Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Série Segurança do Trabalho COORDENAÇÃO DE AÇÕES DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO VOLUME 1 Série Segurança do Trabalho COORDENAÇÃO DE AÇÕES DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO VOLUmE 1 CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI Robson Braga de Andrade Presidente DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor de Educação e Tecnologia SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI Conselho Nacional Robson Braga de Andrade Presidente SENAI – Departamento Nacional Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor-Geral Gustavo Leal Sales Filho Diretor de Operações Série Segurança do Trabalho COORDENAÇÃO DE AÇÕES DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO VOLUmE 1 . SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Nacional Sede Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317- 9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br © 2012. SENAI – Departamento Nacional © 2012. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ- nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por escrito, do SENAI. Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância. SENAI Departamento Nacional Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP SENAI Departamento Regional de Santa Catarina Núcleo de Educação – NED FICHA CATALOGRÁFICA __________________________________________________________________ S491c Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional Coordenação de ações de saúde e segurança do trabalho, volume 1 / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. Brasília : SENAI/DN, 2012. 92 p. : il. ; (Série Segurança do Trabalho). ISBN 978-85-7519-541-3 (v.1) 1. Segurança do trabalho. 2. Higiene do trabalho. I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina II. Título III. Série. CDU: 614.8 __________________________________________________________________ lista de ilustrações Figura 1 - Cronograma SIPAT ........................................................................................................................................34 Figura 2 - Áreas de composição do PCA ..................................................................................................................70 Figura 3 - Fluxograma PCA ...........................................................................................................................................71 Quadro 1 - Matriz curricular ...........................................................................................................................................12 Quadro 2 - Dimensionamento dos SESMT ...............................................................................................................21 Quadro 3 - Exemplos de atividades econômicas e graus de risco ...................................................................22 Quadro 4 - Dimensionamento da CIPA de acordo com o Grupo .....................................................................27 Quadro 5 - Modelo de Declaração de Instalações .................................................................................................30 Quadro 6 - Modelo de requerimento de registro do SESMT .............................................................................32 Quadro 7 - Exemplo de ata de reunião ......................................................................................................................33 Quadro 8 - Rotinas de implantação ............................................................................................................................37 Quadro 9 - Modelo Ficha de Entrega dos EPIs ........................................................................................................39 Quadro 10 - Avaliação clínica ........................................................................................................................................61 V O LU M E 1 Sumário 1 Introdução ........................................................................................................................................................................11 2 Administração em Saúde e Segurança do Trabalho .........................................................................................15 2.1 Definição ........................................................................................................................................................16 2.1.1 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) ..................................................23 2.1.2 Órgãos oficiais ............................................................................................................................27 2.2 Documentações ..........................................................................................................................................28 2.2.1 Certificado de Aprovação de Instalações- CAI ..............................................................29 2.2.2 Processo eleitoral da CIPA ......................................................................................................33 2.2.3 SIPAT...............................................................................................................................................34 2.2.4 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA ...............................................34 2.2.5 Registros de procedimentos e comunicações ...............................................................35 2.2.6 Certificado de Aprovação CA ................................................................................................37 2.2.7 Comprovante de Entrega e Higienização de EPIs .........................................................37 2.2.8 Atestado de Saúde Ocupacional - ASO .............................................................................39 2.2.9 Certificado NR 10 .....................................................................................................................40 2.2.10 Prontuário das Instalações Elétricas - PIE .......................................................................40 3 Programas de Saúde e Segurança do Trabalho ..................................................................................................45 3.1 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) ..................................................................46 3.2 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) ...............................................56 3.3 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PC- MAT) ........................................................................................................................................................................64 3.4 Programa de Conservação Auditiva (PCA) .........................................................................................67 3.5 Programa de Proteção Respiratória (PPR)...........................................................................................74 Referências ...........................................................................................................................................................................93 Minicurrículo dos Autores ..............................................................................................................................................97Índice .....................................................................................................................................................................................99 4 Plano de Trabalho ....................................................................................................................................................... 113 4.1 Coleta de dados ........................................................................................................................................ 114 4.2 Análise de propostas ............................................................................................................................... 116 4.3 Composição da equipe e responsabilidades ................................................................................. 118 4.4 Viabilidade técnica ................................................................................................................................... 121 4.5 Prazos e metas .......................................................................................................................................... 124 V O LU M E 2 V O LU M E 2 5 Execução ........................................................................................................................................................................ 127 5.1 Materiais e equipamentos ..................................................................................................................... 128 5.1.1 Dosímetro de ruído ............................................................................................................... 128 5.1.2 Decibelímetro .......................................................................................................................... 129 5.1.3 Bomba de amostragem de poeiras e gases ................................................................. 131 5.1.4 Medidor de quatro gases .................................................................................................... 