Fonte: Moura, 2021.
Após realizado o registro dessa última baixa de estoque, nossa ficha de controle já está
completa, apresentando todas as entradas, saídas e o saldo em estoque, conforme pode ser visto na
figura 12. O ponto de destaque na nossa ficha completa é o custo total das saídas de estoque,
conforme segue:
Figura 12 – Ficha de Controle de Estoques – Custo Médio
Fonte: Moura, 2021.
O custo total das saídas foi destacado na ficha para posterior comparação com os outros
métodos. Assim, ficarão mais claras as diferenças de resultados entre um e outro método. Um ponto
importante a ser destacado aqui é que a legislação brasileira permite a utilização do custo médio
para a avaliação dos estoques, assim como também permite a utilização do PEPS, que será estudado
no próximo tema.
TEMA 4 – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES – PEPS
26/02/2023 15:13 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 15/33
O método PEPS é um critério de avaliação que considera as baixas de estoques de acordo com
as datas de entrada dos materiais. “A sigla PEPS significa Primeiro que Entra, Primeiro que Sai e é
também conhecida por FIFO, iniciais da frase inglesa First In, First Out” (Ribeiro, 2017, p. 109). Desta
forma, o custo a ser contabilizado em decorrência do consumo de materiais no processo produtivo é
realizado de trás para frente, sendo baixados, em primeiro lugar, os materiais diretos adquiridos há
mais tempo e, depois, os mais novos, nessa ordem (Bruni; Famá, 2019).
Nessa conjuntura, na utilização do PEPS apura-se o custo em base histórica, em que as saídas do
estoque obedecem ao critério de que os primeiros produtos a sair receberão o custo correspondente
ao das primeiras entradas no estoque (Crepaldi; Crepaldi, 2018). Por conta disso, na utilização desse
método acaba-se por apropriar ao produto o menor valor existente dos materiais em estoques, pois
há uma tendência de o produto ficar avaliado por custo menor do que quando do custo médio,
tendo-se em vista a situação normal de preços crescentes (Martins, 2019).
Assim sendo, diferentemente do que ocorre com o método do custo médio, no qual é realizada
uma média ponderada dos custos de materiais em estoque para se chegar ao custo para baixa, nos
critérios PEPS e UEPS “os estoques precisam ser controlados financeiramente de forma independente,
agrupados de acordo com o custo de aquisição de cada lote” (Bruni; Famá, 2019, p. 26). Desse modo,
deve haver uma separação na ficha de controle de estoques entre as unidades que estavam em saldo
e as unidades que entraram em estoques posteriormente.
Para ficar mais claro, vamos aplicar nosso exemplo utilizando o método PEPS para controle de
estoque. Para tanto, conforme informado anteriormente, a ficha de controle de estoques a ser
utilizada é a mesma para os três métodos, com a única diferença de que no PEPS e no UEPS, a
unidades devem ser controladas de forma independente. Isso significa dizer que na coluna do saldo,
na ficha de controle de estoques, mantém-se uma linha para cada lote de material, não devendo se
misturar os que entraram primeiro com os que entraram depois, como acontece com a utilização do
custo médio.
Vamos realizar o preenchimento da ficha conforme tabela:
Tabela 3 – Movimentação mensal do estoque de materiais – PEPS
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 16/33
Fonte: Moura, 2021.
Com base nessas informações, podemos, então, iniciar o preenchimento da nossa ficha de
controle de estoques. Vamos iniciar preenchendo o saldo inicial e a entrada de material do dia
02/01/20X1:
Figura 13 – Movimentação 02/01/X1 – PEPS
Fonte: Moura, 2021.
