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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: ENFERMAGEM DISCIPLINA: ANATOMIA NOME DO ALUNO: KATHARINA DE MEDEIROS PADE R.A: 2209868 POLO: GUARUJÁ-SP DATA: 10/11/2022 INTRODUÇÃO Ao longo das aulas práticas de anatomia pudemos estudar mais de perto os diferentes órgãos e estruturas que formam o corpo humano através dos modelos sintéticos disponíveis. Durante as aulas, os conteúdos foram ministrados pela professora na primeira parte da aula e na segunda parte podíamos explorar os modelos sintéticos e tirar dúvidas. O primeiro sistema estudado foi o sistema esquelético. Dangelo e Fatinni (2007) definem o esqueleto como um apanhado de ossos e cartilagens que, juntos, forma o alicerce do corpo dos animais. O sistema esquelético humano pode ser dividido em duas grandes partes: 1) esqueleto axial – mediana, forma o eixo do corpo e é composta pelos ossos do crânio, pescoço e tronco – e 2) esqueleto pendicular – composta pelos membros superiores e inferiores. Essas duas partes são unidas através dos cíngulos dos membros inferiores e superiores. O sistema esquelético possui seis funções básicas que são a de suporte, proteção, assistência do movimento, homeostasia mineral, produção de células sanguíneas e armazenamento de triglicerídeos. Os ossos são formados tanto por matéria orgânica (confere elasticidade) quanto inorgânica (confere rigidez) (MOORE, 2014) (DANGELO; FATINNI, 2007) (VILICEV, 2021) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). O sistema circulatório foi o próximo sistema a ser estudado. O sistema cardiovascular, também chamado de sistema circulatório, é um sistema tubular fechado (ou seja, não se conecta com o meio externo) pelo qual circulam humores – sangue e linfa (DANGELO; FATINNI, 2007). Alguns autores, como Tortora e Derrickson (2016) descrevem o sistema circulatório como sendo composto pelo coração, vasos sanguíneos e sangue, já outros, como Dangelo e Fatinni (2007) apresentam uma visão mais completa, na minha opinião, do sistema circulatório o dividindo entre sistema sanguífero, composto pelos vasos sanguíneos (artérias, veias, arteríolas e capilares) e pelo coração (que de acordo com os autores pode ser considerado um vaso sanguíneo modificado), sistema linfático, composto pelos vasos condutores da linfa e pelos órgãos linfoides (linfonodos e tonsilas) e, por fim, pelos órgão hemopoéticos – medula óssea, timo e baço1 – que são os órgão que produzem os componentes do sangue. Este sistema desempenha sua função através de dois mecanismos: a circulação sistêmica – ou grande circulação – que leva o sangue rico em O2 para os tecidos e traz o sangue pobre em O2 de volta para o coração; e 1 Dangelo e Fatinni (2007) discorrem que, apesar do baço ser um órgão do sistema linfático, de acordo com a Nomenclatura Anatômica, este também pode ser incluído como órgão hemopoético por sua importante função na produção de células vermelhas, como faz a Nomenclatura Histológica. a circulação pulmonar – ou pequena circulação – que leva sangue pobre em O2 para o pulmão e recebe sangue rico em O2 que será bombeado para o resto do corpo (ÁRTICO et al., 2015). Em seguida estudamos o sistema respiratório. O sistema respiratório é formado pelo nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios e pelos pulmões. Esse sistema atua na troca gasosa através da respiração – que é uma característica básico dos seres vivos – que consiste na absorção pelo organismo de oxigênio e a liberação do gás carbônico. Além da respiração, o sistema respiratório também atua na regulação do pH do sangue, filtra e aquece o ar inspirado, elimina calor e água pelo ar expirado, contem receptores do olfato e produz sons (fonação). Podemos dividir o sistema respiratório de acordo com a sua estrutura – podendo ser superior (estruturas acima do diafragma) ou inferior (estruturas localizadas abaixo do diafragma) – ou de acordo com a sua funcionalidade – condutor (estruturas que levam o ar até a zona respiratória) ou respiratória (onde ocorrem as trocas gasosas) (DANGELO; FATINNI, 2007) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). O próximo sistema a ser estudado foi o digestório. O sistema digestório é responsável pela digestão dos alimentos, esse processo nos permite quebrar as moléculas do alimentos até atingirem um tamanho pequeno o suficiente que as células do nosso corpo possam absorver e utilizar os nutrientes e energia química presentes nos alimentos (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Dessa forma tem como suas funções preensão, mastigação, transformação química e absorção dos alimentos, e a expulsão dos resíduos. A atividade das enzimas e a motilidade (movimentos peristálticos) do sistema são os dois principais mecanismos pelos quais o alimento é reduzindo, sendo a digestão um processo muito mais químico do que físico (DANGELO; FATINNI, 2007). O sistema digestório é um sistema tubular composto pela boca, parte da faringe, esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso e pelas suas glândulas acessórias – fígado, pâncreas e glândulas salivares (TORTORA; DERRICKSON, 2016). O sistemas articular foi o sistema seguinte a ser estudado. As articulações são o ponto de encontro entre ossos, osso e cartilagem ou entre osso e dente, são compostas por tecido conjuntivo flexível o que permite um grau de movimento. As articulações apresentam um número considerável de variações mas, de forma geral, podemos agrupa- las, com base em aspectos funcionais e estruturais, em três grupos: as articulações fibrosas – o tecido que mantem os ossos unidos é composto por tecido conjuntivo denso, rico em colágeno, que permite pouquíssima flexibilidade –, articulações cartilagíneas – ossos são mantidos juntos por uma camada de cartilagem, apresenta mobilidade reduzida – e, por fim, articulações sinoviais – elemento que se interpõe às peças que se articulam é um liquido lubrificante natural (sinóvia) encapsulado pela capsula articular, podendo apresentar ligamentos acessórios, essa é a articulação com maior mobilidade (DANGELO; FATINNI, 2007) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Por fim, estudamos o sistema muscular. O sistema muscular e formado pelos músculos do corpo que são controlados voluntariamente (em torno de 700). Os músculos são estruturas formadas por fibras (que por sua vez são formadas pelo agrupamento de células especializadas para a contração) que movem as partes do corpo através do encurtamento da distância existente entre as extremidades fixadas do músculo, ou seja, através da contração. A principal função dos músculos é a de movimentar os segmentos do corpo, mas também temos músculos cuja principal função é estabilizar os ossos para que os outros músculos possam exercer sua função de movimentação de uma forma mais efetiva (DANGELO; FATINNI, 2007) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). RESULTADOS E DISCUSSÃO AULA 1 – Esqueleto Axial Roteiro 1 Crânio Podemos dividir o crânio em duas principais partes, o neurocrânio e o viscerocrânio. O primeiro consiste na porção superior e posterior, de maior tamanho, que é responsável por abrigar o encéfalo. Já o viscerocrânio, anterior e inferior, abriga órgãos dos sistemas digestório e respiratório e é