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Criminalística, Segurança Pública e Privada

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Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO
Prezado estudante, bem-vindo à aula da disciplina de Criminalística, Segurança Pública e Privada. Na aula de
hoje, iniciaremos o estudo relacionado às Instituições e ao Sistema de Segurança Pública no Brasil,
especificamente ao Estado e Segurança Pública. Inicialmente, conceituaremos segurança pública, com a sua
definição, importância e objeto. Após, o nosso estudo se voltará para a prevenção delitiva e para as medidas
de prevenção de infrações penais e da relação do Estado com a criminalidade. O nosso estudo abordará,
ainda, as noções básicas de criminologia e das contribuições da Escola de Chicago e da Teoria das Janelas
Quebradas. Por fim, veremos a aplicação dos institutos estudados no ordenamento jurídico brasileiro, com a
explanação do entendimento doutrinário e jurisprudencial dos tribunais superiores sobre o tema, de modo a
compreender as repercussões práticas da aplicação do instituto. Vamos lá?!
NOÇÕES PRELIMINARES SOBRE A SEGURANÇA PÚBLICA E A PREVENÇÃO DE
INFRAÇÕES PENAIS PELO ESTADO
Caro estudante, inicialmente, trataremos da segurança pública e a prevenção de infrações penais pelo estado.
O tema segurança pública está disciplinado na Constituição de 1988, no Capítulo III do Título V, que trata da
defesa do Estado e das Instituições Democráticas.
A segurança pública pode ser definida como a preservação do respeito às leis e a manutenção da
incolumidade dos indivíduos e de seu patrimônio, mantendo-os livres de qualquer lesão ou ameaça de lesão
(MOTTA, 2021).
Aula 1
ESTADO E SEGURANÇA PÚBLICA
Na aula de hoje, iniciaremos o estudo relacionado às Instituições e ao Sistema de Segurança
Pública no Brasil, especificamente ao Estado e Segurança Pública.
28 minutos
INSTITUIÇÕES E SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA
NO BRASIL
 Aula 1 - Estado e Segurança Pública
 Aula 2 - Órgãos de Segurança Pública
 Aula 3 - Atividade Policial
 Aula 4 - Crime Organizado
 Referências
126 minutos
A segurança pública é de grande relevância para a sociedade, sendo, conforme determinação do texto
constitucional, um dever do Estado e direito e responsabilidade de todos.
O seu objetivo é a preservação da ordem púbica e da incolumidade das pessoas e de seus patrimônios. Para
tanto, o texto constitucional estabelece os órgãos públicos competentes e suas atividades.
Além disso, a Constituição prevê que a lei complementar irá disciplinar a organização e o funcionamento dos
órgãos responsáveis pela segurança pública, de modo a garantir a eficiência de suas atividades (BRASIL,
1988).
A partir da noção de segurança pública, é importante estudarmos a prevenção delitiva, que consiste no
conjunto de ações no sentido de evitar que infrações penais venham a ocorrer.
As medidas de prevenção da ocorrência de infrações penais e a manutenção da harmonia e da paz social
ocorre por meio de duas espécies: a prevenção direta e a prevenção indireta.
A prevenção indireta se relaciona com a causa do crime, sem que ele seja imediatamente atingido, enquanto
as medidas de prevenção direta se relacionam com a própria infração penal (FILHO; PENTEADO, 2021).
O crime sempre esteve presente na sociedade e, por essa razão, tornou-se necessário o seu estudo de forma
aprofundada e sistematizada, o que veio a ocorrer por meio da criminologia, que consiste na ciência do que
tem por objeto o estudo do crime, do criminoso, da vítima, dos controles da sociedade e das formas de
prevenção do crime (GOMES, 2021).
Com isso, a partir da contribuição da criminologia, desenvolveram-se inúmeros marcos teóricos, também
chamados de escolas, na tentativa de compreender o crime e tudo aquilo que o permeia.
Dentre as principais escolas, destaca-se a contribuição da Escola de Chicago.
A Escola de Chicago, direciona os seus estudos a partir da ecologia e analisa a arquitetura da cidade como
formadora do comportamento criminoso (GOMES, 2021).
A principal obra da Escola de Chicago é a Delinquency Areas, de Clifford Shaw (1929), que a partir da coleta
de dados sobre a delinquência juvenil em Chicago, no sentido de mapear a criminalidade da cidade,
verificou-se que o surgimento das infrações penais estava relacionado com o crescimento desordenado da
cidade e que os mais diversos problemas sociais, econômicos e culturais e a ausência de mecanismos de
controle social criavam um ambiente favorável para o desenvolvimento e para a prática de infrações penais.
A partir dos estudos da Escola de Chicago, James Wilson e George Kelling formularam a Teoria das Janelas
Quebradas, pensada em uma situação de ausência do Estado e difusão do crime em razão da referida
ausência, levando-se em consideração que a periferia seria marcada pelo grande número de infrações penais
(GOMES, 2021).
Concluída esta etapa podemos passar para o próximo tópico de nossa aula. Vamos lá?
APROFUNDANDO OS ESTUDOS SOBRE A SEGURANÇA PÚBLICA E A PREVENÇÃO
DE INFRAÇÕES PENAIS PELO ESTADO
Caro estudante, é importante aprofundarmos os estudos sobre os temas estudados. A segurança pública é um
dever do Estado e um direito e responsabilidade de todos. Ela será preservada por meio do Estado, no sentido
de garantir a paz e a tranquilidade social, mantendo incólumes as pessoas e o seu patrimônio.
A sua preservação é de extrema importância, tendo em vista que a Constituição admite a decretação de
Estado de Defesa para sua preservação e seu restabelecimento em locais em que a paz social e a tranquilidade
estiverem ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional. A Constituição permite, ainda, que seja
decretado Estado de Sítio, caso o Estado de Defesa não seja suficiente para sua preservação e
restabelecimento (MORAES, 2021).
Relacionada à preservação e à manutenção da segurança pública, está a prevenção da prática de infrações
penais, que pode ocorrer por medidas indiretas e diretas.
As medidas indiretas se relacionam com as causas do crime, sem que este fosse atingido de maneira diretas.
Indiretamente existe a prevenção, uma vez que cessada a causa do crime, cessam-se os seus efeitos. Essas
medidas se relacionam com o indivíduo e com o meio que ele vive.
As medidas diretas, por sua vez, se relacionam com a própria infração penal, com as medidas de punição e
repressão à prática de crimes graves, atuação policial repressiva e ostensiva, repressão jurídico-processual e
medidas administrativas e elevação de princípios morais e cívicos (FILHO; PENTEADO, 2021).
A prevenção na criminologia pode se revelar por três ordens: primária, secundária e terciária. 
•  Prevenção primária - busca prevenir o crime em suas origens, com o estabelecimento de políticas públicas
no sentido de evitar o surgimento do crime.
•  Prevenção secundária - ocorre após a falha da primária, manifestando-se após o surgimento do crime, com
o seu combate no local em que surgiu, o que ocorre com maior frequência nas periferias e comunidades
carentes.
•  Prevenção terciária - pressupõe a falha das duas anteriores, é a prevenção voltada para o criminoso, no
sentido de evitar que ele volte a praticar novas infrações por meio de sua neutralização e ressocialização
(GOMES, 2021).
Visando compreender as raízes da criminalidade, a Escola de Chicago direcionou seus estudos a partir da
Teoria dos Três Círculos ou Teoria das Bases Concêntricas. 
O primeiro círculo seria o centro cívico, em que estaria toda a proteção do Estado, com a ausência da prática
de infrações penais. O segundo círculo seria o do subúrbio, que consiste no local em que as pessoas que
trabalham no centro cívico residem. No subúrbio, há a prática de infrações penais, entretanto, o número de
infrações praticadas não é tão grande quanto no terceiro círculo, que consiste nos guetos, ou periferias, onde
não há a presença do Estado, o que permite a prática de infrações penais mais graves de forma livre (GOMES,
2021).
Tudo isso leva à conclusão da Teoria das Janelas Quebradas, que foi desenvolvida a partir de um experimento
em duas regiões distintas da cidade, um com maior presença doEstado e outra com menor, ou quase
inexistente.
O experimento consistiu no seguinte: foi deixado um veículo nas duas regiões. Após alguns dias, o veículo que
estava na região com menor presença do Estado teve suas janelas quebradas. Justamente por conta da
inexistência do Estado, nada foi feito com o autor do dano. Nos dias seguintes, o veículo foi cada vez mais
danificado, até que restasse apenas a sua carcaça. O outro veículo, deixado na região com a presença maior
do Estado, não sofreu nenhum tipo de dano, tendo em vista a presença estatal.
A conclusão da teoria é no sentido de que a desordem tem relação direta com a criminalidade, sendo que
haverá um estímulo ao crime com a ausência do Estado e dos órgãos de segurança pública (GOMES, 2021). 
Concluída esta etapa podemos passar para o próximo tópico de nossa aula e verificar a aplicação do tema no
campo prático instituto estudado. Vamos lá?
