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O verdadeiro Che Guevara

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O verdadeiro Che Guevara 
 
N. do T.: Todas as informações e citações deste artigo podem ser encontradas em 
detalhes no livro do autor: O Verdadeiro Che Guevara e os Idiotas Úteis que o Idolatram. Pedimos 
que o leitor tenha isto em mente antes de nos enviar qualquer ofensa ou 
simplesmente postar comentários dizendo coisas vazias e sem substância como 
"não concordo com o autor". 
 
Há quase 42 anos, Ernesto "Che" Guevara recebeu uma grande dose de seu próprio 
remédio. Sem qualquer julgamento, ele foi declarado um assassino, posto contra um 
paredão e fuzilado. Historicamente falando, a justiça raramente foi tão bem feita. Se 
o ditado "tudo o que vai, volta" expressa bem uma situação, é esta. 
"Execuções?", gritou Che Guevara enquanto discursava na glorificada Assembléia 
Geral da ONU, em 9 de dezembro de 1964. "É claro que executamos!", declarou o 
ungido, gerando aplausos entusiasmados daquele venerável órgão. "E 
continuaremos executando enquanto for necessário! Essa é uma guerra de morte 
contra os inimigos da revolução!" 
De acordo com O Livro Negro do Comunismo, escrito por estudiosos franceses de 
esquerda (ou seja, dificilmente uma mera publicação "direitista" ou de "fanáticos 
anticastristas de Miami"), ocorreram 14.000 execuções por fuzilamento em Cuba até 
o final de década de 1960. (Slobodan Milosevic, não custa lembrar, foi a julgamento 
por ter ordenado 8.000 execuções. A mesma ONU que aplaudiu delirantemente a 
orgulhosa declaração de Che Guevara condenou Milosevic por "genocídio"). 
"Os fatos e números são incontestáveis", escreveu ninguém menos que o New York 
Times, ícone da esquerda, sobre o "Livro Negro do Comunismo". Jose Vilasuso, um 
cubano que à época era promotor dos julgamentos comandados por Guevara, fugiu 
http://www.travessa.com.br/O_VERDADEIRO_CHE_GUEVARA_E_OS_IDIOTAS_UTEIS_QUE_O_IDOLATRARAM/artigo/23f96004-2903-4fc4-a3ec-d8828fdd257c
http://www.google.com.br/search?q=%22livro+negro+do+comunismo%22&sourceid=navclient-ff&ie=UTF-8&rlz=1B3GGGL_pt-BRBR254BR254
horrorizado e enojado com o que presenciou. Ele estima que Che promulgou mais de 
400 sentenças de morte apenas nos primeiros meses em que comandava a prisão 
de La Cabaña. Um padre basco chamado Iaki de Aspiazu, que sempre estava à mão 
para ouvir confissões e fazer a extrema unção, diz que Che pessoalmente ordenou 700 
execuções por fuzilamento durante esse período. Já o jornalista cubano Luis Ortega, 
que conheceu Che ainda em 1954, escreveu em seu livro "Yo Soy El Che!" que o 
número real de pessoas que Guevara mandou fuzilar é de 1.892. 
Em seu livro, Che Guevara: A Biography, o autor Daniel James escreve que o próprio 
Che admitiu ter ordenado "milhares" de execuções durante o primeiro ano do regime 
de Fidel Castro. Felix Rodriguez, o agente cubano-americano da CIA que ajudou a 
caçar Che na Bolívia e que foi a última pessoa a interrogá-lo, diz que Che, em sua 
última conversação, admitiu "algumas milhares" de execuções. Mas fez pouco caso 
delas, dizendo que todas as vítimas eram "espiões imperialistas e agentes da CIA". 
"Eu não preciso de provas para executar um homem", gritou Che para um funcionário 
do judiciário cubano em 1959. "Eu só preciso saber que é necessário executá-lo!" 
As vítimas do regime fidelista, os "inimigos da revolução", foram uns dos mais 
empreendedores e valentes lutadores do século XX, junto com os Guerreiros da 
Liberdade Húngaros. Eles lutaram valente e desesperadoramente, mesmo sabendo 
que praticamente não tinham chances. Eles lutavam até a última bala; e, 
normalmente, lutavam até a morte. No final, eram capturados, amordaçados e 
fuzilados por Che e seus seguidores. 
Os poucos sobreviventes vivem hoje em lugares como Miami e Nova Jersey, e podem 
ser considerados os prisioneiros políticos mais longevos e sofridos da história 
moderna. Porém, se você procurar sobre a história deles na grande mídia, sua 
empreitada será em vão. Afinal, eles lutaram contra a fina flor do esquerdismo 
chique. Sendo assim, o heroísmo deles não é considerado um drama politicamente 
correto. 
Por outro lado, a revista Time, por exemplo, classificou honrosamente Che Guevara 
como uma das "100 Pessoas Mais Importantes do Século". Não satisfeitos com tão 
incompleto louvor, também o colocaram na seção "Heróis e Ícones", ao lado de Anne 
Frank, Andrei Sakharov, Rosa Parks e Madre Teresa. Daqui em diante, as ironias vão 
ficando mais ricas. 
A mais popular versão da camiseta e do pôster de Che, por exemplo, ostenta o slogan 
"Lute Contra a Opressão" sob sua famosa face. Essa é a face de um homem que fundou 
um regime que encarcerou mais de seu próprio povo do que Hitler e Stalin, e que 
declarou que "o individualismo deve desaparecer!". Em 1959, com a ajuda dos 
agentes soviéticos da GRU, o homem celebrado naquela camiseta ajudou a fundar, 
treinar e a doutrinar a polícia secreta cubana. "Sempre interrogue seus prisioneiros 
http://www.amazon.com/Che-Guevara-Biography-Daniel-James/dp/0815411448/lewrockwell/
à noite", ordenava Che a seus capangas. "A resistência de um homem é sempre menor 
à noite". Hoje, um mural com o retrato de Che — o maior do mundo — adorna o 
Ministério do Interior, que é o quartel-general do KGB cubana — a polícia secreta 
treinada pela STASI. Nada poderia ser mais apropriado. 
