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Como Aumentar a Inteligencia do seu Bebe - Glenn Doman

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A cada dois meses, de todos os cantos do mundo, um novo grupo 
de oitenta pessoas chega aos Institutos para a Realização do Po­
tencial Humano, nos arredores da Filadélfia. Eles vêm assistir a 
um curso de sete dias sobre Como Aumentar a Inteligência do 
seu Bebê. Essas pessoas têm quatro coisas em comum: (1) todos 
têm filhos; (2) todos amam muito seus filhos; (3) fizeram grandes 
sacrifícios para assistir ao curso; e (4) estão decididos a fazer com 
que seus filhos, ao crescer, tornem-se pessoas melhores em um 
mundo melhor. 
Este livro foi planejado para transmitir o conhecimento, a ex­
periência e os métodos de ensino dos Institutos a todos os pais que 
desejam obter esse conhecimento do modo mais rápido e mais 
barato que puderem. Acreditamos que cumpra esta missão. 
Glenn Doman, fundador e presidente dos Institutos, passou 
mais d� trinta anos estudando crianças em mais de uma centena de 
países. Escreveu diversos livros, entre eles Como Ensinar 6 seu
Bebê a Ler. 
tOMO 
A INTEL16ENCIA 
DO SEU BEBE 
GlennDoman 
Autor de COMO ENSINAR O SEU BEBÊ A LER 
Título original norte-americano 
HOW TO MULTIPLY YOUR BABY'S INTELLIGENCE 
Copyright © 1984 by Glenn Doman 
Foto do Autor na 4." Capa: SHERMAN HINES 
Para 
Helen Gould Ricker Doman 
e 
Joseph J ay Doman 
Minha mãe e meu pai, 
que insistiram para que eu começasse a vida 
de pé nos seus ombros. 
Direitos de publicação exclusiva em língua portuguesa no Brasil 
adquiridos pela 
DISTRIBUIDORA RECORO DE SERVIÇOS DE IMPRENSA S.A. 
Rua Argentina 171 - 20921 Rio de Janeiro, RJ - Tel.: 580-3668 
que se reserva a propriedade literária desta tradução 
Impresso no Brasil 
PEDIDOS PELO REEMBOLSO POSTAL 
Caixa Postal 23.052 - Rio de Janeiro, RJ - 20922 
T 
• 
Agradecimentos 
Se a História registra quem escreveu o primeiro livro, a informação 
não chegou acé mim. 
Seja quem for, homem ou mulher, estou certo de uma coisa: o 
livro não foi feito sem uma grande ajuda de outras pessoas. 
Deus sabe que enquanco. estive trabalhando neste livro, por 40 anos, 
de uma maneira ou de outra, tive certamente gigantescas contribuições, 
todas elas vitais. 
Participaram mais diretamente .Janet Doman e Susan Aisen es­
crevendo vários capítulos tão brilhantemente claros e incisivos que,'em­
bora me deixem encantado, me deixam, ao mesmo tempo, contraria­
do pelo fato de o resto do livro não o ser tanto.
Lee Pattinson reviu-o, palavra por palavra, e retirou as arestas dos 
meus infinitivos com advérbios. Assim fazendo, Lee aliviou a tarefa 
de Ferris Mack, meu editor da Doubleday e amigo há muitos anos, cu­
jas "sarcásticas notas" foram inteligences e amáveis o bastante para 
tornar indolor a retirada de algumas frases prediletas a respeito de pes­
soas especiais em todo o mundo. 
As centenas de milhares de palavras que constavam dos vários ori­
ginais foram datilografadas por Greta Erdtmann e Cathy Ruhling, que 
procuraram agir como se aquele tédio sem fim fosse de fat0 agradável. 
Michael Armentrout projetou graficamente o livro e, sem uma úni­
ca queixa, montou-o de várias formas para atender a meus ''caprichos'', 
que devem ter-lhe parecido intermináveis. 
Sherman Hines, esse anista ímpar e fotógrafo canadense, fez to­
das as fotografias, exceto as que têm outros créditos. Agonizei diante 
da necessidade econômica de reduzir suas cores radiantes para preto 
e branco. 
O velho Hipócrates e Temple Fay e muitos outros grandes neuro­
cirurgiões e neurofisiologistas estão aí, em cada página, como estão 
5 
os grandes mestres que tive. (Os terríveis professores que tive também 
estão, embora de modo diference.) 
Aquele grupo de pessoas que eu só posso descrever como subli­
mes, os integrantes da equipe dos Institutos para o Desenvolvimento 
do Potencial Humano estão em cada página, em cada palavra e nos 
espaços entre elas. Eles variam em idade e em experiência, desde o Pro­
fessor Raymond Dart, de 90 anos, cuja descoberta do Australopithe­
cus ajricanus Dartii modificou finalmente as idéias do homem sobre 
quem somos e de onde viemos até aqueles jovens de 21 anos, aspiran­
tes a posições em nossa equipe. 
O CORPO DE DIRETORES 
Janet Doman, Gretchen Kerr Green, Douglas Doman, Robert 
Derr, Susan Aisen, Bruce Hagy, Ann Bali, Rosalind Doman, Katie Do­
man, Neil Harvey, Elaine Lee, Maxwell Britt, Mary Ellen Cooper, Lee 
Pattinson, Michael Armentrout, Pearl Le Winn e Helen Derr. 
O CORPO MÉDICO 
Dr� Roselise Wilkinson, Dr. Edward B. Le Winn, Dr. Raymond 
Dart, Dr. Allan Sosin, Dr. Robert Doman, Dr. Mihai Dimancescu, Dr. 
Leland Green, Dr. Phillip London, Dr. Harold Wilkinson, Dr. Euge­
ne Losasso, Dr. José Carlos Veras e Dr. Max Karpin. 
O GRUPO DOS MAIS ANTIGOS 
Lidwina van Dyk, Miki Nakayachi, Dawn Price, William Wells, 
Phyllis Kimmel, Frank Caputo, Janet Caputo, Charlotte Coombs La­
winski, Leia Coelho-Reilly, Beatrice Carrancedo, David Coventry, Bar­
bara Coventry, Fred Hill, Patricia Carmichael-Gerard, Susan Sosin, 
Carol Gratten e Mary Ravenell. 
O CORPO ADMINISTRATIVO 
Greta Erdtmann, minha valiosa assistente por mais de 20 anos, 
Cathy Ruhling, James Kaliss, Mitchell Burchfield, Dr. Nathan Rach­
mell, Tom Tindall, Tom Herman, John Tini, Helen Carey, Doris Bru­
no, Martha Clement, Marilyn Rogers, Sharon Jerge, Linda Pollack-
6 
Johnson, Edna Platt, Rosalie Sherman, Marjorie Dart, Pearl LeWinn, 
Bertha White, Barbara McKinney, Michael Brandt, Pam Coventry, Lisa 
Dioda, Nest Holvey, Janet Koert, Ferris Alger e Jerry Schwartz. 
O GRUPO JOVEM 
Matthew Newell, Susan Cameron, John Grifo, Harris Kaplan, Yael 
Joseph, Tsunenori Fujimaki, Teruki Temera. 
Assim também, em cada página, estão milhares de magníficas 
crianças com quem pudemos aprender, de acordo com seus vários ní­
veis, desde as portadoras de disfunções cerebrais, até as crianças do 
Rennaissance. 
Ao falar dessas crianças e de suas realizações individuais remetemo­
nos aos seus pais - determinados e heróicos - que vivem num mun­
do feliz criado por eles mesmos. Citar uma, cem ou mil delas, de certo 
modo diminuiria os milhares restantes. Portanto, daqui os saúdo a to­
dos - crianças, homens e mulheres - e me curvo diante deles com 
o mais profundo amor e r.espeito.
Desejo agradecer àquele grupo de diretores dos Institutos, tanto 
os vivos quanto os mortos não devidamente homenageados, que nos 
deram seu amor, dedicação e orientação e que em mais de uma oca­
sião arriscaram sua preciosa reputação para nos amparar quando está­
vamos atacando o status quo tão zelosamente guardado pelos autono­
meados e auto-ungidos "donos únicos da verdade''. 
QUADRO DE DIRETORES 
Dr. Walter Burke, Sr. Frank Cliffe, Sr. Chatham R. Wheat III, 
Dr. Ralph Pelligra, Sr. Harry Guenther, Sr. James McGeehan, Sr. Jo­
seph Gay, Sr. John Wright, Dr. Robert Morris, Srta. Liza Mi.nnelli. 
Capitão-de-Corveta Phillip Phillips, Sr. Richard Norton, Dr. José Car­
los Veras, Sr. Kaname Matsuzawa, Dr. Susumu Samoto, Sr. Carlos 
Carrancedo, Sr. Alan Spitzer. 
