Buscar

Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Matérias-primas utilizadas em 
formulações cosméticas
Apresentação
Durante muito tempo, os excipientes eram considerados substâncias inertes, sem qualquer efeito 
biológico sobre a pele. Hoje, sabe-se que muitas matérias-primas utilizadas como adjuvantes na 
formulação apresentam propriedades importantes na fisiologia cutânea, com efeitos terapêuticos 
ou até reações adversas.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar as principais matérias-primas utilizadas nos 
cosméticos e entender a importância de cada uma no desenvolvimento da formulação, bem como 
seu efeito sobre a pele. Também irá aprender sobre alguns componentes responsáveis por reações 
cutâneas comuns ao uso dos cosméticos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar componentes primários (emolientes, umectantes, tensoativos, filtros solares e 
espessantes).
•
Relacionar todos os componentes primários identificados à interferência na fisiologia cutânea.•
Reconhecer riscos pelo uso de cosméticos associados a componentes secundários 
(conservantes, corantes, fragrâncias, antioxidantes).
•
Desafio
Já faz algum tempo que, ao comprar um protetor solar, é preciso se preocupar não apenas com o 
fator de proteção contra os raios UVB, mas, também, com a proteção anti-UVA. Recentemente, 
muitos produtos estão apresentando, além da proteção contra a radiação ultravioleta, ativos contra 
a luz visível e azul.
Imagine a seguinte situação: a cliente Marta chega ao seu consultório com um produto que acabou 
de comprar, mas está em dúvida quanto aos efeitos. Observe o rótulo do produto.
Agora, responda:
1. Como você explicaria para a cliente por que existem dois números de fotoproteção, e qual a 
importância de cada um?
2. Qual a importância da proteção contra luz visível, azul e infravermelho?
3. Que tipos de ativos podem auxiliar nessa proteção?
Infográfico
Os produtos cosméticos são formados por uma série de matérias-primas e, muitas vezes, por 
associações de componentes com características semelhantes. Isso melhora a performance do 
produto. Saber identificar os componentes e as propriedades de cada um é de extrema relevância 
para o profissional de Estética.
Veja, no Infográfico a seguir, as matérias-primas de um creme com proteção solar, além das funções 
que cada uma delas exerce na formulação e na pele. 
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/f2ed9968-bcc6-415a-ba03-92dc23ade2e7/e362c315-c4ed-4d90-b1c3-ccb4b646acb9.png
Conteúdo do livro
Matéria-prima é toda substância ativa ou inativa, com especificação definida, empregada no 
preparo de medicamentos e de outros produtos, como os cosméticos. Existem diversas classes de 
matérias-primas de acordo com as funções exercidas, como: aumentar a estabilidade do produto; 
melhorar o sensorial, conferindo maior espalhabilidade, além de cor e odor agradáveis; promover 
melhor a permeação cutânea; solubilizar componentes durante o desenvolvimento da forma 
farmacêutica; entre outras.
No capítulo Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas, da obra Formulações em 
Cosmetologia, você vai estudar algumas das matérias-primas mais utilizadas no desenvolvimento de 
um cosmético. Ainda, você verá as características e as funções dos umectantes, emolientes, 
espessantes e filtros solares no produto, além de compreender a importância desses componentes 
na fisiologia cutânea, como eles agem na pele. Por fim, você verá os componentes secundários da 
formulação, como os conservantes, os corantes, as fragrâncias e os antioxidantes e qual a sua 
relação com algumas reações cutâneas.
Boa leitura.
FORMULAÇÕES EM 
COSMETOLOGIA
Alexandra Allemand
Matérias-primas utilizadas 
em formulações cosméticas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar os componentes primários, como emolientes, umectantes, 
tensoativos, filtros solares e espessantes.
 � Relacionar todos os componentes primários identificados à interfe-
rência na fisiologia cutânea.
 � Reconhecer os riscos pelo uso de cosméticos associados aos com-
ponentes secundários, como conservantes, corantes, fragrâncias e 
antioxidantes.
Introdução
Neste capítulo, você estudará algumas das matérias-primas mais utilizadas 
no desenvolvimento de um cosmético, bem como as características e 
funções de umectantes, emolientes, espessantes e filtros solares nesse 
produto. 
Você compreenderá também a importância desses componentes 
na fisiologia cutânea, como eles agem na pele; os componentes secun-
dários da formulação, por exemplo, conservantes, corantes, fragrâncias 
e antioxidantes, e qual a sua relação com algumas reações cutâneas.
Componentes primários da formulação 
cosmética
Os umectantes e emolientes são matérias-primas muito utilizadas em asso-
ciação para promover hidratação e maciez à pele. 
Os umectantes pertencem a um grupo de compostos hidrofílicos e, devido 
à sua propriedade higroscópica de absorção de água, são capazes de retê-la 
na formulação evitando seu ressecamento. Muitos deles também apresentam 
propriedade de emoliência. Um dos seus principais representantes é a glicerina, 
frequentemente utilizada pelo seu baixo custo e pela alta eficácia (CORRÊA, 
2012; RIBEIRO, 2010).
Já os emolientes, além dos benefícios para a pele, melhoram as caracte-
rísticas da formulação cosmética, bem como a espalhabilidade, sensação ao 
toque e viscosidade, podendo promover maior duração do efeito e poder de 
propagação. Eles são representados pelos óleos, que podem ser quimicamente 
diferentes, alguns mais hidrofílicos, leves e não pegajosos; e outros mais 
lipofílicos e, portanto, mais oleosos (LIPIZENČIĆ; PAŠTAR; MARINOVIĆ-
KULIŠIĆ, 2006).
Os espessantes, por sua vez, são excipientes utilizados para aumentar a 
viscosidade do produto e melhorar sua estabilidade, podem ser chamados 
também de agentes de viscosidade ou doadores de consistência. Usa-se alguns 
deles, denominados de agentes suspensores, em muitas formulações para 
reduzir a velocidade de sedimentação de partículas dispersas em um veículo 
no qual não são solúveis. Alguns agentes geleificantes também apresentam a 
propriedade de espessamento (FERREIRA, 2011).
Muitos compostos apresentam mais de uma propriedade, podendo ser 
umectante e emoliente ao mesmo tempo ou emoliente e espessante, por exem-
plo. Já a predominância de uma propriedade sobre a outra é determinada pela 
concentração usada para cada matéria-prima.
O Quadro 1 demonstra alguns exemplos de substâncias umectantes, emo-
lientes e espessantes.
Substância Umectante Emoliente Espessante
Glycerin x
Propylene glycol x
Sorbitol x
Trehalose x
Lanolin x
Liquid paraffin (mineral oil) x
Paraffin x X
Quadro 1. Substâncias umectantes, emolientes e espessantes
(Continua)
Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas2
Fonte: Rowe, Shesket e Fuinn (2009).
Substância Umectante Emoliente Espessante
Almond oil x
Cetostearyl alcohol x X
Carboxymethylcellulose (CMC) X
Ethylcellulose (HEC) X
Carbômeros (polycarbophil, 
etc.)
X
Xanthan gum X
Quadro 1. Substâncias umectantes, emolientes e espessantes
Os tensoativos constituem outro tipo de matéria-prima utilizada em diversas 
formulações cosméticas e têm a capacidade de alterar a tensão superficial, permi-
tindo formulações mais estáveis e uniformes, devido à sua propriedade molecular 
de ter afinidade com substâncias hidrossolúveis e lipossolúveis. Por isso, eles são 
muito empregados no preparo de emulsões, que se tratam de formas farmacêuticas 
caracterizadas por componentes oleosos e aquosos. Além disso, apresentam 
características como detergência e formação de espuma, sendo matérias-primas 
indispensáveis na formulação de sabonetes e xampus (FERREIRA, 2011).
Você deve se lembrar de que a polaridade é a principal característica a ser 
considerada quando se escolheum tensoativo para uma aplicação. 
Os tensoativos aniônicos, ao se ionizarem em solução aquosa, fornecem 
íons orgânicos carregados negativamente. Eles constituem sua maior classe e 
a mais utilizada pela indústria em geral, bem como são os principais tensoati-
vos de sabões, sabonetes, xampus e detergentes. Por exemplo: sodium lauryl 
sulfate, disodium laureth sulfossuccinate, docusate sodium, triethanolamine 
(TEA) lauryl sulfate e ammonium lauryl sulfate.
Já os catiônicos, ao se ionizarem em solução aquosa, fornecem íons orgâ-
nicos carregados positivamente e são, em geral, utilizados na composição de 
produtos como condicionadores, máscaras capilares e amaciantes de roupas. 
Seus agentes têm propriedades antiestáticas, capacidade de adesão à superfície, 
alinhamento de fibras têxteis e dos cabelos, tornando os fios e tecidos mais 
macios. Constituem uma classe representada por poucos tensoativos. Por 
exemplo: cetrimonium chlorid, cetylpyridinium chloride.
(Continuação)
3Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas
Os tensoativos não iônicos possuem grupos hidrofílicos sem carga ligados 
à cadeia graxa, compatíveis com a maioria das matérias-primas, apresentam 
baixa irritabilidade à pele e aos olhos, mas têm baixo poder de espuma e 
detergência. Devido a essas propriedades, são muito usados em xampus e 
sabonetes infantis. Por exemplo: cocamide diethanolamine (DEA), decyl 
glucoside, lauryl glucoside.
Os tensoativos anfóteros, por sua vez, fornecem íons orgânicos carregados 
positiva ou negativamente, dependendo do pH do meio, eles se comportam 
como tensoativos aniônicos ou catiônicos em meio alcalino ou ácido respec-
tivamente. Por exemplo: cocamidopropyl betaine, sodium cocoamphoacetate 
(DALTIN, 2011).
A definição clássica de protetor solar, segundo Pathak (1997), é um pro-
duto destinado a bloquear o sol e proteger ou abrigar células viáveis da pele 
contra efeitos potencialmente danosos da radiação ultravioleta (UV), como 
queimadura solar e câncer de pele. Já pelos conceitos atuais, fotoprotetores 
tópicos, protetores ou filtros solares são substâncias de aplicação cutânea 
em diferentes apresentações que contenham em sua formulação ingredien-
tes capazes de interferir na radiação solar, reduzindo seus efeitos deletérios 
(SCHALKA; REIS, 2011).