REPERCUSSÕES PRÁTICAS SOBRE NOÇÕES PRELIMINARES SOBRE A SEGURANÇA
PÚBLICA E A PREVENÇÃO DE INFRAÇÕES PENAIS PELO ESTADO
Caro estudante, aprofundando os nossos estudos, é hora de verificar a aplicação do instituto estudado na aula
de hoje no campo prático, com a apresentação do entendimento doutrinário e jurisprudencial dos tribunais
superiores sobre o tema, de modo a compreender as repercussões práticas da aplicação do instituto.
A Escola de Chicago deu origem a Teoria dos Testículos Despedaçados, na qual os excluídos da sociedade
quanto estavam em situação de mendicância ou na prática de pequenas infrações penais no centro cívico,
eram expulsos por meio de chutes nos testículos, o que, em razão da grande humilhação e dor, eram
obrigados a retornar para a periferia.
Embora não tenha sido pensada para a atualidade, é possível verificar resquícios de sua aplicação, vez que
não é raro que pessoas ou famílias em situações de rua são expulsas pela polícia ou por seguranças
particulares das regiões mais nobres dos grandes centros (GOMES, 2021).
A Teoria das Janelas Quebradas já foi mencionada pelo Superior Tribunal de Justiça em diversos julgados. No
julgamento do habeas corpus 714520/SP, foi proferida decisão monocrática, em que foi negado o
reconhecimento do crime continuado, utilizando como fundamento que, pelas conclusões da referida teoria,
o perfil geográfico possui grande importância no incentivo e no sucesso das atividades criminosas (BRASIL,
2022).
No julgamento do Agravo em Recurso Especial 1.697.296/SE, o Superior Tribunal de Justiça utilizou-se da
Teoria das Janelas Quebradas para afastar a possibilidade de reconhecimento do princípio da insignificância,
de modo que tanto a microcriminalidade quanto a macrocriminalidade devem ser reprimidas para
demonstrar a presença do Estado, uma vez que pequenos crimes, se não forem devidamente punidos, levam
à prática de crimes maiores e mais graves (BRASIL, 2020).
No julgamento do habeas corpus 394.343/SP, o Superior Tribunal de Justiça também entendeu pelo não
reconhecimento do princípio da insignificância com base na teoria estudada, uma vez que o seu
reconhecimento seria um estímulo à criminalidade, em razão da sensação de impunidade e da sua crença
(BRASIL, 2018).
Em decorrência da Escola de Chicago, surgiu de modo a se contrapor à Teoria das Janelas Quebradas,
instituiu-se em Nova York a política da tolerância zero que consagra o Direito Penal máximo, na qual não
deve ser afastada de punição das infrações penais menores, de modo a evitar o crescimento da criminalidade,
a prática de crimes mais graves e, por consequência, a colocação em risco da segurança pública, tendo em
vista que a desordem gera mais desordem (NUCCI, 2021).
Embora seja comum relacionar a Teoria das Janelas Quebradas às classes sociais menos favorecidas, este não
é o fator que fomenta a criminalidade. Assim, não é a posição social ocupada pelo infrator e sim a ausência do
Estado e da repressão de infrações penais. O que se verifica é que, nas regiões menos favorecidas, a presença
é menor do que nas outras regiões. A partir de tais considerações, Christiano Gonzaga Gomes cita como
exemplo a prática de crimes em massa durante a greve dos policiais militares no Estado do Espírito Santo, em
Imprimir
que foi instaurado um estado de caos em virtude da ausência de repressão às infrações penais. Pessoas que
nunca estiveram relacionadas com a prática de infrações penais o fizeram, estimuladas pelo fato de não
serem presas, em razão da ausência estatal (GOMES, 2021).
Concluída esta etapa, podemos passar para a nossa próxima aula. Vamos lá?
VIDEOAULA
Caro estudante, assistiremos a um vídeo-resumo com a síntese do que foi desenvolvido na aula de hoje. De
início, retomaremos o estudo da relação entre Estado, Segurança Pública e Criminalidade. Além disso, vamos
resgatar o que foi abordado sobre a relação do Estado com a Criminalidade e a contribuição da criminologia,
com a Teoria das Janelas Quebradas e os estudos da Escola de Chicago de modo a não deixar dúvidas sobre o
que foi abordado na nossa aula.
 Saiba mais
Para permitir um aprofundamento do que foi exposto na aula de hoje, é importante a leitura do Capítulo
I do Livro Antimanual de Criminologia, do autor Salo de Carvalho, que faz reflexões sobre o aprendizado
das ciências criminológicas no século XXI.
CARVALHO, S. de. Antimanual de Criminologia. São Paulo: Editora Saraiva, 2022. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555596687/.  Acesso em: 22 abr. 2022.
Videoaula
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
INTRODUÇÃO
Prezado estudante, bem-vindo à aula da disciplina de Criminalística, Segurança Pública e Privada. Na aula de
hoje, continuaremos o estudo relacionado às Instituições e ao sistema de segurança pública no Brasil,
especificamente aos órgãos de segurança pública. Inicialmente, eles serão conceituados a de acordo com as
suas respectivas características e funções. Em seguida, o nosso estudo será voltado para o detalhamento das
atribuições de cada órgão de segurança pública. Por fim, veremos a aplicação dos institutos estudados no
ordenamento jurídico brasileiro, com a explanação do entendimento doutrinário e jurisprudencial dos
tribunais superiores sobre o tema, de modo a compreender as repercussões práticas da aplicação do instituto.
Vamos lá?!
Aula 2
ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA
Veremos a aplicação dos institutos estudados no ordenamento jurídico brasileiro, com a
explanação do entendimento doutrinário e jurisprudencial dos tribunais superiores sobre o
tema.
31 minutos
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555596687/
NOÇÕES PRELIMINARES SOBRE OS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA
Caro estudante, inicialmente, trataremos dos órgãos de segurança pública.
Como vimos na aula anterior, a segurança pública pode ser definida como a preservação do respeito às leis e
a manutenção da incolumidade dos indivíduos e de seu patrimônio, mantendo-os livre de qualquer lesão ou
ameaça de lesão (MOTTA, 2021).
O seu objetivo é a preservação da ordem púbica e da incolumidade das pessoas e de seus patrimônios. Para
tanto, o texto constitucional estabelece os órgãos públicos competentes e suas atividades:
O Art. 144 da Constituição prevê que a segurança pública será exercida por meio dos seguintes órgãos
policiais: 
•  Polícia federal. 
•  Polícia rodoviária federal. 
•  Polícia ferroviária federal. 
•  Polícias civis. 
•  Polícias militares e corpo de bombeiros militares.
•  Polícias penais federal, estaduais e distrital.
O Art. 144, §8º, da Constituição prevê, ainda, que os municípios poderão constituir as suas respectivas
guardas municipais, no sentido de proteger seus bens, serviços e instalações (BRASIL, 1988).
O rol de órgãos previstos é taxativo, não podendo a lei infraconstitucional criar órgãos policiais, sendo
possível apenas por meio de emenda constitucional. Entretanto, nada impede que a Constituição dos estados
ou leis estaduais criem órgãos de polícia-técnico científica, desde que não possuamfunção de atuar na
segurança pública (LENZA, 2020).
A atividade policial pode ser dividida em duas espécies: polícia administrativa em sentido amplo e polícia de
segurança. A polícia de segurança é dividida entre polícia administrativa em sentido estrito e polícia de
judiciária (MOTTA, 2021).
A polícia administrativa em sentido amplo é aquela exercida pela administração pública, no cuidado de bens,
serviços e atividades. A polícia de segurança é exercida pela polícia administrativa em sentido estrito, que
atua de maneira preventiva ou ostensiva, evitando que a infração penal ocorra, e pela polícia judiciária,
também chamada de polícia de investigação, que atua de maneira repressiva na investigação, na repressão e
na apuração de infrações penais já cometidas (MOTTA, 2021).
A polícia administrativa em sentido estrito possui como característica principal a identificação visual, uma
vez que possui carros caracterizados e que seus agentes utilizam uniforme. A sua atividade é desempenhada,
em regra, pela polícia militar (MORAES, 2021).
A polícia judiciária, por sua vez, em razão de sua atividade ser repressiva e investigativa, a sua atuação é
descaracterizada e seus agentes raramente utilizam uniformes e veículos caracterizados. A polícia judiciária,
em regra, é exercida pela polícia civil estadual e pela polícia federal (MOTTA, 2021).
A Constituição ainda determina que haverá a regulamentação por lei dos órgãos responsáveis pela segurança
pública de modo a garantir a eficiência de suas atividades (BRASIL, 1988). 
Neste sentido, a Lei nº 13.675/2018 criou a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, o Sistema
Único de Segurança Pública, o Conselhos de Segurança Pública e Defesa Social (BRASIL, 2018).
Há, ainda, o Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Social 2021-2030 criado pelo Decreto 10.822/2021
(BRASIL, 2021).
