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Artes Prof. Glauber Amorim 3° Ano O transcendental e o decorativo Cap. 5 Pág. 38 A arte bizantina e a arte medieval Arcádio, imperador do Oriente com sede em Bizâncio posteriormente denominada Constantinopla (Istambul- Turquia). Este permaneceu com seus valores seculares e artísticos da cristandade Oriental. A morte do imperador Teodósio I em 395 fragmenta o império romano em duas partes respectivamente Arcádio e Honório. Honório, imperador do Ocidente com sede em Milão ou Ravena. Este império foi constantemente atacado por povos germânicos caindo nas mãos de Odoacro, vivendo um multiculturalismo influenciado principalmente pelos povos germânicos. Arte bizantina Com a transferência de poder para Bizâncio, vários artistas gregos e romanos se instalaram lá, essa arte nasce como uma interação de povos gregos helenísticos, romanos e orientais. A Arte Bizantina se contextualiza na Arte Paleocristã, que tem origem nas expressões artísticas dos convertidos na fé em Jesus Cristo. Eram manifestações feitas especialmente através das pinturas nas catacumbas e nos sepulcros. A maior parte da arte desse período foi concebida pela igreja ortodoxa Oriental, e exibia as seguintes características: Diferentemente da beleza física adotada pelos ocidentais, adotava um tom sombrio. Características tanto egípcias quanto gregas Frontalidade - representação das figuras em posição frontal e rígida; Estrutura plana e unidimensionalidade Olhar opaco e solene Faces alongadas e estreitas sem o realismo. Propaganda imperial em imagens religiosas diferente da igreja de Roma. Pintura paleocristã na Catacumba de Santa Priscila, Roma, séc II Uma figura importante para a arte bizantina era o imperador Justiniano, sendo este também chefe da igreja, era o principal financiador da arte que misturava o religioso e o político, demonstrando seu dúbio poder nas representações. Mosaico da Igreja de San Vitale Iconografia A iconografia surge no império Bizantino como a melhor forma de comunicação igreja / população, pois a maioria era iletrada e os fiéis se dirigiam diretamente aos santos, além de ser imensamente mais barata que os mosaicos, cumpria sua missão de evangelização. Elas também consistiam em representação de personalidades divinas sem qualquer compromisso com o realismo. Poderiam ser utilizados para ornamentação, ou até mesmo em batalhas. O livro ilustrado: Iluminuras Na idade média todos os livros eram manuscritos, dessa forma surge uma forma artística muito característica do período. Os iluminados (livros) eram decorados com ouro, marfim e prata das páginas à capa, utilizando desenhos mítico- religiosos e figuras monstruosas em suas representações. Pinturas do Mestre de Giovanni da Gaibana e colaboradores. Áustria, 1270-1275. Manuscrito sobre pergaminho. Apocalipse. Com comentário de Berengaudo e Haimo de Auxerre. Inglaterra, c. 1265-1275. Manuscrito sobre pergaminho. Iluminura e notação musical Devido ao processo de fabricação dos livros ser demasiadamente cara, as iluminuras eram utilizadas apenas por classes nobres e o suprassumo da igreja. Com o passar do tempo esse fator, ligado à invenção da prensa de Gutemberg em 1455 resultou no desaparecimento gradativo dessa forma artística. Johannes Gutenberg, inventor da prensa Funcionário do Museu das Terras Bíblicas mostrando a réplica da impressão de Gutenberg, em 2013 Igreja de Santa Sofia, Istambul, Turquia. Construída para agradar as classes mais abastadas Arquitetura gótica A arquitetura gótica nasce na França em 1140 em um movimento de busca do céu, por esse motivo as construções possuíam grande verticalidade. Suas principais características são: Temas religiosos Arte monumental e suntuosa Verticalidade das construções Torres pontiagudas e esguias Grande ornamentação Paredes mais finas e leves Maior número de janelas e portas Grande iluminação interior Rosácea: elemento decorativo circular e colorido preenchido com vitrais, o qual era utilizado nos portais de entradas das igrejas. Permitiam maior entrada de luz e recebe esse nome pois tem a forma de uma rosa. Gárgulas: estrutura