Essas substâncias podem ser classificadas quanto à categoria química em 
filtros inorgânicos e orgânicos; à sua solubilidade em lipofílicos e hidrofílicos; 
e ao espectro de absorção em filtros absorvedores ou refletores/refratores de 
radiação UVA e/ou UVB (RIBEIRO, 2010; SCHALKA; REIS, 2011).
Os filtros inorgânicos são substâncias fotoestáveis que protegem a pele 
da radiação UV por reflexão, dispersão e/ou absorção de UV, dependendo do 
tamanho da partícula de cada agente fotoprotetor (KEDE; SABATOVICH, 
2009). As partículas de óxidos metálicos presentes neles são capazes de, por 
mecanismo óptico, refletir ou dispersar a radiação incidente (SCHALKA; 
REIS, 2011). Eles formam uma barreira sobre a pele, refletindo, dispersando e 
absorvendo a luz UV. Na reflexão e dispersão, a luz incidente nessas partículas 
inorgânicas é redirecionada, refletindo de volta ou espalhando por vários 
diferentes caminhos, trata-se de um processo responsável pela translucência 
ou opacidade das partículas de filtros inorgânicos aplicadas sobre a pele 
(RIBEIRO, 2010).
O índice de refração de um material é uma propriedade intrínseca, portanto, 
fixa, e quanto maior ele for, maior será sua capacidade de refletir a luz. Por 
isso, o dióxido de titânio (TiO2), na mesma concentração que o óxido de zinco 
(ZnO), tem melhor efeito fotoprotetor e deixa a pele mais opaca, esbranquiçada 
(RIBEIRO, 2010).
Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas4
Os principais representantes dos filtros inorgânicos são o ZnO e o TiO2, 
usados geralmente em associação com os orgânicos, e abrangem tanto a 
proteção contra os raios UVB como UVA (SCHALKA; REIS, 2011; KEDE; 
SABATOVICH, 2009) — tratam-se de semicondutores, capazes também de 
absorver essa radiação. Quando estão sob a ação da luz UV, os elétrons dessas 
moléculas são excitados, e a luz é convertida em outra forma de energia, como 
o calor. O TiO2 tem a capacidade de absorver o UVB, mas não o UVA, que 
pode ser refletido dependendo do tamanho das moléculas do filtro; já o ZnO 
absorve a radiação UV em toda sua extensão.
O tamanho da partícula também influencia no efeito sobre a radiação, 
e essa condição pode ser alterada na cosmetologia. A redução do TiO2 para 
tamanhos inferiores a 40 nm aumenta sua absorção na faixa do UVB e dimi-
nui sua reflexão do UVA, tornando-o menos eficaz como protetor na região 
do UVA. Com a redução do TiO2 e ZnO, consegue-se minimizar a interação 
dessas partículas com a luz visível, mantendo o filme transparente sobre a 
pele, tendo uma melhor aceitação estética. Portanto, os filtros inorgânicos são 
comercializados na forma regular, com tamanhos superiores a 200 nm, e na 
forma micronizada, variando entre 10 a 110 nm (RIBEIRO, 2010).
Já os filtros orgânicos ou químicos são moléculas que atuam por absorção 
da radiação UV. Dependendo da capacidade de absorver comprimentos de 
onda mais curtos ou mais longos, eles se subclassificam em filtros UVA, 
UVB e de amplo espectro, UVA e UVB (SCHALKA; REIS, 2011; KEDE; 
SABATOVICH, 2009). Esses filtros podem ser classificados segundo a sua 
estrutura química, como você pode ver a seguir.
 � Derivados do ácido para-aminobenzoico (PABA) — para-aminoben-
zoato de etil dihidroxipropila e para-aminobenzoato de octil dimetila 
(octildimetilPABA ou padimato O).
 � Derivados dos salicilatos — salicilato de trietanolamina e salicilato de octila.
 � Derivados dos cinamatos — parametoxinamato de dietanolamida, 
parametoxinamato de isoamila e parametoxinamato de 2-etil-hexila 
(parametoxinamato de octila). 
 � Derivados da benzofenona — benzofenona 2, benzofenona 3, benzo-
fenona 4, benzofenona 5 e benzofenona 8.
 � Derivados de dibenzoilmetano — butil metoxi-dibenzoilmetano (avo-
benzona). Esse filtro é utilizado com a finalidade de proteção UVA, 
porém tem alta fotoinstabilidade e sofre isomerização irreversível sob 
ação do UV, que leva à diminuição de sua capacidade protetora.
 � Derivados de antranilato — antranilato de metila. 
5Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas
 � Derivados da cânfora — metilbenzidileno cânfora e benzildileno cân-
fora. São altamente eficazes contra a radiação UVB, além de apresen-
tarem fotoestabilidade.
 � Derivados do fenilbenzimidazol — ácido fenilbenzimidazol sufônico, 
fenil dibenzimidazol tetrasulfonato de sódio.
 � Derivados do benzotriazol — metileno-bis-benzotriazolil tetrametilbu-
tilfenol e trisiloxano dro-metriazol, sendo o mais conhecido no Brasil o 
metileno-bis-benzotriazolil tetrametilbutilfenol (Trinosorb M®). Somada 
à fotoestabilidade desse composto, tem-se o amplo espectro de proteção 
UV, praticamente capaz de cobrir toda a faixa do UVB e UVA. Por 
ter alto peso molecular, permeia pouco na pele, fato que lhe confere 
menor toxicidade cutânea, se comparado aos outros filtros tradicionais.
 � Derivados da triazina — bis-etilhexiloxifenol metoxifenil triazina (Tri-
nosorb S®), butamido triazona de etilexila e octil triazola (este último tem 
alto poder de absorção na região do UVB em baixas concentrações e alta 
fotoestabilidade). O Trinosorb S®, assim como Trinosorb M®, é fotoestável 
e tem amplo espectro de absorção na faixa do UV, como maior poder de 
absorção na faixa do UVB e no UVA até 360 nm. A partir desse com-
primento de onda, diminui sua eficácia se comparada ao Trinosorb M®. 
Você deve conhecer a legislação vigente sobre as substâncias permitidas pela Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para produtos de higiene pessoal, cosméticos 
e perfumes. Você tem acesso às listas atualizadas nos links a seguir:
Lista de corantes permitidos para uso em cosméticos —
https://goo.gl/rLyPXa
Lista de substâncias, incluindo fragrâncias, que os produtoscosméticos e perfumes 
não devem conter, exceto nas condições e com as restrições estabelecidas —
https://goo.gl/KK5siz
Lista de filtros UV permitidos para uso em cosméticos —
https://goo.gl/xcThna
Lista de substâncias de ação conservante para uso em cosméticos —
https://goo.gl/JiWyGz
Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas6
Efeitos dos componentes primários sobre a pele
Umectantes
O papel do umectante na pele é hidratação, devido principalmente à sua 
propriedade higroscópica, ou seja, pela capacidade de absorção de água 
a partir da derme (RIBEIRO, 2010). Substâncias umectantes previnem 
a evaporação hídrica por meio da ligação molecular com a água e, no 
estrato córneo, há algumas, altamente higroscópicas, que fazem parte do 
fator natural de hidratação (FNH) e constituem fontes de matérias-primas 
utilizadas em produtos hidratantes, como ureia, lactato de sódio, lactato de 
amônio, ácido 2-pirrolidono-5-carboxilico sódico (PCA Na), polietilenoglicol 
(PEG), aminoácidos, entre outros. Entretanto, nem todos os umectantes são 
integrantes do FNH, por exemplo, glicerina, ácido hialurônico, quitosana 
e condroitina. 
Dependendo do peso molecular, eles permeiam a pele ou permanecem na 
superfície cutânea, formando um filme hidrofílico sobre a camada córnea, 
aumentando a retenção de água nessa superfície e podendo ser classificados 
como umectantes ativos ou superficiais respectivamente (RIBERO, 2010; 
RAWLINGS; HARDING, 2004).
A ureia, comumente utilizada em produtos hidratantes em concentrações 
que variam de 3 a 5%, é considerada um umectante ativo, e a glicerina pode 
ser usada em concentrações de 1 a 10% como umectante superficial (RIBERO, 
2010).
Segundo Lodén et al. (2001), a solução aquosa de glicerina em pele normal 
reduz a perda transepidérmica de água por algumas horas; já a aplicação a 20% 
em emulsões não proporcionou efeitos significativos. Estudos demonstraram 
que não há diferenças relevantes entre ureia e glicerina no tratamento de 
dermatites atópicas (LODÉN et al., 2002). 
De acordo com Albèr (2015), os mecanismos pelos quais os umectantes 
interagem com a pele estão longe de serem totalmente compreendidos, e sua 
compreensão pode aumentar as possibilidades de adequar os produtos às várias 
anormalidades da pele. Um estudo publicado em 2015 investigou os efeitos de 
umectantes de alto (ácido hialurônico) e baixo peso molecular (ureia e glicerol), 
suas interações com a água, bem como seu efeito sobre as propriedades de 
barreira da camada mais externa da pele, o estrato córneo. Em contraste com 
os umectantes de baixo peso molecular, concluiu-se que o ácido hialurônico 
(17 kDa) não penetra na barreira da pele devido ao tamanho, além disso, o 
estudo mostrou que a ureia e o glicerol melhoram a hidratação da pele.
7Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas
Assim como o ácido hialurônico, outros polissacarídeos são capazes de 
formar um filme sobre a pele, absorvendo e retendo a água na superfície 
da camada córnea. A quitosana é produzida industrialmente a partir da N-
-desacetilação química da quitina, um dos polissacarídeos mais abundantes 
encontrados na natureza, como em crustáceos, moluscos ou insetos. Zhang 
et al. (2000) utilizaram a estrutura molecular desse ácido como modelo para 
criar derivados da quitosana e desenvolver um cosmético com propriedades 
umectantes.