Além disso, em nível federal há a Secretaria Nacional de Segurança Pública. Já em âmbito estadual, existem
as Secretarias de Segurança Pública. 
Concluída esta etapa podemos passar para o próximo tópico de nossa aula. Vamos lá?
APROFUNDANDO OS ESTUDOS SOBRE OS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA
Caro estudante, é importante aprofundarmos os estudos sobre os temas estudados. Como visto, a segurança
pública é um dever do Estado e será exercida por meio da polícia federal; da polícia rodoviária federal; da
polícia ferroviária federal; das polícias civis, militares e do corpo de bombeiros militares; além das polícias
penais federal, estaduais e distrital. Cada um dos órgãos possui as suas respectivas atribuições.
Em relação à polícia federal, o Art. 144, §1º da CR/88 prevê que ela será instituída por lei como órgão
permanente e organizada e mantida pela União. Além disso, ela deve ser estruturada em carreira e terá a
finalidade de investigar as infrações penais contra a ordem política e social. Ações em detrimento de bens,
serviços e interesses da União ou de suas autarquias e empresas públicas; além de outras infrações penais
que tenham repercussão interestadual ou internacional que exijam repressão uniforme também serão
investigadas pela polícia federal.
Além disso, cabe a essa polícia prevenir e reprimir o tráfico de drogas, o contrabando e o descaminho, sem
prejuízo da atuação dos demais órgãos públicos.
Por fim, ela exerce, ainda, as funções de polícia marítima, aeroportuária, de fronteiras, e, com exclusividade,
a função de polícia judiciária da União (BRASIL, 1988).
A polícia rodoviária federal e a polícia ferroviária federal, nos termos do Art. 144, §2º e §3º da CR/88, são
órgãos permanentes, organizados e mantidos pela União, estruturados em carreira, que se destinam,
respectivamente, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais e das ferrovias federais (BRASIL, 1988).
As polícias civis estaduais, conforme prevê o Art. 144, §4º da CR/88, possuem a função de polícia judiciária e
são responsáveis pela apuração de infrações penais, menos aquelas de competência da União e das polícias
militares (BRASIL, 1988).
As polícias militares, por sua vez, são responsáveis pela polícia ostensiva e pela preservação da ordem
pública, enquanto o corpo de bombeiros militares, além das atribuições previstas em lei, executam as
atividades de defesa civil (BRASIL, 1988).
As polícias penais possuem a função de preservar a segurança dos estabelecimentos penais e serão
vinculadas ao órgão que administra o sistema penal da unidade da federação a que fazem parte, conforme
determina o Art. 144, §5º-A da CR/88 (BRASIL, 1988).
A guarda municipal, por sua vez, poderá ser instituída pelos municípios, com o objetivo de proteger seus
bens, serviços e atividades.
As polícias militares, o corpo de bombeiros militares, as polícias civis e penais estaduais e distritais estão
subordinadas aos Governadores de Estados, do Distrito Federal e de territórios da federação (BRASIL, 1988).
A apuração das infrações penais caberá, em regra, à polícia judiciária, polícia federal ou civil estadual,
composta por agentes de segurança que realizam a investigação e atuam de maneira repressiva, ou seja, após
a prática do crime.
Excepcionalmente, a atribuição para a investigação será da polícia administrativa ou ostensiva, é o que
ocorre nos crimes militares, situação em que, praticado um crime militar, caberá a polícia militar exercer a
função investigativa (LOPES JR., 2021).
Concluída esta etapa podemos passar para o próximo tópico de nossa aula e verificar a aplicação do tema no
campo prático do instituto estudado. Vamos lá?
REPERCUSSÕES PRÁTICAS SOBRE OS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA
Caro estudante, aprofundando os nossos estudos, é hora de verificar a aplicação do instituto estudado na aula
de hoje no campo prático, com a apresentação do entendimento doutrinário e jurisprudencial dos tribunais
superiores sobre o tema, de modo a compreender as repercussões práticas da aplicação do instituto.
O Supremo Tribunal Federal, por meio do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 2861/SP,
firmou entendimento no sentido de que as Constituições estaduais podem criar órgãos ou entidades para o
desempenho de funções auxiliares às atividades policiais, sem atribuições de segurança pública.
O Supremo Tribunal Federal, por meio do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 2861/SP,
firmou entendimento no sentido de que as Constituições estaduais podem criar órgãos ou entidades para o
desempenho de funções auxiliares às atividades policiais, sem atribuições de segurança pública.
A carreira da polícia federal está regulamentada pelo Decreto-Lei nº 2.251/1985 e foi reorganizada por meio
da Lei 9.266/1996.
A carreira da polícia rodoviária federal está regulamentada pela Lei nº 9.654/1998.
A polícia penal foi criada pela Emenda Constitucional 104/2019 e pode ser federal ou estadual. A polícia penal
federal está vinculada ao Departamento Penitenciário Nacional, enquanto a estadual está vinculada ao órgão
que administra o sistema prisional em cada estado.
Em relação à polícia militar, corpo de bombeiros militares e polícia penal do Distrito Federal, há a
subordinação ao Governador do Distrito Federal, entretanto sua organização e manutenção são feitas pela
União, criando-se, portanto, um regime jurídico híbrido (LENZA, 2020).
A súmula vinculante 39 do Supremo Tribunal Federal determina que compete privativamente à União
legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar do
Distrito Federal (BRASIL, 2015).
A Lei nº 12.830/2013 disciplina a investigação conduzida pelo delegado de polícia (BRASIL, 2013).
A Lei nº 10.446/2002 dispõe sobre infrações penais de repercussão interestadual ou internacional que exigem
repressão uniforme e que terão a investigação presidida pela polícia federal (BRASIL, 2002).
O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Agravo em Recurso Extraordinário de número 654432, firmou
tese de repercussão geral no sentido de que a atividade policial é imprescindível para a manutençãoda
segurança pública, sendo impossível a sua substituição por segurança privada. Assim, analisando o interesse
público – manutenção da segurança pública – e o interesse particular – direito de greve dos servidores
públicos, conclui-se que o interesse público se sobressai sobre o particular, de modo que há a impossibilidade
do direito à greve por parte de carreiras policiais e de todos os servidores públicos que atuem diretamente na
área de segurança pública. Além disso, é obrigatória a participação do poder público em mediações classistas
das carreiras de segurança pública (BRASIL, 2017).
A Lei nº 13.022/2014 dispõe sobre o Estatuto Geral das Guardas Municipais. A competência geral da guarda
municipal é a proteção de bens, serviços, logradouros públicos municipais e instalações do município
(BRASIL, 2014).
O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o Recurso Extraordinário 658.570, firmou entendimento no sentido de
ser possível a atribuir à guarda municipal a atividade de lavrar auto de infração de trânsito. O entendimento
do tribunal foi no sentido de que a fiscalização de trânsito decorre do poder de polícia administrativa em
sentido amplo, a qual pode ser exercida por órgãos não policiais, não sendo atribuição exclusiva da polícia
ostensiva (BRASIL, 2015).
Em decisão monocrática proferida no julgamento da Medida Cautelar em habeas corpus de número HC
203.070 MC/SP, o Supremo Tribunal Federal entendeu que a guarda municipal não é dotada de atribuição de
polícia ostensiva, entretanto, é possível que, em situação de flagrante delito, possa efetuar prisão em flagrante
e apreensão de objetos do crime que se encontrem com o autor da infração (BRASIL, 2021).
Concluída esta etapa, podemos passar para a nossa próxima aula. Vamos lá?
VIDEOAULA
Assistiremos a um vídeo-resumo com a síntese do que foi desenvolvido na aula de hoje. De início, vamos
retomar o estudo dos órgãos de segurança pública e suas atribuições. Além disso, vamos resgatar o que foi
abordado sobre a polícia judiciária e suas funções, de modo a não deixar dúvidas sobre o que foi abordado
nesta aula.
 Saiba mais
Para permitir um aprofundamento do que foi exposto na aula de hoje, é importante a leitura do Capítulo
13, item 3.1 do Livro Direito Constitucional do autor Alexandre de Moraes, que faz reflexões sobre
vedação ao direito de greve aos servidores públicos integrantes das carreiras de segurança pública.
MORAES, A. de. Direito Constitucional. São Paulo: Grupo GEN, 2021. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597027648/. Acesso em: 21 abr. 2022.
Videoaula
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 3
ATIVIDADE POLICIAL
Na aula de hoje, continuaremos o estudo relacionado às Instituições e ao Sistema de Segurança
Pública no Brasil, especificamente em relação à atividade policial. Inicialmente,
conceituaremos a investigação policial e o seu objeto.
33 minutos
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597027648/
INTRODUÇÃO
Prezado estudante, bem-vindo à aula da disciplina de Criminalística, Segurança Pública e Privada. Na aula de
hoje, continuaremos o estudo relacionado às Instituições e ao Sistema de Segurança Pública no Brasil,
especificamente em relação à atividade policial. Inicialmente, conceituaremos a investigação policial e o seu
objeto. Em seguida, o nosso estudo se voltará para a inteligência policial e para os métodos extraordinários de
obtenção de provas admitidos no ordenamento jurídico. Por fim, veremos a aplicação dos institutos
estudados no ordenamento jurídico brasileiro, com a explanação do entendimento doutrinário e
jurisprudencial dos tribunais superiores sobre o tema, de modo a compreender as repercussões práticas da
aplicação do instituto. Vamos lá?!
