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Segurança do Trabalho - Coordenação de Ações e Saúde Vol 01

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Série Segurança do Trabalho
COORDENAÇÃO
DE AÇÕES
DE SAÚDE E
SEGURANÇA
NO TRABALHO
VOLUME 1
Série Segurança do Trabalho
COORDENAÇÃO 
DE AÇÕES 
DE SAÚDE E 
SEGURANÇA 
NO TRABALHO 
VOLUmE 1
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
Conselho Nacional
Robson Braga de Andrade
Presidente 
SENAI – Departamento Nacional
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor-Geral
Gustavo Leal Sales Filho
Diretor de Operações
Série Segurança do Trabalho
COORDENAÇÃO 
DE AÇÕES 
DE SAÚDE E 
SEGURANÇA 
NO TRABALHO 
VOLUmE 1 .
SENAI
Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial 
Departamento Nacional
Sede
Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto 
Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-
9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
© 2012. SENAI – Departamento Nacional
© 2012. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por 
escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de 
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por 
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
SENAI Departamento Nacional 
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
SENAI Departamento Regional de Santa Catarina 
Núcleo de Educação – NED
FICHA CATALOGRÁFICA 
__________________________________________________________________ 
 S491c 
 
 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional 
Coordenação de ações de saúde e segurança do trabalho, volume 1 / 
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço 
Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. 
Brasília : SENAI/DN, 2012. 
92 p. : il. ; (Série Segurança do Trabalho). 
 
 ISBN 978-85-7519-541-3 (v.1) 
 
 1. Segurança do trabalho. 2. Higiene do trabalho. I. Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina II. Título III. 
Série. 
 
 
CDU: 614.8 __________________________________________________________________ 
lista de ilustrações
Figura 1 - Cronograma SIPAT ........................................................................................................................................34
Figura 2 - Áreas de composição do PCA ..................................................................................................................70
Figura 3 - Fluxograma PCA ...........................................................................................................................................71
Quadro 1 - Matriz curricular ...........................................................................................................................................12
Quadro 2 - Dimensionamento dos SESMT ...............................................................................................................21
Quadro 3 - Exemplos de atividades econômicas e graus de risco ...................................................................22
Quadro 4 - Dimensionamento da CIPA de acordo com o Grupo .....................................................................27
Quadro 5 - Modelo de Declaração de Instalações .................................................................................................30
Quadro 6 - Modelo de requerimento de registro do SESMT .............................................................................32
Quadro 7 - Exemplo de ata de reunião ......................................................................................................................33
Quadro 8 - Rotinas de implantação ............................................................................................................................37
Quadro 9 - Modelo Ficha de Entrega dos EPIs ........................................................................................................39
Quadro 10 - Avaliação clínica ........................................................................................................................................61
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Sumário
1 Introdução ........................................................................................................................................................................11
2 Administração em Saúde e Segurança do Trabalho .........................................................................................15
2.1 Definição ........................................................................................................................................................16
2.1.1 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) ..................................................23
2.1.2 Órgãos oficiais ............................................................................................................................27
2.2 Documentações ..........................................................................................................................................28
2.2.1 Certificado de Aprovação de Instalações- CAI ..............................................................29
2.2.2 Processo eleitoral da CIPA ......................................................................................................33
2.2.3 SIPAT...............................................................................................................................................34
2.2.4 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA ...............................................34
2.2.5 Registros de procedimentos e comunicações ...............................................................35
2.2.6 Certificado de Aprovação CA ................................................................................................37
2.2.7 Comprovante de Entrega e Higienização de EPIs .........................................................37
2.2.8 Atestado de Saúde Ocupacional - ASO .............................................................................39
2.2.9 Certificado NR 10 .....................................................................................................................40
2.2.10 Prontuário das Instalações Elétricas - PIE .......................................................................40
3 Programas de Saúde e Segurança do Trabalho ..................................................................................................45
3.1 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) ..................................................................46
3.2 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) ...............................................56
3.3 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PC-
MAT) ........................................................................................................................................................................64
3.4 Programa de Conservação Auditiva (PCA) .........................................................................................67
3.5 Programa de Proteção Respiratória (PPR)...........................................................................................74
Referências ...........................................................................................................................................................................93
Minicurrículo dos Autores ..............................................................................................................................................97Índice .....................................................................................................................................................................................99
4 Plano de Trabalho ....................................................................................................................................................... 113
4.1 Coleta de dados ........................................................................................................................................ 114
4.2 Análise de propostas ............................................................................................................................... 116
4.3 Composição da equipe e responsabilidades ................................................................................. 118
4.4 Viabilidade técnica ................................................................................................................................... 121
4.5 Prazos e metas .......................................................................................................................................... 124
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5 Execução ........................................................................................................................................................................ 127
5.1 Materiais e equipamentos ..................................................................................................................... 128
5.1.1 Dosímetro de ruído ............................................................................................................... 128
5.1.2 Decibelímetro .......................................................................................................................... 129
5.1.3 Bomba de amostragem de poeiras e gases ................................................................. 131
5.1.4 Medidor de quatro gases .................................................................................................... 131
5.1.5 Luxímetro .................................................................................................................................. 133
5.2 Equipamentos de proteção individual ............................................................................................. 135
5.2.1 Proteção para a cabeça ........................................................................................................ 136
5.2.2 Proteção para os olhos e para a face ............................................................................... 137
5.2.3 Proteção para a pele ............................................................................................................. 138
5.2.4 Proteção dos membros superiores .................................................................................. 138
5.2.5 Proteção dos membros inferiores .................................................................................... 140
5.2.6 Proteção contra quedas ...................................................................................................... 141
5.2.7 Proteção respiratória: máscaras e respiradores ........................................................... 142
5.2.8 Proteção para o corpo em geral ....................................................................................... 143
5.2.9 Protetores auriculares ........................................................................................................... 144
5.3 Equipamentos de proteção coletiva ................................................................................................. 144
5.3.1 Extintores de incêndio ......................................................................................................... 145
5.3.2 Lava-olhos ............................................................................................................................... 148
5.3.3 Capelas ....................................................................................................................................... 149
5.4 Relatórios e gráficos ................................................................................................................................ 150
5.5 Verificação e monitoramento ............................................................................................................... 152
5.6 Procedimentos de segurança ............................................................................................................. 153
6 Gestão de Documentos ............................................................................................................................................ 157
6.1 Tipos de registros ..................................................................................................................................... 158
6.1.1 Registros de treinamentos .................................................................................................. 158
6.1.2 Relatório de inspeção de segurança ............................................................................... 159
6.1.3 Relatório de auditoria ........................................................................................................... 162
6.2 Organização ............................................................................................................................................... 166
6.3 Rastreabilidade ......................................................................................................................................... 171
Referências ........................................................................................................................................................................ 177
Minicurrículo dos Autores ........................................................................................................................................... 181
Índice .................................................................................................................................................................................. 183
1
introdução
Esta unidade curricular, ‘Coordenação de ações de saúde e segurança’, foi desenvolvida em 
2 volumes, sendo este, o primeiro da série.
Este livro didático apresenta duas etapas de estudos, sendo que a primeira abordará a ad-
ministração em saúde e segurança do trabalho. Este estudo irá apresentar as definições, as 
documentações e a legislação e normas.
A segunda etapa, descreve as atribuições e competências, bem como, a SESMT, CIPA e ór-
gãos oficiais.
Durante toda a sua aprendizagem encontrará um conteúdo que o auxiliará a administrar 
e controlar seu sistema de segurança do trabalho, os documentos que são usados para este 
controle e como isto influencia no andamento da segurança do trabalho nas organizações. Ex-
plore todas as informações disponíveis e, lembre-se: novas descobertas serão proporcionadas. 
