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INTRODUÇÃO Prezado estudante, bem-vindo à aula da disciplina de Criminalística, Segurança Pública e Privada. Na aula de hoje, iniciaremos o estudo relacionado às Instituições e ao Sistema de Segurança Pública no Brasil, especificamente ao Estado e Segurança Pública. Inicialmente, conceituaremos segurança pública, com a sua definição, importância e objeto. Após, o nosso estudo se voltará para a prevenção delitiva e para as medidas de prevenção de infrações penais e da relação do Estado com a criminalidade. O nosso estudo abordará, ainda, as noções básicas de criminologia e das contribuições da Escola de Chicago e da Teoria das Janelas Quebradas. Por fim, veremos a aplicação dos institutos estudados no ordenamento jurídico brasileiro, com a explanação do entendimento doutrinário e jurisprudencial dos tribunais superiores sobre o tema, de modo a compreender as repercussões práticas da aplicação do instituto. Vamos lá?! NOÇÕES PRELIMINARES SOBRE A SEGURANÇA PÚBLICA E A PREVENÇÃO DE INFRAÇÕES PENAIS PELO ESTADO Caro estudante, inicialmente, trataremos da segurança pública e a prevenção de infrações penais pelo estado. O tema segurança pública está disciplinado na Constituição de 1988, no Capítulo III do Título V, que trata da defesa do Estado e das Instituições Democráticas. A segurança pública pode ser definida como a preservação do respeito às leis e a manutenção da incolumidade dos indivíduos e de seu patrimônio, mantendo-os livres de qualquer lesão ou ameaça de lesão (MOTTA, 2021). Aula 1 ESTADO E SEGURANÇA PÚBLICA Na aula de hoje, iniciaremos o estudo relacionado às Instituições e ao Sistema de Segurança Pública no Brasil, especificamente ao Estado e Segurança Pública. 28 minutos INSTITUIÇÕES E SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL Aula 1 - Estado e Segurança Pública Aula 2 - Órgãos de Segurança Pública Aula 3 - Atividade Policial Aula 4 - Crime Organizado Referências 126 minutos A segurança pública é de grande relevância para a sociedade, sendo, conforme determinação do texto constitucional, um dever do Estado e direito e responsabilidade de todos. O seu objetivo é a preservação da ordem púbica e da incolumidade das pessoas e de seus patrimônios. Para tanto, o texto constitucional estabelece os órgãos públicos competentes e suas atividades. Além disso, a Constituição prevê que a lei complementar irá disciplinar a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de modo a garantir a eficiência de suas atividades (BRASIL, 1988). A partir da noção de segurança pública, é importante estudarmos a prevenção delitiva, que consiste no conjunto de ações no sentido de evitar que infrações penais venham a ocorrer. As medidas de prevenção da ocorrência de infrações penais e a manutenção da harmonia e da paz social ocorre por meio de duas espécies: a prevenção direta e a prevenção indireta. A prevenção indireta se relaciona com a causa do crime, sem que ele seja imediatamente atingido, enquanto as medidas de prevenção direta se relacionam com a própria infração penal (FILHO; PENTEADO, 2021). O crime sempre esteve presente na sociedade e, por essa razão, tornou-se necessário o seu estudo de forma aprofundada e sistematizada, o que veio a ocorrer por meio da criminologia, que consiste na ciência do que tem por objeto o estudo do crime, do criminoso, da vítima, dos controles da sociedade e das formas de prevenção do crime (GOMES, 2021). Com isso, a partir da contribuição da criminologia, desenvolveram-se inúmeros marcos teóricos, também chamados de escolas, na tentativa de compreender o crime e tudo aquilo que o permeia. Dentre as principais escolas, destaca-se a contribuição da Escola de Chicago. A Escola de Chicago, direciona os seus estudos a partir da ecologia e analisa a arquitetura da cidade como formadora do comportamento criminoso (GOMES, 2021). A principal obra da Escola de Chicago é a Delinquency Areas, de Clifford Shaw (1929), que a partir da coleta de dados sobre a delinquência juvenil em Chicago, no sentido de mapear a criminalidade da cidade, verificou-se que o surgimento das infrações penais estava relacionado com o crescimento desordenado da cidade e que os mais diversos problemas sociais, econômicos e culturais e a ausência de mecanismos de controle social criavam um ambiente favorável para o desenvolvimento e para a prática de infrações penais. A partir dos estudos da Escola de Chicago, James Wilson e George Kelling formularam a Teoria das Janelas Quebradas, pensada em uma situação de ausência do Estado e difusão do crime em razão da referida ausência, levando-se em consideração que a periferia seria marcada pelo grande número de infrações penais (GOMES, 2021). Concluída esta etapa podemos passar para o próximo tópico de nossa aula. Vamos lá? APROFUNDANDO OS ESTUDOS SOBRE A SEGURANÇA PÚBLICA E A PREVENÇÃO DE INFRAÇÕES PENAIS PELO ESTADO Caro estudante, é importante aprofundarmos os estudos sobre os temas estudados. A segurança pública é um dever do Estado e um direito e responsabilidade de todos. Ela será preservada por meio do Estado, no sentido de garantir a paz e a tranquilidade social, mantendo incólumes as pessoas e o seu patrimônio. A sua preservação é de extrema importância, tendo em vista que a Constituição admite a decretação de Estado de Defesa para sua preservação e seu restabelecimento em locais em que a paz social e a tranquilidade estiverem ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional. A Constituição permite, ainda, que seja decretado Estado de Sítio, caso o Estado de Defesa não seja suficiente para sua preservação e restabelecimento (MORAES, 2021). Relacionada à preservação e à manutenção da segurança pública, está a prevenção da prática de infrações penais, que pode ocorrer por medidas indiretas e diretas. As medidas indiretas se relacionam com as causas do crime, sem que este fosse atingido de maneira diretas. Indiretamente existe a prevenção, uma vez que cessada a causa do crime, cessam-se os seus efeitos. Essas medidas se relacionam com o indivíduo e com o meio que ele vive. As medidas diretas, por sua vez, se relacionam com a própria infração penal, com as medidas de punição e repressão à prática de crimes graves, atuação policial repressiva e ostensiva, repressão jurídico-processual e medidas administrativas e elevação de princípios morais e cívicos (FILHO; PENTEADO, 2021). A prevenção na criminologia pode se revelar por três ordens: primária, secundária e terciária. • Prevenção primária - busca prevenir o crime em suas origens, com o estabelecimento de políticas públicas no sentido de evitar o surgimento do crime. • Prevenção secundária - ocorre após a falha da primária, manifestando-se após o surgimento do crime, com o seu combate no local em que surgiu, o que ocorre com maior frequência nas periferias e comunidades carentes. • Prevenção terciária - pressupõe a falha das duas anteriores, é a prevenção voltada para o criminoso, no sentido de evitar que ele volte a praticar novas infrações por meio de sua neutralização e ressocialização (GOMES, 2021). Visando compreender as raízes da criminalidade, a Escola de Chicago direcionou seus estudos a partir da Teoria dos Três Círculos ou Teoria das Bases Concêntricas. O primeiro círculo seria o centro cívico, em que estaria toda a proteção do Estado, com a ausência da prática de infrações penais. O segundo círculo seria o do subúrbio, que consiste no local em que as pessoas que trabalham no centro cívico residem. No subúrbio, há a prática de infrações penais, entretanto, o número de infrações praticadas não é tão grande quanto no terceiro círculo, que consiste nos guetos, ou periferias, onde não há a presença do Estado, o que permite a prática de infrações penais mais graves de forma livre (GOMES, 2021). Tudo isso leva à conclusão da Teoria das Janelas Quebradas, que foi desenvolvida a partir de um experimento em duas regiões distintas da cidade, um com maior presença doEstado e outra com menor, ou quase inexistente. O experimento consistiu no seguinte: foi deixado um veículo nas duas regiões. Após alguns dias, o veículo que estava na região com menor presença do Estado teve suas janelas quebradas. Justamente por conta da inexistência do Estado, nada foi feito com o autor do dano. Nos dias seguintes, o veículo foi cada vez mais danificado, até que restasse apenas a sua carcaça. O outro veículo, deixado na região com a presença maior do Estado, não sofreu nenhum tipo de dano, tendo em vista a presença estatal. A conclusão da teoria é no sentido de que a desordem tem relação direta com a criminalidade, sendo que haverá um estímulo ao crime com a ausência do Estado e dos órgãos de segurança pública (GOMES, 2021). Concluída esta etapa podemos passar para o próximo tópico de nossa aula e verificar a aplicação do tema no campo prático instituto estudado. Vamos lá? REPERCUSSÕES PRÁTICAS SOBRE NOÇÕES PRELIMINARES SOBRE A SEGURANÇA PÚBLICA E A PREVENÇÃO DE INFRAÇÕES PENAIS PELO ESTADO Caro estudante, aprofundando os nossos estudos, é hora de verificar a aplicação do instituto estudado na aula de hoje no campo prático, com a apresentação do entendimento doutrinário e jurisprudencial dos tribunais superiores sobre o tema, de modo a compreender as repercussões práticas da aplicação do instituto. A Escola de Chicago deu origem a Teoria dos Testículos Despedaçados, na qual os excluídos da sociedade quanto estavam em situação de mendicância ou na prática de pequenas infrações penais no centro cívico, eram expulsos por meio de chutes nos testículos, o que, em