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Artigo TCC Engenharia Ambiental A IMPORTÂNCIA DA VENTILAÇÃO NOS ESPAÇOS INTERNOS NO CONTEXTO DA PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS (SARS-CoV-2). AR-CONDICIONADO LIGAR OU NÃO LIGAR? EIS A QUESTÃO!

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A IMPORTÂNCIA DA VENTILAÇÃO NOS ESPAÇOS INTERNOS NO 
CONTEXTO DA PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS (SARS-CoV-
2). AR-CONDICIONADO: LIGAR OU NÃO LIGAR? EIS A QUESTÃO! 
Eugênio Aparecido Preto1 
RESUMO 
O objetivo deste trabalho é mostrar a importância da ventilação, inclusive da ventilação 
mecânica ou forçada no enfrentamento da pandemia do SARS-CoV-2 e após a pandemia, uma 
vez que permanecemos mais tempo em ambientes interiores, sendo a aérea a principal via de 
contaminação deste vírus. O método de pesquisa utilizado neste artigo foi o teórico-conceitual 
e qualitativo. Foram incluídas: sete publicações relacionadas à transmissão aérea do Novo 
Coronavírus, sendo cinco estrangeiras; cinco leis ou normas da Legislação Nacional 
relacionadas ao conforto em ambientes de trabalho, ventilação, gerenciamento de riscos e 
qualidade do ar interior e três agências de renome com recomendações e orientações sobre 
ventilação adequada. Este trabalho concluiu que uma boa ventilação nos ambientes interiores 
pode prevenir ou mitigar o contágio pelo SARS-CoV-2, promovendo a renovação do ar interior, 
a qual dilui os contaminantes existentes nestes ambientes, devendo manter a boa ventilação 
também no pós pandemia, uma vez que existem doenças transmissíveis pelo ar, bem como 
poluentes químicos. A ventilação natural pode ser usada, porém possui limitações que deve ser 
observada. O ar-condicionado, inserido no conceito de Sistema de Climatização, conforme 
Legislação Nacional no assunto, é um importante aliado no enfrentamento da pandemia e 
também no período pós-pandemia, promovendo a qualidade do ar, desde que ocorram as 
devidas manutenções e limpezas, conforme a legislação, normas técnicas e recomendações de 
instituições como ABRAVA, OMS, ASHAE, etc. Palavras Chave: ar-condicionado, ventilação, 
renovação de ar interior, SARS-CoV-2, Novo Coronavírus. 
1.INTRODUÇÃO 
No final de dezembro de 2019, em Wuhan, China, surge uma doença causada por vírus, 
espalhando-se rapidamente mundo afora. Os cientistas descobrem que essa doença é causada 
por um novo tipo de Coronavírus (Novo Coronavírus), batizando-o de SARS-CoV-2 e a doença 
de COVID-19. (OPAS, 2020; INSTITUTO BUTANTAN, 2021). 
A origem da COVID-19 ainda é um mistério (BOTALLO, 2021). Em 11 de março de 
2020 a OMS (Organização Mundial da Saúde) declara a COVID-19 uma pandemia. (OPAS, 
2020). 
Os meios de transmissão da COVID-19 foram definidos pela OMS rapidamente dias 
após ao surgimento da pandemia (UNA-SUS, 2020), com exceção da transmissão aérea, que 
foi reconhecida apenas em julho de 2020 (WHO, 2020). 
 