O boxeador Mike Tyson costumava comemorar suas vitórias erguendo seus 
braços em triunfo. Em2002, ele visitou Cuba e tatuou uma enorme imagem de Che 
em seu torso. Desde então, ele tem sido horrível e impiedosamente surrado em 
absolutamente todas as suas lutas, um processo que é uma mímica perfeita do 
histórico de combate de seu ídolo. Que Mike Tyson aprenda: Che era de fato muito 
proficiente em castigar seus inimigos, milhares deles, mas somente após estes 
estarem devidamente amarrados, amordaçados e vendados — e creio que a 
Federação Nacional de Boxe não vai permitir isso. 
Quando a intelligentsia e todo o beautiful people presente no Festival de Cinema de 
Sundance (que incluía variedades como Al Gore, Sharon Stone, Meryl Streep e Paris 
Hilton) explodiu numa extasiante ovação ao filme Diários de Motocicleta, eles estavam 
aclamando um filme que glorificava um homem que havia encarcerado ou exilado os 
melhores escritores, poetas e cineastas independentes de Cuba, ao mesmo tempo em 
que transformava a imprensa e o cinema — tudo sob a mira de metralhadores tchecas 
— em agências de propaganda do regime stalinista. 
O produtor executivo do filme, Robert Redford (que sempre inicia os festivais 
discursando longamente sobre a importância da liberdade artística), foi obrigado a 
exibir o filme para Fidel Castro e para a viúva de Che (que chefia o Centro de Estudos 
Che Guevara, em Cuba) antes de seu lançamento oficial, para ver se ambos 
aprovariam o resultado. Até onde se sabe, não houve gritos e protestos de "censura!" 
e "vendido!" para Redford. 
As tietes de Che são muitas e variadas. Christopher Hitchens, por exemplo, se 
maravilha com a "indomável rebeldia" de Che e nos assegura em seu mesmo artigo 
no New York Times que "Che não era um hipócrita". "1968 na verdade começou em 
1967, com a morte de Che", reconta Hitchens. "Sua morte significou muito pra mim, 
e para muitos como eu, na época. Ele era um modelo para todos". 
Johnny Depp gosta de ostentar o rosto de Che em seus pingentes, blusas e 
bandanas. Tivesse ele nascido duas décadas antes em Cuba e tentasse ostentar esse 
estilo rebelde que lhe é peculiar, certamente teria sido enviado para um campo de 
concentração, onde seria obrigado a cavar fossos e túmulos — um sistema que foi 
criado pela primeira vez na América Latina exatamente pelo homem glorificado em 
seus adornos. 
Já o célebre historiador Benicio Del Toro, que acaba de estrelar um filme no papel de 
seu herói, diz que "Che foi um daqueles caras que falavam e faziam. Era 
http://www.amazon.com/gp/product/B00005JNCZ/104-8208774-0223107?ie=UTF8&tag=lewrockwell&linkCode=xm2&camp=1789&creativeASIN=B00005JNCZ
coerente.Sempre tem algo de cool em pessoas assim. Quanto mais vou conhecendo 
Che, mais o respeito". 
Aparentemente Del Toro se entusiasmou tanto com a imagem cool de Che que 
esqueceu-se de examinar seu histórico, como comprova esse constrangedor vídeo em 
que uma jornalista cubana radicada em Miami humilha Del Toro, expondo toda sua 
ignorância sobre o passado de Che. 
Nenhuma pessoa em seu perfeito juízo vestiria uma camiseta estampando o rosto de 
Che. E nenhuma pessoa decente toleraria essa camisa em seus arredores. Porém, a 
gravura de Che Guevara é considerada a imagem mais reproduzida do século, 
embelezando desde camisetas e pôsteres, até biquínis e skates, passando por 
celulares e fraldas. Hollywood o glorifica em grandes produções e a revista Time o 
celebra como um ícone da mesma grandeza de Madre Teresa. 
Quem foi Che Guevara? 
Mas como um sujeito horrendo, vazio, estúpido, sádico e epicamente idiota conseguiu 
um status tão icônico? 
A resposta é que esse nômade psicótico e completamente inexpressivo chamado 
Ernesto Guevara teve a magnífica sorte de associar-se ao maior assessor de imprensa 
da história moderna, Fidel Castro, que por meio século sempre foi capaz de manter 
toda a imprensa mundial diligentemente à espera de diretivas, correndo para ele a 
cada chamado seu, como pombos treinados. Caso Ernesto Guevara De La Serna y 
Lynch não tivesse se juntado a Raul e Fidel Castro na Cidade do México naquele 
fatídico verão de 1955; caso ele não tivesse se associado, um ano antes, a um exilado 
cubano na Guatemala chamado Nico Lopez, que mais tarde o apresentou a Raul e Fidel 
Castro na Cidade do México; tudo indica que Ernesto continuaria vivendo sua vida de 
viajante vagabundo, mendigando e molestando mulheres, dormindo em albergues 
inabitáveis e escrevendo poesia ilegível. 
"Estou aqui nas montanhas de Cuba sedento por sangue", escreveu Che para a sua 
esposa abandonada em 1957. "Querido pai, hoje descobri que realmente gosto de 
matar", escreveu logo depois. O detalhe é que essa matança de que ele gostava muito 
raramente era feita em combate; o que ele gostava mesmo era de matar à queima-
roupa homens e garotos amarrados e vendados. 
