aula 05

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GESTÃO DE SERVIÇOS E
OPERAÇÕES PORTUÁRIAS E
AEROPORTUÁRIAS
AULA 5
 
 
 
 
 
 
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Prof. João Marcos Andrade
CONVERSA INICIAL
Sempre é importante para qualquer modelo de negócio o desenvolvimento de métodos para
apuração e medição dos resultados, que vem a ser a forma de analisar o desempenho da
organização, ferramenta muito utilizada, inclusive, para aperfeiçoar as tarefas diárias dos negócios,
podendo também servir como auxílio para revisão de procedimentos operacionais que refletem os
resultados financeiros das empresas.
Conforme o momento e a situação do negócio a ser avaliado, cabe uma estratégia de revisão ou
de reformulação, inclusive considerando que as alternâncias nos parâmetros numéricos da economia
direcionam as empresas a se reorganizarem para, muitas vezes, se readequarem e até se
reinventarem. No entanto, isso não configura uma regra, pois é exatamente o acompanhamento e a
mensuração dos resultados que permitem que a empresa saiba quais estratégias devem ser
adotadas.
CONTEXTUALIZANDO
Vamos então praticar um pouco, aplicar os números e elaborar análises das atividades
operacionais, especialmente dessas duas atividades presentes nas operações de comércio
internacional, que são os aeroportos e os portos. Para isso, trabalharemos os indicadores de
desempenho, análise Swot, (strengths,  weaknesses,  opportunities  e  threats), em português FOFA
(Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças), ótimas ferramentas de busca de dados e análise de
resultados, sendo que, em nossas atividades diárias de negociações internacionais, também para as
mensurações dos resultados, exatamente para as orientações sobre os planejamentos estratégicos a
serem implementados nas organizações nas tarefas práticas de importação e também nas
exportações.
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TEMA 1 – O QUE SÃO INDICADORES DE DESEMPENHO?
Cada organização possui sua maneira de fazer uma autoavaliação, ou seja, numerar seus
resultados de forma que as estratégias sejam estabelecidas sobre dados reais, situações presentes na
organização, o que permite a elaboração de atividades sólidas e de acordo com a realidade do
negócio em específico.
Mas, afinal, qual seria uma definição objetiva para indicadores de desempenho? O Portal
Foccoerp (2017) os define como “[...] uma ferramenta de gestão que permite analisar os resultados
dos processos de forma mais direcionada”.
Importante notar nessa concepção e definição que a direção, ou seja, a orientação do caminho a
ser percorrido é um fator extremamente importante de se considerar, pois os indicadores de
desempenho são capazes de mostrar, por exemplo, o andamento das atividades implementadas em
um determinado período.
O mesmo portal Foccoerp (2017) contribui ainda citando os seguintes dados que os indicadores
de desempenho podem demonstrar:
Se as metas foram alcançadas;
Se o emprego dos recursos empresariais foi eficaz;
Quais falhas ocorreram em cada etapa de um projeto.
Observamos então que os indicadores de desempenho permitem mensuração inclusive em
relação às metas de vendas, de produção ou de criação, sendo que, especificamente na gestão de
portos e aeroportos, esses dados são utilizados para mensuração das movimentações de cargas,
operações de navios e carga e descarga de aeronaves, e em relação também às vendas dos serviços
para importadores e exportadores, além de negociações com armadores para desenvolvimento de
novas programações de operações de navios, bem como recebimento de novos voos nos aeroportos
com base em formulação estratégica de atuação conforme o setor industrial ou de serviços da região
onde o porto ou aeroporto está instalado.
Segundo o portal Dicionário Financeiro ([S.d.]), os indicadores financeiros têm a seguinte
aplicação e utilidade: “os indicadores de desempenho servem para que uma empresa possa visualizar
a performance de cada setor, como forma de acompanhar os objetivos traçados pelo planejamento
estratégico, analisando o que já foi alcançado e o que precisa ser ajustado para atingir as metas”.    
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Assim, é possível compreendermos que os indicadores de desempenho podem ser estabelecidos
por setores, departamentos e principalmente utilizados para auxiliar pessoas, criar mecanismos de
melhoria de desempenho de resultados operacionais, busca de alcance de metas de forma mais
prática e planejada.