1 Biólogo, formado na FESB – Bragança Paulista/SP, Especialista em Gestão Ambiental (USP/SP), atual 
integrante da SESMT do TRT-SP e acadêmico de Engenharia Ambiental da UNICID (Polo Jundiaí/SP) 
 Para o enfrentamento desta pandemia, os órgãos oficiais de saúde do Brasil 
comunicaram à população a adoção de medidas de prevenção, que, nos dias de hoje, já são bem 
conhecidas (WHO, 2020; BRASIL, 2021). 
Hoje temos vacinas disponíveis, sendo que no Brasil a vacinação avançou, mas não o 
suficiente para que a maioria da população esteja totalmente protegida. 
Sabendo-se que o SARS-CoV-2 também é transmitido pela via aérea, uma via de 
controle mais difícil, devido às suas propriedades físicas-mecânicas (MOURAWSKA et al, 
2020; WHO, 2020) e também pelo fato de permanecermos mais tempo de nossas vidas em 
ambientes interiores (KLEPEIS et al, 2001), pergunta-se: dentre as diversas medidas que devem 
ser tomadas para se prevenir do SARS-CoV-2, não seria a ventilação a mais importante? Esta 
medida deve continuar no pós-pandemia? E o ar-condicionado, devo ou não ligá-lo em tempos 
de pandemia? 
O objetivo deste trabalho é mostrar a importância da ventilação nos espaços interiores 
como meio de minimizar o contágio pelo Novo Coronavírus, mesmo após o término da 
pandemia e elucidar, ainda que parcialmente, a importância de um sistema de climatização 
adequado neste enfrentamento, através de uma pesquisa teórico-conceitual e qualitativa, ciente 
de que tais assuntos dificilmente se esgotarão neste singelo trabalho. 
Este trabalho justifica-se para esclarecer estes pontos que ainda são dúvidas de muitas 
pessoas, ou seja, muitos ainda dão maior atenção a realizar limpeza com álcool (em gel ou não) 
nas superfícies ou compras do supermercado do que com lugares mal ventilados. Além disto, 
criou-se um estigma de que o ar-condicionado é um vilão, que ele transmite a COVID-19, 
quando, na verdade, ele é um poderoso aliado, desde que mantidas as devidas manutenções e 
limpezas conforme os regulamentos nacionais, locais e internacionais. 
Espera-se que quem leia este simples artigo compreenda a importância da ventilação 
nos ambientes interiores para atingirmos uma adequada renovação de ar e, consequentemente, 
diluição dos poluentes do ar interior, nesta época em que vemos vários locais sendo liberados 
para atuação presencial, inclusive escolas; a maioria sequer possui um ar-condicionado e as 
poucas que tem um aparelho tipo Split não possuem sistema de renovação do ar interior. 
Este artigo está estruturado nas seguintes seções: 
- Revisão Bibliográfica: apresentação dos principais conceitos relacionados a este trabalho; 
- Método de Pesquisa: será informado qual método de pesquisa que foi utilizado; 
- Resultado e Discussão: apresentação dos resultados e discussão dos itens pesquisados 
- Conclusão 
- Referências. 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
A OMS, no dia 07 de julho de 2020, reconhece a possibilidade da transmissão aérea do 
Novo Coronavírus (AGÊNCIA BRASIL, 2020). Isto só foi possível após a publicação por um 
grupo de 239 cientistas de 32 países, (um deles, brasileiro, Paulo Saldiva), de uma “Carta 
Aberta”, publicada na revista “Clinical Infectious Diseases” (CDC), cujo título era “It is Time 
to Adress Airborne Transmission of COVID-19”. (BARIFOUSE, 2020). 
O documento traz um alerta às autoridades mundiais de saúde, médicos, a população em 
geral, e, especialmente a OMS sobre a transmissão aérea. Antes disto, a transmissão aérea ou 
por aerossóis só era reconhecida pela OMS em procedimentos geradores de aerossóis realizados 
em estabelecimentos de saúde (BARIFOUSE, 2020). Após o reconhecimento, o sítio da OMS 
foi atualizado. (WHO, 2020). 
O referido documento diz que é preciso reforçar novas medidas de prevenção, dentre 
elas a necessidade de maior fornecimento de ar externo limpo, minimizando a recirculação do 
ar, especialmente em prédios públicos, ambientes de trabalho, escolas, hospitais, lares de idosos 
, etc, bem como em sistemas de transporte público. (MORAWSKA; MILTON, 2020). 
Lavar as mãos, manter o distanciamento social e usar máscara continuam sendo medidas 
necessárias, mas insuficientes para fornecer proteção contra o transporte de microgotículas 
respiratórias contendo vírus liberados no ar por pessoas infectadas. (MORAWSKA; MILTON, 
2020). 
A partir desta divulgação a imprensa de um modo geral passou a divulgar a necessidade 
de evitar lugares fechados sem ventilação, porém, evitando o ar-condicionado, demonizando-
o, sem qualquer fundamento, provavelmente pela interpretação errada de um estudo sobre um 
caso de contaminação em um Restaurante em Guangzhou, China, mas não é este o 
entendimento de diversas entidades ligadas ao setor de climatização, nem dos principais estudos 
científicos, nem da própria OMS (ABRAVA, 2020). 
Se há necessidade de ventilação nos lugares fechados, então como promovê-la? Natural 
ou artificial? E o que é transmissão aérea? 
Transmissão aérea, transmissão pelo ar ou transmissão por aerossol são sinônimos. 
Aerossol é uma palavra formada por “aero” (ar) e “sol” (solução). Portanto, aerossol é uma 
solução que está dispersa no ar. (CIPRO NETO, 2021). 
A transmissão de um agente infeccioso pelo ar ocorre através de aerossóis microbianos 
até uma porta de entrada: o trato respiratório. Aerossóis(microbianos) são partículas suspensas 
no ar, contendo microorganismos, de diâmetro de 1 a 5 μm. Estas partículas são aspiradas até o 
pulmão, onde ficam retidas. Podem permanecer no ar por longos períodos. Do ponto de vista 
da saúde, existem dois tipos de aerossóis que transmitem por via aérea de modo indireto: poeira 
e núcleo de gotícula. Os núcleos de gotículas ou núcleos infecciosos são pequenos resíduos de 
evaporação, exalados por um hospedeiro infectado (BRASIL, 1977). 
Morawska e Milton (2020) comentam que o fato de as gotículas menores que 5 μm, os 
aerossóis, produzidos durante a fala, canto, tosse e até na respiração, por serem leves o 
suficiente, viajam pelo ar, não a enormes distâncias, mas a distâncias da ordem de unidades à 
dezenas de metros, que, no caso de ambientes internos (por exemplo, num ambiente doméstico, 
com velocidade do vento normal), conseguiriam viajar o suficiente do tamanho de uma sala, 
concentrando a altura de 1,5 m do chão. As gotas maiores, por serem mais pesadas caem 
rapidamente no chão. 
 Posto isto, há a necessidade de exercer um controle sobre estes aerossóis nos 
ambientes internos, bem como monitorá-los. Neste caso um parâmetro simples é o nível de 
CO2. (ABRAVA, 2020). 
É sabido que grande parte dos seres vivos, incluindo o homem, realiza o processo de 
respiração, sendo responsável pela troca dos gases oxigênio e dióxido de carbono do organismo 
com o meio ambiente. Esta troca de gases é importante para o metabolismo celular. A respiração 
pode ser dividida em três etapas: troca gasosa entre o ambiente e os órgãos respiratórios; troca 
gasosa entre as células e os líquidos corporais e utilização do oxigênio como parte do 
metabolismo, no processo de respiração celular (ABRÃO, 2013). 
O uso do oxigênio do ambiente interior nos processos de respiração faz baixar o nível 
deste gás, aumentando, consequentemente, os níveis de Dióxido de Carbono (CARMO; 
PRADO, 1999). Podemos concluir que quanto mais pessoas num espaço confinado, maiores os 
níveis de CO2, uma vez que maiores são as taxas metabólicas e a densidade de ocupação do 
local (SCHELL; INT-HOUT, 2001). 
Para diminuir os níveis de CO2 dos ambientes internos, e, consequentemente, aumentar 
os níveis de O2, ou repor a quantidade mínima necessária, é necessário trazer oxigênio de fora, 
ou seja, trazer ar de fora. Daí a importância da ventilação e, consequentemente da renovação 
do ar interior (ABRAVA, 2020; AMARAL FILHO, 2020). Níveis altos de CO2 indicam que as 
taxas de renovação de ar dos ambientes internos estão baixas (ABRAVA, 2020; CARMO; 
PRADO, 1999). 
Estudos apresentados pelo Lawrence Berkeley National Laboratory sugerem que uma 
ventilação ruim faz com que CO2 e contaminantes do ar interior se acumulem nos ambientes 
ocupados por pessoas (CHAO, 2012). Em muitas escolas, por exemplo, os níveis de gás 
carbônico elevados têm um impacto alto na redução de rendimento escolar dos alunos, 
dificultando, também, na tomada de decisões (CHAO, 2012; COZAC, 2021). 
Muitas pessoas pensam a ventilação como um processo simples em que há o movimento 
do ar dentro do espaço interno ou, algumas vezes, a introdução do ar externo para dentro do 
ambiente. Baseado nisto tudo que vimos, podemos definir ventilação de um ponto de vista mais 
técnico. 
Segundo Carmo e Prado (1999), a ventilação é “uma combinação de processos que 
resultam não só no fornecimento de ar externo, mas também na retirada do ar viciado de dentro 
de um edifício. Estes processos envolvem normalmente a entrada de ar externo, 
condicionamento e mistura do ar por todas as partes do edifício e a exaustão de alguma parcela 
do ar interno” 
Renovação de ar, chamado na Portaria 3523/1998 do Ministério da Saúde (BRASIL, 
1998) de “ar de renovação” é definido como o “ar externo que é introduzido no ambiente 
climatizado” (BRASIL, 1998, art. 4º, a). Ambientes climatizados são aqueles “ambientes 
submetidos ao processo de climatização” (BRASIL, 1998, art. 4º, b) e processo de climatização 
é um conjunto de processos empregados para se obter por meio de equipamento em recintos 
fechados, condições específicas de conforto e boa qualidade do ar, adequadas o bem estar dos 
ocupantes (BRASIL, 1998, art. 4º, e) 
A RE nº 09/2003 da ANVISA informa que: 
a Taxa de Renovação do Ar adequada de ambientes climatizados será, no 
mínimo, de 27 m³/hora/pessoa, exceto no caso específico de ambientes com 
alta rotatividade de pessoas. Nestes casos a Taxa de Renovação do Ar mínima 
será de 17 m³/hora/pessoa, não sendo admitido em qualquer situação que os 
ambientes possuam uma concentração de CO2, maior ou igual a 1000 ppm de 
dióxido de carbono (CO2), como indicador de renovação de ar externo, 
recomendado para conforto e bem-estar. (ANVISA, 2003, Anexo, IV, 3.4) 
A definição acima trazida pela RE 09/2003 (ANVISA, 2003) conceitua renovação de ar 
do ponto de vista da ventilação forçada ou mecânica, no entanto, podemos inferir que a 
renovação de ar está diretamente relacionada às trocas de ar do ambiente, trazendo ar fresco do 
lado exterior, aplicando-se este conceito também à ventilação natural. 
A renovação do ar de ambientes interiores, utilizando-se da ventilação natural, para que 
seja o mais eficiente possível, é preciso da existência de ventilação cruzada (ventilação natural 
dinâmica) nos ambientes interiores e suas aberturas devem ser adequadamente sombreadas 
(CLEMENTE, 2017, p. 46). 
Para o médio Paulo Saldiva, “promovendo a diluição do ar nos ambientes interiores, 
através da renovação de ar, temos a circulação de ar e sua saída para o exterior, diminuindo 
consideravelmente o risco de contágio pelo Novo Coronavírus” (SALDIVA, 2021). 
O Novo Coronavírus, conforme já comentado, propaga-se pelo ar, viajando a vários 
metros dentro dos interiores através de aerossóis, podendo acarretar um aumento da carga viral 
nestes ambientes. Então, é possível que estes aerossóis possam ser inalados por pessoas que 
estejam a distâncias, por exemplo, superiores a 2 metros ou mais da fonte de onde se originou 
o aerossol contendo o vírus. A ventilação e, consequentemente, a renovação do ar no ambiente 
interior sempre foram necessários, mesmo antes desta pandemia do SARS-CoV-2, uma vez que 
já existiam regulamentos anteriores sobre o assunto há um bom tempo, a exemplo da Portaria 
do Ministério da Saúde nº 3523/1998 (BRASIL, 1998) e a Resolução RE 09/2003 (BRASIL, 
2003), que ainda estão em vigor. Este processo promove a circulação e, consequentemente a 
saída desse ar para o exterior (exaustão), ocasionando a diluição do ar interior, evitando-se, 
assim, a estagnação de um ar, que, porventura, esteja contaminado (ABRAVA, 2020, 2021). 
A princípio devemos ter uma boa ventilação, promovendo a renovação do ar. Tanto a 
ventilação natural como a mecânica são importantes e devem ser usadas. No entanto, há casos 
em que a ventilação mecânica precisa ser utilizada, seja por questões de regulamentos ou leis 
locais, seja por questões técnicas, seja pelo tipo de atividade do local, como é o caso de salas 
limpas, hospitais – principalmente UTI’s e salas de emergência (OPAS, 2021). 
3. MÉTODO DE PESQUISA 
O método de pesquisa utilizado neste artigo foi o teórico-conceitual e qualitativo. Foram 
realizadas pesquisas bibliográficas de artigos científicos, principalmente, e algumas teses e 
monografias, pesquisados na plataforma Google Acadêmico. Muitos dos artigos foram 
publicados em revistas de renome internacional. 
Pesquisas também foram realizadas em sítios de entidades de renome ligadas ao setor 
de AVAC-R (Aquecimento, Ventilação, Ar-Condicionado e Refrigeração), como ASHRAE 
(American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers) e ABRAVA 
(Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento), 
entidades oficiais como OMS (Organização Mundial da Saúde), OPAS (Organização 
Panamericana de Saúde), Ministérioda Saúde, ANVISA (Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária) e legislação ligada ao assunto. Subsidiariamente foi também pesquisado notícias em 
alguns dos principais veículos de comunicação. 
 Os itens transmissão aérea do Novo Coronavírus (e palavras a ele ligadas) em conjunto 
com os itens ar-condicionado, sistemas de climatização, ventilação, renovação do ar, aerossol 
foram pesquisados apenas referente aos anos de 2020 e 2021. Os demais sem incluir Novo 
Coronavírus e palavras a ele ligadas, bem como legislações, abriu-se a pesquisa para anos 
anteriores, sem determinação de datas, uma vez que se tratava de pesquisa de base conceitual. 
Tendo todo este material de pesquisa em mãos, após, foi lido e analisado, selecionado 
os mais relevantes, abordando os principais conceitos ao assunto em Revisão Bibliográfica e 
respondendo aos questionamentos propostos em Resultados e Discussão. 
Para Resultados e Discussão foram selecionados sete artigos científicos, cinco normas 
ligadas a Legislação Nacional e três entidades ligadas ao assunto deste artigo. 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 O resultado da pesquisa, conforme mencionado em Método de Pesquisa, foi reduzido a 
nove quadros, contendo os pontos mais relevantes. Do quadro um ao sete estão relacionados 
sete estudos (artigos científicos), sendo cinco em língua estrangeira; o quadro 8 refere-se a 
normas e legislação nacional e o quadro 9 sobre três entidades (uma estrangeira, uma 
internacional e uma nacional). Optou-se por fazer a análise e discussão dos resultados a cada 
quadro ou conjunto de quadros, a fim de facilitar o entendimento e compreensão do leitor. 
 