razão da grande humilhação e dor, eram obrigados a retornar para a periferia. Embora não tenha sido pensada para a atualidade, é possível verificar resquícios de sua aplicação, vez que não é raro que pessoas ou famílias em situações de rua são expulsas pela polícia ou por seguranças particulares das regiões mais nobres dos grandes centros (GOMES, 2021). A Teoria das Janelas Quebradas já foi mencionada pelo Superior Tribunal de Justiça em diversos julgados. No julgamento do habeas corpus 714520/SP, foi proferida decisão monocrática, em que foi negado o reconhecimento do crime continuado, utilizando como fundamento que, pelas conclusões da referida teoria, o perfil geográfico possui grande importância no incentivo e no sucesso das atividades criminosas (BRASIL, 2022). No julgamento do Agravo em Recurso Especial 1.697.296/SE, o Superior Tribunal de Justiça utilizou-se da Teoria das Janelas Quebradas para afastar a possibilidade de reconhecimento do princípio da insignificância, de modo que tanto a microcriminalidade quanto a macrocriminalidade devem ser reprimidas para demonstrar a presença do Estado, uma vez que pequenos crimes, se não forem devidamente punidos, levam à prática de crimes maiores e mais graves (BRASIL, 2020). No julgamento do habeas corpus 394.343/SP, o Superior Tribunal de Justiça também entendeu pelo não reconhecimento do princípio da insignificância com base na teoria estudada, uma vez que o seu reconhecimento seria um estímulo à criminalidade, em razão da sensação de impunidade e da sua crença (BRASIL, 2018). Em decorrência da Escola de Chicago, surgiu de modo a se contrapor à Teoria das Janelas Quebradas, instituiu-se em Nova York a política da tolerância zero que consagra o Direito Penal máximo, na qual não deve ser afastada de punição das infrações penais menores, de modo a evitar o crescimento da criminalidade, a prática de crimes mais graves e, por consequência, a colocação em risco da segurança pública, tendo em vista que a desordem gera mais desordem (NUCCI, 2021). Embora seja comum relacionar a Teoria das Janelas Quebradas às classes sociais menos favorecidas, este não é o fator que fomenta a criminalidade. Assim, não é a posição social ocupada pelo infrator e sim a ausência do Estado e da repressão de infrações penais. O que se verifica é que, nas regiões menos favorecidas, a presença é menor do que nas outras regiões. A partir de tais considerações, Christiano Gonzaga Gomes cita como exemplo a prática de crimes em massa durante a greve dos policiais militares no Estado do Espírito Santo, em Imprimir que foi instaurado um estado de caos em virtude da ausência de repressão às infrações penais. Pessoas que nunca estiveram relacionadas com a prática de infrações penais o fizeram, estimuladas pelo fato de não serem presas, em razão da ausência estatal (GOMES, 2021). Concluída esta etapa, podemos passar para a nossa próxima aula. Vamos lá? VIDEOAULA Caro estudante, assistiremos a um vídeo-resumo com a síntese do que foi desenvolvido na aula de hoje. De início, retomaremos o estudo da relação entre Estado, Segurança Pública e Criminalidade. Além disso, vamos resgatar o que foi abordado sobre a relação do Estado com a Criminalidade e a contribuição da criminologia, com a Teoria das Janelas Quebradas e os estudos da Escola de Chicago de modo a não deixar dúvidas sobre o que foi abordado na nossa aula. Saiba mais Para permitir um aprofundamento do que foi exposto na aula de hoje, é importante a leitura do Capítulo I do Livro Antimanual de Criminologia, do autor Salo de Carvalho, que faz reflexões sobre o aprendizado das ciências criminológicas no século XXI. CARVALHO, S. de. Antimanual de Criminologia. São Paulo: Editora Saraiva, 2022. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555596687/. Acesso em: 22 abr. 2022. Videoaula Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. INTRODUÇÃO Prezado estudante, bem-vindo à aula da disciplina de Criminalística, Segurança Pública e Privada. Na aula de hoje, continuaremos o estudo relacionado às Instituições e ao sistema de segurança pública no Brasil, especificamente aos órgãos de segurança pública. Inicialmente, eles serão conceituados a de acordo com as suas respectivas características e funções. Em seguida, o nosso estudo será voltado para o detalhamento das atribuições de cada órgão de segurança pública. Por fim, veremos a aplicação dos institutos estudados no ordenamento jurídico brasileiro, com a explanação do entendimento doutrinário e jurisprudencial dos tribunais superiores sobre o tema, de modo a compreender as repercussões práticas da aplicação do instituto. Vamos lá?! Aula 2 ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA Veremos a aplicação dos institutos estudados no ordenamento jurídico brasileiro, com a explanação do entendimento doutrinário e jurisprudencial dos tribunais superiores sobre o tema. 31 minutos https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555596687/ NOÇÕES PRELIMINARES SOBRE OS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA Caro estudante, inicialmente, trataremos dos órgãos de segurança pública. Como vimos na aula anterior, a segurança pública pode ser definida como a preservação do respeito às leis e a manutenção da incolumidade dos indivíduos e de seu patrimônio, mantendo-os livre de qualquer lesão ou ameaça de lesão (MOTTA, 2021). O seu objetivo é a preservação da ordem púbica e da incolumidade das pessoas e de seus patrimônios. Para tanto, o texto constitucional estabelece os órgãos públicos competentes e suas atividades: O Art. 144 da Constituição prevê que a segurança pública será exercida por meio dos seguintes órgãos policiais: • Polícia federal. • Polícia rodoviária federal. • Polícia ferroviária federal. • Polícias civis. • Polícias militares e corpo de bombeiros militares. • Polícias penais federal, estaduais e distrital. O Art. 144, §8º, da Constituição prevê, ainda, que os municípios poderão constituir as suas respectivas guardas municipais, no sentido de proteger seus bens, serviços e instalações (BRASIL, 1988). O rol de órgãos previstos é taxativo, não podendo a lei infraconstitucional criar órgãos policiais, sendo possível apenas por meio de emenda constitucional. Entretanto, nada impede que a Constituição dos estados ou leis estaduais criem órgãos de polícia-técnico científica, desde que não possuamfunção de atuar na segurança pública (LENZA, 2020). A atividade policial pode ser dividida em duas espécies: polícia administrativa em sentido amplo e polícia de segurança. A polícia de segurança é dividida entre polícia administrativa em sentido estrito e polícia de judiciária (MOTTA, 2021). A polícia administrativa em sentido amplo é aquela exercida pela administração pública, no cuidado de bens, serviços e atividades. A polícia de segurança é exercida pela polícia administrativa em sentido estrito, que atua de maneira preventiva ou ostensiva, evitando que a infração penal ocorra, e pela polícia judiciária, também chamada de polícia de investigação, que atua de maneira repressiva na investigação, na repressão e na apuração de infrações penais já cometidas (MOTTA, 2021). A polícia administrativa em sentido estrito possui como característica principal a identificação visual, uma vez que possui carros caracterizados e que seus agentes utilizam uniforme. A sua atividade é desempenhada, em regra, pela polícia militar (MORAES, 2021). A polícia judiciária, por sua vez, em razão de sua atividade ser repressiva e investigativa, a sua atuação é descaracterizada e seus agentes raramente utilizam uniformes e veículos caracterizados. A polícia judiciária, em regra, é exercida pela polícia civil estadual e pela polícia federal (MOTTA, 2021). A Constituição ainda determina que haverá a regulamentação por lei dos órgãos responsáveis pela segurança pública de modo a garantir a eficiência de suas atividades (BRASIL, 1988). Neste sentido, a Lei nº 13.675/2018 criou a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, o Sistema Único de Segurança Pública, o Conselhos de Segurança Pública e Defesa Social (BRASIL, 2018). Há, ainda, o Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Social 2021-2030 criado pelo Decreto 10.822/2021 (BRASIL, 2021). Além disso, em nível federal há a Secretaria Nacional de Segurança Pública. Já em âmbito estadual, existem as Secretarias de Segurança Pública. Concluída esta etapa podemos passar para o próximo tópico de nossa aula. Vamos lá? APROFUNDANDO OS ESTUDOS SOBRE OS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA Caro estudante, é importante aprofundarmos os estudos sobre os temas estudados. Como visto, a segurança pública é um dever do Estado e será exercida por meio da polícia federal; da polícia rodoviária federal; da polícia ferroviária federal; das polícias civis, militares e do corpo de bombeiros militares; além das polícias penais federal, estaduais e distrital. Cada um dos órgãos possui as suas respectivas atribuições. Em relação à polícia federal, o Art. 144, §1º da CR/88 prevê que ela será instituída por lei como órgão permanente e organizada e mantida pela União. Além disso, ela deve ser estruturada em carreira e terá a finalidade de investigar as infrações penais contra a ordem política e social. Ações em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas autarquias e empresas públicas; além de outras infrações penais que tenham repercussão interestadual ou internacional que exijam repressão uniforme também serão investigadas pela polícia federal. Além disso, cabe a essa polícia prevenir e reprimir o tráfico de