Aproveite para construir novos conhecimentos.
coordenação de açõeS em SaÚde e Segurança do Trabalho - Volume 112
Técnico Segurança do Trabalho
MóDULOS DENOMINAÇÃO UNIDADES CURRICULARES
CARGA 
hORáRIA
CARGA hORáRIA 
DO MóDULO
Básico Básico
• Comunicação Oral e 
Escrita 
60h
300h
• Fundamentos de 
Saúde e Segurança do 
Trabalho 
120h
• Cálculos aplicados em 
Saúde e Segurança do 
Trabalho 
60h
• Gestão de pessoas 60h
Específico I
Realização de 
ações de saúde 
e segurança do 
trabalho
• Ações Educativas em 
Saúde e Segurança do 
Trabalho 
• Saúde e Segurança do 
Trabalho 
90h 
360h
450h
Específico II
Coordenação de 
ações de saúde 
e segurança do 
trabalho
• Coordenação de Ações 
em Saúde e Segurança 
do Trabalho
150h 150h
Específico III
Planejamento de 
ações de saúde 
e segurança do 
trabalho
• Planejamento de Ações 
em Saúde e Segurança 
do Trabalho 
300h 300h
Quadro 1 - matriz curricular
Fonte: SENAI DN
Agora você é convidado a trilhar os caminhos do conhecimento.Faça deste 
processo um momento de construção de novos saberes, em que teoria e prática 
devem estar alinhadas para o seu desenvolvimento profissional.
Bons estudos!
13
Anotações:
1 inTrodução
2
administração em Saúde 
e Segurança do Trabalho
Sabemos que todas as instituições, hoje, prezam inicialmente pelo bom andamento de suas 
atividades, por isto, estão investindo a cada dia em novos mecanismos para uma administração 
mais eficiente de seus recursos. Você é convidado a estudar uma maneira eficiente de implantar 
e administrar um sistema de Saúde e Segurança do Trabalho, como determina a lei e como é 
realizado este controle na prática. E, ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a) definir o que é um sistema de saúde e segurança do trabalho;
b) identificar possíveis falhas no sistema e corrigi-las;
c) identificar e confeccionar documentos padrão do sistema; 
d) conhecer e trabalhar normas e legislações pertinentes ao setor. 
Para explorar todo o conteúdo, você deverá fazer da sua aprendizagem um processo de 
construção significativo e prazeroso.
coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 116
2.1 deFinição
Qual o conceito que você tem sobre segurança do trabalho?
Podemos conceituar segurança do trabalho como o conjunto de medidas que 
devem ser adotadas pelas instituições para minimizar ou eliminar incidentes, aci-
dentes de trabalho ou doenças ocupacionais do convívio das mesmas, visando 
preservar a saúde física e as condições mentais de seus colaboradores e parceiros, 
utilizando para isto, normas, legislações e procedimentos para garantir o integral 
cumprimento de tais medidas.
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Agora você conhecerá com mais detalhes o Serviço Especializado em Enge-
nharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT). 
Para executar esta administração, existem profissionais especializados neste 
tipo de atividade. São eles:
a) engenheiro de segurança do trabalho;
b) médico do trabalho;
c) técnico em segurança do trabalho;
d) enfermeiro do trabalho;
e) auxiliar de enfermagem do trabalho.
Este corpo de profissionais é denominado pela NR 4 como corpo do SESMT, 
sigla que você verá muitas vezes no decorrer dos seus estudos. Estes profissionais 
são registrados e normatizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego para se 
fazer cumprir a legislação vigente. A seguir, acompanhe as atribuições dos profis-
sionais integrantes do SESMT, segundo a NR 4:
2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 17
a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de 
medicina do trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os 
seus componentes, inclusive máquinas e equipamentos, de 
modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde do 
trabalhador;
b) determinar, (quando esgotados todos os meios conhecidos 
para a eliminação do risco e este persistir, mesmo reduzido) 
a utilização, pelo trabalhador, de Equipamentos de Proteção 
Individual - EPIs, de acordo com o que determina a NR 6, desde 
que a concentração, a intensidade ou característica do agente 
assim os exija;
c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de 
novas instalações físicas e tecnológicas da empresa, exercen-
do a competência disposta na alínea “a”;
d) responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao 
cumprimento do disposto nas NR aplicáveis às atividades exe-
cutadas pela empresa e/ou seus estabelecimentos;
e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se 
ao máximo de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e 
atendê-la, conforme dispõe a NR 5;
f) promover a realização de atividades de conscientização, edu-
cação e orientação dos trabalhadores para a prevenção de aci-
dentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto através de 
campanhas quanto de programas de duração permanente;
g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes 
do trabalho e doenças ocupacionais, estimulando-os em favor 
da prevenção;
h) analisar e registrar, em documento(s) específico(s), todos os 
acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou 
sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional, descre-
vendo a história e as características do acidente e/ou da do-
ença ocupacional, os fatores ambientais, as características do 
agente e as condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de doen-
ça ocupacional ou acidentado(s);
i) registrar, mensalmente, os dados atualizados de acidentes do 
trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, 
preenchendo, no mínimo, os quesitos descritos nos mode-
los de mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI, devendo a 
empresa encaminhar um mapa contendo avaliação anual dos 
coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 118
mesmos dados à Secretaria de Segurança e Medicina do Traba-
lho, até o dia 31 de janeiro, através do órgão regional do MTb;
j) manter os registros de que tratam as alíneas “h” e “i” na sede 
dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e 
em Medicina do Trabalho, ou facilmente alcançáveis a partir 
da mesma, sendo de livre escolha da empresa o método de 
arquivamento e recuperação, desde que sejam asseguradas 
condições de acesso aos registros e entendimento de seu con-
teúdo, devendo ser guardados somente os mapas anuais dos 
dados correspondentes às alíneas “h” e “i”, por um período não 
inferior a 5 (cinco) anos;
k) as atividades dos profissionais integrantes dos Serviços Es-
pecializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho são essencialmente prevencionistas, embora não 
seja vedado o atendimento de emergência, quando se tornar 
necessário. Entretanto, a elaboração de planos de controle de 
efeitos de catástrofes, de disponibilidade de meios que visem 
ao combate a incêndios e ao salvamento e de imediata aten-
ção à vítima, deste ou de qualquer outro tipo de acidente, es-
tão incluídos em suas atividades. (BRASIL, 2011a).
 FIQUE 
 ALERTA
Estas atribuições devem ser seguidas por todos os inte-
grantes do SESMT incondicionalmente, para que o sistema 
de gestão de saúde e segurança seja realmente eficaz.
Quando falamos em SESMT estamos tratando da Norma Regulamentadora 
número 4 que, em sua redação, traz todas as informações pertinentes a uma ad-
ministração de segurança do trabalho, desde as atribuições do setor até como 
dimensionar o mesmo segundo a lei.
2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 19
SESMT
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(2
01
1)
 A NR 4 determina como devemos dimensionar o SESMT e atribui grau de risco 
para as diferentes atividades de cada organização. É necessário comparar o grau 
de risco e o número de colaboradores da instituição e verificar o que a norma 
determina em relação ao número de profissionais que devem constituir o SESMT. 
Por exemplo, se a organização possui 500 colaboradores e grau de risco 3, logo é 
necessário ter dois técnicos em segurança do trabalho.
coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 120
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coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 122
DENOMINAÇÃO DE ATIVIDADES ECONôMICAS - CNAE GRAU DE RISCOS
41.1 Incorporação de empreendimentos imobiliários
41.10-7 Incorporação de empreendimentos imobiliários
1
46.31-1 Comércio atacadista de leite e laticínios
46.33-8 Comércio atacadista de hortifrutigranjeiro
2
46.72-9 Comércio atacadista de ferragens e ferramentas
46.73-7 Comércio atacadista de material elétrico
3
24.21-1 Produção de semiacabados de aço
24.22-9 Produção de laminados planos de aço
4
Quadro 3 - Exemplos de atividades econômicas e graus de risco
As empresas enquadradas no grau de risco 1, obrigadas a con-
stituir Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e 
em Medicina do Trabalho e, que possuam outros serviços de 
medicina e engenharia, poderão integrar estes serviços com 
os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho, constituindo um serviço único de en-
genharia e medicina. (BRASIL, 2011a).
