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Aula02_D

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DISCIPLINA
GESTÃO E EMPREENDEDORISMO
AULA 02
CONTINUAÇÃO DA ABORDAGEM CLÁSSICA DA 
ADMINISTRAÇÃO: TEORIAS, PERSPECTIVAS E DESAFIOS 
NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL NO CONTEXTO ATUAL
AUTORA
GERDA LUCIA PINHEIRO CAMELO
TECNÓLOGO 
EM GESTÃO 
AMBIENTAL
DISCIPLINA
GESTÃO E EMPREENDEDORISMO
AULA 02
CONTINUAÇÃO DA ABORDAGEM CLÁSSICA DA 
ADMINISTRAÇÃO: TEORIAS, PERSPECTIVAS E DESAFIOS 
NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL NO CONTEXTO ATUAL
AUTORA
GERDA LUCIA PINHEIRO CAMELO
TECNÓLOGO 
EM GESTÃO 
AMBIENTAL
GOVERNO DO BRASIL
Presidente da República
DILMA VANA ROUSSEFF
Ministro da Educação
ALOIZIO MERCADANTE
Diretor de Ensino a Distância da CAPES
JOÃO CARLOS TEATINI
Reitor do IFRN
BELCHIOR DE OLIVEIRA ROCHA
Diretor do Câmpus EaD/IFRN
ERIVALDO CABRAL
Diretora Acadêmica do Câmpus EaD/IFRN
ANA LÚCIA SARMENTO HENRIQUE
Coordenadora Geral da UAB /IFRN
ILANE FERREIRA CAVALCANTE
Coordenador Adjunto da UAB/IFRN
JÁSSIO PEREIRA 
Coordenadora do Curso 
de Tecnologia em Gestão Ambiental
MARIA DO SOCORRO DIÓGENES PAIVA
TECNÓLOGO EM GESTÃO AMBIENTAL
Gestão e Empreendedorismo
AULA 02 -Continuação Da Abordagem Clássica Da 
Administração: Teorias, Perspectivas E Desafios No 
Ambiente Organizacional No Contexto Atual
Professor Pesquisador/Conteudista
GERDA LUCIA PINHEIRO CAMELO
Direção da Produção de Material Didático
ROSEMARY PESSOA BORGES
Coordenação de Produção de Mídia Impressa e de 
Design Gráfico 
LEONARDO DOS SANTOS FEITOZA
Projeto Gráfico
BRENO XAVIER
Diagramação
ANDREZA RÊGO
 
Ilustrações
VICTOR HUGO
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CONTINUAÇÃO DA ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO: TEORIAS, PERSPECTIVAS E 
DESAFIOS NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL NO CONTEXTO ATUAL
APRESENTANDO A AULA
 Que bom! Chegamos a nossa segunda aula! Espero 
que a leitura e o aprendizado da primeira aula tenham sido 
proveitosos e que estejam ansiosos por mais essa leitura! 
Vamos lá! Bom estudo!
Nesta segunda aula de Fundamentos de Administração, 
daremos continuidade aos estudos dos teóricos sempre 
buscando uma interação no contexto das organizações no 
cenário atual. Você poderá refletir como os teóricos: Henry 
Ford e Henry Fayol contribuíram para o desenvolvimento 
organizacional, bem como poderá identificar nesse 
processo de aprendizagem a complexidade dessa ciência.
Para tal intento, faz-se necessária sua participação 
efetiva nas leituras e nas atividades propostas, pois 
as competências serão adquiridas com empenho e 
dedicação. Dessa forma, desejamos que você identifique 
nessa etapa de aprendizagem a melhor forma de adquirir 
os conhecimentos da administração, considerados tão 
importantes para a vida pessoal e profissional do indivíduo.
Bons estudos, motivação e perseverança nesses novos 
desafios.
 
DEFININDO OBJETIVOS
Após a realização dos estudos correspondentes a esta 
aula, você será capaz de
•	 Entender o contexto atual das organizações
•	 Conhecer os teóricos clássicos da administração e 
suas contribuições.