NOÇÕES PRELIMINARES SOBRE INVESTIGAÇÃO E INTELIGÊNCIA POLICIAL
Caro estudante, inicialmente, trataremos da investigação e da inteligência policial.
A atuação policial é de extrema importância para a apuração de uma infração penal. A polícia possui a
função de ter um contato imediato com a infração penal após a sua prática, com os atos de repressão e
investigação.
Ao tomar conhecimento da prática de uma infração penal, a autoridade policial deve adotar as providências
necessárias para a identificação do autor da infração e a preservação de todos os elementos de materialidade
da infração penal.
O Art. 6º do Código de Processo Penal prevê um rol de diligências a serem desenvolvidas pela autoridade
policial, com a referida finalidade. Esse rol é exemplificativo, podendo a autoridade policial escolher outras
diligências que entender necessárias, tendo em vista a discricionaridade para a condução das investigações
(BRASIL, 1941).
Ocorre que nem sempre as diligências previstas no referido rol são suficientes para a investigação de
determinada infração penal.
A investigação policial é um conjunto de procedimentos que devem ser adotados para a apuração dos fatos e
levamentos dos elementos informativos que irão subsidiar a ação penal, portanto, a atuação da polícia na
investigação é reativa, no sentido de atuar apenas após a prática do fato. A inteligência policial, por sua vez, é
uma atividade proativa, no sentido de uma busca constante de informações sobre a prática de infrações
penais (PEREIRA et al, 2017).
Enquanto a investigação policial busca elementos para a repressão de uma infração penal consumada, a
inteligência policial, serve tanto para ações preventivas quanto para repressivas.
É necessário que haja o compartilhamento dos dados obtidos de modo a criar um sistema de informação
sobre as diversas modalidades da atividade criminosa e sua expansão, tanto em nível nacional quanto em
nível internacional (PEREIRA et al, 2017).
Inúmeros órgãos podem auxiliar as forças de segurança pública na obtenção dos dados de inteligência, como
o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, a Receita Federal, os Tribunais de Contas, o Ministério do
Trabalho, a Agência Brasileira de Inteligência, entre outros.
A Lei nº 9.883/1999 instituiu o Sistema Brasileiro de Inteligência, responsável pelo processo de obtenção,
análise e disseminação da informação necessária ao processo decisório do Poder Executivo, bem como pela
salvaguarda da informação contra o acesso de pessoas ou órgãos não autorizados. Além disso, criou a Agência
Brasileira de Inteligência, que é responsável por:
• Planejar e executar ações de obtenção e análise de dados para a produção de conhecimentos destinados a
assessorar o Presidente da República.
• Proteger conhecimentos sensíveis, relativos aos interesses e à segurança do Estado e da sociedade.
• Avaliar as ameaças, internas e externas, à ordem constitucional e promover o desenvolvimento da
inteligência e seu aprimoramento (BRASIL, 1999).
O COAF foi criado por meio da Lei nº 9.296/1996, para auxiliar no fornecimento de dados de operações
financeiras suspeitas que sirvam como indícios para crimes financeiros.
Além de tais órgãos, há alguns meios para a obtenção dos dados e elementos informativos da prática de
infrações penais que são colocados à disposição das polícias judiciárias, como a interceptação telefônica, a
infiltração de agentes, a ação controlada, a quebra do sigilo bancário e fiscal e o compartilhamento de dados
entre órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca de provas e informações de interesse da
investigação ou da instrução criminal.
Inicialmente, a previsão de obtenção de tais dados e elementos informativos estava disciplinada pela Lei nº
9.034/1995, que dispunha sobre a utilização de meios operacionais para a prevenção e repressão de ações
praticadas por organizações criminosas. Posteriormente, a referida lei foi revogada pela Lei nº 12.850/2013
(modificada pela Lei nº 13.964/2019), que define organização criminosa e dispõe sobre a investigação
criminal, sobre os meios de obtenção da prova, sobre as infrações penais correlatas e sobre o procedimento
criminal.
Concluída esta etapa podemospassar para o próximo tópico de nossa aula. Vamos lá?
APROFUNDANDO OS ESTUDOS SOBRE A INTELIGÊNCIA POLICIAL E OS
MÉTODOS EXTRAORDINÁRIOS DE OBTENÇÃO DE PROVAS
Meu caro estudante, é importante aprofundarmos os estudos sobre os temas estudados.
A polícia judiciária, como vimos, é a responsável pela persecução de infrações penais.
Tendo em vista a crescente estruturação do crime organizado e a modernização das práticas criminosas,
tornou-se necessário atualizar também os métodos investigativos, no sentido de reprimir e prevenir a prática
de infrações penais.
Com isso,  surge o papel da inteligência policial, que além de fornecer dados da criminalidade, mapeamento
das infrações e modos de execução, fornece subsídio para investigação e persecução de infrações penais
(PEREIRA et al., 2017).
Assim, além das diligências e dos meios de obtenção de elementos informativos ordinários previstos no
Código de Processo Penal, a legislação especial aperfeiçoa a produção de tais elementos, fornecendo meios
extraordinários de produção de elementos informativos para a subsidiar o início de uma ação penal,
diligências que serão realizadas pelos serviços de inteligência dos órgãos de segurança pública, de modo a
auxiliar o trabalho da polícia judiciária na atividade investigativa (PEREIRA et al., 2017).
A Lei nº 12.850/2013, ao atualizar as disposições sobre as organizações criminosas, apresenta e disciplina os
meios de obtenção de provas para a investigação de organizações criminosas e crimes relacionados. O Art. 3º
da referida lei dispõe que, em qualquer fase da persecução penal, além dos meios de obtenção de provas
ordinários, é possível eu haja:
• Colaboração premiada.
• Captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos.
• Ação controlada.
• Acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, de dados cadastrais em bancos de dados públicos ou
privados e informações eleitorais ou comerciais.
• Interceptação telefônica e telemática.
• Quebra de sigilo bancário e fiscal.
• Infiltração de agentes de polícia.
• Cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais e municipais na busca de informações que
interessem às investigações (BRASIL, 2013).
A Lei nº 11.343/2006 prevê, ainda, em seu Art. 53, a infiltração de agentes de polícia em tarefas de
investigação, constituída por órgãos especializados, e a inação policial sobre os portadores de drogas, seus
precursores químicos ou outros produtos utilizados em sua fabricação que se encontrem no território
nacional com a finalidade de identificar e responsabilizar o maior número de integrantes de operações de
tráfico e distribuição (BRASIL, 2006).
A Lei nº 13.441/2017 alterou a Lei nº 8.069/1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente – para prever a
infiltração de agentes de polícia na internet com a finalidade de investigar crimes contra a dignidade sexual
de crianças e adolescentes (BRASIL, 2017).
A Lei nº 9.613/1998, que dispõe sobre os crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, com as
modificações promovidas pela Lei nº 13.964/2019, prevê em seu Art. 1º, §6º, a possibilidade de infiltração de
agentes e ação controlada para apurar as referidas infrações (BRASIL, 1998).
É possível, ainda, verificar que, no sentido de obter dados sobre criminosos, a Lei nº 12.037/2009, que dispõe
sobre a identificação criminal, com as modificações promovidas pela Lei nº 12.654/2012, passou a prever a
coleta de perfil genético como forma de identificação criminal, disposições que posteriormente foram
modificadas pela Lei nº 13.964/2019 (BRASIL, 2009).
Além de prever inúmeros instrumentos legislativos internos, o Brasil se tornou obrigado internacionalmente
a adotar técnicas especiais de investigação a partir da adoção da Convenção das Nações Unidas contra o
Crime Organizado Transnacional, promulgada na ordem interna brasileira por meio do Decreto nº
5.015/2004.
Concluída esta etapa podemos passar para o próximo tópico de nossa aula e verificar a aplicação do tema no
campo prático instituto estudado. Vamos lá?
REPERCUSSÕES PRÁTICAS SOBRE A INTELIGÊNCIA POLICIAL E SEUS MÉTODOS 
Aprofundando os nossos estudos, é hora de verificar a aplicação do instituto estudado na aula de hoje no
campo prático, com a apresentação do entendimento doutrinário e jurisprudencial dos tribunais superiores
sobre o tema, de modo a compreender as repercussões práticas da aplicação do instituto.
A Lei nº 9.296/1996 permite a interceptação telefônica quando presentes os requisitos previstos em seu Art.
2º, quais sejam, indícios razoáveis de autoria e provas da suposta infração penal; que a prova não pode ser
feita por outros meios disponíveis e que o fato investigado constitui infração penal punida com pena de
reclusão (BRASIL, 1996).