também conhecido como face (DANGELO; FATINNI, 2007). O neurocrânio é formado pelos ossos: frontal, temporal, etmoide, esfenoide, parietal e occipital; o viscerocrânio, por sua vez é composto pelos ossos: maxilas, mandíbula, palatinos, vômer, nasais, zigomáticos, lacrimais e conchas nasais inferiores (VILICEV, 2021). Para facilitar o entendimento das diversas estruturas que compõe o crânio, “dividimos” este em normas, ou seja, em vistas ou recortes. As normas do crânio são: a superior, a anterior, a posterior, a lateral, a basilare a inferior. A norma superior corresponde ao topo do crânio e onde podemos observar o formato de elipse da parte da calvária do crânio, que, na visão de Moore (2014) é a cúpula do crânio. De acordo com Netter (2014) a norma superior é composta pelos seguintes ossos: Osso frontal – osso plano, ímpar, anterior e mediano da calvária, integra o neurocrânio; Osso parietal – ossos planos, pares, compõe o teto do crânio, e integram o neurocrânio; Osso occipital – osso plano, ímpar, mediano, integra a base do crânio e possui uma abertura (forame magno) que permite que a cavidade craniana de comunique com a cavidade vertebral, integra o neurocrânio; (VILICEV, 2021) Já a norma posterior do crânio, que também pode ser chamada de norma occipital, corresponde a parte de trás do crânio e é composta supero-lateralmente pelo osso parietal, centralmente pelo osso occipital e inferior-lateralmente pelo osso temporal (DANGELO; FATINNI, 2007). Osso temporal – ossos irregulares, par, que integra o neurocrânio; Osso parietal; Osso occipital; (VILICEV, 2021) A norma anterior corresponde a parte frontal do crânio. Superiormente temos o osso frontal, acima das cavidades orbitárias, dos ossos zigomáticos e da cavidade nasal, enquanto inferiormente encontramos a mandíbula. Medialmente a maxila ocupa a maior parte do crânio (MOORE, 2014). Para além, são componentes dessa norma, segundo Netter (2014) os ossos: Osso frontal; Osso parietal; Osso nasal – osso plano, par, que forma em conjunto com o osso nasal do lado oposto o dorso do nariz, pertence ao viscerocrânio; Osso esfenoide – osso irregular, ímpar, mediano, situando-se na base do crânio, na parte basilar do osso occipital, e anteriormente aos ossos temporais, integra o neurocrânio; (VILICEV, 2021) Osso lacrimal – osso plano, ímpar, situado na parte medial da órbita, integra o viscerocrânio; Ossos temporais; Ossos zigomáticos – osso irregular, par, forma a parede lateral e o assoalho da órbita, faz parte do viscerocrânio; Osso etmoide – osso irregular, ímpar, inferior, situando-se na base do crânio, compõe o neurocrânio; Maxila – osso plano e irregular, par, anterior, pertence ao viscerocrânio; Concha nasal inferior – osso plano, ímpar, situa-se na parede lateral da cavidade nasal separando os meatos nasais superior e inferior, faz parte do viscerocrânio; Vômer – osso plano, ímpar, formas as porções posteriores e inferiores do septo nasal, integra o viscerocrânio; Mandíbula – osso irregular, ímpar, situa-se anteroinferiormente e é o único osso móvel no crânio, integra o viscerocrânio; (VILICEV, 2021) Já a norma lateral, tanto esquerda quando direita, de acordo com Netter (2014) são compostas pelos ossos: Osso esfenoide; Ossos parietal; Osso temporal; Osso frontal; Osso nasal; Osso occipital; Osso nasal; Osso zigomático; Maxila; Mandíbula; A norma basilar é a vista da base do crânio (DANGELO; FATINNI, 2007). É limitada posteriormente pela linha nucal superior do ossos occipital e anteriormente pelos dentes incisivos superiores. Netter (2014) ilustra que essa norma é composta pelos ossos: Maxila; Osso zigomático; Osso frontal; Osso esfenoide; Osso temporal; Osso parietal; Osso occipital; Vômer; Osso palatino – osso plano, par, médio entre a maxila e o osso esfenoide, faz parte do viscerocrânio; (VILICEV, 2021) Quando observamos o crânio humano em sua norma basilar é possível observar três grandes depressões que chamamos de fossa anterior, fossa média e fossa posterior. Essas fossas formam o assoalho da cavidade do crânio, que é irregular refletindo algumas características do encéfalo. (MOORE, 2014) (DANGELO; FATINNI, 2007) A fossa anterior é composta pelo osso frontal, pelo osso etmoide e pelo julgo esfenoidal do osso esfenoide. Quatro detalhes anatômicos importantes dessa região quando falamos do osso frontal são: o sulco do seio sagital superior, a crista frontal, o forme cego e a face superior da parte orbital. Já referente ao osso etmoide podemos citar a crista etmoidal e a lâmina cribriforme. (NETTER, 2014) Por sua vez, na fossa média encontramos o osso esfenoide, o osso temporal, e parte do osso parietal. Podemos identificar nessa região a sela turca, o canal óptico e o forame oval e espinhoso presentes no osso esfenoide. No osso temporal podemos observar a parte escamosa, o sulco do nervo petroso menor e maior, além do sulco do seio petroso superior que é a região de delimitação entre a fossa média e a fossa posterior. Por fim, a fossa posterior é formada pelo osso occipital e por parte dos ossos temporal e parietal. No osso occipital podemos observar um importantíssimo detalhe anatômico: o forame magno. Também no osso occipital podemos identificar o clivo, a protuberância sagital externa e a crista occipital interna. Já referente ao osso parietal podemos observar o ângulo mastoideo e o sulco dos vasos meníngeos. (NETTER, 2014) Tórax A parte esquelética do tórax é chamada de caixa torácica e é composta pelo esterno, costelas, cartilagens costais e pelas vértebras torácicas (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Moore (2014) também inclui como componente da caixa torácica os discos intervertebrais que se encontram entre as vértebras. Sua função é proteger os órgãos que se encontram na cavidade torácica e abdominal superior assim como prover suporte para os membros superiores (TORTORA; DERRICKSON, 2016). O corpo humano possui doze pares de costelas e cartilagens costais – constituem a maior parte da caixa torácica – e as identificamos através de números, partindo de cima (1ª costela/cartilagem costal) para baixo (12ª costela) (MOORE, 2014). As costelas e as cartilagens costais são “fitas ósseas arqueadas” que conectam a coluna vertebral a parte anterior da parede do tórax (DANGELO; FATINNI, 2007). Existem três tipos de costelas: Costelas verdadeiras: também chamadas de vertebroesternais, essas costelas se conectam diretamente ao esterno através de suas cartilagens costais. São consideradas costelas verdadeiras as costela I à VII; Costelas falsas: ou vertebrocondrais, se conectam indiretamente ao esterno através das costelas acima, ou seja, suas cartilagens costais se conectam a outro costela que está diretamente conectada ao externo. As costelas falsas são as XIII, IV e, geralmente, a X; Costelas flutuantes: conhecidas também como costelas vertebrais ou livres, não se conectam de qualquer maneira ao esterno. Suas cartilagens costais não se conectam com nada e acabam na musculatura abdominal posterior. São costelas flutuantes a XI, XII e as vezes a X; (MOORE,2014). O esterno é uma placa óssea longa e estreita que se localiza no meio da parede anterior do tórax. Sua conexão com as costelas através das cartilagens costais permite flexibilidade, que é imperativa