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Direito do trabalho II (Resumo) - O documento aborda direito trabalhista, incluindo composição, fontes, princípios, organização sindical, contribuições e procedimentos legais. O objetivo é fornecer um

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2) Composição; Fontes; Princípios: a) assecuratórios; b) Regentes 
das relações; c) Relações e efeitos; 
 
Composição: a composição no direito do trabalho refere-se à estrutura das relações de 
trabalho. Essa estrutura pode envolver uma série de atores, incluindo empregadores, 
empregados, sindicatos, agências governamentais e tribunais. A composição das 
relações de trabalho pode variar de acordo com a indústria e a localização geográfica. 
 
Exemplo: na indústria de construção civil, a composição das relações de trabalho pode 
envolver trabalhadores, subcontratados, empreiteiros, sindicatos, inspetores 
governamentais e outros. 
 
Fontes: as fontes do direito do trabalho são as leis, os regulamentos, os contratos 
coletivos e outras fontes que definem os direitos e as obrigações dos empregadores e 
empregados. Essas fontes podem ser criadas pelo governo, pelos tribunais ou por 
acordos coletivos entre empregadores e sindicatos. 
 
Exemplo: a legislação trabalhista pode definir o salário mínimo, o número máximo de 
horas de trabalho por semana e os direitos de licença maternidade e paternidade. 
 
Princípios: os princípios do direito do trabalho são as ideias fundamentais que orientam 
as leis e as políticas trabalhistas. Esses princípios podem incluir a igualdade, a justiça, a 
segurança, a proteção social e o respeito pelos direitos humanos. 
 
Exemplo: o princípio da igualdade pode ser aplicado no direito do trabalho para garantir 
que todos os trabalhadores, independentemente de sua raça, gênero ou origem social, 
tenham os mesmos direitos e oportunidades no local de trabalho. 
 
3) Organização sindical: categorias, enquadramento, estrutura 
sindical, natureza jurídica dos sindicatos; 
 
A organização sindical é uma das principais instituições do direito do trabalho e engloba 
a criação e atuação dos sindicatos. Aqui está uma explicação resumida, exemplos e 
informações sobre os artigos relacionados a esse tema: 
 
Categorias: as categorias sindicais são divisões organizacionais baseadas nas diferentes 
atividades econômicas. Cada categoria representa trabalhadores de uma área 
específica, como saúde, educação, comércio, indústria, entre outras. 
 
Exemplo: o Sindicato dos Professores representa trabalhadores da área de educação, 
enquanto o Sindicato dos Metalúrgicos representa trabalhadores da indústria 
metalúrgica. 
 
Enquadramento: o enquadramento sindical é a definição da categoria profissional à 
qual o trabalhador pertence. Essa definição pode ser feita por meio de convenções 
coletivas, sentenças normativas ou acordo entre as partes. 
 
Exemplo: um trabalhador de uma indústria têxtil pode ser enquadrado no Sindicato dos 
Têxteis. 
 
Estrutura sindical: a estrutura sindical pode variar de acordo com o país e a legislação 
trabalhista em vigor. No Brasil, a estrutura sindical é dividida em três níveis: sindicatos, 
federações e confederações. 
 
Exemplo: um sindicato de trabalhadores de um município pode ser filiado a uma 
federação estadual, que, por sua vez, pode ser filiada a uma confederação nacional. 
 
Natureza jurídica dos sindicatos: os sindicatos têm natureza jurídica de entidades de 
classe de representação dos trabalhadores. Eles são reconhecidos como pessoas 
jurídicas de direito privado e, como tal, têm a capacidade de representar e defender os 
interesses coletivos e individuais dos trabalhadores. 
 
Artigos relacionados: a organização sindical é regulamentada pela Constituição Federal 
de 1988, em seu artigo 8º, e pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seus 
artigos 511 a 610. 
 
 
 
4) Estrutura: Federação, Confederação; 
 
A estrutura sindical é dividida em três níveis no Brasil: sindicatos, federações e 
confederações. 
 