Na prática, considerar os indicadores de desempenho diz respeito também a comparar períodos,
níveis de alcance de fatia de mercado, reformulação de projetos etc., sendo que, por exemplo, os
Sistemas de Informações Gerenciais são indubitavelmente excelentes “parceiros” nessas atividades
administrativas, pois embasam as tomadas de decisão e corrigem falhas, promovendo melhoras de
resultados.
1.1 FLUXO INFORMACIONAL COMO FERRAMENTA DOS INDICADORES DE
DESEMPENHO
Não é possível desenvolver qualquer estratégia na organização se o sistema de informação não
for eficiente. Por essa razão, cada empresa deve sempre organizar seu sistema de informações e
comunicação interna da forma mais clara e dinâmica possível, exatamente para que todas as etapas
de trabalho sejam conduzidas de forma amplamente assertiva e planejada.
Marco Antonio Massoler Eleutério, em seu livro Sistemas de Informações na Atualidade (2015, p.
19) menciona que:
As informações organizacionais são manipuladas em um processo cíclico que envolve,
primeiramente, a identificação de sua necessidade, passando por aquisição, organização,
armazenamento, distribuição e utilização, (Choo, 2003). Em cada etapa na qual as informações são
manipuladas, estas circulam entre pessoas e sistemas, seguindo fluxos específicos, denominados
fluxos informacionais.
O mesmo autor (2015) segue explicando de forma muito prática e objetiva que o fluxo da
informação é fator primordial para a obtenção de bons resultados, por exemplo, quando afirma:
“sabemos, no entanto, que grande parte das informações segue fluxos informacionais, iniciados
espontaneamente pelas pessoas, sem regras específicas e por múltiplos canais de comunicação.”
Desse modo, é importante observarmos que são os fluxos informacionais que determinam a
velocidade da implementação de um sistema operacional, um sistema de produção, enfim, um
sistema gerenciador que seja responsável pelas atividades do dia a dia da empresa e ainda atuando
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diretamente nas atividades de planejamento estratégico, plano de vendas, dentre outras atividades
administrativas da organização.
1.2 EXEMPLOS DE INDICADORES DE DESEMPENHO
Um dos principais indicadores de desempenho é o KPI (Key Performance Indicator), em
português Indicadores-Chave de Desempenho, que são ótimos recursos que demonstram dados e
evidenciam situações de forma muito real, sendo, portanto, extremamente importantes. O portal
Dicionário Financeiro (2017) aborda esse Indicador como:
Os KPIs analisam as performances detalhadas de cada processo em uma empresa, apresentados de
uma forma mais simples e direta, diferentemente dos indicadores para estratégia geral, mais
complexos e de análise global da organização. Esses indicadores são apresentados aos
colaboradores da empresa, de forma que contenha fácil entendimento e acessível para que todos
cumpram suas funções de acordo com as metas estabelecidas.
O Indicador KPI apresenta tipos e especificações que permitem mensurar situações e resultados
completamente distintos na própria organização, sendo que, para dinamizar mais essa orientação,
iremos buscar os seguintes dados apresentados pelo portal FM2S (Louzada, 2019):
KPIs quantitativos: fatos mensuráveis específicos registrados em relação a umpadrão ou valor.
Estes são apresentados com um número.
KPIs qualitativos:  valores baseados em sentimentos, gostos e opiniões. Estes não podem ser
apresentados com um número.
Indicadores de atraso: apresenta resultados passados como sucessos ou falhas.
Indicadores principais:  tenta prever o sucesso (taxa) de um processo usando indicadores
atrasados. Nesta medida, os principais indicadores são facilitadores que ajudam a gerência a usar a
experiência passada para alcançar resultados futuros.
Como podemos observar, há diferentes aplicações para os indicadores de desempenho, porém
há sempre um a ser adequado à forma de administração e gestão do porto ou aeroporto,
especialmente na busca contínua da melhora e obediência às regras de atuação dos órgãos
reguladores, como ANTAQ (Agência Nacional dos Transportes Aquaviários), no caso dos portos, e
ANAC (Agência Nacional da Aviação Civil), no caso dos aeroportos.
1.3 INDICADORES DE DESEMPENHO NOS PORTOS
Os indicadores de desempenho dos portos, por parte da ANTAQ seguem as seguintes diretrizes:
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Nível estratégico: avaliação periódica de desempenho de cada porto e terminal para fins de
monitoramento e acompanhamento da exploração portuária.