para a respiração (DANGELO; FATINNI, 2007). O esterno é formado por três partes: o manúbrio, na parte superior, que possui uma depressão em seu topo, chamada de incisura jugular, e duas depressões aos lados da incisura jugular, chamadas de incisuras claviculares, por onde o esterno se conecta as clavículas. O manúbrio também se conecta com as duas primeiras costelas através das cartilagens costais. No meio do esterno temos o corpo, que é a maior parte do esterno. No corpo o esterno se conecta de forma direta ou indireta com as cartilagens costais da III até a X cartilagem costal. Por fim, temos o processo xifoide, que se encontra na parte inferior do esterno e é a menor das partes que compõem o esterno. Nenhuma costela se conecta ao processo xifoide, mas este oferece suporte para alguns músculos abdominais. (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Morfologicamente podemos classificar o esterno como um osso plano, uma vez que sua largura e comprimento são maiores que sua espessura,o que proporciona proteção para as estruturas internas e superfície ampla para a fixação de músculos Já as costelas fazem parte dos ossos alongados, que são uma subcategoria dos ossos longos. Os ossos alongados são achatados e longos, não possuindo epífises definidas. (VILICEV, 2021). Importante abordar que, as costelas, podem ser típicas ou atípicas. As costelas típicas, que correspondem às costelas III à IX, possuem características comuns, apresentando cabeça, colo, tubérculo e corpo. Já as costelas atípicas (I, II, XI e XII) possuem, cada uma, características que as diferenciam das outras. Por exemplo, a XI e XII costelas não possuem colo e tubérculo (MOORE, 2014). Coluna Vertebral A coluna vertebral se estende do crânio até o ápice do cóccix e atua como uma haste forte e flexível, que oferece a resistência de um pilar de sustentação e a flexibilidade para ser possível movimentar o tronco. Dessa forma, o coluna vertebral protege e medula espinhal, serve de sustentação e ponto de fixação para diversas estruturas e ainda permite um amplo leque de movimentos. Contudo, segundo Dangelo e Fatinni (2007), sua principal função é suportar praticamente todo o peso corporal e distribuí-lo para os ossos do quadril (TORTORA; DERRICKSON, 2016) (DANGELO; FATINNI, 2007). Para poder cumprir sua função as vértebras que constituem a coluna vão gradativamente aumentando seu tamanho conforme vão se aproximando da região sacra, e logo após passam a diminuir em direção ao final do cóccix. Isso acontece por conta da quantidade de peso que as vértebras precisam sustentar, ou seja, quanto maiores as vértebras, mais peso sustentam (MOORE, 2014). Dessa forma, podemos identificar e diferenciar as vértebras conforme a região que se encontram. Uma coluna vertebral adulta possui 26 vértebras, sendo divididas em cinco regiões: Vértebras Cervicais: são sete e se localizam na região do pescoço. Vão da C1 até a C7; Vértebras Torácicas: são doze e estão localizadas na parte posterior da cavidade torácica. Vão da T1 até a T12; Vértebras Lombares: são cinco vértebras que sustentam a parte inferior da coluna. Vão da L1 à L5; Sacro: consiste em cinco vértebras sacrais fundidas – S1 à S5; Cóccix: composto por quatro vertebras coccígeas fundidas, vão de Co1 à Co4; (TORTORA; DERRICKSON, 2016) (MOORE,2014). Interessante explicitar o fato de que, quando nascemos, possuímos 33 vértebras. Ao crescer algumas dessas vértebras (da região sacra e do cóccix) se fundem, fazendo com que um indivíduo adulto tenha somente 26 vértebras. Isso também explicita porque as vértebras cervicais, torácicas e lombares são móveis, enquanto as sacrais e as coccígeas não são (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Todas as vértebras são, morfologicamente, ossos irregulares, pois não possuem forma geométrica definida (VILICEV, 2021). Contudo, também podemos classificar as vértebras em típicas e atípicas. As vértebras típicas apresentam corpo vertebral, arco vertebral e sete processos (MOORE, 2014). Já as vértebras C1 e C2 (também chamadas da atlas e áxis respectivamente) são consideradas atípicas. A C1 por não apresentar corpo vertebral nem processo espinhoso, mas apresenta uma par de massas laterais que originam os processos transversos (vão cumprir a função de sustentar o crânio). A C2 por sua vez apresenta o processo odontoide – também chamado de dente do áxis – que gira em torno da fóvea do dente do áxis presente na C1, além de apresentar um grande processo espinhoso bífido (DANGELO; FATINNI, 2007) (MOORE, 2014). As demais vertebras, ou seja, as típicas, possuem as seguintes características: corpo vertebral, arco vertebral, pendículo do arco vertebral, lâmina do arco vertebral, forame vertebral, processo espinhoso, processos transversos, forames transversários e processos articulares. O corpo vertebral é a parte anterior da vértebra, é aproximadamente cilíndrico e sustenta o peso da vértebra (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). O arco vertebral se localiza na face posterior da vertebra e é formado por dois pedículos e lâminas: “Os pedículos são processos cilíndricos sólidos e curtos que se projetam posteriormente do corpo vertebral para encontrar duas placas de osso largas e planas, denominadas lâminas, que se unem na linha mediana posterior. O arco vertebral e a face posterior do corpo vertebral formam as paredes do forame vertebral. A sucessão de forames vertebrais na coluna vertebral articulada forma o canal vertebral, que contém a medula espinal e as raízes dos nervos espinais, juntamente com as membranas (meninges), a gordura e os vasos que os circundam e servem.” (MOORE, 2014, p. 534) Temos sete processos que se projetam do arco vertebral. Temos dois processos transversos, estes se projetam lateralmente (para direita e para a esquerda) do local onde a lamina e o pedículo se unem, o processo espinhoso se projeta para trás do ponto de junção da lâminas. Os processes transversos e o espinhoso servem de pontos de inserção de músculos. Os processos articulares se originam das junções dos pedículos e lâminas. O par de processos articulares superiores de uma vértebra se articulam com o par de processos articulares inferiores da vértebra imediatamente superior, e assim por diante (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Tendo em vista essas características conseguimos identificar a que região da coluna vertebral uma vértebra pertence. As vértebras cervicais possuem corpo reduzido (com exceção da C I), apresentam processo espinhoso bifurcado e presença de forame transverso. Pertencem a essa região As vértebras da C I à C VII. As vertebras torácicas apresentam corpo maior que das cervicais, processo espinhoso não é bifurcado mas sim comprido e se inclinam para baixo, possuem fáveas costais pois se articulam com as costelas e seu forame vertebral é mais arredondado e estreito. Fazem parte dessa região as vértebras T I à T XII. Por sua vez, as vértebras lombares são maiores que as torácicas e seu processo espinhoso é curto e reto. Nessa região temos as vertebras da L I a L V. As vértebras sacrais não apresentam disco vertebral entre elas e tem formato triangular, vão da S I à S V (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). As vértebras Co I à Co IV são