"Quando você via aquele olhar extasiado em sua face, enquanto as vítimas eram 
amarradas aos postes e logo em seguido estouradas", disse a esse escritor um ex-
prisioneiro político, "você percebia que havia algum distúrbio seriamente grave em 
Che Guevara". De fato, a única façanha genuína na vida de Che Guevara foi o homicídio 
em massa de homens e garotos indefesos. De sua própria arma, dezenas 
morreram. Sob suas ordens, milhares foram aniquilados. Em tudo o mais que fez, 
https://youtu.be/v1YiVBFux4k
https://youtu.be/v1YiVBFux4k
https://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=cf3g64dYli8&feature=related
Che fracassou abismalmente, até hilariamente. (Em um episódio cômico, durante a 
invasão da Baía dos Porcos, Che e seus homens estavam em um lugar completamente 
diferente da parte da ilha em que estava ocorrendo a ação. Mesmo assim, alguns 
exilados cubanos mandaram em sua direção um pequeno barco carregado de fogos 
de artifício, uma mera tática de distração. O despreparado Che, liderando seus 
homens para uma ofensiva contra um barco completamente vazio, conseguiu a 
façanha de atirar em si próprio, acertando sua mandíbula. Deve ser um caso raro de 
um soldado que se fere sozinho com sua arma quando não há inimigo algum por 
perto...) 
Seus escritos revelam um jovem severamente problemático. "Minhas narinas se 
dilatam quando aprecio o odor acre da pólvora e do sangue. Louco de fúria, 
mancharei de vermelho meu rifle estraçalhando qualquer inimigo que caia em minha 
mãos! Com a morte de meus inimigos preparo meu ser para a sagrada luta, e juntar-
me-ei ao proletariado triunfante com um berro bestial!" 
O termo "ódio" era uma constante em seus escritos: "Ódio como um elemento de 
luta"; "um ódio que é intransigente"; "um ódio que é tão violento que impulsiona um 
ser humano para além de suas limitações naturais, fazendo dele uma violenta e fria 
máquina de matar." 
Dentre suas perturbadas fantasias, a mais proeminente era a implementação de um 
reino continental stalinista. Para atingir esse ideal, o jovem problemático almejava 
"milhões de vítimas atômicas". 
O perturbado jovem argentino também era arredio e desprezava todos ao seu redor: 
"Não tenho casa, não tenho mulher, não tenho pai, não tenho mãe, não tenho 
irmãos. Meus amigos só são amigos quando eles pensam ideologicamente como eu". 
Felizmente para ele, quando ainda era um vagabundo na Cidade do México, teve a 
sorte de encontrar um homem cujo julgamento sobre a psique humana era 
extremamente perspicaz. Este homem, um exilado cubano, diagnosticou 
corretamente a psicose do argentino e fez uma "intervenção" no momento certo, 
canalizando os talentos e anseios deste jovem problemático para fins considerados 
construtivos pela intelligentsia mundial: o estabelecimento do stalinismo. 
Rapidamente o argentino se viu lucrativamente empregado em Cuba. Seu intenso 
desejo por sangue foi amplamente satisfeito no extermínio de cubanos 
anticomunistas, uma espécie mamária que os iluminados de todo o mundo 
consideram uma peste insuportável. 
De início, o perturbado jovem argentino assumiu o papel de principal executor dos 
homicídios em massa de cubanos indefesos, estraçalhando os crânios de suas vítimas 
— que jaziam convulsionadas no chão — com tiros de sua própria pistola. Mas dado 
o aumento no volume de serviço, a tarefa acabou se tornando fatigante, o que fez com 
que o argentino designasse alguns capangas cubanos para o trabalho, facilitando 
dessa forma a matança em série. 
Não que ele tenha se distanciado da carnificina. Na realidade, ele se deliciava tanto 
com o processo que uma janela especial foi construída em seu escritório, permitindo 
que ele visse e se regozijasse com a orgia sangrenta no campo logo abaixo de sua 
janela. 
Em um famoso discurso em 1961, Che denunciou o "espírito de rebeldia" como sendo 
algo "repreensível". "A juventude deve abster-se de questionar de modo ingrato as 
ordens governamentais", ordenou Guevara. "Em vez disso, ela deve se dedicar 
completamente aos estudos (marxistas), ao trabalho (para o governo) e ao serviço 
militar (para matar os desobedientes)". 
E ai daqueles jovens "que ficarem acordados até tarde da noite e chegarem atrasados 
para o trabalho (forçado pelo governo)". Os jovens, escreveu Guevara, "devem 
aprender a pensar e a agir como uma massa única". "Aqueles que escolherem o 
próprio caminho" (como deixar o cabelo crescer e ouvir música imperialista ianque) 
serão denunciados como "dejetos" e "delinquentes". Em seu famoso discurso, Che 
Guevara até mesmo jurou "fazer com que o individualismo desapareça de Cuba! É 
criminoso pensar como indivíduos!" 
Dezenas de milhares de jovens cubanos aprenderam que as ameaças de Che Guevara 
eram mais do que mera linguagem bombástica. Centenas de soviéticos do KGB e 
"consultores" da STASI da Alemanha Oriental, que inundaram Cuba no início da 
década de 1960, encontraram em Guevara um acólito extremamente zeloso. Já em 
meados dos anos 60, o crime de se parecer com um "roqueiro" ou ter um 
comportamento efeminado fez com que a polícia secreta cubana retirasse das ruas e 
parques de Cuba milhares de jovens e os jogassem em campos de concentração que 
tinham os dizeres "O Trabalho Fará de Você um Homem" em seu portão principal, 
bem como homens com metralhadoras localizados estrategicamente em torres de 
observação. As iniciais desses campos eram UMAP, mas eles em nada diferiam de um 
GULAG. 