Nível operacional: autoridade portuária. Avaliação permanente e gerencial do desempenho de
cada terminal para fins de monitoramento e acompanhamento da execução dos serviços
portuários.
Observemos, portanto, que os indicadores de desempenho também são aplicados e utilizados
pelos órgãos regulamentadores públicos para exatamente determinar quantitativos métricos, os
quais são necessários para que a exploração desse setor da economia seja eficiente e atenda às
demandas dos consumidores dos serviços importadores ou exportadores.
1.4 INDICADORES DE DESEMPENHO NOS AEROPORTOS
A exemplo do que acontece com os portos, os indicadores de desempenho nos aeroportos
também possuem um órgão fiscalizador e regulador, que é a ANAC – Agência Nacional da Aviação
Civil, a qual impõe suas regras de atuação para medição dos desempenhos dos terminais
aeroportuários, sendo que aqui consideramos apenas os dados dos setores de cargas dos
aeroportos. Desse modo, os Indicadores dos Aeroportos consideram:
Movimentação de cargas;
Tipos de cargas;
Quantidade de cargas em toneladas;
Origem das cargas;
Destino das cargas;
Outros dados específicos por região e época.
É muito importante considerar neste estudo que os indicadores de desempenhos são
permanentes e também se alteram na medida em que os resultados são melhorados, conforme a
análise anterior, afinal, a utilização dos indicadores de desempenho como os KPIs serve exatamente
para que os portos e aeroportos possam ter parâmetros de ajustes nas suas tomadas de decisões.
Esses parâmetros dizem respeito a melhorias em infraestrutura, aquisição ou não de novos
equipamentos de movimentação de cargas, melhorias em pistas de pousos e decolagens de
aeronaves para possibilidades de recebimentos de aviões maiores e, consequentemente, com
diferentes tipos e maiores cargas internacionais, assim como nos portos, a partir de melhoras na
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dragagem dos portos, permitindo a operação de navios de portes maiores e também obtendo assim
maior fluxo de veículos transportadores, e por conseguinte, elevação na performance de operação
nas movimentações de cargas de importação e exportação.
1.5 UTILIZAÇÃO DOS INDICADORES DE DESEMPENHO
A variabilidade quanto às possibilidades de utilização dos indicadores de desempenho irá variar
conforme a especificidade do negócio, mas seja qual for a aplicação, é possível considerar as
aplicações a seguir.
Um dos portais mais utilizados pelas empresas atualmente para busca de apoio a seus processos
de tomada de decisão é o portal Endeavor, o qual apresenta as seguintes visões sobre aplicabilidade
dos indicadores de desempenho nas organizações, as quais são aplicáveis à administração e gestão
de portos e aeroportos, evidenciando as práticas dos setores de carga:
Os indicadores de produtividade: esses indicadores podem estar relacionados à
produtividade hora/colaborador, hora/máquina, ou seja, estão ligados ao uso dos recursos da
empresa com relação às entregas.
Os indicadores de qualidade: eles andam juntos com os indicadores de produtividade, pois
ajudam a entender qualquer desvio ou não conformidade que ocorreu durante o processo
produtivo. Um exemplo de indicador de qualidade pode ser o nível de avarias, em que a
quantidade de avarias ocorridas durante um período é comparada com o nível de aceitação
estabelecido.
Os indicadores de capacidade: eles medem a capacidade de resposta de um processo.
Podemos citar como indicadores de capacidade a quantidade de produtos que uma máquina
consegue embalar durante um determinado período de tempo.
Indicadores estratégicos:eles auxiliam na orientação de como a empresa se encontra com
relação aos objetivos que foram estabelecidos anteriormente. Eles indicam e fornecem um
comparativo de como está o cenário atual da empresa com relação ao que deveria ser.
Ademais, “independentemente de em qual categoria os indicadores se encontram, eles são
igualmente importantes, pois são eles quem fornecem a visão que a empresa necessita para enxergar
seus processos e conseguir uma base sólida para alinhá-los aos objetivos traçados” (Endeavor, 2015).
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TEMA 2 – AVALIAÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS, MATERIAIS E
HUMANOS
Para realização das atividades operacionais de qualquer atividade econômica, o primeiro
princípio para concepção de um serviço, a apresentação de um resultado, por menor que seja,
sempre será o recurso, ou seja; qual ou quais são as condições estruturais para a realização do
trabalho.