vértebras coccígeas e se encontram fundidas e formam um único osso triangular chamado de cóccix (MOORE, 2014). Aula 2 – Esqueleto Apendicular: Membros Superiores Roteiro 1 Este segmento é composto por trinta ossos de cada lado, sendo o lado direito e o lado esquerdo iguais (apresentam os mesmo ossos nas mesmas quantidades). Os ossos que compõem os membros superiores são: dois úmeros, duas ulnas, dois rádios, dezesseis ossos carpais, dez ossos metacarpais e vinte e oito falanges (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Os úmeros, ulnas, rádios, metacarpais e falanges são classificados morfologicamente como ossos longos, pois seu comprimento é maior que sua largura e espessura, se assemelhando a um tubo. Já os ossos carpais são ossos curtos pois suas dimensões são relativamente próximas, tal qual um cubo (VILICEV, 2021). Úmero O úmero é o maior osso do membro superior, em sua extremidade proximal apresenta sua cabeça que é arredondada. Na epífise proximal temos o colo anatômico do úmero é distal à cabeça e é formado pelo sulco intertubercular que separa o tubérculo maior do menor. O tubérculo maior se encontra na margem lateral do úmero e é uma projeção que se encontra imediatamente abaixo do acrônimo da escapula. O tubérculo menor, por sua vez, se projeta anteriormente (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Na epífise distal temos vários acidentes anatômicos proeminentes, uma dessas é a fossa radial que consiste em uma depressão anterior que se articula com a cabeça do rádio quando flexionamos o antebraço. Temos também a fossa coronóidea que é também uma depressão anterior masque recebe o processo coronoide da ulna quando flexionamos o antebraço. Para além, temos o epicôndilo medial e o epicôndilo lateral que são projeções dos dois lados da extremidade distal do úmero (TORTORA; DERRICKSON, 2016). O úmero direito e o esquerdo são idênticos mas se apresentam de forma espelhada, ou seja, as estruturas que são mediais no úmero direito também serão mediais no úmero esquerdo. Dessa forma, quando temos um úmero isolado podemos identificar se se trata de um úmero esquerdo ou direito. Rádio O rádio é o menor dos ossos do antebraço e se localiza medialmente. A cabeça do rádio possui formato de disco é côncava e se encontra proximalmente, enquanto o processo estiloide do rádio – parte mais larga do corpo do rádio, se assemelha a uma crista – se encontra distalmente, podendo ser palpado proximamente ao polegar. O tubérculo dorsal do rádio se situa entre os sulcos superficiais e se projeta dorsalmente (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). O rádio direito e o esquerdo são idênticos mas se apresentam de forma espelhada, ou seja, as estruturas que são mediais no rádio direito também serão mediais no rádio esquerdo. Dessa forma, quando temos um rádio isolado podemos identificar se se trata de um rádio esquerdo ou direito. Ulna A ulna estabiliza o antebraço e se localiza lateralmente. Na sua extremidade proximal temos o olecrano, projeção proeminente que se projeta em direção proximal, que juntamente com o processo coronoide, que se projeta anteriormente, formam a articulação com o úmero. A cabeça da ulna se encontra distalmente e consiste em um alargamento abrupto do corpo da ulna, apresenta um processo estiloide cônico no lado posterior (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). A ulna direita e a esquerda são idênticas mas se apresentam de forma espelhada, ou seja, as estruturas que são mediais na ulna direita também serão mediais na ulna esquerda. Dessa forma, quando temos uma ulna isolada podemos identificar se se trata de uma ulna direita ou esquerda. Aula 3 – Esqueleto Apendicular: Membros Inferiores Roteiro 1 Este segmento é composto por trinta ossos de cada lado, sendo o lado direito e o lado esquerdo iguais (apresentam os mesmo ossos nas mesmas quantidades). Os ossos que compõem os membros inferiores são: dois fêmures, duas patelas, duas tíbias, duas fíbulas, catorze ossos tarsais, dez ossos metatarsais e vinte o oito falanges (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Os fêmures, tíbias, fíbulas, metatarsais e falanges são classificados morfologicamente como ossos longos, pois seu comprimento é maior que sua largura e espessura, se assemelhando a um tubo. Já os ossos carpais são ossos curtos pois suas dimensões são relativamente próximas, tal qual um cubo. Por sua vez, a patela é um osso sesamóide pois se localiza ao redor de uma articulação protegendo os tendões de desgaste (VILICEV, 2021). Fêmur O fêmur é o maior e mais pesado osso do corpo humano, possui um corpo e duas extremidades, a distal e a proximal. Na extremidade proximal temos a cabeça, o colo e dois trocantes. A cabeça do fêmur é arredondada e se articula com o acetábulo do osso do quadril, formando a articulação do quadril. Em seguida temos o colo que é uma região estreita e distal da cabeça do fêmur, possui formato trapezoide e de um lado sustenta a cabeça e do outro segue para o corpo. No local onde o colo se une ao corpo temos os trocantes, que são duas elevação arredondadas, o trocante maior é palpável e visível anteriormente à concavidade lateral do quadril. Já o trocante menor é inferior e medial ao trocante maior (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). A extremidade distal do fêmur é formada, em quase sua totalidade, pelos côndilos medial e lateral que se localizam no mesmo nível horizontal – quando em posição anatômica – e junto com os meniscos e os côndilos da tíbia formam a articulação do joelho (MOORE, 2014). Moore (2014) descreve que “os côndilos são separados posterior e inferiormente por uma fossa intercondilar, mas se fundem anteriormente, formando uma depressão longitudinal rasa, a face patelar, que se articula com a patela.” (MOORE, 2014, p. 626). O fêmur direito e o esquerdo são idênticos mas se apresentam de forma espelhada, ou seja, as estruturas que são mediais no fêmur direito também serão mediais no fêmur esquerdo. Dessa forma, quando temos um fêmur isolado podemos identificar se se trata de um fêmur esquerdo ou direito. Tíbia A tíbia se localiza na face anteromedial da perna, sua extremidade proximal é expandida formando os côndilos medial e lateral – ligeiramente côncavos –, esses se articulam com os côndilos do fêmur formando a articulação do joelho. A face inferior do côndilo lateral também se articula com a fíbula. Na extremidade superior da margem anterior da tíbia – que é a margem mais proeminente do osso – encontramos a tuberosidade da tíbia, essa é alongada e larga e é onde o ligamento da patela se fixa. A face medial da extremidade distal da tíbia forma o maléolo medial, este se articula com o tálus do tornozelo e forma uma proeminência que podemos palpar (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). A tíbia direita e a esquerda são idênticas mas se apresentam de forma espelhada, ou seja, as estruturas que são mediais na tíbia direita também serão mediais na tíbia esquerda. Dessa forma, quando temos uma tíbia isolada podemos identificar se se trata de uma tíbia direita ou esquerda. Fíbula A fíbula se situa posterolateralmente a tíbia. Sua extremidade distal é mais larga apresentando leve formato triangular e apresentando uma projeção chamada