Federação: é uma entidade de segundo grau que reúne sindicatos de uma mesma 
categoria em um mesmo estado ou região. A sua função é coordenar e representar os 
sindicatos filiados em âmbito regional. 
 
Exemplo: A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) é uma federação 
patronal que representa sindicatos da indústria em todo o estado de São Paulo. 
 
Artigos relacionados: a constituição e a organização das federações sindicais são 
regulamentadas pelo artigo 534 e seguintes da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
 
Confederação: é uma entidade de terceiro grau que reúne federações ou sindicatos de 
uma mesma categoria em âmbito nacional. A sua função é coordenar e representar os 
sindicatos filiados em âmbito nacional. 
 
Exemplo: A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) é uma 
confederação que representa os sindicatos de professores de todo o país. 
 
Artigos relacionados: a constituição e a organização das confederações sindicais são 
regulamentadas pelo artigo 535 e seguintes da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
 
Vale destacar que, de acordo com a Constituição Federal de 1988, os sindicatos têm 
autonomia para se organizar, filiar-se ou desfiliar-se de federações e confederações, 
sem que isso interfira na sua existência e representatividade. 
 
 
5) Entidades Sindicais: Registro, funcionamento, atividades, 
prerrogativas, fontes de recursos financeiros; 
As entidades sindicais, como sindicatos, federações e confederações, são fundamentais 
para a organização e representação dos trabalhadores e empregadores. 
 
Registro: para atuar como entidade sindical, é necessário realizar o registro no órgão 
competente. No Brasil, o registro é feito no Ministério da Economia, por meio da 
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. 
 
Exemplo: um sindicato de trabalhadores de uma determinada categoria pode realizar o 
registro no Ministério da Economia para poder atuar legalmente. 
 
Funcionamento: as entidades sindicais devem cumprir uma série de requisitos para o 
seu funcionamento regular, como ter uma sede, uma diretoria eleita e prestação de 
contas. 
 
Exemplo: um sindicato deve ter uma sede onde possa receber seus associados e realizar 
reuniões, além de uma diretoria eleita pelos seus membros. 
 
Atividades: as entidades sindicais têm como atividade principal a representação dos 
interesses coletivos de seus filiados, seja por meio de negociações coletivas, ações 
judiciais, manifestações, entre outras ações. 
 
Exemplo: um sindicato pode negociar acordos coletivos com as empresas em nome dos 
seus associados, visando a melhoria das condições de trabalho e salário. 
 
Prerrogativas: as entidades sindicais têm algumas prerrogativas que garantem a sua 
atuação, como a liberdade de associação e a possibilidade de realizar greves. 
 
Exemplo: os trabalhadores têm o direito de se associar a um sindicato e de participar de 
suas atividades, sem sofrer qualquer tipo de punição por parte do empregador. 
 
Fontes de recursos financeiros: as entidades sindicais podem obter recursos financeiros 
por meio das contribuições sindicais, mensalidades de seus associados e outras fontes, 
como convênios e doações. 
 
Artigos relacionados: os artigos 511 a 610 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) 
tratam sobre as entidades sindicais, incluindo o registro, funcionamento, atividades, 
prerrogativas e fontes de recursos financeiros. 
 
6) Contribuição sindical, confederativa, assistencial e 
mensalidade sindical; 
 
Existem diferentes tipos de contribuições que podem ser exigidas pelos sindicatos, 
sendo elas a contribuição sindical, confederativa, assistencial e a mensalidade sindical. 
 
Contribuição sindical: é uma contribuição anual obrigatória, equivalente a um dia de 
trabalho, que deve ser paga por trabalhadores e empregadores. Essa contribuição é 
dividida entre o sindicato, federação, confederação e governo. 
 
Exemplo: um trabalhador de uma determinada categoria pode ser obrigado a pagar a 
contribuição sindical para o sindicato da sua categoria. 
 
Contribuição confederativa: é uma contribuição anual destinada às confederações 
sindicais,exigida apenas dos trabalhadores que são filiados a um sindicato que seja 
filiado a uma confederação. 
 