131 5.1.5 Luxímetro .................................................................................................................................. 133 5.2 Equipamentos de proteção individual ............................................................................................. 135 5.2.1 Proteção para a cabeça ........................................................................................................ 136 5.2.2 Proteção para os olhos e para a face ............................................................................... 137 5.2.3 Proteção para a pele ............................................................................................................. 138 5.2.4 Proteção dos membros superiores .................................................................................. 138 5.2.5 Proteção dos membros inferiores .................................................................................... 140 5.2.6 Proteção contra quedas ...................................................................................................... 141 5.2.7 Proteção respiratória: máscaras e respiradores ........................................................... 142 5.2.8 Proteção para o corpo em geral ....................................................................................... 143 5.2.9 Protetores auriculares ........................................................................................................... 144 5.3 Equipamentos de proteção coletiva ................................................................................................. 144 5.3.1 Extintores de incêndio ......................................................................................................... 145 5.3.2 Lava-olhos ............................................................................................................................... 148 5.3.3 Capelas ....................................................................................................................................... 149 5.4 Relatórios e gráficos ................................................................................................................................ 150 5.5 Verificação e monitoramento ............................................................................................................... 152 5.6 Procedimentos de segurança ............................................................................................................. 153 6 Gestão de Documentos ............................................................................................................................................ 157 6.1 Tipos de registros ..................................................................................................................................... 158 6.1.1 Registros de treinamentos .................................................................................................. 158 6.1.2 Relatório de inspeção de segurança ............................................................................... 159 6.1.3 Relatório de auditoria ........................................................................................................... 162 6.2 Organização ............................................................................................................................................... 166 6.3 Rastreabilidade ......................................................................................................................................... 171 Referências ........................................................................................................................................................................ 177 Minicurrículo dos Autores ........................................................................................................................................... 181 Índice .................................................................................................................................................................................. 183 1 introdução Esta unidade curricular, ‘Coordenação de ações de saúde e segurança’, foi desenvolvida em 2 volumes, sendo este, o primeiro da série. Este livro didático apresenta duas etapas de estudos, sendo que a primeira abordará a ad- ministração em saúde e segurança do trabalho. Este estudo irá apresentar as definições, as documentações e a legislação e normas. A segunda etapa, descreve as atribuições e competências, bem como, a SESMT, CIPA e ór- gãos oficiais. Durante toda a sua aprendizagem encontrará um conteúdo que o auxiliará a administrar e controlar seu sistema de segurança do trabalho, os documentos que são usados para este controle e como isto influencia no andamento da segurança do trabalho nas organizações. Ex- plore todas as informações disponíveis e, lembre-se: novas descobertas serão proporcionadas. Aproveite para construir novos conhecimentos. coordenação de açõeS em SaÚde e Segurança do Trabalho - Volume 112 Técnico Segurança do Trabalho MóDULOS DENOMINAÇÃO UNIDADES CURRICULARES CARGA hORáRIA CARGA hORáRIA DO MóDULO Básico Básico • Comunicação Oral e Escrita 60h 300h • Fundamentos de Saúde e Segurança do Trabalho 120h • Cálculos aplicados em Saúde e Segurança do Trabalho 60h • Gestão de pessoas 60h Específico I Realização de ações de saúde e segurança do trabalho • Ações Educativas em Saúde e Segurança do Trabalho • Saúde e Segurança do Trabalho 90h 360h 450h Específico II Coordenação de ações de saúde e segurança do trabalho • Coordenação de Ações em Saúde e Segurança do Trabalho 150h 150h Específico III Planejamento de ações de saúde e segurança do trabalho • Planejamento de Ações em Saúde e Segurança do Trabalho 300h 300h Quadro 1 - matriz curricular Fonte: SENAI DN Agora você é convidado a trilhar os caminhos do conhecimento.Faça deste processo um momento de construção de novos saberes, em que teoria e prática devem estar alinhadas para o seu desenvolvimento profissional. Bons estudos! 13 Anotações: 1 inTrodução 2 administração em Saúde e Segurança do Trabalho Sabemos que todas as instituições, hoje, prezam inicialmente pelo bom andamento de suas atividades, por isto, estão investindo a cada dia em novos mecanismos para uma administração mais eficiente de seus recursos. Você é convidado a estudar uma maneira eficiente de implantar e administrar um sistema de Saúde e Segurança do Trabalho, como determina a lei e como é realizado este controle na prática. E, ao final deste capítulo, você terá subsídios para: a) definir o que é um sistema de saúde e segurança do trabalho; b) identificar possíveis falhas no sistema e corrigi-las; c) identificar e confeccionar documentos padrão do sistema; d) conhecer e trabalhar normas e legislações pertinentes ao setor. Para explorar todo o conteúdo, você deverá fazer da sua aprendizagem um processo de construção significativo e prazeroso. coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 116 2.1 deFinição Qual o conceito que você tem sobre segurança do trabalho? Podemos conceituar segurança do trabalho como o conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas instituições para minimizar ou eliminar incidentes, aci- dentes de trabalho ou doenças ocupacionais do convívio das mesmas, visando preservar a saúde física e as condições mentais de seus colaboradores e parceiros, utilizando para isto, normas, legislações e procedimentos para garantir o integral cumprimento de tais medidas. iS to ck ph ot o ([2 0- -? ]) Agora você conhecerá com mais detalhes o Serviço Especializado em Enge- nharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT). Para executar esta administração, existem profissionais especializados neste tipo de atividade. São eles: a) engenheiro de segurança do trabalho; b) médico do trabalho; c) técnico em segurança do trabalho; d) enfermeiro do trabalho; e) auxiliar de enfermagem do trabalho. Este corpo de profissionais é denominado pela NR 4 como corpo do SESMT, sigla que você verá muitas vezes no decorrer dos seus estudos. Estes profissionais são registrados e normatizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego para se fazer cumprir a legislação vigente. A seguir, acompanhe as atribuições dos profis- sionais integrantes do SESMT, segundo a NR 4: 2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 17 a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde do trabalhador; b) determinar, (quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação do risco e este persistir, mesmo reduzido) a utilização, pelo trabalhador, de Equipamentos de Proteção Individual - EPIs, de acordo com o que determina a NR 6, desde que a concentração, a intensidade ou característica do agente assim os exija; c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas instalações físicas e tecnológicas da empresa, exercen- do a competência disposta na alínea “a”; d) responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento do disposto nas NR aplicáveis às atividades exe- cutadas pela empresa e/ou seus estabelecimentos; e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a NR 5; f) promover a realização de atividades de conscientização, edu- cação e orientação dos trabalhadores para a prevenção de aci- dentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de