As organizações de pequeno porte que não são obrigadas a constituir o SESMT, 
de acordo com o quadro II da NR 4 podendo assim incorporar o SESMT ao serviço 
médico ocupacional.
Neste ponto da norma é referenciado também a respeito da possibilidade de 
formação do Serviço Único de Engenharia e Medicina (SUEM), entretanto, temos 
que observar claramente o indicativo do grau de risco da organização e, pode-
mos dizer que este procedimento é usado somente por organizações de peque-
no porte.
A NR 4 determina as competências dos profissionais que deverão compor o 
SESMT, bem como, as qualificações que cada categoria deve apresentar no mo-
mento da contratação.
Quando se contrata uma empresa terceirizada para executar algum serviço em 
uma organização e esta não excede o limite de colaboradores que é estipulado na 
lei, é preciso dar suporte a esta empresa, ou seja, o SESMT deve se responsabilizar 
por auxiliar estes prestadores de serviços. 
A jornada de trabalho dedicada às atividades dos integrantes do SESMT tam-
bém é determinada pela NR 4 e pela legislação, bem como, é vetado o acúmulo 
de funções por parte dos profissionais registrados no SESMT.
2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 23
No item 4.19, a NR 4 determina que a empresa é responsável pelo cumprimen-
to e que as penalidades são previstas pela NR 28.
A empresa é responsável pelo cumprimento da NR, devendo 
assegurar, como um dos meios para concretizar tal responsabi-
lidade, o exercício profissional dos componentes dos Serviços 
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina 
do Trabalho. O impedimento do referido exercício profissional, 
mesmo que parcial, e o desvirtuamento ou desvio de funções, 
constituem, em conjunto ou separadamente, infrações classifi-
cadas no grau I4, se devidamente comprovadas, para os fins de 
aplicação das penalidades previstas na NR 28. (BRASIL, 2011a). 
Como você pôde perceber a legislação é bem clara em relação às penalidades 
para com os profissionais dos serviços especializados em engenharia de segu-
rança e em medicina do trabalho. Agora chegou a hora de conhecer a CIPA, você 
certamente já ouviu falar dela, certo? Prepare-se para mais um percurso de apren-
dizagem.
2.1.1 Comissão interna de Prevenção de aCidentes (CiPa)
A CIPA é regulamentada pela NR 5, que determina todos os requisitos necessá-
rios para a constituição desta comissão e define as suas atribuições.
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 ALERTA
Uma das atribuições dos membros da CIPA é realizar pe-
riodicamente verificações nos ambientes e condições de 
trabalho, visando à identificação de situações que venham 
a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores.
coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 124
Antes de iniciar uma verificação os integrantes da CIPA, deverão solicitar ao 
administrador do PPRA, a listagem com as funções e a relação dos EPIs de cada 
setor. Para realizar a verificação é importante fazer um checklist por setor, descre-
vendo as principais condições de risco em cada local e, comunicar previamente 
ao supervisor da área. 
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Também são atribuições dos membros da CIPA, conforme a NR 5:
a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, 
com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do 
SESMT (onde houver);
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de 
problemas de segurança e saúde no trabalho; 
c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de 
prevenção necessárias, bem como, da avaliação das prioridades de ação nos 
locais de trabalho [...] (BRASIL, 2011d, p. 2).
2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 25
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De forma objetiva, acompanhe um resumo sobre as operações da CIPA que 
são apresentadas na NR 5.
a) A CIPA é constituída de pessoas que são registradas pela organização, ex-
ceto estagiários e menores aprendizes, pois os contratos têm prazo deter-
minado.
b) O dimensionamento segue orientações da norma, segundo o grau de riscos 
e o número de colaboradores da organização.
c) Os membros da outra gestão da CIPA deverão fazer parte da comissão elei-
toral.
d) A eleição deve ser realizada em horário de trabalho e, de preferência, na 
presença do representante do sindicato da categoria.
e) No momento da abertura da urna eleitoral, é preciso que a comissão eleito-
ral esteja presente junto com os candidatos, para impugnar quaisquer irre-
gularidades.
f) Deve ser relatado, formalmente, o nome de todos os candidatos eleitos em 
ordem de votação e indicar quem são os efetivos e suplentes, bem como, 
informar o nome dos representantes da empresa, designados pela organi-
zação.
g) O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máxi-
mo de trinta dias, contados a partir da data da posse.
h) A organização não pode impedir o acontecimento das reuniões.
Acompanhe, a seguir, uma situação na qual você poderá compreender a im-
portância da CIPA dentro da organização.
coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho- Volume 126
caSoS e relaToS
O benefício da lei
Após fiscalização do Ministério do Trabalho em uma empresa madeireira, 
verificou-se a inexistência da CIPA. De acordo com CNAE e o número de 
funcionários da instituição, a mesma deveria constituir uma comissão de 
prevenção de acidentes, composta pelos funcionários, ou seja, a CIPA.
O responsável pela empresa alegou que houve muitas contratações por 
motivo de aumento de produção e que, por isso, acabaram se descuidan-
do desse detalhe. O fiscal do Ministério do Trabalho notificou a empresa 
alegando que isso não era um detalhe, e estabeleceu um prazo para a for-
mação da CIPA. Ressaltou ainda que, após o período estabelecido, seria 
realizada a fiscalização da empresa novamente, e, caso contrário, novas 
sanções seriam tomadas.
Quando essa data chegou, o fiscal retornou à empresa e se surpreendeu 
pelo depoimento do empregador. Esse relatou que não imaginava que 
uma comissão, composta por funcionários e com o objetivo de preven-
ção de acidentes dentro da empresa, traria tantos benefícios ao processo. 
Nesse curto período de atuação da CIPA, a produção aumentou, os aci-
dentes diminuíram e os funcionários estavam satisfeitos com as melho-
rias. “Não me descuidarei mais da legislação trabalhista!” - Ressaltou o 
empregador.
Depois da situação apresentada você percebeu como é importante dimensio-
nar a CIPA de forma correta?
Imagine que você trabalha em um curtume e que a empresa possui no quadro 
de funcionários 90 pessoas. Inicialmente, com estas informações, consulte a NR 5 
para verificar os parâmetros legais. Consulte o quadro III da NR 5, onde você obte-
rá a informação que o código CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econô-
micas) deste segmento é 15.10-6 - “Curtimento e outras preparações para couro”, 
que pertence ao grupo C-5. 
Depois, observando o quadro a seguir, desta mesma NR, procure o grupo C-5 
e obterá a informação de que é necessário possuir 3 efetivos e 3 suplentes nesta 
CIPA.
2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 27
C-5 15.10-6 Curtimento e outras preparações de couro
C-5a 15.21-1 Fabricação de artigos para viagem, bolsas e semelhantes de qualquer material.
C- a 15.29-7 Fabricação de artefatos de couro não especificados anteriormente.
C-5 15.31-9 Fabricação de calçados de couro. 
C-5 15.32-7 Fabricação de tênis de qualquer material.
C-5 15.33-5 Fabricação de calçados de material sintético.
C-5 15.39-4 Fabricação de calçados de materiais não especificados anteriormente.
Quadro 4 - Dimensionamento da CIPA de acordo com o Grupo
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2.1.2 Órgãos ofiCiais
Para regulamentar as atividades da Segurança do Trabalho no Brasil temos 
como base a Justiça do Trabalho. Para a segurança do trabalho temos como pon-
to de referência o Ministério do Trabalho e Emprego, sendo um órgão regulamen-
tador de nossas ações. O trabalhador pode procurar este órgão quando estiver 
com dúvidas, com desavenças profissionais e/ou precisar atualizar-se quanto a 
normas e procedimentos de trabalho.