 
 
 
Quadro 1 - Caracterização e síntese artigo It Is Time to Address Airborne Transmission of 
Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) 
Autor(a): Morawska e Milton Síntese 
Título: It Is Time to Address Airborne 
Transmission of Coronavirus Disease 2019 
(COVID-19) 
 
Certos grupos de pessoas infectadas pelo SARS-
CoV-2, segundo os estudos abordados, não 
mantiveram contatos diretos e indiretos. 
Cita como exemplo o caso do Restaurante X, na 
China (vide quadro 3). Objetivo ou Problema: Apelar para a 
comunidade médica e aos principais órgãos 
nacionais e internacionais, especialmente a 
OMS para reconhecer a disseminação aérea 
do Novo Coronavírus 
Estudos citados no documento demonstram o 
potencial e a facilidade de gotículas menores que 5 
µm (aerossóis) serem transportadas dezenas de 
metros dentro de um ambiente fechado. Os estudos 
dos quadros 3 e 5 foram citados. Ano: 2020 
Fonte: Elaborado pelo próprio autor. 
 Este documento de Morawska e Milton (2020) faz um apelo à OMS e governos de 
todo o mundo sobre a transmissão aérea do SARS-CoV-2. O documento cita estudos, todos 
demonstrando a transmissão aérea do SARS-CoV-2, inclusive comparando com o SARS-CoV-
1, num estudo de Yu et al (2004) sobre o surto deste último em Hong Kong, pesquisando este 
tipo de transmissão através de técnicas de Dinâmica de Fluídos Computacional (CFD). Também 
cita o caso do Restaurante em Guangzhou, China (Quadro 3). A implicação foi que tal apelo 
fez com que a OMS atualizasse os protocolos de prevenção e combate ao SARS-CoV-2, 
incluindo evitar ambientes fechados, pouco ventilados e com muitas pessoas. (WHO, 2020). A 
ASHARE já tinha incluído medidas de prevenção à transmissão aérea (MORAWSKA et al, 
2020). 
Quadro 2 - Caracterização e síntese artigo COVID-19 Outbreak Associated with Air Conditioning in 
Restaurant, Guangzhou, China, 2020 
Autor(a): Lu et al Síntese 
Título: COVID-19 Outbreak 
Associated with Air Conditioning in 
Restaurant, Guangzhou, China, 2020 
 