drogas, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da atuação dos demais órgãos públicos. Por fim, ela exerce, ainda, as funções de polícia marítima, aeroportuária, de fronteiras, e, com exclusividade, a função de polícia judiciária da União (BRASIL, 1988). A polícia rodoviária federal e a polícia ferroviária federal, nos termos do Art. 144, §2º e §3º da CR/88, são órgãos permanentes, organizados e mantidos pela União, estruturados em carreira, que se destinam, respectivamente, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais e das ferrovias federais (BRASIL, 1988). As polícias civis estaduais, conforme prevê o Art. 144, §4º da CR/88, possuem a função de polícia judiciária e são responsáveis pela apuração de infrações penais, menos aquelas de competência da União e das polícias militares (BRASIL, 1988). As polícias militares, por sua vez, são responsáveis pela polícia ostensiva e pela preservação da ordem pública, enquanto o corpo de bombeiros militares, além das atribuições previstas em lei, executam as atividades de defesa civil (BRASIL, 1988). As polícias penais possuem a função de preservar a segurança dos estabelecimentos penais e serão vinculadas ao órgão que administra o sistema penal da unidade da federação a que fazem parte, conforme determina o Art. 144, §5º-A da CR/88 (BRASIL, 1988). A guarda municipal, por sua vez, poderá ser instituída pelos municípios, com o objetivo de proteger seus bens, serviços e atividades. As polícias militares, o corpo de bombeiros militares, as polícias civis e penais estaduais e distritais estão subordinadas aos Governadores de Estados, do Distrito Federal e de territórios da federação (BRASIL, 1988). A apuração das infrações penais caberá, em regra, à polícia judiciária, polícia federal ou civil estadual, composta por agentes de segurança que realizam a investigação e atuam de maneira repressiva, ou seja, após a prática do crime. Excepcionalmente, a atribuição para a investigação será da polícia administrativa ou ostensiva, é o que ocorre nos crimes militares, situação em que, praticado um crime militar, caberá a polícia militar exercer a função investigativa (LOPES JR., 2021). Concluída esta etapa podemos passar para o próximo tópico de nossa aula e verificar a aplicação do tema no campo prático do instituto estudado. Vamos lá? REPERCUSSÕES PRÁTICAS SOBRE OS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA Caro estudante, aprofundando os nossos estudos, é hora de verificar a aplicação do instituto estudado na aula de hoje no campo prático, com a apresentação do entendimento doutrinário e jurisprudencial dos tribunais superiores sobre o tema, de modo a compreender as repercussões práticas da aplicação do instituto. O Supremo Tribunal Federal, por meio do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 2861/SP, firmou entendimento no sentido de que as Constituições estaduais podem criar órgãos ou entidades para o desempenho de funções auxiliares às atividades policiais, sem atribuições de segurança pública. O Supremo Tribunal Federal, por meio do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 2861/SP, firmou entendimento no sentido de que as Constituições estaduais podem criar órgãos ou entidades para o desempenho de funções auxiliares às atividades policiais, sem atribuições de segurança pública. A carreira da polícia federal está regulamentada pelo Decreto-Lei nº 2.251/1985 e foi reorganizada por meio da Lei 9.266/1996. A carreira da polícia rodoviária federal está regulamentada pela Lei nº 9.654/1998. A polícia penal foi criada pela Emenda Constitucional 104/2019 e pode ser federal ou estadual. A polícia penal federal está vinculada ao Departamento Penitenciário Nacional, enquanto a estadual está vinculada ao órgão que administra o sistema prisional em cada estado. Em relação à polícia militar, corpo de bombeiros militares e polícia penal do Distrito Federal, há a subordinação ao Governador do Distrito Federal, entretanto sua organização e manutenção são feitas pela União, criando-se, portanto, um regime jurídico híbrido (LENZA, 2020). A súmula vinculante 39 do Supremo Tribunal Federal determina que compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal (BRASIL, 2015). A Lei nº 12.830/2013 disciplina a investigação conduzida pelo delegado de polícia (BRASIL, 2013). A Lei nº 10.446/2002 dispõe sobre infrações penais de repercussão interestadual ou internacional que exigem repressão uniforme e que terão a investigação presidida pela polícia federal (BRASIL, 2002). O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Agravo em Recurso Extraordinário de número 654432, firmou tese de repercussão geral no sentido de que a atividade policial é imprescindível para a manutençãoda segurança pública, sendo impossível a sua substituição por segurança privada. Assim, analisando o interesse público – manutenção da segurança pública – e o interesse particular – direito de greve dos servidores públicos, conclui-se que o interesse público se sobressai sobre o particular, de modo que há a impossibilidade do direito à greve por parte de carreiras policiais e de todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública. Além disso, é obrigatória a participação do poder público em mediações classistas das carreiras de segurança pública (BRASIL, 2017). A Lei nº 13.022/2014 dispõe sobre o Estatuto Geral das Guardas Municipais. A competência geral da guarda municipal é a proteção de bens, serviços, logradouros públicos municipais e instalações do município (BRASIL, 2014). O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o Recurso Extraordinário 658.570, firmou entendimento no sentido de ser possível a atribuir à guarda municipal a atividade de lavrar auto de infração de trânsito. O entendimento do tribunal foi no sentido de que a fiscalização de trânsito decorre do poder de polícia administrativa em sentido amplo, a qual pode ser exercida por órgãos não policiais, não sendo atribuição exclusiva da polícia ostensiva (BRASIL, 2015). Em decisão monocrática proferida no julgamento da Medida Cautelar em habeas corpus de número HC 203.070 MC/SP, o Supremo Tribunal Federal entendeu que a guarda municipal não é dotada de atribuição de polícia ostensiva, entretanto, é possível que, em situação de flagrante delito, possa efetuar prisão em flagrante e apreensão de objetos do crime que se encontrem com o autor da infração (BRASIL, 2021). Concluída esta etapa, podemos passar para a nossa próxima aula. Vamos lá? VIDEOAULA Assistiremos a um vídeo-resumo com a síntese do que foi desenvolvido na aula de hoje. De início, vamos retomar o estudo dos órgãos de segurança pública e suas atribuições. Além disso, vamos resgatar o que foi abordado sobre a polícia judiciária e suas funções, de modo a não deixar dúvidas sobre o que foi abordado nesta aula. Saiba mais Para permitir um aprofundamento do que foi exposto na aula de hoje, é importante a leitura do Capítulo 13, item 3.1 do Livro Direito Constitucional do autor Alexandre de Moraes, que faz reflexões sobre vedação ao direito de greve aos servidores públicos integrantes das carreiras de segurança pública. MORAES, A. de. Direito Constitucional. São Paulo: Grupo GEN, 2021. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597027648/. Acesso em: 21 abr. 2022. Videoaula Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Aula 3 ATIVIDADE POLICIAL Na aula de hoje, continuaremos o estudo relacionado às Instituições e ao Sistema de Segurança Pública no Brasil, especificamente em relação à atividade policial. Inicialmente, conceituaremos a investigação policial e o seu objeto. 33 minutos https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597027648/ INTRODUÇÃO Prezado estudante, bem-vindo à aula da disciplina de Criminalística, Segurança Pública e Privada. Na aula de hoje, continuaremos o estudo relacionado às Instituições e ao Sistema de Segurança Pública no Brasil, especificamente em relação à atividade policial. Inicialmente, conceituaremos a investigação policial e o seu objeto. Em seguida, o nosso estudo se voltará para a inteligência policial e para os métodos extraordinários de obtenção de provas admitidos no ordenamento jurídico. Por fim, veremos a aplicação dos institutos estudados no ordenamento jurídico brasileiro, com a explanação do entendimento doutrinário e jurisprudencial dos tribunais superiores sobre o tema, de modo a compreender as repercussões práticas da aplicação do instituto. Vamos lá?! NOÇÕES PRELIMINARES SOBRE INVESTIGAÇÃO E INTELIGÊNCIA POLICIAL Caro estudante, inicialmente, trataremos da investigação e da inteligência policial. A atuação policial é de extrema importância para a apuração de uma infração penal. A polícia possui a função de ter um contato imediato com a infração penal após a sua prática, com os atos de repressão e investigação. Ao tomar conhecimento da prática de uma infração penal, a autoridade policial deve adotar as providências necessárias para a identificação do autor da infração e a preservação de todos os elementos de materialidade da infração penal. O Art. 6º do Código de Processo Penal prevê um rol de diligências a serem desenvolvidas pela autoridade policial, com a referida finalidade. Esse rol é exemplificativo, podendo a autoridade policial escolher outras diligências que entender necessárias, tendo em vista a discricionaridade para a condução das investigações (BRASIL, 1941). Ocorre que nem sempre as diligências previstas no referido rol são suficientes para a investigação de determinada infração penal. A investigação policial é um conjunto de procedimentos que