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Este órgão também tem poder fiscalizador nas organizações, tendo como mis-
são principal, o cumprimento das normas e procedimentos relacionados a traba-
lho e prestação de serviços.
coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 128
A exigência de regulamentar as atividades da segurança do trabalho nas or-
ganizações, sempre permaneceu na estrutura organizacional do Ministério do 
Trabalho e Emprego.
 SAIBA 
 MAIS
Todas as normas regulamentadoras e suas alterações devem 
passar por consulta pública antes de serem aprovadas e pu-
blicadas no Diário Oficial da União (DOU), quando passam 
a vigorar na data definida pela publicação. Acesse o site do 
Ministério do Trabalho e Emprego, disponível em: <http://
portal.mte.gov.br/seg_sau/> e saiba quais são as consultas 
públicas disponíveis.
Esta primeira fase de estudo foi bastante produtiva, concorda? Podemos pros-
seguir? Documentações será o tema de estudo, reúna disciplina e motivação 
para fazer da aprendizagem um ótimo momento de descobertas.
2.2 documenTaçõeS 
Já sabemos que o setor de segurança do trabalho é um setor estratégico em 
uma organização e, por este motivo, tem uma responsabilidade grande no anda-
mento das atividades. Uma das grandes responsabilidades do SESMT é manter 
arquivos de documentos que a legislação vigente cobra e fiscaliza.
Esta documentação é diferente em cada organização, onde cada profissional 
e cada organização adota estratégias para administrar seu sistema. Porém, estes 
documentos não podem deixar de cumprir preceitos importantes para respeitar 
o principio da rastreabilidade1 de documentos. Devem conter no mínimo:
a) o nome da organização e seu CNPJ;
b) o nome do responsável técnico e do responsável legal pela organização;
c) as obrigatoriedades da norma (o que a norma solicita que seja feito);
d) a data e o local onde foi criado este documento.
1 RASTREABILIDADE:
Possibilidade de 
identificar a origem de 
algo reconstruindo o 
seu percurso durante a 
execução de um processo.
2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 29
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Dentre os documentos, você conhecerá alguns dos mais importantes, confor-
me as normas.
2.2.1 CertifiCado de aProvação de instalações- Cai 
Conforme a NR 2, o Certificado de Aprovação das Instalações deve conter as 
informações solicitadas pela norma e todos os indicativos de quem é a empresa, 
seus dados de registro, dados dos responsáveis pela organização e a descrição 
das instalações e equipamentos da empresa. Observe o modelo a seguir.
coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 130
DECLARAÇÃO DE INSTALAÇÕES (MODELO) 
(NR 2)
1. Razão Social: CEP: Fone:
CGC: 
Endereço: 
Natureza da Atividade: 
No de empregados (previstos) 
- Masculino:
Maiores: 
Menores:  
- Feminino: 
Maiores: 
Menores:
2. Descrição das Instalações e dos Equipamentos (deverá ser feita obedecendo ao 
disposto nas NR 8, 10, 12, 13, 14, 15 (anexos), 17, 19, 20, 23, 24, 25 e 26). 
3. Data: ___/____/___
________________________________________
(Nome legível e assinatura do empregador ou preposto) 
________________________________________ 
Nome legível e assinatura do Engenheiro de Segurança e Reg. na SSMT/MTb.
Quadro 5 - Modelo de Declaração de Instalações
Fonte: Brasil (2011b, p. 2)
O registro do profissional do SESMT é um documento obrigatório de apresen-
tação e indispensável em uma fiscalização do trabalho. É um documento que é 
preparado pela organização e, todas as vezes que houver alteração no quadro do 
SESMT, deve ser encaminhado à autoridade responsável do órgão fiscalizador do 
trabalho de sua região. Acompanhe um modelo para o requerimento do registro 
do SESMT, a seguir.
2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 31
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2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 33
2.2.2 ProCesso eleitoral da CiPa 
O processo eleitoral dos membros da CIPA deve ser elaborado nos moldes do 
que solicita o Ministério do Trabalho. 
Todos os documentos que comprovam a realização da eleição da CIPA, in-
cluindo as atas de eleição, posse e o calendário anual de reuniões deverão ficar 
arquivados no estabelecimento e devem estar disponíveis para a fiscalização do 
Ministério do Trabalho e Emprego. As atas das reuniões ordinárias e extraordiná-
rias também devem ser arquivadas pela empresa. Confira um modelo de ata de 
reunião da CIPA.
CONVOCAÇÃO PARA REUNIÃO ORDINáRIA N° ________
(MODELO)
Ficam convocados os componentes da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, para se 
reunirem em seção ordinária, (data), (horário), (local), com a seguinte pauta:
1 – verificação do andamento das ações propostas;
2 – verificação e discussão dos acidentes do trabalho ocorridos no período;
3 – discussão de assuntos sobre segurança e saúde do trabalho de interesse da empresa/setor;
4 – XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX;
5 – XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX;
Local (cidade), dia de mês de ano.
__________________________________
Presidente da CIPA
Quadro 7 - Exemplo de ata de reunião
coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 134
2.2.3 siPat
Você sabe o significado desta sigla?
SIPAT corresponde à semana interna de prevenção de acidentes de trabalho 
que ocorre na organização uma vez ao ano, a qual conta com a participação de 
todos os colaboradores do SESMT e da CIPA, e deve ser conduzida na forma de 
um evento, onde cada organização tem a sua maneira de elaborar. 
Hoje, o que se percebe é que as empresas fazem de sua SIPAT um evento con-
junto, onde está presente a “Qualidade, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho” 
com diversas ações e trabalhos para os colaboradores. Para exemplificar, observe 
um calendário de uma SIPAT.
Figura 1 - Cronograma SIPAT
Fonte: PUC/SP (2011)
2.2.4 Programa de Prevenção de risCos ambientais - PPra 
A elaboração do PPRA é feita anualmente pela organização e os passos para a 
sua confecção tem que respeitar os parâmetros do que estabelece a NR9. 
2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 35
Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais
P P R A
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1)
 VOCÊ 
 SABIA?
Que o PPRA e o PCMSO devem ser elaborados, indepen-
dentemente do número de funcionários?
2.2.5 registros de ProCedimentos e ComuniCações 
De acordo com o item 1.7 da NR 1, as ordens de serviço devem ser feitas sem-
pre que existam atividades que envolvam riscos ao trabalhador, ou quando hou-
ver situações de trabalho envolvendo procedimentos novos e também, quando 
empresas terceiras estejam na organização. Acompanhe um modelo a seguir.
ROTINAS DE IMPLANTAÇÃO
Cliente: Data da implantação:
Responsável: Final da implantação:
Telefone: Implantador:
ObSERVAÇÕES
OBS.:
coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 136
MODELOS DE TREINAMENTO
1 - área de venda:
1.1 - Caixa: 
Abertura 
Suprimento
Sangria
Fechamento
Busca de orçamento 999... e F2
Recebimentos de convênio
Extrato de conta
1.2 - Vendas:
À vista
Convênio 
Busca de cliente
Cadastro de clientes
1.3 – Cancelamentos
Efetuar cancelamento de item, desmembrando um item.
Efetuar cancelamento da venda
2 - Escritório – Gerencial 
2.1 - Conferência de caixa
Fechamento de caixa por grupo
2.2 - Entrada de mercadoria
Conferência de nota, entrada/ajuste de preços. 
2.3 - Contas a receber
Baixa de convênio por funcionário
Baixa de convênio por empresa
Lançar valor
2.4 - Contas a pagar 
Baixa 
Lançar valor
3 - Configurações gerais do sistema 
Forma de pagamento 
Fechamento da venda
Filial – mostras conf. vendas, convênio
2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 37
Declaro estar ciente que, o técnico prestou o treinamento do sistema em todos os módulos acima, 
conforme descrito neste documento, solucionando e resolvendo todas as dúvidas e pendências, até 
o momento. Estando assim o técnico liberado, e o cliente ciente que novas dúvidas quando ao uso do 
sistema devem ser solucionadas com o Suporte Técnico.