O Superior Tribunal de Justiça já se posicionou no sentido de que a culpabilidade do agente, circunstância
judicial utilizada para a fixação da pena base, pode ser analisada de forma negativa em razão da necessidade
de infiltração policial para a investigação das infrações penais previstas no Art. 241-A e 241-B do Estatuto da
Criança e do Adolescente (BRASIL, 2019).
A ação controlada prevista no Art. 8º, §1º, da Lei nº 12.850/2013 não exige de autorização judicial. Entretanto,
é necessária a comunicação prévia ao Poder Judiciário, com a finalidade de proteger a investigação e afastar
possível crime de prevaricação ou infração administrativa do agente infiltrado, que responderá por abusos
cometidos durante a ação (BRASIL, 2020).
 O Superior Tribunal de Justiça já se posicionou no sentido de que a gravação ambiental realizada por um dos
interlocutores do diálogo prescinde de autorização judicial prévia (BRASIL, 2019a).
A ação controlada prevista no Art. 53, I da Lei nº 11.343/2006, exige prévia oitiva do Ministério Público e
autorização judicial, diferentemente da mesma medida prevista na Lei nº 12.850/2013, que exige apenas a
comunicação prévia ao juízo (BRASIL, 2017a).
O Art. 9º-A, da Lei de Execução Penal – Lei nº 7.210/1984, prevê que os condenados por crimes dolosos, com
violência de natureza grave contra pessoa, serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil
genético, mediante extração do DNA (BRASIL, 1984).
No âmbito do Supremo Tribunal Federal houve o reconhecimento de Repercussão Geral no Recurso
Extraordinário 973.837/MG, que se encontra pendente de julgamento no Supremo Tribunal Federal, que diz
respeito à produção de provas invasivas com a criação do banco de dados com perfil genético de DNA de
agentes condenados por crimes dolosos, com violência contra a pessoa ou crimes hediondos, prevista no Art.
9º-A da Lei nº 7.210/84.
O Superior Tribunal de Justiça absolveu um acusado do crime de estupro em razão da realização de exame de
DNA no qual não se verificou a coincidência de material genético encontrado na vítima e no suposto autor
dos fatos. Na decisão, o referido tribunal ressaltou a importância das provas científicas produzidas pela
polícia judiciária para o esclarecimento de infrações penais e a identificação de deus autores (BRASIL, 2021).
O STJ entende, ainda, que a quebra do sigilo de dados telefônicos, como histórico de chamadas, dados
cadastrais e extratos de ligações, não se submete à disciplina da Lei 9.296/1996, que trata exclusivamente da
interceptação das comunicações telefônicas (BRASIL, 2017b).
No âmbito do Supremo Tribunal Federal houve o reconhecimento de Repercussão Geral no Recurso
Extraordinário 1055941, que diz respeito à possibilidade de compartilhamento pela UIF e RFB com o
Ministério Público dos dados bancários de operações suspeitas.
O STF concedeu Medida Cautelar na ADI 6.529, no sentido de que o compartilhamento de dados entre os
órgãos componentes do Sistema Brasileiro de Inteligência e a ABIN podem ocorrer quando comprovado o
interesse público da medida, afastada qualquer possibilidade desses dados atenderem a interesses pessoais
ou privados. As solicitações devem ser fundamentadas; os dadosnão podem ser compartilhados de modo a
expor direitos fundamentais; é imprescindível o procedimento formalmente instaurado e a existência de
sistemas eletrônicos de segurança e de registro de acesso, inclusive para efeito de responsabilização, em caso
de eventual omissão desvio ou abuso (BRASIL, 2020a).
Concluída esta etapa, podemos passar para a nossa próxima aula. Vamos lá?
VIDEOAULA
Assistiremos a um vídeo-resumo com a síntese do que foi desenvolvido na aula de hoje. De início,
retomaremos o estudo desenvolvido sobre investigação policial e inteligência policial. Vamos resgatar o que
foi abordado sobre a polícia judiciária e os métodos extraordinários de obtenção de provas admitidos no
ordenamento jurídico pátrio, de modo a não deixar dúvidas sobre o que foi abordado na nossa aula.
 Saiba mais
Para permitir um aprofundamento do que foi exposto na aula de hoje, é importante a leitura da Parte 1,
Capítulo 1, do Livro Curso de Investigação Criminal do autor Marcelo Batlouni Mendroni, que apresenta
uma síntese da evolução da investigação criminal.
MENDRONI, M. B. Curso de investigação criminal, 3ª edição. São Paulo: Grupo GEN, 2013. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522476947/. Acesso em: 22 abr. 2022.
Videoaula
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
INTRODUÇÃO
Prezado estudante, bem-vindo à aula da disciplina de Criminalística, Segurança Pública e Privada. Na aula de
hoje, continuaremos o estudo relacionado ao Crime Organizado. Inicialmente, trataremos dos conceitos de
Direito Penal do inimigo e das velocidades do direito penal. Após, o nosso estudo se volta para a repressão ao
crime organizado, com o estudo da Lei de Organização Criminosa, da Lei Antiterrorismo e da Lei
Anticorrupção. Por fim, veremos a aplicação dos institutos estudados no ordenamento jurídico brasileiro,
com a explanação do entendimento doutrinário e jurisprudencial dos tribunais superiores sobre o tema, de
modo a compreender as repercussões práticas da aplicação do instituto. Vamos lá?!
NOÇÕES PRELIMINARES – DIREITO PENAL DO INIMIGO E DIREITO PENAL DE
TERCEIRA VELOCIDADE
Aula 4
CRIME ORGANIZADO
Inicialmente, trataremos dos conceitos de Direito Penal do inimigo e das velocidades do direito
penal.
27 minutos
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522476947/
Caro estudante, inicialmente, trataremos da Teoria do Direito Penal do Inimigo, das Velocidades do Direito
Penal e da repressão ao crime organizado.
O Direito Penal se desenvolve por meio de velocidades, segundo definição de Jesus-Maria Silva Sanchez,
sendo na concepção clássica, três velocidades. O Direito Penal de primeira velocidade é o modelo tradicional
de direito penal, que utiliza de maneira preferencial a pena privativa de liberdade com a máxima
observância dos direitos e garantias individuais (NUCCI, 2021).
A segunda velocidade do direito penal se distancia da pena privativa de liberdade, com a possibilidade de
medidas alternativas à prisão e a flexibilização de direitos e garantias fundamentais (NUCCI, 2021).
A terceira velocidade do Direito Penal compreende características das duas velocidades anteriores, utiliza da
primeira velocidade a pena privativa de liberdade e da segunda velocidade, a flexibilização de direitos e
garantias fundamentais, em que há um Direito Penal sem garantias fundamentais, com penas mais drásticas
que ultrapassam os limites do Direito Penal tradicional. A terceira velocidade do Direito Penal se aproxima do
Direito Penal do Inimigo (NUCCI, 2021).
A Teoria do Direito Penal do Inimigo foi desenvolvida por Günther Jakobs, que prevê que determinados
indivíduos devem ser considerados como inimigos, em distinção aos demais indivíduos que devem ser
considerados como cidadãos. A partir dessa divisão, o autor estabelece o Direito Penal do Inimigo, que se
contrapõe ao Direito Penal do Cidadão (NUCCI, 2021).
O Direito Penal do Cidadão se relaciona com a definição de ilícitos praticados por indivíduos de forma
incidental, considerados como simples abusos nas relações sociais em que participam como cidadãos. O
Direito Penal do Inimigo se relaciona com o indivíduo que demonstra que seu comportamento não é de
maneira incidental próprio de um cidadão. Nesse sentido, destina-se àqueles que se mostram como um
inimigo da sociedade e do Direito, uma vez que o seu comportamento criminoso é duradouro e não apenas
ocasional, o que não garante a segurança do seu comportamento (NUCCI, 2021).
O indivíduo se afasta do conceito de cidadão para o de inimigo a partir da reincidência, da habitualidade
delitiva e da integração em organizações criminosas estruturadas.
O Direito Penal do Inimigo é um Direito Penal de exceção que se afasta da finalidade do Direito Penal, uma
vez que consiste em uma guerra contra o inimigo e que a finalidade seria a sua exclusão, pois, por conta da
insegurança de seu comportamento como cidadão, ele não pode ser tratado como tal, tendo em vista o risco
de violar a segurança dos verdadeiros cidadãos (NUCCI, 2021).
Com isso, o tratamento conferido ao inimigo deve ser o mais rigoroso possível, com a supressão de direitos e
garantias durante toda a aplicação da lei penal, uma vez que ele rompeu de maneira permanente com o
ordenamento jurídico, deve ser considerado uma não pessoa, a qual o direito não se aplica (NUCCI, 2021).
A partir da Teoria do Direito Penal do Inimigo e da Terceira Velocidade do Direito Penal, surgiram
instrumentos legislativos de modo a perseguir as condutas praticadas por aqueles considerados inimigos do
Estado, como a Lei nº 12.850/2013, que trata das organizações criminosas; a Lei nº 12.846/2013, também
chamada de Lei Anticorrupção; e a Lei nº 12.260/2016, a Lei Antiterrorismo.