Cuba antes da revolução 
O mito popular é que Cuba era um país com uma economia desintegrada e que Fidel 
melhorou a vida dos cubanos. Será? 
Nos meses seguintes à revolução cubana, por exemplo, o economista tcheco Radoslav 
Selucky visitou Cuba e tomou um susto: "Pensávamos que Cuba fosse um país 
subdesenvolvido que tivesse apenas algumas refinarias de açúcar!",escreveu quando 
http://es.wikipedia.org/wiki/UMAP
voltou a Praga. "Mas não! Quase 25% da força de trabalho de Cuba estava empregada 
na indústria, onde os salários eram iguais aos salários pagos nos EUA!" 
Agora, eis as palavras do próprio Che Guevara em 1961, após retornar a Cuba, junto 
com seus subordinados, de uma longa viagem ao Leste Europeu: "Não podemos dizer 
que só vimos maravilhas naqueles países", admitiu Che. (Considerando-se a natural 
propensão do povo cubano para o sarcasmo, é provável que Che tenha dito isso em 
resposta às zombarias e risadas de seus subalternos, que possivelmente 
ridicularizaram as — para eles — patéticas condições socioeconômicas das principais 
capitais do Leste Europeu — as quais Cuba deveria emular!) 
"É natural que, para um cubano do século XX, acostumado a todos os luxos que o 
imperialismo lhe deu", escreveu Che Guevara, "muito do que ele viu (no Leste 
Europeu) parecesse-lhe algo típico de países subdesenvolvidos". 
Mas não se intimide! Logo após se tornar ministro da economia de Cuba, Guevara já 
tinha planejado como tirar aquele sorriso de escárnio do rosto dos cubanos. 
Como o Czar da economia cubana, Che transformou uma nação que tinha uma renda 
per capita maior do que metade dos países da Europa, a menor taxa de inflação do 
Ocidente, uma classe média maior que a da Suíça, um enorme fluxo de imigrantes e 
cujos trabalhadores desfrutavam a oitava maior taxa salarial do mundo, em uma 
nação que causa repúdio até nos haitianos. E isso mesmo após receberem 
abundantes subsídios dos soviéticos, cujo total foi igual a dez Planos Marshall (isso 
para uma nação de apenas 6,4 milhões de habitantes) — um feito econômico que 
desafia não somente as leis econômicas mas que também parece desafiar a física. Se 
tem uma coisa com que os exilados cubanos concordam inteiramente com Fidel e Che 
é que eles são ícones do Terceiro Mundo. Afinal, ambos certamente conseguiram o 
feito aparentemente impossível de converter Cuba em uma nação do Terceiro Mundo. 
Utilizemos agora um estudo da ONU (ninguém menos!) sobre Cuba, de 1958. "Cuba 
possui uma enorme vantagem em sua integração nacional — em comparação aos 
outros países da América Latina — por causa de sua enorme e homogênea base de 
imigrantes espanhóis brancos. A pequena população negra de Cuba também é 
culturalmente integrada. Aqueles modos de produção feudal que existem no resto da 
América Latina não existem em Cuba. O camponês cubano não se parece com o 
camponês do resto da América Latina, que está preso à terra, é tradicionalista e se 
opõe às inovações que o levariam a uma economia de mercado. O camponês cubano, 
em todos os aspectos, é um homem moderno. Ele possui um nível educacional e uma 
familiaridade com métodos modernos que não é vista no resto da América Latina". 
Outra verdade escondida: "os trabalhadores pobres" não tiveram participação 
alguma na Revolução Cubana. A rebelião anti-Batista foi liderada e composta 
predominantemente por membros da classe média cubana, principalmente da classe 
média alta. Em agosto de 1957, o movimento rebelde liderado por Fidel organizou 
uma "Greve Nacional" contra a ditadura de Batista — e ameaçou matar os 
trabalhadores que aparecessem para trabalhar. A "Greve Nacional" foi 
completamente ignorada. 
Outra greve foi organizada para o dia 9 de abril de 1958. E novamente os 
trabalhadores cubanos ignoraram solenemente seus "libertadores", comparecendo 
em massa para trabalhar. 
Eis um outro relatório, agora da UNESCO, sobre Cuba, em 1957: "Uma característica 
da estrutura social de Cuba é sua grande classe média", começa o relatório. "Os 
trabalhadores cubanos são mais sindicalizados (proporcionalmente à sua população) 
do que os trabalhadores americanos. O salário médio para uma jornada de 8 horas 
diárias em Cuba em 1957 é maior do que para os trabalhadores da Bélgica, 
Dinamarca, França e Alemanha. A mão-de-obra cubana recebe 66,6% da renda 
interna bruta. Nos EUA, esse valor é de 70% e na Suíça, 64%. 44% dos cubanos são 
atendidos pela legislação social, uma porcentagem maior que a dos EUA." 
Em 1958, Cuba tinha uma renda per capita maior que a da Áustria e do Japão. Os 
trabalhadores da indústria cubana recebiam o oitavo maior salário do mundo. Na 
década de 50, os estivadores cubanos ganhavam mais por hora do que seus 
equivalentes em Nova Orleans e em São Francisco. Cuba já havia estabelecido a 
jornada de 8 horas diárias em 1933 — cinco anos antes de Roosevelt e seu New Deal 
imporem a mesma regra. E mais: um mês de férias pagas. As tão aclamadas (pela 
esquerda) socialdemocracias da Europa só conseguiram implementar esse sistema 
30 anos depois. 
A mortalidade infantil em 1958 era a 13ª mais baixa — não da América Latina ou do 
Ocidente, mas do mundo. O analfabetismo já estava quase erradicado. Cuba era o 
país que mais gastava (23% do orçamento) com educação pública em toda a América 
Latina. Mais ainda: os cubanos não eram apenas alfabetizados; eram também 
cultos. Podiam ler George Orwell e Thomas Jefferson, bem como a arrebatadora 
sabedoria e cintilante prosa de Che Guevara. 