devem ser adotados para a apuração dos fatos e levamentos dos elementos informativos que irão subsidiar a ação penal, portanto, a atuação da polícia na investigação é reativa, no sentido de atuar apenas após a prática do fato. A inteligência policial, por sua vez, é uma atividade proativa, no sentido de uma busca constante de informações sobre a prática de infrações penais (PEREIRA et al, 2017). Enquanto a investigação policial busca elementos para a repressão de uma infração penal consumada, a inteligência policial, serve tanto para ações preventivas quanto para repressivas. É necessário que haja o compartilhamento dos dados obtidos de modo a criar um sistema de informação sobre as diversas modalidades da atividade criminosa e sua expansão, tanto em nível nacional quanto em nível internacional (PEREIRA et al, 2017). Inúmeros órgãos podem auxiliar as forças de segurança pública na obtenção dos dados de inteligência, como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, a Receita Federal, os Tribunais de Contas, o Ministério do Trabalho, a Agência Brasileira de Inteligência, entre outros. A Lei nº 9.883/1999 instituiu o Sistema Brasileiro de Inteligência, responsável pelo processo de obtenção, análise e disseminação da informação necessária ao processo decisório do Poder Executivo, bem como pela salvaguarda da informação contra o acesso de pessoas ou órgãos não autorizados. Além disso, criou a Agência Brasileira de Inteligência, que é responsável por: • Planejar e executar ações de obtenção e análise de dados para a produção de conhecimentos destinados a assessorar o Presidente da República. • Proteger conhecimentos sensíveis, relativos aos interesses e à segurança do Estado e da sociedade. • Avaliar as ameaças, internas e externas, à ordem constitucional e promover o desenvolvimento da inteligência e seu aprimoramento (BRASIL, 1999). O COAF foi criado por meio da Lei nº 9.296/1996, para auxiliar no fornecimento de dados de operações financeiras suspeitas que sirvam como indícios para crimes financeiros. Além de tais órgãos, há alguns meios para a obtenção dos dados e elementos informativos da prática de infrações penais que são colocados à disposição das polícias judiciárias, como a interceptação telefônica, a infiltração de agentes, a ação controlada, a quebra do sigilo bancário e fiscal e o compartilhamento de dados entre órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca de provas e informações de interesse da investigação ou da instrução criminal. Inicialmente, a previsão de obtenção de tais dados e elementos informativos estava disciplinada pela Lei nº 9.034/1995, que dispunha sobre a utilização de meios operacionais para a prevenção e repressão de ações praticadas por organizações criminosas. Posteriormente, a referida lei foi revogada pela Lei nº 12.850/2013 (modificada pela Lei nº 13.964/2019), que define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, sobre os meios de obtenção da prova, sobre as infrações penais correlatas e sobre o procedimento criminal. Concluída esta etapa podemospassar para o próximo tópico de nossa aula. Vamos lá? APROFUNDANDO OS ESTUDOS SOBRE A INTELIGÊNCIA POLICIAL E OS MÉTODOS EXTRAORDINÁRIOS DE OBTENÇÃO DE PROVAS Meu caro estudante, é importante aprofundarmos os estudos sobre os temas estudados. A polícia judiciária, como vimos, é a responsável pela persecução de infrações penais. Tendo em vista a crescente estruturação do crime organizado e a modernização das práticas criminosas, tornou-se necessário atualizar também os métodos investigativos, no sentido de reprimir e prevenir a prática de infrações penais. Com isso, surge o papel da inteligência policial, que além de fornecer dados da criminalidade, mapeamento das infrações e modos de execução, fornece subsídio para investigação e persecução de infrações penais (PEREIRA et al., 2017). Assim, além das diligências e dos meios de obtenção de elementos informativos ordinários previstos no Código de Processo Penal, a legislação especial aperfeiçoa a produção de tais elementos, fornecendo meios extraordinários de produção de elementos informativos para a subsidiar o início de uma ação penal, diligências que serão realizadas pelos serviços de inteligência dos órgãos de segurança pública, de modo a auxiliar o trabalho da polícia judiciária na atividade investigativa (PEREIRA et al., 2017). A Lei nº 12.850/2013, ao atualizar as disposições sobre as organizações criminosas, apresenta e disciplina os meios de obtenção de provas para a investigação de organizações criminosas e crimes relacionados. O Art. 3º da referida lei dispõe que, em qualquer fase da persecução penal, além dos meios de obtenção de provas ordinários, é possível eu haja: • Colaboração premiada. • Captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos. • Ação controlada. • Acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, de dados cadastrais em bancos de dados públicos ou privados e informações eleitorais ou comerciais. • Interceptação telefônica e telemática. • Quebra de sigilo bancário e fiscal. • Infiltração de agentes de polícia. • Cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais e municipais na busca de informações que interessem às investigações (BRASIL, 2013). A Lei nº 11.343/2006 prevê, ainda, em seu Art. 53, a infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, constituída por órgãos especializados, e a inação policial sobre os portadores de drogas, seus precursores químicos ou outros produtos utilizados em sua fabricação que se encontrem no território nacional com a finalidade de identificar e responsabilizar o maior número de integrantes de operações de tráfico e distribuição (BRASIL, 2006). A Lei nº 13.441/2017 alterou a Lei nº 8.069/1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente – para prever a infiltração de agentes de polícia na internet com a finalidade de investigar crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes (BRASIL, 2017). A Lei nº 9.613/1998, que dispõe sobre os crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, com as modificações promovidas pela Lei nº 13.964/2019, prevê em seu Art. 1º, §6º, a possibilidade de infiltração de agentes e ação controlada para apurar as referidas infrações (BRASIL, 1998). É possível, ainda, verificar que, no sentido de obter dados sobre criminosos, a Lei nº 12.037/2009, que dispõe sobre a identificação criminal, com as modificações promovidas pela Lei nº 12.654/2012, passou a prever a coleta de perfil genético como forma de identificação criminal, disposições que posteriormente foram modificadas pela Lei nº 13.964/2019 (BRASIL, 2009). Além de prever inúmeros instrumentos legislativos internos, o Brasil se tornou obrigado internacionalmente a adotar técnicas especiais de investigação a partir da adoção da Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, promulgada na ordem interna brasileira por meio do Decreto nº 5.015/2004. Concluída esta etapa podemos passar para o próximo tópico de nossa aula e verificar a aplicação do tema no campo prático instituto estudado. Vamos lá? REPERCUSSÕES PRÁTICAS SOBRE A INTELIGÊNCIA POLICIAL E SEUS MÉTODOS Aprofundando os nossos estudos, é hora de verificar a aplicação do instituto estudado na aula de hoje no campo prático, com a apresentação do entendimento doutrinário e jurisprudencial dos tribunais superiores sobre o tema, de modo a compreender as repercussões práticas da aplicação do instituto. A Lei nº 9.296/1996 permite a interceptação telefônica quando presentes os requisitos previstos em seu Art. 2º, quais sejam, indícios razoáveis de autoria e provas da suposta infração penal; que a prova não pode ser feita por outros meios disponíveis e que o fato investigado constitui infração penal punida com pena de reclusão (BRASIL, 1996). O Superior Tribunal de Justiça já se posicionou no sentido de que a culpabilidade do agente, circunstância judicial utilizada para a fixação da pena base, pode ser analisada de forma negativa em razão da necessidade de infiltração policial para a investigação das infrações penais previstas no Art. 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 2019). A ação controlada prevista no Art. 8º, §1º, da Lei nº 12.850/2013 não exige de autorização judicial. Entretanto, é necessária a comunicação prévia ao Poder Judiciário, com a finalidade de proteger a investigação e afastar possível crime de prevaricação ou infração administrativa do agente infiltrado, que responderá por abusos cometidos durante a ação (BRASIL, 2020). O Superior Tribunal de Justiça já se posicionou no sentido de que a gravação ambiental realizada por um dos interlocutores do diálogo prescinde de autorização judicial prévia (BRASIL, 2019a). A ação controlada prevista no Art. 53, I da Lei nº 11.343/2006, exige prévia oitiva do Ministério Público e autorização judicial, diferentemente da mesma medida prevista na Lei nº 12.850/2013, que exige apenas a comunicação prévia ao juízo (BRASIL, 2017a). O Art. 9º-A, da Lei de Execução Penal – Lei nº 7.210/1984, prevê que os condenados por crimes dolosos, com violência de natureza grave contra pessoa, serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração do DNA (BRASIL, 1984). No âmbito do Supremo Tribunal Federal houve o reconhecimento de Repercussão Geral no Recurso Extraordinário 973.837/MG, que se encontra pendente de julgamento no Supremo Tribunal Federal, que diz respeito à produção de provas invasivas com a criação do banco de dados com perfil genético de DNA de agentes condenados por crimes dolosos, com violência contra a pessoa ou crimes