Assim, evidencia-se a necessidade de aplicação de conceitos da administração na gestão dos
negócios, e nos portos e aeroportos não é diferente, pois são vendas e aquisições de serviços que
possuem características muito próprias, inclusive por suas práticas serem reguladas pelo poder
público, exatamente por pertencerem a um setor estratégico da economia do país, que é a logística
internacional nas operações de importação e exportação.
Conforme a evolução vai ocorrendo, a administração também apresenta novos recursos e
conceitos voltados à busca de melhores resultados. Luiz Fernando Barcellos dos Santos, por exemplo,
em sua obra A evolução do Pensamento Administrativo (2013), define que:
A ciência da Administração pode ser definida como a aplicação do método científico e do
raciocínio analítico ao processo de decisões dos executivos no controle de sistemas comerciais e
industriais, pelos quais esses gestores são responsáveis. Esses sistemas podem compreender
manufaturas específicas, operações administrativas ou de serviços, departamentos ou fábricas
inteiras, ou mesmo empresas completas.
Observamos, então, que a ciência, ou seja, a razão fundada em pesquisa na administração
orienta os tomadores de decisão quanto a fatores analíticos para diversas questões administrativas,
dentre elas a de gestão dos recursos humanos de uma empresa. Nos portos e aeroportos, ocorre da
mesma forma.
2.1 RECURSOS HUMANOS NOS PORTOS E NOS AEROPORTOS
A avaliação inicial que se faz nos recursos humanos nas atividades portuárias e aeroportuárias é
de que, sem tais fatores, não é possível a execução de nenhuma das atividades operacionais e/ou
administrativas.
O ingresso para trabalho nesses setores é sempre via concurso público quando especificamente
nos órgãos públicos, como ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), ANAC (Agência
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Nacional de Aviação Civil), ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), RFB (Receita Federal do
Brasil) e MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).Já nas organizações privadas atuantes nos portos e aeroportos, a contratação ocorre via seleção
para contratação conforme a política de recursos humanos de cada empresa atuante em tais locais.
Embora nos dois setores a prática de movimentação de cargas seja muito parecida, apesar da
diferenciação principalmente nos volumes das mesmas, considerando que o porte e volume das
cargas marítimas nos portos é maior que nos terminais aeroportuários, mas em ambos os setores a
gestão dos recursos humanos exige completa eficiência, pois sem a atuação do profissional nesses
locais, executando suas tarefas de forma técnica, não é possível o cumprimento das metas e da
obtenção das performances de crescimento e coordenação de recepção e movimentação das cargas.
Vejamos, por exemplo, as divisões das atividades:
Diretoria;
Gerência;
Operação;
Apoio.
Essas divisões de posições em organogramas definem a importância da atuação dos recursos
humanos. Vale destacar que o nível hierárquico irá certamente criar conceitos de faces de
importância de maior destaque em relação a um cargo de diretoria ou presidência, por exemplo,
visto que a evidência e níveis de cobrança são bem superiores a outros níveis da hierarquia da
organização.
No entanto, é necessário considerar que todos os níveis são imprescindíveis e precisam ser
coordenados com o máximo respeito e consideração, pois a gestão dos recursos humanos nos
portos e aeroportos segue princípios da administração de recursos humanos, inclusive sob
obediência das determinações da legislação trabalhista vigente.
Quanto às divisões das funções nestes setores, podemos citar:
Direção: cargo de gestão, presidência, diretoria executiva, cargos normalmente indicados por
competências curriculares quando há administração do porto ou aeroporto pela iniciativa
privada, por exemplo, por meio de consórcio de empresas vencedoras de licitação de
exploração de áreas portuárias e aeroportuárias. Nesse caso, o cargo é ocupado não por um(a)
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empresário(a), uma vez que a administração, muitas vezes, é inclusive de empresas listadas em
bolsas de valores (AS) Sociedade Anônima, que exerce forte cobrança neste cargo para
apresentação de resultados cada vez mais expressivos, ou seja, aumento de faturamento e
elevação de lucros aos investidores.
Gerência: também muito cobrada, a gerência apresenta fatores muito relacionados à parte
operacional dos portos e aeroportos, em que a excelência nas atividades é cada dia mais
exigida e necessária, pois a movimentação de cargas para exportações ou as que chegam no
país, as importações, dependem sempre de agilidade e muita aplicação de coordenação técnica
para adequação quanto à armazenagem ou mesmo para movimentação especial em tarefas de
carga de descarga, tanto em aeronaves, como também nos navios.