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GESTÃO E EMPREENDEDORISMO
DESENVOLVENDO O CONTEÚDO
Henry Ford (1863-1947), fundador da Ford Motor Company, foi o primeiro a 
aplicar a montagem em série de forma a produzir, em massa, automóveis a um preço 
acessível.
Este feito não é notável apenas pelo fato de ter revolucionado à produção 
industrial, mas também porque influenciou de tal forma a cultura moderna.
Filho de emigrantes escoceses, sua mãe faleceu quando tinha apenas doze 
anos. Freqüentou escolas rurais até seus quinze anos, trabalhando na fazenda de 
seu pai, tendo sempre demonstrado habilidades para invenções, particularmente 
na mêcanica. Cursou uma escola de comércio, todavia buscava sempre aumentar 
seus conhecimentos de mecânica. Fundou a Ford Motor Company com a ajuda de 
investidores em 16 de junho de 1903, sendo o primeiro a aplicar a montagem em 
série de forma a produzir, em massa, automóveis a um preço acessível. Em apenas 
cinco anos, ultrapassou seus concorrentes, transformando-se no maior produtor 
de automóveis do mundo. Henry Ford inventou o mítico Ford Model T, um dos 
automóveis mais vendidos de todos os tempos.
Os sistemas de produção em massa são usualmente organizados em linhas de 
montagem. Os produtos em processo de montagem passam através de uma esteira, 
ou, se são pesados, são alçados e conduzidos por um trilho elevado.
Numa fábrica de produtos mais complexos, ao invés de uma linha de montagem, 
existem muitas linhas de montagens auxiliares alimentando a linha principal, com as 
partes que formarão o produto final. Um diagrama de uma fábrica típica se parece 
mais com uma espinha de peixe do que com uma linha reta.
Este arranjo também é utilizado em manufaturas que produzem alimentos 
continuamente.
As economias geradas pela produção em massa vêm de vários fatores. Em 
primeiro lugar, ela permite a redução de vários tipos de esforço não produtivo. Na 
produção artesanal, o artesão precisa adquirir os componentes, juntar as diversas 
partes e precisa localizar as várias ferramentas que utiliza durante as muitas tarefas 
que realiza. Na produção em massa, cada trabalhador repete uma ou poucas tarefas 
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DESAFIOS NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL NO CONTEXTO ATUAL
relacionadas, que utilizam a mesma ferramenta, realizando operações praticamente 
idênticas no fluxo de produtos. A ferramenta certa e os componentes necessários 
estão sempre a mão, o trabalhador gasta muito pouco tempo, obtendo ou preparando 
materiais e ferramentas, conseqüentemente, o tempo gasto na produção de um 
produto é menor do que nos métodos tradicionais.
A probabilidade de um erro humano ou de variação na qualidade também 
é reduzida, já que as tarefas são predominantemente realizadas por máquinas. A 
redução nos custos do trabalho, como o aumento nas taxas de produção, possibilita 
que a empresa produza grandes quantidades de um produto por um preço mais 
baixo que os modos de produção tradicionais, que não utilizam métodos lineares.
Porém, a produção em massa é inflexível e torna difícil a alteração no desenho de 
um processo de produção cuja linha de produção já foi instalada. Além disso, todos os 
produtos produzidos por uma linha de produção serão idênticos ou muito similares 
e não podem ser criados para atender gostos e preferências individuais. Entretanto, 
alguma variação pode ser obtida se forem aplicadas finalizações e acabamentos no 
final da linha de montagem, se necessário.
FORDISMO
Idealizado pelo empresário Henry Ford (1863-1947), fundador da Ford Motor 
Company, o Fordismo é um modelo de Produção em massa que revolucionou a 
indústria automobilística na primeira metade do século XX. Ford utilizou à risca os 
princípios de padronização e simplificação de Frederick Taylor e desenvolveu outras 
técnicas avançadas para a época. Suas fábricas eram totalmente verticalizadas. Ele 
possuía desde a fábrica de vidros, a plantação de seringueiras, até à siderúrgica.
Ford criou o mercado de massa para os automóveis. Sua obsessão foi atingida: 
tornar o automóvel tão barato que todos poderiam comprá-lo.