A quitosana forma um fino filme que, além de ajudar a manter a oleosi-
dade e a hidratação, protege a pele de agressões externas (LARANJEIRA; 
FÁVERE, 2009). Sua propriedade formadora de filme se deve a sua carga global 
positiva que interage com tecidos carregados negativos como pele e cabelo. 
Em cosméticos para os cabelos, por exemplo, sua forma de interação com a 
queratina dos cabelos proporciona mais brilho que os polímeros sintéticos 
e apresenta maior estabilidade em alta umidade, diminuindo a tendência à 
adesão e a formação de carga estática, facilitando a escovação e o penteado 
(SILVA; SANTOS; FERREIRA, 2006).
Emolientes
Os emolientes constituem um tipo de matéria-prima que tem a capacidade 
de tornar a pele mais macia e flexível. Representados pelos óleos, sobretudo 
os vegetais, eles geram benefícios ao tecido cutâneo, pois são os principais 
constituintes das membranas celulares, além de manterem o nível de água 
adequado no estrato córneo (SILVA, 2009). Por isso, pode-se considerá-los 
agentes hidratantes ou nutritivos, restaurando o equilíbrio fisiológico da pele 
e mantendo o filme hidrolipídico.
A função hidratante dos emolientes ocorre por meio da ação mecânica sobre 
a pele. Sua propriedade oclusiva impede que a água presente nas camadas da 
pele evapore, portanto, pode-se afirmar que eles têm uma ação antidesidra-
tante. Eles auxiliam na impermeabilização da barreira hidrolipídica, o que 
resulta em uma maior quantidade de água retida, permitindo a hidratação e 
melhora da aparência do estrato córneo. Já a presença da umidade no interior 
dessas células córneas mantém a elasticidade, flexibilidade e maciez da pele 
(LIPIZENČIĆ; PAŠTAR; MARINOVIĆ-KULIŠIĆ, 2006). Para potencializar o 
efeito, os emolientes devem ser aplicados na pele após o banho, pois apreendem 
a água no estrato córneo (SILVA, 2009).
Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas8
Os emolientes também têm ação nutritiva, pois ajudam a compensar a 
deficiência lipídica natural da pele e fortalecem sua estrutura, melhorando a 
coesão no cimento intercelular e evitando, assim, a perda de água e a alteração 
da pele (LIPIZENČIĆ; PAŠTAR; MARINOVIĆ-KULIŠIĆ, 2006).
O estrato córneo contém, naturalmente, substâncias emolientes, como 
ceramidas, ácidos graxos livres e colesterol. Os óleos vegetais estão sendo 
amplamente empregados em formulações de uso tópico, pois têm em sua 
composição ácidos graxos semelhantes aos encontrados na epiderme (SILVA, 
2009). Os ricos em ácidos graxos monoinsaturados e poli-insaturados são os 
preferidos, uma vez que esses triglicerídeos reduzem gradativamente com o 
envelhecimento (RIBEIRO, 2010).
Além da composição de ácidos graxos, alguns óleos podem ter vitaminas, 
oligoelementos e compostos com atividade antioxidantes, sendo, portanto, 
considerados nutritivos e muito úteis para o tratamento de peles envelheci-
das, por exemplo, o óleo da castanha-do-pará, que contém vitaminas A, B 
e E, bem como selênio, um mineral importante com atividade antioxidante 
(RIBEIRO, 2010).
Devido às suas propriedades, os emolientes são muito utilizados para fins 
estéticos a fim de evitar a aparência de pele seca e constituem um importante 
grupo de agentes usados para prevenção e tratamento de distúrbios cutâneos, 
que apresentam como características pele seca, descamação e perda da função 
barreira, por exemplo, a dermatite atópica (SIMPSON et al., 2014).
Tensoativos
Nos sistemas biológicos, os efeitos dos tensoativos são complexos, por serem 
capazes de interagir com proteínas e lipídios no estrato córneo e, portanto, 
levar às alterações na permeabilidade das membranas celulares. Isso é parti-
cularmente relevante, considerando que o estrato córneo é a principal barreira 
natural de permeação da pele. Além de reduzirem a tensão superficial, eles 
provocam a desnaturação reversível das proteínas da pele e reduzem de modo 
marcante a capacidade do tecido subcutâneo de reter água ligada à mem-
brana — essa redução da força da barreira natural aumenta a permeação de 
substâncias (FERREIRA, 2011). 
Os tensoativos interagem com o estrato córneo e alteram sua estrutura de 
forma reversível, causando um desarranjo estrutural lipídico e aumentando 
a permeabilidade da pele (SILVA, 2009; RAFEIRO, 2013). Assim, muitos 
9Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas
são usados nas formulações cosméticas como promotores de permeação 
cutânea de ativos, sendo os mais utilizados para aumentar a permeação 
de ativos: lauril sulfato de sódio, docusato de sódio, polissorbatos (FER-
REIRA, 2011).
Uma das principais causas de irritação da pele é o uso decosméticos para 
lavagem do corpo, uma vez que eles estão em contato direto com ela e são 
amplamente disponíveis e usados — com o grau de irritação diretamente 
proporcional à extensão da penetração cutânea. 
Os componentes responsáveis são os tensoativos, capazes de afetar células 
em regiões mais profundas da pele ao penetrar através dessa camada, e seu 
potencial de irritação é determinado pelas suas propriedades químicas e 
físicas resultantes da sua estrutura e de interações específicas com a pele. A 
penetração adicional na pele pode resultar em danos às membranas celula-
res e aos componentes estruturais dos queratinócitos, liberando mediadores 
pró-inflamatórios. Os tensoativos podem levar à morte celular devido às 
mudanças irreversíveis na estrutura celular (SEWERYN, 2018), sendo que 
os catiônicos são mais irritantes que os aniônicos, e estes mais que os não 
iônicos (FERREIRA, 2011).
Filtros solares
Os filtros UV são os ingredientes presentes nos fotoprotetores que apresentam a 
capacidade de interagir com a radiação incidente, por meio de três mecanismos 
básicos: reflexão, dispersão e absorção.
 As principais características dos filtros inorgânicos são a baixa permeação 
cutânea e a elevada fotoestabilidade, ou seja, como eles mantêm sua capacidade 
fotoprotetora mesmo após longos períodos de radiação solar (SCHALKA; 
REIS, 2011). Eles têm baixo potencial alergênico, podendo ser importantes 
sobretudo para formulações de produtos infantis para uso diário, indivíduos 
com pele sensível e gestantes (RIBEIRO, 2010).
A estrutura química dos filtros orgânicos permite que absorvam os raios 
UV nocivos ao ser humano, a radiação com alta energia, convertendo-a em 
uma radiação inócua com baixa energia, podendo ser na faixa do visível ou 
infravermelho (IV). Portanto, um filtro solar absorve a energia prejudicial 
e a transforma em formas não agressivas à pele (RIBEIRO, 2010). O uso 
desses filtros químicos está associado aos casos de dermatite de contato e 
fotodermatite (LATHA et al., 2016).
Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas10
Algumas reações ocorrem logo após a aplicação da proteção solar, já 
outras podem se desenvolver depois de alguns dias ou mesmo anos de uso 
do mesmo produto — acontecendo em uma proporção muito baixa da po-
pulação, menos de 1% de todos os usuários. Como qualquer produto, o uso 
de filtro solar precisa ser suspenso se houver alguma reação, e o indivíduo 
deve procurar um profissional habilitado para diagnóstico e tratamento 
(SUNSCREEN..., 2018).
A reação de filtro solar mais comum é chamada de dermatite de contato 
e ocorre em pessoas que têm sensibilidade a um dos seus componentes. A 
dermatite de contato irritativa acontece após a aplicação do FPS, é mais comum 
em indivíduos com história de eczema ou pele sensível, causa uma irritação 
na área da pele em que o protetor solar foi aplicado e pode aparecer como uma 
leve vermelhidão ou uma sensação de ardor (sem vermelhidão). Já a dermatite 
de contato alérgica é o tipo menos comum e ocorre em pessoas que desenvol-
veram sensibilidade a um dos componentes da formulação, como o próprio 
filtro solar, fragrâncias e conservantes. Uma erupção cutânea com coceira 
pode ocorrer na pele em que o produto foi aplicado e, por vezes, espalhar-se 
para outras áreas (SUNSCREEN..., 2018; RIBEIRO, 2010).
Um tipo mais raro de reação de filtro solar é a fotodermatite, que geralmente 
ocorre quando o produto foi aplicado ao corpo e exposto à luz solar. Em algu-
mas pessoas, há uma interação entre um ingrediente do protetor solar e a luz 
UV, originando uma reação da pele, comumente se trata do resultado de uma 
alergia ao FPS, mas também pode ser devido a uma reação às fragrâncias ou 
aos conservantes do produto. Pode ocorrer uma grave queimadura ou eczema, 
mais frequentemente em face, braços, dorso das mãos, peito e parte inferior 
do pescoço (SUNSCREEN..., 2018; RIBEIRO, 2010).
A benzofenona-3 é, hoje, o filtro solar com maior probabilidade de causar 
fotodermatite, já os casos de dermatite de contato são mais frequentes como 
o uso da benzofenona-10 seguido pela benzofenona-3 (RIBEIRO, 2010).
Como os filtros solares absorvem apenas parte da região do UVA ou 
UVB, para se ter uma proteção completa, deve-se fazer uma combinação 
entre eles. Porém, essa combinação de diferentes tipos de filtros pode causar 
um alto grau de irritabilidade quando aplicada à pele (FLOR; DAVOLOS; 
CORRÊA, 2007).
Veja na Figura 1 o mecanismo de ação dos filtros solares inorgânicos e 
dos orgânicos.
11Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas
Figura 1. Mecanismo de ação dos filtros solares inorgânicos, óxido de zinco e dióxido de 
titânio (Z
n
O e TiO
2
), e dos filtros orgânicos, avobenzone, oxybenzone e octocrylene.
Fonte: Hagadorn (2013, documento on-line).