Operação: não há setor industrial ou de serviços que persista sem a execução das tarefas
operacionais, a operação diária que permeia toda a estrutura de um negócio. No caso dos
portos e aeroportos, diz respeito à coordenação das entradas e saídas de cargas, exatamente
no dia a dia, iniciando com o acompanhamento das previsões de chegadas dos navios e
aeronaves, pois a cada operação de carga e descarga desses veículos, a demanda de serviços é
um novo desafio, pois falhas operacionais não são aceitáveis, e por mais que venham a ocorrer,
não podem significar impactos de qualquer natureza nas cargas, pois tal prática acarreta custos
operacionais não previstos.
Apoio: variando conforme o departamento e setor,  os setores de apoio prestam serviços
essenciais conforme o tipo de serviço executado no porto ou aeroporto, sendo que é um dos
serviços que podem ser terceirizados inclusive considerando que, ao serem terceirizados, os
serviços passam a ser executados de forma especializadas, seja para movimentação de carga,
seja para condução de veículos no pátio ou entorno das estruturas portuárias e aeroportuárias,
além de serviços de segurança e limpeza, serviços gerais, administrativos, contábeis, jurídicos e
as atividades de apoio, as quais são sempre executadas de forma especializada, por isso são
executadas sob a máxima qualidade em todo o tempo.
TEMA 3 – FERRAMENTA DE GESTÃO – ANÁLISE SWOT
Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças, a sigla FOFA, no original em inglês SWOT
(strengths, weaknesses, opportunities e threats), forma  as peças do tabuleiro da Análise Swot, levando
em consideração a rapidez com que as tarefas são realizadas atualmente, principalmente no cenário
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internacional, contexto em que o trânsito das mercadorias negociadas globalmente deve sempre ser
realizado no menor tempo possível, exigindo que as administrações dos portos e aeroportos estejam
cada vez mais aptas a executarem práticas administrativas modernas e eficazes.
Para complementar, Santos (2013) conceitua então que “administrar em épocas turbulentas
exige uma prévia discussão das novas e peculiares exigências dos fatores básicos de sobrevivência e
de sucesso de um negócio”.
3.1 ANÁLISE SWOT – CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Segundo o conteúdo do Portal do Sebrae, a análise Swot serve para “analisar os pontos fortes e
fracos, e as oportunidades e ameaças de um negócio. Em seguida, o empreendedor pode organizar
um plano de ação para reduzir os riscos”.
Desse modo, considerar a pesquisa interna em relação às práticas operacionais desde
procedimentos como vendas dos serviços de armazenamento de cargas, nos quais os setores
comerciais ou de outra denominação nos portos e aeroportos apresentam aos importadores e
exportadores sua estrutura para que essas companhias direcionem suas cargas de importação e
exportação para seus locais, considerando que há atualmente uma concorrência muito crescente
devido aos vários pontos alfandegados principalmente nas capitais e cidades de maior
desenvolvimento industrial.
Face a essas realidades, os portos e aeroportos precisam, a todo tempo, estar atentos a
observação de seus pontos fortes nesse setor de venda, a comercialização dos serviços, onde a
acomodação por estar absorvendo cada vez mais clientes não deve de forma alguma ocorrer, pois a
concorrência está observando e certamente também está agindo para captar esses mesmos clientes,
o que cria um ciclo contínuo.
Assim, tanto a percepção de quais são os pontos fortes para a obtenção do maior número
possível de clientes na carteira quanto a busca por desenvolvimento de estratégias comerciais que
garantam a permanência desse cliente na casa, passa a ser uma rotina na administração dos negócios
dos portos e aeroportos.
Já em relação à observação dos pontos fracos, especialmente nos departamentos responsáveis
pelas vendas dos serviços dos portos e aeroportos, estes dizem respeito às falhas cometidas ou
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mesmo às forças competitivas dos concorrentes, pois assim como nos pontos fortes, há também, na
análise dos pontos fracos, um ciclo de tarefas a ser melhorado a cada dia. Por essa razão, a
ferramenta de Análise Swot permite a visão de pontos fracos na execução dos serviços, por isso a
importância de executá-la permanentemente, o que permitirá à direção obter parâmetros para
tomadas de decisões estratégicas.