Exemplo: um trabalhador filiado a um sindicato que seja filiado a uma confederação 
pode ser exigido a pagar a contribuição confederativa para a confederação. 
 
Contribuição assistencial: é uma contribuição prevista em acordo ou convenção coletiva 
de trabalho, destinada ao custeio de atividades assistenciais do sindicato. 
 
Exemplo: um sindicato pode estabelecer uma contribuição assistencial para seus 
membros, a fim de custear a assistência jurídica aos trabalhadores. 
 
Mensalidade sindical: é uma contribuição voluntária, paga mensalmente pelos filiados 
ao sindicato. 
 
Exemplo: um trabalhador pode se filiar ao sindicato da sua categoria e pagar uma 
mensalidade para contribuir com as atividades da entidade. 
 
Artigos relacionados: os artigos 545 a 610 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) 
tratam sobre as diferentes contribuições que podem ser exigidas pelos sindicatos, 
incluindo a contribuição sindical, confederativa, assistencial e a mensalidade sindical. É 
importante destacar que a reforma trabalhista de 2017 trouxe algumas mudanças nas 
regras sobre as contribuições sindicais, sendo necessário verificar a legislação 
atualizada. 
 
7) Patrimônio e destinação da finanças; 
 
O patrimônio dos sindicatos é composto pelos bens e direitos adquiridos pela entidade 
ao longo do tempo, como imóveis, veículos, investimentos, entre outros. A destinação 
das finanças refere-se à forma como os recursos financeiros do sindicato são utilizados, 
podendo ser destinados ao custeio das atividades da entidade, à realização de convênios 
e parcerias, ao pagamento de salários e benefícios aos funcionários, entre outras 
finalidades. 
 
Exemplo: um sindicato pode utilizar parte de suas finanças para oferecer assistência 
jurídica aos trabalhadores da categoria, como ações trabalhistas ou assessoria jurídica 
para questões relacionadas ao trabalho. 
 
Artigos relacionados: os artigos 548 a 552 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) 
tratam sobre a administração e gestão do patrimônio dos sindicatos, enquanto os 
artigos 548 a 556 tratam sobre a destinação das finanças das entidades sindicais. Ainda, 
o artigo 240 da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente) prevê que os 
sindicatos são obrigados a destinar 3% de sua arrecadação anual para a criação e 
manutenção de programas destinados ao atendimento de crianças e adolescentes em 
situação de risco ou vulnerabilidade social. 
 
 8) Conflitos coletivos e formas de solução; 
 
Os conflitos coletivos podem ocorrer entre trabalhadores e empregadores, ou entre 
sindicatos representantes desses grupos, em questões que envolvem condições de 
trabalho, salários, jornada, entre outros temas. Existem diversas formas de solução 
desses conflitos, incluindo negociação direta entre as partes, mediação, conciliação e 
arbitragem. 
 
Exemplo: um sindicato pode entrar em conflito com a empresa em que trabalham seus 
representados em relação a um reajuste salarial, podendo tentar resolver a questão por 
meio de negociações ou recorrendo a órgãos como o Ministério Público do Trabalho. 
 
Artigos relacionados: os artigos 616 a 625 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) 
tratam sobre a solução dos conflitos coletivos de trabalho, prevendo a possibilidade de 
negociação direta entre as partes, a mediação e conciliação por órgãos públicos, como 
o Ministério do Trabalho e Emprego, e a arbitragem, realizada por tribunais 
especializados. É importante destacar que a reforma trabalhista de 2017 trouxe algumas 
mudanças nas regras sobre solução de conflitos coletivos, sendo necessário verificar a 
legislação atualizada. 
 
9) Negociações coletivas: CCT e ACT; 
 
As negociações coletivas são realizadas entre representantes dos trabalhadores e 
empregadores para discutir e acordar questões relacionadas às condições de 
trabalho, salários, benefícios, entre outros temas. Essas negociações podem 
resultar em dois tipos de acordos: a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e o 
Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). 
 