Pe
le
Ra
di
aç
ão
 U
V 
do
 s
ol
Bloqueadores físicos Absorventes químicos Base tan
Epiderme
Derme
ZnO ZnO TiO2
Ra
ios
 UV
B
Octocrileno
Oxibenzona
Avobenzona
Ra
ios
 UV
A d
e o
nd
as 
lon
ga
s
Ra
ios
 UV
A d
e o
nd
as 
cu
rta
s
TiO2
No mercado crescente de formulações naturais e orgânicas, o universo das matérias-
-primas para o desenvolvimento desse tipo de produto é restrito. Em relação aos 
conservantes e corantes, os óleos essenciais e corantes vegetais, como derivados 
carotenoides e flavonoides, são alternativas naturais. Para a função de umectantes, 
usa-se carboidratos naturais ou polímeros obtidos por processos biotecnológicos, 
como a goma bissacarídica-1, a glicerina vegetal, as mucilagens, etc. Os óleos, as 
manteigas e ceras naturais são exemplos de emolientes naturais, já os amidos naturais 
não modificados da batata, mandioca e milho podem ser usados como espessantes 
(RIBEIRO, 2010).
É importante lembrar que os termos orgânico e natural não são sinônimos, e as 
principais empresas que certificam os produtos em naturais e orgânicos são: a ECOCERT 
(França), a COSMOS (Europa), a USDA (Estados Unidos) e a IBD (Brasil).
Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas12
Riscos associados aos componentes secundários 
dos cosméticos
Os excipientes ou adjuvantes são substâncias auxiliares presentes nas formu-
lações cosméticas e possuem propriedades diferentes daquelas pertinentes aos 
princípios ativos. Por anos, eles foram descritos como substâncias inertes que 
não apresentavam ação farmacológica ou toxicológica e, assim, praticamente 
nunca eram considerados quando o paciente tinha reações adversas. Contudo, 
sabe-se que esses compostos podem afetar o perfil de segurança dos produtos, 
sendo responsáveis por vários efeitos adversos (SENA et al., 2014).
Harris (2001) cita vários exemplos de agentes sensibilizantes presentes 
em cosméticos. Em fragrâncias, têm-se muitas delas, como álcool e aldeído 
cinâmico, álcool alfa-amil-cinâmico, hidroxicitronelal, eugenol, isoeugenol 
e geraniol; em tinturas de cabelo, as mais comuns são o parafenileno dia-
mina e derivados; na classe de conservantes, antioxidantes e antissépticos, 
encontram-se o formaldeído e formalina, os parabenos e poliquaternos; entre 
os veículos, a lanolina e o propilenoglicol; na categoria de cosméticos para 
unhas, as substâncias mais comuns incluem resina de paratoluenosulfonamida 
e acrilatos; e em protetores solares, o ácido PABA (CHORILLI; SCARPA; 
CORRÊA, 2007).
Os produtos para os cuidados com a pele são os principais contribuintes para 
a dermatite cosmética de contato alérgica, seguidos por aqueles para cuidados 
com os cabelos e as unhas. Os alérgenos mais comuns incluem fragrâncias e 
conservantes (ALANI; DAVIS; YIANNIAS, 2013).
A dermatite de contato devida aos produtos cosméticos é uma queixa 
dermatológica comum que afeta consideravelmente a qualidade de vida do 
paciente, cujo diagnóstico, tratamento e estratégias preventivas representam 
um custo substancial. Ela é responsável por 2 a 4% de todas as visitas ao 
dermatologista, e aproximadamente 60% dos casos são de origem alérgica, 
sendo a maioria causada por produtosde higiene e hidratação da pele, seguidos 
por cosméticos para cabelos e unhas. Fragrâncias são a causa mais comum 
de alergia aos cosméticos, seguida de conservantes e corantes capilares; no 
entanto, todos os componentes, incluindo ingredientes naturais, devem ser 
considerados potenciais sensibilizadores (GONZÁLEZ-MUÑOZ; CONDE-
-SALAZAR; VAÑÓ-GALVÁN, 2014).
13Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas
Conservantes
Há alguns anos, a mídia vem alertando os riscos associados ao uso de parabenos 
como sistema conservante e, a partir de então, uma série de produtos foram 
lançados no mercado com o apelo de parabens free. Grande parte disso se 
deve a dois estudos: um de 1998, elaborado por Routledge et al., que descobriu 
a atividade estrogênica dos parabenos; e outro de 2004, elaborado por Darbre 
et al., que identificou parabenos intactos em tecido canceroso de seio humano. 
Esses e outros estudos são criticados por muitos pesquisadores que apontam 
vários pontos controversos, entre eles, o fato de que não foram encontradas 
taxas de parabenos em tecidos mamários saudáveis, além de inconsistências 
levantadas como acúmulo de parabenos em tecidos adiposos, já que 62% deles 
são formados por metilparabeno (CHORILLI; SCARPA; CORRÊA, 2007). 
A União Europeia (UE) proibiu o uso de cinco parabenos (isopropilpa-
rabeno, isobutilparabeno, fenilparabeno, benzilparabeno e pentilparabeno) 
como conservantes em produtos cosméticos e estabeleceu limites máximos de 
concentração de 0,14% para butilparabeno ou propilparabeno (ésteres simples 
e seus sais), 0,4% para metilparabeno ou etilparabeno (ésteres simples e seus 
sais) e 0,8% para a mistura desses quatro ingredientes, em que a soma da 
concentração individual de butilparabeno e propilparabeno não pode exceder 
0,14% (COSMETIC INGREDIENT REVIEW, 2018). Alinhado à regulamen-
tação internacional, o limite máximo permitido na legislação brasileira para 
uso de parabenos em cosméticos é de 0,4% para o ingrediente isolado ou 0,8% 
para misturas (BRASIL, 2012a).
Assim como outros componentes das formulações cosméticas, os con-
servantes do tipo parabeno foram alvo de estudo para investigação de causa 
potencial de dermatite alérgica de contato. De 2001 a 2008, Svedman et al. 
avaliou as taxas de alergia de contato para sete conservantes, e os parabenos 
demonstraram o menor nível de alergia entre os pacientes encaminhados com 
dermatite (0,5 a 1%). Conservantes como quaternium-15, imidazolidinilureia, 
diazolidinilureia, formaldeído, metildibromo glutaronitrila (MDBGN) e me-
tilcloroisotiazolinona (MCI)/metilisotiazolinona (MIT) apresentaram taxas 
significativamente mais altas dessa dermatite após o teste de contato. O estudo 
concluiu também que as poucas reações apresentadas pelos parabenos foram 
atribuídas às peles que já apresentavam um certo grau de irritação, com perda 
da função barreira natural (SVEDMAN, 2012).
De acordo com Deza e Giménez-Arnau (2017), os conservantes da classe 
das isotiazolinonas são os responsáveis mais comuns pela alergia de contato 
na Europa e nos Estados Unidos. Já a prevalência de alergia aos parabenos 
Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas14
permaneceu estável nas últimas décadas, o butilcarbamato de iodopropinila 
pode ser considerado alérgeno emergente com uma prevalência crescente 
(DEZA; GIMÉNEZ-ARNAU, 2017).
Um estudo de avaliação teratogênica em ratas prenhas tratadas por via oral 
com 3-iodo-2-propinil butilcarbamato (IPBC) observou inchaço transitório no 
pescoço desses animais, ganho de peso corporal, aumento da tireoide, dimi-
nuição no peso do timo e aumento no peso das glândulas suprarrenais. Com 
a dose de 180 mg/kg, aumentou a incidência de fetos mortos ou reabsorvidos, 
porém, não foi observada qualquer evidência de anormalidades externas, 
esqueléticas ou viscerais em fetos (NODA et al., 1999). 
Em 2004, o comitê científico sobre os produtos cosméticos e os produtos 
não alimentares destinados aos consumidores declarou que a ingestão diária 
biodisponível de iodo de produtos cosméticos não deve exceder 20% da dose 
diária recomendada de 150 µg, que equivale a aproximadamente 0,002% de 
IPBC em todos os produtos cosméticos de uso diário de 18 g e com taxa de 
absorção percutânea de 20% (SCIENTIFIC COMMITTEE ON COSMETIC 
PRODUCTS AND NON-FOOD PRODUCTS INTENDED FOR CONSU-
MERS, 2004). Em 2013, o Painel de Peritos do Cosmetic Ingrediente Review 
(CIR) concluiu que o butilcarbamato de iodopropinila em cosméticos é seguro 
em concentrações ≤ 0,1%, mas não deve ser usado em produtos aerossóis e 
em crianças menores de 3 anos (CIR, 2013).
Outras substâncias utilizadas em produtos cosméticos podem ter proprie-
dades antimicrobianas, contribuindo para sua conservação, como muitos óleos 
essenciais e alguns álcoois. Vários óleos apresentam propriedades antibacte-
rianas e antifúngicas comprovadas e, por isso, compõem muitos cosméticos 
naturais ou orgânicos. Porém, eles não estão isentos de provocarem reações 
cutâneas, por exemplo, dermatite e fotossensibilidade. 
Geralmente, a fotossensibilização e a fototoxicidade são atribuídas aos 
constituintes furocumarinas presentes em alguns óleos essenciais cítricos, 
os quais reagem quando expostos à luz UV, provocando inflamação, bolhas, 
vermelhidão e queimação da pele (TISSERAND; YOUNG, 2013).
Um estudo publicado em 2010 observou a fototoxicidade de óleos essenciais 
de laranja e limão e revelou que ela depende do teor de componentes fotoativos 
e do solvente usado (KEJLOVÁ et al., 2010). De acordo com Schempp, Schöpf 
e Simon (2002), os principais óleos sensibilizantes são tea tree ou melaleuca, 
arnica, camomila, Achillea millefolium L e extratos cítricos, hera comum, 
aloe, lavanda, hortelã-pimenta, etc. No entanto, o potencial de sensibilização 
dessas plantas varia. Já a maioria das substâncias sensibilizantes são lactonas 
sesquiterpênicas ou terpenos.
15Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas
Em 2016, o Scientific Committee On Consumer Safety (SCCS) publicou 
que considera um teor máximo de 0,01% de extratos de Tagetes minuta e 
Tagetes patula e de óleos essenciais em produtos leave-on como seguros, 
desde que o teor de alfa terthienil (tertiofeno) dos extratos e óleos de Tagetes 
não exceda 0,35%. Além disso, seus extratos e óleos não devem ser utilizados 
em cosméticos destinados à proteção solar (SCIENTIFIC COMMITTEE ON 
CONSUMER SAFETY; COENRAADS, 2016).
Corantes
Os corantes são substâncias adicionais aos medicamentos, produtos dietéticos, 
cosméticos, perfumes, de higiene e similares, saneantes domissanitários e 
parecidos, com a finalidade única de corá-las ou de alterar sua cor original e, 
em determinados tipos de cosméticos, transferi-la para a superfície cutânea 
e anexos da pele (BRASIL, 2012b).
Há dois tipos de substâncias corantes utilizadas: corantes e pigmentos. 
Os pigmentos possuem, em geral, tamanho de partícula maior, são insolúveis 
em água e empregados em suspensões, já os corantes se tratam de moléculas 
solúveis em água, empregados em soluções. Além disso, os pigmentos têm 
maior estabilidade química e térmica que os corantes, bem como utilizados 
em produtos para maquiagem. Por exemplo: óxido de ferro — preto, vermelho 
e amarelo (BRASIL, 2010).
Estudos de toxicologia são rotineiramente realizados por organizações como 
a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Administração de Alimentos e 
Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) e a Comissão Europeia (CE). Com 
base no resultado dessa revisão contínua, vários órgãos reguladores em todo 
o mundo desenvolvem listas permitidas e restrições ou proibições de uso 
de alguns corantes, o que difere de acordo com o país, portanto, o mesmo 
corante pode ter um status regulatório diferente em cada território (ROWE; 
SHESKET; FUINN, 2009).
A maioria dos corantes utilizados é de origem sintética e, de acordo com 
a FDA, pode ser classificada em (BRASIL, 2010):
 � corantes designados como food, drug and cosmetic (FD&C) podem ser 
empregados emalimentos, medicamentos e cosméticos;
 � corantes designados como drug and cosmetic (D&C) são autorizados 
para uso em medicamentos e cosméticos;
 � corantes D&C de uso externo apresentam emprego restrito aos medi-
camentos e cosméticos aplicados;
Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas16
 � externamente.
Por meio da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº. 44, de 2012 
(BRASIL, 2012c), a Anvisa aprovou o Regulamento Técnico Mercosul 
sobre “Lista de substâncias corantes permitidas para produtos de higiene 
pessoal, cosméticos e perfumes”. Os corantes estão enumerados pelo color 
index, que designa a cada corante um número (C.I n), o qual serve para sua 
identificação, independentemente do país em que é comercializado. Nessa 
resolução, os corantes permitidos estão descritos em quatro campos de 
aplicação específicos:
 � substâncias corantes permitidas para todos os tipos de produtos;
 � substâncias corantes permitidas para todos os tipos de produtos, exceto 
aqueles que são aplicados na área dos olhos;
 � substâncias corantes permitidas exclusivamente em produtos que não 
entram em contato com mucosas nas condições normais ou previsíveis 
de uso;
 � substâncias corantes permitidas exclusivamente em produtos que tenham 
breve tempo de contato com a pele e os cabelos.
Em relação aos riscos associados ao uso de corantes, a maioria dos estudos 
investiga os efeitos adversos daqueles ingeridos por meio de alimentos ou 
medicamentos. Em 2007, foi publicado um estudo com o uso de seis coran-
tes, tartrazina, amarelo de quinoleína, amarelo sol, carmoisina, ponceau 4R 
e vermelho allura, que relacionou sua ingesta em alimentos aos problemas 
de comportamento em crianças (McCANN et al., 2007). No entanto, depois 
de analisar os resultados do estudo, a Comissão Europeia Food Standards 
Agency concluiu que nenhuma alteração na legislação seria necessária (ROWE; 
SHESKET; FUINN, 2009).
Em geral, as preocupações quanto à segurança dos agentes corantes em 
medicamentos e alimentos estão associadas aos relatos de hipersensibilidade e 
hiperatividade, sobretudo entre crianças (ROWE; SHESKET; FUINN, 2009). 
O amarelo de tartrazina também tem sido objeto de controvérsia sobre sua 
segurança, mas restrições de uso são impostas em alguns países. Nos Estados 
Unidos e no Brasil, por exemplo, produtos contendo-o devem apresentar o 
seguinte aviso: este produto contém o corante amarelo de tartrazina que pode 
causar reações de natureza alérgica, entre as quais asma brônquica, especial-
mente em pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico (ROWE; SHESKET; 
FUINN, 2009; BRASIL, 2002).
17Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas
Segundo Marly Marques da Rocha, médica alergista e imunologista, os 
corantes naturais costumam ser bem tolerados pela maioria das pessoas e 
raramente provocam alergia, comparados aos sintéticos. Ela destaca os dois 
grupos mais comuns em alergia: os azocorantes ou corantes amarelos, como 
a tartrazina, o ponceau e o amarelo crepúsculo; e os não azocorantes, como 
o azul brilhante, a eritrozina e a indigotina. Seu uso tópico por meio dos 
cosméticos pode levar a quadros de dermatite de contato. Já a especialista 
Ana Paula Moschione Castro mostra que esse desconforto se apresenta, ge-
ralmente, na forma de urticária, com placas avermelhadas espalhadas pelo 
corpo (ESPECIALISTAS..., 2011).
Fragrâncias
Existem mais de 3.000 fragrâncias diferentes em cosméticos, que representam 
juntamente aos conservantes um grupo de alérgenos mais comum nesses 
produtos (GONZÁLEZ-MUÑOZ; CONDE-SALAZAR; VAÑÓ-GALVÁN, 
2013). A Associação Internacional de Fragrância (IFRA) lista 3.999 compostos 
usados como fragrâncias, entre eles, alguns apresentam estudos relacionados 
aos efeitos nocivos à saúde, como câncer, toxicidade reprodutiva, alergias e 
sensibilidades (INTERNATIONAL FRAGRANCE ASSOCIATION, 2016).
Um estudo de 2016, realizado nos Estados Unidos, avaliou os efeitos na 
saúde de pessoas expostas às fragrâncias. Os participantes relataram uma 
extensa lista de efeitos experimentados quando foram expostos, variando de 
enxaqueca e asma a problemas gastrintestinais e cardiovasculares (STEINE-
MANN, 2016).
Outros estudos também descrevem esses efeitos adversos ao uso ou à 
exposição de fragrâncias, além de ataques de asma, dificuldade respiratória, 
problemas neurológicos e dermatite de contato (KIM et al., 2015; ELBER-
LING et al., 2005; MILLQVIST; LÖWHAGEN, 1996; KUMAR et al., 1995; 
KELMAN, 2004; CARESS; STEINEMANN, 2004, 2005; JOHANSEN, 2003; 
RASTOGI; JOHANSEN; BOSSI, 2007; SEALEY et al., 2015).
Os ftalatos, conhecidos também como diethyl phthalate (DEP) e di-2-
-ethylhexyl (DEHP) phthalate, são responsáveis pelo brilho e pela fixação da 
cor de esmaltes e permitem que perfumes durem mais tempo. Já em outros 
produtos, tanto para adultos como para crianças e bebês, por exemplo, em hi-
dratantes, spray de cabelo, sabonetes líquidos, antitranspirantes, desodorantes, 
condicionadores e xampus, eles dão um aspecto líquido ou de cremosidade. 
Estudos relacionam os ftalatos às anormalidades no sistema reprodutivo, 
o que proporciona danos em períodos críticos do desenvolvimento e dificulta 
Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas18
o funcionamento dos órgãos sexuais. Além disso, seu uso está relacionado 
à ocorrência de câncer em rins, pulmão e fígado e desenvolvimento de obe-
sidade (KIM; HAN; MOON, 2004; HOLTCAMP, 2012; CHOU et al., 2017; 
ROWDHWAL; CHEN, 2018).
Na Europa, o uso dos ftalatos é proibido em cosméticos, além de serem 
considerados tóxicos para o sistema reprodutivo. Já no Brasil, desde 2009, são 
limitadas as concentrações de ftalatos e seus derivados (não mais que 1% em seu 
peso) em copos e garrafas plásticas descartáveis, seguindo a resolução da Anvisa.
A RDC nº. 3, de 2012, estabelece uma lista de componentes de fragrância 
identificados como importantes causas de reações alérgicas de contato entre 
consumidores sensíveis a fragrâncias e aromas, determinando que a presença 
dessas substâncias na formulação seja indicada na composição declarada na 
rotulagem do produto, para facilitar sua identificação pelos indivíduos que 
não as toleram. Elas devem ser indicadas na rotulagem pela Nomenclatura 
Internacional de Ingredientes Cosméticos (INCI) quando sua concentração 
exceder 0,001% em produtos sem enxágue e 0,01% naqueles com enxague 
(BRASIL, 2012d).
Antioxidantes
O 2,3-terc-butil-4-hidroxianisol (BHA) e o 2,6-diterc-butil-p-creso (BHT) 
estão presentes em batons, sombras para os olhos (maquiagem em geral), 
cosméticos para os cabelos, protetores solares, desodorantes, antitranspirantes, 
perfumes, cremes, medicamentos, motores a óleo, produtos feitos de borracha, 
plásticos e alimentos.
Segundo os estudos da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer 
(IARC), o BHA pode ser considerado um possível carcinogênico, baseado 
em experimentos com animais. Um dos resultados conclui que, combinado 
com outros componentes que são possivelmente carcinogênicos, ele induz às 
modificações no DNA, iniciando a mutagênese.
Já oBHT, apesar de apresentar o mesmo comportamento do BHA quando 
combinado com componentes carcinogênicos, não pode ser considerado como 
tal, pois as evidências são limitadas, e os resultados dos experimentos com 
animais não oferecem bases suficientes para conclusões. Segundo a IARC, o 
BHA se enquadra no grupo 2B, possivelmente carcinogênico; e o BHT no grupo 
3, não carcinogênico para humanos (LANIGAN; YAMARIK, 2002). Embora 
haja alguns relatos isolados de reações adversas cutâneas, o hidroxitolueno é 
geralmente considerado não irritante e não sensitivo nos níveis empregados 
como antioxidante (ROWE; SHESKET; FUINN, 2009).
19Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas
O BHT penetra na pele, mas uma quantidade relativamente baixa permanece 
nela. De acordo com poucos estudos sobre seus efeitos na pele, não existem 
irritação significativa, sensibilização ou fotossensibilização. Reconhecendo 
abaixa concentração em que se usa esse composto atualmente, conclui-se 
que ele é seguro quando utilizado em formulações cosméticas (LANIGAN; 
YAMARIK, 2002).
Em 2013, um estudo concluiu que não há dados suficientes disponíveis no 
momento para concluir sobre a segurança do BHA quanto ao seu potencial 
efeito de desregulador endócrino (POP et al., 2013).
Outro antioxidante comumente usado em cosmético é o metabissulfito de 
sódio. Embora ele seja muito utilizado em uma variedade de preparações, foi 
associado às reações adversas graves a fatais — reações de hipersensibilidade, 
broncospasmo e anafilaxia. Estima-se que a alergia aos antioxidantes sulfito 
ocorre em 5 a 10% dos asmáticos, mesmo que também possam haver rea-
ções adversas em não asmáticos sem história de alergia (ROWE; SHESKET; 
FUINN, 2009).
Cosmetic Ingredient Database (Cosing) da UE é um banco de dados da Comissão 
Europeia para obter informações sobre substâncias e ingredientes cosméticos, dis-
ponível no link a seguir:
https://goo.gl/38GgV9
1. Por muito tempo, os excipientes 
foram considerados inertes, isentos 
de qualquer efeito biológico. Hoje, já 
se sabe que, além de fundamentais 
para o desenvolvimento da forma 
farmacêutica, muitos apresentam 
propriedades benéficas tanto 
para a formulação como para a 
pele. Com base nessa afirmação, 
marque a alternativa correta.
a) Os umectantes são 
responsáveis por deixar a 
formulação mais seca.
b) Os umectantes melhoram 
o aspecto da formulação, 
proporcionando melhor 
Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas20
espalhabilidade e 
deixando-a mais viscosa.
c) Os emolientes são excipientes 
capazes de amaciar a pele, 
tornando-a mais flexível, 
sendo representados 
principalmente pelos óleos.
d) Os emolientes hidratam 
a pele, devido às suas 
características higroscópicas.
e) A glicerina é umectante; 
a vaselina, emoliente; e o 
sorbitol, um espessante.
2. Um creme para o corpo possui 
os seguintes componentes: 
4-methylbenzylidene camphor, 
ethylhexyl methoxycinnamate, 
butyl methoxydibenzoylmethane. 
Portanto, pode-se afirmar 
que esse produto:
a) é um creme hidratante com 
emolientes e umectantes.
b) é um creme com filtros 
solares físicos, capazes de 
refletir a radiação UV. 
c) apresenta filtros solares 
inorgânicos que absorvem 
a radiação ultravioleta 
(UV), transformando-a em 
energia menos nociva.
d) contém uma associação de filtros 
solares orgânicos e inorgânicos.
e) trata-se de um protetor solar 
com filtros solares orgânicos 
e de amplo espectro, 
devido à absorção tanto da 
radiação UVB como UVA.
3. Os tensoativos são moléculas 
anfipáticas, apresentando 
características hidrofílicas e 
lipofílicas, as quais conferem a eles 
várias funções e benefícios. Por que 
esses excipientes são usados em 
diferentes formulações cosméticas?
a) Para melhorar o aspecto 
da formulação, tornando-a 
menos pegajosa.
b) Para melhorar a estabilidade 
das formulações, promover 
limpeza e aumentar a 
permeação de ativos na pele.
c) Para promover limpeza, 
umectação e hidratação da pele.
d) Para reduzir a formação de 
espuma nos xampus.
e) Para aumentar o espectro de 
absorção dos filtros solares.
4. Por que hoje em dia muitos 
cosméticos apresentam em 
seus rótulos os seguintes 
dizeres: livre de parabenos, sem 
fragrância ou hipoalergênico? 
Marque a alternativa correta.
a) Porque os espessantes 
denominados parabenos e as 
fragrâncias podem provocar 
dermatite de contato.
b) Porque foi comprovado que 
os conservantes propil e metil 
parabeno são tóxicos para a pele.
c) Porque fragrâncias e 
conservantes são os 
principais adjuvantes 
responsáveis por reações 
adversas em cosméticos.
d) Porque os parabenos podem 
provocar dermatite de 
contato, e a lista completa 
pode ser encontrada na 
RDC nº. 03, de 2012.
e) Porque os ftalatos, usados 
para fixar as fragrâncias, 
são proibidos no Brasil.
5. Os corantes são utilizados 
em alimentos, medicamentos 
e cosméticos. Muitos deles 
são responsáveis por reações 
alérgicas nas pessoas, que 
21Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas
devem estar atentas aos rótulos 
e à nomenclatura correta dos 
corantes para evitar comprar 
produtos que os contenham. 
Qual das afirmativas a seguir 
está correta sobre os corantes?
a) O amarelo tartrazina é um 
corante proibido no Brasil.
b) A RDC nº. 44, de 2012, 
estabelece uma lista de 
corantes proibidos no Brasil.
c) Cada país estabelece um 
número para cada corante, 
chamado de color index.
d) Os corantes sintéticos, como o 
óxido de ferro vermelho, são 
mais propensos a provocar 
reações alérgicas nas pessoas.
e) A dermatite de contato é 
uma das reações adversas 
mais comuns ao uso 
tópico de corantes.
ALANI, J. I.; DAVIS, M. D.; YIANNIAS, J. A. Allergy to cosmetics: a literature review. Der-
matitis, Hamilton, v. 24, n. 6, p. 283-290, Nov.-Dec. 2013. 
ALBÈR, C. Humectants and skin: effects of hydration from molecule to man. 2015. 75 f. 
Tese (Doutorado em Saúde e Sociedade) – Malmö University, Malmö, 2015. Disponível 
em: <http://muep.mau.se/handle/2043/18372>. Acesso em: 23 out. 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia 
brasileira: volume 2: monografias. 5. ed. Brasília: Anvisa, 2010. 904 p. Disponível em: 
<http://portal.anvisa.gov.br/documents/33832/260079/5%C2%AA+edi%C3%A7%
C3%A3o+-+Volume+2/ce7e36ca-b3f4-46eb-9a99-2974c4041383>. Acesso em: 23 
out. 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário 
nacional da farmacopeia brasileira. 2. ed. Brasília: Anvisa, 2012b. 224 p. Disponível em: 
<http://portal.anvisa.gov.br/documents/33832/259372/FNFB+2_Revisao_2_COFAR_se-
tembro_2012_atual.pdf/20eb2969-57a9-46e2-8c3b-6d79dccf0741>. Acesso em: 23 
out. 2018. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RE 
Nº 572, de 5 de abril de 2002. Anvisa, Brasília, 2002. Disponível em: <http://portal.anvisa.
gov.br/documents/10181/2718376/RE_572_2002_COMP.pdf/586939e7-1a80-4acc-8e47-
7b7203ebd7e8>. Acesso em: 23 out. 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da 
Diretoria Colegiada - RDC Nº 03, de 18 de janeiro de 2012. Aprova o Regulamento Téc-
nico “LISTAS DE SUBSTÂNCIAS QUE OS PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL, COSMÉTICOS 
E PERFUMES NÃO DEVEM CONTER EXCETO NAS CONDIÇÕES E COM AS RESTRIÇÕES 
Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas22
ESTABELECIDAS” e dá outras providências. Anvisa, Brasília, 2012d. Disponível em: <http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0003_18_01_2012.html>. Acesso 
em: 23 out. 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da 
Diretoria Colegiada - RDC Nº 29, de 1 de junho de 2012. Aprova o Regulamento Técnico 
Mercosul sobre “Lista de Substâncias de Ação Conservante permitidas para Produtos 
de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes” e dá outras providências. Anvisa, Brasí-
lia, 2012a. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/
rdc0029_01_06_2012.html>. Acesso em: 23 out. 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da 
Diretoria Colegiada - RDC Nº 44, de 9 de agosto de 2012. Aprova o Regulamento 
Técnico Mercosul sobre “Lista de substâncias corantes permitidas para produtos 
de higiene pessoal, cosméticos e perfumes” e dá outras providências. Anvisa, Brasí-
lia, 2012c. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/
rdc0044_09_08_2012.html>. Acesso em: 23 out. 2018.
CARESS, S. M.; STEINEMANN, A. C. A national population study of the prevalence of 
multiple chemical sensitivity. Archives of Environmental Health, Chicago, v. 59, n. 6, p. 
300–305, June 2004.
CARESS, S. M.; STEINEMANN, A. C. National prevalence of asthma and chemical hypersen-
sitivity: an examination of potential overlap. Journal of Occupational and Environmental 
Medicine, Baltimore, v. 47, p. 518–522, May 2005.
CHORILLI, M.; SCARPA,M. V.; CORRÊA, M. A. Reações adversas a cosméticos. Infarma, 
Brasília, v. 19, n. 11-12, p. 17-22, 2007. Disponível em: <http://www.revistas.cff.org.
br/?journal=infarma&page=article&op=view&path%5B%5D=405>. Acesso em: 
23 out. 2018.
CHOU, C. K. et al. The Impact of Di(2-ethylhexyl)phthalate on Cancer Progression. Archi-
vum Immunologiae et Therapiae Experimentalis, Wroklaw, v. 66, n. 3, p. 183-197, Jun. 2018.
CORRÊA, M. A. Cosmetologia: ciência e técnica. São Paulo: Medfarma, 2012. 492 p.
COSMETIC INGREDIENT REVIEW. Amended Safety Assessment of Parabens as Used in 
Cosmetics. Washington, 29 Aug. 2018. 211 p. Disponível em: <https://www.cir-safety.
org/sites/default/files/Parabens.pdf>. Acesso em: 23 out. 2018.