Essas decisões podem ser em relação à prática de preços diferenciados de custos de
armazenagem, movimentação de cargas, dentre outras formas de captação de cliente, como cessão
de serviço de frete sem custo por um determinado trecho limitado a uma certa distância do porto ou
aeroporto, o que permite confiabilidade ao cliente e agilidade no processo logístico tanto do
importador, como do exportador brasileiro, condicionando-o, de certa forma, a tornar-se “fiel” a
aquele porto ou aeroporto, pois o que faz muita diferença na gestão logística é a parceria estratégica.
3.2 ANÁLISE SWOT – PRÁTICAS OPERACIONAISS (Strengths) – W (Weaknesses) – O (Oportunities) – T (Threats).
F (Forças) – O (Oportunidades) – F (Fraquezas) – A (Ameaças).
Observemos a seguir um infográfico da Análise Swot e, na sequência, sua abordagem analítica.
Figura 1 – Análise Swot
Créditos: prizma/Shutterstock.
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Assim, compreendemos que a ferramenta de Análise Swot revela condições para que os portos e
aeroportos possam considerar revisões de processos de trabalho e procedimentos por ser uma
ferramenta de certa forma simples, bastando a definição de uma forma gráfica de sua aplicação de
forma escrita manualmente, digitada, enfim, variando conforme a preferência da empresa. O certo é
que a aplicação da Análise Swot permitirá à empresa analisar cenários internos e também o cenário
externo para comparação de suas atividades com as que os concorrentes estão realizando de forma
mais eficaz, apresentando, desse modo, uma possibilidade de ajustes e correções.
A Análise Swot também permite o estabelecimento das metas e objetivos no planejamento
estratégico da organização, porto ou aeroporto, sendo que o tema específico de planejamento
estratégico será abordado em outras aulas.
Saiba mais
Para um maior entendimento sobre a ferramenta de Análise Swot, sugere-se a visita ao
portal do Sebrae por meio do seguinte link: <https://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/
Anexos/ME_Analise-Swot.PDF>. Acesso em: 25 ago. 2020.
TEMA 4 – AVALIAÇÃO DE GARGALOS PORTUÁRIOS E
AEROPORTUÁRIOS
A administração moderna exige a prática de operações cada vez mais enxutas e dinâmicas, tudo
sob o ponto de vista da evolução tecnológica, especialmente com as ferramentas que a internet
disponibiliza para atividades de gestão dos negócios. Ademais, ainda com a utilização das
ferramentas mais modernas permitidas pela evolução tecnológica, é possível encontrar espaços
físicos vazios, ou mesmo de concepção de resultados administrativos, ou seja, as tarefas
administrativas que não proporcionam resultados positivos.
Assim surgem os gargalos em um setor econômico, sendo que nos portos e aeroportos esses
fenômenos negativos são sentidos a partir do momento em que se percebem espaços vagos,
ociosos, sem utilização, por exemplo armazéns não ocupados, equipamentos não utilizados, prédios
administrativos não utilizados completamente, pistas de pouso em desuso, profundidade marítima
em portos não exploradas na capacidade máxima permitida, funcionários não treinados
https://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/ME_Analise-Swot.PDF
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adequadamente etc. Todos esses fatores contribuem para detecção de gargalo nas administrações
portuárias e aeroportuárias.
Outro fator muito prejudicial nas atividades de escoamento das cargas, tanto de importações
quanto das exportações brasileiras, são as atividades dos órgãos fiscalizadores, especialmente da
Receita Federal do Brasil, a qual, em períodos de greves dos auditores fiscais, ocasiona gargalos de
tempos demasiadamente longos nos quais as cargas são obrigadas a ficarem paradas nos terminais
portuários e aeroportuários, em que os custos de armazenamento são extraordinariamente altos.
Também há casos em que o fisco federal através da Aduana Brasileira, a Receita Federal do Brasil,
impõe procedimentos especiais de fiscalizações nas cargas, dependendo de critérios específicos que
justifiquem a aplicação e tal prática fiscal, na qual a carga é condicionada a ficar parada no porto ou
aeroporto por período de até 90 dias prorrogáveis por mais 90, inviabilizando assim completamente
uma operação de importação, pois é de se imaginar que, nesse prazo, as vendas e lucros estimados
dos produtos importados já foram comprometidos, todos foram consumidos pelo custo da
armazenagem nesse período da permanência da carga na alfândega, conforme a Lei n. 1169/2011.