Técnico: ____________________________ Cliente: ________________________
Quadro 8 - Rotinas de implantação
Fonte: BIG Automação (2011)
2.2.6 CertifiCado de aProvação Ca
É um certificado fornecido pelo Ministério do Trabalho para autorizar a dis-
tribuição de equipamentos de proteção individual, após passarem por todos os 
testes necessários em laboratórios credenciados. Tanto os estabelecimentos que 
comercializam EPIs, quanto as empresas que os fornecem aos seus funcionários, 
devem estar atentas ao CA para garantir que os equipamentos foram submetidos 
a testes de conformidade e estão adequados. 
C.A.Certificado de
Aprovação
Ju
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01
1)
2.2.7 ComProvante de entrega e Higienização de ePis
É uma ficha de registro da distribuição de EPIs que é utilizada para entregar no-
vos equipamentos a colaboradores. Também são registradas as movimentações 
de quando for necessário higienizar equipamentos antigos dos colaboradores. 
Cada organização tem a cultura de elaborar o seu próprio modelo. No entanto, 
observe um exemplo a seguir.
coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 138
FIChA DE ENTREGA DOS EPIS
(MODELO - FRENTE)
TERMO DE RESPONSAbILIDADE PELA GUARDA E USO DE
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
IDENTIFICAÇÃO DO EMPREGADO
Nome:
Cargo
Seção: 
Recebi da empresa __________________________, CNPJ nº. 00.000.000/0001-00, os EPIs necessários 
para exercer minhas atividades, sendo de uso exclusivo e obrigatório nas dependências da empresa, 
conforme determinado na NR-6 da Portaria 3.214/78. Comprometo-me a manter os equipamentos 
especificados neste termo de responsabilidade em perfeito estado de conservação, ficando ciente de 
que:
1- recebi treinamento quanto à necessidade na utilização dos referidos EPIs, a maneira correta de usá-
los, guardá-los e higienizá-los, bem como, da minha responsabilidade quanto ao seu uso conforme 
determinado na NR-1 da Portaria 3.214/78;
2- se o equipamento for danificado ou inutilizado por emprego inadequado, mau uso, negligência 
ou extravio, a empresa me fornecerá novo equipamento e cobrará o valor de um equipamento da 
mesma marca ou equivalente ao da praça (parágrafo único do artigo 462 da CLT);
3- fico proibido de dar ou emprestar o equipamento que estiver sob minha responsabilidade, só 
podendo fazê-lo se receber ordem por escrito da pessoa autorizada para tal fim;
4- em caso de dano, inutilização ou extravio do equipamento deverei comunicar imediatamente ao 
setor competente;
5- terminando os serviços ou no caso de rescisão do contrato de trabalho, devolverei o equipamento 
completo e em perfeito estado de conservação, considerando-se o tempo do uso do mesmo, ao setor 
competente; 
6- estando os equipamentos em minha posse, estarei sujeito a inspeções sem prévio aviso;
7- fico ciente de que, não utilizando o equipamento de proteção individual em serviço, estarei sujeito 
às sanções disciplinares cabíveis que irão desde simples advertências até a dispensa por justa causa 
nos termos do Art. 482 da C.L.T. combinado com a NR- e NR-6 da Portaria 3.214/78.
Frederico Westphalen-RS, ________de_________________de 200___.
Ciente: _______________________________________
Nome do funcionário:
2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 39
FIChA DE ENTREGA DOS EPIS
TERMO DE RESPONSAbILIDADE PELA GUARDA E USO DE
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
(MODELO - VERSO)
EPI
MOVIMENTO DATA
ASSINATURA DO 
FUNCIONÁRIO
ASSINATURA 
DA EMPRESAMARCA MODELO C.A
      Entrega    
      Devolução    
      Entrega    
      Devolução    
      Entrega    
      Devolução    
      Entrega    
      Devolução    
      Entrega    
      Devolução    
Quadro 9 - Modelo Ficha de Entrega dos EPIs
Fonte: Adaptado de SAOC (2011)
2.2.8 atestado de saúde oCuPaCional - aso
É um documento fornecido pela área médica da organização e tem a finalida-
de de indicar as condições de saúde dos colaboradores. A gestão deste documen-
to pertence também ao SESMT, pois é necessário ter em arquivo uma cópia deste 
documento para atestar que os colaboradores realizam os exames periódicos ne-
cessários e adequados às suas funções.
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coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 140
2.2.9 CertifiCado nr 10 
Todos os profissionais que trabalham na instalação e manutenção de instala-
ções elétricas prediais e de equipamentos elétricos devem possuir o certificado, 
atendendo às exigências da NR 10. O documento certifica que o profissional reali-
zou um treinamento de quarenta horas, ministrado por instituições de ensino ou 
profissionais qualificados.
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2.2.10 Prontuário das instalações elétriCas - Pie
O PIE é um conjunto de documentos que definem procedimentos, ações e 
programas mantidos pela empresa sobre as condições e manutenção da infraes-
trutura em relação às instalações elétricas. É necessário anexar ao laudo uma Ano-
tação de Responsabilidade Técnica (ART), que é obtida somente por membros do 
Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura. No PIE, vários documentos são 
requeridos. Acompanhe a seguir.
a) Laudo do sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA)
É um documento informando sobre as condições do sistema de SPDA, do qual 
faz parte o para-raios, que pode evitar danos à infraestrutura, incluindo equipa-
mentos elétricos e acidentes de trabalho, que podem causar danos à saúde dos 
trabalhadores É de obrigatoriedade legal.
b) Cartão de identificação para operador de empilhadeira 
É um documento de posse obrigatória aos operadores de empilhadeira que 
deve ser fornecido pela organização. 
2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 41
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11
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c) Prontuário do vaso de pressão 
É um laudo de condições de operação dos vasos de pressão, fornecido por 
empresas especializadas. 
d) Laudo de insalubridade 
Tem por finalidade o condicionamento de locais ou profissões exercidas pelos 
colaboradores nas organizações e indica as condições ambientais a qual os cola-
boradores estão expostos.
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Quando preparamos o acervo de documentos e procedimentos relacionados 
à saúde e segurança do trabalho é importante ter cautela, assegurando informa-
ções corretas e coerentes com as práticas adotadas pela empresa.
coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 142
recapiTulando
Neste capítulo, você pôde conhecer um pouco do que significa adminis-
trar um sistema de segurança do trabalho e também conheceu algumas 
ferramentas para esta administração e controle do setor de segurança 
do trabalho. Foi possível avaliar a importância de fazer parte deste setor, 
bem como, entender um pouco mais sobre o órgão que regulamenta a 
atividade e que faz a fiscalização. 
2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 43
Anotações:
3
programas de Saúde e Segurança 
do Trabalho
A partir de agora, você conhecerá os programas que são utilizados em um sistema de ges-
tão de segurança do trabalho, saberá como e quem poderá condicionar os programas e como 
demonstrar à alta administração a importância de se ter estes documentos que são relevantes 
para a organização. Ao final você terá subsídios para:
a) identificar os diversos programas de controle utilizados pela segurança do trabalho;
b) analisar as informações contidas nestes programas;
c) analisar dados obtidos durante o monitoramento da execução dos planos de trabalho.
Prepare-se para novas descobertas. Todas as informações disponibilizadas deverão ser ex-
ploradas para que o processo de aprendizagem seja significativo.
coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 146
3.1 programa de preVenção de riScoS ambienTaiS (ppra)
Conforme a NR 9, o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) é 
um programa obrigatório ao qual todas as empresas e instituições que admitem 
trabalhadores contratados devem possuir. E qual objetivo do PPRA?