COSMETIC INGREDIENT REVIEW. Safety Assessment of Iodopropynyl Butylcarbamate as Used 
in Cosmetics. Washington, 16 Aug. 2013. 61 p. Disponível em: <https://www.cir-safety.
org/sites/default/files/butylcarbamate_rr.pdf>. Acesso em: 23 out. 2018.
DALTIN, D. Tensoativos: química, propriedades e aplicações. São Paulo: Blucher, 2011. 
330 p.
DEZA, G.; GIMÉNEZ-ARNAU, A. M. Allergic contact dermatitis in preservatives: current 
standing and future options. Current Opinion in Allergy and Clinical Immunology, London, 
v. 16, n. 4, p. 263-268, Aug. 2017.
23Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas
ELBERLING, J. et al. Mucosal symptoms elicited by fragrance products in a population-
-based sample in relation to atopy and bronchial hyper-reactivity. Clinical and Expe-
rimental Allergy: journal of the British Society for Allergy and Clinical Immunology, 
Oxford, v. 35, n. 1, p. 75–81, Jan. 2005. 
ESPECIALISTAS advertem sobre os riscos dos corantes de alimentos e remédios. Correio 
Braziliense, Brasília, 4 jul. 2011. Disponível em: <https://www.correiobraziliense.com.br/
app/noticia/ciencia-e-saude/2011/07/04/interna_ciencia_saude,259575/especialistas-
-advertem-sobre-os-riscos-dos-corantes-de-alimentos-e-remedios.shtml>. Acesso 
em: 23 out. 2018.
FERREIRA, A. O. Guia prático da farmácia magistral. 4. ed. São Paulo: Pharmabooks, 
2011. 2 v. 1438 p.
FLOR, J.; DAVOLOS, M. R.; CORRÊA, M. A. Protetores Solares. Química Nova, São Paulo, v. 
30, n. 1, p. 153-158, 2007. Disponível em: <http://quimicanova.sbq.org.br/detalhe_artigo.
asp?id=1771>. Acesso em: 23 out. 2018.
GONZÁLEZ-MUÑOZ, P.; CONDE-SALAZAR, L.; VAÑÓ-GALVÁN, S. Dermatitis alérgica de 
contacto a cosméticos. Actas Dermo-Sifiliográficas, Madrid, v. 105, n. 9, p. 822-832, Nov. 
2014. Disponível em: <http://www.actasdermo.org/es-linkresolver-dermatitis-alergica-
-contacto-cosmeticos-S0001731014000428>. Acesso em: 23 out. 2018.
HAGADORN, J. The Skinny on Sunscreen. Front Porch, Denver, 1 Aug. 2013. Disponível 
em: <https://frontporchne.com/article/skinny-sunscreen/>. Acesso em: 23 out. 2018.
HARRIS, M. I. N. C. Hipoalergênicos: Mito ou realidade?. Revista Racine, São Paulo, v. 11, 
n. 61, p. 12-17, 2001.
HOLTCAMP, W. Obesogens: An Environmental Link to Obesit. Environmental health 
perspectives, Research Triangle Park, v. 120. n. 2, p. a62-a68, Feb, 2012. Disponível em: 
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3279464/>. Acesso em: 23 out. 2018.
INTERNATIONAL FRAGRANCE ASSOCIATION. IFRA Volume of Use Survey 2016: Transparecy 
List. Geneva, 2016. 93 p. Disponível em: <http://www.ifraorg.org/en-us/ingredients#.
W88w_BGNzcu>. Acesso em: 23 out. 2018.
JOHANSEN, J. D. Fragrance contact allergy: a clinical review. American Journal of Clinical 
Dermatology, Philadelphia, v. 4, n. 11, p. 789-798, 2003. 
KEDE, M. P. V; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 
1054 p.
KEJLOVÁ, K. et al. Phototoxicity of essential oils intended for cosmetic use. Toxicology 
In Vitro, Oxford, v. 24, n. 8, p. 2084-2089, Dec. 2010.
KELMAN, L. Osmophobia and taste abnormality in migraineurs: a tertiary care study. 
Headache, St. Louis, v. 44, n. 10, p. 1019–1023, Nov.-Dec. 2004.
KIM, I.Y.; HAN, S. Y., MOON, A. J. Phthalates inhibit tamoxifen-induced apoptosis in 
MCF-7 human breast cancer cells. Journal of toxicology and environmental health. Part 
A, Washington, v. 67, n. 23-24, p. 2025-2035, Dec. 2004.
Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas24
KIM, S. et al. Characterization of air freshener emission: the potential health effects. The 
Journal of Toxicological Sciences, Sapporo, v. 40, n. 5, p. 535–550, 2015.
KUMAR, P. et al. Inhalation challenge effects of perfume scent strips in patients with 
asthma. Annals of allergy, asthma & immunology: official publication of the American 
College of Allergy, Asthma, & Immunology, v. 75, n. 5, p. 429–433, Nov. 1995.
LANIGAN, R. S. YAMARIK, T. A. Final report on the safety assessment of BHT(1). Interna-
tional journal of toxicology, Thousand Oaks, v. 21, sup. 2, p. 19-94, 2002.
LARANJEIRA, M. C. M.; FÁVERE, V. T. Quitosana: biopolímero funcional com potencial 
industrial biomédico. Química Nova, São Paulo, v. 32, n. 3, p. 672-678, 2009. Dispo-
nível em: <http://quimicanova.sbq.org.br/detalhe_artigo.asp?id=329>. Acesso em: 
23 out. 2018.
LATHA, M. S. et al. Sunscreening Agents: A Review. The Journal of Clinical and Aesthetic 
Dermatology, West Chester, v. 6, n. 1, p. 16-26, Jan. 2013. Disponível em: <http://jcadon-
line.com/sunscreening-agents-a-review/>. Acesso em: 23 out. 2018.
LIPIZENČIĆ, J.; PAŠTAR, Z.; MARINOVIĆ-KULIŠIĆ, S. Moisturizers. Acta Dermatovenerologica 
Croatica, Zagreb, v. 14, n. 2, p. 104-108, 2006. Disponível em: <http://adc.mef.hr/index.
php/adc/article/view/117/>. Acesso em: 23 out. 2018.
LODÉN, M. et al. A double-blind study comparing the effect of glycerin and urea on 
dry, eczematous skin in atopic patients. Acta Dermato-Venereologica, Stockholm, v. 82, 
n. 1, p. 45-47, 2002.
LODÉN, M. et al. Instrumental and dermatologist evaluation of the effect of glycerine 
and urea on dry skin in atopic dermatitis. Skin research and technology, Copenhagen, 
v. 7, n. 4, p. 209-213, Nov. 2001.
McCANN, D. et al. Food additives and hyperactive behaviour in 3 and 8/9 year old 
children in the community: a randomised, double-blinded, placebo-controlled trial. 
Lancet, London, v. 370, n. 9598, p. 1560-1567, 3-9 Nov. 2007.
MILLQVIST, E.; LÖWHAGEN, O. Placebo-controlled challenges with perfume in 
patients with asthma-like symptoms. Allergy, Copenhagen, v. 51, n. 6, p. 434–439, 
June 1996.
NODA, T.; YAMANO, T.; SHIMIZU, M. Developmental toxicity of antimicrobial agent, 
3-iodo-2- propynyl butylcarbamate, in rats. Seikatsu Eisei, v. 43, n. 1, p. 21-26, 1999. Dis-
ponível em: <https://www.jstage.jst.go.jp/article/seikatsueisei1957/43/1/43_1_21/_pdf/-
-char/en>. Acesso em: 23 out. 2018.
PATHAK, M. A. Photoprotection against harmful effects of Solar UVB and UVA radiation: 
an update. In: LOWE, N. J.; SHAATH, N. A.; PATHAK, M. A. Sunscreens: development, 
evaluation, and regulatory aspects. 2. ed. New York: Marcel Dekker; 1997. p 59-79.
POP, A.; KISS, B.; LOGHIN, F. Endocrine disrupting effects of butylated hydroxyani-
sole (BHA - E320). Clujul medical, Cluj-Napoca, v. 86, n. 1, p. 16-20, 2013. Disponível 
em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4462476/>. Acesso em: 23 
out. 2018.
25Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas
RAFEIRO, D. F. B. Novas estratégias de promoção da permeação transdérmica. 2013. 44 
f. Dissertação (Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas)– Escola de Ciências 
e Tecnologias da Saúde da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, 
Lisboa, 2013. Disponível em: <http://recil.grupolusofona.pt/xmlui/handle/10437/4376>. 
Acesso em: 23 out. 2018.
RASTOGI, S. C.; JOHANSEN, J. D.; BOSSI, R. Selected important fragrance sensitizers in per-
fumes: current exposures. Contact Dermatitis, Copenhagen, v. 56, n. 4, p. 201–204, Apr. 2007.
RAWLINGS, A. V.; HARDING, C. R. Moisturization and skin barrier function. Dermatologic 
therapy, Copenhagen, v. 17, supl. 1, p. 43-48, 2004.
RIBEIRO, C. Cosmetologia aplicada a dermoestética. 2. ed. São Paulo: Pharmabooks, 
2010. 460 p.
ROWDHWAL, S. S. S.; CHEN, J.Toxic Effects of Di-2-ethylhexyl Phthalate: An Overview. 
BioMed Research International, [s.l.], v. 2018, p. 2018. Disponível em: <https://www.
hindawi.com/journals/bmri/2018/1750368/>. Acesso em: 23 out. 2018.
ROWE, R. C.; SHESKEY, P. J.; QUINN; M. E. (Ed.). Handbook of pharmaceutical excipients. 
London: Pharmaceutical Press; Chicago; Washington: American Pharmacists Associa-
tion, 2009. 888 p.
SCHALKA, S.; REIS, V. M. S. Fator de proteção solar: significado e controvérsias. Anais 
Brasileiros de Dermatologia, Rio de Janeiro, v. 86, n. 3, p. 507-515, 2011. 
SCHEMPP, C. M.; SCHÖPF, E.; SIMON, J. C. Plant-induced toxic and allergic dermatitis 
(phytodermatitis). Der Hautarzt; Zeitschrift für Dermatologie, Venerologie, und verwandte 
Gebiete, Berlin, v. 53, n. 2, p. 93-97, Feb. 2002.