O surto ocorreu de 26 de janeiro a 10 de fevereiro de 
2020, em Guangzhou, China. Observou-se que as mesas 
das 3 famílias ficaram contíguas, a uma distância de 1 m. 
Não se tinha notícias de contatos físicos entre as 3 
famílias naquele dia. 
Objetivo ou Problema: Investigar o 
motivo pelo qual 3 famílias que não 
tinham contato entre si, contraíram a 
COVID-19. 
Sabia-se o seguinte: a família A viajou 
de Wuhan para Guangzhou; elas 
almoçaram no mesmo restaurante, no 
mesmo dia e no mesmo andar (sala); a 
única fonte conhecida de exposição 
para as pessoas afetadas nas famílias B 
e C foi o paciente A1 (Figura 1) 
 Supõe-se que gotículas menores que 5 µm em aerossol 
foram transportadas a longas distâncias, induzida pela 
ventilação do ar-condicionado, através da direção de um 
forte fluxo de ar, que propagou gotículas para as mesas 
das famílias A, B e C. 
Devido a isto, os autores recomendaram fortalecer 
vigilância de monitoramento de temperatura, o aumento 
da distância entre as mesas e melhorar a ventilação. 
Os autores dizem que o estudo tem limitações, pois não 
foi realizado um estudo experimental da rota do 
transporte aéreo. 
Ano: 2020 
Fonte: Elaborado pelo próprio autor. 
Quadro 3- Caracterização e síntese do artigo Evidence for probable aerossol transmission of SARS-CoV-2 in a 
poorly ventilated restaurant 
Autor(a): Li et al Síntese 
Título: Evidence for probable 
aerosol transmission of SARS-
CoV-2 in a poorly ventilated 
restaurant 
Este estudo procura elucidar algumas questões que ficaram em 
aberto no caso do estudo do quadro 2. Foi realizado o estudo 
experimental da rota do transporte aéreo, usando gás traçador e 
o software CFD para prever a propagação das gotículas. 
A principal via de contágio foi por aerossol, já que por gotículas 
seria difícil tendo em vista a distância das mesas. 
O forte fluxo de ar que propagou as gotículas para as mesas das 
famílias A, B, C, como mostrado no estudo do Quadro 2, não 
pode ser a única causa da propagação dos aerossóis e gotículas. 
De acordo com a análise do ambiente, há outras causas mais 
fortes. As principais causas foram: o tempo de exposição 
(próximo de 1 h) e as baixas taxas de renovação do ar (de 0,75 
a 1,04 L/s/pessoa). 
Objetivo ou Problema: Analisar 
um surto envolvendo três famílias 
não associadas no Restaurante X 
em Guangzhou, China, e avaliar a 
possibilidade de transmissão por 
aerossol de SARS-CoV-2, 
caracterizando as condições 
ambientais associadas ao evento. 
Embora o fluxo do ar tenha tido pouca contribuição para a 
propagação dos aerossóis, o posicionamento dos equipamentos 
do sistema de ventilação deixava muito a desejar. 
Ano: 2020 
Os ventiladores responsáveis pela exaustão estavam 
desligados, o único exaustor que estava ligado era do banheiro. 
Conclui-se que a transmissão por aerossol no local foi devido à 
má qualidade da ventilação. 
 
Fonte: Elaborado pelo próprio autor. 
O estudo do quadro 2 de Lu et al (2020) não foi citado no documento Carta Aberta, mas 
sim o do quadro 3, de Li et al (2020). O estudo quadro 2 de Lu et al (2020) sugere que um total 
de 10 pessoas, de três famílias, foram infectadas pelo SARS-CoV-2 devido ao transporte de 
aerossóis pelo fluxo do ar-condicionado, já que gotículas (> 5 µm) são pesadas, caindo 
rapidamente ao solo, não atingindo os ocupantes contíguos, já que a distância entre as mesas 
era de aproximadamente 1 metro. 
O estudo do quadro 3 de Li et al (2020), citado no documento Carta Aberta 
(MORAWSKA; MILTON, 2020), complementa o estudo do quadro 2, já que Lu et al (2020) 
afirma que o estudo tem limitações, pois necessitava estudar a rota do transporte aéreo do vírus, 
limitando a sugerir como medida de prevenção o fortalecimento do monitoramento da 
temperatura, o aumento da distância entre as mesas e melhorar a ventilação do local. Portanto, 
Lu et al (2020) e Li et al (2020) não afirmaram, em nenhum momento, que a culpa de os 
integrantes das três famílias terem contraído o SARS-CoV-2 foi do ar-condicionado. 
Li et al (2020) resolve estudar o fluxo do ar com o gás traçador e com o software CFD. Com o 
gás traçador foi possível medir suas concentrações nos diversos pontos da sala, confirmando 
que a maior concentração estaria na zona ABC.Uma alta concentração do gás foi encontrada também na mesa 17 (Figura 1), porém, 
o cliente ficou pouco tempo lá (apenas 18 minutos), ao contrário do pessoal das famílias ABC, 
onde o tempo foi em torno de 1 hora (Figura 1). 
Figura 1 - Distribuição dos casos de infecção por SARS-CoV-2 nas mesas do Restaurante X, em Guangzhou, 
China. Detalhes a observar: as mesas ABC, em azul, com as respectivas famílias. Os clientes infectados estão 
numerados como A1,A2...B1, B2... C1, C2... e assim sucessivamente, formando a zona ABC em cinza e a região 
restante zona não ABC. A1 é o indivíduo “suspeito”. Os sistemas de exaustão estão desligados ou fechados, exceto 
do banheiro. Os clientes e garçons entravam no andar do restaurante pelo elevador e pelas escadas, que são 
conectados pela porta corta-fogo. Observe também a posição dos 5 aparelhos de ar-condicinado. 
 
Fonte: Li et al, 2020. Disponível em: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.04.16.20067728v1. 
(Adaptado). 
O software CFD simulou o “envelope de nuvem” o qual foi criado pelo fluxo de ar vindo 
do ar-condicionado (Figura 2). Pelo fato de os 4 ventiladores exaustores estarem desligados 
(Figura 1) e o ar-condicionado operar apenas no modo recirculação, formou-se este envelope 
de nuvem na zona ABC. Á medida que ia se distanciando ao longo da sala, tal envelope ia 
ficando mais fraco. Possivelmente, a concentração na zona ABC deu-se pelo pouco 
fornecimento de ar externo, além da infiltração de ar causada pela abertura, de vez em quando, 
e por pouquíssimo tempo da porta corta-fogo, bem como à pressão negativa ocasionada pelo 
exaustor do banheiro (Figuras 1 e 2). 
Verificou-se que apenas os integrantes das famílias ABC foram contaminados pelo 
SARS-CoV-2. Os demais clientes do restaurante, bem como os garçons, que inclusive serviram 
as famílias ABC não foram contaminadas. A explicação sugerida foi, no caso dos garçons, a 
exemplo da mesa 17 (Figura 1), o baixo tempo de exposição e quanto aos demais, as baixas 
concentrações de aerossóis, simuladas pelo gás traçador e pelo software CFD (Figura 2). 
Analisando, sugere-se que o fluxo de ar vindo do ar-condicionado teve pouca ou talvez 
nenhuma influência na transmissão do vírus, tendo em vista a concentração e o tempo de 
exposição a maior relevância. 
A análise do fluxo do ar, no entanto, é importante para prever o melhor posicionamento 
dos elementos do sistema de climatização no ambiente (Figura 2). 
https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.04.16.20067728v1
Figura 2 – envelope de nuvem formado na zona ABC, cor azul claro. Observe que à medida que vai se 
distanciando, o envelope de nuvem vai ficando mais fraco. Infelizmente, todos os exaustores (exceto do banheiro) 
estavam desligados (compare na Figura 1). 
 