A CCT é um acordo celebrado entre o sindicato que representa os trabalhadores 
e o sindicato que representa os empregadores de uma determinada categoria, 
estabelecendo normas e condições de trabalho aplicáveis a todos os empregados 
daquela categoria naquela região. Já o ACT é um acordo celebrado diretamente 
entre o sindicato dos trabalhadores e a empresa em que esses trabalhadores 
estão empregados. 
 
Exemplo: um sindicato pode negociar uma CCT com o sindicato patronal de uma 
determinada região, estabelecendo regras para o pagamento de horas extras 
para todos os trabalhadores daquela categoria naquela região. 
 
Artigos relacionados: os artigos 611-A a 625 da Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT) tratam sobre as negociações coletivas e os acordos coletivos, 
prevendo os requisitos para a celebração desses acordos, sua duração, forma de 
prorrogação, e as hipóteses em que podem ser questionados judicialmente. 
 
10) Dissidio coletivos e sentenças normativas; 
 
O dissídio coletivo é um processo judicial que visa solucionar conflitos coletivos 
entre trabalhadores e empregadores quando as negociações diretas e a 
mediação não foram suficientes para chegar a um acordo. O processo é iniciado 
pelo sindicato que representa os trabalhadores ou pelo sindicato patronal. 
 
A sentença normativa é a decisão final proferida pelo juiz do trabalho em um 
dissídio coletivo, na qual são estabelecidas as condições de trabalho, salários, 
benefícios e outras normas aplicáveis aos trabalhadores daquela categoria 
naquela região. 
 
Exemplo: em uma situação de impasse em uma negociação coletiva, o sindicato 
dos trabalhadores pode ajuizar um dissídio coletivo buscando a solução do 
conflito por meio de uma decisão judicial. 
 
Artigos relacionados: os artigos 114 a 616 da Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT) tratam sobre o dissídio coletivo e as sentenças normativas, estabelecendo 
as regras para a sua instauração, competência, procedimento, efeitos e limites. É 
importante destacar que a reforma trabalhista de 2017 trouxe algumas mudanças 
nas regras sobre dissídio coletivo e sentenças normativas, sendo necessário 
verificar a legislação atualizada. 
 
11) Princípios norteadores do Processo do Trabalho; 
 
Os princípios norteadores do Processo do Trabalho são diretrizes que orientam a 
atuação dos órgãos judiciários, dos trabalhadores, dos empregadores e dos seus 
representantes no processo trabalhista, com o objetivo de garantir uma prestação 
jurisdicional mais justa e eficiente. 
 
Dentre os principais princípios norteadores do Processo do Trabalho, podemos 
destacar: 
 
Princípio da proteção: que visa a proteção dos direitos trabalhistas, com a 
aplicação das normas mais favoráveis ao trabalhador em caso de dúvida ou 
conflito. 
 
Princípio da oralidade: que privilegia a comunicação oral e direta entre as partes 
e o juiz durante as audiências, com o objetivo de agilizar e simplificar o processo. 
 
Princípio da simplicidade: que busca a simplificação e desburocratização do 
processo trabalhista, com a utilização de procedimentos mais céleres e eficientes. 
 
Princípio da celeridade: que visa a rápida solução dos conflitos trabalhistas, 
garantindo uma prestação jurisdicional mais eficiente. 
 
Princípio da gratuidade: que prevê a assistência judiciária gratuita aos 
trabalhadores que não têm condições de pagar as despesas do processo. 
 
Exemplo: O princípio da proteção pode ser aplicado em um caso em que haja 
uma dúvida sobre a interpretação de uma norma trabalhista, sendo necessário 
optar pela interpretação mais favorável ao trabalhador. 
 
Artigos relacionados: os princípios norteadores do Processo do Trabalho não 
estão previstos em artigos específicos da Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT),mas decorrem da interpretação sistemática do conjunto de normas que 
regem o processo trabalhista, bem como da Constituição Federal e de outras leis. 
 