situada nas calhas dos telhados com o intuito de escoar água. Normalmente, eram adornadas com figuras animalescas e monstruosas. Há lendas de que essas criaturas eram guardiões das igrejas e durante a noite ganhavam vida. Detalhe interno igreja estilo gótico Catedral de Reims França Catedral de Colônia- Alemanha Catedral de Notre Dame A escrita da música: Canto gregoriano Organizado pelo papa Gregório em 590, canto gregoriano constituiu uma das primeiras manifestações musicais da fé católica, sendo os monges os principais guardiões da teoria musical na idade média. Nesse período a música tinha uma única finalidade “Elevar a alma à Deus”. Durante esse período a música estava separada entre música sacra e música profana, e o instrumento permitido nos louvores era o órgão. A arte islâmica Compreendemos como arte islâmica o legado caligráfico e arquitetônico deixado pelos povos da península arábica iniciada no século VII com Maomé. Esta forma artística na realidade se traduz em uma forma de vida, já que o islã é assim visto pelos fiéis, e abarca todas as construções nos territórios historicamente dominados pelos mulçumanos. Os arabescos e padrões geométricos Os arabescos são uma espécie de ornamentos rendados muito comuns em templos, e assim como os padrões geométricos, não somente representam o belo estético, como também atribui um simbolismo baseado no infinito e no além do mundo visível (mundo espiritual). Detalhe da decoração dos arcos da mesquita de Isfahan Mais antigo monumento arquitetônico da arte Islâmica, o Domo de rocha, construído em 692, fica em Jerusalém onde acredita-se que o profeta ascendeu aos céus. Taj Mahal Arte chinesa A arte chinesa antes centrada na expiação e no sacrifício surge como um convite à compreensão da natureza, do equilíbrio e o autoconhecimento. Os chineses acreditavam que a arte poderia conectá-lo com o espiritual, as suas reproduções seguiam rigor um técnico que permitiam executar retratos de uma natureza sem a necessidade de uma visualização prévia. Vaso da dinastia Qin 221-206 a.C. Bastante impulsionada pelo budismo, a arte chinesa reverenciava os pintores diferentemente do que acontecia no ocidente, os pintores por vezes tinha o status elevado e recebiam proteção real dependendo da dinastia em vigência. Com a expansão do império foram criados diversos templos e túmulos construídos com murais e pinturas em seda e potes de cerâmica. Um grande pintor da dinastia Tang(618-907), considerada idade de ouro por conta da estabilidade econômica, foi Gu Kaizhi. Pintura em seda na dinastia Song (960-1279) Assim como os egípcios os chineses também tinham costumes fúnebres, pois ele deveria ser acompanhado na morte por objetos que o acompanharam na vida. Assim, conceberam um rico acervo de esculturas como é o caso do exército de terracota da dinastia Qin, e outros objetos funerários. Figura de guardião- Lokapala Dinastia Tang Arte japonesa A arte japonesa mais antiga a que se tem registros é dos séculos VII e VIII, e assim como a dos chineses é fortemente influenciada pelo budismo. No séc. XIX os japoneses se afastam da influência chinesa e passam a surgir particularidades, as representações artística japonesas de maior destaque são a pintura e a escultura, todas ligadas intensamente pela religião. Os trabalhos em cerâmica são os mais bem elaborados do mundo e podem ser realizados utilizando diversas técnicas. Da série “trinta e seis vistas do monte Fuji” – katsushika Hokusai Na pintura a natureza se destaca nas representações, com o desenvolvimento das técnicas de impressão os japoneses passam a retratar o cotidiano. Mural encontrado na tumba de Takamatsuzuka Representação do cotidiano na pintura japonesa A partir do século IX, o Japão acompanhou de perto o estilo chinês, assimilando asprincipais características (uso de materiais como a madeira, estruturas ancoradas em colunas, ênfase horizontal e simetria) e reproduzindo-as nos templos, residências e palácios, de forma simplista e integrada à natureza. Templo Byodo-in Mosteiro de Todai-ji Cerâmica japonesa -Kintsugi A atividade está nas páginas 45, 46 do nosso livro didático