de maléolo lateral. Os maléolos lateral e medial são divididos pela fossa do maléolo e formam a parte externa de um encaixe retangular que compõem a articulação talocrural. Na extremidade proximal temos a cabeça da fíbula que possui um ápice pontiagudo (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). A fíbula direita e a esquerda são idênticas mas se apresentam de forma espelhada, ou seja, as estruturas que são mediais na fíbula direita também serão mediais na fíbula esquerda. Dessa forma, quando temos uma fíbula isolada podemos identificar se se trata de uma fíbula direita ou esquerda. Patela De acordo com Tortora e Derrickson (2016): “A patela é um pequeno osso triangular localizado anteriormente na articulação do joelho. A larga extremidade proximal desse osso sesamoide incrustado no tendão do músculo quadríceps femoral é chamada de base; a extremidade pontiaguda distal é chamada de ápice. A face articular posterior contém duas faces, uma para o côndilo medial e a outra para o côndilo lateral do fêmur. O ligamento da patela fixa a patela à tuberosidade da tíbia.” (TORTORA; DERRICKSON, 2016, p. 365). A patela direita e a esquerda são idênticas mas se apresentam de forma espelhada, ou seja, as estruturas que são mediais na patela direita também serão mediais na patela esquerda. Dessa forma, quando temos uma patela isolada podemos identificar se se trata de uma patela direita ou esquerda. Mãos Os ossos da mão são os: carpais, metacarpais e as falanges. Os ossos carpais se encontram no carpo que é a região proximal da mão (punho). Cada mão possui oito ossos carpais dispostos em duas fileiras, uma proximal e a outra distal, com quatro ossos cada. Na fileira proximal, de lateral para medial temos: o escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme; na fileira distal temos: o trapézio, trapezoide, capitato e hamato. Vale notar que os nomes dos ossos carpais refletem o seu formato (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Na região intermediaria da mão, que corresponde a palma da mão, temos os ossos metacarpais. Possuímos cinco ossos metacarpais que são numerados de I à V, no sentido lateral para medial. Cada metacarpo é composto por uma base proximal, uma diáfise intermediaria e uma cabeça distal. Porfim, na região distal das mãos temos as falanges que correspondem aos dedos. Temos catorze falanges distribuídas proximal, intermedia e distalmente e são nomeadas de I à V do sentido lateral para o medial. O polegar possui duas falanges, a distal e a proximal, enquanto os restantes dos dedos possui três: a distal, intermédia e distal. Cada falange conta com umas base proximal, uma diáfise média e uma cabeça distal (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Pés Os ossos dos pés são os: tarsais, metatarsais e falanges. Temos sete ossos tarsais – que se encontram no tálus, região do tornozelo – o tálus e o calcâneo se encontram na parte posterior do pé, os demais se posicionam anteriormente e recebem os nomes de navicular, cuboide, cuneiforme medial, cuneiforme médio e cuneiforme lateral (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Depois do tálus temos a região intermediária do pé, chamada de metatarso, que abriga os ossos metatarsais. Temos cinco ossos metatarsais que são numerado de I a V – de medial a lateral – e possuem uma base, que é proximal, uma diáfase intermediaria e uma cabeça que é distal. Por fim, temos a parte distal do pé onde temos os ossos falanges. Os dedos são numerados de I a V – de medial para lateral – e o primeiro dedo também é conhecido como hálux. O hálux possui duas falanges (a distal e a proximal) enquanto os outros dedos possuem três falanges – a distal, média e proximal. Cada falange possui uma base, que é proximal, uma diáfase intermediária e uma cabeça distal (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Aula 4 – Cinturas Roteiro 1 A cintura escapular é composta pela clavícula e pela escápula. A clavícula é um osso longo pois seu comprimento é maior do que sua largura e espessura, já escápula é considerada um osso plano uma vez que seu comprimento e largura prevalecem sobre a espessura. Por sua vez a cintura pélvica é formada pela pelve óssea que é o conjunto do osso do quadril – ílio, ísquio e púbis –, sínfise púbica, sacro e cóccix. O osso pélvico é irregular pois não existe relação geométrica que corresponda a seu formato. O sacro e o cóccix são ossos formados por vértebras o que também os confere a característica de irregular (VILICEV, 2021). Escápula A escápula se situa na parte posterosuperior do tórax entre a segunda e sétima costela torácica. Em sua face posterior existe uma crista saliente, chamada de espinha, que a atravessa diagonalmente. A extremidade lateral da espinha estende-se nu processo expandido e achatado que chamamos de acrônimo – é palpado com facilidade na parte superior do ombro. Abaixo do acrônimo encontramos a cavidade glenoidal, que é uma depressão rasa que recebe a cabeça do úmero e forma a articulação do ombro (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Na escápula encontramos três fossas: a supraespinal, a infraespinal e a subescapular. Tanto a supraespinal quanto a infraespinal se encontram na parte posterior da escápula, servindo a primeira como local de inserção do músculo supraespinal e a segunda do músculo infraespinal. A fossa subescapular se encontra na face anterior e nela se insere o músculo subescapular (TORTORA; DERRICKSON, 2016). A escápula direita e a esquerda são idênticas mas se apresentam de forma espelhada, ou seja, as estruturas que são mediais na escápula direita também serão mediais na escápula esquerda. Dessa forma, quando temos uma escápula isolada podemos identificar se se trata de uma escápula direita ou esquerda. Clavícula A clavícula se encontra horizontalmente na região anterior do tórax, superiormente a primeira costela. Possui um formato de S pois a metade medial é convexa anteriormente enquanto a metade lateral é côncava anteriormente. A extremidade medial é chamada de extremidade esternal enquanto a extremidade lateral recebe o nome de extremidade acromial. Na face inferior da extremidade lateral encontramos o tubérculo conoide que é ponto de inserção do ligamento conoide que une a clavícula na escapula (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). A clavícula direita e a esquerda são idênticas mas se apresentam de forma espelhada, ou seja, as estruturas que são mediais na clavícula direita também serão mediais na clavícula esquerda. Dessa forma, quando temos uma clavícula isolada podemos identificar se se trata de uma clavícula direita ou esquerda. Ossos do Quadril O osso da quadril é formado por três parte: ílio, ísquio e púbis. O ílio é o maior componente do osso do quadril e apresenta um corpo inferior – que integra o acetábulo, ponto de encaixe da cabeça do fêmur – e uma asa superior. Na margem superior temos a crista ilíaca que termina anteriormente na espinha ilíaca anterossuperior, abaixo desta se encontra a espinha ilíaca anteroinferior (TORTORA; DERRICKSON, 2016). O ísquio é a parte posteroinferior do osso da quadril, possui um corpo superior e um ramo inferior. “O ramo é a parte do ísquio que se funde com o púbis. Os acidentes anatômicos do ísquio englobam a