hediondos, prevista no Art. 9º-A da Lei nº 7.210/84. O Superior Tribunal de Justiça absolveu um acusado do crime de estupro em razão da realização de exame de DNA no qual não se verificou a coincidência de material genético encontrado na vítima e no suposto autor dos fatos. Na decisão, o referido tribunal ressaltou a importância das provas científicas produzidas pela polícia judiciária para o esclarecimento de infrações penais e a identificação de deus autores (BRASIL, 2021). O STJ entende, ainda, que a quebra do sigilo de dados telefônicos, como histórico de chamadas, dados cadastrais e extratos de ligações, não se submete à disciplina da Lei 9.296/1996, que trata exclusivamente da interceptação das comunicações telefônicas (BRASIL, 2017b). No âmbito do Supremo Tribunal Federal houve o reconhecimento de Repercussão Geral no Recurso Extraordinário 1055941, que diz respeito à possibilidade de compartilhamento pela UIF e RFB com o Ministério Público dos dados bancários de operações suspeitas. O STF concedeu Medida Cautelar na ADI 6.529, no sentido de que o compartilhamento de dados entre os órgãos componentes do Sistema Brasileiro de Inteligência e a ABIN podem ocorrer quando comprovado o interesse público da medida, afastada qualquer possibilidade desses dados atenderem a interesses pessoais ou privados. As solicitações devem ser fundamentadas; os dadosnão podem ser compartilhados de modo a expor direitos fundamentais; é imprescindível o procedimento formalmente instaurado e a existência de sistemas eletrônicos de segurança e de registro de acesso, inclusive para efeito de responsabilização, em caso de eventual omissão desvio ou abuso (BRASIL, 2020a). Concluída esta etapa, podemos passar para a nossa próxima aula. Vamos lá? VIDEOAULA Assistiremos a um vídeo-resumo com a síntese do que foi desenvolvido na aula de hoje. De início, retomaremos o estudo desenvolvido sobre investigação policial e inteligência policial. Vamos resgatar o que foi abordado sobre a polícia judiciária e os métodos extraordinários de obtenção de provas admitidos no ordenamento jurídico pátrio, de modo a não deixar dúvidas sobre o que foi abordado na nossa aula. Saiba mais Para permitir um aprofundamento do que foi exposto na aula de hoje, é importante a leitura da Parte 1, Capítulo 1, do Livro Curso de Investigação Criminal do autor Marcelo Batlouni Mendroni, que apresenta uma síntese da evolução da investigação criminal. MENDRONI, M. B. Curso de investigação criminal, 3ª edição. São Paulo: Grupo GEN, 2013. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522476947/. Acesso em: 22 abr. 2022. Videoaula Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. INTRODUÇÃO Prezado estudante, bem-vindo à aula da disciplina de Criminalística, Segurança Pública e Privada. Na aula de hoje, continuaremos o estudo relacionado ao Crime Organizado. Inicialmente, trataremos dos conceitos de Direito Penal do inimigo e das velocidades do direito penal. Após, o nosso estudo se volta para a repressão ao crime organizado, com o estudo da Lei de Organização Criminosa, da Lei Antiterrorismo e da Lei Anticorrupção. Por fim, veremos a aplicação dos institutos estudados no ordenamento jurídico brasileiro, com a explanação do entendimento doutrinário e jurisprudencial dos tribunais superiores sobre o tema, de modo a compreender as repercussões práticas da aplicação do instituto. Vamos lá?! NOÇÕES PRELIMINARES – DIREITO PENAL DO INIMIGO E DIREITO PENAL DE TERCEIRA VELOCIDADE Aula 4 CRIME ORGANIZADO Inicialmente, trataremos dos conceitos de Direito Penal do inimigo e das velocidades do direito penal. 27 minutos https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522476947/ Caro estudante, inicialmente, trataremos da Teoria do Direito Penal do Inimigo, das Velocidades do Direito Penal e da repressão ao crime organizado. O Direito Penal se desenvolve por meio de velocidades, segundo definição de Jesus-Maria Silva Sanchez, sendo na concepção clássica, três velocidades. O Direito Penal de primeira velocidade é o modelo tradicional de direito penal, que utiliza de maneira preferencial a pena privativa de liberdade com a máxima observância dos direitos e garantias individuais (NUCCI, 2021). A segunda velocidade do direito penal se distancia da pena privativa de liberdade, com a possibilidade de medidas alternativas à prisão e a flexibilização de direitos e garantias fundamentais (NUCCI, 2021). A terceira velocidade do Direito Penal compreende características das duas velocidades anteriores, utiliza da primeira velocidade a pena privativa de liberdade e da segunda velocidade, a flexibilização de direitos e garantias fundamentais, em que há um Direito Penal sem garantias fundamentais, com penas mais drásticas que ultrapassam os limites do Direito Penal tradicional. A terceira velocidade do Direito Penal se aproxima do Direito Penal do Inimigo (NUCCI, 2021). A Teoria do Direito Penal do Inimigo foi desenvolvida por Günther Jakobs, que prevê que determinados indivíduos devem ser considerados como inimigos, em distinção aos demais indivíduos que devem ser considerados como cidadãos. A partir dessa divisão, o autor estabelece o Direito Penal do Inimigo, que se contrapõe ao Direito Penal do Cidadão (NUCCI, 2021). O Direito Penal do Cidadão se relaciona com a definição de ilícitos praticados por indivíduos de forma incidental, considerados como simples abusos nas relações sociais em que participam como cidadãos. O Direito Penal do Inimigo se relaciona com o indivíduo que demonstra que seu comportamento não é de maneira incidental próprio de um cidadão. Nesse sentido, destina-se àqueles que se mostram como um inimigo da sociedade e do Direito, uma vez que o seu comportamento criminoso é duradouro e não apenas ocasional, o que não garante a segurança do seu comportamento (NUCCI, 2021). O indivíduo se afasta do conceito de cidadão para o de inimigo a partir da reincidência, da habitualidade delitiva e da integração em organizações criminosas estruturadas. O Direito Penal do Inimigo é um Direito Penal de exceção que se afasta da finalidade do Direito Penal, uma vez que consiste em uma guerra contra o inimigo e que a finalidade seria a sua exclusão, pois, por conta da insegurança de seu comportamento como cidadão, ele não pode ser tratado como tal, tendo em vista o risco de violar a segurança dos verdadeiros cidadãos (NUCCI, 2021). Com isso, o tratamento conferido ao inimigo deve ser o mais rigoroso possível, com a supressão de direitos e garantias durante toda a aplicação da lei penal, uma vez que ele rompeu de maneira permanente com o ordenamento jurídico, deve ser considerado uma não pessoa, a qual o direito não se aplica (NUCCI, 2021). A partir da Teoria do Direito Penal do Inimigo e da Terceira Velocidade do Direito Penal, surgiram instrumentos legislativos de modo a perseguir as condutas praticadas por aqueles considerados inimigos do Estado, como a Lei nº 12.850/2013, que trata das organizações criminosas; a Lei nº 12.846/2013, também chamada de Lei Anticorrupção; e a Lei nº 12.260/2016, a Lei Antiterrorismo. Concluída esta etapa podemos passar para o próximo tópico de nossa aula. Vamos lá? APROFUNDANDO OS ESTUDOS SOBRE A REPRESSÃO AO CRIME ORGANIZADO Caro estudante, é importante aprofundarmos os estudos sobre os temas estudados. O crime organizado é um grande problema das sociedades atuais. O crescimento das organizações criminosas é uma ameaça para a sociedade e para o Estado Democrático de Direito. Os antecedentes históricos do crime organizado de forma estruturada no Brasil indicam o seu surgimento dentro de estabelecimentos prisionais em São Paulo e Rio de Janeiro, com a criação do Primeiro Comando da Capital e do Comando Vermelho (MASSON; MARÇAL, 2021). Com isso, tornou-se necessária a repressão a tais organizações, o que aconteceu primeiramente por meio da Lei nº 9.034/1995, posteriormente revogada pela Lei nº 12.850/2013, que define a organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal. Pela referida lei, organização criminosa é a associação de quatro ou mais pessoas estruturalmente organizada e marcada pela divisão de tarefas, com o objetivo de obter, de maneira direta ou indireta, vantagem de qualquer natureza, por meio da prática de infrações penais com pena máxima superior a quatro anos, ou que sejam de caráter transnacional (BRASIL, 2013). Com a entrada em vigor da referida lei, a organização criminosa deixa de ser uma forma de praticar infrações penais e passa a ser crime autônomo. Assim, torna-se possível a punição do agente pela organização criminosa e pelas infrações penais praticadas pela organização. Com a necessidade de repressão às organizações criminosas, tornou-se necessário aperfeiçoar os métodos investigativos, com a adoção de meios extraordinários de obtenção de provas, desde que previstos em lei, que haja autorização legal em regra e que um juízo de proporcionalidade indique (MASSON; MARÇAL, 2021). O Art. 3º da referida lei dispõe que além dos meios de obtenção de provas ordinários, é possível que haja, em qualquer fase da persecução penal, a colaboração premiada; a captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos; a ação controlada; o acesso de registrode ligações telefônicas e telemáticas, dados cadastrais em bancos de dados públicos ou privados, informações eleitorais ou comerciais; a interceptação telefônica e telemática; a quebra de sigilo bancário e fiscal; a infiltração de agentes de polícia e a cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais e municipais na busca de informações que interessem às