programas de duração permanente; g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção; h) analisar e registrar, em documento(s) específico(s), todos os acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional, descre- vendo a história e as características do acidente e/ou da do- ença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de doen- ça ocupacional ou acidentado(s); i) registrar, mensalmente, os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo, os quesitos descritos nos mode- los de mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI, devendo a empresa encaminhar um mapa contendo avaliação anual dos coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 118 mesmos dados à Secretaria de Segurança e Medicina do Traba- lho, até o dia 31 de janeiro, através do órgão regional do MTb; j) manter os registros de que tratam as alíneas “h” e “i” na sede dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, ou facilmente alcançáveis a partir da mesma, sendo de livre escolha da empresa o método de arquivamento e recuperação, desde que sejam asseguradas condições de acesso aos registros e entendimento de seu con- teúdo, devendo ser guardados somente os mapas anuais dos dados correspondentes às alíneas “h” e “i”, por um período não inferior a 5 (cinco) anos; k) as atividades dos profissionais integrantes dos Serviços Es- pecializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho são essencialmente prevencionistas, embora não seja vedado o atendimento de emergência, quando se tornar necessário. Entretanto, a elaboração de planos de controle de efeitos de catástrofes, de disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e ao salvamento e de imediata aten- ção à vítima, deste ou de qualquer outro tipo de acidente, es- tão incluídos em suas atividades. (BRASIL, 2011a). FIQUE ALERTA Estas atribuições devem ser seguidas por todos os inte- grantes do SESMT incondicionalmente, para que o sistema de gestão de saúde e segurança seja realmente eficaz. Quando falamos em SESMT estamos tratando da Norma Regulamentadora número 4 que, em sua redação, traz todas as informações pertinentes a uma ad- ministração de segurança do trabalho, desde as atribuições do setor até como dimensionar o mesmo segundo a lei. 2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 19 SESMT Ju lia F ar ia s (2 01 1) A NR 4 determina como devemos dimensionar o SESMT e atribui grau de risco para as diferentes atividades de cada organização. É necessário comparar o grau de risco e o número de colaboradores da instituição e verificar o que a norma determina em relação ao número de profissionais que devem constituir o SESMT. Por exemplo, se a organização possui 500 colaboradores e grau de risco 3, logo é necessário ter dois técnicos em segurança do trabalho. coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 120 G RA U D E RI SC O N .º D E EM PR EG A D O S N O ES TA b EL EC IM EN TO Té CN IC O S 50 A 10 0 10 1 A 25 0 25 1 A 50 0 50 1 A 1. 00 0 1. 00 1 A 20 00 2. 00 1 A 3. 50 0 3. 50 1 A 5. 00 0 A CI M A D E 50 00 P A RA C A D A G RU PO D E 40 00 O U F RA ÇÃ O A CI M A 2 00 0* * 1 Té cn ic o Se g. Tr ab al ho 1 1 1 2 1 En ge nh ei ro S eg . T ra ba lh o 1* 1 1* Au x. E nf er m . d o Tr ab al ho 1 1 1 En fe rm ei ro d o Tr ab al ho 1* M éd ic o do Tr ab al ho 1* 1* 1* 1* 2 Té cn ic o Se g. Tr ab al ho 1 1 2 5 1 En ge nh ei ro S eg . T ra ba lh o 1* 1 1 1* Au x. E nf er m . d o Tr ab al ho 1 1 1 1 En fe rm ei ro d o Tr ab al ho 1 M éd ic o do Tr ab al ho 1* 1 1 1 3 Té cn ic o Se g. Tr ab al ho 1 2 3 4 6 8 3 En ge nh ei ro S eg . T ra ba lh o 1* 1 1 2 1 Au x. E nf er m . d o Tr ab al ho 1 2 1 1 En fe rm ei ro d o Tr ab al ho 1M éd ic o do Tr ab al ho 1* 1 1 2 1 2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 21 G RA U D E RI SC O N .º D E EM PR EG A D O S N O ES TA b EL EC IM EN TO Té CN IC O S 50 A 10 0 10 1 A 25 0 25 1 A 50 0 50 1 A 1. 00 0 1. 00 1 A 20 00 2. 00 1 A 3. 50 0 3. 50 1 A 5. 00 0 A CI M A D E 50 00 P A RA C A D A G RU PO D E 40 00 O U F RA ÇÃ O A CI M A 2 00 0* * 4 Té cn ic o Se g. Tr ab al ho 1 2 3 4 5 8 10 3 En ge nh ei ro S eg . T ra ba lh o 1* 1* 1 1 2 3 1 Au x. E nf er m . d o Tr ab al ho 1 1 2 1 1 En fe rm ei ro d o Tr ab al ho 1 M éd ic o do Tr ab al ho 1* 1* 1 1 2 3 1 (* ) T em po p ar ci al (m ín im o de tr ês h or as ) O BS : H os pi ta is, A m bu la tó rio s, M at er ni da de , C as as d e (* *) O d im en sio na m en to to ta l d ev er á se r f ei to S aú de e R ep ou so , C lín ic as e e st ab el ec im en to s s im ila re s le va nd o- se e m c on sid er aç ão o d im en sio na m en to c om m ai s d e 50 0 (q ui nh en to s) e m pr eg ad os d ev er ão d e fa ix as d e 35 01 a 5 00 0 m ai s o d im en sio na m en to c on tr at ar u m E nf er m ei ro e m te m po in te gr al . d o( s) g ru po (s ) d e 40 00 o u fra çã o ac im a de 2 00 0. O BS : H os pi ta is, A m bu la tó rio s, M at er ni da de , C as as d e Sa úd e e Re po us o, C lín ic as e e st ab el ec im en to s s im ila re s c om m ai s d e 50 0 ( q ui nh en to s ) e m pr eg ad os d ev er ão c on tr at ar u m e nf er m ei ro em te m po in te gr al . Q ua dr o 2 - D im en si on am en to d os S ES M T coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 122 DENOMINAÇÃO DE ATIVIDADES ECONôMICAS - CNAE GRAU DE RISCOS 41.1 Incorporação de empreendimentos imobiliários 41.10-7 Incorporação de empreendimentos imobiliários 1 46.31-1 Comércio atacadista de leite e laticínios 46.33-8 Comércio atacadista de hortifrutigranjeiro 2 46.72-9 Comércio atacadista de ferragens e ferramentas 46.73-7 Comércio atacadista de material elétrico 3 24.21-1 Produção de semiacabados de aço 24.22-9 Produção de laminados planos de aço 4 Quadro 3 - Exemplos de atividades econômicas e graus de risco As empresas enquadradas no grau de risco 1, obrigadas a con- stituir Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho e, que possuam outros serviços de medicina e engenharia, poderão integrar estes serviços com os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, constituindo um serviço único de en- genharia e medicina. (BRASIL, 2011a). As organizações de pequeno porte que não são obrigadas a constituir o SESMT, de acordo com o quadro II da NR 4 podendo assim incorporar o SESMT ao serviço médico ocupacional. Neste ponto da norma é referenciado também a respeito da possibilidade de formação do Serviço Único de Engenharia e Medicina (SUEM), entretanto, temos que observar claramente o indicativo do grau de risco da organização e, pode- mos dizer que este procedimento é usado somente por organizações de peque- no porte. A NR 4 determina as competências dos profissionais que deverão compor o SESMT, bem como, as qualificações que cada categoria deve apresentar no mo- mento da contratação. Quando se contrata uma empresa terceirizada para executar algum serviço em uma organização e esta não excede o limite de colaboradores que é estipulado na lei, é preciso dar suporte a esta empresa, ou seja, o SESMT deve se responsabilizar por auxiliar estes prestadores de serviços. A jornada de trabalho dedicada às atividades dos integrantes do SESMT tam- bém é determinada pela NR 4 e pela legislação, bem como, é vetado o acúmulo de funções por parte dos profissionais registrados no SESMT. 2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 23 No item 4.19, a NR 4 determina que a empresa é responsável pelo cumprimen- to e que as penalidades são previstas pela NR 28. A empresa é responsável pelo cumprimento da NR, devendo assegurar, como um dos meios para concretizar tal responsabi- lidade, o exercício profissional dos componentes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. O impedimento do referido exercício profissional, mesmo que parcial, e o desvirtuamento ou desvio de funções, constituem, em conjunto ou separadamente, infrações classifi- cadas no grau I4, se devidamente comprovadas, para os fins de aplicação das penalidades previstas na NR 28. (BRASIL, 2011a). Como você pôde perceber a legislação é bem clara em relação às penalidades para com os profissionais dos serviços especializados em engenharia de segu- rança e em medicina do trabalho. Agora chegou a hora de conhecer a CIPA, você certamente já ouviu falar dela, certo? Prepare-se para mais um percurso de apren- dizagem. 2.1.1 Comissão interna de Prevenção de aCidentes (CiPa) A CIPA é regulamentada pela NR 5, que determina todos os requisitos necessá- rios para a constituição desta comissão e define as suas atribuições. Br an ds o f t he W or ld ([ 20 -- ?] ) FIQUE ALERTA Uma das atribuições dos membros da CIPA é realizar pe- riodicamente verificações nos ambientes e condições de trabalho, visando à identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores. coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 124 Antes de iniciar uma verificação os integrantes da CIPA, deverão solicitar ao administrador do PPRA, a listagem com as funções e a relação dos EPIs de cada setor. Para realizar a verificação é importante fazer um checklist por setor, descre- vendo as principais condições de risco em cada local e, comunicar previamente ao supervisor da área. iS to ck ph ot o ([2 0- -? ]) Também são atribuições dos membros da CIPA, conforme a NR 5: a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT (onde houver); b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho; c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como, da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho [...] (BRASIL, 2011d, p. 2). 