Conforme observado na ficha, a cada entrada de materiais mantêm-se os valores das unidades
em estoque separados das unidades que entraram. Isso é necessário para que a baixa possa ser
realizada utilizando-se os valores das unidades que entraram primeiro em estoque, como acontece
no dia 05/01/20X1. Perceba que as unidades que entraram primeiro são as do estoque inicial, o qual
apresenta somente 4.000 UN em estoque. O que fazer nessa situação, se a requisição é de 18.000
UN? Nesse caso, damos baixa no total do saldo inicial e completamos o restante com as unidades
que entraram depois em estoque, conforme demonstrado a seguir:
Figura 14 – Movimentação 05/01/X1 – PEPS
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 17/33
Fonte: Moura, 2021.
Conforme demonstrado na figura 14, a baixa de estoque foi de 18.000 UN de material, e como
estamos utilizando o método PEPS, precisamos iniciar pelas unidades que entraram primeiro em
estoques, completando a diferença com as unidades que entraram depois. Por conseguinte, assim
como mantemos em separado as unidades em estoque na coluna do saldo, perceba que também na
saída é preciso evidenciar de forma separada os materiais que estamos baixando do estoque.
Prosseguindo com o preenchimento, temos uma entrada de material no dia 10/01/20X1:
Figura 15 – Movimentação 10/01/X1 – PEPS
Fonte: Moura, 2021.
Assim como na primeira entrada do dia 02/01/20X1, mantemos em separadoas unidades na
coluna do saldo. No dia 15/01, a empresa efetuou uma devolução de circuito eletrônico referente ao
último lote adquirido. Conforme informado anteriormente, a devolução deve ser realizada pela
coluna de entrada, com o valor negativo, e considerando o custo unitário da referida compra que
está sendo devolvida. Temos então:
Figura 16– Movimentação 15/01/X1 – PEPS
26/02/2023 15:13 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 18/33
Fonte: Moura, 2021.
Perceba que com a devolução, as unidades em saldo da compra do dia 10/01 foram diminuídas,
sendo atualizadas em valores e quantidades conforme baixa realizada por conta da operação. Assim,
os custos unitários das unidades em estoques não se alteram, como acontece quando se utiliza o
custo médio para controle de estoques.
Figura 17 – Movimentação 18/01/X1 – PEPS
Fonte: Moura, 2021.
Assim como na baixa anterior do dia 5/01, as primeiras unidades em estoque não foram
suficientes para atender ao pedido, sendo necessário completar com unidades que entraram em
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estoque posteriormente. Permanecendo somente 2.500 unidades em estoque, a empresa realizou
outra compra de material:
Figura 18 – Movimentação 20/01/X1 – PEPS
Fonte: Moura, 2021.
Por fim, para finalizar os lançamentos, temos no dia 28/01/20X1 a última baixa de estoques do
mês, conforme segue:
Figura 19 – Movimentação 28/01/X1 – PEPS
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Fonte: Moura, 2021.
Com o lançamento da última baixa, finalizamos o preenchimento da ficha de controle de
estoques:
Figura 20 – Ficha de Controle de Estoque – PEPS
Fonte: Moura, 2021.
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Novamente, chamamos a atenção para o custo total evidenciado pelo critério utilizado. Ao final,
realizaremos uma comparação entre os três métodos. Apresentado o método PEPS, é hora de
conhecer o UEPS.
TEMA 5 – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES – UEPS
O método UEPS, que significa Último que Entra, Primeiro que Sai, é também conhecida por LIFO,
iniciais da frase inglesa Last In, First Out (Ribeiro, 2017). Esse método provoca efeitos contrários ao
PEPS (Martins, 2019), pois sua utilização considera que o custo dos materiais é determinado como se
as unidades mais recentes adicionadas ao estoque (últimas a entrar) fossem as primeiras a sair
(Crepaldi; Crepaldi, 2018).
Nesse contexto, “a transferência para a produção é sempre feita pelo custo das últimas
aquisições” (Ribeiro, 2017, p. 115), sendo que o custo a ser contabilizado em decorrência de consumo
no processo produtivo é feito da frente para trás, ou seja, são baixados, em primeiro lugar, os
materiais diretos adquiridos mais recentemente e, depois, os mais antigos, nessa ordem (Bruni; Famá,
2019).
