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Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO Processos de Fabricação Prof. Me. André L. Bosso TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM. Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO • No processo de formação do cavaco existem três principais fontes de geração de calor. A deformação plástica do cavaco na região de cisalhamento, o atrito do cavaco com a superfície de saída da ferramenta e o atrito da peça com a superfície de contado da ferramenta. TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO • A maior parte da potência consumida na usinagem dos metais é convertida em calor próximo à aresta cortante da ferramenta e muitos problemas técnicos e econômicos são causados direta ou indiretamente pela ação desse aquecimento. TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO • O custo da usinagem é dependente da quantidade de remoção de metal e pode ser reduzido aumentando-se a velocidade de corte e/ou a velocidade de avanço, porém há limites para essas velocidades, acima dos quais a vida da ferramenta é drasticamente diminuída, levando consigo o custo. TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO • O corte dos metais gera aquecimentos da ferramenta e, dependendo do caso, pode provocar seu colapso em curto tempo de usinagem. • Do ponto de vista econômico, a vida de uma ferramenta é um item de grande importância. Esta depende mais da temperatura atingida na interface ferramenta-cavaco do que da quantidade total de calor em jogo na operação. TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO • Diante desses problemas, é fundamental compreender os fatores que influenciam na geração de calor na região de corte, bem como quantificar os valores de temperatura atingidos próximo à aresta cortante e sua relação com o desgaste da ferramenta e implicações na fabricação da peça. TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO - Fontes de Geração de Calor na Usinagem: • Existem três principais regiões de geração de calor em usinagem: (I) zona de cisalhamento primária (ZCP), entre peça e cavaco; (II) zona de cisalhamento secundária (ZCS), região de intenso cisalhamento na raiz do cavaco e (III) a zona de cisalhamento terciária (ZCT), que ocorre na superfície e sub-superfície da peça usinada TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO • A zona de cisalhamento primária é a região de interface entre peça e cavaco onde ocorre o trabalho de cisalhamento do material usinado e onde a maior parte da energia é convertida em calor. TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO • A zona de cisalhamento secundária é constituída de uma estreita faixa logo acima da zona de aderência (zona de contato ferramenta-cavaco) onde ocorre cisalhamento intenso no material do cavaco . As temperaturas nessa região podem chegar a valores superiores a 1000°C, enquanto que as temperaturas atingidas na ZCP são relativamente baixas, variando em torno de 80 a 250 °C. TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO • Na zona de cisalhamento terciário o aquecimento surge devido ao atrito entre a peça e a superfície de folga da ferramenta e ao cisalhamento interno do material da peça causado pela aderência entre as superfícies. As temperaturas nessa região são fortemente dependentes do desgaste de flanco da ferramenta de corte, enquanto que nas outras zonas as temperaturas são mais dependentes das condições de corte. TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO - Dissipação do Calor: • À medida que o corte do material é executado, o calor produzido nas zonas de cisalhamento é dissipado pela ferramenta de corte, pelo cavaco, pela peça e pelo meio circundante. Representação das três regiões de geração de calor em usinagem e como este calor é dissipado. TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO • A Figura abaixo mostra que a maior parte do calor total gerado é dissipada pelo cavaco, que absorve uma grande quantidade do calor gerado na ZCP. Além disso, parte do calor produzido na ZCS também é absorvida pelo cavaco, já que as temperaturas na interface cavaco-ferramenta são maiores, o fluxo de calor se dará na direção do cavaco. Tanto a ferramenta quanto a peça recebem parte do calor gerado na ZCT . TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO • Embora a quantidade de calor que flui para a ferramenta seja pequena, altas temperaturas podem se desenvolver devido à pequena área de contato, o que pode comprometer o desempenho da ferramenta. TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO - Balanço Energético: • Ferraresi (1977) apresenta, de maneira simplificada, um balanço do calor gerado/dissipado na zona de corte, como mostra a Equação (1). TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO • Segundo Ferraresi , os valores numéricos de cada uma das parcelas da Equação (1), assim como o quanto cada zona irá contribuir para o aquecimento de cada elemento, dependem: ✓ do tipo de operação de usinagem, ✓ das condições de corte, ✓ do material da peça e do material da ferramenta ✓ geometria da ferramenta de corte. TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO - Sistemas de medição de temperatura: • Os métodos para