proeminente espinha isquiática, a incisura isquiática menor abaixo da espinha e um túber isquiático rugoso e espesso.” (TORTORA; DERRICKSON, 2016 p. 358). O púbis é a parte anteroinferior do osso do quadril e possui um ramo superior, um ramo inferior e um corpo. Na margem anterossuperior do corpo encontramos a crista púbica e na extremidade lateral uma projeção chamada de tubérculo púbico. No púbis encontramos a sínfise púbica que é uma articulação de fibrocartilagem em formato de disco que une as duas púbis dos ossos do quadril. Inferior a articulação, os ramos inferiores dos dois púbis se unem e formam o arco púbico (TORTORA; DERRICKSON, 2016 p. 358). O osso do quadril direito e o esquerdo são idênticos mas se apresentam de forma espelhada, ou seja, as estruturas que são mediais no osso do quadril direito também serão mediais no osso do quadril esquerdo. Dessa forma, quando temos um osso do quadril isolado podemos identificar se se trata de um osso do quadril esquerdo ou direito. Aula 5 – Sistema Cardiovascular: Coração Roteiro 1 O coração se localiza no mediastino médio, com dois terços de sua massa no à esquerda da linha mediana. Superiormente o coração é limitado pelos grandes vasos do coração, lateralmente pelo pulmão direito e esquerdo, inferiormente pelo músculo diafragma, anteriormente pelo esterno e posteriormente pela coluna vertebral no nível entre a vértebra T IV e T VIII. O coração se insere no mediastino em posição oblíqua de modo que sua base se encontra em posição medial enquanto seu ápice se encontra na posição lateral (VILICEV, 2021) (DANGELO; FATINNI, 2007). Quando abrimos o coração podemos verificar que este possui septos que o dividem em quatro câmaras. O septo atrioventricular divide o coração horizontalmente, dividindo-o em uma porção superior e outra inferior. Por sua vez o septo interatrial, que corta verticalmente a porção superior do coração, a divide em duas câmaras: átrio direito e átrio esquerdo. Já a porção inferior do coração é cortado pelo septo interventricular que divide-a em ventrículo direito e ventrículo esquerdo (DANGELO; FATINNI, 2007). Os átrios possuem um apêndice, que é visível apenas na superfície externa do coração, e que funcionam como uma bolsa muscular para certos músculos da região. Essa estrutura é chamada de aurícula. A aurícula direita se entende da região anterior do átrio e para a esquerda e cobre parte da base da aorta ascendente. Já aurícula esquerda é menor e se curva distalmente cobrindo o tronco da artéria pulmonar (CARMO, 2022a). O coração possui quatro faces: face esternocostal (anterior) – formada quase em sua totalidade pelo ventrículo direito –; face diafragmática (inferior) – formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e por parte do ventrículo direito –; face pulmonar direita (lateral) – formada quase em sua totalidade pelo átrio direito –; e a face pulmonaresquerda (lateral) – formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e forma a impressão cardíaca no pulmão esquerdo (MOORE, 2014). As duas câmaras superiores do coração – o átrio direito e esquerdo – são câmaras receptoras. O átrio esquerdo compõe parte da base do coração esquento o átrio direito forma parte da face esternocostal do coração, dessa forma, em posição anatômica o átrio esquerdo se posiciona anteriormente ao átrio direito. As duas câmaras inferiores do coração – o ventrículo direito e esquerdo – são câmaras bombeadoras e ocupam a maior parte do ápice do coração. O ventrículo direito ocupa a maior parte da face esternocostal do coração, uma pequena parte da face diafragmática e quase toda a margem inferior do coração; já o ventrículo esquerdo ocupa o ápice do coração, quase toda sua face esquerda (pulmonar) e margem esquerda e a maior parte da face diafragmática (MOORE, 2014) (CARMO, 2022a). Os vasos que irrigam e drenam o coração se encontram na base do coração e são: veia cava (superior e inferior), veias pulmonares (direita e esquerda), artérias pulmonares (direita e esquerda) e artéria aorta. A veia cava, tanto superior quanto inferior desemboca no átrio direito enquanto no átrio esquerdo desembocam as veias pulmonares. Do ventrículo direito sai o tronco pulmonar que se bifurca nas artérias pulmonares direita e esquerda, e do ventrículo esquerdo sai a artéria aorta, que se dirige para cima e depois para trás e para a esquerda formando o arco aórtico (DANGELO; FATINNI, 2007). Na circulação o sangue rico em gás carbônico chega no átrio direito através da veia cava, esse sangue é redirecionado para o ventrículo direito que o bombeia para os pulmões através do tronco pulmonar que se bifurca nas artérias pulmonares direita e esquerda – uma para cada pulmão. No pulmão ocorre a hematose e o sangue, agora rico em oxigênio, retorna ao coração pelo átrio esquerdo através das veias pulmonares. Em seguido o sangue segue em direção ao ventrículo esquerdo, de onde será bombeado para o restante do corpo através da artéria aorta (ÁRTICO et al., 2015). A veia cava superior se inicia posteriormente à primeira cartilagem costal direita pela união das veias braquiocefálicas direita e esquerda, e termina no nível da terceira cartilagem costal direita, onde chega ao coração pelo átrio direito – traz para o coração o sangue da cabeça, pescoço, membros superiores e tórax. A veia cava inferior começa anterior à vértebra L V pela união das veias ilíacas comuns, ascende atrás do peritônio à direita da linha mediana, passa pelo forame da veia cava do diafragma no nível da vértebra T VIII, e entra no coração pela parte inferior do átrio direito – traz para o coração sangue do abdome, pelve e membros inferiores (TORTORA; DERRICKSON, 2016). O tronco pulmonar se divide em artéria pulmonar direita e artéria pulmonar esquerda, cada uma vai para o respectivo pulmão. Essas artérias sofrem nova divisão se transformando em artérias lobares, que então se dividem em artérias segmentares, essa divisão segue o padrão de ramificação dos brônquios (CARMO, 2022b). A artéria aorta é o maior vaso sanguíneo no corpo humano, e todas as artérias – com exceção da artéria pulmonar – se originam da aorta ou de alguma de suas ramificações. A aorta ascendente é um dos maiores ramos da aorta e emerge do ventrículo esquerdo posteriormente ao tronco pulmonar. A parte ascendente da aorta então se curva a para a esquerda e forma o arco da aorta. Do arco da aorta se ramificam três artérias sendo essas o tronco braquiocefálico, a artéria carótida comum e a artéria subclávia esquerda. O tronco braquiocefálico se divide na altura da articulação esternoclavicular direita e da origem a artéria subclávia direita e a artéria carótida comum esquerda (CARMO, 2022c) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Aula 6 – Sistema Cardiovascular: Coração Roteiro 1 Quando abrimos o coração podemos verificar que este possui septos que o dividem em quatro câmaras. O septo atrioventricular divide o coração horizontalmente, dividindo-o em uma porção superior e outra inferior. Por sua vez o septo interatrial, que corta verticalmente a porção superior do coração, a divide em duas câmaras: átrio direito e átrio esquerdo. Já a porção inferior do coração é cortado pelo septo interventricular que divide-a em ventrículo direito e ventrículo esquerdo (DANGELO; FATINNI, 2007). As câmaras superiores são os átrios, estes são câmaras de recepção, ou seja, recebem o sangue dos vasos que retornam o sangue ao coração. O átrio direito constitui a margem direita do coração e recebe sangue da veias cavas superior e inferior e do seio coronário. A parede anterior do átrio direito possui cristas musculares chamadas de músculos pectíneos enquanto a parede posterior é lisa. O septo interatrial separa o átrio direito do esquerdo, neste septo encontramos uma depressão oval conhecida como fossa oval – ela é remanescente do forame oval que é uma abertura no septo interatrial presente apenas no coração fetal, se fechando logo após o nascimento (TORTORA; DERRICKSON, 2016). O átrio esquerdo forma a maior parte da base do coração e recebe o sangue através das quatro veias pulmonares. Assim como o átrio direito, o esquerdo possui uma parede posterior lisa, mas seus músculos pectíneos se localizam em sua aurícula, ao invés de na sua parede anterior – como ocorre no átrio direito – fazendo com que possua uma parede anterior também lisa. Possui uma depressão semilunar no septo interatrial e uma crista adjacente a depressão que se configura na válvula do forame oval (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Os ventrículos são as câmaras de ejeção que bombeiam o sangue para fora do coração. O ventrículo direito forma a maior parte da face esternocostal do coração, parte da face diafragmática e quase toda a margem inferior do coração. Ejeta o sangue do coração para as artérias pulmonares através da valva do tronco pulmonar. Na face interna do ventrículo direito temos elevações musculares irregulares chamadas de trabéculas cárneas. O sangue flui do átrio direito para o ventrículo direito através valva tricúspide – se localiza no septo interventricular e impede que o sangue presente no ventrículo reflua para o átrio. A valva atrioventricular está “conectadas às cordas tendíneas, que por sua vez estão ligadas a trabéculas cárneas em forma de cone chamadas músculos papilares.” (TORTORA; DERRICKSON, 2016, p.953). Essas estruturas conferem resistência a valva para que esta possa desempenhar sua função (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração, grande parte da face pulmonar e diafragmática. O músculo do ventrículo – miocárdio – esquerdo é mais espesso que o miocárdio do ventrículo direito pois, enquanto o ventrículo direito bombeia o sangue do coração para os pulmões, o ventrículo esquerdo bombeia o sangue para todo o corpo. O sangue é bombeado do ventrículo esquerdo para a artéria aorta através da valva da aorta. A valva bicúspide permite a passagem do sangue do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo – que também apresenta trabéculas cárneas e cordas tendíneas que ancoram a valva bicúspide aos músculos papilares. O ventrículo direito é separado do ventrículo esquerdo pelo septo interventricular (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Aula 7 – Sistema Cardiovascular: Vasos de Sangue – Artérias Roteiro 1 A artéria aorta emerge do ventrículo esquerdo através da valva da aorta que se localiza na parede posterosuperior do ventrículo esquerdo. Podemos dividir a aorta em quatro partes: aorta ascendente, arco da aorta, parte torácica da aorta e parte abdominal da aorta. A aorta ascendente é a parte da aorta que emerge do ventrículo esquerdo e da origem as artérias coronárias que irrigam o músculo do coração. Seguindo, a parte ascendente daaorta se curva para a esquerda e forma o arco da aorta. Do arco da aorta emergem o tronco braquiocefálico, a artéria carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda. Após o arco da aorta, a artéria desce até o nível do disco intervertebral que se localiza entre a vértebra T IV e T V, essa região é denominada parte torácica da aorta. Nesta parte a aorta emite diversas pequenas artérias que se dividem em ramos viscerais – irrigam as vísceras – e em ramos parietais – irrigam as estruturas da parede do corpo. A aorta continua em direção descendente e atravessa o diafragma pelo hiato aórtico aonde encontramos a parte final da aorta que é a aorta abdominal – que começa no hiato aórtico e termina no nível da vértebra L IV, onde se bifurca em artérias ilíaca comum direita e ilíaca comum esquerda (CARMO, 2022c) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). O arco da aorta merece atenção especial pois dele emergem diversas artérias importantes. Da face superior do arco da aorta se ramificam o tronco braquiocefálico, a artéria carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda. O tronco braquiocefálico se estende e curva-se discretamente para a direita aonde se ramifica e forma a artéria subclávia direita e a artéria carótida comum direita. A segunda ramificação do arco da aorta é a artéria carótida comum esquerda e a terceira ramificação é a artéria subclávia esquerda – que distribui sangue para a artéria vertebral esquerda e vasos do membro superior esquerdo (TORTORA; DERRICKSON, 2016). As artérias carótidas comuns direita e esquerda seguem para o pescoço e cabeça. No nível da margem superior da cartilagem tireóidea as artérias carótidas comuns se dividem em artérias carótidas internas - entram no crânio através dos canais caróticos dos temporais e tornam-se as principais artérias do encéfalo e das estruturas contidas nas órbitas. As artérias carótidas comuns também dão origem as artérias carótidas externas que irrigam a maioria das estruturas externas do crânio. Vale ressaltar que enquanto a artéria carótida interna não emite nenhuma ramificação a carótida externa emite seis, sendo essas: 1) artéria faríngea ascendente; 2) artéria occipital; 3) artéria auricular posterior; 4) artéria tireóidea superior; 5) artéria lingual; 6) artéria facial (MOORE, 2014) A artéria subclávia esquerda se origina do arco aórtico, que fica do lado esquerdo do corpo, enquanto a artéria subclávia direita se origina do tronco braquicefálico localizado no lado direito do corpo. Ambas as artérias subclávias seguem acima da pleura cervical em direção ao músculo escaleno e entram nas axilas no espaço entre a primeira costela e a clavícula, nesse ponto se tornam artérias axilares (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). No compartimento anterior o braço (que abriga os músculos coracobraquial, bíceps braquial e braquial) temos a artéria braquial, que é principal artéria dos braços. A artéria braquial é uma continuação da artéria axilar, se inicia na borda inferior do tendão do músculo redondo maior e termina no nível do colo do rádio, logo abaixo da articulação do cotovelo. Em sua parte final a artéria braquial se bifurca na artéria ulnar e na artéria radial, que se posicionam medial e lateralmente, respectivamente, o antebraço (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Na parte abdominal da aorta a artéria se ramifica em ramos pares e ramos ímpares. Entre os ramos pares temos as artérias renais e as artérias gonodais. As artérias renais emergem das faces laterais da parte abdominal da aorta no nível da vértebra L II, passam posteriormente às veias renais e irrigam todos os tecidos dos rins. Já as artérias gonodais emergem da face anterior da parte abdominal da aorta também no nível da L II. Nos homens temos a