Portanto, assim como no PEPS, no UEPS as unidades que entram em estoque são mantidas em
separado para que, dessa forma, seja possível realizar a baixa de modo a respeitar as características
do método. Vamos ao exemplo:
Tabela 4 – Movimentação mensal do estoque de material - UEPS
Fonte: Moura, 2021.
Com base nessas informações, podemos, então, iniciar o preenchimento da nossa ficha de
controle de estoques. Vamos iniciar preenchendo o saldo inicial e a entrada de material do dia
02/01/20X1:
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Figura 21 – Movimentação 02/01/X1 – UEPS
Fonte: Moura, 2021.
Conforme observado na ficha, a cada entrada de materiais, mantêm-se os valores das unidades
em estoque separados das unidades que entraram. Isso é necessário para que a baixa possa ser
realizada utilizando-se os valores das unidades que entraram por último em estoque. Com a baixa do
dia 05/01, é possível entender o funcionamento do método:
Figura 22 – Movimentação 05/01/X1 – UEPS
Fonte: Moura,
2021.
Conforme demonstrado na figura 22, a baixa de estoque foi de 18.000 UN de circuito eletrônico,
e como estamos utilizando o método UEPS, precisamos iniciar pelas unidades que entraram por
último em estoque. Assim, conseguimos atender ao pedido da produção com o lote que entrou no
dia 02/01, sem precisar recorrer a lotes anteriores.
Prosseguindo com o preenchimento, temos uma entrada de material no dia 10/01/20X1:
Figura 23 – Movimentação 10/01/X1 – UEPS
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Fonte: Moura, 2021.
Assim como na primeira entrada do dia 02/01/20X1, mantemos em separado as unidades na
coluna do saldo. No dia 15/01, a empresa efetuou uma devolução de circuito eletrônico referente ao
último lote adquirido. Assim como nos métodos anteriores, a devolução deve ser realizada pela
coluna de entrada, com o valor negativo, considerando o custo unitário da referida compra que está
sendo devolvida. Temos então:
Figura 24 – Movimentação 15/01/X1 – UEPS
Fonte: Moura, 2021.
Seguimos o preenchimento da ficha com a baixa do dia 18/01:
Figura 25 – Movimentação 18/01/X1 – PEPS
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Fonte: Moura, 2021.
Perceba que as últimas unidades a entrarem no estoque não foram suficientes para cobrir a
quantidade requisitada, sendo necessário recorrer ao lote anterior. Permanecendo somente 2.500
unidades em estoque, a empresa realizou outra compra de material no dia 20/01:
Figura 26 – Movimentação 20/01/X1 – UEPS
Fonte: Moura, 2021.
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Por fim, para finalizar os lançamentos, temos no dia 28/01/20X1 a última baixa de estoques do
mês, conforme segue:
Figura 27 – Movimentação 28/01/X1 – PEPS
Fonte: Moura, 2021.
Com o lançamento da última baixa, finalizamos o preenchimento da ficha:
Figura 28 – Ficha de controle de estoque – PEPS
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Fonte: Moura, 2021.
Novamente, chamamos a atenção para o custo total evidenciado pelo critério utilizado. Nesse
ponto, ressaltamos também que o método UEPS não é aceito pela legislação brasileira (Gelbeck et al.,
2018), fato que tem relação direta com o custo apurado por ele. Ao realizar a comparação com os
outros métodos, ficará mais claro o entendimento acerca desse assunto. Vamos, então, apresentar os
valores apurados em cada um dos métodos:
Figura 29 – Saldos apurados no período em todos os métodos
Fonte: Moura, 2021.
O foco principal a ser evidenciado na figura são os custos do período na coluna de saída.