Agradeço a Stephen Sordoni e sua família por terem cedido a Ka­
tie e a mim sua bela casa, para que pudéssemos escrever a versão final 
do livro. 
Por último, mas não menos importante, curvo-me sinceramente 
perante todos aqueles que apoiaram o trabalho dos Institutos, ao lon­
go dos anos. Eles nos deram seu resoluto apoio financeiro, emocional, 
intelectual, científico e moral e contribuíram de muitas outras manei-
7 
ras. Incluem, mas de modo algum se limitam, as seguintes pessoas e 
grupos de pessoas: 
Dan e Margaret Melcher, Walker Buckner, John e Mary McShain, 
Dr. Jerold Morantz, Scott e Helen Nearing, Neil Young, Sra. Betty 
L. Hutton Williams, William Christopher, Dr. e Sra. Susumu Samo­
to, Sr. e Sra. C.B. Norris, Sherman Hines, Lloyd McBride, Dr. Linus
Pauling, William Johntz, Aletha Burke, Dr. Ewan Cameron, Maude
Cliffe, Mary L. Smith, Sr. e Sra. Marvin Kaplan, Dr. Masaru Ibuka,
John e Josie Connelly, Dorothy Cassard, Dr. Frank Gerbode, Sra.
Henry Hoyt, Sr. e Sra. Charles Hoyt, Lynette Britt, Dianne Phillips,
Sra. Christian Johnson.Vic Vykukal, Don Peeler, Ora. Lourdes Lobo Veras, Pat Spitzer, 
Bruce e Karen Doman, Buckminster Fuller, James Ertel, Ray Mark­
man, Dick Dixon, Fred Erdtmann, Dr. Aroldi Rossi, Clare Fejes, Dr. 
Konrad Lorenz, Sarah Garroway, Marty Osprow, Carmen Guenther, 
Senadora Marion Menning, Elizabeth Gay, Dr. Wilton Krogman, Shi­
nichi Suzuki, Mildred Wright. 
Christopher Burden, Dennis Dubin, Joseph Eger, Frank La Ca­
va, Peter Geyelin, Dr. Richard Mitchell, Dr. Froelich Rainey, Keido 
Matsuzawa, Mark Gero, Dr. Thor Heyerdahl, Catherine McGeehan, 
Joy Norton, Dr. Jonas Salk, Joan Morris, Dr. Desmond Morris, Erik 
Doman, Joyce Stoner, Dr. Gerald Soffen, Shannon Doman, Dr. AI­
fred Tonori, Dr. William Tutrnan. 
The United Steelworkers of America, The Ken Foundation, The 
Sony Corporation, Encyclopaedia Britannica, Louis N. Cassett Foun­
dation, D.J. Kernott Memorial Fund, Henry e Lucy Moses Fund, Pew 
Memorial Trust, Sra. Christiane Mueller da French Benevolent Society, 
Sr. Kennech Nees da Sony Corporation of America Foundarion, Juliet 
Childs do General Electric Employees Community Service Fund, Brenda 
Hoelman e Dr. Earl Greenwald do Medical Resources Group lnc., Ar­
dei! de Loggie do Helen D. G. Beatty Trust e muitos outros. 
Sumário 
I Parte - INTRODUÇÃO 
Prefácio - A Revolução Suave 13 
Capítulo 1 Os Pais de Amanhã 19 
Capítulo 2 As Criancinhas do Instituto Evan Thomas 24 
Capítulo 3 As Crianças da Renascença 39 
Capítulo 4 As Descobertas 58 
II Parte - INTELIGÊNCIA 
Capítulo 5 A Natureza dos Mitos 69 
Capítulo 6 A Gênese do Gênio 74 
Capítulo 7 - É Bom, Não Ruim, Ser Inteligente 78 
Capítulo 8 - Hereditariedade, Meio Ambiente e 
Inteligência 83 
Capítulo 9 - Homo Sapiens, o Presente dos Genes 99 
III Parte - CRIANÇAS 
Capítulo 10 - A Mágica Está na Criança 107 
Capítulo l 1 - Tudo que Leonardo Aprendeu 113 
CapítuJo 12 - Todas as Crianças São Gênios 
Lingüísticos 120 
Capítulo 13 - Do Nascimento aos Seis Anos 126 
Capítulo 14 - O Que Realmente Significa Q.I.? 136 
Capítulo 15 - Sobre Motivação - e Testes 140 
IV Parte - O CÉREBRO 
Capítulo 16 - O Cérebro - Use-o ou Perca-o 149 
V Parte - MÃES 
Capítulo 17 - As Mães São as Melhores Mães e os Pais 
São os Melhores Pais 165 
VI Parte - GÊNIOS 
Capítulo 18 - Gênios - Não Temos Muitos, Mas Muito 
Poucos 179 
VII Parte - COMO AUMENTAR A INTELIGÊNCIA DO SEU 
BEBÊ 
Capítulo 19 - Como Cri?.:- Sucesso Para Seu Filho 19 l 
Capítulo 20 Como Utilizar Trinta Segundos 198 
Capítulo 21 Como Ensinar Seu Bebê a Ler 208 
Capítulo 22 - Como Dar Conhecimento Enciclopédico 
ao Seu Bebê 231 
Capítulo 23 - Como Ensinar Matemática ao Seu Bebê 256 
Capítulo 24 - Quantos Tipos de Inteligênc'ia Existem? 273 
Capítulo 25 - Mais Sobre Alegria 287 
I Parte 
Introdução 
Prefácio: A Revolução 
Suave 
Silenciosamente, sempre silenciosamente, a Revolução Suave começou 
há quase um quarto de século. Era a mais suave de todas as revoluções 
na história do mundo. É possivelmente a mais importante das revolu­
ções e com certeza a mais gloriosa. 
Considere, primeiro, o objetivo da Revolução Suave: dar a todos 
os pais conhecimentos necessários para tornarem seus bebês alcarnen1e 
inteligentes, extremamente capazes, e crianças interessantes, tornando 
o mundo, assim, mais humano, sadio e decente.
Considere, em seguida, os revolucionários - tudo, menos um ban­
do. Há três grupos: 
Primeiro, os recém-nascidos do mundo, que sempre estiveram por 
aí com seu potencial jamais sonhado, um potencial quase além dos nos­
sos sonhos - certamente além do nosso conhecimento. 
Segundo, as mães (e pais), que sempre tiveram seus sonhos sobre 
o que seus bebês poderiam vir a ser. Quem poderia acreditar que seus
sonhos mais ardentes poderiam ficar tão próximos da possibilidade real?
Finalmente, o pequeno grupo de pessoas, no máximo umas cem 
ou um pouco mais, que compõe o quadro dos Institutos para o Desen­
volvimento do Potencial Humano, que em 42 anos chegaram a reco­
nhecer a verdade espantosa sobre as crianças, uma verdade na qual tro­
peçaram várias vezes durante os anos em que a procuraram. 
Bebês, mães, corpo médico, um grupo nada convincente para de­
sencadear a mais importante - e a mais inesperada - revolução da 
história. 
Quem já ouviu falar de uma revolução em que não há mortos, 
nem dor, nem sangue, nem ódios, nem destruição? Quem já ouviu fa­
lar de uma revolução suave?
Nesta mais suave das revoluções há dois inimigos. O primeiro é
13 
o mais implacável dos inimigos, os Mitos Antigos; o segundo, o mais
formidável inimigo, A Maneira. como as Coisas São. Não é necessário
que sejam destru(das velhas tradições, mas somente que crenças falsas
cultivadas há muito tempo sejam agora sepultadas.
Quem iria chorar a morte da ignorância, da incompetência, do 
analfabetismo, da infelicidade e da pobreza? 
Não poderia a eliminação destes antigos inimigos levar a um mundo 
melhor, com menos necessidade de violência, matanças, ódios e guer­
ras - ou, talvez, com nenhuma necessidade disso? 
Que descobertas poderiam ter levado aos sonhos lindos que os "re­
volucionários" tiveram? O que teria acontecido há quase um quarto 
de século? 
Nossa primeira descoberta surpreendente foi a de que era possível 
ensinar bebês a ler. Tão incrível como possa parecer, não é só possível, 
mas também mais fácil ensinar uma criança de um ano a ler do que 
uma de sete anos. Muito mais fácil. 
Por volta de 1963, escrevemos um livro para mães, chamado How 
ro Teach Your Baby to Read (Como Ensinar seu Bebê a Ler). Este li­
vro teve um sucesso imediato e a revolução suave começou. Muitas mães 
escreveram para dizer da sua alegria ao ler o livro e do seu sucesso ao 
ensinar os filhos. Depois, centenas escreveram para dizer o que tinha 
acontecido às suas crianças depois que aprenderam a ler. Milhares de 
mães compraram o livro e ensinaram seus bebês a ler. O livro foi pu­
blicado em inglês por uma editora britânica e também em alemão, fran­
cês, italiano, espanhol e português. Dezenas de milhares de mães es­
creveram para nos contar o que tinha acontecido. O que essas mães 
contaram com júbilo e orgulho foi que: 
1. Seus bebês tinham aprendido a ler facilmente.
2. Seus bebês cinl,am adorado aprender.
3. Havia sido intensificado o amor entre elas e seus bebês (o que
elas relataram com muito prazer, mas sem surpresa). 