A rebelião anti-Batista (e não revolução), como dito, estava apinhada de 
universitários e profissionais liberais. Advogados desempregados abundavam (Fidel 
Castro, por exemplo). Observe a composição do primeiro gabinete da "revolução 
camponesa", composta pelos líderes do movimento anti-Batista: 7 advogados, 2 
professores universitários, 3 estudantes universitários, 1 médico, 1 engenheiro, 1 
arquiteto, 1 ex-prefeito e coronel que desertou do exército de Batista. Um grupo 
notoriamente "burguês", como poderia dizer Che. 
Já em 1961, entretanto, operários e campesinos formavam a grande maioria dos 
rebeldes anti-Castro, principalmente as guerrilhas das montanhas Escambray. Quem 
é que já ouviu falar de camponeses pobres lutando contra seus benfeitores Fidel e 
Che? 
Antes de Castro tomar o poder, Cuba recebia mais imigrantes (principalmente da 
Europa) em proporção à sua população do que os EUA. E mais americanos viviam em 
Cuba do que cubanos viviam nos EUA. Ademais, naquela época, pneus, barris e caixas 
de isopor eram apenas isso, e não itens estimados no mercado negro para serem 
utilizados como dispositivos de flutuação marítima, sujeitando seus usuários — 
ingratos que fogem de seus libertadores — a tubarões e intempéries da natureza. 
Em 1958, Cuba passava por uma rebelião, não uma revolução. Os cubanos queriam 
mudanças políticas e não um cataclisma socioeconômico. 
É uma questão de história o fato de que em janeiro de 1959 os EUA deram seu 
reconhecimento diplomático ao regime de Fidel/Che mais rapidamente do que 
reconheceram o de Batista em 1952. Os arquivos do Departamento de Estado 
americano também mostram que os EUA impuseram um embargo de armas ao 
governo Batista e se recusaram a enviar armas pelas quais o governo cubano já havia 
pagado. Os arquivos oficiais também documentam que o embaixador americano Earl 
T. Smith avisou pessoalmente Batista que ele não mais tinha o apoio do governo 
americano, que recomendava fortemente que ele deixasse Cuba. Batista teve seu asilo 
político negado nos EUA. 
Em 2001, em uma visita a Havana para uma conferência com Fidel Castro, Roberto 
Reynolds, o agente da CIA para o Caribe, responsável pelo gerenciamento da 
Revolução Cubana entre 1957 e 1960, declarou orgulhosamente que "Eu e toda a 
minha equipe éramos fidelistas". 
Robert Weicha, ex-agente da CIA lotado em Santiago de Cuba declarou que "Todos na 
CIA e todos no Departamento de Estado eram pró-Castro, exceto o embaixador Earl 
Smith." 
Não obstante, você aprendeu em seus livros de história que "Che Guevara ajudou a 
derrubar o ditador cubano Fulgencio Batista, que era apoiado pelos EUA". 
A Cuba de Fidel 
A influência que Fidel Castro exerce sobre a intelligentsia só pode ser descrita como 
mágica, o que torna qualquer avaliação pública de seu regime por esses iluminados 
completamente despidade lógica. A saber: 
Ele encarcerou e torturou a uma taxa maior do que Stalin e se recusa (diferentemente 
da África do Sul do apartheid, do Chile de Pinochet e da Nicarágua de Somoza) a 
permitir que a Anistia Internacional ou a Cruz Vermelha inspecionem suas 
prisões. Não obstante, Cuba ocupou a cadeira do Comitê de Direitos Humanos da 
ONU, e quando de sua visita a Nova York como o palestrante principal em 1995, 
a revista Newsweek aclamou Castro como "O Ticket Mais Quente de Manhattan", e 
a Time disse que ele era "A Celebridade de Manhattan", em referência ao enxame de 
pessoas da alta sociedade que o rodeavam e bajulavam pedindo autógrafos. 
Seu código penal ordena 2 anos de prisão para qualquer um que seja ouvido fazendo 
uma piada qualquer sobre ele. Não obstante, Jack Nicholson e Chevy Chase 
constantemente cantam-lhe glórias. 
Ele aboliu o habeas corpus e o seu principal executor (o próprio Che Guevara) 
declarou que "evidências jurídicas são um arcaico detalhe burguês". Não obstante, a 
Escola de Direito de Harvard convidou-o como palestrante de honra e 
constrangedoramente irrompia em aplausos estrepitosos e ovações tumultuadas a 
cada três frases dele. 
Ele expulsou uma maior porcentagem de judeus de Cuba do que o Czar Nicolau da 
Rússia. Entretanto, o fundador da Shoah Foundation, Steven Spielberg, considera o 
jantar que teve com Fidel "as oito horas mais importantes da minha vida". 
Ele é o filho de um soldado europeu, branco como o lírio, que forçosamente derrubou 
um governo cubano em que negros ocupavam os cargos de presidente do Senado, 
ministro da Agricultura, ministro do Exército e Chefe de Estado (Fulgencio Batista, 
neto de escravos, nasceu em uma choupana com teto de palmeira). Ele encarcerou 
um prisioneiro político negro pelo período mais longo da história moderna (Eusebio 
Penalver, que sofreu mais tempo na masmorra de Castro do que Nelson Mandela 
sofreu nas masmorras da África do Sul). Hoje, de toda a população presa na Cuba 
stalinista/apartheidiana, 90% é composta por negros, ao passo que apenas 9% dos 
integrantes do partido stalinista dominante são negros. Ele sentenciou outros negros 
(Dr. Elias Biscet, Jorge Antunez) a 20 anos de prisão apenas por terem citado frases 
de Martin Luther King em praça pública. Não obstante, é tido como herói por negros 
como Danny Glover, Jesse Jackson e Charles Rangel, que não hesitam em dar-lhes 
fortes abraços. 