determinação da temperatura de corte encontrados na literatura podem ser divididos em três categorias principais: os experimentais, os analíticos e os numéricos (ex.: método dos volumes finitos e diferenças finitas, medição direta por termopares inserido, medição utilizando vernizes termo sensíveis, medição por radiação de calor com sensores infravermelhos, medição por propriedades metalográficas, medição utilizando pós químicos e medição usando método do filme PVD e medição da força termoelétrica entre a ferramenta e a peça (método do termopar ferramenta-peça). TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO - Exemplos de sistemas de medição de temperatura: • Termopares inseridos na ferramenta: uma junção de metais distintos produz uma tensão elétrica cujo valor depende dos materiais que a compõem e da temperatura a que é submetida. TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM Para aplicação em medição de temperatura na região de formação de cavacos, os termopares têm sido muito empregados inserindo-se a junta quente nas peças, ou mais comumente nas ferramentas. Exemplo de termopar inserido em um inserto de metal duro Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO • Radiação infravermelha: a medição de temperatura por meio de radiação utilizando sensores infravermelhos, ou pirômetros, é bastante utilizada para obtenção da temperatura da superfície da peça, do cavaco ou da ferramenta. Temperatura de fresamento em função da profundidade de corte a) Ap=10mm; b) Ap=15mm; c) Ap=20mm. TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO • Vernizes termosensíveis: Consiste da utilização de vernizes com capacidade de mudança de cor a determinadas temperaturas, devido a propriedades específicas das substâncias, ou mediante reações químicas iniciadas pelatemperatura. São aplicáveis somente em superfícies expostas e não e interfaces durante a usinagem. Dispõe-se de vernizes sensíveis a um único nível, ou faixa, de temperaturas, ou a múltiplas faixas dentro de uma faixa entre 442 e 1270 ˚C. TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO • Conhecer os mecanismos de desgaste e a relação destes com a temperatura de corte permite desenvolver soluções técnicas que tornem a ferramenta mais resistente ao desgaste, prolongando assim sua vida. ✓ O uso de fluidos de corte como meio de lubrirrefrigeração. Ao diminuir o atrito existente na interface cavaco-ferramenta, é reduzida a adesão e a formação da aresta postiça de corte (APC), diminuindo a temperatura na zona de corte. ✓ uma alternativa é a lubrirrefrigeração por quantidade mínima (minimum quantity lubricant - MQL), também conhecida por near dry machining (NDM). Trata-se de uma técnica considerada ambientalmente e economicamente sustentável. Nesse método, uma pequena quantidade de fluido é aplicada em forma de gotas ultrafinas a uma velocidade muita alta na zona de corte com o auxílio de um sistema de ar comprimido. TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM - Controle da temperatura de corte: Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ✓ Uma medida alternativa para substituição do uso do fluido em abundância e do MQL é o resfriamento a gás. Nesse método, a refrigeração da zona de corte é feita pelo contato do gás com a ferramenta, por meio de um sistema de pressurização (argônio, CO2 e nitrogênio). ✓ Usinagem Criogênica – criogenia é a ciência cujas temperaturas são consideradas muito baixas. A maioria das pesquisas nessa área considera temperaturas criogênicas aquelas que se situam abaixo dos -150°C. Para se produzir os fluidos criogênicos, é necessário liquefazer algum gás, como hélio, hidrogênio, nitrogênio e neon. TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO TEMPERATURA NO PROCESSO DE USINAGEM QUESTÕES 1- Quais são as principais fontes de calor no processo de formação do cavaco na usinagem? 2- Qual a relação entre a temperatura de formação de cavaco e os custos de produção? 3- Embora a quantidade de calor que flui para a ferramenta seja pequena, altas temperaturas podem se desenvolver na mesma. Por que? 4- Quais são os fatores básicos que influenciam a temperatura na região de formação do cavaco? 5- Como podemos medir e controlar a temperatura na região de formação do cavaco? deformação plastica , atrito do cavaco com a superficie de saida e atrito da peça com a superficie da ferramenta a temperatura na formção do cavaco é a principal causadora dos desgaste ou avarias na ferramenta,quanto mais alta a temperatura , maior sera o desgate da ferramenta, o que acarretara em maior trocas de ferramentas. A troca das ferramentas demanda certo tempo oque tambem atrasa na produção pois devido a pequena area de contato altas temperaturas são desenvolvidas oque pode prejudicar o desempenho da ferramenta a zona de cisalhamento primaria e secundaria e terciaria A medição pode ser feitapor meio de termopares,radiação infravermelha e por meio de vernises e para controlar atemperatura pode ser utilizadosfluidos Prof. José Milton de Freitas COMPLEMENTOS DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO Processos de Fabricação Prof. Me. André L. Bosso FIM Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24
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