4. O respeito da mãe pelo filho e deste pela mãe cresceu rapida­
mente (isso elas relataram com muita alegria, e bastRnte surpresa). 
5. À medida que aumentou a facilidade de leitura dos filhos, au­
mentou também seu amor pelo estudo, e do mesmo modo desenvol­
veram-se suas habilidades em muítos aspectos. 
Hoje, esse livro está traduzido em 18 línguas e, no mínino, mais 
de um milhão de mães compraram How to Teach Your Bpby to Read 
(Como Ensinar seu Bebê a Ler). 
Todo dia, chegam cartas de mães, como vem acontecendo por mais 
de 18 anos. Essas cartas são hinos de exaltação, e a alegria e orgulho· 
que cantam é a do potencial assombroso de seus bebês. Essas mães nos 
14 
transmitem a confirmação de seus sentimentos intuitivos em relação 
às habilidades inatas de seus bebês e da própria determinação de que 
seus filhos devem ter todas as oportunidades para ser tudo que sejam 
capazes de ser. 
Ao viajarmos ao redor do mundo e visitarmos todos os continen­
tes (exceto a Antártida, onde não há crianças), conversamos com mi­
lhares de mães individualmente e em grupos. Nas sociedades mais so­
fisticadas e nas mais simples, pedimos: 
- As mães presentes no grupo que acham que seu filho está indo
tão bem quanto deveria queiram levantar a mão. 
É sempre a mesma coisa. Ninguém se mexe. 
Talvez elas sejam tímidas, por isso invertemos o pedido, para ve­
rificar se esta era a causa: 
- Pedimos às mães, nesta sala, que acham que seu filho não está
indo tão bem quanto poderia que ergam a mão. 
Agora, todas as mãos na sala se levantam. 
No mundo inteiro, todos sabem que alguma coisa está errada no 
mundo das crianças, mas ninguém faz nada a respeito. 
Talvez: ninguém faça nada porque,igualmente em relação ao mau 
tempo, ninguém sabe exatamente o que fazer. 
Depois de 42 anos de trabalho com mães e crianças, o que foi ao 
mesmo tempo agradável e meticuloso, e de uma longa série dos mais 
fortuitos acidentes, aprendemos o que está certo e o que pensamos que 
deveria ser feito. Aprendemos como as coisas podem ser - como as 
coisas poderiam ser - não!, como as coisas devem ser, com as crian­
ças do mundo. 
Há algum tempo, está claro para nós que as mães estão absoluta­
mente corretas quanto à certeza de que seus filhos não estão indo tão 
bem como deveriam. 
Há algum tempo, ficou claro para nós por que mães e pais esta­
vam certos em acreditar que seus filhos tinham direito a extrair mais 
da vida do que estavam extraindo. 
Se os pais estivessem errados, de algum modo, sobre tudo isso. 
seria por não saberem o quanto estavam certos. 
Sabemos, agora, sem sombra de dúvida, que: 
l. As crianças querem aumentar sua inteligência.
1. As crianças podem aumentar sua inteligência.
3. As crianças estão aumentando sua inteligência.
4. A.s crianças devem aumentar sua inteligência .
.5. As mães podem ser �nsinadas a aumentar a inteligência de seus
filhos. 
15 
É importante registrar que pelo menos por 20 anos temos realmente 
ensinado mães a aumentarem a inteligência de seus filhos a passos lar­
gos, e elas têm feito isso, embora décadas atrás nem elas nem nós te­
nhamos visto isso exatamente sob este prisma. 
Nos últimos sete ou oito anos, temos não só cultivado a inteligên­
cia das crianças em termos quantitativos consideráveis, mas também 
temos visto, tanto os pais como nós, precisamente, do 9�e somo� ca­
pazes. Somos gente pragmática, os pais e nós, muito mais influenciada 
pelos ratos, quer dizer, pelo que realmente acontece quando você au­
menta a inteligência das crianças do que pelas teorias de qualquer pes­
soa, inclusive as nossas. 
Tudo tem funcionado muito bem (deixando de lado alguns reve­
ses) com as sessões às três da manhã (assim corno às nove da manhã) 
mais alegres, raivosas, felizes, infelizes, cômicas, torturantes, infinita­
mente compensadoras, extremamente frustrantes, perturbadoras, gra­
tificantes, deliciosas do que qualquer um de nós pode lembrar. 
Quarenta e dois anos depois de começar, os dias ainda são por 
demais excitantes e instigantes, e nenhum de nós trocaria nossas vidas 
por qualquer outra. 
Mas, em nosso movimentadíssimo Éden, há um grande proble­
ma, uma pergunta que temos respondido não só para nossa própria 
satisfação, um esforço final da nossa consciência coletiva. 
Quase todos que temos conhecido nos fizeram a pergunta, e se 
não fizeram, não importa, porque nós a fazemos constantemente a nós 
mesmos: 
"Não é verdade que, se um grupo de pessoas adquiriu conheci­
mento especial e talvez vital sobre os bebês do mundo, propositalmen­
te ou por acaso, essas pessoas, gostem ou não, têm, de fato, uma obri­
gação para com todas as crianças do mundo?" 
É óbvio que a resposta a essa pergunta é "Sim, temos uma obri­
gação especial para com todas as crianças do mundo". 
Nossa obrigação para com cada criança no mundo é dizer à sua 
mãe o que aprendemos para que ela decida com seu marido o que, se 
for o caso, gostaria de fazer a respeito. 
Porque acreditamos que, se o futuro de cada criança pequena do 
mundo tiver que ser decidido por alguém além dela (e é claro que tem), 
seus pais precisam ser esse alguém. 
Lutaríamos individual e coletivamente pelo direito de os pais fa­
zerem ou não fazerem as cofaas que esse livro propõe. 
Acreditamos que temos o dever de dizer a todas as mães vivas que 
o que aprendemos é possível. Temos de dizer-lhes o se'guinte:
Não só é possível, mas é fácil e agradável: 
16 
• ensinar um bebê de 12 meses a ler
• ensinar matemática a um bebê de 12 meses (ele pode fazer melhor
do que você)
• ensinar um bebê de 12 meses a entender e ler uma língua estrangeira
(ou duas ou três, se você quiser)
• ensinar um bebê de 28 meses a escrever (não só a escrever palavras ...
a escrever histórias e peças)
• ensinar um recém-nascido a nadar (mesmo que você não saiba)
• ensinar um bebê de 18 meses a fazer ginástica (ou balé, ou como ro­
lar uma escada sem se machucar)
• ensinar um bebê de 18 meses a tocar violino (ou piano, ou qualquer
outro instrumento)
• ensinar um bebê de 8 meses sobre aves: nome, identificação, classi­
ficação científica, habitat, ou qualquer outra coisa a respeito delas
que você queira; sobre flores, árvores, insetos, répteis, conchas, ma­
míferos, peixes, presidentes. reis e bandeiras, jóias, nações e Esta­
dos
• ensinar um bebê de 18 meses a jogar xadrez ou pintar ou, enfim, a
fazer qualquer coisa que você possa apresentar-lhe diretamente, de
maneira honesta e factual
Quando uma dessas coisas acontece a uma criancinha, sua inteli­
gência desabrocha. 
Quando várias dessas coisas acontecem a uma criança pequena, 
sua inteligência desabrocha rapidamente. 
Quando todas essas coisas são dadas a crianças pequenas com ale­
gria, amor e respeito, sua inteligência se multiplica. 
Acima de tudo e, talvez, melhor que tudo, quando os pais que real­
mente amam e respeitam seus bebês lhes dão o presente da beleza, do 
conhecimento e da habilidade, as crianças não se transformam em 
monstrinhos desagradáveis. Como a beleza, o conhecimento e a ver­
dade dados como um presente prazeroso poderia criar grosseria� Não 
podem e não criam. 
Se criassem, a equipe dos Institutos, que ama e respeita as crian­
ças, ficaria quieta e esqueceria todo o conhecimento de que se tornou 
herdeira; mas o que acontece é o oposto. 
As crianças mais competentes são as mais auto-suficie-ntes. Têm 
pouqu{ssimos motivos para se queixar e wdos os motivos para sorrir. 
As crianças mais brilhantes têm pouquíssimos motivos para pedir 
ajuda. 