Fonte: Li et al, 2020. Disponível em: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.04.16.20067728v1. 
(Adaptado). 
Concluiu-se que a transmissão aérea no local foi devida à má qualidade da ventilação 
no ambiente e à superlotação. Para se ter uma ideia do quão baixo o estudo estimou a taxa de 
renovação do ar do local, a RE 09/2003 da ANVISA (ANVISA, 2003) determina 27m3/h/pessoa 
(= 7,5L/s/pessoa), contra 0,75 a 1,04 L/s/pessoa do Restaurante. 
Quadro 4 - Caracterização e síntese artigo Aerosol and Surface Stability of SARS-CoV-2 
as Compared with SARS-CoV-1 
Autor(a): van Doremalen, 
Bushmaker e Morris 
Síntese 
Título: Aerosol and Surface 
Stability of SARS-CoV-2 
as Compared with SARS-CoV-1 
 
Foram realizados experimentos para os dois vírus (SARS-
CoV-1 e SARS-Cov-2), 5 experimentos para cada um, 
totalizando 10 experimentos. Houve 3 repetições para cada 
teste, efetuando, para o resultado, uma média. 
Os testes foram realizados nos seguintes meios: aerossol, 
cobre, papelão, aço inoxidável e plástico através de técnicas 
experimentais complexas de microbiologia, estimando-se as 
taxas de decaimento com o uso da regressão bayesiana. 
Objetivo ou Problema: Avaliar a 
viabilidade do SARS-CoV-1 e 
do SARS-CoV-2 no aerossol em 
em superfícies diversas. No caso do meio aéreo, que é o meio de maior interesse nesse 
trabalho, a viabilidade do SARS-CoV-2 em aerossóis é de 3 
horas. Ano: 2020 
Fonte: Elaborado pelo próprio autor 
 Este é um estudo prático, um teste de laboratório. Os resultados falam por si só! Tanto 
o SARS-CoV-1 como o SARS-CoV-2 são transmitidos pelo ar e a estabilidade nos diferentes 
meios foi semelhante. A viabilidade do SARS-CoV-2 em aerossóis de 3 horas é preocupante. 
Assim sendo, em teoria, depois que o cliente (paciente) A1 do Restaurante de Guangzhou, 
China (Quadro 2 e 3) deixou o restaurante, por mais 3 horas haveria vírus viáveis no local, 
considerando um sistema de climatização deficiente e não levando em conta outras variáveis 
(introdução de sistemas de purificação do ar, por exemplo). 
 
 
https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.04.16.20067728v1
Quadro 5 - Caracterização e síntese artigo How can airborne transmission of COVID-19 indoors be minimised? 
Autor(a): Morawska et al Síntese 
Título: How can airborne 
transmission of COVID-19 
indoors be minimised? 
 
Reconhece a transmissão aérea do SARS-CoV-2 em ambientes 
fechados, citando vários artigos, nos quais a maioria das 
amostras submetidas ao teste de reação em cadeia de polimerase 
(PCR) reportou resultados positivos. 
Objetivo ou Problema: Minimizar 
a transmissão aérea do Novo 
Coronavírus em ambientes 
fechados, buscando diversas 
alternativas, especialmente 
baseadas em controle de 
engenharia. 
Enfatiza o controle de engenharia para reduzir o potencial de 
transmissão aérea do SARS-CoV-2, com as seguintes medidas: 
➢ aumento das taxas de renovação do ar, podendo haver 
modificações nos sistemas; 
➢ evitar a recirculação do ar; 
➢ introduzir filtros mais eficientes; 
➢ introduzir dispositivos de limpeza e desinfecção do ar 
como lâmpadas ultravioletas bem como dispositivos 
portáteis de limpeza; 
Ano: 2020 
Reconhece que a ventilação é um importante meio para reduzir 
a transmissão aérea do vírus. 
Adverte quanto a ventilação natural: a taxa de fluxo de ar 
externo varia muito neste tipo de ventilação (de 2 a 50 trocas de 
ar/hora ou mais) e depende de condições meteorológicas, 
condições climáticas, tamanho da abertura das janelas e diversos 
fatores externos. 
Fonte: Elaborado pelo próprio autor. 
 Analisando este estudo, Morawska et al (2020) enfatizam, como no documento do 
quadro 1, a transmissão aérea do Novo Coronavírus, citando diversos artigos. 
 Morawska et al (2020) citam o Controle de Engenharia para reduzir o potencial de 
transmissão do Novo Coronavírus. Interessante que o Controle de Engenharia está previsto na 
NR1, item 1.4.1, g, II, como medida de prevenção, estando na segunda ordem (após a 
eliminação dos fatores de risco), na hierarquia das medidas de controle dos fatores riscos ser 
implementada pelo empregador (BRASIL, 2021). 
 A principal medida de controle de engenharia é a ventilação, que vai contribuir para a 
melhoria da qualidade do ar interior, removendo e/ou diluindo os contaminantes existentes no 
ar exalado. Temos, então, a captação do ar exterior, o qual deve ser filtrado antes de adentrar 
no recinto e a extração, saída do excesso de ar, através da exaustão (em certos casos, o ar a ser 
exalado deverá ser filtrado antes de expulso para o exterior). 
 A recirculação de ar, um processo em que o ar é reciclado, isto é, reaproveitado, nestes 
tempos de pandemia, deve ser evitada. Nos casos em que há apenas recirculação de ar, como 
no caso dos aparelhos Split, onde não há renovação do ar, deve ser providenciado um sistema 
de renovação do ar, ou, ainda, deixar uma janela aberta (MORAWSKA et al, 2020). 
 
Quadro 6 - Caracterização e síntese artigo O papel da legislação na promoção do conforto ambiental e no 
controle da propagação do Coronavírus nas cidades 
Autor: Freitas e Azerêdo Síntese 
Titulo: O papel dalegislação 
na promoção do conforto 
ambiental e no controle da 
propagação do Coronavírus 
nas cidades. 
O autor relaciona o planejamento urbano, conforto ambiental, 
princípios bioclimáticos, déficit populacional a processo de 
adoecimento da população, especialmente referente ao SARS-
CoV-2. 
Relaciona princípios bioclimáticos para cada região climática 
específica (tecido urbano solto, aberto e extenso – permitir 
ventilação – construções separadas entre si rodeadas de árvores). 
Estratégias bioclimáticas devem propiciar grandes aberturas nas 
edificações, para permitir a fluidez dos ventos sem obstáculos; 
ventilação cruzada para renovação do ar. 
Objetivo ou Problema: 
avaliar o papel da legislação 
urbanística na promoção do 
conforto ambiental, visando à 
salubridade das cidades e ao 
controle da propagação do 
novo coronavírus. 
Necessidade de modificar a legislação no tocante ao assunto no 
município de Recife. 
Consideração importante do autor é que de nada adiantam as 
grandes aberturas se a ventilação cruzada não puder ser 
promovida no interior das edificações, em caso de estas se 
localizarem em um tecido denso e justaposto, constituído por 
edificações que conformam barreiras aos ventos, que nem 
conseguem chegar às aberturas. 
Cita como exemplos o adensamento de prédios (prédios muito 
próximos) ou o caso de favelas, onde as construções são 
justapostas, prejudicando estratégias de ventilação natural. Ano: 2021 
Fonte: Elaborado pelo próprio autor 
 Analisando o quadro acima, ventilação natural não é só abrir uma janela e pronto! A 
abertura de uma só janela, não havendo outra janela em sentido oposto ou outra abertura em 
outro local do ambiente, no teto, por exemplo, não é ventilação natural. Portanto, tal como a 
ventilação mecânica, é uma técnica planejada (BRASIL, 2021). 
Figura 3 - Abertura de apenas uma janela e com duas janelas ou aberturas: numa única entrada não há 
diferencial de pressão, portanto, não circulação do ar pela área interna. 
 