2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 25 Ju pi te rim ag es ([ 20 -- ?] ) De forma objetiva, acompanhe um resumo sobre as operações da CIPA que são apresentadas na NR 5. a) A CIPA é constituída de pessoas que são registradas pela organização, ex- ceto estagiários e menores aprendizes, pois os contratos têm prazo deter- minado. b) O dimensionamento segue orientações da norma, segundo o grau de riscos e o número de colaboradores da organização. c) Os membros da outra gestão da CIPA deverão fazer parte da comissão elei- toral. d) A eleição deve ser realizada em horário de trabalho e, de preferência, na presença do representante do sindicato da categoria. e) No momento da abertura da urna eleitoral, é preciso que a comissão eleito- ral esteja presente junto com os candidatos, para impugnar quaisquer irre- gularidades. f) Deve ser relatado, formalmente, o nome de todos os candidatos eleitos em ordem de votação e indicar quem são os efetivos e suplentes, bem como, informar o nome dos representantes da empresa, designados pela organi- zação. g) O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máxi- mo de trinta dias, contados a partir da data da posse. h) A organização não pode impedir o acontecimento das reuniões. Acompanhe, a seguir, uma situação na qual você poderá compreender a im- portância da CIPA dentro da organização. coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho- Volume 126 caSoS e relaToS O benefício da lei Após fiscalização do Ministério do Trabalho em uma empresa madeireira, verificou-se a inexistência da CIPA. De acordo com CNAE e o número de funcionários da instituição, a mesma deveria constituir uma comissão de prevenção de acidentes, composta pelos funcionários, ou seja, a CIPA. O responsável pela empresa alegou que houve muitas contratações por motivo de aumento de produção e que, por isso, acabaram se descuidan- do desse detalhe. O fiscal do Ministério do Trabalho notificou a empresa alegando que isso não era um detalhe, e estabeleceu um prazo para a for- mação da CIPA. Ressaltou ainda que, após o período estabelecido, seria realizada a fiscalização da empresa novamente, e, caso contrário, novas sanções seriam tomadas. Quando essa data chegou, o fiscal retornou à empresa e se surpreendeu pelo depoimento do empregador. Esse relatou que não imaginava que uma comissão, composta por funcionários e com o objetivo de preven- ção de acidentes dentro da empresa, traria tantos benefícios ao processo. Nesse curto período de atuação da CIPA, a produção aumentou, os aci- dentes diminuíram e os funcionários estavam satisfeitos com as melho- rias. “Não me descuidarei mais da legislação trabalhista!” - Ressaltou o empregador. Depois da situação apresentada você percebeu como é importante dimensio- nar a CIPA de forma correta? Imagine que você trabalha em um curtume e que a empresa possui no quadro de funcionários 90 pessoas. Inicialmente, com estas informações, consulte a NR 5 para verificar os parâmetros legais. Consulte o quadro III da NR 5, onde você obte- rá a informação que o código CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econô- micas) deste segmento é 15.10-6 - “Curtimento e outras preparações para couro”, que pertence ao grupo C-5. Depois, observando o quadro a seguir, desta mesma NR, procure o grupo C-5 e obterá a informação de que é necessário possuir 3 efetivos e 3 suplentes nesta CIPA. 2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 27 C-5 15.10-6 Curtimento e outras preparações de couro C-5a 15.21-1 Fabricação de artigos para viagem, bolsas e semelhantes de qualquer material. C- a 15.29-7 Fabricação de artefatos de couro não especificados anteriormente. C-5 15.31-9 Fabricação de calçados de couro. C-5 15.32-7 Fabricação de tênis de qualquer material. C-5 15.33-5 Fabricação de calçados de material sintético. C-5 15.39-4 Fabricação de calçados de materiais não especificados anteriormente. Quadro 4 - Dimensionamento da CIPA de acordo com o Grupo Ju lia F ar ia s (2 01 1) 2.1.2 Órgãos ofiCiais Para regulamentar as atividades da Segurança do Trabalho no Brasil temos como base a Justiça do Trabalho. Para a segurança do trabalho temos como pon- to de referência o Ministério do Trabalho e Emprego, sendo um órgão regulamen- tador de nossas ações. O trabalhador pode procurar este órgão quando estiver com dúvidas, com desavenças profissionais e/ou precisar atualizar-se quanto a normas e procedimentos de trabalho. Ju lia F ar ia s (2 01 1) Este órgão também tem poder fiscalizador nas organizações, tendo como mis- são principal, o cumprimento das normas e procedimentos relacionados a traba- lho e prestação de serviços. coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 128 A exigência de regulamentar as atividades da segurança do trabalho nas or- ganizações, sempre permaneceu na estrutura organizacional do Ministério do Trabalho e Emprego. SAIBA MAIS Todas as normas regulamentadoras e suas alterações devem passar por consulta pública antes de serem aprovadas e pu- blicadas no Diário Oficial da União (DOU), quando passam a vigorar na data definida pela publicação. Acesse o site do Ministério do Trabalho e Emprego, disponível em: <http:// portal.mte.gov.br/seg_sau/> e saiba quais são as consultas públicas disponíveis. Esta primeira fase de estudo foi bastante produtiva, concorda? Podemos pros- seguir? Documentações será o tema de estudo, reúna disciplina e motivação para fazer da aprendizagem um ótimo momento de descobertas. 2.2 documenTaçõeS Já sabemos que o setor de segurança do trabalho é um setor estratégico em uma organização e, por este motivo, tem uma responsabilidade grande no anda- mento das atividades. Uma das grandes responsabilidades do SESMT é manter arquivos de documentos que a legislação vigente cobra e fiscaliza. Esta documentação é diferente em cada organização, onde cada profissional e cada organização adota estratégias para administrar seu sistema. Porém, estes documentos não podem deixar de cumprir preceitos importantes para respeitar o principio da rastreabilidade1 de documentos. Devem conter no mínimo: a) o nome da organização e seu CNPJ; b) o nome do responsável técnico e do responsável legal pela organização; c) as obrigatoriedades da norma (o que a norma solicita que seja feito); d) a data e o local onde foi criado este documento. 1 RASTREABILIDADE: Possibilidade de identificar a origem de algo reconstruindo o seu percurso durante a execução de um processo. 2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 29 H em er a ([2 0- -? ]) Dentre os documentos, você conhecerá alguns dos mais importantes, confor- me as normas. 2.2.1 CertifiCado de aProvação de instalações- Cai Conforme a NR 2, o Certificado de Aprovação das Instalações deve conter as informações solicitadas pela norma e todos os indicativos de quem é a empresa, seus dados de registro, dados dos responsáveis pela organização e a descrição das instalações e equipamentos da empresa. Observe o modelo a seguir. coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 130 DECLARAÇÃO DE INSTALAÇÕES (MODELO) (NR 2) 1. Razão Social: CEP: Fone: CGC: Endereço: Natureza da Atividade: No de empregados (previstos) - Masculino: Maiores: Menores: - Feminino: Maiores: Menores: 2. Descrição das Instalações e dos Equipamentos (deverá ser feita obedecendo ao disposto nas NR 8, 10, 12, 13, 14, 15 (anexos), 17, 19, 20, 23, 24, 25 e 26). 3. Data: ___/____/___ ________________________________________ (Nome legível e assinatura do empregador ou preposto) ________________________________________ Nome legível e assinatura do Engenheiro de Segurança e Reg. na SSMT/MTb. Quadro 5 - Modelo de Declaração de Instalações Fonte: Brasil (2011b, p. 2) O registro do profissional do SESMT é um documento obrigatório de apresen- tação e indispensável em uma fiscalização do trabalho. É um documento que é preparado pela organização e, todas as vezes que houver alteração no quadro do SESMT, deve ser encaminhado à autoridade responsável do órgão fiscalizador do trabalho de sua região. Acompanhe um modelo para o requerimento do registro do SESMT, a seguir. 2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 31 M O D EL O D E RE Q U ER IM EN TO D E RE G IS TR O D O S ES M T N A D RT (M O D EL O S U G ER ID O P A RA O C U M PR IM EN TO D O IT EM 4 .1 7 D A N R- 04 : S ES M T) À D EL EG AC IA R EG IO N AL D O T RA BA LH O D O E ST AD O D E XX XX XX En de re ço c om pl et o: X XX XX XX XX XX XX X D el eg ad o Re gi on al d o Tr ab al ho Il us tr íss im o Se nh or D el eg ad o Re gi on al d o Tr ab al ho n o Es ta do d e xx xx xx xx xx xx xx xx x A Em pr es a (R az ão S oc ia l e Q ua lifi ca çã o Co m pl et a: E nd er eç o, C N PJ , T el ef on e, F ax , C ai xa P os ta l, C EP , E -m ai l), p or in te rm éd io d e se u Re pr es en ta nt e Le ga l a o fin al su bs cr ito , v em , m ui re sp ei to sa - m en te , r eq ue re r a V os sa S en ho ria , o R EG IS TR O d e se u Se rv iç o Es pe ci al iz ad o em E ng en ha ria d e Se gu ra nç a e em M ed ic in a do Tr ab al ho - SE SM T, de c on fo rm id ad e co m od isp os to n o ite m 4 .1 7 da N or m a Re gu la m en ta do ra N R- 04 S ES M T, da P or ta ria S SM T/ M TB n . 3 3, d e 27 .1 0. 