Entretanto, é necessário mencionarmos que o procedimento especial de fiscalização pela Receita
Federal exposto acima apenas ocorre em casos muito específicos, nos quais esse órgão fiscalizador
detecta alguma irregularidade que justifique a aplicação de tal procedimento.
4.1 MODERNIZAÇÃO DOS PORTOS 
Em 2004, o Governo Federal instituiu o Programa de Modernização Portuária por meio da Lei n.
11.033/2004, a qual trouxe incentivos fiscais (retirada da obrigatoriedade de recolhimento dos
impostos incidentes na importação de equipamentos utilizados na exploração portuária).
Tal incentivo permitiu que gargalos fossem eliminados em grande parte das unidades portuárias
do país, pois as empresas tiveram assim condições de modernizar suas estruturas conforme o que
havia de mais moderno em termos de equipamentos e tecnologia de forma global, equiparando,
assim, as unidades portuárias brasileiras com as mais modernas do mundo.
Mesmo assim, ainda existem gargalos provocados também pela ineficácia do restante da cadeia
logística como custos altos de pedágios, e em outras regiões de menor desenvolvimento em
infraestrutura logística, condições desfavoráveis de tráfego de caminhões, o que encarece o frete
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tanto para o transporte das cargas até os portos para exportações, como para as retiradas deste até
as empresas importadoras.
Também com relação aos gargalos portuários, em 2013, o Governo Federal publicou uma nova
Legislação para o setor, a Lei n. 12.812/2013, que novamente atribuiu ao poder público a capacidade
administrativa para exploração das áreas portuárias e definição dos contratos para arrendamentos de
portos e instalações portuárias, mas mesmo assim, ainda há gargalos como defasagem na prática de
preços altos nos serviços de armazenagem.
Essas situações elevam os custos de produtos importados, tanto os adquiridos para revenda
quanto as matérias-primas importadas para utilização em processo fabril, ou seja, o caminho para
diminuição drástica nos gargalos operacionais das atividades portuárias é longo e depende de um
esforço em conjunto do poder público e da iniciativa privada.
4.2 GARGALOS NOS AEROPORTOS  
A exemplo das dificuldades operacionais encontradas nos portos, nas atividades aeroportuárias
também há a ocorrência de gargalos operacionais, considerando que as estimativas de recebimento
de cargas para operacionalização, o que gera recursos e faturamentos aos aeroportos, muitas vezes
acaba sendo diminuída por fatores como a variação cambial que atrapalha muito a importação pelas
empresas, especialmente as que praticam tal atividade especificamente para revenda de produtos,
setor em que a dificuldade de repasse de preços é muito grande, pois o consumidor diminui a
procura, elevando a probabilidade de ocorrência dos gargalos de espaços ociosos nos terminais
aeroportuários, sendo este efeito do câmbio apenas um dos motivos.
Outro fator também causador dos gargalos nas atividades aeroportuárias é o que ocorre nos
portos com relação direta às operações de fiscalizações aduaneiras pela Receita Federal, as quais, em
certas ocasiões, aplicam severas punições aos importadores por cometimento de falhas operacionais,
visto que a legislação aduaneira determina a exigência para cobrança de multas altas que poderiam
ser substituídas por punições administrativas de correções, mas monetariamente diminuem o poder
financeiro das empresas importadoras e exportadas, o que de certa forma contribui para a
diminuição dessas atividades econômicas prejudicando demasiadamente os aeroportos, que passam
a ter menores volumes de cargas, aumentando, assim, ainda mais os gargalos operacionais e,
consequentemente, provocando impactos financeiros prejudiciais e de difícil recuperação.
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TEMA 5 – CENÁRIOS E TENDÊNCIAS DOS PORTOS E AEROPORTOS
DO BRASIL
As sucessivas crises econômicas e a insegurança jurídica no país, especialmente no aspectotributário, que é o mais relevante para empresas importadoras e exportadoras no Brasil, são
elementos presentes para as baixas dos números da balança comercial brasileira, que apesar de todo
o esforço do setor privado, no qual as empresas criam formas de atuação de negociações que
permitam melhores condições de faturamento, bem como a consequente geração de mais
empregos, enfim, giro da cadeia e ciclo econômico, todos esses fatores negativos contribuem para
que o cenário atual dos portos e aeroportos não seja o mais promissor e otimista.