Concluída esta etapa podemos passar para o próximo tópico de nossa aula. Vamos lá?
APROFUNDANDO OS ESTUDOS SOBRE A REPRESSÃO AO CRIME ORGANIZADO
Caro estudante,  é importante aprofundarmos os estudos sobre os temas estudados.
O crime organizado é um grande problema das sociedades atuais. O crescimento das organizações criminosas
é uma ameaça para a sociedade e para o Estado Democrático de Direito.
Os antecedentes históricos do crime organizado de forma estruturada no Brasil indicam o seu surgimento
dentro de estabelecimentos prisionais em São Paulo e Rio de Janeiro, com a criação do Primeiro Comando da
Capital e do Comando Vermelho (MASSON; MARÇAL, 2021).
Com isso, tornou-se necessária a repressão a tais organizações, o que aconteceu primeiramente por meio da
Lei nº 9.034/1995, posteriormente revogada pela Lei nº 12.850/2013, que define a organização criminosa e
dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o
procedimento criminal.
Pela referida lei, organização criminosa é a associação de quatro ou mais pessoas estruturalmente organizada
e marcada pela divisão de tarefas, com o objetivo de obter, de maneira direta ou indireta, vantagem de
qualquer natureza, por meio da prática de infrações penais com pena máxima superior a quatro anos, ou que
sejam de caráter transnacional (BRASIL, 2013).
Com a entrada em vigor da referida lei, a organização criminosa deixa de ser uma forma de praticar
infrações penais e passa a ser crime autônomo. Assim, torna-se possível a punição do agente pela organização
criminosa e pelas infrações penais praticadas pela organização.
Com a necessidade de repressão às organizações criminosas, tornou-se necessário aperfeiçoar os métodos
investigativos, com a adoção de meios extraordinários de obtenção de provas, desde que previstos em lei, que
haja autorização legal em regra e que um juízo de proporcionalidade indique (MASSON; MARÇAL, 2021).
O Art. 3º da referida lei dispõe que além dos meios de obtenção de provas ordinários, é possível que haja, em
qualquer fase da persecução penal, a colaboração premiada; a captação ambiental de sinais
eletromagnéticos, ópticos ou acústicos; a ação controlada; o acesso de registrode ligações telefônicas e
telemáticas, dados cadastrais em bancos de dados públicos ou privados, informações eleitorais ou comerciais;
a interceptação telefônica e telemática; a quebra de sigilo bancário e fiscal; a infiltração de agentes de polícia
e a cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais e municipais na busca de informações que
interessem às investigações (BRASIL, 2013).
A Lei nº 13.260/2016 decorre de um mandado de criminalização feito a partir do Art. 5º, XLIII, da CR/88.
Antes da referida lei, não havia a previsão do referido crime no ordenamento jurídico brasileiro, o que
ocorreu com seu Art. 2º, que define o terrorismo como a prática, por um ou mais indivíduos, dos atos
previstos em seus incisos, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião,
quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, com a exposição a perigo de
pessoas, patrimônio, paz pública ou incolumidade pública (BRASIL, 2016).
A lei ainda pune os atos preparatórios de terrorismo, o de organização terrorista e o de financiamento ao
terrorismo e às organizações terroristas (BRASIL, 2016).
Nesse trilhar, há, ainda, a Lei nº 12.846/2013, também chamada de Lei Anticorrupção, que dispõe sobre a
responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração
pública, nacional ou estrangeira (BRASIL, 2016).
A lei prevê os atos lesivos à administração pública nacional ou estrangeira, o processo administrativo de
responsabilização da pessoa jurídica, o acordo de leniência e a responsabilização judicial da pessoa jurídica
(BRASIL, 2016).
Concluída esta etapa, podemos passar para o próximo tópico de nossa aula e verificar a aplicação do tema no
campo prático instituto estudado. Vamos lá?
REPERCUSSÕES PRÁTICAS A REPRESSÃO AO CRIME ORGANIZADO
Caro estudante, aprofundando os nossos estudos, é hora de verificar a aplicação do instituto estudado na aula
de hoje no campo prático, coma apresentação do entendimento doutrinário e jurisprudencial dos tribunais
superiores sobre o tema, de modo a compreender as repercussões práticas da aplicação do instituto.
O Superior Tribunal de Justiça entendeu pela manutenção de um preso em penitenciária federal, em razão da
periculosidade do agente, que possui papel de liderança em organização criminosa, com o objetivo de formar
célula do Estado Islâmico no Brasil e a disseminação de ideias terroristas em estabelecimento prisional
estadual (BRASIL, 2021).
O Superior Tribunal de Justiça já se posicionou no sentido de que o crime de organização criminosa só passou
a ser tipicamente previsto após a Lei nº 12.850/2013 e, por se tratar de lei penal mais gravosa, não é possível a
sua aplicação para condutas praticadas antes do início de sua vigência. Entretanto, por se tratar de crime
permanente, é possível a sua aplicação nos casos em que, embora o agente tenha constituído a organização
antes da vigência da nova lei, se a permanência ocorreu na sua vigência, conforme de determina a Súmula
711 do Supremo Tribunal Federal (BRASIL, 2020b).
O Supremo Tribunal Federal, indiretamente se posicionou no sentido de que, até a Lei nº 13.260/2016, não
havia a tipificação do crime de terrorismo, sendo que a previsão vaga de ‘atos de terrorismo’, contida no Art.
20, da Lei nº 7.170/1983, não era suficiente para determinar a punição para esse tipo de crime (BRASIL, 2014).
O Superior Tribunal de Justiça entende que o tipo penal do crime de terrorismo, previsto no Art. 2º da Lei nº
13.260/2016, necessita de uma motivação específica e de uma finalidade qualificada do agente, elementos sem
os quais, não há ocorrência do crime (BRASIL, 2019).
O tribunal entendeu, ainda, que a punição dos atos preparatórios para terrorismo consiste em um soldado de
reserva em relação ao crime de terrorismo, destinando a aplicação da lei à prática dos atos preparatórios do
terrorismo, exigindo, para aplicação, uma motivação específica e uma finalidade qualificada do agente,
elementos sem os quais não há ocorrência do crime (BRASIL, 2019).
É necessário que a Teoria do Direito Penal do Inimigo seja aplicada com cautela e não contamine o restante
da legislação penal e processual penal, uma vez que a sua aplicação viola direitos e garantias fundamentais, o
que não pode ser admitido no Estado Democrático de Direito. O Superior Tribunal de Justiça entendeu que a
utilização de fundamento da gravidade abstrata do crime e a suposição, sem qualquer fundamento concreto,
de que os agentes que praticaram o crime de tráfico de drogas seriam integrantes do crime organizado,
consiste em uma aplicação indevida da Teoria do Direito Penal do Inimigo (BRASIL, 2021a).
O Superior Tribunal de Justiça manteve a sanção de dissolução compulsória de pessoa jurídica, condenada
em ação civil pública, por ato previsto na Lei nº 12.846/2013 (BRASIL, 2020a).
O Superior Tribunal de Justiça entende que não é necessário a instauração de procedimento administrativo
para a apuração de infração contida na Lei nº 12.846/2013, entendendo pela independência entre a instância
administrativa e a judicial (BRASIL, 2020a).
O Superior Tribunal de Justiça entende que se enquadra no Art. 5º, capítulo V, da Lei nº 12.846/2013, a
conduta de dificultar atividade de investigação ou fiscalização de órgãos, entidades ou agentes públicos, que
abrange a constituição das chamadas empresas de fachada com o fim de frustrar a fiscalização tributária
(BRASIL, 2020a). Concluída esta etapa, podemos passar para a nossa próxima aula. Vamos lá?
VIDEOAULA
Caro estudante, assistiremos a um vídeo-resumo com a síntese do que foi desenvolvido na aula de hoje. De
início, retomaremos o estudo desenvolvido sobre a repressão ao crime organizado com o estudo da Lei de
Organização Criminosa, da Lei Anticorrupção e da Lei Antiterrorismo. Vamos resgatar o que foi abordado
sobre a Terceira Velocidade do Direito Penal e sobre a Teoria do Direito Penal do Inimigo, de modo a não
deixar dúvidas sobre o que foi abordado na nossa aula
 Saiba mais
Para permitir um aprofundamento do que foi exposto na aula de hoje, é importante a leitura da Parte 3,
Capítulo 5 do Livro Curso de Investigação Criminal, do autor Renato de Mello Jorge Silveira, que
apresenta reflexões sobre o acordo de leniência e mecanismos de denúncia, previstos na Lei
Anticorrupção.
SILVEIRA, R. de M. J. Compliance, Direito Penale lei anticorrupção, 1ª edição. São Paulo: Editora Saraiva,
2015. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502622098/. Acesso em: 21
abr. 2022.