19 83 , q ue re gu la m en to u o ar tig o 16 2 da C on so lid aç ão d as L ei s d o Tr ab al ho - CL T. A em pr es a re qu er en te te m n a. .... .... .... .... .... .... .... ..s ua a tiv id ad e pr in ci pa l, q ue , d e ac or do c om o Q ua dr o I C la ss ifi ca çã o N ac io na l d e At iv id ad es E co nô m ic as - CN AE , d a N R- 04 S ES M T, co rre sp on d- en te a o Có di go .... .... .... .... .... .. e a o G ra u de R isc o. .... .... .... .... , p os su in do u m to ta l d e .... .... .... .... .... ..e m pr eg ad os lo ta do s n os se gu in te s E st ab el ec im en to s:. .... .... .... .... .... .... , e d ist rib uí do s n os se gu in te s T ur no s de S er vi ço :... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... Em se nd o as sim , o d im en sio na m en to d e se u SE SM T, co ns oa nt e pr ev ist o no Q ua dr o II da N R- 04 , s e co ns tit ui d a se gu in te fo rm a: N om e co m pl et o e nú m er o de re gi st ro d os p ro fis sio na is es pe ci al ist as e m S eg ur an ça e /o u M ed ic in a do Tr ab al ho : H or ár io d e Tr ab al ho : coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 132 O ut ro ss im , s eg ue e m a ne xo a c om pr ov aç ão d o Re gi st ro P ro fis sio na l d e ca da in te gr an te d o SE SM T, ex pe di do p el o re sp ec tiv o ór gã o de c la ss e (C on se lh o Re gi on al d e M ed ic in a, n o ca so d o M éd ic o do Tr ab al ho , C on se lh o Re gi on al d e En ge nh ar ia d e Ar qu ite tu ra , p ar a o En ge nh ei ro d e Se gu ra nç a do Tr ab al ho , C on se lh o Re gi on al d e En fe rm ag em d o Tr ab al ho , e m se tr at an do d e En fe rm ei ro d o Tr ab al ho o u Au xi lia r d e En fe rm ag em d o Tr ab al ho ), e o re gi st ro ju nt o ao M in ist ér io d o Tr ab al ho e E m pr eg o - M TE , e sp ec ifi ca m en te , p ar a o Té cn ic o de S eg ur an ça d o Tr ab al ho , as sim c om o os c or re sp on de nt es R eg ist ro s d e Em pr eg ad o ou A no ta çã o de D ad os n a CT PS d e ca da u m d el es , c ar ac te riz an do a c on di çã o de e m pr eg ad os d a em pr es a re qu er en te . N es te s T er m os , Pe de e E sp er a D ef er im en to Lo ca l e d at a As sin at ur a do R ep re se nt an te L eg al , E m pr eg ad or o u Pr ep os to __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ Q ua dr o 6 - M od el o de re qu er im en to d e re gi st ro d o SE SM T Fo nt e: A da pt ad o de A re as eg (2 01 1) 2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 33 2.2.2 ProCesso eleitoral da CiPa O processo eleitoral dos membros da CIPA deve ser elaborado nos moldes do que solicita o Ministério do Trabalho. Todos os documentos que comprovam a realização da eleição da CIPA, in- cluindo as atas de eleição, posse e o calendário anual de reuniões deverão ficar arquivados no estabelecimento e devem estar disponíveis para a fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego. As atas das reuniões ordinárias e extraordiná- rias também devem ser arquivadas pela empresa. Confira um modelo de ata de reunião da CIPA. CONVOCAÇÃO PARA REUNIÃO ORDINáRIA N° ________ (MODELO) Ficam convocados os componentes da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, para se reunirem em seção ordinária, (data), (horário), (local), com a seguinte pauta: 1 – verificação do andamento das ações propostas; 2 – verificação e discussão dos acidentes do trabalho ocorridos no período; 3 – discussão de assuntos sobre segurança e saúde do trabalho de interesse da empresa/setor; 4 – XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX; 5 – XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX; Local (cidade), dia de mês de ano. __________________________________ Presidente da CIPA Quadro 7 - Exemplo de ata de reunião coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 134 2.2.3 siPat Você sabe o significado desta sigla? SIPAT corresponde à semana interna de prevenção de acidentes de trabalho que ocorre na organização uma vez ao ano, a qual conta com a participação de todos os colaboradores do SESMT e da CIPA, e deve ser conduzida na forma de um evento, onde cada organização tem a sua maneira de elaborar. Hoje, o que se percebe é que as empresas fazem de sua SIPAT um evento con- junto, onde está presente a “Qualidade, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho” com diversas ações e trabalhos para os colaboradores. Para exemplificar, observe um calendário de uma SIPAT. Figura 1 - Cronograma SIPAT Fonte: PUC/SP (2011) 2.2.4 Programa de Prevenção de risCos ambientais - PPra A elaboração do PPRA é feita anualmente pela organização e os passos para a sua confecção tem que respeitar os parâmetros do que estabelece a NR9. 2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 35 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais P P R A Ju lia F ar ia s (2 01 1) VOCÊ SABIA? Que o PPRA e o PCMSO devem ser elaborados, indepen- dentemente do número de funcionários? 2.2.5 registros de ProCedimentos e ComuniCações De acordo com o item 1.7 da NR 1, as ordens de serviço devem ser feitas sem- pre que existam atividades que envolvam riscos ao trabalhador, ou quando hou- ver situações de trabalho envolvendo procedimentos novos e também, quando empresas terceiras estejam na organização. Acompanhe um modelo a seguir. ROTINAS DE IMPLANTAÇÃO Cliente: Data da implantação: Responsável: Final da implantação: Telefone: Implantador: ObSERVAÇÕES OBS.: coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 136 MODELOS DE TREINAMENTO 1 - área de venda: 1.1 - Caixa: Abertura Suprimento Sangria Fechamento Busca de orçamento 999... e F2 Recebimentos de convênio Extrato de conta 1.2 - Vendas: À vista Convênio Busca de cliente Cadastro de clientes 1.3 – Cancelamentos Efetuar cancelamento de item, desmembrando um item. Efetuar cancelamento da venda 2 - Escritório – Gerencial 2.1 - Conferência de caixa Fechamento de caixa por grupo 2.2 - Entrada de mercadoria Conferência de nota, entrada/ajuste de preços. 2.3 - Contas a receber Baixa de convênio por funcionário Baixa de convênio por empresa Lançar valor 2.4 - Contas a pagar Baixa Lançar valor 3 - Configurações gerais do sistema Forma de pagamento Fechamento da venda Filial – mostras conf. vendas, convênio 2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 37 Declaro estar ciente que, o técnico prestou o treinamento do sistema em todos os módulos acima, conforme descrito neste documento, solucionando e resolvendo todas as dúvidas e pendências, até o momento. Estando assim o técnico liberado, e o cliente ciente que novas dúvidas quando ao uso do sistema devem ser solucionadas com o Suporte Técnico. Técnico: ____________________________ Cliente: ________________________ Quadro 8 - Rotinas de implantação Fonte: BIG Automação (2011) 2.2.6 CertifiCado de aProvação Ca É um certificado fornecido pelo Ministério do Trabalho para autorizar a dis- tribuição de equipamentos de proteção individual, após passarem por todos os testes necessários em laboratórios credenciados. Tanto os estabelecimentos que comercializam EPIs, quanto as empresas que os fornecem aos seus funcionários, devem estar atentas ao CA para garantir que os equipamentos foram submetidos a testes de conformidade e estão adequados. C.A.Certificado de Aprovação Ju lia F ar ia s (2 01 1) 2.2.7 ComProvante de entrega e Higienização de ePis É uma ficha de registro da distribuição de EPIs que é utilizada para entregar no- vos equipamentos a colaboradores. Também são registradas as movimentações de quando for necessário higienizar equipamentos antigos dos colaboradores. Cada organização tem a cultura de elaborar o seu próprio modelo. No entanto, observe um exemplo a seguir. coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 138 FIChA DE ENTREGA DOS EPIS (MODELO - FRENTE) TERMO DE RESPONSAbILIDADE PELA GUARDA E USO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI IDENTIFICAÇÃO DO EMPREGADO Nome: Cargo Seção: Recebi da empresa __________________________, CNPJ nº. 00.000.000/0001-00, os EPIs necessários para exercer minhas atividades, sendo de uso exclusivo e obrigatório nas dependências da empresa, conforme determinado na NR-6 da Portaria 3.214/78. Comprometo-me a manter os equipamentos especificados neste termo de responsabilidade em perfeito estado de conservação, ficando ciente de que: 1- recebi treinamento quanto à necessidade na utilização dos referidos EPIs, a maneira correta de usá- los, guardá-los e higienizá-los, bem como, da minha responsabilidade quanto ao seu uso conforme determinado na NR-1 da Portaria 3.214/78; 2- se o equipamento for danificado ou inutilizado por emprego inadequado, mau uso, negligência ou extravio, a empresa me fornecerá novo equipamento e cobrará o valor de um equipamento da mesma marca ou equivalente ao da praça (parágrafo único do artigo 462 da CLT); 3- fico proibido de dar ou emprestar o equipamento que estiver sob minha responsabilidade, só podendo fazê-lo se receber ordem por escrito da pessoa autorizada para tal fim; 4- em caso de dano, inutilização ou extravio do equipamento deverei comunicar imediatamente ao setor competente; 5- terminando os serviços ou no caso de rescisão do contrato de trabalho, devolverei o equipamento completo e em perfeito estado de conservação, considerando-se o tempo do uso do mesmo, ao setor competente; 6- estando os equipamentos em minha posse, estarei sujeito a inspeções sem prévio aviso; 7- fico ciente de que, não utilizando o equipamento de proteção individual em serviço, estarei sujeito às sanções disciplinares cabíveis