As crianças mais hábeis têm pouca necessidade de bater em ou­
tras crianças. 
As crianças mais hábeis quase não têm necessidade de chorar e 
têm a maior motivação para fazer coisas. 
17 
Em suma, as crianças que são verdadeiramente brilhantes, cultas
e capazes são as mais agradáveis e as mais compreensivas com as ou­
tras. Têm rodas as características pelas quais amamos as crianças. 
É a criança menos competente, incapaz, chata, insensível e igno­
rante que se lamenta, chora, se queixa e bate. 
Enfim, com as crianças acontece o mesmo que com os adultos. 
Reconhecemos que temos, de fato, o dever de contar a todas as 
mães e a todos os pais o que aprendemos, para que possam pensar no 
assunto. Temos o dever de dizer a todas as mães que elas são e sempre 
foram ... as melhores professoras que esse velho mundo jamais viu. 
Este livro, como How to Teach Your Baby to Read, Teach Your
Baby Marh, How to Measure Your Baby's True lntelligence e os ou­
tros livros da Série Revolução Suave, é a nossa maneira de cumprir 
essa deliciosa obrigação. 
Assim, o que a Revolução Suave quer é dar a cada criança, atra­
vés de seus pais, uma oportunidade de ser excelente. 
E nós, juntos, somos os revolucionários. 
A equipe dos Institutos espera que você e seu bebê tenham tanto 
prazer, excitação, descobertas e alegria ao usar esse conhecimento quan­
to nós tivemos ao enveredar aos trancos e barrancos por esse terreno 
durante todos os anos de exploração. 
Uma Nota para os Pais. Não há chauvinismo nos Institutos, nem ma­
chismo, nem feminismo. Amamos e respeitamos mães e pais, meninos 
e meninas. Para resolver os problemas exasperadores de nos referir­
mos a todos os seres humanos como "adultos crescidos" ou "peque­
nas criaturas", decidimos nos referir mais freqüentemente a todos os 
pais como mães e a lodas as crianças como meninos. Parece justo. 
18 
1 
Os Pais de Amanhã 
Aproximadamente de dois em dois meses e sempre num domingo, che­
ga um grupo. Quase sempre é um grupo de 80 pessoas. Chegam ao 
campus dos Institutos para o Desenvolvimento do Potencial Humano 
que fica no velho subúrbio de Filadélfia, Chestnut Hill, vindas de to� 
dos os continentes (exceto da Antártida, onde não há crianças).Algu­
mas são da Filadélfia, mais ou menos a metade é dos Estados Unidos 
e umas 15 ou 20 são californianas. Sempre há umas l2 canadenses e 
o restante é proveniente da Europa, Ásia, do Pacífico Sul Oriente Mé-
. ; ,. 
, 
d10, America do Sul e da Africa. 
Todas vêm para um curso de sete dias sobre ·como Aumentar
a Inteligência do seu Bebê. Como há sempre muitas inscrições para o 
curso, elas se matriculam com muitos meses de antecedência. 
O curso tem início com a apresentação individual dos integrantes 
d_a equipe aos participanles do curso, no auditório. As pessoas que as­sistem ao curso são solicitadas a nos dizer quem são de onde são co-
mo ouviram falar do curso e por que o estão faze;do. 
' 
Também são informadas de que no final do curso terão que fazer 
uma declaração de encerramentq, dizendo aos professores e à classe 
o que de mais importante aprenderam.
A grande maioria dessas pessoas está entre 20 e 40 anos. Muito 
poucas têm menos de 20 e poucas ficam entre 50 e 60 anos; há também 
estudantes ocasionais de 70 e 80 anos. 
A grande maioria dos estudantes possui curso superior ou parte 
dele. Poucos não têm o secundário completo ou não freqüentaram es­
cola. Ce_rca de 25 por cento são profissionais com pós-graduação -engenheiros, advogados, médicos, educadores e assim por diante. 
A grande maioria pertence à classe média, alguns com dificulda­
des financeiras e outros estabilizados; às vezes, aparece um milionário 
ou outro. 
19 
D 
Glenn Doman, fundador dos Institutos para o Desenvolvimento do Potencial 
Humano dando aula a 92 pais (dos Estados Unidos, Europa, América do Sul 
e Canadá) em outubro de 1982, no curso Como Aumentar a Inteligência do 
seu Bebê. O Perfil do De�envolvimento é mostrado ao fundo, no Auditório 
Valentine. 
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L AUR E L BELL-CAHJLk
FAiR OAKS. r.t:. 
Os participantes Peter Hill (de Sussex, Inglaterra) e Laurel Bell-Cahill (de Fair 
Oaks, Califórnia) do curso O Melhor Bebê, de outubro de 1982, ouvem aten­
tamente a conferência de Glenn Doman sobre a neurofisiologia da inteligên-
eia. 
20 
\ 
. ; 
i 
Resumindo, eles têm muito pouco em comum. No entanto, o que 
têm em comum é muito mais importante do que o que não têm em 
comum, que são: 
1. Todos são pais.
2. Todos amam muito seus filhos.
3. Todos se sacrificaram bastante para estar ali, de uma maneira
ou de outra. 
4. Estão todos acima da média na sua determinação de ver seus
filhos crescerem como pessoas melhores num mundo melhor. 
Vamos começar a ver Como Aumentar a Inteligência do seu Be­
bé olhando para um grupo de pais interessados, acompanhando suas 
esperanças, sonhos e medos. 
Vamos ver um grupo típico que vem para o curso The Better Baby 
Institute. 
São pais, todos eles, com exceção de quatro que estão para ser, 
e, sendo pais, fazem todas as perguntas certas, perguntas cujas respos­
tas os fez vir de tão longe para conhecer. Fazem todas as perguntas 
positivas que seu comportamento instintivo como pais e sua esperança 
natural como pais que amam seus filhos os levam a fazer. 
É possível melhorar as habilidades do meu bebê? Posso torná-lo 
mais brilhante, saudável, capaz, amável, feliz, criativo do que de ou­
tra forma ele seria ou suas características são inatas e basicamente imu­
táveis? Se eu puder torná-lo mais capaz, como suspeito fortemente que 
posso, o que tenho a fazer? 
Como são seres humanos, também fazem todas as perguntas ne­
gativas que lhe foram incutidas por força de seus medos e mitos ances­
trais, aliados a opressões de ordem profissional. 
Se eu puder melhorar as habilidades do meu filho e até sua inteli­
gência para que ele fique acima da média, isso não vai ser ruim para 
ele? Se ele for melhor do que os outros garotos, não vai se tomar desa­
justado ao meio e malquisto? Se eu lhe ensinar matemática e a ler e 
escrever com um ano de idade, ele não vai achar enfadonho quando 
chegar ao colégio? Não é coisa ruim ser gênio? Todos os gênios não 
acabam na sarjeta? Os gênios não são muito infelizes? Como eu pode­
ria ensinar todas essas coisas a meu filho? Sou apenas mãe! 
Muitos deles já sabiam as respostas para essas perguntas, tendo 
lido How to Teach Your Baby to Read (Como Ensinar seu Bebé a Ler). 
Já tinham ensinado seus filhos de um, dois ou três anos a ler e estavam 
radiantes com o resultado. Outros também tinham ensinado matemá­
tica a seus bebês, tendo lido esse livro. Os que já tinham começado 
estavam ainda mais ansiosos por mais informação. 
21 
Havia no grupo 55 mães, 18 pais, duas avós e um avô. Havia duas 
futuras mães, grávidas de seu primeiro filho, e um delicioso casalzi­
nho da Colômbia, em lua-de-mel. Nove das outras mulheres também 
estavam grávidas. 
O jovem casal em lua-de-mel recebeu prioridade máxima, já que 
o trabalho dos Institutos deveria começar até mesmo antes da lua-de­
mel. O magnífico conhecimento sobre bebês que a equipe dos Institu­
tos tem nas mãos é tão precioso que o seu trabalho deveria começar
quando um rapaz e uma moça se olhassem com uma luz especial nos
olhos.
De qualquer maneira, com exceção do casalzinho de olhos brilhan­
tes, todos na classe eram pais ou estavam às vésperas de tornar-se pais, 
preenchendo, assim, o nosso único requisito, uma vez que o curso é 
só para pais e não para profissionais. No entanto, já que o fato de ser 
r 
Glenn Doman e a equipe dos Institutos para o Desenvolvimento do Potencial 
Humano. 
22 
um profissional não impede por si só a entrada no curso, havia na classe 
vários advogados, seis mães que tinham sido professoras, dois psicó­
logos infantis, vários médicos, dois engenheiros e uma mãe Ph.D. em 
desenvolvimento infantil. A maior pane dos alunos era constituída de 
mães de tempo integral. Havia também um pai de tempo integral. Nos 
Institutos, chamamos esses pais e m�es de tempo integral de mães pro­
fissionais ou pais profissionais. A finalidade desse curso é ensinar aos 
pais a serem pais profissionais, e cada aluno recebe, no final do curso, 
um certificado de mãe profissional ou pai profissional. Isso, obviamen­
te, não significa um ou uma profissional que por acaso é pai ou mãe, 
mas uma pessoa cuja profissão é ser mãe ou pai. 