12) Estrutura, organização e Competência da Justiça do Trabalho; 
 
A Justiça do Trabalho é um ramo especializado do Poder Judiciário que tem por 
competência julgar as demandas que envolvem questões trabalhistas e sindicais. 
A estrutura da Justiça do Trabalho é composta pelos seguintes órgãos: 
 
Tribunal Superior do Trabalho (TST): é o órgão máximo da Justiça do Trabalho, 
com sede em Brasília, e tem como função uniformizar a jurisprudência trabalhista 
em todo o país. 
 
Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs): são os órgãos de segunda instância 
da Justiça do Trabalho, com sede em cada estado da Federação, e têm como 
função julgar os recursos contra as decisões das Varas do Trabalho. 
 
Varas do Trabalho: são os órgãos de primeira instância da Justiça do Trabalho, 
com competência para julgar as demandas trabalhistas em primeira instância. 
 
Exemplo: Um empregado entra com uma reclamação trabalhista contra o seu 
empregador por não pagamento de verbas rescisórias. O processo é distribuído 
a uma Vara do Trabalho, que é competente para julgar o caso em primeira 
instância. 
 
Artigos relacionados: a organização e competência da Justiça do Trabalho estão 
previstas no artigo 112 e seguintes da Constituição Federal, bem como na 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), especialmente nos artigos 643 e 
seguintes. 
 
13) Ius postulandi; 
 
Ius postulandi é um termo em latim que significa "direito de postular" ou "direito 
de peticionar". Na prática, esse termo se refere ao direito que as partes têm de 
apresentar suas demandas e petições em juízo sem a necessidade de advogado, 
ou seja, as partes podem atuar em causa própria. 
 
No processo do trabalho, o ius postulandi é um direito assegurado às partes, 
tanto ao empregado quanto ao empregador. Isso significa que, em algumas 
situações, as partes podem apresentar seus pedidos ou defesas sem a 
necessidade de um advogado. 
 
No entanto, é importante destacar que, mesmo com o ius postulandi, a atuação 
das partes sem um advogado pode prejudicar o desfecho do processo, já que as 
normas processuais podem ser complexas e exigir conhecimentos específicos. 
Além disso, em determinadas situações, a lei exige a presença de advogado, 
como nos recursos para as instâncias superiores. 
 
Exemplo: Um trabalhador pode entrar com uma reclamação trabalhista sem a 
ajuda de um advogado, apresentando seus argumentos e documentos 
diretamente à Vara do Trabalho. 
 
Artigos relacionados: o ius postulandi está previsto na Constituição Federal, no 
artigo 133, na CLT, no artigo 791, e no Código de Processo Civil, no artigo 103. 
 
14) Atos, termos e prazos processuais; 
 
No processo do trabalho, existem diversos atos, termos e prazos que devem ser 
observados pelas partes envolvidas no processo, como forma de garantir o 
devido processo legal e a efetividade da prestação jurisdicional. Alguns exemplos 
desses atos e termos são: 
 
Citação: ato pelo qual o réu é convocado para comparecer em juízo e apresentar 
sua defesa. O prazo para a apresentação da defesa é de 20 dias, contados a partir 
da citação. 
 
Audiência: momento em que as partes se reúnem com o juiz para apresentar 
suas alegações e provas. As audiências podem ser de várias modalidades, como 
a de conciliação, de instrução e julgamento, entre outras. 
 
Sentença: decisão final do juiz, que resolve o mérito da causa. 
 
Recursos: meios pelos quais as partes podem impugnar as decisões judiciais que 
lhes forem desfavoráveis. 
 
Além disso, existem diversos prazos processuais a serem observados pelas partes, 
como o prazo para a apresentação da defesa, o prazo para a realização de 
diligências, o prazo para a interposição de recursos, entre outros. O não 
cumprimento desses prazos pode acarretar em prejuízos para as partes, como a 
perda do direito de recorrer ou a aplicação de multas e sanções processuais. 
 
Exemplo: Após ser citado para apresentar sua defesa em uma ação trabalhista, o 
réu tem o prazo de 20 dias para apresentar sua resposta, sob pena de ser 
considerado revel e confesso. 
 