Videoaula
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 1
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro
de 1988. Diário Oficial da União, Brasília, 5 out. 1988. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 21 abr. 2022.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Habeas Corpus 714520SP. Relator Ministro Antônio Saldanha Palheiro.
Data do julgamento: 11 de fevereiro de 2022. Disponível em:
https://processo.stj.jus.br/processo/dj/documento/mediado/?
tipo_documento=documento&componente=MON&sequencial=142996518&num_registro=202104066472&data
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BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Agravo em Recurso Especial 1697296/SE. Relator Ministro Ribeiro
Dantas. Data do julgamento: 27 de outubro de 2020. Disponível em:
https://processo.stj.jus.br/processo/dj/documento/mediado/?
tipo_documento=documento&componente=MON&sequencial=117245706&num_registro=202001026699&data
=20201029. Acesso em: 20 abr. 2022.
REFERÊNCIAS
7 minutos
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502622098/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
https://processo.stj.jus.br/processo/dj/documento/mediado/?tipo_documento=documento&componente=MON&sequencial=142996518&num_registro=202104066472&data=20211224https://processo.stj.jus.br/processo/dj/documento/mediado/?tipo_documento=documento&componente=MON&sequencial=117245706&num_registro=202001026699&data=20201029
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Habeas Corpus 394.343/SP. Relator Ministro Joel Ilan Paciornik. Data do
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Aula 2
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro
de 1988. Diário Oficial da União, Brasília, 5 out. 1988. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 21 abr. 2022.
BRASIL. Decreto-Lei nº 2.251, de 26 de fevereiro de 1985. Dispõe sobre a criação da Carreira Policial Federal e
seus cargos, fixa os valores de seus vencimentos e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 26
fev. 1985. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2251.htm. Acesso em: 21 abr.
2022.
BRASIL. Lei nº 9.266, de 15 de março de 1996. Reorganiza as classes da carreira policial federal, fixa a
remuneração dos cargos que as integram e dá outras. Diário Oficial da União, Brasília, 15 de mar. 1996.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9266.htm. Acesso em: 21 abr. 2022.
BRASIL. Lei nº 9.654, de 2 de junho de 1998. Cria a carreira de Policial Rodoviário Federal e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, 2 jun. 1998. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9654.htm. Acesso em: 21 abr. 2022.
BRASIL. Lei nº 12.830, de 20 de junho de 2013. Dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado
de polícia. Diário Oficial da União, Brasília, 20 jun. 2013. Disponível em:
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BRASIL. Lei nº 10.446, de 8 de maio de 2002. Dispõe sobre infrações penais de repercussão interestadual ou
internacional que exigem repressão uniforme, para os fins do disposto no inciso I do § 1o do Art. 144 da
Constituição. Diário Oficial da União, Brasília, 8 maio 2002. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10446.htm. Acesso em: 21 abr. 2022.
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https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597027648/
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BRASIL. Lei nº 13.022, de 8 de agosto de 2014. Dispõe sobre o Estatuto Geral das Guardas Municipais. Diário
Oficial da União, Brasília, 8 ago. 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
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BRASIL. Lei nº 13.675, de 11 de junho de 2018. Disciplina a organização e o funcionamento dos órgãos
responsáveis pela segurança pública, nos termos do § 7º do Art. 144 da Constituição Federal; cria a Política
Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS); institui o Sistema Único de Segurança Pública
(SUSP); altera a Lei Complementar nº 79, de 7 de janeiro de 1994, a Lei nº 10.201, de 14 de fevereiro de 2001, e
a Lei nº 11.530, de 24 de outubro de 2007; e revoga dispositivos da Lei nº 12.681, de 4 de julho de 2012. Diário
Oficial da União, Brasília, 11 jun. 2018. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
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02018.&text=Disciplina%20a%20organiza%C3%A7%C3%A3o%20e%20o,do%20%C2%A7%207%C2%BA%20do
%20Art. Acesso em: 21 abr. 2022.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 203070. Relator Ministro Nunes
Marques. Data do julgamento: 28 de junho de 2021. Disponível em:
https://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=15346879145&ext=.pdf. Acesso em: 20 abr. 2022.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Agravo em Recurso Extraordinário 654432. Constitucional. Garantia da
segurança interna, ordem pública e paz social. Interpretação teleológica dos art. 9º, § 1º, art. 37, VII, e art. 144,
da CF. Vedação absoluta ao exercício do direito de greve aos servidores públicos integrantes das carreiras de
segurança pública. Relator Ministro Edson Fachin. Data do julgamento: 5 de abril de 2017. Disponível em:
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14980135. Acesso em: 20 abr. 2022.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Agravo em Recurso Extraordinário 654432. Direito administrativo.
Recurso extraordinário. Poder de polícia. Imposição de multa de trânsito. Guarda municipal.
Constitucionalidade. Relator Ministro Marco Aurélio. Data do julgamento: 6 de agosto de 2015. Disponível em:
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=9486497. Acesso em: 20 abr. 2022.
JUNIOR, A. C. L. Direito Processual Penal. São Paulo: Editora Saraiva, 2021. Disponível em:
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LENZA, P. Esquematizado: Direito Constitucional. São Paulo: Editora Saraiva, 2020. Disponível em:
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MORAES, A. de. Direito Constitucional. São Paulo: Grupo GEN, 2021. Disponível em:
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MOTTA, S. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021. Disponível em:
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Aula 3
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro
de 1988. Diário Oficial da União, Brasília, 5 out. 1988. Disponível em
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Organizado Transnacional. Diário Oficial da União, Brasília, 12 mar. 2004. Disponível em:
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BRASIL. Decreto-Lei nº 3.689 de 3 de Outubro de 1941. Código de Processo Penal. Diário Oficial da União, Rio
de Janeiro, 3 de out. 1941. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/del3689compilado.htm. Acesso em: 21 abr. 2022.
BRASIL. Lei nº 7.210 de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Diário Oficial da União, Brasília,
12 fev. 1998. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm. Acesso em: 21 abr. 2022.
BRASIL. Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996. Regulamenta o inciso XII, parte final, do Art. 5° da Constituição
Federal. Diário Oficial da União, Brasília, 24 jul. 1996. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9296.htm. Acesso em: 21 abr. 2022.
BRASIL. Lei nº 9.883, de 7 de dezembro de 1999. Institui o Sistema Brasileiro de Inteligência, cria a Agência
Brasileira de Inteligência - ABIN, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 7 dez. 1999.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9883.htm. Acesso em: 21 abr. 2022.
BRASIL. Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998. Dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de bens,
direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o
Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF, e dá outras providências. Diário Oficial da União,
Brasília, 3 de mar. 1998. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9613.htm. Acesso em: 21 abr.
2022.
BRASIL. Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas -
Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e
dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de
drogas; define crimes e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 23 ago. 2006. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm. Acesso em: 21 abr. 2022.
BRASIL. Lei nº 12.037, de 1º de outubro de 2009. Dispõe sobre a identificação criminal do civilmente
identificado, regulamentando o Art. 5º, inciso LVIII, da Constituição Federal. Diário Oficial da União, Brasília,
1 out. 2009. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l12037.htm. Acesso
em: 21 abr. 2022.
BRASIL. Lei nº 12.850, de 2 de agosto de 2013. Define organização criminosa e dispõe sobre a investigação
criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal; altera o
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); revoga a Lei nº 9.034, de 3 de maio de 1995; e
dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 2 ago. 2013. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12850.htm. Acesso em: 21 abr. 2022.
BRASIL. Lei nº 13.441, de 08 de maio de 2017. Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança
e do Adolescente), para prever a infiltração de agentes de polícia na internet com o fim de investigar crimes
contra a dignidade sexual de criança e de adolescente. Diário Oficial da União, Brasília, 8 maio 2017.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13441.htm. Acesso em: 21 abr.
2022.
BRASIL. Lei nº 13.964, de 24 de dezembro de 2019. Aperfeiçoa a legislação penal e processual penal. Diário
Oficial da União, Brasília, 24 dez. 2019. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-
2022/2019/Lei/L13964.htm#art4. Acesso em: 21 abr. 2022.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial 1655072/MT. Recurso especial. Tráfico de drogas e
associação para o tráfico de drogas. Violação de dispositivo constitucional. Competência do supremo tribunal
federal. Ação controlada e interceptações telefônicas. Validade das provas obtidas. Absolvição. Súmula n. 7 do
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9296.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9883.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9613.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l12037.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12850.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13441.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
STJ. Continuidade delitiva. Impossibilidade. Reiteração criminosa. Competência. Falta de prequestionamento.
Incidência de uniformização de jurisprudência. Entrada em vigor do novo código de processo civil.
Interceptações telefônicas. Validade das provas obtidas. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa
extensão, não provido. Rel. Rogerio Schietti Cruz. Data do julgamento: 12 de dezembro de 2017a. Disponível
em: https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?
num_registro=201700354451&dt_publicacao=20/02/2018. Acesso em: 20 abr. 2022.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Agravo Regimental nos Embargos de Declaração nos Embargos de
Declaração no Agravo em Recurso Especial 1039417/RS. Agravo regimental nos embargos de declaração nos
embargos de declaração no agravo em recurso especial. Arts. 241-a e 241-b, ambos da Lei n. 8.069/1990.