Os motivos para freqüentar o curso, que declararam quando se 
apresentaram no primeiro dia, também variaram muito. Alguns che­
garam de olhos arregalados e anunciaram que tinham sido informados 
pessoalmente a respeito do trabalho dos Institutos com crianças por 
anos e anos e que assistir a esse curso era um dos seus maiores sonhos, 
agora a ponto de se realizar. Outros, mais céticos por natureza, disse­
ram que, embora tivessem ouvido falar muito a respeito do trabalho 
dos Institutos e esperado que estivéssemos certos, achavam as histó­
rias que ouviram difíceis de acreditar e vieram para ver com seus pró­
prios olhos. Dois anunciaram que não estavam certos quanto à razão 
por que vieram, e só estavam lá porque alguns parentes, que tinham 
assistido ao curso, insistiram para que viessem e até arcaram com as 
despesas. 
Todos estavam esperando por um dos maiores e talvez mais deli­
ciosos choques de suas vidas. 
23 
"' ! 
1 
2 
As Criancinhas do 
Instituto Evan Thomas 
Há dois grupos de crianças sadias que vêm aos Institutos. O primeiro 
grupo está na Escola para o Desenvolvimento Precoce, que recebe crian­
ças desde o período pré-natal até 50 meses de idade. Elas vêm uma vez 
por semana com as mães, que aprendem como ensinar leitura, mate­
mática, conhecimentos enciclopédicos etc. As mães, depois, ensinam 
as crianças em casa. Esta é uma escola para mães. 
O outro grupo é de crianças de seis anos em diante que, com suas 
mães, são formadas pela Escola para o Desenvolvimento Precoce. Essas 
crianças freqüentam a Escola Internacional, que é um.a escola inteira­
mente licenciada nas oito séries do primeiro grau. 
Juntas, essas duas escolas constituem o Instituto Evan Thomas. 
Como presidente do grupo, tive o privilégio de apresentar a dire­
toria: Gretchen Kerr, co-diretora de todosos Institutos; Janet Doman, 
outra co-diretora; Douglas Doman, vice-diretor; Dra. Roselise Wilkin­
son, diretora médica; Bob Derr, médico e diretor do The Better Baby 
lnstitme; Dr. Neil Harvey, diretor do Instituto Temple Fay para Estu­
dos Acadêmicos; Dr. Edward LeWinn, diretor do Instituto para a In­
vestigação Clínica; Dr. Raymond Dart, diretor do Instituto do Homem; 
Ann Bali, diretora do [nstituto para a Inovação Clínica. Todos esses 
institutos apóiam firmemente os institutos que trabalham diretamente 
com crianças. 
É claro que os pais ficaram muito contentes em conhecer profis­
sionais de todos os Institutos, sobre quem muitos tjnham ouvido falar 
e lido tanto, mas estavam compreensivelmente mais ansiosos para co­
nhecer a equipe dos Institutos que atende os pais e as crianças direta­
mente, e cujos membros usam blazers relativos a cada Instituto. 
24 
Foram apresentados a Susan Aisen e sua equipe de b/azer bege, 
dos Institutos para o Desenvolvimento da Excelência Intelectual, cujo 
trabalho consiste (através dos pais) em tornar todas as crianças peque­
nas capazes de ler, aprender matemática, falar várias línguas, adquirir 
conhecimentos enciclopédicos, tocar violino e fazer uína porção de ou­
tras coisas interessantes. 
Heather McCarty (71 meses). Heather lê clássicos de Dickens, faz pesquisa na 
enciclopédia, lê e discute com a mãe sobre os acontecimentos que saem no jor­
nal. A mãe começou a ensinar Heather a ler quando a menina rinha 18 meses, 
iniciando com palavras e frases; ela estava lendo os livros da biblioteca com 
três anos. romances e enciclopédias, com quatro ano�. 
25 
conheceram Rosalind Doman e sua equipe de blazer preto, dos 
Institutos para a Excelência Física, cujo trabalho resume-se (através 
dos pais) em tornar todas as crianças pequenas capazes de nadar,
pendurar-se, correr, praticar �xercícios olímpicos, fazer balé e uma por­
ção de outras coisas magnificamente .. 
No dia seguinte, conheceram Ann Ball e sua equipe de blazer ver­
de do Jnstituto para a Excelência Fisiológica, cujo trabalho é fazer 
(a;ravés dos pais) todas as crianças gozarem de esplêndida saúde, do 
ponto de vista cardiológico, respiratório, visual, auditivo e tátil. 
cada um dos diretores apresentou, a seguir, os membros de sua 
equipe. · 
f · f d d · · d. · os pais oram in orrna os e que tais pessoas estanarn tspom-
veis para consultas durante os intervalos de dez minutos entre cada au­
la de urna hora. Poderiam identificar prontamente a pessoa certa para 
fazer a pergunta certa pela cor do b/azer. Todos os pais fariam uso 
desta possibilidade na semana seguinte; muitos o fariam várias vezes. 
cada pai recebeu um fichário de notas contendo os primeiros 40 
dos 130 pontos-chaves que o curso �e este livro) cobre. Essas 130 des­
cobertas opunham-se diretamente ao que a maioria dos profissionais 
acredita sobre crianças, mães, inteligência, gênio. cérebro humano e 
como criancinhas aprendem. 
Foi-lhes recomendado que lessem esses primeiros 40 pontos na­
quela noite e, s� não �ivessem ficado chocados demais, que voltassem 
na manhã seguinte, as 8:45. 
segunda-feira, às 8:45 da manhã, estava evidente não só que to­
dos haviam sobrevivido ao choque das primeiras 40 descobertas em que 
havíamos gasto todas as nossas vidas, mas que estavam também esti­
muladíssimos por elas e com muita vontade de começar. 
A única experiênda intelectuaJ que conheço mais prazerosa e esti­
mulante do que assistir ao curso de sete dias ... é dar o curso. 
Chego a ensinar quase 20 horas - quer dizer, cerca de um terço 
do curso todo, que é bem mais do que qualquer outra pessoa tem a 
oportunidade de fazer. 
De que adianta ter sido diretor dos Institutos durante seus primei­
ros 25 anos de existência e presidente do Conselho desde então, se vo­
cê não pode ficar com os trabalhos mais deliciosos e estimulantes? Es­
colher as coisas mais excitantes das muitas eletrizantes que acontecem 
nos Institutos já é em si uma tarefa difícil. 
De qualquer maneira, começo discutindo os objetivos do curso (pa­
ra dizer aos pais o que aprendemos ao estudar crianças em mais de l 35 
nações, desde as culturas mais primitivas do mundo até as mais civili­
zadas, por um período de mais de 40 anos). Discutimos também, com
a mesrna clareza, quais coisas não são nossos objetivos - tentar ven­
der qualquer coisa a qualquer pessoa ou persuadir quem quer que seja 
26 
a fazer o que quer que seja, ou mudar qualquer pessoa de algum mo­
do. 
Simplesmente, gastamos cerca de 50 horas dizendo às pessoas pre­
cisamente o que aprendemos e demonstrando os resultados. Se os pais 
acham que mudaram com esta aquisição de informação e conhecimen­
to, favorável ou desfavoravelmente, isso é outra coisa e é algo sobre 
o que eles - mais do que nós - têm de decidir.
Na segunda-feira de manhã, falamos sobre a leitura: sobre o que a 
leitura realmente é (uma função do cérebro - e não uma matéria esco­
lar), por que 30 por cento das crianças sadias na escola, dos seis aos 
18 anos, fracassam na aprendizagem da leitura (é tarde demais); por 
que é fácil ensinar um bebê de seis meses a ler (todas as crianças são 
gênios lingüísticos desde o nascimento e, a menos que essa genialidade 
seja usada, decresce até os seis anos, quando virtualmente desapare· 
ce); que é mais fácil ler uma língua pela visualização do que compreendê­
la através do ouvido; que não há ato intelectual mais difícil para um 
adulto do que aprender uma língua estrangeira, ao passo que uma crian­
ça aprende mais fácil e perfeitamente até os três anos; de acordo com 
seu ambiente, até os seis anos (para um recém-nascido hoje em Chica­
go, o inglês é uma língua estrangeira, assim como o francês é uma lín­
gua estrangeira para um recém-nascido hoje em Paris). 