Apesar de ter transformado uma nação que tinha uma renda per capita maior do que 
metade dos países da Europa, a menor taxa de inflação do Ocidente, uma classe média 
maior que a da Suíça e um enorme influxo de imigrantes em uma nação que causa 
repúdio até nos haitianos, Colin Powell e o London Times reconhecem "as conquistas 
sociais da revolução fidelista". 
Hoje, trata-se de um regime que prende qualquer um que tente viajar de uma 
província de Cuba a outra sem os devidos "papeis" fornecidos pelo estado policial, e 
que metralha qualquer um que tentar sair do país. 
Os feitos de Che 
Ernesto "Che" Guevara era o vice-comandante, o carrasco-chefe e o principal contato 
do KGB em um regime que proibiu eleições e aboliu a propriedade privada. A polícia 
desse regime, supervisionada pelo KGB e empregando a tática da "visita da meia-
noite" e do "ataque pela manhã", capturou e enjaulou mais prisioneiros políticos em 
proporção à população do que Stalin e executou mais pessoas (em uma população de 
apenas 6,4 milhões) em seus primeiros 3 anos no poder do que Hitler (que 
comandava uma população de 70 milhões) em seus primeiros 6 anos. 
O regime que Che Guevara ajudou a fundar confiscou a poupança e a propriedade de 
6,4 milhões de cidadãos e tornou refugiada 20% da população de uma nação até então 
inundada de imigrantes e cujos cidadãos haviam atingido um padrão de vida maior 
do que o padrão daqueles que residiam em metade da Europa. O regime de Che 
Guevara também destroçou — por meio de execuções, encarceramentos, 
expropriação em massa e exílio — virtualmente cada família da ilha cubana. Muitos 
oponentes do regime podem ser classificados como os prisioneiros políticos mais 
longevos da história moderna, tendo sofrido no Gulag guevarista — campos de 
concentração, trabalhos forçados e câmaras de tortura — durante um período de 
tempo três vezes maior do que Alexander Solzhenitsyn sofreu no Gulag stalinista. 
Com apenas uma semana no poder, Che já havia abolido o habeas corpus. Além de 
afirmar que evidências judiciais eram detalhes burgueses arcaicos, ele 
complementava garbosamente dizendo que "executamos por convicção 
revolucionária!". Edwin Tetlow, correspondente do Daily Telegraph londrino em 
Havana, relatou sobre um "julgamento" em massa orquestrado por Che em que as 
sentenças de morte já estavam postadas em um quadro antes do julgamento começar. 
Ele assinava seu nome como "Stalin II", professava que "as soluções para o mundo 
estão atrás da Cortina de Ferro", e dizia confiantemente que "se os mísseis nucleares 
tivessem permanecido em Cuba, teríamos disparado contra o coração dos EUA, 
incluindo Nova York". Ele também afirmava que pela vitória do socialismo era válido 
ter "milhões de vítimas atômicas". 
Imediatamente após marchar vitorioso em Havana, Guevara saqueou e depois se 
mudou para aquela que provavelmente era a mais luxuosa mansão de Cuba. O 
proprietário dela havia conseguido fugir do país após ser caçado por um pelotão de 
fuzilamento, e o repórter que escreveu sobre a nova casa de Che em um jornal cubano 
foi ameaçado de morte por fuzilamento. Um ano depois, milhares de cubanos foram 
mandados para campos de trabalho forçado sob ordens de Che, tudo baseado em seu 
desejo de moldar "um novo homem". 
Comemorou efusivamente a invasão soviética e o consequente massacre de milhões 
de húngaros que resistiram ao imperialismo russo. De acordo com Guevara, aqueles 
húngaros que lutavam pela liberdade e resistiam à escravidão eram todos "fascistas 
e agentes da CIA". 
Apesar de seus fãs dizerem pomposamente que ele foi um médico formado, ninguém 
até hoje, após inúmeras tentativas, conseguiu localizar qualquer histórico sobre seu 
diploma de medicina. Logo após ser capturado na Bolívia, Che admitiu para o 
comandante da operação, o Capitão Gary Prado, que ele não era médico, mas tinha 
"algum conhecimento de medicina". 
Dois heróis 
Zoila Aguila 
Em sua campanha de realocação e concentração de prisioneiros — que apequenava 
tudo que os britânicos fizeram aos Bôeres — os garbosos comunistas saquearam 
centenas de milhares de cubanos, despojando-os de suas casas e agrupando-os em 
campos de concentração no lado oposto de Cuba. Tive a oportunidade de entrevistar 
várias dessas famílias "realocadas". 
Uma dessas cubanas, esposa de um trabalhador rural, recusou-se a ser 
realocada. Após seu marido, filhos e sobrinhos terem sido todos assassinados pelo 
Galante Che e seus capangas, ela conseguiu apoderar-se de uma submetralhadora e 
de um pente de balas e se refugiou nas montanhas. Ela acabou se tornando uma 
rebelde. Os cubanos a conhecem como La Niña Del Escambray. 
Ela passou um ano embrenhada nas montanhas, fugindo dos comunistas que 
varreram todas as localidades à sua procura. Até que um dia seu suprimento de 
munição acabou e os vermelhos a capturaram. Espantosamente, ela não foi executada 
(Che deve ter tirado um dia de folga), porém, durante anos, La Niña sofreu 
horrivelmente nas masmorras de Fidel (você pode ler as descrições das 
torturas aqui). Após ser solta, refugiou-se em Miami (na década de 60 ainda se podia 
sair de Cuba). 