O objetivo do PPRA é preservar a saúde e a integridade física dos trabalhado-
res por meio da identificação dos riscos ambientais existentes no ambiente de 
trabalho, tais como: ruído, calor, frio, radiações, vibrações, fumos, névoas, gases, 
neblinas, bactérias, fungos, parasitas, vírus e protozoários. 
O PPRA deve estar articulado, em especial, com o Programa de Controle Mé-
dico de Saúde Ocupacional – PCMSO, previsto na Norma Regulamentadora NR-7, 
do Ministério do Trabalho e Emprego e também com as demais Normas Regula-
mentadoras.
Segundo a NR9, o programa de prevenção de riscos ambientais deve ser:
9.2Da estrutura do PPRA.
9.2.1 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá 
conter, no mínimo, a seguinte estrutura:
a) planejamento anual com estabelecimento de metas, 
prioridades e cronograma;
b) estratégia e metodologia de ação;
c) forma do registro, manutenção e divulgação dos da-
dos;
d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvi-
mento do PPRA. (REIS, 2011, p. 172).
Quando a norma solicita que o mínimo tem que ser utilizado, quer dizer que 
devem ser incluídos todos os itens informados. 
 FIQUE 
 ALERTA
Caso isso não seja feito, a empresa enfrentará problemas 
para validar o PPRA junto ao Ministério do Trabalho ou 
será autuada pelo descumprimento da norma, como cita-
do na NR 28, quadro II.
3 programaS de SaÚde e Segurança do Trabalho 47
Segundo a NR 09, deve-se fazer a renovação do PPRA sempre que houver alte-
ração na planta da empresa ou, pelo menos, uma vez por ano. 
9.2.1.1 Deverá ser efetuada, sempre que necessário, e pelo 
menos uma vez ao ano, uma análise global do PPRA para 
avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes 
necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades. 
(BRASIL, 1994).
E você sabe de quem é a responsabilidade da execução deste programa?
A responsabilidade da execução deste programa é do Serviço Especializado 
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) em conjunto 
com o setor médico da instituição. Caso a empresa não tenha um SESMT implan-
tado, deverá contratar uma empresa terceirizada para prestar este tipo de serviço, 
para que as informações sejam direcionadas da maneira correta conforme indica 
a NR 4. Quando se fala de controle de riscos, a norma NR 9 deve ser interpretada e 
seguida na íntegra, não sendo permitidos ajustes ou desvios nas informações. “O 
PPRA deverá estar descrito num documento-base, contendo todos os aspectos 
estruturais constantes do item 9.2.1.” (BRASIL, 2011e).
Nesta era digital, provavelmente um sistema de gerenciamento de segurança 
do trabalho o auxiliará no preenchimento do PPRA, mas, nem por isto, deve-se 
deixar de manter uma cópia física deste documento para consulta e fiscalização. 
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coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 148
 FIQUE 
 ALERTA
Lembre-se que todos os documentos de segurança do 
trabalho têm que ser impressos e guardados para uma 
possível fiscalização, pois, para tal fim, não são aceitos em 
formato eletrônico.
9.2.2.1 O documento-base com suas alterações e complemen-
tações deverão ser apresentados e discutidos na CIPA, quando 
existente na empresa, de acordo com a NR-5, sendo sua cópia 
anexada ao livro de atas desta Comissão.
9.2.2.2 O documento-base e suas alterações deverão estar dis-
poníveis de modo a proporcionar o imediato acesso às autori-
dades competentes. (BRASIL, 2011e).
Todo PPRA deve ser discutido pela CIPA e, para isto, deve-se preparar um do-
cumento resumido com todas as informações referentes aos riscos mapeados. 
Este resumo deve ser registrado no livro de atas da CIPA, e cada vez que ele for 
alterado, a versão mais atual deve, obrigatoriamente, ser anexada ao livro. 
O PPRA deve possuir um cronograma de atuação com as informações sobre a 
implantação das imposições ou sugestões apontadas pelo PPRA como informado 
no item 9.2.3 da NR 9. “O cronograma previsto no item 9.2.1 deverá indicar clara-
mente os prazos para o desenvolvimento das etapas e cumprimento das metas 
do PPRA.” (BRASIL, 2011e).
Segundo a NR 9, item 9.3.1, o PPRA deverá ser desenvolvido de acordo com as 
seguintes etapas:
a) antecipação e reconhecimento dos riscos;
b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
e) monitoramento da exposição aos riscos;
f) registro e divulgação dos dados. (BRASIL, 2011e).
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deve monitorar todas as fon-
tes de riscos, até mesmo as que ainda não foram causa de acidentes e incidentes, 
para que o controle seja mais rigoroso e para que não tenhamos surpresas futuras 
em nossa organização. 
3 programaS de SaÚde e Segurança do Trabalho 49
De acordo com o item 9.3.1.1, da NR 9, a elaboração, implementação, acompa-
nhamento e avaliação do PPRA tanto poderá ser realizada pelo setor de seguran-
ça do trabalho da organização, como por um profissional e/ou empresa especia-
lizada neste tipo de trabalho. O importante é que o PPRA seja desenvolvido por 
quem melhor conhece a realidade da organização, para que as avaliações reflitam 
a realidade dos ambientes monitorados. 
9.3.2 A antecipação deverá envolver a análise de projetos de 
novas instalações, métodos ou processos de trabalho, ou de 
modificação dos já existentes, visando identificar os riscos po-
tenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou 
eliminação. (BRASIL, 2011e).
Algumas organizações elaboram o PPRA apenas para cumprir a lei e não to-
mam conhecimento do conteúdo do relatório. Essa situação pode gerar proble-
mas quando ocorrer uma fiscalização do Ministério do Trabalho e a empresa pode 
pagar um preço alto por isso. Acompanhe uma situação real para compreender 
melhor o assunto.
caSoS e relaToS
Atualizando documentos
Isto me lembra um fato ocorrido quando ainda estava atuando como 
técnico em segurança do trabalho, há poucos meses, em uma grande 
empresa no ramo da tecelagem. Fui contratado para realizar melhorias, 
implantar novos programas de riscos, realizar treinamentos e me deparei 
com a seguinte situação: a empresa tinha acabado de ser visitada pela 
fiscalização do Ministério do Trabalho, e foi notificada porque existiam 
irregularidades na elaboração de seu PPRA, o que gerou um grande 
desconforto para todos e um prazo para regularizar a situação levantada.
coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 150
Depois de ir atrás de toda a documentação, analisá-la e estudá-la, pude 
identificar que o PPRA (o qual havia sido elaborado por uma empresa 
prestadora de serviço da cidade, com muita tradição) estava com muitas 
irregularidades. E foi por este motivo que acabou sendo notificado pelo 
Ministério do Trabalho e Emprego. A prestadora de serviço em questão 
realizava este tipo de serviço para a empresa há 10 anos. Durante esse 
tempo, a empresa cresceu e foi preciso ir para um espaço maior. Desta 
forma, mudou-se de localização e, por isso, alterou suas características no 
layout. Entretanto, o PPRA da empresa ainda continha as características 
do antigo endereço. Algumas das situações que pude perceber do an-
tigo endereço, é que a empresa tinha piso de madeira e o pé direito mais 
baixo. Já no novo endereço, o piso era de cerâmica, o pé direito era mais 
alto e o prédio da administração possuía 3 andares.
Quando identifiquei estes problemas no PPRA, comuniquei imediata-
mente à direção da empresa, que ficou surpresa com o meu relatório. A 
situação foi resolvida com a reelaboração do PPRA da empresa e a reapre-
sentação no Ministério do Trabalho, na data determinada, eliminando 
totalmente o risco de uma autuação por parte do fiscal. Este exemplo 
demonstra a importância de se acompanhar o trabalho de uma empresa 
terceirizada, pois o interesse e a responsabilidade pelo serviço são da em-
presa.