que irão desde simples advertências até a dispensa por justa causa nos termos do Art. 482 da C.L.T. combinado com a NR- e NR-6 da Portaria 3.214/78. Frederico Westphalen-RS, ________de_________________de 200___. Ciente: _______________________________________ Nome do funcionário: 2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 39 FIChA DE ENTREGA DOS EPIS TERMO DE RESPONSAbILIDADE PELA GUARDA E USO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI (MODELO - VERSO) EPI MOVIMENTO DATA ASSINATURA DO FUNCIONÁRIO ASSINATURA DA EMPRESAMARCA MODELO C.A Entrega Devolução Entrega Devolução Entrega Devolução Entrega Devolução Entrega Devolução Quadro 9 - Modelo Ficha de Entrega dos EPIs Fonte: Adaptado de SAOC (2011) 2.2.8 atestado de saúde oCuPaCional - aso É um documento fornecido pela área médica da organização e tem a finalida- de de indicar as condições de saúde dos colaboradores. A gestão deste documen- to pertence também ao SESMT, pois é necessário ter em arquivo uma cópia deste documento para atestar que os colaboradores realizam os exames periódicos ne- cessários e adequados às suas funções. Cr ea ta s ([2 0- -? ]) coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 140 2.2.9 CertifiCado nr 10 Todos os profissionais que trabalham na instalação e manutenção de instala- ções elétricas prediais e de equipamentos elétricos devem possuir o certificado, atendendo às exigências da NR 10. O documento certifica que o profissional reali- zou um treinamento de quarenta horas, ministrado por instituições de ensino ou profissionais qualificados. D 'im itr e Ca m ar go (2 01 1) 2.2.10 Prontuário das instalações elétriCas - Pie O PIE é um conjunto de documentos que definem procedimentos, ações e programas mantidos pela empresa sobre as condições e manutenção da infraes- trutura em relação às instalações elétricas. É necessário anexar ao laudo uma Ano- tação de Responsabilidade Técnica (ART), que é obtida somente por membros do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura. No PIE, vários documentos são requeridos. Acompanhe a seguir. a) Laudo do sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) É um documento informando sobre as condições do sistema de SPDA, do qual faz parte o para-raios, que pode evitar danos à infraestrutura, incluindo equipa- mentos elétricos e acidentes de trabalho, que podem causar danos à saúde dos trabalhadores É de obrigatoriedade legal. b) Cartão de identificação para operador de empilhadeira É um documento de posse obrigatória aos operadores de empilhadeira que deve ser fornecido pela organização. 2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 41 Lu iz M en eg he l ( 20 11 ) c) Prontuário do vaso de pressão É um laudo de condições de operação dos vasos de pressão, fornecido por empresas especializadas. d) Laudo de insalubridade Tem por finalidade o condicionamento de locais ou profissões exercidas pelos colaboradores nas organizações e indica as condições ambientais a qual os cola- boradores estão expostos. iS to ck ph ot o ([2 0- -? ]) Quando preparamos o acervo de documentos e procedimentos relacionados à saúde e segurança do trabalho é importante ter cautela, assegurando informa- ções corretas e coerentes com as práticas adotadas pela empresa. coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 142 recapiTulando Neste capítulo, você pôde conhecer um pouco do que significa adminis- trar um sistema de segurança do trabalho e também conheceu algumas ferramentas para esta administração e controle do setor de segurança do trabalho. Foi possível avaliar a importância de fazer parte deste setor, bem como, entender um pouco mais sobre o órgão que regulamenta a atividade e que faz a fiscalização. 2 adminiSTração em SaÚde e Segurança do Trabalho 43 Anotações: 3 programas de Saúde e Segurança do Trabalho A partir de agora, você conhecerá os programas que são utilizados em um sistema de ges- tão de segurança do trabalho, saberá como e quem poderá condicionar os programas e como demonstrar à alta administração a importância de se ter estes documentos que são relevantes para a organização. Ao final você terá subsídios para: a) identificar os diversos programas de controle utilizados pela segurança do trabalho; b) analisar as informações contidas nestes programas; c) analisar dados obtidos durante o monitoramento da execução dos planos de trabalho. Prepare-se para novas descobertas. Todas as informações disponibilizadas deverão ser ex- ploradas para que o processo de aprendizagem seja significativo. coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 146 3.1 programa de preVenção de riScoS ambienTaiS (ppra) Conforme a NR 9, o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) é um programa obrigatório ao qual todas as empresas e instituições que admitem trabalhadores contratados devem possuir. E qual objetivo do PPRA? O objetivo do PPRA é preservar a saúde e a integridade física dos trabalhado- res por meio da identificação dos riscos ambientais existentes no ambiente de trabalho, tais como: ruído, calor, frio, radiações, vibrações, fumos, névoas, gases, neblinas, bactérias, fungos, parasitas, vírus e protozoários. O PPRA deve estar articulado, em especial, com o Programa de Controle Mé- dico de Saúde Ocupacional – PCMSO, previsto na Norma Regulamentadora NR-7, do Ministério do Trabalho e Emprego e também com as demais Normas Regula- mentadoras. Segundo a NR9, o programa de prevenção de riscos ambientais deve ser: 9.2Da estrutura do PPRA. 9.2.1 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura: a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; b) estratégia e metodologia de ação; c) forma do registro, manutenção e divulgação dos da- dos; d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvi- mento do PPRA. (REIS, 2011, p. 172). Quando a norma solicita que o mínimo tem que ser utilizado, quer dizer que devem ser incluídos todos os itens informados. FIQUE ALERTA Caso isso não seja feito, a empresa enfrentará problemas para validar o PPRA junto ao Ministério do Trabalho ou será autuada pelo descumprimento da norma, como cita- do na NR 28, quadro II. 3 programaS de SaÚde e Segurança do Trabalho 47 Segundo a NR 09, deve-se fazer a renovação do PPRA sempre que houver alte- ração na planta da empresa ou, pelo menos, uma vez por ano. 9.2.1.1 Deverá ser efetuada, sempre que necessário, e pelo menos uma vez ao ano, uma análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades. (BRASIL, 1994). E você sabe de quem é a responsabilidade da execução deste programa? A responsabilidade da execução deste programa é do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) em conjunto com o setor médico da instituição. Caso a empresa não tenha um SESMT implan- tado, deverá contratar uma empresa terceirizada para prestar este tipo de serviço, para que as informações sejam direcionadas da maneira correta conforme indica a NR 4. Quando se fala de controle de riscos, a norma NR 9 deve ser interpretada e seguida na íntegra, não sendo permitidos ajustes ou desvios nas informações. “O PPRA deverá estar descrito num documento-base, contendo todos os aspectos estruturais constantes do item 9.2.1.” (BRASIL, 2011e). Nesta era digital, provavelmente um sistema de gerenciamento de segurança do trabalho o auxiliará no preenchimento do PPRA, mas, nem por isto, deve-se deixar de manter uma cópia física deste documento para consulta e fiscalização. St oc kb yt e ([2 0- -? ]) coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 148 FIQUE ALERTA Lembre-se que todos os documentos de segurança do trabalho têm que ser impressos e guardados para uma possível fiscalização, pois, para tal fim, não são aceitos em formato eletrônico. 9.2.2.1 O documento-base com suas alterações e complemen- tações deverão ser apresentados e discutidos na CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a NR-5, sendo sua cópia anexada ao livro de atas desta Comissão. 9.2.2.2 O documento-base e suas alterações deverão estar dis- poníveis de modo a proporcionar o imediato acesso às autori- dades competentes. (BRASIL, 2011e). Todo PPRA deve ser discutido pela CIPA e, para isto, deve-se preparar um do- cumento resumido com todas as informações referentes aos riscos mapeados. Este resumo deve ser registrado no livro de atas da CIPA, e cada vez que ele for alterado, a versão mais atual deve, obrigatoriamente, ser anexada ao livro. O PPRA deve possuir um cronograma de atuação com as informações sobre a implantação das imposições ou sugestões apontadas pelo PPRA como informado no item 9.2.3 da NR 9. “O cronograma previsto no item 9.2.1 deverá indicar clara- mente os prazos para o desenvolvimento das etapas e cumprimento das metas do PPRA.” (BRASIL, 2011e). Segundo a NR 9, item 9.3.1, o PPRA deverá ser desenvolvido de acordo com as seguintes etapas: a) antecipação e reconhecimento dos riscos; b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; e) monitoramento da exposição aos riscos; f) registro e divulgação dos dados. (BRASIL, 2011e). O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deve monitorar todas as fon- tes de riscos, até mesmo as que ainda não foram causa de acidentes e incidentes, para que o controle seja mais rigoroso e para que não tenhamos surpresas futuras em nossa organização. 