A manhã decorre desta forma. Vale ressaltar que os pais que não 
sabiam ser a criança capaz de ler ficam intrigados. É estranho, mas 
os pais que já ensinaram seus bebês a ler e que já têm o conhecimento 
básico do porquê e do como são os mais intrigados, e desejam saber 
de todos os detalhes neurológicos do processo. 
Toda essa ansiedade se transforma em calma relativa comparada 
com o que acontece no primeiro período da tarde. 
Às duas da tarde de segunda-feira, os pais do curso do The Better 
Baby Institute se encontram com as crianças do Instituto Evan Tho­
mas pela primeira vez. 
O primeiro grupo está numa faixa de idade que varia desde recém­
nascidos até 50 meses. São as criancinhas do Programa para o Desen­
volvimento Precoce, que vêm com suas mães ou seus pais uma vez na 
semana, por uma ou duas horas, e que, além do curso, são ensinadas 
em casa por seus pais. O segundo grupo que ficam conhecendo tem 
de cinco a nove anos, aJunos da Escola Internacional, tendo sido ad­
mitidos depois de formados pelo Programa para o Desenvolvimento 
Precoce. Essas crianças freqüentam escola nos Institutos. 
As crianças vão a esse encontro para demonstrar sua capacidade 
de leitura. 
Vale a pena reproduzir aqui o programa de demonstração de lei­
tura do último curso do The Better Baby Institute, anterior à feitura 
deste livro. 
27 
·1
i 
O leitor deverá prestar toda a atenção aos nomes dos bebês, e crian­
ças que está encontrando pela primeira vez. Poderá encontrar-se com 
estas encantadoras crianças a toda hora - primeiro, neste livro; mais 
tarde, pela vida. Lembre-se dos seus nomes. 
28 
O INSTITUTO EVAN THOMAS PARA O DESENVOLVIMENTO 
PRECOCE E A ESCOLA INTERNACIONAL 
CRIANCINHAS E MÃES 
). 
2. 
3. 
4. 
5. 
6. 
7. 
8. 
9. 
10. 
11. 
12. 
APRESENTAM 
UMA DEMONSTRAÇÃO DE LEITURA 
Segunda-feira, 28 de setembro de 1981 
AMBER LEBER Lendo a lição de palavras com o papai 
5 meses 
ELISE MAITHEWS Lendo em três idiomas com a mamãe 
16 meses 
PAUL McCARTY Lendo poesia e prosa 
17 meses 
ADRIANA CAPUTO Lendo textos favoritos em japonês, italia-
3 anos no, espanhol e inglês 
DYLAN LEBER Divertindo-se lendo em inglês e japonês 
3 anos com o papai 
RYAN MAITHEWS Lendo um livro que ela escreveu e ilustrou 
4 anos 
MICHELLEGAUGER Demonstrando conhecimento de gramática 
4 anos inglesa, frases em francês e em japonês 
HEA THER McCARTY Lendo textos favoritos da biblioteca 
4 anos 
JASON SHERMAN Resolvendo problemas e lendo 
4 anos 
COLLEEN BROWN Identificando citações literárias 
6 anos 
DONNA PALLAS Lendo, traduzindo e respondendo a 
7 anos perguntas em japonês 
MICAH SHERMAN Resolvendo problemas complexos 
7 anos 
Dizer que os pais estavam encantados assistindo às criancinhas fa. 
zerem exatamente o que dizia o programa seria atenuar demais o caso. 
Os pais estavam rotalmente fascinados. 
Já que o que estas extraordinárias crianças são como seres huma­
nos é um dado importantíssimo neste livro, parece essencial fazer al­
gumas observações sobre elas nesse ponto. 
29 
1 
1. 1. As crianças mais velhas (de cinco a nove anos) que estão no
momento matriculadas na Escola [nternacional começaram o progra­
ma quando tinham entre 24 e 54 meses. As mais jovens (do berço até 
cinco anos), muitas vezes irmãos ou irmãs dos mais velhos, foram, em 
geral, registradas no Programa para o Desenvolvimento Precoce antes 
de nascer. 
2. Quanto mais velhas as crianças, maiores serão sua habilidade
e sua capacidade, mas, quanto mais jovens, mais extraordinárias são. 
para a sua idade. As crianças da família Karz são um esplêndido exem­
plo. 
S�an Katz, de sete anos à época em que escrevo este livro, é o alu­
no mais velho da Escola Internacional e está na terceira série. Sean é 
uma das pessoas de quem mais gosto em todo o mundo. Ele lê qual­
quer coisa, inclusive Shakespeare e ciências, com facilidade e prazer. 
Escreve música, tem uma afinação perfeita e toca violino magnifica­
mente. Sabe maternática, tem conhecimento enciclopédico sobre cen­
tenas d_e assuntos, nada, mergulha, faz ginástica e balé esplendidamente.Com cmco anos, Sean ganhou o campeonato mundial de braçadas (os­
cilando pendurado pelos braços de degrau em degrau, uma escada sus­
pensa na horizontal). Não era o campeonato mundial para crianças,
era o campeonato mundial, ponto. Sean Katz é encantador, maravi­
lhoso e tem um agradável senso de humor. Sua mãe, Joan Katz, iniciou­
º no programa quando ele tinha dois anos e meio. 
Brandi Katz é irmã de Sean. Tem seis anos e, naturalmente, eu 
a amo também. A Sra. Katz iniciou-a no Programa para o Desenvolvi­
mento Precoce quando a menina tinha menos de dois anos. Brandi faz 
tudo que Sean faz. Não tão bem quanto Sean, mas Jaz melhor do que
Sean fazia na sua idade. 
A. Sra. Katz estava compreensivelmente ocupada quando Sean eBrandi estavam com ela no Programa para o Desenvolvimento Preco­
ce e não quis ter mais filhos por vários anos. Quando Sean e Brandi 
tornaram-se alunos de tempo integral da Escola Internacional, sobrou 
um pouco mais de tempo para a Sra. Katz. 
Derek Katz ainda não tem dois anos e também é uma das pessoas 
de que mais gosto. Derek foi matriculado com a Sra. Katz no Progra­
ma para o Desenvolvimento Precoce não só antes de nascer, mas antes 
de ser concebido. Derek não apenas é tão capaz ou tão extraordinário 
quanto Sean e Brandi no que faz, mas é muito mais capaz do que Sean
e Brandi eram na sua idade. �m exemplo: com sete meses, Derek de­
monstrou para os pais do curso urna leitura de palavras em três lín­
guas. Com sete meses ele ainda não andava nem falava, então a Sra. 
Katz demonstrou sua habilidade para ler colocando num canto do au­
ditório uma pilha de cartões brancos com palavras escritas em tinta 
30 
vermelha. Segurando Derek no colo do outro lado do salão de confe­
rências, ela dizia: "Derek, engatinhe até lá onde estão as palavras e 
me traga a palav_ra em inglês para 'laranja'", ou: "Derek, por favorme dê a palavra Japonesa para 'mãe"'; ou ainda: "Derek, você pode­
ria me trazer, por favor, a palavra em hebraico para 'porta'?" Derek 
não sabia andar nem falar aos sete meses, mas sabia ler centenas de 
palavras. Com 17 meses, conseguia seguir instruções escritas. Aos J 7 
meses, Sean ainda não estava no programa. 
Quanto mais cedo as crianças começam a aprender, mais capazes 
serão em qualquer idade, em comparação às crianças que iniciaram mais 
carde. Há muitas razões sólidas para isso, como veremos. 
Acontece uma coisa interessante quando as crianças e seus pais 
fazem demonstrações para pais-estudantes do curso O Melhor Bebê. 
Em primeiro lugar, o Auditório Valentine, no qual fazem as demons­
trações, foi construído de maneira a colocar a audiência inteiramente 
à vontad�. As pes��as sentam-se num anfiteatro elevado que permite 
ver e ouv1r com fac1hdade. Isso dá ao auditório a aparência de um imen­
so salão de júri, com os alunos no papel de jurados e o apresentador 
no papel de advogado apresentando seu caso. Isto, por outro lado torna 
o auditório uma sala terrível para ensinar, mesmo para o profess�r mais
maduro. 
Em segundo lugar, as crianças e os pais que demonstram sua ha­
bilidade desempenham um papel ao qual não estão acostumados. Seu 
relacionamento normal é com a mãe como professora (papel no qual 
ela se encaixa magnificamente) e a criança como aluno. Nenhum deles 
está acostumado a ensinar 80 adultos, por mais excitados e ansiosos 
que estes adultos estejam. 
. Os resultados disso são muitas vezes inesperados e, às vezes, hila­riantes. 
As crianças mais velhas são inteiramente confiáveis. 