Artigos relacionados: os atos, termos e prazos processuais estão regulamentados 
na CLT, nos artigos 775 a 851, e no Código de Processo Civil, nos artigos 218 a 
538. 
 
15) Direito de ação. Prescrição; 
 
O direito de ação é a garantia constitucional que assegura a todos o acesso à 
Justiça para defender seus direitos. Esse direito, porém, não é absoluto e pode 
sofrer limitações, como é o caso da prescrição. 
 
A prescrição é a perda do direito de ação em razão do decurso do tempo. No 
processo do trabalho, a prescrição pode ocorrer de duas formas: a prescrição 
bienal e a prescrição quinquenal. 
 
A prescrição bienal refere-se aos direitos trabalhistas decorrentes do contrato 
de trabalho, como o pagamento de salários, férias e décimo terceiro. Se o 
trabalhador não ajuizar a ação no prazo de dois anos após o término do contrato 
de trabalho, ele perde o direito de reclamar esses direitos na Justiça do Trabalho. 
 
Já a prescrição quinquenal refere-se aos direitos trabalhistas que têm prazos de 
prescrição maiores, como é o caso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço 
(FGTS) e do adicional de insalubridade. Nesses casos, o prazo de prescrição é de 
cinco anos. 
 
Exemplo: Um trabalhador que teve seu contrato de trabalho encerrado em 2010 
e que não ajuizou ação para cobrar seus direitos até 2012 perdeu o direito de 
reclamar esses direitos na Justiça do Trabalho, em razão da prescrição bienal. 
 
Artigos relacionados: o direito de ação é garantido pela Constituição Federal, no 
artigo 5º, inciso XXXV. Já as regras sobre prescrição no processo do trabalho estão 
previstas na CLT, nos artigos 7º, XXIX, e 11 a 13. 
 
16) Petição inicial, Defesa: Contestação, Exceções, Reconvenção; 
 
No processo do trabalho, a petição inicial é o documento apresentado pelo 
trabalhador na Justiça do Trabalho para iniciar uma ação contra o empregador. 
Essa petição deve conter informações como o nome das partes, o objeto da ação 
e os pedidos do trabalhador. Além disso, deve ser acompanhada dos documentos 
que comprovem as alegações feitas pelo trabalhador. 
 
A defesa do empregador é apresentada por meio da contestação, que é o 
documento em que ele apresenta suas alegações e argumentos em relação aos 
fatos apresentados pelo trabalhador na petição inicial. Nessa peça, o empregador 
pode apresentar documentos para comprovar suas alegações e pode também 
apresentar exceções processuais, que são argumentos relacionados à forma 
como o processo foi iniciado e que podem levar à extinção do processo sem 
julgamento do mérito. 
 
Além disso, o empregador pode apresentar a reconvenção, que é uma espécie 
de contra-ataque. Nessa peça, o empregador apresenta um pedido contra o 
trabalhador, alegando que este teria praticado algum ato ilícito em relação ao 
empregador. 
 
Exemplo: Um trabalhador ajuíza uma ação contra seu empregador pedindo o 
pagamento de horas extras. Na contestação, o empregador alega que o 
trabalhador não fazia jus a essas horas extras, uma vez que as horas trabalhadas 
já estavam contempladas no salário. Além disso, o empregador apresenta uma 
exceção de incompetência territorial, alegando que o processo deveria ser 
julgado em outra cidade. 
 
Artigos relacionados: As regras sobre a petição inicial, a contestação, as exceções 
e a reconvenção estão previstas no Código de Processo Civil (CPC), nos artigos 
319 a 329 e 337 a 345, e na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), nos artigos 
840 a 850. 
 
17) Procedimentos: Sumário e Sumaríssimo, Ordinário; 
 
O processo do trabalho pode seguir três procedimentos diferentes: sumário, 
sumaríssimo e ordinário. O procedimento sumário é aplicável apenas a causas comvalor de até duas vezes o salário mínimo. Já o sumaríssimo é aplicável a causas com 
valor de até 40 salários mínimos. O procedimento ordinário é aplicável às causas que 
ultrapassam esse valor. 
 