Você acha que tal história é louvada por Oprah Winfrey? Acha que Hollywood está 
interessada em narrá-la, tendo Susan Sarandon no papel principal? Pense bem: 
temos aqui um dos temas favoritos dos produtores de Hollywood e das feministas em 
geral: a mulher brava e lutadora. Dificilmente uma mulher pode ser mais aguerrida 
do que Zoila Aguila, seu nome verdadeiro. Se ela tivesse lutado contra, digamos, 
Pinochetou Somoza, certamente Hollywood e os editores de livros estariam 
dedicando toda atenção a ela. Mas como ela lutou contra os garotos mais fotogênicos 
e queridos da esquerda, naturalmente ninguém nunca ouviu falar dela. 
Tony Flores 
http://www.autentico.org/costumbres/cst_0021.php
Após chegar a Havana em janeiro de 1959, Che Guevara imediatamente percebeu que 
o fosso ao redor da fortaleza La Cabaña era uma cova perfeita para jogar seus 
executados. Em Babi-Yar, em Kiev, a SS de Hitler teve de cavar suas fossas. Em La 
Cabaña, Che Guevara havia encontrado uma já pronta. 
Em 1961, um garoto de 20 anos chamado Tony Chao Flores, utilizando muletas e 
mancando pesadamente, chegou ao local onde seria executado. Ele já havia tomado 
17 tiros de metralhadoras tchecas quando os capangas de Fidel e Che o 
capturaram. No caminho para esse seu local de execução, que ficava na velha 
fortaleza espanhola transformada em prisão e em centro de execução por Che 
Guevara, Tony foi forçado a descer mancando, sem quaisquer condições físicas e 
utilizando apenas muletas, uma longa escada feita de pedras esquadradas. Tony 
tropeçou, caiu e foi rolando a longa escadaria, até finalmente chegar ao chão, 
debatendo-se e gritando de dor. Uma das pernas de Tony, completamente baleada 
por metralhadoras, havia sido amputada, e a outra estava gangrenada e coberta de 
pus. Os guardas fidelistas, gargalhando, foram na direção de Tony para amordaçá-lo 
para que ele parasse de gritar. 
Enquanto eles se aproximavam, Tony cerrou o punho de sua única mão que ainda 
estava boa. Quando o primeiro vermelho se aproximou dele — BASH! — Tony deu-
lhe um soco bem no olho. 
"Nunca consegui entender como Tony conseguiu sobreviver àquela surra", disse 
Hiram Gonzalez, testemunha e ex-prisioneiro político, que observou toda a cena de 
sua cela na prisão de La Cabaña. Oaleijado Tony quase foi morto no espancamento 
que se originou a seguir, que envolveu chutes, socos e golpes de arma. Até que 
finalmente seus agressores se levantaram ofegantes, esfregando seus arranhões e 
machucados. Eles haviam conseguido amordaçar a boca do garoto, mas Tony 
conseguiu empurrar os guardas antes que eles conseguissem amarrar suas mãos. O 
comandante Guevara ordenou que seus capangas se mantivessem afastados de Tony, 
ainda no chão e com a boca amordaçada. 
Tony começou a rastejar em direção ao já estilhaçado e ensanguentado poste de 
execução, que estava a uns 45 metros de distância. Ele foi se arrastando lentamente 
utilizando suas mãos, enquanto o toco do que restou da sua perna ia deixando um 
rastro de sangue na grama. Quando chegou perto do poste, ele parou, virou-se para 
seus executores e começou a bater no próprio peito. Os capangas ficaram 
perplexos. O garoto aleijado estava tentando dizer alguma coisa. Mas sua mensagem 
estava abafada pela mordaça que o ídolo de Benicio Del Toro havia tornado 
obrigatória para suas milhares de vítimas. 
A expressão de dor e os olhos brilhantes de Tony diziam tudo. Mas ninguém 
conseguia entender os murmúrios do garoto. Tony continuava batendo no peito, 
fechando seus olhos com força por causa da dor intensa oriunda de seu esforço. Seus 
executores ficaram nervosos, sem saber o que fazer. Levantaram e abaixaram seus 
rifles seguidas vezes. Olharam para seu comandante, que deu de ombros. Finalmente 
Tony levou a mão à sua face e arrancou a mordaça que o garoto propaganda de Del 
Toro havia mandado pôr nele. 
A voz do guerreiro de 20 anos saiu num grito forte: "Atire BEM AQUI!", urrou Tony 
para seus boquiabertos carrascos. Sua voz foi um estrondo e sua cabeça se inclinou 
para trás como consequência do esforço. "Bem aqui no PEITO!", gritou Tony. "Como 
um HOMEM!" Tony rasgou sua blusa, bateu em seu peito e com uma forte expressão 
de dor gritou para seus embasbacados executores: "Bem AQUI!". 
Em seu último dia de vida, quando estava na prisão, Tony recebeu uma carta de sua 
mãe: "Meu querido filho, quantas vezes havia lhe falado para não se envolver com 
essas coisas... Mas eu sabia que minhas súplicas eram em vão. Você sempre lutou por 
sua liberdade, Tony, mesmo quando ainda era uma criança. Portanto eu sabia que 
você jamais toleraria o comunismo. Castro e Che enfim pegaram você. Meu filho, amo 
você do fundo do meu coração. Minha vida agora está em pedaços e nunca mais será 
a mesma. A única coisa que resta agora, Tony... é morrer como um homem". 
"FUEGO!!!", gritou Che. As balas despedaçaram o corpo mutilado de Tony, logo após 
ele ter chegado ao poste, se erguido por conta própria e encarado resolutamente seus 
assassinos. Mas o pelotão de fuzilamento de Che estava acostumado a matar pessoas 
que estavam de pé. Por estar sem uma perna, Tony era um alvo mais difícil. Assim, 
boa parte da saraivada de balas não acertou o jovem. Ainda vivo, era a hora do golpe 
de misericórdia. 
