PROVA DE ECOPOL 2

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Ricardo formula a Teoria da Renda da Terra, pois reconhece as limitações da terra e entende que esta é fonte poderosa de lucros e subsistência. Sendo assim, o autor busca entender como essa renda se forma e quais aspectos determinam a quantia de renda que será paga ao proprietário, arrendatário.

Ricardo toma, inicialmente, a Teoria Populacional de Malthus, a qual diz que o crescimento da população ocorre por meio de uma progressão geométrica, e a produção de alimentos por uma progressão aritmética. Dessa maneira, chegaria em um momento que não haveria alimentos suficientes para todos os indivíduos. Partindo dessa teoria, Ricardo explica como ocorre a utilização da terra e como a renda se forma, com base em dois princípios, primeiro nas diferenças que existem nos solos, e segundo na concorrência entre os capitalistas, e mais, Ricardo utiliza tal teoria para explicar os preços.

Importante ressaltar, inicialmente, Ricardo ao construir sua teoria, usa um exemplo abstrato, onde existe um país em que nenhuma terra tinha sido utilizada. Assim, um capitalista (aleatório), começa a produzir na terra mais fértil e mais próxima a população, com o decorrer do tempo, as terras férteis ficarão escassas, e a busca passa a ser pelas terras menos férteis.

O crescimento populacional, eleva a demanda por alimentos, isto estimularia os capitalistas produtores a produzirem cada vez mais. Dessa forma, os capitalistas buscariam as terras mais férteis e mais próximas a população crescente, pois ali estava concentrada a demanda, assim como a mão de obra. Em um momento, de acordo com a teoria de Ricardo, as terras mais férteis acabariam e os capitalistas iriam recorrer as terras menos férteis, pois a demanda alta estimularia os capitalistas a produzirem. Nestas terras, é necessário um maior uso de força de trabalho, assim como um maior investimento em capital (circulante e fixo). A atividade lucrativa chama atenção de novos produtores que irão procurar novas terras, elevando a concorrência. Todavia, tais terras são menos férteis. os capitalistas irão, então, iniciar uma maior busca e oferecerão mais renda aos proprietários que lhes fornecessem as terras para uso. Essa elevação de produtores, empurra a taxa de lucro para baixo, uma vez que, a atividade lucrativa é benéfica ao progresso econômico e acumulação de capital.

Dessa forma, a elevação da produção, precisa contar com mais trabalhadores, Ricardo em seu debate, pega a teoria de Malthus, a qual mostra que, o progresso econômico eleva os salários dos trabalhadores, que por sua vez, terão mais filhos, fazendo a taxa de natalidade disparar. A maior demanda por alimentos, impulsiona o crescimento da produção. todavia, a terra é limitada por aspectos geográficos e naturais. Uma demanda maior do que a oferta, eleva o valor relativo dos insumos básicos para sobrevivência, ao passo que empurra os salários para o nível de subsistência.

A concorrência gerada pelas terras menos férteis, criará a renda da terra. A concorrência por, a longo e médio prazo, reduzir a produtividade, será responsável pela determinação da taxa de lucro, que para Ricardo, era regulada pela Lei dos Rendimentos Decrescentes, que era: um capitalista quer elevar seu lucro, para isso precisará de mais homens, assim, ele irá elevar somente o capital circulante (trabalho) enquanto os outros insumos permanecer~çao os mesmos. Com o tempo as limitações reduzirão a produtividade, pois a terra ficará pequena para o tamanho da produção. assim, os rendimentos vão cair.

Assim como ocorre o decréscimo dos salários, ocorre também a queda da taxa de lucro, por conta da entrada massiva de novos capitalistas. A pressão criada pela demanda por alimentos, faz os capitalistas buscarem terras até que o produto líquido seja somente renda. Com isso, acabam-se os estímulos para produzir, uma vez que o lucro se iguala a zero. Quando isso ocorre, para Ricardo, o país está em Estado Estacionário. Junto a queda da produtividade do trabalho , que diminui os lucros, que por sua vez reduzem a acumulação.

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