SCIENTIFIC COMMITTEE ON CONSUMER SAFETY; COENRAADS, P. J. Opinion of the 
Scientific Committee on Consumer Safety (SCCS) - Opinion on the fragrance ingre-
dients Tagetes minuta and Tagetes patula extracts and essential oils (phototoxicity 
only) in cosmetic products. Regulatory toxicology and pharmacology, New York, v. 76, 
p. 213-214, Apr. 2016.
SCIENTIFIC COMMITTEE ON COSMETIC PRODUCTS AND NON-FOOD PRODUCTS INTEN-
DED FOR CONSUMERS. Opinion concerning Iodopropynyl butylcarbamate: Colipa nº P91. 
Brussels, 2004. 18 p. Disponível em: <http://ec.europa.eu/health/ph_risk/committees/
sccp/documents/out288_en.pdf>. Acesso em: 23 out. 2018.
SEALEY L. A. et al. Environmental factors may contribute to autism development 
and male bias: effects of fragrances on developing neurons. Environmental Research, 
Amsterdam, v. 142, p. 731–738, Oct. 2015.
SENA, L. C. S. et al. Excipientes farmacêuticos e seu risco à saúde: uma revisão da 
literatura. Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde, São Paulo, v. 5, n. 
4, p. 25-34, out.-dez. 2014. Disponível em: <http://www.sbrafh.org.br/rbfhss/index/
edicoes/vl/5/nr/4/id/621/lg/0>. Acesso em: 23 out. 2018.
SEWERYN, A. Interactions between surfactants and the skin - Theory and practice. 
Advances in Colloid and Interface Science, [s.l.], v. 256, p. 242-255, June 2018.
Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas26
SILVA, H. S. R. C.; SANTOS, K. S. C. R.; FERREIRA, E. I. Quitosana: derivados hidrossolúveis, 
aplicações farmacêuticas e avanços. Química Nova, São Paulo, v. 29, n. 4, p. 776-785, 
2006. Disponível em: <http://quimicanova.sbq.org.br/detalhe_artigo.asp?id=2436>. 
Acesso em: 23 out. 2018.
SILVA, V. R. L. Desenvolvimento de formulações cosméticas hidratantes e avaliação da 
eficácia por métodos biofísicos. 2009. 182 f. Tese (Doutorado em Fármaco e Medica-
mentos)– Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, São 
Paulo, 2009. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9139/tde-
29032010-145411/pt-br.php>. Acesso em: 23 out. 2018.
SIMPSON, E. L. et al. Emollient enhancement of the skin barrier from birth offers effective 
atopic dermatitis prevention. The Journal of allergy and clinical immunology, St. Louis, v. 
134, n. 4, p. 818-823, Oct. 2014. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/
articles/PMC4180007/>. Acesso em: 23 out. 2018.
STEINEMANN, A. Fragranced consumer products: exposures and effects from emissions. 
Air Quality, Atmosphere & Health, [s.l.], v. 9, n. 8, p. 861-866, Dec. 2016. Disponível em: 
<https://link.springer.com/article/10.1007/s11869-016-0442-z>. Acesso em: 23 out. 2018.
SUNSCREEN reactions. Cancer Council Australia, Sydney, 1 Feb. 2018. Disponível em: 
<https://www.cancer.org.au/preventing-cancer/sun-protection/sunscreen-reactions.
html>. Acesso em: 23 out. 2018.
SVEDMAN, C. et al. Follow-up of the monitored levels of preservative sensitivity in 
Europe: overview of the years 2001-2008. Contact Dermatitis, Oxford, v. 67, n. 5, p. 
312-314, Nov. 2012. Disponível em: <https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.111
1/j.1600-0536.2012.02140.x>. Acesso em: 23 out. 2018.
TISSERAND, R.; YOUNG, R. Essential oil safety. 2. ed. London: Churchill Livingstone, 2013. 
784 p.
ZHANG, J. et al. Preparation of Chitosan Derivative Cosmetic Humectant. CN 98110568, 
14 Nov. 1998; CN1253769 A, 24 May 2000. (Patente). Disponível em: <https://patents.
google.com/patent/CN1253769A/en>. Acesso em: 23 out. 2018.
Leituras recomendadas
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Di-
retoria Colegiada – RDC N° 69, de 23 de março de 2016. Dispõe sobre o “REGULAMENTO 
TÉCNICO MERCOSUL SOBRE LISTA DE FILTROS ULTRAVIOLETAS PERMITIDOS PARA PRO-
DUTOS DE HIGIENE PESSOAL, COSMÉTICOS E PERFUMES”. Anvisa, Brasília, 2016. Disponível 
em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2863150/RDC_69_2016_COMP.
pdf/5689ac91-e621-45b7-a122-b3163e4b3cc3>. Acesso em: 23 out. 2018.
HOPPE, A. C.; PAIS, M. C. N. Avaliação da toxicidade de parabenos em cosméticos. 
Revinter: Revista Intertox de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade, São Paulo, v. 10, 
n. 13, p. 49-70, out. 2017. Disponível em: <http://www.revistarevinter.com.br/autores/
index.php/toxicologia/article/view/301>. Acesso em: 23 out. 2018.
27Matérias-primas utilizadas em formulações cosméticas
Conteúdo:
Dica do professor
O protetor solar deve proteger não apenas contra a radiação solar ultravioleta B (UVB), mas contra 
a ultravioleta A (UVA), devendo ser indicadas no rótulo por números. Mas será que quanto maior a 
numeração, maior a proteção solar? Como é calculado o FPS e como orientar o seu paciente?
Saiba mais nesta Dica do Professor.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/fc8308c648dc9eb419edd427dac088bd
Exercícios
1) Por muito tempo, os excipientes foram considerados inertes, ou seja, isentos de qualquer 
efeito biológico. Hoje, já se sabe que, muitos, além de fundamentais para o desenvolvimento 
da forma farmacêutica, apresentam propriedades benéficas tanto para a formulação quanto 
para a pele. Com base nessa afirmação assinale a alternativa correta.
A) Os umectantes são responsáveis por deixar a formulação mais seca.
B) Os umectantes favorecem o aspecto da formulação, proporcionando melhor espalhabilidade 
e deixando-a mais viscosa.
C) Emolientes são excipientes capazes de amaciar a pele, tornando-a mais flexível; são 
representados, principalmente, pelos óleos.
D) Os emolientes hidratam a pele devido às suas características higroscópicas.
E) A glicerina é umectante, a vaselina é emoliente e o sorbitol é um espessante.
2) Um creme para o corpo possui os seguintes componentes: 4 -methylbenzylidene camphor, 
ethylhexyl methoxycinnamate, butyl methoxydibenzoylmethane. Portanto, pode-se afirmar 
que esse produto:
A) é um creme hidratante com emolientes e umectantes.
B) é um creme hidratante com emolientes e umectantes.
C) apresenta filtros solares inorgânicos que absorvem a radiação UV, transformando-a em 
energia menos nociva.
D) contém uma associação de filtros solares orgânicos e inorgânicos.
E) é um protetor solar com filtros solares orgânicos e de amplo espectro, devido à absorção 
tanto da radiação UVB como da UVA.
3) Os tensoativos são moléculas anfipáticas, ou seja, apresentam características hidrofílicas e 
lipofílicas. Essas características conferem a esses excipientes diversas funções e benefícios. 
Por que esses excipientes são usados em diferentes formulações cosméticas?
A) Para melhorar o aspecto da formulação, tornando-a menos pegajosa.
B) Para melhorar a estabilidade da formulações, promover limpeza e aumentar a permeação de 
ativos na pele.
C) Para promover limpeza, umectação e hidratação da pele.
D) Para reduzir a formação de espuma nos xampus.
E) Para aumentar o espectro de absorção dos filtros solares.
4) Por que, hoje em dia, muitos cosméticos apresentam, em seus rótulos, os dizeres “livre de 
parabenos”, “sem fragrância” ou, então, "hipoalergênico"?
A) Porque os espessantes denominados parabenos e as fragrânciaspodem provocar dermatite 
de contato.
B) Porque foi comprovado que os conservantes propil e metil parabeno são tóxicos para a pele.
C) Porque fragrâncias e conservantes são os principais adjuvantes responsáveis por reações 
adversas em cosméticos.
D) Porque os parabenos podem provocar dermatite de contato; a lista completa pode ser 
encontrada na RDC 03 de 2012.
E) Porque os ftalatos, usados para fixar as fragrâncias, são proibidos no Brasil.
5) Os corantes são utilizados em alimentos, medicamentos e cosméticos. Muitos deles são 
responsáveis por reações alérgicas nas pessoas, que devem estar atentas aos rótulos e à 
nomenclatura correta dos corantes, a fim de evitar comprar produtos que contenham essas 
substâncias. Assinale a alternativa correta quanto ao corante.
A) O amarelo tartrazina é um corante proibido no Brasil.
B) A RDC 44 de 2012 estabelece uma lista de corantes proibidos no Brasil.
C) Cada país estabelece um número para cada corante, chamado de color index.
D) Os corantes sintéticos, como o óxido de ferro vermelho, são mais propensos a provocarem 
reações alérgicas nas pessoas.
E) Dermatite de contato é uma das reações adversas mais comuns ao uso tópico de corantes.
Na prática
Na prática profissional, você pode se deparar com situações como o aparecimento de uma reação 
cutânea no cliente, seja durante um procedimento estético ou pelo uso de um cosmético indicado. 
Você deve estar preprarado para avaliar a reação, a causa e como proceder. 
Veja, Na Prática, como agir diante de uma possível reação cutânea pelo uso de um cosmético.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para 
acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/dbca727f-1b05-4dc4-aea0-e20e54e48d0a/551a61ab-b512-4af8-9219-44e28ec6d94f.png
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Fotoproteção inteligente
Entenda um pouco mais sobre as tendências de ativos nos fotoprotetores solares neste vídeo.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/embed/YLFoh_U7L38

Continue navegando