Fonte: http://www.mme.gov.br/projeteee/implementacao/ventilacao-cruzada/?cod=vn 
 O estudo mencionado no quadro acima sugere a dificuldade da implantação da 
ventilação natural, seja muitas vezes em áreas “nobres” das grandes cidades, com um 
adensamento de prédios, seja em áreas pobres onde há construções justapostas. Isto tudo 
dificulta a aplicação da ventilação natural, baseada no conceito de estratégias bioclimáticas 
específicas (FREITAS; AZERÊDO, 2021). 
http://www.mme.gov.br/projeteee/implementacao/ventilacao-cruzada/?cod=vn
Além disto, em ambientes corporativos (escritórios, lojas, etc), existe a necessidade de 
cumprir requisitos de conforto térmico, de acordo com a NR 17, item 17.5.2 (Quadro 8), 
podendo ser difícil cumprir os três parâmetros lá indicados. Se a ventilação natural não 
preencher as condições de conforto térmico, será obrigatória a mecânica. (CLT, art. 176). 
 Morawska et al (2020) mencionarm no quadro 5 a advertência com relação ao uso da 
ventilação natural, tendo em vista as dificuldades mencionadas por Freitas e Azerêdo (2021), 
além de questões meteorológicas e climáticas e a dificuldades no controle sobre as taxas de 
fluxo de ar, pois variam muito (de 2 a 50 trocas de ar/hora ou mais). 
Quadro 7 - Caracterização e síntese artigo Recomendações para o planejamento de retorno às atividades 
escolares presenciais no contexto da pandemia de Covid-19 
Autor: Gutiérrez et al Síntese 
Titulo: Recomendações para 
o planejamento de retorno às 
atividades escolares 
presenciais no contexto da 
pandemia de Covid-19. 
Gutiérrez et al elaboram uma cartilha para a FIOCRUZ sobre 
retorno seguro às atividades escolares presenciais. 
Cita o CDC/EUA, considerando, atualmente, o risco baixo de 
transmissão por superfícies enfatizando a transmissão aérea do 
vírus por aerossóis e gotículas, ocorrendo uma maior transmissão 
em ambientes fechados e mal ventilados. 
Cita a taxa mínima de ventilação de acordo com a RE 09 da 
ANVISA de 7,5 L/s/pessoa. 
Objetivo ou Problema: 
Fundação Oswaldo Cruz-
Fiocruz apresenta novas 
atualizações e contribuições 
sobre o planejamento, 
monitoramento e vigilância 
para o retorno seguro das 
atividades escolares 
presenciais. 
Apresenta uma tabela de taxa de renovação de ar mínima de 
acordo com 3 autores 
Recomendações: 
➢ a adoção de soluções que reduzam a imposição vocal; 
➢ no uso de ar-condicionado, recomenda-se a aplicação de 
filtragem de alta eficiência contra aerossóis, ou, se o caso, 
a adição de purificadores de ar 
➢ Para ambientes beneficiados por ventilação natural, 
recomenda-se avaliar se as áreas livres e disposições das 
aberturas para entrada e saída do ar ainda estão 
compatíveis com a mínima ventilação exigida pelos 
regulamentos locais, nacionais e normas técnicas 
vigentes. 
➢ Monitorar os níveis de CO2, através de um sensor. 
 
Ano: 2021 (15/08/2021) 
Fonte: Elaborado pelo próprio autor 
 
 A análise do quadro acima do estudo de Gutiérrez et al traz definições e recomendações 
similares do Quadro 5 (MORAWSKA et al, 2020) e valores mínimos de taxas de renovação do 
ar. O CDC (2021), citado no trabalho do Quadro 7, reconhece a transmissão aérea do SARS-
Cov-2 como a principal via, sendo o risco de transmissão por superfícies baixo e de fácil 
controle. Infelizmente, as pessoas concentram seus esforços na limpeza de superfícies em vez 
de se preocuparem com a ventilação, constituindo num verdadeiro “teatro da higiene” 
(TOMPSON, 2020). Quanto a ventilação natural, as considerações são as mesmas já 
comentadas anteriormente. 
Quadro 8 - Legislação Nacional relacionada à ventilação adequada em ambientes interiores 
Lei, Norma Título/Assunto 
CLT Consolidação das Leis de Trabalho – art. 176/Os locais de trabalho devem ter 
ventilação natural, compatível com o serviço realizado. Se a ventilação natural não 
preencher as condições de conforto térmico, a ventilação artificial será obrigatória. 
NR17 (versão 
atual e a que 
entrará em 
vigor a partir 
de 
03/01/2022) 
Ergonomia, item 17.5.2 (atual) / Nos locais de trabalho onde há atividades que exijam 
esforço intelectual e atenção constantes são recomendadas condições de conforto 
relacionados à temperatura, velocidade do ar, umidade relativa do ar e níveis de ruído. 
Item 17.8.4 e segs: Nos locais de trabalho onde há atividades que exijam esforço 
intelectual e atenção constantes devem ser adotadas condições de conforto 
relacionados à temperatura, velocidade do ar, umidade relativa do ar e níveis de ruído 
RE 09/2003, 
ANVISA 
Orientação técnica sobre padrões referenciais de Qualidade do AR Interior em 
ambientes climatizados artificialmente de uso público ou coletivo/ define ar- 
condicionado; indicador de renovação de ar: 1000 ppm de CO2; faixa de temperatura 
no verão e no inverno; umidade relativa do ar; taxa de renovação de ar para ambientes 
climatizados é de 27m3/h/pessoa e caso haja alta rotatividade é de 17 m3/h/pessoa, 
com valor máximo de CO2 de 1000 ppm. 
Portaria M.S. 
3523/1998 
Padrões de qualidade do ar em ambientes climatizados (definição de parâmetros 
físicos, químicos e biológicos do ar de interiores), métodos de controle, bem como 
pré-requisitos de projetos de instalação e de execução de sistemas de climatização. 
Lei 
13.598/2018 
Dispõe sobre a manutenção de instalações e equipamentos de sistemas de 
climatização de ambientes/ Ambientes de uso público ou coletivo que possuem 
ambientes de ar interior climatizado devem possuir um plano de manutenção, 
operação e controle (PMOC). 
Fonte: Elaborado pelo próprio autor 
 A legislação acima está relacionada à ventilação, qualidade do ar interior e conforto 
térmico, sendo que a RE 09/2003 (ANVISA, 2003), a Portaria 3523/1998 (BRASIL, 1998) e a 
Lei 13.598/2018 (BRASIL, 2018), referem-se aos locais onde há sistemas de climatização, 
impondo, além de cumprir parâmetros de qualidade do ar interior,cumprir um Plano de 
Manutenção Operação e controle, conhecido como PMOC. E quanto ao tipo de ventilação, ou 
seja, forçada ou mecânica ou natural, é preciso ver se esta última atende ao que diz a CLT, 
artigo 176, sobre conforto térmico (BRASIL, 1943) e a NR17 (BRASIL, 2020), que menciona 
parâmetros de conforto como temperatura, velocidade do ar, umidade relativa do ar e níveis de 
ruído, sendo que a versão que entrará em vigor ano que vem é exige (não é recomendação). 
 Já o item 1.4.1, g, da NR 1 (BRASIL, 2020), trata de medida de proteção coletiva. Neste 
caso o Sistema de Climatização com renovação de ar entraria como Controle de Engenharia, 
tal como mencionado no Quadro 5, que analisou o estudo de Morawska et al (2020). 
 