3 programaS de SaÚde e Segurança do Trabalho 49 De acordo com o item 9.3.1.1, da NR 9, a elaboração, implementação, acompa- nhamento e avaliação do PPRA tanto poderá ser realizada pelo setor de seguran- ça do trabalho da organização, como por um profissional e/ou empresa especia- lizada neste tipo de trabalho. O importante é que o PPRA seja desenvolvido por quem melhor conhece a realidade da organização, para que as avaliações reflitam a realidade dos ambientes monitorados. 9.3.2 A antecipação deverá envolver a análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando identificar os riscos po- tenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação. (BRASIL, 2011e). Algumas organizações elaboram o PPRA apenas para cumprir a lei e não to- mam conhecimento do conteúdo do relatório. Essa situação pode gerar proble- mas quando ocorrer uma fiscalização do Ministério do Trabalho e a empresa pode pagar um preço alto por isso. Acompanhe uma situação real para compreender melhor o assunto. caSoS e relaToS Atualizando documentos Isto me lembra um fato ocorrido quando ainda estava atuando como técnico em segurança do trabalho, há poucos meses, em uma grande empresa no ramo da tecelagem. Fui contratado para realizar melhorias, implantar novos programas de riscos, realizar treinamentos e me deparei com a seguinte situação: a empresa tinha acabado de ser visitada pela fiscalização do Ministério do Trabalho, e foi notificada porque existiam irregularidades na elaboração de seu PPRA, o que gerou um grande desconforto para todos e um prazo para regularizar a situação levantada. coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 150 Depois de ir atrás de toda a documentação, analisá-la e estudá-la, pude identificar que o PPRA (o qual havia sido elaborado por uma empresa prestadora de serviço da cidade, com muita tradição) estava com muitas irregularidades. E foi por este motivo que acabou sendo notificado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. A prestadora de serviço em questão realizava este tipo de serviço para a empresa há 10 anos. Durante esse tempo, a empresa cresceu e foi preciso ir para um espaço maior. Desta forma, mudou-se de localização e, por isso, alterou suas características no layout. Entretanto, o PPRA da empresa ainda continha as características do antigo endereço. Algumas das situações que pude perceber do an- tigo endereço, é que a empresa tinha piso de madeira e o pé direito mais baixo. Já no novo endereço, o piso era de cerâmica, o pé direito era mais alto e o prédio da administração possuía 3 andares. Quando identifiquei estes problemas no PPRA, comuniquei imediata- mente à direção da empresa, que ficou surpresa com o meu relatório. A situação foi resolvida com a reelaboração do PPRA da empresa e a reapre- sentação no Ministério do Trabalho, na data determinada, eliminando totalmente o risco de uma autuação por parte do fiscal. Este exemplo demonstra a importância de se acompanhar o trabalho de uma empresa terceirizada, pois o interesse e a responsabilidade pelo serviço são da em- presa. Toda vez que houver uma mudança significativa na empresa, como por exem- plo, a compra de novos equipamentos, novo layout ou construção de uma unida- de fabril nova, faz-se necessário incluir estas modificações no PPRA. 9.3.3 O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando aplicáveis: a) a sua identificação; b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras; c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propa- gação dos agentes no ambiente de trabalho; d) a identificação das funções e determinação do número de tra- balhadores expostos; e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição; 3 programaSde SaÚde e Segurança do Trabalho 51 f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho; g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identifica- dos, disponíveis na literatura técnica; h) a descrição das medidas de controle já existentes. 9.3.4 A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para: a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência riscos identificados na etapa de reconhecimento; b) dimensionar a exposição dos trabalhadores; c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle. (BRASIL, 2011e). Quando da elaboração do PPRA, deve-se analisar todas as informações per- tinentes, desde plantas e projetos, produtos químicos, equipamentos, até pro- cessos e procedimentos de trabalho para mapear os riscos inerentes ao processo de trabalho. A NR 09 determina que as medidas de controle a serem adotadas devem eliminar, minimizar ou controlar os riscos ambientais sempre que forem identificadas as seguintes situações: a) identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saú- de; b) constatação, na fase de reconhecimento de risco evidente à saúde; c) quando os resultados das avaliações quantitativas da exposi- ção dos trabalhadores excederem os valores dos limites pre- vistos na NR-15 ou, na ausência destes, os valores limites de exposição ocupacional adotados pela American Conference of Governmental Industrial Higyenists - ACGIH, ou aqueles que ve- nham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais es- tabelecidos; d) quando, através do controle médico da saúde, ficar caracteri- zado o nexo causal entre danos observados na saúde dos tra- balhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos. (BRASIL, 2011e). coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 152 O PPRA deve garantir a integridade física e mental dos colaboradores da or- ganização e, para isto, deve-se mapear os riscos de forma racional e implementar medidas de controle destes riscos, individualmente e coletivamente, quando a primeira não for eficiente. Desta forma, como cita a NR 9 item 9.3.5.2, o estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverá obede- cer à seguinte hierarquia: a) medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à saúde; b) medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de trabalho; c) medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de trabalho. (BRASIL, 2011e). A mesma NR comenta que, a implantação de medidas de proteção coletiva deve ser acompanhada de treinamento para os trabalhadores, no que se refere aos procedimentos que garantam a sua eficiência e também em relação às limita- ções que estas medidas oferecem. iS to ck ph ot o ([2 0- -? ]) É importante conversar com os operadores das máquinas, para identificar pos- síveis riscos que ainda não tenham sido mapeados e, para buscar sugestões de melhoria nos processos de trabalho. 3 programaS de SaÚde e Segurança do Trabalho 53 Em algumas situações, é inviável fazer o controle dos riscos, porque as medi- das de proteção coletiva estão em fase de estudo, planejamento, implantação ou em caráter complementar ou emergencial e, por isso, deve-se adotar medidas como: a) medidas de caráter administrativo ou de organização do tra- balho; b) utilização de equipamento de proteção individual - EPI. (BRA- SIL, 2011e). Quando for necessária a utilização de equipamentos de proteção individual deve-se observar o conforto do colaborador e se o mesmo está surtindo o efeito desejado. Desta forma, a NR 9 comenta em seu item 9.3.5.5 que a utilização de EPI deverá considerar as normas legais e administrativas em vigor e envolver, no mínimo: a) seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco ao qual o tra- balhador está exposto e à atividade exercida, considerando-se a eficiência necessária para o controle da exposição ao risco e o conforto oferecido, segundo avaliação do trabalhador usuário; b) programa de treinamento dos trabalhadores quanto à sua correta utilização e orientação sobre as limitações de proteção que o EPI oferece; c) estabelecimento de normas ou procedimentos para promover o fornecimento, o uso, a guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a reposição do EPI, visando garantir as condi- ções de proteção originalmente estabelecidas; d) caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva identificação dos EPIs utilizados, para os ris- cos ambientais. (BRASIL, 2011e). FIQUE ALERTA Lembre-se que os equipamentos de proteção individual devem ser de boa qualidade e em quantidade suficiente para todos os trabalhadores que os necessitarem. E, toda vez que o EPI estiver danificado ou for extraviado, deve-se fazer a sua reposição. coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 154 D 'im itr e Ca m ar go (2 01 1) Segundo a NR 9, o PPRA deve definir “os critérios e os mecanismos de avalia- ção da eficácia e das medidas de proteção implantadas, considerando os dados obtidos nas avaliações realizadas e no controle médico da saúde previsto na NR- 7.” (BRASIL, 2011e). A NR 9 também determina que, quando os valores de ruído e agentes quími- cos encontrados no local de trabalho forem superiores ao permitido, deve-se tomar medidas preventivas para minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites permitidos. 9.3.6.2 Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem exposição ocupacional acima dos níveis de ação, conforme indicado nas alíneas que seguem: a) para agentes químicos, a metade dos limites de exposição ocu- pacional, considerados de acordo com a alínea “c” do subitem 9.3.5.1; b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério estabelecido na NR-15, Anexo I, item 6.4. 9.3.7.1. Para o monitoramento da exposição dos trabalhadores e das medidas de controle, deve ser realizada uma avaliação sistemática e repetitiva da exposição a um dado risco, visando à introdução ou modificação das medidas de controle, sempre que necessário. (BRASIL, 2011e). 