No procedimento sumário, as partes têm prazos mais curtos e a produção de provas 
é mais limitada. Já no sumaríssimo, o rito é mais célere e simplificado, com prazos 
ainda mais curtos e a possibilidade de conciliação em audiência inicial. No 
procedimento ordinário, há maior possibilidade de produção de provas e os prazos 
são mais longos. 
 
Os artigos que tratam dos procedimentos no processo do trabalho são os seguintes: 
 
Procedimento sumário: artigos 852-A a 852-H da CLT; Procedimento sumaríssimo: 
artigos 852-I a 852-V da CLT; Procedimento ordinário: artigos 763 a 920 do CPC, 
aplicáveis subsidiariamente ao processo do trabalho. 
 
18) Audiência: Una, Conciliação e Instrução; 
A audiência é uma etapa fundamental do processo do trabalho e pode ser dividida 
em três partes: a audiência una, a audiência de conciliação e a audiência de instrução. 
 
Na audiência una, ocorre a apresentação das partes, a tentativa de conciliação e a 
fixação de pontos controvertidos que serão objeto de prova. Nessa etapa, o juiz 
também pode determinar a produção antecipada de provas, caso entenda 
necessário. 
 
Na audiência de conciliação, o objetivo é tentar uma solução amigável para o 
conflito. O juiz conversa com as partes e busca encontrar um acordo que atenda aos 
interesses de ambos. Caso não haja acordo, passa-se à etapa seguinte. 
 
Na audiência de instrução, ocorre a produção das provas necessárias para que o 
juiz possa decidir o processo. São ouvidas as testemunhas, realizadas as perícias e 
juntadas as documentações. Ao final da audiência, as partes apresentam suas 
alegações finais e o juiz pode proferir a sentença. 
 
Os artigos que tratam das audiências no processo do trabalho são os seguintes: 
 
Audiência una: artigos 847 a 851 da CLT; Audiência de conciliação: artigos 846 e 850 
da CLT; Audiência de instrução: artigos 852 a 854 da CLT. 
 
19) Decisões: Interlocutórias e Definitivas; 
 
As decisões judiciais no processo do trabalho podem ser interlocutórias ou 
definitivas. As interlocutórias são aquelas proferidas durante o curso do processo e 
que não decidem sobre o mérito da demanda, mas sim questões processuais, como 
determinar produção de provas, julgar incidentes processuais, entre outros. Já as 
decisões definitivas, como o próprio nome sugere, decidem sobre o mérito da 
demanda, ou seja, a controvérsia entre as partes. 
 
Um exemplo de decisão interlocutória é a que determina a realização de uma 
perícia para apurar se houve ou não dano à saúde do trabalhador. Já um exemplo de 
decisão definitiva é a que condena a empresa a pagar horas extras a um empregado 
que trabalhou além do limite legal. 
 
Os artigos que tratam das decisões interlocutórias e definitivas no processo do 
trabalho são o art. 162 da CLT e os arts. 203 e 204 do CPC. 
 
20) Recursos. 
 
Os recursos são meios de impugnação de uma decisão judicial, por meio dos quais 
a parte que se sentir prejudicada busca reverter ou modificar a decisão proferida pelo 
juiz ou tribunal. No processo do trabalho, existem diversos tipos de recursos 
previstos na legislação, tais como o recurso ordinário, o recurso de revista, o agravo 
de instrumento, entre outros. 
 
Um exemplo de recurso é o recurso de revista, que é uma espécie de apelação, 
cabível para contestar decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho que 
contrariem súmula ou jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, ou quando 
houver divergência jurisprudencial entre dois ou mais Tribunais Regionais do 
Trabalho. 
 
Os artigos que tratam dos recursos no processo do trabalho são os artigos 893 a 899 
da CLT e os artigos 994 a 1026 do CPC.

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