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COMPETÊNCIA AMBIENTAL A competência em matéria ambiental é dividida em material e formal pela CF. Material Trata-se da competência administrativa, para exercício do poder de polícia. Pode ser exclusiva ou comum: Exclusiva - União Art. 21 - Compete à União: IX - Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social. XIX - Instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso. XX - Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos. Assim, a competência material da União é mais ampla, voltada a estabelecer diretrizes gerais e instituir sistemas e planos. XXIII - Explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: a) Toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; b) Sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; c) Sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; d) A responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa - Estados Art. 25, § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. - Municípios Art. 30 - Compete aos Municípios: VIII – “Promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano”. Assim, o planejamento urbano é de competência do município, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela União na competência atribuída a ela pelo art. 21, XX. IX - Promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual. Comum Atribuída à da União, Estados, DF e Municípios: Art. 23 - É competência comum da União, dos Estados, do DF e dos Municípios: III - Proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos. IV - Impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural. Assim, os incisos III e IV tratam da proteção do ambiente cultural. VI - Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas. VII - Preservar as florestas, a fauna e a flora. IX - Promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico. XI - Registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios. A LC 140/2011 fixa normas para a cooperação entre a União, os Estados, o DF e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum. O exercício do poder de polícia ambiental, através da fiscalização, em âmbito municipal, depende da existência de fiscais. Já em âmbito estadual, no Paraná, é realizada pelo Instituto de Águas e Terras (IAT). Por fim, em âmbito federal, é exercida pelo IBAMA. Formal Trata-se da competência legislativa. Pode ser privativa, concorrente ou suplementar: Privativa De modo geral é atribuída à União, mas pode ser delegada aos estados por lei complementar: Art. 22 - Compete privativamente à União legislar sobre: IV - Águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; XII - Jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; XXVI - Atividades nucleares de qualquer natureza; Único - Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. Ainda, compete privativamente aos municípios legislar sobre assuntos de interesse local (art. 30, I). Concorrente Atribuída à União, aos Estados e ao DF, excluídos os municípios. Art. 24 - Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: VI - Florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII - Proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; VIII - Responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; A legislação da União é composta por normas gerais, e a dos Estados e do DF, por normas suplementares: § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. Suplementar Atribuída aos municípios, a quem incumbe suplementar a legislação federal e estadual no que couber (art. 30, II).
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