3 programaS de SaÚde e Segurança do Trabalho 55 D 'im itr e Ca m ar go (2 01 1) Deve-se tomar cuidado com os limites de tolerância de certos agentes, princi- palmente, ruídos e agentes químicos, pois os danos sobre a saúde do colaborador são muito grandes e, muitas vezes, irreversíveis. Segundo a NR 9, o PPRA deve ter seus dados registrados de forma estruturada e que reflita o histórico técnico e administrativo da empresa. VOCÊ SABIA? Estes documentos do PPRA deverão ser mantidos pelo empregador por pelo menos 20 anos e, estar disponí- veis aos trabalhadores interessados ou a seus represen- tantes, e às autoridades competentes. Os dados obtidos no monitoramento dos riscos deverão ser arquivados na em- presa para serem consultados tantas vezes quantas forem necessárias, a fim de dirimir possíveis dúvidas sobre os procedimentos adotados na coleta dos dados. A NR 9 também determina as responsabilidades do empregador e dos traba- lhadores, no que se refere ao PPRA. 9.4.1 Do empregador: I. estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente da empresa ou instituição. coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 156 9.4.2 Dos trabalhadores: I. colaborar e participar na implantação e execução do PPRA; II. seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA; III. informar, ao seu superior hierárquico direto, ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar riscos à saúde dos tra- balhadores. (BRASIL, 2011e). VOCÊ SABIA? Os trabalhadores também têm direito de apresentar sugestões de melhoria e receber todas as informações sobre os riscos a que estão expostos e qual é amaneira mais apropriada de se proteger, prevenir ou limitar a exposição a estes riscos. A segurança do trabalho deve assegurar-se de que a elaboração do PPRA seja feita de forma responsável, correta e ética, para que as medidas de controle que forem implementadas sejam efetivas e protejam a saúde e a segurança dos tra- balhadores. Vamos em frente? Um novo assunto lhe aguarda, o PCMSO, conheça este programa. Lembre-se que sua aprendizagem depende de dedicação, inte- resse e motivação. 3.2 programa de conTrole médico de SaÚde ocupacional (pcmSo) Segundo a NR 7 (2011c), o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacio- nal (PCMSO) apresenta os procedimentos e as condutas que devem ser adotadas pelas empresas em função dos riscos a que os trabalhadores estão expostos no ambiente de trabalho. O PCMSO tem o objetivo de promover e preservar a saúde dos trabalhadores, bem como, prevenir, rastrear e diagnosticar precocemente os problemas de saúde que, por ventura, os trabalhadores possam desenvolver em função de suas atividades profissionais, inclusive os de natureza subclínica1. 1 SUBCLíNICA Situação em que o indivíduo doente não apresenta nenhum sinal ou sintoma aparente e a doença somente pode ser detectada através de testes especiais. 3 programaS de SaÚde e Segurança do Trabalho 57 O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao tra- balho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irre- versíveis à saúde dos trabalhadores. (BRASIL, 2011c). iS to ck ph ot o ([2 0- -? ]) A NR 07 estabelece que todas as empresas que admitam trabalhadores regis- trados pela CLT, são obrigadas a elaborar e implantar o PCMSO. Desta forma, não são obrigadas a indicar médico coordenador do PCMSO as empresas: 7.3.1.1 [...] de grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro 1 da NR 4, com até 25 (vinte e cinco) empregados e aquelas de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro 1 da NR 4, com até 10 (dez) empregados; 7.3.1.1.1 [...] com mais de 25 (vinte e cinco) empregados e até 50 (cinquenta) empregados, enquadradas no grau de risco 1 ou 2, segundo o Quadro 1 da NR 4, poderão estar desobrigadas de indicar médico coordenador em decorrência de negociação coletiva; 7.3.1.1.2 [...] com mais de 10 (dez) empregados e com até 20 (vinte) empregados, enquadradas no grau de ris- co 3 ou 4, segundo o Quadro 1 da NR 4, poderão estar desobrigadas de indicar médico do trabalho coordena- dor em decorrência de negociação coletiva, assistida coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 158 por profissional do órgão regional competente em se- gurança e saúde no trabalho. 7.3.1.1.3 por determinação do Delegado Regional do Trabalho, com base no parecer técnico conclusivo da autoridade regional competente, em matéria de segu- rança e saúde do trabalhador, ou em decorrência de ne- gociação coletiva, as empresas previstas no item 7.3.1.1 e subitens anteriores, poderão ter a obrigatoriedade de indicação de médico coordenador, quando suas condi- ções representarem potencial de risco grave aos traba- lhadores. (BRASIL, 2011c). Além do aspecto legal da NR, este programa pretende evitar processos cíveis, criminais e previdenciários decorrentes do aparecimento de doenças ocupacio- nais. Todos os trabalhadores devem ter o controle de sua saúde de acordo com os riscos a que estão expostos. Além de ser uma exigência legal prevista no art. 168 da CLT, está respaldada na Convenção 161 da Organização Internacional do Trabalho - OIT, respeitando princípios éticos, morais e técnicos. (BRASIL, 1996). O PCMSO deve estar alinhado com as NRs e com o PPRA e sua implementação é de total responsabilidade do empregador, que deve zelar por sua eficácia e cus- tear as despesas. a) garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como, zelar pela sua eficácia; b) custear, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionados ao PCMSO; c) indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT, da empresa, um coordenador responsável pela execução do PCMSO; d) no caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de acordo com a NR 4, deverá o empregador indicar 3 programaS de SaÚde e Segurança do Trabalho 59 médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para co- ordenar o PCMSO; e) inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá contratar médico de outra especialidade para coorde- nar o PCMSO. (BRASIL, 2011c). O programa é um controle médico, e como tal deve ser coordenado e elabora- do por um médico do trabalho, ao qual compete: a) realizar os exames médicos previstos no item 7.4.1 ou encar- regar os mesmos à profissional médico familiarizado com os princípios da patologia ocupacional e suas causas, bem como, com o ambiente, as condições de trabalho e os riscos a que está ou será exposto cada trabalhador da empresa a ser exa- minado; b) encarregar-se dos exames complementares previstos nos itens, quadros e anexos desta NR dos profissionais e/ou enti- dades devidamente capacitados, equipados e qualificados. (BRASIL, 2011c). Desta forma, o PCMSO deve ser feito por um médico que terá como base a análise feita no PPRA dos riscos ocupacionais da empresa em função das ativida- des executadas pelos trabalhadores, para depois verificar se os mesmos apresen- tam algum tipo de disfunção ou alteração no seu quadro clínico. Ju pi te rim ag es ([ 20 -- ?] ) coordenação de açõeS de SaÚde e Segurança no Trabalho - Volume 160 7.4.1 O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos: a) admissional; b) periódico; c) de retorno ao trabalho; d) de mudança de função; e) demissional. 7.4.2 Os exames de que trata o item 7.4.1 compreendem: a) avaliação clínica, abrangendo anamnese2 ocupacional e exame físico e men- tal; b) exames complementares, realizados de acordo com os termos específicos nesta NR e seus anexos. (BRASIL, 2011c). Acompanhe, no quadro a seguir, os tipos de exames que devem ser feitos, qual sua periodicidade e quais são as notas relevantes em cada tipo de exame. AVALIAÇÃO CLÍNICA Tipo de exame Periodicidade Notas Admissional Realizada antes que o trabalhador assuma suas atividades Periódico De acordo com os intervalos mínimos de tempo determinados na NR a) para trabalhadores expostos a riscos ou a situações de trabalho que impliquem o desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para aqueles que sejam portadores de doenças crônicas, os exames deverão ser repetidos: a cada ano ou a intervalos menores, a critério do mé- dico encarregado, ou se notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, como resultado de negociação coletiva de trabalho; de acordo com à periodicidade especificada no Anexo n.º 6 da NR 15, para os trabalhadores expostos a con- dições hiperbáricas. b) para os demais trabalhadores: anual, quando menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 45 (quarenta e cinco) anos de idade; a cada dois anos, para os trabalhadores entre 18 (de- zoito) anos e 45 (quarenta e cinco) anos de idade. 2 ANAMNESE É uma entrevista realizada pelo profissional de saúde ao seu paciente com o objetivo de diagnosticar uma doença. 3 programaS de SaÚde e Segurança do Trabalho 61 Retorno ao trabalho Obrigatoriamente, no primeiro dia da volta ao trabalho de trabalhador ausente por período igual ou superior a 30 (trinta) dias, por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto. Mudança de função Obrigatoriamente realizada antes da data da mudança. Mudança de função é toda qualquer alteração de atividade, posto de trabalho ou de setor que implique a exposição do trabalhador a risco diferente daquele a que estava exposto antes da mudança. Demissional Obrigatoriamente realizada
Compartilhar