Competência da justiça federal. Teses de cerceamento de defesa, de quebra de cadeia de custódia e de
flagrante forjado. Súmula n. 7 do STJ. Inépcia da inicial. Alegação prejudicada. Falta de comprovação do
dissídio jurisprudencial. Dosimetria da pena. Ausência de ilegalidade. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.
Rel. Rogerio Schietti Cruz. Data do julgamento: 8 de outubro de 2019. Disponível em:
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?
num_registro=201700052747&dt_publicacao=15/10/2019. Acesso em: 20 abr. 2022.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Agravo Regimental no Recurso Ordinário Constitucional 90.809/RJ.
Penal e processo penal. Agravo regimental no recurso em habeas corpus. Crime de extorsão, formação de
quadrilha e usurpação de função pública. Princípio da colegialidade. Não ocorrência. Cerceamento de defesa.
Inexistência de argumentos hábeis a desconstituir o decisório impugnado. Nulidade. Recebimento da
denúncia. Ausência de fundamentação. Excesso de prazo das interceptações telefônicas. Não ocorrência.
Agravo desprovido. Rel. Joel Ilan Paciornik. Data do julgamento: 26 de junho de 2018. Disponível em:
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?
num_registro=201702728245&dt_publicacao=01/08/2018. Acesso em: 20 abr. 2022.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Habeas Corpus 512.290/RJ. Habeas corpus. Organização criminosa.
Extorsão, concussão e extorsão mediante sequestro por policiais civis. Possibilidade de apoio de agência de
inteligência à investigação do ministério público. Não ocorrência de infiltração policial. Desnecessidade de
autorização judicial prévia para a ação controlada. Comunicação posterior que visa a proteger o trabalho
investigativo. Habeas corpus denegado.Rel. Rogerio Schietti Cruz. Data do julgamento: 18 de agosto de 2020.
Disponível em: https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?
num_registro=201901510669&dt_publicacao=25/08/2020. Acesso em: 20 abr. 2022.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Ordinário Constitucional 102.808/RJ. Recurso em habeas
corpus. Lavagem de capitais. Alegação de nulidade da prova. Inocorrência. Captação ambiental realizada por
delator premiado. Meio de obtenção de prova expressamente previsto no art. 3º, II, da Lei n. 12.850/2013.
Desnecessidade de prévia autorização judicial para sua realização. Precedentes. Recurso desprovido. Rel. Joel
Ilan Paciornik. Data do julgamento: 6 de agosto de 2019. Disponível em:
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?
num_registro=201802306784&dt_publicacao=15/08/2019. Acesso em: 20 abr. 2022.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Habeas Corpus 694.791/SP. Processo penal. Habeas corpus. Estupro de
vulnerável. Reconhecimento fotográfico realizado em sede policial. Inobservância do procedimento previsto
no art. 226 do CPP. Autoria estabelecida unicamente com base em reconhecimento efetuado pela vítima.
Laudo pericial de exame de DNA que concluiu que o perfil genético obtido do material coletado em exame
sexológico feito na vítima não é proveniente do paciente. Prova científica da inocência. Absolvição. Writ não
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201700354451&dt_publicacao=20/02/2018
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201700052747&dt_publicacao=15/10/2019
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201702728245&dt_publicacao=01/08/2018
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201901510669&dt_publicacao=25/08/2020
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201802306784&dt_publicacao=15/08/2019
conhecido. Ordem concedida de ofício. Rel. Ribeiro Dantas. Data do julgamento: 6 de agosto de 2019.
Disponível em: https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?
num_registro=202103016041&dt_publicacao=10/12/2021. Acesso em: 20 abr. 2022.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Ordinário Constitucional 66.088/PE. Recurso ordinário em
habeas corpus. Corrupção ativa. Quadrilha. Advocacia administrativa. Lavagem de dinheiro. Ilicitude da
prova obtida com as interceptações telefônicas. Seleção dos diálogos, mensagens de texto e e-mails gravados
pela autoridade policial. Não compartilhamento da íntegra do conteúdo monitorado com as partes.
Inexistência de parte das ligações devidamente justificada pela polícia federal. Ausência de provas de
descarte indevido pelos agentes responsáveis pela medida. Eiva não configurada. Desprovimento do reclamo.
Rel. Jorge Mussi. Data do julgamento: 27 de novembro de 2018a. Disponível em:
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?
num_registro=201503060379&dt_publicacao=05/12/2018. Acesso em: 20 abr. 2022.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Ordinário Constitucional 53.541/RJ. Recurso ordinário em
habeas corpus. Quadrilha. Denúncias anônimas imputando a prática de ilícitos. Realização de diligências
preliminares para a apuração da veracidade das informações. Constrangimento inexistente. Rel. Jorge Mussi.
Data do julgamento: 20 de setembro de 2017b. Disponível em:
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?
num_registro=201402976730&dt_publicacao=20/09/2017. Acesso em: 20 abr. 2022.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade 6529. Direito
constitucional. Ação direta de inconstitucionalidade. Parágrafo único do art. 4º da Lei n. 9.883/99. Interesse
público formalmente demonstrado como único elemento legitimador do desempenho administrativo.
Vedação ao abuso de direito e ao desvio de finalidade. Obrigatoriedade de motivação do ato administrativo
que solicita dados de inteligência aos órgãos do sistema brasileiro de inteligência. Necessária observância da
cláusula de reserva de jurisdição. Deferimento parcial da medida cautelar para dar interpretação conforme
ao parágrafo único do art. 4º da Lei n. 9.883/99. Rel. Cármen Lúcia. Data do julgamento: 13 de outubro de
2020a. Disponível em: https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=754105657.
Acesso em: 20 abr. 2022.
MENDRONI, M. B. Curso de investigação criminal, 3ª edição. São Paulo: Grupo GEN, 2013. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522476947/. Acesso em: 22 abr. 2022.
PEREIRA, E. da S.; WERNER, G. Cunha; VALENTE, M. M. G. Criminalidade Organizada: Investigação, Direito e
Ciência. São Paulo: Grupo Almedina (Portugal), 2017. 9788584933143. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788584933143/. Acesso em: 22 abr. 2022.
Aula 4
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Prisão Preventiva para fins extradicionais 730 QO. Prisão preventiva para
fins extradicionais – extraditando submetido a investigação penal pela suposta prática do “crime de
terrorismo” – controvérsia doutrinária existente em torno da definição e da tipificação penal dos atos de
terrorismo no ordenamento positivo brasileiro – indefinição, no plano internacional, do conceito de
terrorismo para efeito de sua prevenção e repressão – convenção interamericana contra o terrorismo (2002) –
o repúdio ao terrorismo e a rejeição da exceção de delinquência política – precedente do supremo tribunal
federal (Ext 855/Chile, Rel. Min. Celso de mello) – o postulado da tipicidade (ou da dupla incriminação) como
um dos requisitos necessários ao atendimento do pedido de extradição (e, também, à decretação da prisão
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=202103016041&dt_publicacao=10/12/2021
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201503060379&dt_publicacao=05/12/2018
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201402976730&dt_publicacao=20/09/2017
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=754105657
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522476947/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788584933143/
cautelar para efeitos extradicionais) – postulação deduzida por estado estrangeiro que não observa requisitos
impostos pelo tratado bilateral de extradição celebrado com o brasil – “pacta sunt servanda” – pedido de
prisão cautelar para efeitos extradicionais insuscetível de acolhimento, por estar insuficientemente instruído
– necessidade de diligências complementares – determinação do relator para que a instrução documental
fosse complementada – imprescindibilidade dos elementos faltantes (descrição dos fatos imputados,
indicação do tempo e local de sua suposta ocorrência, identificação do órgão judiciário competente para o
processo e julgamento do ilícito penal e cópia das normas concernentes ao regime jurídico da prescrição
penal no estado requerente) – notificação formal da missão diplomática do estado requerente – não
atendimento dessa determinação judicial – descumprimento de obrigação jurídico- -processual que incumbe,
exclusivamente, ao estado requerente – precedentes – pedido de prisão cautelar para efeitos extradicionais
não conhecido – processo julgado extinto. Relator Ministro Celso de Mello. Data do julgamento: 16 de
dezembro de 2014. Disponível em: https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?
docTP=TP&docID=7866348. Acesso em: 20 abr. 2022.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Ordinário Constitucional 109.122/DF. Recurso ordinário em
habeas corpus. Lavagem de dinheiro. Organização criminosa. Jogo do bicho. Trancamento da ação penal.
Inépcia da denúncia. Falta de justa causa. Desentranhamento de elementos de prova. Recurso desprovido.
Relator Ministro Ribeiro Dantas. Data do julgamento: 15 de setembro de 2020b. Disponível em:
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?
num_registro=201900653889&dt_publicacao=21/09/2020. Acesso em: 20

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