Toda vez que houver uma mudança significativa na empresa, como por exem-
plo, a compra de novos equipamentos, novo layout ou construção de uma unida-
de fabril nova, faz-se necessário incluir estas modificações no PPRA.
9.3.3 O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter 
os seguintes itens, quando aplicáveis:
a) a sua identificação;
b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;
c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propa-
gação dos agentes no ambiente de trabalho;
d) a identificação das funções e determinação do número de tra-
balhadores expostos;
e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição;
3 programaSde SaÚde e Segurança do Trabalho 51
f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de 
possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho;
g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identifica-
dos, disponíveis na literatura técnica;
h) a descrição das medidas de controle já existentes.
9.3.4 A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que 
necessária para:
a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência riscos 
identificados na etapa de reconhecimento;
b) dimensionar a exposição dos trabalhadores;
c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle. (BRASIL, 
2011e).
 
Quando da elaboração do PPRA, deve-se analisar todas as informações per-
tinentes, desde plantas e projetos, produtos químicos, equipamentos, até pro-
cessos e procedimentos de trabalho para mapear os riscos inerentes ao processo 
de trabalho. A NR 09 determina que as medidas de controle a serem adotadas 
devem eliminar, minimizar ou controlar os riscos ambientais sempre que forem 
identificadas as seguintes situações:
a) identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saú-
de;
b) constatação, na fase de reconhecimento de risco evidente à 
saúde;
c) quando os resultados das avaliações quantitativas da exposi-
ção dos trabalhadores excederem os valores dos limites pre-
vistos na NR-15 ou, na ausência destes, os valores limites de 
exposição ocupacional adotados pela American Conference of 
Governmental Industrial Higyenists - ACGIH, ou aqueles que ve-
nham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, 
desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais es-
tabelecidos;
d) quando, através do controle médico da saúde, ficar caracteri-
zado o nexo causal entre danos observados na saúde dos tra-
balhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos. 
(BRASIL, 2011e).
coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 152
O PPRA deve garantir a integridade física e mental dos colaboradores da or-
ganização e, para isto, deve-se mapear os riscos de forma racional e implementar 
medidas de controle destes riscos, individualmente e coletivamente, quando a 
primeira não for eficiente. Desta forma, como cita a NR 9 item 9.3.5.2, o estudo, 
desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverá obede-
cer à seguinte hierarquia:
a) medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação 
de agentes prejudiciais à saúde;
b) medidas que previnam a liberação ou disseminação desses 
agentes no ambiente de trabalho;
c) medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses 
agentes no ambiente de trabalho. (BRASIL, 2011e).
A mesma NR comenta que, a implantação de medidas de proteção coletiva 
deve ser acompanhada de treinamento para os trabalhadores, no que se refere 
aos procedimentos que garantam a sua eficiência e também em relação às limita-
ções que estas medidas oferecem. 
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É importante conversar com os operadores das máquinas, para identificar pos-
síveis riscos que ainda não tenham sido mapeados e, para buscar sugestões de 
melhoria nos processos de trabalho.
3 programaS de SaÚde e Segurança do Trabalho 53
Em algumas situações, é inviável fazer o controle dos riscos, porque as medi-
das de proteção coletiva estão em fase de estudo, planejamento, implantação ou 
em caráter complementar ou emergencial e, por isso, deve-se adotar medidas 
como:
a) medidas de caráter administrativo ou de organização do tra-
balho;
b) utilização de equipamento de proteção individual - EPI. (BRA-
SIL, 2011e).
Quando for necessária a utilização de equipamentos de proteção individual 
deve-se observar o conforto do colaborador e se o mesmo está surtindo o efeito 
desejado. Desta forma, a NR 9 comenta em seu item 9.3.5.5 que a utilização de 
EPI deverá considerar as normas legais e administrativas em vigor e envolver, no 
mínimo:
a) seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco ao qual o tra-
balhador está exposto e à atividade exercida, considerando-se 
a eficiência necessária para o controle da exposição ao risco e o 
conforto oferecido, segundo avaliação do trabalhador usuário;
b) programa de treinamento dos trabalhadores quanto à sua 
correta utilização e orientação sobre as limitações de proteção 
que o EPI oferece;
c) estabelecimento de normas ou procedimentos para promover 
o fornecimento, o uso, a guarda, a higienização, a conservação, 
a manutenção e a reposição do EPI, visando garantir as condi-
ções de proteção originalmente estabelecidas;
d) caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, 
com a respectiva identificação dos EPIs utilizados, para os ris-
cos ambientais. (BRASIL, 2011e).
 FIQUE 
 ALERTA
Lembre-se que os equipamentos de proteção individual 
devem ser de boa qualidade e em quantidade suficiente 
para todos os trabalhadores que os necessitarem. E, toda 
vez que o EPI estiver danificado ou for extraviado, deve-se 
fazer a sua reposição. 
coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 154
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 Segundo a NR 9, o PPRA deve definir “os critérios e os mecanismos de avalia-
ção da eficácia e das medidas de proteção implantadas, considerando os dados 
obtidos nas avaliações realizadas e no controle médico da saúde previsto na NR-
7.” (BRASIL, 2011e).
A NR 9 também determina que, quando os valores de ruído e agentes quími-
cos encontrados no local de trabalho forem superiores ao permitido, deve-se 
tomar medidas preventivas para minimizar a probabilidade de que as exposições 
a agentes ambientais ultrapassem os limites permitidos.
9.3.6.2 Deverão ser objeto de controle sistemático as situações 
que apresentem exposição ocupacional acima dos níveis de 
ação, conforme indicado nas alíneas que seguem:
a) para agentes químicos, a metade dos limites de exposição ocu-
pacional, considerados de acordo com a alínea “c” do subitem 
9.3.5.1;
b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme 
critério estabelecido na NR-15, Anexo I, item 6.4. 
9.3.7.1. Para o monitoramento da exposição dos trabalhadores 
e das medidas de controle, deve ser realizada uma avaliação 
sistemática e repetitiva da exposição a um dado risco, visando 
à introdução ou modificação das medidas de controle, sempre 
que necessário. (BRASIL, 2011e).
3 programaS de SaÚde e Segurança do Trabalho 55
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1)
Deve-se tomar cuidado com os limites de tolerância de certos agentes, princi-
palmente, ruídos e agentes químicos, pois os danos sobre a saúde do colaborador 
são muito grandes e, muitas vezes, irreversíveis.
Segundo a NR 9, o PPRA deve ter seus dados registrados de forma estruturada 
e que reflita o histórico técnico e administrativo da empresa. 
 VOCÊ 
 SABIA?
Estes documentos do PPRA deverão ser mantidos pelo 
empregador por pelo menos 20 anos e, estar disponí-
veis aos trabalhadores interessados ou a seus represen-
tantes, e às autoridades competentes.
Os dados obtidos no monitoramento dos riscos deverão ser arquivados na em-
presa para serem consultados tantas vezes quantas forem necessárias, a fim de 
dirimir possíveis dúvidas sobre os procedimentos adotados na coleta dos dados. 
A NR 9 também determina as responsabilidades do empregador e dos traba-
lhadores, no que se refere ao PPRA.
9.4.1 Do empregador:
I. estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do 
PPRA como atividade permanente da empresa ou instituição.
coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 156
9.4.2 Dos trabalhadores:
I. colaborar e participar na implantação e execução do PPRA;
II. seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos 
dentro do PPRA;
III. informar, ao seu superior hierárquico direto, ocorrências 
que, a seu julgamento, possam implicar riscos à saúde dos tra-
balhadores. (BRASIL, 2011e).
 VOCÊ 
 SABIA?
Os trabalhadores também têm direito de apresentar 
sugestões de melhoria e receber todas as informações 
sobre os riscos a que estão expostos e qual é amaneira 
mais apropriada de se proteger, prevenir ou limitar a 
exposição a estes riscos. 