Normalmente, um projétil de .45 é suficiente para esmagar um crânio. De acordo com 
testemunhas, três foram despejadas no crânio de Tony. Parece que a mão do carrasco 
estava tremendo muito. Mas finalmente conseguiram matá-lo. O homem que a 
revista Time aclama como sendo um dos "heróis e ícones do Século" adicionava mais 
uma vítima à sua coleção. Mais um inimigo despachado — amarrado e amordaçado, 
como de costume. 
Fidel e Che tinham por volta de 35 anos quando mataram Tony. De acordo com 
o Livro Negro do Comunismo, seu pelotão de fuzilamento matou outros 14.000 
guerreiros da liberdade, todos devidamente amarrados e amordaçados. Muitos 
(talvez a maioria) de suas vítimas eram jovens por volta de 20 anos. Alguns eram 
ainda mais novos. 
O fim de Che 
Durante todo esse processo, o argentino estava ajudando seu mentor cubano a 
estabelecer um controle feudal e pessoal que se comprovaria bastante 
http://www.mises.org/store/Black-Book-of-Communism-The-P551.aspx?AFID=14
duradouro. Porém, o que pouco se comenta é que a utilidade do argentino para seu 
mentor não era absolutamente nada duradoura — e logo seu "martírio" passou a ser 
habilmente planejado. 
Pena que Del Toro e Steven Sorderbergh, diretor de seu novo filme Che — O 
Argentino, não tenham entrevistado os ex-funcionários da CIA que revelaram a esse 
escritor como o próprio Fidel Castro, por meio do Partido Comunista Boliviano, 
constantemente informava a CIA sobre os paradeiros de Che na Bolívia. As diretivas 
de Fidel para os comunistas bolivianos em relação a Che e seu bando eram claras. 
"Nem mesmo uma aspirina", instruiu o líder máximo de Cuba a seus camaradas 
bolivianos, o que significa que os comunistas da Bolívia estavam proibidos de auxiliar 
Che de qualquer forma — "nem mesmo com uma aspirina", caso Che reclamasse 
alguma dor de cabeça. 
Ainda antes da Revolução, quando estavam em um barco decrépito navegando nas 
águas turbulentas que ligam Yucatán até a província Oriente, em Cuba, um dos 
rebeldes encontrou Che caído inconsciente na cabine do barco. Ele correu para avisar 
o Comandante: "Fidel, parece que Che está morto!" 
"Bom, se ele está morto", respondeu Castro, "então joguem-no ao mar". Na verdade, 
Guevara estava sofrendo dos efeitos combinados de um enjôo marítimo e um ataque 
de asma. Che nunca foi considerado um membro inestimável por Fidel. 
Mais do que sua crueldade, megalomania e estupidez épica, o que mais distinguia 
Ernesto "Che" Guevara de seus companheiros era sua manhosa covardia. Suas tietes 
podem ficar zangadas o quanto quiserem, bater a porta do quarto, cair na cama, 
espernear e chorar abraçadinhas com o travesseiro, mas o fato é que Che se entregou 
voluntariamente ao exército boliviano e a uma distância segura. Foi capturado em 
ótimas condições físicas e com sua arma completamente carregada. 
Um dia antes de sua morte na Bolívia, Che Guevara, pela primeira vez em sua vida, 
finalmente enfrentou algo que podia ser adequadamente chamado de combate. Então 
ele ordenou a seus guerrilheiros que não cedessem um milímetro, que lutassem até o 
último suspiro e até a últimabala. 
Com seus homens fazendo exatamente o que ele ordenou (lutando e morrendo até a 
última bala), um Che ligeiramente ferido evadiu-se do tiroteio e se entregou com um 
pente cheio de balas em sua pistola, enquanto choramingava manhosamente para 
seus capturadores: "Não atirem! Sou Che! Valho mais para vocês vivo do que morto!" 
E então ele rebaixou-se desavergonhadamente, tentando desesperadamente se 
engraçar: "Qual é o seu nome, meu jovem?", perguntou Che a um de seus 
capturadores. "Ora, mas que nome bonito para um soldado boliviano!" 
E mais tarde: "E então, o que eles vão fazer comigo?", perguntou Che ao capitão 
boliviano Gary Prado. "Não creio que irão me matar. Certamente sou muito mais 
valioso vivo... E o senhor, capitão Prado", adulou Che, "o senhor é uma pessoa muito 
especial... Andei conversando com alguns de seus homens. Todos lhe têm em alta 
estima, capitão! E não se preocupe, tudo isso aqui acabou. Nós fracassamos." E 
então, para adular ainda mais, "seu exército nos perseguiu muito obstinadamente ... 
agora, será que o senhor por favor poderia descobrir o que eles planejam fazer 
comigo?" 
O prazer que Che Guevara tinha em matar cubanos só era possível porque esses 
cubanos estavam completamente indefesos no momento. Amarrados e vendados, de 
preferência. E dessa forma eles eram alinhados de frente para o pelotão de 
fuzilamento e executados. Porém, quando o cenário se alterou e as armas de fogo 
estavam em posse de outros, o argentino tremeu de medo. 
Compare a morte de Tony Chao Flores — "Atire bem aqui! Como um homem!" — com 
a captura de Guevara: "Não atirem! Sou Che! Valho mais para vocês vivo do que 
morto!" 
E então pergunte a si próprio: quem deveria ter sua face exposta em camisetas 
vestidas por jovens que gostam de fantasiar, se imaginarem rebeldes, bravos e 
adoradores da liberdade? Quem merece um filme de Hollywood?

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