Conforme demonstrado, o maior custo apurado foi evidenciado pelo método UEPS, enquanto o
menor foi evidenciado pelo método PEPS, ficando entre os dois o valor apurado pelo método do
custo médio. A adoção do UEPS provoca normalmente redução do lucro contábil, e provavelmente
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por essa razão, esse critério não é aceito pelo Pronunciamento Técnico CPC 16, nem é admitido pela
legislação brasileira do Imposto de Renda (Martins, 2019).
Fica mais fácil visualizar esse fato elaborando uma demonstração de resultado de exercício para
cada um dos métodos. Para tanto, vamos considerar que a empresa tenha vendido toda a produção
do período por R$ 1.000.000,00 e que o único custo incorrido foi o material. Temos, então, os
seguintes resultados:
Figura 30 – Lucro apurado em cada um dos métodos
Fonte: Moura, 2021.
Os métodos de avaliação de estoques são essenciais para a contabilidade, pois é por meio deles
que o custo de materiais consumidos no período é evidenciado. No entanto, os custos de materiais
não são os únicos incorridos nos processos produtivos, uma vez que todos os gastos produtivos
devem ser estocados no ativo até a venda dos produtos, quando ocorre a baixa dos mesmos. Assim,
surgem os sistemas de custeios, os quais são utilizados para a acumulação dos custos aos produtos.
Os sistemas de custeio serão tratados na próxima aula.
TROCANDOIDEIAS
A importância dos inventários na contabilidade é ressaltada pela necessidade de controle dos
bens da empresa, sobretudo no que tange à apuração dos custos incorridos nos processos
produtivos. Sabemos que as empresas podem se utilizar do inventário periódico ou do inventário
permanente para contabilizar seus estoques. Nesse sentido, considerando as características de cada
um dos inventários, você consegue dizer qual seria melhor na empresa? Se a intenção é o controle,
qual deles é mais eficiente nessa função? Entre no fórum e debata o assunto com seus colegas.
NA PRÁTICA
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Agora que já conhecemos um pouco sobre inventários e critérios de avaliação de estoques, que
tal praticar os conhecimentos adquiridos?
1. No dia 10/01/20X1, a Cia Parthenon LTDA adquiriu 25.000 unidades de circuitos
eletrônicos da Cia Global LTDA ao preço unitário de R$9,67/UN. Sabe-se que sobre a operação
houve a incidência de tributos recuperáveis (18% de ICMS e 10% de IP), conforme NF:
Figura 31 – Nota fiscal de compra
CIA GLOBAL LTDA
DANFE CONTROLE DO FISCO
Nº
CURITIBA - PR CENTRO 12345
CÓDIGO
DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS /
SERVIÇOS
QUANTIDADE EM
UN
VALOR UN. VALOR TOTAL
300300 Circuito Eletrônico 25.000 R$9,67 R$241.750,00
BASE CÁLCULO
ICMS
VALOR ICMS VALOR IPI ALÍQUOTA ICMS
ALÍQUOTA
IPI
VALOR TOTAL DA
NOTA
R$241.750,00 R$43.515,00 R$24.175,00 18% 10% R$265.925,00
Fonte: Moura, 2021.
A empresa também pagou o frete que foi negociado a R$ 0,25/UN do material, e o seguro da
carga, negociado a R$ 0,50/UN. Com base nessas informações, calcule o custo unitário do material
adquirido.
2. No final de cada exercício social, para que se possa elaborar as demonstrações
contábeis, as empresas devem elaborar inventários de todos os materiais existentes em
estoque, podendo optar pelo inventário periódico ou permanente.
Sobre os sistemas de inventário, analise as asserções a seguir e a relação entre elas:
I. No sistema de inventário periódico, não é possível identificar de imediato o custo dos itens
que são baixados do estoque.
Porque
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II. Nesse sistema de inventário, a empresa mantém um controle contínuo dos estoques por meio
de ficha ou controle informatizado.