Quadro 9 – Agências, Organismos ou Agências Nacionais e Internacionais com recomendações e orientações 
sobre ventilação adequada em ambientes interiores 
Agências/Organismos
/Associações 
Síntese Recomendações/Orientações 
ASHRAE 
 
American Society of 
Heating, 
Refrigerating and 
Air-Conditioning 
Engineers 
Documento de Posição da ASHRAE sobre Aerossóis Infecciosos/ 
Recomendação e orientações sobre: 
- projeto, instalação e operação de sistemas de aquecimento, ventilação e ar 
condicionado (AVAC), incluindo limpeza e manutenção. 
- atentar para o fluxo de ar dos sistemas AVAC, podem afetar tanto 
positivamente quanto negativamente o risco de propagação de patógenos. 
- reconhece a transmissão aérea do SARS-CoV-2 e, para tal, deve-se utilizar 
os meios adequados, incluindo alterações nos sistemas de aquecimento, 
ventilação e ar-condicionado. 
- os sistemas AVAC podem reduzir as concentrações do Novo Coronavírus 
através da ventilação e filtragem por eles fornecidos (AVAC), reduzindo, 
portanto, o risco de transmissão pelo ar. 
- espaços não condicionados podem causar estresse térmico a pessoas as 
quais podem ter a vida diretamente ameaçada e também podem diminuir na 
resistência à infecção. -- em geral, desabilitar os sistemas de aquecimento, 
ventilação e ar-condicionado não é uma medida recomendada para reduzir a 
transmissão do vírus. 
-reconhece que a ventilação natural pode ser usada, mas vai além da simples 
abertura de portas e janelas, sendo uma técnica que exige planejamento e 
projeto. No entanto, a ventilação natural é limitada, dada as condições do ar 
exterior, por exemplo. 
OPAS 
Organização 
Panamerica de Saúde 
Roteiro para melhorar e garantir a boa ventilação de ambientes fechados no 
contexto da doença causada pelo Novo Coronavírus, COVID-19/ Traz um 
roteiro para o uso da ventilação natural, mecânica ou a combinação destas, 
advertindo que a escolha do melhor tipo de ventilação vai depender das 
necessidades, disponibilidades de recursos e custos dos sistemas. 
Fornece uma ferramenta operacional, em forma de fluxograma, para a 
melhoria da ventilação, visando melhorar o controle ambiental de Engenharia 
durante a pandemia de COVID-19 e em ações posteriores. Comenta sobre o 
uso do SPLIT. 
ABRAVA 
Associação Brasileira 
de Refrigeração, Ar-
Condicionado, 
Ventilação e 
Aquecimento 
O sítio desta instituição apresenta diversas notícias e serviços não só aos 
profissionais de AVAC-R, mas à sociedade, como notícias, artigos, resumos 
de legislações, além de normas, recomendações e cartilhas de boas práticas. 
Com a pandemia do Novo Coronavírus, a ABRAVA disponibilizou o “Canal 
ABRAVA COVID-19”, que esclarece uma série de dúvidas à sociedade, 
cujas informações estão de acordo com as orientações da OMS, ASHRAE e 
órgãos públicos. Comenta, também, sobre o uso do SPLIT. 
Fonte: Elaborado pelo próprio autor 
As informações fornecidas pelas três entidades acima são muito valiosas e qualquer um 
pode ter acesso a elas. Questões que já foram discutidas e analisadas aqui sobre ventilação, 
renovação do ar e extração, transporte aéreo do vírus estão nestes documentos ou sites. Questões 
sobre ventilação mecânica e natural também são abordadas. 
A ASHRAE (STEWART et al, 2020), OPAS (2020) e ABRAVA (2020, 2021) 
recomendam o uso do ar-condicionado, desde que em boas condições de manutenção e limpeza, 
cumprindo os regulamentos (por exemplo, o PMOC). Então, posso ou não ligar o ar-
condicionado? Ligar ou não ligar, eis a questão! 
 De tudo que discutimos até aqui a resposta é... depende! 
 Como está seu sistema de climatização? Fez as manutenções preventivas e limpezas 
periódicas? Como estão os parâmetros de qualidade do ar do ambiente interior onde está o ar-
condicionado? Tem realizado monitoramentos, especialmente dos níveis de CO2? 
 Os documentos discutidos nos quadros 8 e 9 são ferramentas valiosas para tirar suas 
dúvidas e estão disponíveis na internet gratuitamente! A Portaria do M.S. (Ministério da Saúde) 
3523/1998 (BRASIL, 1998), a RE 09/2003 (ANVISA, 2003) e a Lei 13589/2018 (BRASIL, 
2018), citadas pela ABRAVA (2020, 2021), devem ser cumpridas rigorosamente. É preciso ter 
um Plano de Manutenção e Operação e Controle (PMOC) de seu sistema de climatização. 
Evidentemente, se for uma residência, não há necessidade de cumprir esta legislação, mas, é 
recomendável como orientação (ABRAVA, 2020). O documento da OPAS traz uma ferramenta 
valiosa, um fluxograma para melhoria da ventilação de acordo com a necessidade do usuário. 
 É preciso que o seu ar-condicionado seja o seu aliado (e não inimigo), aliando conforto 
térmico e saúde. Caso contrário, se o seu aparelho estiver sujo, ineficiente, não realizando a 
filtração adequada e, especialmente, não realizando a renovação do ar, não ligue! Use janelas e 
portas abertas para “quebrar o galho” com a ventilação (ABRAVA, 2020). 
 Porém, caso você tenha cumprido tais requisitos, então use-o! 
 Mas, eu tenho um aparelho Split sem renovação do ar... E aí? 
 O aparelho Split básico, muito utilizado em residências, infelizmente, está sendo muito 
utilizado em locais onde não deveria como comércios, repartições públicas, escritórios, 
academias, escolas (quando tem!), etc. O fato de este aparelho não possuir filtragem adequada 
e nem renovação do ar, resulta em ambientes irregulares, descumprindo a legislação acima, bem 
como as normas técnicas. E, principalmente, em ambientes totalmente inseguros do ponto de 
vista sanitário, ainda mais neste período de pandemia (COZAC; PARRA, 2021). 
Neste caso, você deve verificar a possibilidade de realizar adaptações ao sistema de 
climatização. É o caso dos sistemas de filtração e renovação do ar, que devem ser o mais 
eficiente possível. Estes sistemas permitem uma melhor distribuição e circulação do ar 
ambiente, melhorando os níveis de material particulado e gases, ficando dentro dos padrões 
aceitáveis para a saúde humana (COZAC; PARRA, 2021). 
 No quadro 8 as, as três entidades recomendam a renovação do ar interior e, no caso de 
sistemas AVAC que não tenham devem ser realizadas as adaptações necessárias, se possível, 
de acordo com as orientações de um profissional qualificado no assunto. 
 Especialistas no assunto, Van Hoorn e Mariani (2017) recomendam, neste caso, a 
instalação de um sistema complementar, devidamente dimensionado e projetado, associado ao 
sistema de condicionamento de ar para trazer ar externo de renovação filtrado para o interior 
dos ambientes. Existem, no mercado, várias opções. Tal conceito foi aplicado por Mariani e 
Furukawa (2017) em algumas salas de Engenharia da USP. Abaixo um modelo esquemático 
(Figura 4). 
Figura 4 – Esquema geral do Sistema de Renovação de ar para ambientes que possuem apenas ar-condicionado 
do tipo “Split”. 
 