Uma das principais características do Fordismo foi o aperfeiçoamento da linha de 
montagem. Os veículos eram montados em esteiras rolantes que se movimentavam, 
enquanto o operário ficava praticamente parado, realizando uma pequena etapa 
da produção. Desta forma, não era necessária quase nenhuma qualificação dos 
trabalhadores. 
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GESTÃO E EMPREENDEDORISMO
O método de produção fordista exigia vultuosos investimentos e grandes 
instalações, mas permitiu que Ford produzisse mais de 2 milhões de carros por ano, 
durante a década de 1920. O Fordismo teve seu ápice no período posterior à Segunda 
Guerra Mundial, nas décadas de 1950 e 1960, que ficaram conhecidas na história do 
capitalismo como Os Anos Dourados. Entretanto, a rigidez deste modelo de gestão 
industrial foi a causa do seu declínio. Ficou famosa a frase de Ford, que dizia que 
poderiam ser produzidos automóveis de qualquer cor, desdeque fossem pretos. O 
motivo disto era que, com a cor preta, a tinta secava mais rápido e os carros poderiam 
ser montados mais rapidamente.
Em 1913, fabricava 800 carros/dia. Utilizou um sistema de concentração vertical 
e horizontal, produzindo desde a matéria-prima inicial ao produto final acabado, 
além de uma cadeia de distribuição comercial. Idealizou a linha de montagem que 
permitiu a produção em série, ou seja, permitiu o desenvolvimento industrial pelo 
quais grandes quantidades de determinado produto padronizado são fabricados. 
Empregou incentivos não salariais aos empregados e na área mercadológica 
implantou assistência técnica, o sistema de concessionárias e uma política de preços. 
A condição- chave da produção em massa é a simplicidade. Alinhou os seguintes 
princípios:
•	 da intensificação: quanto mais rápido o ritmo do trabalho, mais rápido 
reavemos o capital investido. Consiste em diminuir o tempo de produção;
•	 da produtividade: aumentando-se a capacidade de produção, aumenta-se 
o lucro e diminuem-se os custos por meio da especialização e da linha de 
montagem. Consiste em aumentar a capacidade de produção;
•	 da economicidade: reduzir ao mínimo o volume de matéria-prima em 
trânsito na produção. Consiste em aumentar o volume de produção sem 
desperdício de matéria-prima.
Jules Henri Fayol (1841 - 1925) foi um engenheiro de minas francês e um dos 
teóricos clássicos da Ciência da Administração, sendo o fundador da Teoria Clássica 
da Administração e autor de Administração Industrial e Geral Fayol era filho de pais 
franceses. Seu pai André Fayol, um contra-mestre em metalurgia.
Criou o Centro de Estudos Administrativos, onde se reuniam semanalmente 
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CONTINUAÇÃO DA ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO: TEORIAS, PERSPECTIVAS E 
DESAFIOS NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL NO CONTEXTO ATUAL
pessoas interessadas na administração de negócios comerciais, industriais e 
governamentais, contribuindo para a difusão das doutrinas administrativas.
Também direcionou seu trabalho para a empresa como um todo, ou seja, 
procurando cuidar da empresa de cima para baixo, ao contrário das idéias adotadas 
por Taylor e Ford.
Juntamente com Taylor e Ford, são considerados os pioneiros da administração. 
Sua visão, diferentemente de Taylor (trabalhador) e Ford (dono), foi a de um Gerente 
ou Diretor.
Fayol relacionou 14 princípios básicos que podem ser estudados de forma a 
complementar os princípios estabelecidos por Taylor e apresentados na primeira 
aula:
•	 Divisão do trabalho - especialização dos funcionários desde o topo da 
hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo a eficiência da 
produção, aumentando a produtividade.
•	 Autoridade e responsabilidade - autoridade é o direito dos superiores 
darem ordens que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a 
contrapartida da autoridade. 
•	 Unidade de comando - um funcionário deve receber ordens de apenas um 
chefe, evitando contra-ordens.
•	 Unidade de direção - o controle único é possibilitado com a aplicação de 
um plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos.
•	 Disciplina - necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho 
válidas pra todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na 
organização.