Se, por um lado, não têm a menor idéia do que lhes vai ser per­
gu�tado! além do assunto geral, acham-se inteiramente cientes d� que
estao agmdo como demonstradores para os pais-estudantes. Já con­
cordaram com isso e tiveram, de fato, que merecer o privilégio de aju­
dar a equipe dos Institutos a dar o curso do Melhor Bebê. O único hu­
mor no c�so das crianças maiores (de cinco, seis e sete anos) ocorre 
quando ficam surpreendidas ao descobrir que os adultos ficaram ad­
mirados com alguma coisa que disseram. 
-,.2- Puxa, mamãe, não é verdade que todo mundo sabe o que quer 
dizer "pestilento"? 
As criança_s P:quenas são mais f�eqüentemente motivo de surpre­sas ou de graceJos mocentes. Contranamente às expectativas as crian­
ças de um ano não apresentam nenhum temor do palco. Evidentemen­
te, não têm a mínima idéia do que está acontecendo com toda aquela 
31 
...,, 
gente grande e não fizeram acordo com ninguém sobre como se com­
portar. 
Conseqüentemente, se são ainda mais capazes para sua idade (do 
berço a 23 meses) do que as crianças mais velhas, fazem exatamente 
o que querem. São magníficas, mas um pouco irresponsáveis.
Na maior parte do tempo são confiáveis, e o que preferem fazer 
é ter sua lição dada pela mamãe, como sempre, só que em vez de terem 
aula na sala de sua casa, desta vez é no belo e grande escritório com 
cem ou mais "vizinhos" olhando. As crianças gostam tanto de suas 
sessões com a mãe que sua curiosidade sobre o assunto da aula sobre­
puja sua curiosidade sobre o pessoal no auditório. De fato, gostam e 
sentem-se encorajadas quando, tendo feito alguma coisa muito espe­
cial para uma criança de um ano, vêem que foram recompensadas não 
só pelo aplauso da mamãe, mas também pelo aplauso de cem adultos 
entusiasmados (além dos 80 pais, há 20 membros da equipe sentados 
nas alas laterais para ver o novo espetáculo, a que nunca se cansam 
de assistir). 
Outros bebês ficam tão espancados ao ver 100 rostos sorridentes 
olhando para eles que sua curiosidade pela classe excede sua curiosida­
de sobre o assunto com a mamãe, e quando é esse o caso passam o 
tempo todo estudando os rostos dos adultos com grande interesse, não 
prestando a menor atenção à matéria. 
De vez em quando, um dos bebês chega em frente do auditório, 
sorri agradavelmente para a audiência, sorri para a mamãe, depois so­
be em seu colo e vai dormir. 
Finalmente, há o bebê cujo comportamento é uma combinação 
dos acima descritos. 
Qualquer que seja a decisão do bebê, está tudo bem com a equi­
pe, com a mamãe e com o instrutor. 
As criancinhas não fizeram acordo com ninguém; aprender com 
a mamãe, sorrir para os grandes e tirar uma agradável soneca são coi­
sas perfeitamentesensatas para se fazer, se isto é o que se deseja fazer. 
Na segunda-feira, 28 de setembro de 1981, todas as crianças qui­
seram fazer o que a equipe esperou que quisessem fazer, até as peque­
ninas. 
Amber Leber tem cinco meses e é uma das pessoas de quem mais 
gosto. Ela adora ler palavras com o papai. O Sr. Leber é interessante 
pelo fato de ser um pai profissional que teve de decidir, junto com a 
Sra. Leber, se deveria acabar seu doutorado em química ou ficar em 
casa e tornar-se um pai profissional enquanto a Sra. Leber ganharia 
o sustento da família. Decidiram. O Sr. Leber é um magnífico pai pro­
fissional.
Elise Matthews é uma graciosa menina de 16 meses. A encantado­
ra mãe de Elise ficou aliviada, mas não surpresa, quando Elise resol-
32 
veu ler em três línguas. Talvez seja oportuno mencionar duas coisas 
agora. 
1. Há dois outros grupos de pessoas, além das crianças. que têm
um lugar muito especial no meu coração. Esses outros grupos são os 
pais extremamente dedicados às crianças dos Institutos e, é claro, a 
equipe dos Institutos. 
2. Esses pais, quando novos nos Institutos, são mais conhecidos
por todos como a "mãe de Paul", o "pai de Dylan", ou a "mãe de 
Michelle". Portanto, estamos muito mais acostumados a ouvir sobre 
o "pai de Ryan" do que sobre o Doutor Matthews, mas não devemos
nos enganar. Estas crianças divertidas e magníficas são um produto
autêntico de três coisas:
a. seu assombroso potencial;
b. o precioso conhecimento da equipe;
e. a determinação de cada um dos pais de dar aos filhos todas as
oportunidades para a excelência intelectual, física e social. 
Paul McCarty tem li meses, é uma das pessoas de quem mais gos­
to; lê poesia com sua engenhosa mãe. 
Adriana Caputo tem três anos e desde um ano de idade é total 
e absolutamente confiável ao fazer demonstrações para os pais. Seus 
pais são membros àa equipe, e toda a família Caputo está entre as pes­
soas de quem mais gosto em todo o mundo. Adriana lê em quatro lín­
guas com facilidade. 
Dylan Leber tem três anos, é ruivo e dono de uma alegria pura. 
Como Adriana, sempre foi extremamente confiável. Como todas as 
outras crianças, Dylan sabe fazer todas as coisas que as outras crian­
ças fazem, mas sua especialidade particular é a química avançada. 
Quando Dylan tinha apenas dois anos, ele reconhecia todos os elementos 
químicos por sua estrutura atômica. Dylan me espanta, particularmente, 
porque só tenho uma vaga noção de quantos elementos há nos dias 
de hoje, tendo perdido a conta lá pelos 90. Também admito, particu­
larmente, o fato de que com 20 anos (imagine com dois) as estruturas 
atômicas dos elementos químicos me pareciam todas arranjos de brin­
quedos de armar. Não tenho prazer nisso, nem me orgulho a respeito 
da minha incompetência em química. Simplesmente confesso-a e dese­
jaria que alguém tivesse me mostrado a matéria aos dois anos, quando 
o aprendizado se dá sem esforço de qualquer tipo.
Ryan Matthews tem quatro anos e me encanta com seu olhar. Ela 
é escritora e ilustradora, entre outras coisas. 
Michelle Gauger tem quatro anos. Ela e a mãe formam uma com­
binação imbatível. Michelle divertiu-se mexendo com a estrutura da 
língua (em três línguas) para ajudar a ensinar os pais que vieram de 
tantos lugares Longínquos para aprender. 
33 
Heather McCarty é linda e tem quatro anos; quando tinha dois, 
resolveu sentar-se no meu colo durante todas as demonstrações; faz 
a mesma coisa desde então, e eu adoro! Lê quase tudo e gosta de ler 
alto para a sua audiência. Leu alguns dos seus textos favoritos, assim 
como alguns que nunca tinha visto antes. 
Jason Sherman dá novo significado à expressão "sorriso irresistí­
vel" e fez brilhar mais cada dia da minha vida em que o vi, desde que 
começou o programa, ao nascer, há quatro anos. É tão fluente em es­
panhol quanto em inglês e lê essa língua sem nenhum esforço. Demons­
trou que as crianças entendem não só o que lêem, como também as 
implicações do texto. 
CoJleen Brown é uma das crianças maiores, de seis anos de idade, 
e você não se surpreenderá em saber que é uma das pessoas de quem 
mais gosto. Certamente não é preciso que as crianças maiores da Esco­
la Internacional demonstrem que conseguem ler com total compreen­
são. As crianças pequenas já demonstraram isto conclusivamente. Col­
leen demonstrou seu conhecimento de literatura, que é extenso. 
Donna Pallas tem sete anos. Como todas as outras crianças, ela 
consegue fazer todas as coisas e, claro, é uma das pessoas de quem mais 
gosto. Nesse dia em particular e no que se refere à leitura, ela leu, tra­
duziu e respondeu a perguntas em japonês. Ela não leu japonês em ro­
manji (que é japonês escrito em alfabeto inglês), mas em kanji (carac­
teres japoneses derivados do chinês que constituem a linguagem escri­
ta dos eruditos japoneses). Todas as crianças lêem kanji. Donna gosta 
especialmente de arte e é uma artista de primeira. Pinta a óleo e aqua­
rela e desenha usando vários materiais. No meu aniversário, a minha 
família comprou um original de Donna Pallas para mim, que desde 
então admiro. Não sei quantos artistas venderam seus trabalhos aos 
cinco anos de idade, mas acredito que não foram muitos. 