Mas também é necessário considerar que a economia do país passou, a partir de 2019, a
apresentar evidências de retomada de crescimento. Entretanto, no início de 2020, nos deparamos
com uma terrível situação de saúde mundial, uma pandemia nunca antes vivida e com reflexos
diretos na economia, afetando drasticamente o comércio internacional, provocando diminuição nos
fluxos de cargas internacionais nos portos e aeroportos.
No momento, a tendência é a recuperação da economia do país, sendo que em meados de 2020
o Brasil dava sinais de que a retomada do crescimento seria evidente no pós-crise Covid-19, fato este
que contribui de forma muito positiva para os portos e aeroportos, pois é o combustível para o
trânsito de cargas fruto das negociações das empresas brasileiras nas importações e exportações.
Dessa forma, o pós-crise certamente trará novas oportunidades de negócios, mostrando ao setor de
exploração portuária e aeroportuária que as demandas de serviços irão aumentar gradativamente tão
logo a situação da pandemia seja controlada globalmente.
TROCANDO IDEIAS
Para seu melhor desenvolvimento de estudo nesta aula, sinta-se convidado a esboçar seus
pensamentos em relação à necessidade de que as empresas pratiquem suas atividades sob
parâmetros de comparação e medição de desempenho, análises quanto aos rendimentos comerciais
e também quanto aos resultados operacionais, buscando sempre o aprimoramento das tarefas
operacionais.
16/06/2022 12:03 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 17/18
NA PRÁTICA
Que tal praticar um pouco agora? 
O convite, então, é para que você apresente, no fórum de seu ambiente virtual, uma Análise
Swot com base em sua concepção de uma empresa de exploração portuária ou aeroportuária. Você
deverá apresentar todas as informações presentes na Matriz Swot, então, crie sua matriz inserindo os
elementos e comentando quais as particularidades de cada um na sua proposta de exercício. 
FINALIZANDO
Chegamos, portanto, ao final de mais uma aula, mencionando que a gestão de portos e
aeroportos, bem como extração de conceitos de administração de empresas, atividades
extremamente necessárias e presentes na gestão das atividades portuárias e aeroportuárias,
dependem dos indicadores de desempenho nas atividades operacionais e de administração nos
portos e aeroportos, elementos indispensáveis para a obtenção de dados relativos à situação real do
dia das empresas exploradoras desses centros logísticos.
A administração desses centros logísticos exige máxima eficácia e eficiência, fatores primordiais
para o alcance do crescimento sustentável das empresas e da alta performance com base na correção
de erros, sob olhares das ferramentas de análise de cenários como a ferramenta Swot
(strengths,  weaknesses,  opportunities  e  threats), na qual   as forças, fraquezas, oportunidades e
ameaças (FOFA) contribuem para revisões de planejamento estratégico e implementações de novas
estratégias para vendas de serviços a partir de análises de cenários e pesquisas de fatores externos.
 REFERÊNCIAS
ANTAQ. Desempenho Portuário. Santos, 2006. Disponível em:
<http://web.antaq.gov.br/portalv3/pdf/palestras/11-ENEPh.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2020.
Cinco Indicadores de Desempenho para Medir seu Sucesso. Endeavor, 26 maio 2015. Disponível
em: <https://endeavor.org.br/estrategia-e-gestao/indicadores-de-desempenho/>. Acesso em: 20
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ELEUTERIO, M. A. M. Sistemas de Informações na Atualidade. Curitiba: Intersaberes, 2015.
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LOUZADA, P. Qual a Importância dos Indicadores de Desempenho? Blog Análise de Dados, 3
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<https://www.dicionariofinanceiro.com/indicadores-de-desempenho/>. Acesso em: 20 ago. 2020.
Robson. O Que São Indicadores de Desempenho e Como Usá-los em Sua Empresa. FOCCOERP,
7 mar. 2017. Disponível em: <https://www.foccoerp.com.br/gestao-de-empresas/o-que-sao-
indicadores-de-desempenho/>. Acesso em: 20 ago. 2020.
SANTOS, L. F. B. Evolução do Pensamento Administrativo. Curitiba: Intersaberes, 2013.
SEBRAE. Ferramenta: Análise Swot. Disponível em:
<https://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/ME_Analise-Swot.PDF>. Acesso em: 20
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