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Atividade Online – AO 06 - Formulário do aluno Curso: História Professor(a): Patrícia Simone de Araujo Nome da disciplina: História do Brasil III Discente: Cynthia Thayse Vieira Vicente Resenha/Envio de tarefa Com base no texto, “Vida privada e ordem privada no Império”, de autoria Luiz Felipe de Alencastro, construa uma resenha, com no máximo três páginas. Lembre-se que de acordo com Antônio J. Severino, no seu livro Metodologia do trabalho científico (2007), a resenha tem uma a seguinte ordem: a) a referência (dados bibliográficos do livro) da obra resenhada; b) os dados bibliográficos do autor (informar sobre sua formação acadêmica, experiência profissional e principais publicações no campo científico da obra resenhada); c) exposição sintética do conteúdo; d) Comentário crítico (trata-se de uma discussão importante? Por quê? Traz alguma contribuição? Para quem? Quem deve lê-lo?); e) referência bibliográfica. Lembre-se sempre estudante de explanar a sua opinião crítica com embasamento científico! Você poderá usar outros estudos, só não esqueça de citá-los de acordo com as normas da ABNT, para não incorrer ao plágio. A resenha deve ser digitada a partir do formulário_de_elaboração da AO_06; salve-a em PDF e com seu nome. E, por último poste-a no repositório da AO_06. Resposta ALENCASTRO, Luiz Felipe de. “Vida privada e ordem privada no Império.” In: Alencastro, Luiz F. (p. 12 - 93). Nascido em 1946 em Itajaí, Santa Catarina, Luiz Felipe de Alencastro, formou-se em história e ciências políticas na Universidade de Aix-en-Provence (França) e doutorou-se em história na Universidade de Paris-Nanterre. Ensinou nas universidades de Rouen e Paris-Vincennes. Desde 1986 é professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap). Atualmente é professor visitante da cátedra de História do Brasil da Universidade de Paris-Sorbonne. O texto de Alencastro é baseado no período do Brasil Império, e da grande ênfase ao escravismo, e as relações entre o público e o privado e seus conflitos. Tratando da vida familiar, dos costumes e do cotidiano das pessoas. O autor começa por tratar da vinda da corte para América, aumentando assim a população, pelo menos 15 mil pessoas transferiram-se para o Rio de Janeiro na época. Este que depois do enfraquecimento da atividade mineradora a partir dos anos 1770 em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso tornou-se o centro comercial do até então Brasil Colonia. Depois da independência, ocorre o primeiro desentendimento entre o privado e o público, exatamente pelos novos rumos que o comércio estava tomando. E com isso começaram também as chamadas rebeliões regências. E os conflitos não paravam por ai, outro motivo era que a vida privada confundia-se com a vida pública. O escravo tornou-se um tipo de propriedade particular. No que se refere ao âmbito da privacidade e o poder municipal e provincial decorrem que a partir de 1828 e mais precisamente após o Ato Adicional (1834) em que são criadas as assembléias provinciais, o governo central subtrai a autonomia das municipalidades designando através dos presidentes de províncias ou seja, em detrimento das autoridades locais escolhidas pelos proprietários e eleitores qualificados da região, aqueles que deveriam exercer o poder público em um nível regional; isto, para a elite escravista, afigurou-se em uma ameaça à ordem privada, isto é, à ordem geral. Como exemplos desse tipo de embate, em que se amalgama a ordem privada à ordem pública, podemos destacar a Balaiada ocorrida no Maranhão (1839-41) e em São Paulo e Minas Gerais durante a Revolução Liberal de 1842. Como cita Alencastro, o escravismo entranhava-se nos lares e no âmago da vida privada, logo, este deve ser um elemento de instabilidade que deve ser estritamente controlado. Em consequência, o poder, a segurança pública, devia tirar seu fundamento da esfera pública de dominação mais compacta, mais imediata: a municipalidade. Resumindo, no que se refere às revoluções do Império, todas elas tinham como convicção comum à respeito do consenso imperial: o respeito à ordem privada escravista. O capítulo ainda traz outras formas de desvios do comportamento brasileiro com relação ao modelo europeu como: o uso das mucamas ou amas de leite caracterizando uma especialização econômica da mulher cativa no trabalho doméstico e no aleitamento dos filhos dos senhores; o uso dos tigres, escravos encarregados de levar os dejetos domésticos até a praia, malgrado as endemias de verão e a ausência de sistemas de esgoto. E as contradições do próprio sistema escravista com relação ao ambiente epidemiológico da corte com os surtos de febre-amarela, cólera, varíola e outras doenças que fustigaram o Império: no caso da cólera, por exemplo, em que se chegou a cogitar a permissão dos escravos de se usar sapato, ato não permitido dado seu estatuto de cativo, para a manutenção da boa saúde da escravaria e o não alastramento das doenças.
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