Fonte: Projeto Clima Engenharia de Ar Condicionado. Renovação de Ar – Captação de Ar Externo – Filtragem 
G3. Disponível em: https://projetoclima.com.br/renovacao-de-ar/ (Adaptado). 
Figura 5 – Detalhe do esquema de renovação de ar da Figura 4. Neste modelo, no sentido do exterior para o 
interior: grelha para captação do ar externo, caixa de filtragem, um ventilador axial e oRVA (regulador de vazão 
de ar). Todo o conjunto é conectado por um tubulação, que pode ser de PVC. A caixa de filtragem pode ter mais 
de um filtro 
 
Fonte: Projeto Clima Engenharia de Ar Condicionado. Renovação de Ar – Captação de Ar Externo – Filtragem 
G3. Disponível em: https://projetoclima.com.br/renovacao-de-ar/ (Adaptado). 
 Campos e Guedes (2020) aconselham, também, a instalação de um sistema de ventilação 
onde não há, no caso de ambientes com Split, renovação de ar, pois muitos ambientes são 
construídos sem janelas, ou salas com janelas blindadas, ou com divisórias, isolando a passagem 
de ar externo. Ou, ainda, apesar de os códigos de obras exigirem portas e janelas compatíveis, 
visando a ventilação adequada, nem sempre são suficientes ou efetivos para garantir condições 
sanitárias adequadas de ventilação (CAMPOS; GUEDES, 2020). 
https://projetoclima.com.br/renovacao-de-ar/
https://projetoclima.com.br/renovacao-de-ar/
 Também fazem uma ponderação: é necessário verificar o impacto da troca do ar interior 
pelo ar exterior, o qual, normalmente, está a uma temperatura mais alta do que o ar interior, e 
se os equipamentos atuais suportarão o consequente aumento da carga térmica, ou seja, a 
quantidade de calor que necessitará ser retirada do local interior para atingir os parâmetros 
adequados de temperatura e umidade (CAMPOS; GUEDES, 2020). 
 Os cálculos de carga térmica devem ser realizados de acordo com as normas da ABNT 
e atender aos parâmetros da legislação. Em todo o caso, consulte um profissional qualificado 
em Sistemas de Climatização para a realização do seu projeto, bem como profissionais treinados 
para instalação e manutenção, com acompanhamento de um responsável técnico. 
Com tudo que foi visto até agora neste artigo, é possível dizer que, dentre as diversas 
medidas que devem ser tomadas para se prevenir do SARS-CoV-2, uma boa ventilação, que 
promova a recirculação do ar, é a mais importante. 
Ainda não se sabe quais medidas continuarão no pós-pandemia, mas, com certeza, 
ambientes bem ventilados é uma medida que deverá continuar. Existem muitas doenças de 
transmissão aérea, agentes infecciosos de tuberculose, sarampo, catapora e gripe que são 
transportados pelo ar (TELLIER et al, 2019; SÃO PAULO, 2021), além de outros vírus ou 
agentes infecciosos que porventura venham a ocorrer (MORAWSKA et al, 2020). E não nos 
esqueçamos dos agentes químicos, que devem ser monitorados (ANVISA, 2003). 
Atualmente, a cobertura vacinal em nosso país avançou, mas ainda não é tempo de 
relaxar com as outras medidas conhecidas de prevenção ao SARS-CoV-2 já conhecidas. (uso 
de máscara, distanciamento social, evitar aglomerações, lavar as mãos) 
Mourawska et al (2020), Quadro 5, afirmam a necessidade, nestes tempos de pandemia, 
de que se aumente as taxas de renovação do ar a fim de trazer mais ar fresco de fora (filtrado), 
evitando a recirculação de ar tal, medidas estas que não ocorreram no caso do restaurante 
estudado por Lu et al (2020) e Li et al (2020) – Quadros 2 e 3. 
O uso de máscara seria um complemento, pois “zerar” os contaminantes é difícil, já que 
aumentando as taxas de renovação de ar promove-se uma maior diluição do ar, baixando a 
concentração de patógenos, portanto a máscara seria uma barreira de proteção a mais. 
5. CONCLUSÃO 
 De acordo com os estudos realizados mediante revisão bibliográfica, conclui-se que uma 
boa ventilação nos ambientes interiores pode prevenir ou mitigar, em muito, o contágio pelo 
Novo Coronavírus (SARS-CoV-2), vírus transmissor da COVID-19, promovendo a renovação 
do ar interior, a qual dilui os contaminantes existentes nestes ambientes. 
 Para isto, deve o responsável por tais ambientes, inclusive residenciais, promover a 
ventilação que melhor atenda às suas necessidades, combinando com conforto térmico e com a 
legislação e regulamentos existentes. 
A ventilação natural, que é um processo planejado, apesar de muito útil, possui 
limitações, que deve ser observada, como, por exemplo, em grandes centros urbanos, onde o ar 
externo já é muito poluído, não passando por filtrações. Pesa, ainda, o fato do adensamento de 
construções, fatores climáticos e meteorológicos, dificultando a aplicação do conceito de 
estratégias bioclimáticas específicas. Alguns ambientes como certas áreas de hospitais, áreas 
limpas, etc, é necessário o uso da ventilação mecânica ou forçada. 
Neste interim, o ar-condicionado, desde que possua um sistema que promova a 
renovação do ar e a chegada de ar o mais limpo possível, utilizando-se de filtros de acordo com 
as normas existentes, é um importante aliado no enfrentamento da pandemia do Novo 
Coronavírus, além de melhorar a qualidade do ar interior, trazer o conforto térmico adequado e 
qualidade de vida. Deve-se, no entanto, para que ele cumpra o seu mister, o responsável realizar 
toda a manutenção e limpeza adequadas, conforme a legislação e regulamentos, cumprindo 
fielmente o PMOC (Plano de Manutenção, Operação e Controle). 
 Mesmo tendo hoje vacinas para o combate ao SARS-CoV-2, a atenção à boa ventilação 
nos ambientes interiores e, consequentemente, a renovação do ar, devem permanecer mesmo 
após a pandemia, pois existem muitas doenças respiratórias transmitidas por patógenos, além 
da COVID-19, bem como poluentes químicos. Por isto, estudos nesta área, seja na ventilação 
mecânica, seja na natural, devem continuar e aumentar, pois o ser humano passa boa parte de 
sua vida em ambientes interiores, sujeitando-se, muitas vezes, a ambientes contaminados. 
 Apesar das dificuldades, como o pouco tempo para elaborar um trabalho complexo 
como este, de forma individual, exigências de forma e publicações em língua estrangeira, este 
estudo serviu para reforçar conceitos, eliminar certos mitos e dogmas e mostrar a importância 
da Ciência, num momento em que ela, infelizmente, no nosso país, anda tão desprestigiada por 
tantas autoridades, com teses negacionistas, trazendo um enorme prejuízo ao povo brasileiro. 
REFERÊNCIAS 
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