investigações (BRASIL, 2013). A Lei nº 13.260/2016 decorre de um mandado de criminalização feito a partir do Art. 5º, XLIII, da CR/88. Antes da referida lei, não havia a previsão do referido crime no ordenamento jurídico brasileiro, o que ocorreu com seu Art. 2º, que define o terrorismo como a prática, por um ou mais indivíduos, dos atos previstos em seus incisos, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, com a exposição a perigo de pessoas, patrimônio, paz pública ou incolumidade pública (BRASIL, 2016). A lei ainda pune os atos preparatórios de terrorismo, o de organização terrorista e o de financiamento ao terrorismo e às organizações terroristas (BRASIL, 2016). Nesse trilhar, há, ainda, a Lei nº 12.846/2013, também chamada de Lei Anticorrupção, que dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira (BRASIL, 2016). A lei prevê os atos lesivos à administração pública nacional ou estrangeira, o processo administrativo de responsabilização da pessoa jurídica, o acordo de leniência e a responsabilização judicial da pessoa jurídica (BRASIL, 2016). Concluída esta etapa, podemos passar para o próximo tópico de nossa aula e verificar a aplicação do tema no campo prático instituto estudado. Vamos lá? REPERCUSSÕES PRÁTICAS A REPRESSÃO AO CRIME ORGANIZADO Caro estudante, aprofundando os nossos estudos, é hora de verificar a aplicação do instituto estudado na aula de hoje no campo prático, coma apresentação do entendimento doutrinário e jurisprudencial dos tribunais superiores sobre o tema, de modo a compreender as repercussões práticas da aplicação do instituto. O Superior Tribunal de Justiça entendeu pela manutenção de um preso em penitenciária federal, em razão da periculosidade do agente, que possui papel de liderança em organização criminosa, com o objetivo de formar célula do Estado Islâmico no Brasil e a disseminação de ideias terroristas em estabelecimento prisional estadual (BRASIL, 2021). O Superior Tribunal de Justiça já se posicionou no sentido de que o crime de organização criminosa só passou a ser tipicamente previsto após a Lei nº 12.850/2013 e, por se tratar de lei penal mais gravosa, não é possível a sua aplicação para condutas praticadas antes do início de sua vigência. Entretanto, por se tratar de crime permanente, é possível a sua aplicação nos casos em que, embora o agente tenha constituído a organização antes da vigência da nova lei, se a permanência ocorreu na sua vigência, conforme de determina a Súmula 711 do Supremo Tribunal Federal (BRASIL, 2020b). O Supremo Tribunal Federal, indiretamente se posicionou no sentido de que, até a Lei nº 13.260/2016, não havia a tipificação do crime de terrorismo, sendo que a previsão vaga de ‘atos de terrorismo’, contida no Art. 20, da Lei nº 7.170/1983, não era suficiente para determinar a punição para esse tipo de crime (BRASIL, 2014). O Superior Tribunal de Justiça entende que o tipo penal do crime de terrorismo, previsto no Art. 2º da Lei nº 13.260/2016, necessita de uma motivação específica e de uma finalidade qualificada do agente, elementos sem os quais, não há ocorrência do crime (BRASIL, 2019). O tribunal entendeu, ainda, que a punição dos atos preparatórios para terrorismo consiste em um soldado de reserva em relação ao crime de terrorismo, destinando a aplicação da lei à prática dos atos preparatórios do terrorismo, exigindo, para aplicação, uma motivação específica e uma finalidade qualificada do agente, elementos sem os quais não há ocorrência do crime (BRASIL, 2019). É necessário que a Teoria do Direito Penal do Inimigo seja aplicada com cautela e não contamine o restante da legislação penal e processual penal, uma vez que a sua aplicação viola direitos e garantias fundamentais, o que não pode ser admitido no Estado Democrático de Direito. O Superior Tribunal de Justiça entendeu que a utilização de fundamento da gravidade abstrata do crime e a suposição, sem qualquer fundamento concreto, de que os agentes que praticaram o crime de tráfico de drogas seriam integrantes do crime organizado, consiste em uma aplicação indevida da Teoria do Direito Penal do Inimigo (BRASIL, 2021a). O Superior Tribunal de Justiça manteve a sanção de dissolução compulsória de pessoa jurídica, condenada em ação civil pública, por ato previsto na Lei nº 12.846/2013 (BRASIL, 2020a). O Superior Tribunal de Justiça entende que não é necessário a instauração de procedimento administrativo para a apuração de infração contida na Lei nº 12.846/2013, entendendo pela independência entre a instância administrativa e a judicial (BRASIL, 2020a). O Superior Tribunal de Justiça entende que se enquadra no Art. 5º, capítulo V, da Lei nº 12.846/2013, a conduta de dificultar atividade de investigação ou fiscalização de órgãos, entidades ou agentes públicos, que abrange a constituição das chamadas empresas de fachada com o fim de frustrar a fiscalização tributária (BRASIL, 2020a). Concluída esta etapa, podemos passar para a nossa próxima aula. Vamos lá? VIDEOAULA Caro estudante, assistiremos a um vídeo-resumo com a síntese do que foi desenvolvido na aula de hoje. De início, retomaremos o estudo desenvolvido sobre a repressão ao crime organizado com o estudo da Lei de Organização Criminosa, da Lei Anticorrupção e da Lei Antiterrorismo. Vamos resgatar o que foi abordado sobre a Terceira Velocidade do Direito Penal e sobre a Teoria do Direito Penal do Inimigo, de modo a não deixar dúvidas sobre o que foi abordado na nossa aula Saiba mais Para permitir um aprofundamento do que foi exposto na aula de hoje, é importante a leitura da Parte 3, Capítulo 5 do Livro Curso de Investigação Criminal, do autor Renato de Mello Jorge Silveira, que apresenta reflexões sobre o acordo de leniência e mecanismos de denúncia, previstos na Lei Anticorrupção. SILVEIRA, R. de M. J. Compliance, Direito Penale lei anticorrupção, 1ª edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2015. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502622098/. Acesso em: 21 abr. 2022. Videoaula Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Aula 1 BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Diário Oficial da União, Brasília, 5 out. 1988. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 21 abr. 2022. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Habeas Corpus 714520SP. Relator Ministro Antônio Saldanha Palheiro. Data do julgamento: 11 de fevereiro de 2022. Disponível em: https://processo.stj.jus.br/processo/dj/documento/mediado/? tipo_documento=documento&componente=MON&sequencial=142996518&num_registro=202104066472&data =20211224. Acesso em: 20 abr. 2022. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Agravo em Recurso Especial 1697296/SE. Relator Ministro Ribeiro Dantas. Data do julgamento: 27 de outubro de 2020. Disponível em: https://processo.stj.jus.br/processo/dj/documento/mediado/? tipo_documento=documento&componente=MON&sequencial=117245706&num_registro=202001026699&data =20201029. Acesso em: 20 abr. 2022. REFERÊNCIAS 7 minutos https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502622098/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm https://processo.stj.jus.br/processo/dj/documento/mediado/?tipo_documento=documento&componente=MON&sequencial=142996518&num_registro=202104066472&data=20211224https://processo.stj.jus.br/processo/dj/documento/mediado/?tipo_documento=documento&componente=MON&sequencial=117245706&num_registro=202001026699&data=20201029 BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Habeas Corpus 394.343/SP. Relator Ministro Joel Ilan Paciornik. Data do julgamento: 20 de agosto de 2018. Disponível em: https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/? componente=MON&sequencial=86676730&num_registro=201700722459&data=20180823. Acesso em: 20 abr. 2022. CARVALHO, S. de. Antimanual de Criminologia. São Paulo: Editora Saraiva, 2022. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555596687/. Acesso em: 22 abr. 2022. FILHO, N. 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Diário Oficial da União, Brasília, 5 out. 1988. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 21 abr. 2022. BRASIL. Decreto-Lei nº 2.251, de 26 de fevereiro de 1985. Dispõe sobre a criação da Carreira Policial Federal e seus cargos, fixa os valores de seus vencimentos e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 26 fev. 1985. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2251.htm. Acesso em: 21 abr. 2022. BRASIL. Lei nº 9.266, de 15 de março de 1996. Reorganiza as classes da carreira policial federal, fixa a remuneração dos cargos que as integram e dá outras. Diário Oficial da União, Brasília, 15 de mar. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9266.htm. Acesso em: 21 abr. 2022. BRASIL. Lei nº 9.654, de 2 de junho de 1998. Cria a carreira de Policial Rodoviário Federal e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 2 jun. 1998. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9654.htm. Acesso em: 21 abr. 2022. BRASIL. Lei nº 12.830, de 20 de junho de 2013. Dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia. Diário Oficial da União, Brasília, 20 jun. 2013. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12830.htm. Acesso em: 21 abr. 2022. BRASIL. Lei nº 10.446, de 8 de maio de 2002. Dispõe sobre infrações penais de repercussão interestadual ou internacional que exigem repressão uniforme, para os fins do disposto no inciso I do § 1o do Art. 144 da Constituição. Diário Oficial da União, Brasília, 8 maio 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10446.htm. Acesso em: 21 abr. 2022. https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=MON&sequencial=86676730&num_registro=201700722459&data=20180823 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555596687/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555595291/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555591705/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597027648/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530993993/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559641437/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2251.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9266.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9654.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12830.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10446.htm BRASIL. Lei nº 13.022, de 8 de agosto de 2014. Dispõe sobre o Estatuto Geral das Guardas Municipais. Diário Oficial da União, Brasília, 8 ago. 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011- 2014/2014/lei/l13022.htm. Acesso em: 21 abr. 2022. BRASIL. Lei nº 13.675, de 11 de junho de 2018. Disciplina a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, nos termos do § 7º do Art. 144 da Constituição Federal; cria a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS); institui o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP); altera a Lei Complementar nº 79, de 7 de janeiro de 1994, a Lei nº 10.201, de 14 de fevereiro de 2001, e a Lei nº 11.530, de 24 de outubro de 2007; e revoga dispositivos da Lei nº 12.681, de 4 de julho de 2012. Diário Oficial da União, Brasília, 11 jun. 2018. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015- 2018/2018/lei/L13675.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%2013.675%2C%20DE%2011%20DE%20JUNHO%20DE%2 02018.&text=Disciplina%20a%20organiza%C3%A7%C3%A3o%20e%20o,do%20%C2%A7%207%C2%BA%20do %20Art. Acesso em: 21 abr. 2022. BRASIL. Supremo Tribunal Federal. MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 203070. Relator Ministro Nunes Marques. Data do julgamento: 28 de junho de 2021. Disponível em: https://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=15346879145&ext=.pdf. Acesso em: 20 abr. 2022. BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Agravo em Recurso Extraordinário 654432. Constitucional. Garantia da segurança interna, ordem pública e paz social. Interpretação teleológica dos art. 9º, § 1º, art. 37, VII, e art. 144, da CF. Vedação absoluta ao exercício do direito de greve aos servidores públicos integrantes das carreiras de segurança pública. Relator Ministro Edson Fachin. Data do julgamento: 5 de abril de 2017. Disponível em: https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14980135. Acesso em: 20 abr. 2022. BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Agravo em Recurso Extraordinário 654432. Direito administrativo. Recurso extraordinário. Poder de polícia. Imposição de multa de trânsito. Guarda municipal. Constitucionalidade. Relator Ministro Marco Aurélio. Data do julgamento: 6 de agosto de 2015. Disponível em: https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=9486497. Acesso em: 20 abr. 2022. JUNIOR, A. C. L. Direito Processual Penal. São Paulo: Editora Saraiva, 2021. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555590005/. Acesso em: 21 abr. 2022. LENZA, P. Esquematizado: Direito Constitucional. São Paulo: Editora Saraiva, 2020. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553619306/. Acesso em: 21 abr. 2022. MORAES, A. de. Direito Constitucional. São Paulo: Grupo GEN, 2021. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597027648/. Acesso em: 21 abr. 2022. MOTTA, S. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530993993/. Acesso em: 21 abr. 2022. Aula 3 BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Diário Oficial da União, Brasília, 5 out. 1988. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 21 abr. 2022. BRASIL. Decreto nº 5.015, de 12 de março de 2004. Promulga a Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional. Diário Oficial da União, Brasília, 12 mar. 2004. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5015.htm. Acesso em: 21 abr. 2022. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13022.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13675.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%2013.675%2C%20DE%2011%20DE%20JUNHO%20DE%202018.&text=Disciplina%20a%20organiza%C3%A7%C3%A3o%20e%20o,do%20%C2%A7%207%C2%BA%20do%20Art https://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=15346879145&ext=.pdf https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14980135 https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=9486497 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555590005/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553619306/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597027648/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530993993/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5015.htm BRASIL. Decreto-Lei nº 3.689 de 3 de Outubro de 1941. Código de Processo Penal. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, 3 de out. 1941. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto- lei/del3689compilado.htm. Acesso em: 21 abr. 2022. BRASIL. Lei nº 7.210 de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Diário Oficial da União, Brasília, 12 fev. 1998. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm. Acesso em: 21 abr. 2022. BRASIL. Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996. Regulamenta o inciso XII, parte final, do Art. 5° da Constituição Federal. Diário Oficial da União, Brasília, 24 jul. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9296.htm. Acesso em: 21 abr. 2022. BRASIL. Lei nº 9.883, de 7 de dezembro de 1999. Institui o Sistema Brasileiro de Inteligência, cria a Agência Brasileira de Inteligência - ABIN, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 7 dez. 1999. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9883.htm. Acesso em: 21 abr. 2022. BRASIL. Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998. Dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 3 de mar. 1998. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9613.htm. Acesso em: 21 abr. 2022. BRASIL. Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 23 ago. 2006. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm. Acesso em: 21 abr. 2022. BRASIL. Lei nº 12.037, de 1º de outubro de 2009. Dispõe sobre a identificação criminal do civilmente identificado, regulamentando o Art. 5º, inciso LVIII, da Constituição Federal. Diário Oficial da União, Brasília, 1 out. 2009. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l12037.htm. Acesso em: 21 abr. 2022. BRASIL. Lei nº 12.850, de 2 de agosto de 2013. Define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal; altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); revoga a Lei nº 9.034, de 3 de maio de 1995; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 2 ago. 2013. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12850.htm. Acesso em: 21 abr. 2022. BRASIL. Lei nº 13.441, de 08 de maio de 2017. Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), para prever a infiltração de agentes de polícia na internet com o fim de investigar crimes contra a dignidade sexual de criança e de adolescente. Diário Oficial da União, Brasília, 8 maio 2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13441.htm. Acesso em: 21 abr. 2022. BRASIL. Lei nº 13.964, de 24 de dezembro de 2019. Aperfeiçoa a legislação penal e processual penal. Diário Oficial da União, Brasília, 24 dez. 2019. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019- 2022/2019/Lei/L13964.htm#art4. Acesso em: 21 abr. 2022. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial 1655072/MT. Recurso especial. Tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas. Violação de dispositivo constitucional. Competência do supremo tribunal federal. Ação controlada e interceptações telefônicas. Validade das provas obtidas. Absolvição. Súmula n. 7 do http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9296.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9883.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9613.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l12037.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12850.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13441.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4 STJ. Continuidade delitiva. Impossibilidade. Reiteração criminosa. Competência. Falta de prequestionamento. Incidência de uniformização de jurisprudência. Entrada em vigor do novo código de processo civil. Interceptações telefônicas. Validade das provas obtidas. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa extensão, não provido. Rel. Rogerio Schietti Cruz. Data do julgamento: 12 de dezembro de 2017a. Disponível em: https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao? num_registro=201700354451&dt_publicacao=20/02/2018. Acesso em: 20 abr. 2022. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Agravo Regimental nos Embargos de Declaração nos Embargos de Declaração no Agravo em Recurso Especial 1039417/RS. Agravo regimental nos embargos de declaração nos embargos de declaração no agravo em recurso especial. Arts. 241-a e 241-b, ambos da Lei n. 8.069/1990. Competência da justiça federal. Teses de cerceamento de defesa, de quebra de cadeia de custódia e de flagrante forjado. Súmula n. 7 do STJ. Inépcia da inicial. Alegação prejudicada. Falta de comprovação do dissídio jurisprudencial. Dosimetria da pena. Ausência de ilegalidade. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. Rel. Rogerio Schietti Cruz. Data do julgamento: 8 de outubro de 2019. Disponível em: https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao? num_registro=201700052747&dt_publicacao=15/10/2019. Acesso em: 20 abr. 2022. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Agravo Regimental no Recurso Ordinário Constitucional 90.809/RJ. Penal e processo penal. Agravo regimental no recurso em habeas corpus. Crime de extorsão, formação de quadrilha e usurpação de função pública. Princípio da colegialidade. Não ocorrência. Cerceamento de defesa. Inexistência de argumentos hábeis a desconstituir o decisório impugnado. Nulidade. Recebimento da denúncia. Ausência de fundamentação. Excesso de prazo das interceptações telefônicas. Não ocorrência. Agravo desprovido. Rel. Joel Ilan Paciornik. Data do julgamento: 26 de junho de 2018. Disponível em: https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao? num_registro=201702728245&dt_publicacao=01/08/2018. Acesso em: 20 abr. 2022. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Habeas Corpus 512.290/RJ. Habeas corpus. Organização criminosa. Extorsão, concussão e extorsão mediante sequestro por policiais civis. Possibilidade de apoio de agência de inteligência à investigação do ministério público. Não ocorrência de infiltração policial. Desnecessidade de autorização judicial prévia para a ação controlada. Comunicação posterior que visa a proteger o trabalho investigativo. Habeas corpus denegado.Rel. Rogerio Schietti Cruz. Data do julgamento: 18 de agosto de 2020. Disponível em: https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao? num_registro=201901510669&dt_publicacao=25/08/2020. Acesso em: 20 abr. 2022. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Ordinário Constitucional 102.808/RJ. Recurso em habeas corpus. Lavagem de capitais. Alegação de nulidade da prova. Inocorrência. Captação ambiental realizada por delator premiado. Meio de obtenção de prova expressamente previsto no art. 3º, II, da Lei n. 12.850/2013. Desnecessidade de prévia autorização judicial para sua realização. Precedentes. Recurso desprovido. Rel. Joel Ilan Paciornik. Data do julgamento: 6 de agosto de 2019. Disponível em: https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao? num_registro=201802306784&dt_publicacao=15/08/2019. Acesso em: 20 abr. 2022. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Habeas Corpus 694.791/SP. Processo penal. Habeas corpus. Estupro de vulnerável. Reconhecimento fotográfico realizado em sede policial. Inobservância do procedimento previsto no art. 226 do CPP. Autoria estabelecida unicamente com base em reconhecimento efetuado pela vítima. Laudo pericial de exame de DNA que concluiu que o perfil genético obtido do material coletado em exame sexológico feito na vítima não é proveniente do paciente. Prova científica da inocência. Absolvição. Writ não https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201700354451&dt_publicacao=20/02/2018 https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201700052747&dt_publicacao=15/10/2019 https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201702728245&dt_publicacao=01/08/2018 https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201901510669&dt_publicacao=25/08/2020 https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201802306784&dt_publicacao=15/08/2019 conhecido. Ordem concedida de ofício. Rel. Ribeiro Dantas. Data do julgamento: 6 de agosto de 2019. Disponível em: https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao? num_registro=202103016041&dt_publicacao=10/12/2021. Acesso em: 20 abr. 2022. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Ordinário Constitucional 66.088/PE. Recurso ordinário em habeas corpus. Corrupção ativa. Quadrilha. Advocacia administrativa. Lavagem de dinheiro. Ilicitude da prova obtida com as interceptações telefônicas. Seleção dos diálogos, mensagens de texto e e-mails gravados pela autoridade policial. Não compartilhamento da íntegra do conteúdo monitorado com as partes. Inexistência de parte das ligações devidamente justificada pela polícia federal. Ausência de provas de descarte indevido pelos agentes responsáveis pela medida. Eiva não configurada. Desprovimento do reclamo. Rel. Jorge Mussi. Data do julgamento: 27 de novembro de 2018a. Disponível em: https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao? num_registro=201503060379&dt_publicacao=05/12/2018. Acesso em: 20 abr. 2022. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Ordinário Constitucional 53.541/RJ. Recurso ordinário em habeas corpus. Quadrilha. Denúncias anônimas imputando a prática de ilícitos. Realização de diligências preliminares para a apuração da veracidade das informações. Constrangimento inexistente. Rel. Jorge Mussi. Data do julgamento: 20 de setembro de 2017b. Disponível em: https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao? num_registro=201402976730&dt_publicacao=20/09/2017. Acesso em: 20 abr. 2022. BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade 6529. Direito constitucional. Ação direta de inconstitucionalidade. Parágrafo único do art. 4º da Lei n. 9.883/99. Interesse público formalmente demonstrado como único elemento legitimador do desempenho administrativo. Vedação ao abuso de direito e ao desvio de finalidade. Obrigatoriedade de motivação do ato administrativo que solicita dados de inteligência aos órgãos do sistema brasileiro de inteligência. Necessária observância da cláusula de reserva de jurisdição. Deferimento parcial da medida cautelar para dar interpretação conforme ao parágrafo único do art. 4º da Lei n. 9.883/99. Rel. Cármen Lúcia. Data do julgamento: 13 de outubro de 2020a. Disponível em: https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=754105657. Acesso em: 20 abr. 2022. MENDRONI, M. B. Curso de investigação criminal, 3ª edição. São Paulo: Grupo GEN, 2013. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522476947/. Acesso em: 22 abr. 2022. PEREIRA, E. da S.; WERNER, G. Cunha; VALENTE, M. M. G. Criminalidade Organizada: Investigação, Direito e Ciência. São Paulo: Grupo Almedina (Portugal), 2017. 9788584933143. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788584933143/. Acesso em: 22 abr. 2022. Aula 4 BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Prisão Preventiva para fins extradicionais 730 QO. Prisão preventiva para fins extradicionais – extraditando submetido a investigação penal pela suposta prática do “crime de terrorismo” – controvérsia doutrinária existente em torno da definição e da tipificação penal dos atos de terrorismo no ordenamento positivo brasileiro – indefinição, no plano internacional, do conceito de terrorismo para efeito de sua prevenção e repressão – convenção interamericana contra o terrorismo (2002) – o repúdio ao terrorismo e a rejeição da exceção de delinquência política – precedente do supremo tribunal federal (Ext 855/Chile, Rel. Min. Celso de mello) – o postulado da tipicidade (ou da dupla incriminação) como um dos requisitos necessários ao atendimento do pedido de extradição (e, também, à decretação da prisão https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=202103016041&dt_publicacao=10/12/2021 https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201503060379&dt_publicacao=05/12/2018 https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201402976730&dt_publicacao=20/09/2017 https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=754105657 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522476947/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788584933143/ cautelar para efeitos extradicionais) – postulação deduzida por estado estrangeiro que não observa requisitos impostos pelo tratado bilateral de extradição celebrado com o brasil – “pacta sunt servanda” – pedido de prisão cautelar para efeitos extradicionais insuscetível de acolhimento, por estar insuficientemente instruído – necessidade de diligências complementares – determinação do relator para que a instrução documental fosse complementada – imprescindibilidade dos elementos faltantes (descrição dos fatos imputados, indicação do tempo e local de sua suposta ocorrência, identificação do órgão judiciário competente para o processo e julgamento do ilícito penal e cópia das normas concernentes ao regime jurídico da prescrição penal no estado requerente) – notificação formal da missão diplomática do estado requerente – não atendimento dessa determinação judicial – descumprimento de obrigação jurídico- -processual que incumbe, exclusivamente, ao estado requerente – precedentes – pedido de prisão cautelar para efeitos extradicionais não conhecido – processo julgado extinto. Relator Ministro Celso de Mello. Data do julgamento: 16 de dezembro de 2014. Disponível em: https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp? docTP=TP&docID=7866348. Acesso em: 20 abr. 2022. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Ordinário Constitucional 109.122/DF. Recurso ordinário em habeas corpus. Lavagem de dinheiro. Organização criminosa. Jogo do bicho. Trancamento da ação penal. Inépcia da denúncia. Falta de justa causa. Desentranhamento de elementos de prova. Recurso desprovido. Relator Ministro Ribeiro Dantas. Data do julgamento: 15 de setembro de 2020b. Disponível em: https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao? num_registro=201900653889&dt_publicacao=21/09/2020. Acesso em: 20
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