A segurança do trabalho deve assegurar-se de que a elaboração do PPRA seja 
feita de forma responsável, correta e ética, para que as medidas de controle que 
forem implementadas sejam efetivas e protejam a saúde e a segurança dos tra-
balhadores. Vamos em frente? Um novo assunto lhe aguarda, o PCMSO, conheça 
este programa. Lembre-se que sua aprendizagem depende de dedicação, inte-
resse e motivação.
3.2 programa de conTrole médico de SaÚde ocupacional 
(pcmSo)
Segundo a NR 7 (2011c), o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacio-
nal (PCMSO) apresenta os procedimentos e as condutas que devem ser adotadas 
pelas empresas em função dos riscos a que os trabalhadores estão expostos no 
ambiente de trabalho. O PCMSO tem o objetivo de promover e preservar a saúde 
dos trabalhadores, bem como, prevenir, rastrear e diagnosticar precocemente os 
problemas de saúde que, por ventura, os trabalhadores possam desenvolver em 
função de suas atividades profissionais, inclusive os de natureza subclínica1.
1 SUBCLíNICA
Situação em que o 
indivíduo doente não 
apresenta nenhum sinal 
ou sintoma aparente e a 
doença somente pode ser 
detectada através de testes 
especiais.
3 programaS de SaÚde e Segurança do Trabalho 57
O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e 
diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao tra-
balho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação 
da existência de casos de doenças profissionais ou danos irre-
versíveis à saúde dos trabalhadores. (BRASIL, 2011c).
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A NR 07 estabelece que todas as empresas que admitam trabalhadores regis-
trados pela CLT, são obrigadas a elaborar e implantar o PCMSO. Desta forma, não 
são obrigadas a indicar médico coordenador do PCMSO as empresas: 
7.3.1.1 [...] de grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro 1 da 
NR 4, com até 25 (vinte e cinco) empregados e aquelas 
de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro 1 da NR 4, com 
até 10 (dez) empregados;
7.3.1.1.1 [...] com mais de 25 (vinte e cinco) empregados 
e até 50 (cinquenta) empregados, enquadradas no grau 
de risco 1 ou 2, segundo o Quadro 1 da NR 4, poderão 
estar desobrigadas de indicar médico coordenador em 
decorrência de negociação coletiva; 
7.3.1.1.2 [...] com mais de 10 (dez) empregados e com 
até 20 (vinte) empregados, enquadradas no grau de ris-
co 3 ou 4, segundo o Quadro 1 da NR 4, poderão estar 
desobrigadas de indicar médico do trabalho coordena-
dor em decorrência de negociação coletiva, assistida 
coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 158
por profissional do órgão regional competente em se-
gurança e saúde no trabalho.
7.3.1.1.3 por determinação do Delegado Regional do 
Trabalho, com base no parecer técnico conclusivo da 
autoridade regional competente, em matéria de segu-
rança e saúde do trabalhador, ou em decorrência de ne-
gociação coletiva, as empresas previstas no item 7.3.1.1 
e subitens anteriores, poderão ter a obrigatoriedade de 
indicação de médico coordenador, quando suas condi-
ções representarem potencial de risco grave aos traba-
lhadores. (BRASIL, 2011c).
Além do aspecto legal da NR, este programa pretende evitar processos cíveis, 
criminais e previdenciários decorrentes do aparecimento de doenças ocupacio-
nais.
Todos os trabalhadores devem ter o controle de sua saúde de 
acordo com os riscos a que estão expostos. Além de ser uma 
exigência legal prevista no art. 168 da CLT, está respaldada na 
Convenção 161 da Organização Internacional do Trabalho - 
OIT, respeitando princípios éticos, morais e técnicos. (BRASIL, 
1996).
O PCMSO deve estar alinhado com as NRs e com o PPRA e sua implementação 
é de total responsabilidade do empregador, que deve zelar por sua eficácia e cus-
tear as despesas. 
a) garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, 
bem como, zelar pela sua eficácia;
b) custear, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos 
relacionados ao PCMSO;
c) indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT, 
da empresa, um coordenador responsável pela execução do 
PCMSO;
d) no caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do 
trabalho, de acordo com a NR 4, deverá o empregador indicar 
3 programaS de SaÚde e Segurança do Trabalho 59
médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para co-
ordenar o PCMSO;
e) inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador 
poderá contratar médico de outra especialidade para coorde-
nar o PCMSO. (BRASIL, 2011c).
O programa é um controle médico, e como tal deve ser coordenado e elabora-
do por um médico do trabalho, ao qual compete:
a) realizar os exames médicos previstos no item 7.4.1 ou encar-
regar os mesmos à profissional médico familiarizado com os 
princípios da patologia ocupacional e suas causas, bem como, 
com o ambiente, as condições de trabalho e os riscos a que 
está ou será exposto cada trabalhador da empresa a ser exa-
minado;
b) encarregar-se dos exames complementares previstos nos 
itens, quadros e anexos desta NR dos profissionais e/ou enti-
dades devidamente capacitados, equipados e qualificados. 
(BRASIL, 2011c).
 
Desta forma, o PCMSO deve ser feito por um médico que terá como base a 
análise feita no PPRA dos riscos ocupacionais da empresa em função das ativida-
des executadas pelos trabalhadores, para depois verificar se os mesmos apresen-
tam algum tipo de disfunção ou alteração no seu quadro clínico. 
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coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 160
7.4.1 O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames 
médicos:
a) admissional; 
b) periódico;
c) de retorno ao trabalho;
d) de mudança de função;
e) demissional.
7.4.2 Os exames de que trata o item 7.4.1 compreendem:
a) avaliação clínica, abrangendo anamnese2 ocupacional e exame físico e men-
tal;
b) exames complementares, realizados de acordo com os termos específicos 
nesta NR e seus anexos. (BRASIL, 2011c).
Acompanhe, no quadro a seguir, os tipos de exames que devem ser feitos, 
qual sua periodicidade e quais são as notas relevantes em cada tipo de exame.
AVALIAÇÃO CLÍNICA
Tipo de exame Periodicidade Notas
Admissional Realizada antes que o trabalhador assuma suas atividades
Periódico
De acordo com os 
intervalos mínimos de 
tempo determinados 
na NR
a) para trabalhadores expostos a riscos ou a situações 
de trabalho que impliquem o desencadeamento ou 
agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para 
aqueles que sejam portadores de doenças crônicas, os 
exames deverão ser repetidos:
a cada ano ou a intervalos menores, a critério do mé-
dico encarregado, ou se notificado pelo médico agente 
da inspeção do trabalho, ou, ainda, como resultado de 
negociação coletiva de trabalho;
de acordo com à periodicidade especificada no Anexo 
n.º 6 da NR 15, para os trabalhadores expostos a con-
dições hiperbáricas.
b) para os demais trabalhadores:
anual, quando menores de 18 (dezoito) anos e maiores 
de 45 (quarenta e cinco) anos de idade;
a cada dois anos, para os trabalhadores entre 18 (de-
zoito) anos e 45 (quarenta e cinco) anos de idade.
2 ANAMNESE
É uma entrevista realizada 
pelo profissional de saúde 
ao seu paciente com o 
objetivo de diagnosticar 
uma doença. 
3 programaS de SaÚde e Segurança do Trabalho 61
Retorno ao 
trabalho
Obrigatoriamente, no primeiro dia da volta ao trabalho de trabalhador ausente 
por período igual ou superior a 30 (trinta) dias, por motivo de doença ou acidente, 
de natureza ocupacional ou não, ou parto.
Mudança de 
função
Obrigatoriamente 
realizada antes da 
data da mudança.
Mudança de função é toda qualquer alteração de 
atividade, posto de trabalho ou de setor que implique 
a exposição do trabalhador a risco diferente daquele a 
que estava exposto antes da mudança.
Demissional
Obrigatoriamente 
realizada

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