Assinale a alternativa correta:
a) As asserções I e II são proposições falsas.
b) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
c) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
d) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
e) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
3. O inventário permanente configura-se como um sistema contábil em que a cada compra
efetuada, tanto as quantidades quanto os custos unitários e totais dos materiais existentes em
estoque são devidamente atualizados, sendo que seus três principais critérios de avaliação de
estoques são o Custo Médio, o PEPS e o UEPS.
Associe as assertivas a seguir utilizando (1) custo médio; (2) PEPS e (3) para UEPS.
( ) Por esse critério, em cada entrada de material atualiza-se o custo, o qual é ponderado pelas
quantidades adicionadas e pelas anteriormente existentes.
( ) A adoção desse método provoca redução do lucro contábil, e por essa razão, esse critério não
é aceito pela legislação brasileira.
( ) Por esse método, são baixados em primeiro lugar os materiais diretos adquiridos há mais
tempo e, depois, os mais novos, nessa ordem.
Assinale a alternativa que apresenta a classificação correta de cima para baixo:
a) 2, 1, 3.
b) 1, 2, 3.
c) 2, 3, 1.
d) 1, 3, 2.
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e) 3, 1, 2
4. O inventário permanente configura-se como um sistema contábil em que a cada compra
efetuada, tanto as quantidades quanto os custos unitários e totais dos materiais existentes em
estoque são devidamente atualizados, sendo que seus três principais critérios de avaliação de
estoques são o Custo Médio, o PEPS e o UEPS.
Considere a seguinte movimentação de estoques de teclado para notebook adquirido pela Cia
Parthenon LTDA:
Apure os custos do material e considere que todo o estoque foi vendido ao preço de R$
1.200.000,00. Compare o resultado ao final e verifique qual método apresenta maior lucro.
FINALIZANDO
Nesta aula, aprendemos a identificar os custos de aquisição da compra de materiais,
classificando os gastos conforme determinado pela legislação. Estudamos também os sistemas de
inventário e os critérios de avaliação dos estoques, enfatizando suas diferenças e quais deles são
permitidos pela legislação brasileira.
Nesta aula, vimos: composição dos custos dos materiais; sistema de inventário permanente;
critérios de avaliação de estoques – custo médio; critérios de avaliação de estoques – PEPS; e critérios
de avaliação de estoques – UEPS. Na próxima aula, estudaremos os sistemas de custeio, dando
sequência ao que foi estudado nesta aula. Assim, entenderemos como os custos apurados pelos
métodos do custo médio ou PEPS são apropriados aos produtos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 out. 1988.
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______. Decreto n. 9.580, de 22 de novembro de 2018. Regulamenta a tributação, a fiscalização,
a arrecadação e a administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza.
Brasília, DF, 2018.
BRUNI, A. L.; FAMÁ, R. Gestão de Custos e Formação de Preços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Pronunciamento Técnico CPC 16(R1). Estoques.
2009. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/CPC>. Acesso em: 14 jun. 2021.
CREPALDI, S. A. S.; CREPALDI, G. Contabilidade de Custos. 6. ed. São Paulo, Atlas, 2018.
GELBCKE, E. R. et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades de
acordo com as normas internacionais e do CPC. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
MARTINS, E. Contabilidade de Custos. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7.
ed. São Paulo: Atlas, 2010.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade de Custos. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
GABARITO
Questão 1:
Questão 2:
Correta: Letra b. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
No sistema de inventário periódico, não é possível identificar de imediato o custo dos itens que
são baixados do estoque, porque nesse sistema de inventário, a empresa não mantém um controle
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contínuo dos estoques por meio de ficha ou controle informatizado.
Questão 3:
Correta: Letra d: 1, 3, 2.
Questão 4:
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O método PEPS apresentou maior lucro por ter menor custo. O método UEPS apresentou o
menor lucro por ter maior custo. O custo médio manteve seu lucro entre os outros dois métodos.

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