•	 Prevalência dos interesses gerais - os interesses gerais da organização 
devem prevalecer sobre os interesses individuais.
•	 Remuneração - deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários 
e da própria organização.
•	 Centralização - as atividades vitais da organização e sua autoridade devem 
ser centralizadas.
•	 Hierarquia - defesa incondicional da estrutura hierárquica, respeitando à 
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GESTÃO E EMPREENDEDORISMO
risca uma linha de autoridade fixa.
•	 Ordem - deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar pra 
cada coisa e cada coisa em seu lugar.
•	 Eqüidade - a justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a 
lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa.
•	 Estabilidade dos funcionários - uma rotatividade alta tem conseqüências 
negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionários.
•	 Iniciativa - deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano 
e cumpri-lo.
•	 Espírito de equipe - o trabalho deve ser conjunto, facilitado pela 
comunicação dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo 
precisam ter consciência de classe, para que defendam seus propósitos.
Funções Administrativas
Planejar - estabelece os objetivos da empresa, especificando a forma como 
serão alcançados. Parte de uma sondagem do futuro, desenvolvendo um plano de 
ações para atingir as metas traçadas. É a primeira das funções, já que servirá de base 
diretora à operacionalização das outras funções.
Organizar - é a forma de coordenar todos os recursos da empresa, sejam 
humanos, financeiros ou materiais, alocando-os da melhor forma, segundo o 
planejamento estabelecido.
Comandar - faz com que os subordinados executem o que deve ser feito. 
Pressupõe que as relações hierárquicas estejam claramente definidas, ou seja, que 
a forma como administradores e subordinados se influenciam esteja explícita, assim 
como o grau de participação e colaboração de cada um para a realização dos objetivos 
definidos.
Coordenar - a implantação de qualquer planejamento seria inviável sem a 
coordenação das atitudes e esforços de toda a empresa, almejando as metas traçadas.
Controlar - controlar é estabelecer padrões e medidas de desempenho que 
permitam assegurar que as atitudes empregadas são as mais compatíveis com o 
que a empresa espera. O controle das atividades desenvolvidas permite maximizar a 
probabilidade de que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e ditadas.
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CONTINUAÇÃO DA ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO: TEORIAS, PERSPECTIVAS E 
DESAFIOS NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL NO CONTEXTO ATUAL
ATIVIDADE 01
1.1. Quais os aspectos do modelo fordista 
que se fazem presentes nas organizações 
no contexto atual?
1.2. Qual (is) dos princípios apresentados 
na teoria de Fayol essencial (is) na 
sobrevivência das organizações?
RESUMINDO
Na aula de hoje, a partir da visão fordista e de das teorias 
de Fayol, pode-se perceber as etapas da evolução ciência. 
Finalmente concluímos com atividades reflexivas que 
oportunizam uma melhor compreensão da administração.
LEITURA COMPLEMENTAR
Sugerimos a leitura do capítulo do livro que aborda a teoria 
clássica, visões de Fayol e Ford. Procurem responder as 
questões propostas. Quanto maior for a dedicação, maior 
será o acúmulo de conhecimentos adquiridos. Boa sorte!
Recomendamos que assistam ao filme “Tempos Modernos”, 
em que Charles Chaplin fez com que o seu personagem 
Carlitos sofresse uma crise nervosa ao trabalhar numa linha 
de produção.
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GESTÃO E EMPREENDEDORISMO
AVALIANDO SEUS CONHECIMENTOS
1. Após a leitura e reflexão do texto, você já está pronto 
para discutir o que foi repassado. Portanto, comente como 
a administração influencia nas organizações. Após o seu 
comentário, reflita se o modelo fordista e as idéias de Fayol 
atendem plenamente a administração atual, ou existem 
outras teorias necessárias para uma boa administração.
2. Procure elaborar uma análise crítica após assistir ao 
filme “ Tempos Modernos”.
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DESAFIOS NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL NO CONTEXTO ATUAL
CONHECENDO AS REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos Novos Tempos, São Paulo – Makron 
Books, 1999.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a Teoria Geral da Administração: uma visão 
abrangente da moderna administração das organizações: edição compacta. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2004.

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