Micah Sherman é um dos alunos mais velhos da Escola Interna­
cional. Está com sete anos e cursa a terceira série. Como todas as crian­
ças, Micah é uma companhia deliciosa, é absolutamente incortejável; 
tem uma aparência turbulenta que me faz lembrar o Pimentinha, com 
a sabedoria de uma pessoa de 35 anos. Toca violino com paixão, e to­
ca tudo, de Bach ao jazz. Numa recente reunião nos Institutos, Liza 
Minnelh, que é membro da diretoria dos lnstitutos e amiga especial 
de Micah, anunciou que cantaria New York, New York, mas só se Mi­
cah a acompanhasse no violino. Micah, como todas as crianças, fala 
muitas línguas, faz exercícios de ginástica e de dança magnificamente, 
corre vários quilômetros por dia, tem conhecimento sobre inúmeros 
assuntos, faz cálculos com grande rapidez e muitas, muitas outras coi­
sas muito além da sua idade. Talvez, acima de tudo, ele seja um garo­
to inteligente e - tenho orgulho em dizer - um querido amigo meu. 
Uma das grandes emoções de se pertencer a uma faculdade que 
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dá o �urso O Mel�or Beb? para pais é ver os pais. É um jogo que toda 
a equipe gosta de J?gar e e muno bom. Levei algum tempo para enten­
der por que a equipe gosta tanto de jogá-lo. Finalmente, entendi. 
Tive a agradabilíssima e excitante experiência de viver com mães 
e b�bê� �'.'1s mais p�imiti�as sociedades do mundo (tanto quanto nas 
mais c1v1hzadas). Y1 bebes nascerem no Deserto Kalahari, na África 
onde a .temper�tura é_ ele_ 49 graus. Vivi com criancinhas esquimós � seus pais no Circulo Art1co com temperaturas de 48 graus abaixo de 
zero. Passei muito tempo com mães e recém-nascidos nas mais pro­
fundas _florestas do mundo, entre as pessoas mais primitivas da terra,as do Xmgu, em Mato Grosso, no Brasil. Observei outras praticamente
sobre_ toda a face do globo e conheci o formigamento na espinha da emoçao �e estar entre as seis pessoas civilizadas que jamais viram essa
gen�e. Min.ha ma_ior alegria não foi ver estas cenas pela primeira vez, porem, mais que isso, observar a emoção nos rostos dos membros mais 
jovens da equipe quando vêem essa gente e essas cenas pela primeira 
vez. 
Acho que às vezes desfruto deste prazer indireto e excitante ainda 
mais quando o vejo nos rostos jovens da equipe da mesma maneira
que o vi nos rostos das no.ssas crianças através dos anos. 
Assim, tenho desfrutado dos meus prazeres indiretos tanto quan­
to dos meus prazeres diretos. 
E agora a equipe mais velha, na qual estão nossos próprios filhos, 
Janet e Douglas, mostram surpreendentes e maravilhosas cenas aos
membros mais jovens da equipe. 
Mas nenhuma excitação que tenhamos sentido nas ilhas do Pací­
fico, nas Montanhas Papuas �a Nova Guiné, nos desertos mais secos 
nas sel\:'.aS mais úmidas, no Artico gelado, ou nos brilhos cintilante� 
das ci?ades mais 3ofisticaclas com gentemundialmente famosa chega 
ª?S p�s da ernoçao que se tem ao descobrir - pela primeira vez na 
h1stona do mundo - alguns fatos novos que mudarão as vidas das
crianças do mundo. N�da mais pode con:parar-se a este delírio empol­gant_e. 9uantas vezes tivemos essa expenência a ponto de ter que nos repmnir para não correr para o meio de uma rua movimentada e gri­
tar em altos brados: 
VOCÊS SABEM O QUE DESCOBRIMOS E 
ENTENDEM O QUE ISTO VAI REPRESENTAR 
PARA TODAS AS CRIANÇAS NO MUNDO? 
VOCfS COMPREENDEM? 
35 
E este, evidentemente, é o motivo pelo qual a equipe gosta de jo­
gar o jogo de observar os pais. 
Porque, de fato, isto é precisamente o que o curso Como Aumen­
tar a Inteligência do seu Bebê faz. Guia os pais para o mesmo cami­
nho de descobertas que nós mesmos seguimos por mais de 40 anos. 
Os pais começam precisamente onde começamos. 
Começam com quase nenhuma informação sobre o que são real­
mente as crianças e menos ainda sobre como funciona o cérebro. 
Começam com uma fortíssima dúvida quanto à maneira como as 
coisas são no mundo das crianças. Sentem que as crianças nào estào, 
realmente, tendo tudo que é seu por direito. Desconfiam de que isso 
pode ser culpa de um mundo profissional que, ou está completamente 
errado a respeito de crianças, ou não se importa com as crianças (ou 
possivelmente os dois). 
Finalmente, seu amor por seus filhinhos e sua crença de que as 
crianças não estão realmente chegando perto daquilo que poderiam ser 
e, de fato, deveriam ser os tornam absolutamente determinados a en­
contrar a resposta que dará às suas crianças a oportunidade de serem 
melhores do que de outra forma seriam. 
E é exatamente aqui que começamos! 
O que o curso faz é levar os pais para o caminho exato das desco­
bertas que percorremos nos últimos 42 anos. 
Temos sete dias para fazer isso. 
Neste livro, temos mais de trezentas páginas para fazer a mesma 
coisa. 
É por isso que este livro é tão importante para tantas famílias que 
querem desesperadamente dar a seus filhinhos as melhores oportuni­
dades que esse velho mundo já ofereceu, mas que não podem, apesar 
de desejar muito, pedir, tomar emprestado ou roubar o dinheiro ne­
cessário para vir e ficar na Filadélfia por sete dias e noites. 
Porcanto, venha conosco através deste livro. 
A realidade é mais excitante do que qualquer romance. 
Os membros mais antigos da equipe vivenciaram todas as desco­
bertas pessoalmente. 
Os membros antigos da equipe vivenciaram a maior parte das des­
cobertas e aprenderam sobre as primeiras. 
Os membros jovens da equipe só vivenciaram as descobertas mais 
recentes, aprendendo a respeito das primeiras com a equipe. 
Mas isto nào quer dizer, nem por um minuto, que todo membro 
da equipe não tenha, em algum ponto, feito realmente cada uma des­
sas descobertas por si próprio!
A emoção de ler um parágrafo numa língua estrangeira e entendê-lo 
pela primeira vez não é menor pelo fato de milhões de pessoas já terem 
feito isso antes. 
36 
Todos os grandes segredos da vida têm que ser redescobertos por 
cada um de nós pessoalmente, para que sejam realmente compreendi­
dos. 
Assim, cada membro da equipe extasiou-se com cada nova desco­
berta, estivesse ele presente no momento da descoberta original ou no 
momento em que entendeu a descoberta; ele descobriu por si. 
Isso também iria acontecer com os pais. 
Cada membro da equipe desfrutou do grande prazer de ver os pais 
fazerem cada um suas próprias descobertas. 
Era fascinante ver os pais, na segunda-feira, vivenciando num dia 
o que nos aconteceu em dez anos.
Eles eram uma combinação de esperança, medo e desconfiança. 
Seria possível que o que eles tinham visto e ouvido fosse verdade 
mesmo? 
As criancinhas podiam realmente fazer o que pareciam estar fa­
zendo? 
Não havia dúvida de que todas sabiam ler, até mesmo as meno­
res, mas seri� poss{vel que estivessem realmente entendendo o que liam, 
como pareciam entender? 
Haveria algum truque? 
Disseram-lhes que as coisas que as crianças leram tinham sido es­
colhidas ao acas0 entre centenas ou até milhares de possibilidades. Po­
deria ser verdade? 
Mesmo que não fosse verdade e que as crianças tivessem simples­
mente decorado, de tanto repetir, as coisas específicas que tinham li­
do, ainda assim, seria notável. 
E a� crianças! Como eram encantadoras e como pareciam conten­
tes consigo mesmas. Seus olhos não pareciam iluminar-se com um bri­
lho especial? Todas pareciam divertir-se tanto! 
Os pais estavam contentes, mas perturbados, dilacerados entre a 
desconfiança e a vontade de acreditar no que tinham visto e ouvido. 
O fato de quererem tanto acreditar no que tinham visto e ouvido 
aumentava, em vez de diminuir, seu medo de que de alguma forma 
a coisa não fosse bem assim. 
Isso era claro como cristal para eles. As crianças que tinham visto 
e conhecido eram crianças muito especiais. De onde tinham vindo? 
. Será que os Institutos, de algum modo, tinham reunido todas as
�nanç�s da Costa Leste dos Estados Unidos que, por alguma razão 
inexplicável, na�ceram c�m ª, habilidade de ler em várias línguas?Naquela noite, os pais sairam com os sentimentos um tanto con­
fusos. Seus pensamentos continham t�ês elementos: excitação intensa, 
esperança, e um pouco de medo - nao medo da grande inteligência 
mas medo de que a equipe, apesar de sincera, estivesse, de algum mo: 
do, enganando a si mesma e a todo mundo também. 
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