artéria testicular que desce ao longo da parede posterior do abdome, atravessa o canal inguinal e desce até o escroto – irriga os testículos epidídimo, ducto deferente e ureteres. Nas mulheres temos a artéria ovárica que permanece na cavidade abdominal e irriga ovários, tubas uterinas e ureteres (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Já nas ramificações ímpares da parte abdominal da aorta podemos citar o tronco celíaco, a artéria mesentérica superior e a artéria mesentérica inferior. O tronco celíaco é o primeiro ramo visceral da parte abdominal da aorta, emerge no nível da vértebra L XII e se ramifica em artérias gástrica esquerda, esplênica e hepática comum que irrigam todos os órgãos do sistema digestório que vão da parte abdominal do esôfago ao duodeno, e também o baço. O segundo ramo é a artéria mesentérica superior que emerge da face anterior da parte abdominal da aorta no nível da vertebra L I e estende-se inferior e anteriormente entre as camadas de mesentério dividindo-se em cinco ramos que irrigam todos os órgãos do sistema digestório que vão do duodeno ao colo transverso. Por fim, temos o terceiro ramo conhecido como artéria mesentérica inferior que surge da face anterior da parte abdominal da aorta no nível da vértebra L III e, em seguida, passa inferiormente à esquerda da aorta. Esse último ramo da origem a outros três ramos que irrigam todos os órgãos digestórios que vão do colo transverso até o reto (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Em sua extremidade final a parte abdominal da aorta, no nível da vértebra L IV, se ramifica em artérias ilíacas comuns direita e esquerda. Essas artérias seguem distalmente e se ramificam em artérias ilíacas internas e externas – as internas descem para a pelve e se dividem em posterior e anterior e irrigam os músculos da parede pélvica, órgãos pélvicos, nádegas, órgãos genitais externos e músculos mediais da coxa. As artérias ilíacas externas são maiores que as internas e seguem até a coxa, onde se ramificam em artérias femorais – irrigam músculos da coxa, fêmur e ligamentos e tendões em torno da articulação do joelho (TORTORA; DERRICKSON, 2016). As artérias femorais seguem para a parte distal da coxa e terminam na face posterior do joelho, onde se tornam as artérias poplíteas. As artérias poplíteas são curtas e na margem inferior dos músculos poplíteos se ramificam em artérias tibiais anteriores e posteriores. As artérias tibiais irrigam tíbia, fíbula, músculos anteriores da perna, compartimentos musculares posterior e lateral da perna, músculos plantares do pé músculos dorsais do pé, ossos tarsais, ossos metatarsais e falanges (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Aula 8 – Sistema Cardiovascular: Vasos de Sangue – Veias Roteiro 1 As veias jugulares (interna, externa e vertebral) drenam a maior parte do sangue venoso da cabeça. As veias jugulares internas começam na base do crânio e descem lateralmente às artérias carótidas, no seu percurso recebem tributárias do rosto e do pescoço, se juntam com as veias subclávias e formam as veias braquiocefálicas. Drenam o sangue venoso do encéfalo, meninges, ossos do crânio, músculos e tecidos do rosto e pescoço. As veias jugulares externas se iniciam nas glândula parótidas, descem pelo pescoço e terminam no ponto oposto no meio das clavículas, onde esvaziam-se nas veias subclávias – drenam o couro cabeludo e pele da cabeça e pescoço, músculos da face e do pescoço, e cavidade oral e faringe (TORTORA; DERRICKSON, 2016). As veias subclávias são a continuação das veias axilares, passam pela primeira costela e clavícula até chegar na extremidade esternal da clavícula onde se une as veias jugulares formando as veias braquiocefálicas – drenam sangue venoso da pele, músculos, ossos dos braços, ombros, pescoço e parede torácica superior (TORTORA; DERRICKSON, 2016). As veias braquiocefálicas são formadas pela união das veias subclávia e jugular interna. A veia braquiocefálica direita se localiza a direita e anteriormente ao tronco braquiocefálico enquanto a veia braquiocefálica esquerda encontra-se anteriormente a diversas estruturas como a traqueia, tronco braquiocefálico,artérias carótida comum esquerda e subclávia esquerda. As duas veias braquiocefálicas se unem para formar a veia cava superior. As veias braquiocefálicas drenam sangue venoso da cabeça, pescoço, membros superiores, glândulas mamárias e parte superior do tórax (TORTORA; DERRICKSON, 2016). As veias basílicas se iniciam na parte dorsal das mãos ascendem ao longo da face posteromedial do antebraço e da face anteromedial do braço, se conectam as veias cefálicas na região do cotovelo, continuam ser percurso ascendendo o braço até que se unem às veias braquiais para formar as veias axilares. Drenam o sangue venoso do tegumento e músculos superficiais da face lateral do membro superior (TORTORA; DERRICKSON, 2016). As veias cefálicas, assim como as veias basílicas, se originam no dorso da mão, contudo as veias cefálicas drenam para as veias digitais dorsais, que passam ao longo das laterais dos dedos. Seguem em sentido ascendente pela face lateral do antebraço até se encontrarem com às veias axilares, um pouco abaixo das clavículas. Drenam sangue venoso do tegumento e músculos superficiais da face lateral do membro superior (TORTORA; DERRICKSON, 2016). De acordo com Tortora e Derrickson (2016) as veias braquiais “acompanham as artérias braquiais. Começam na face anterior da região cubital, onde as veias radial e ulnar se unem. Conforme ascendem pelo braço, as veias basílicas se unem para formar a veia axilar, próximo da margem distal do músculo redondo maior.” (TORTORA; DERRICKSON, 2016, p.1059). As veias braquiais drenam a sangue venoso dos músculos e ossos da região do cotovelo e braquial. As veias axilares são formadas pela junção das veias braquiais e basílicas próximo as axilas, elas seguem em direção a margem externa da primeira costela aonde se tornam as veias subclávias. Drenam o sangue venoso da pele, músculos, ossos do braço, axila, ombro e parede torácica superolateral (TORTORA; DERRICKSON, 2016). As veias safenas se dividem em veias safenas magnas – começam no dorso do pé e ascendem até a virilha percorrendo a perna e a coxa medialmente – e em veias safenas parvas – também se iniciam no dorso do pé, mas ascendem pela parte posterior da perna e se esvaziam nas veias poplíteas na fossa poplítea, posteriormente ao joelho. As veias safenas drenam o sangue venoso tecidos tegumentares e músculos superficiais dos membros inferiores, região inguinal e parede inferior do abdome (TORTORA; DERRICKSON, 2016). As veias femorais acompanham as artérias femorais e são continuações das veias poplíteas ligeiramente superiores ao joelho. Passam por baixo do ligamento inguinal e entram na região abdominopélvica para se tornarem as veias ilíacas externas. Drenam o sangue venoso da pele, linfonodos, músculos e ossos da coxa, e órgãos genitais externos (TORTORA; DERRICKSON, 2016). As veias ilíacas externas “Acompanham as artérias ilíacas internas. Começam nos ligamentos inguinais como continuações das veias femorais. Terminam anteriormente às articulações sacroilíacas, onde se unem às veias ilíacas internas para formar as veias ilíacas comuns.” (TORTORA; DERRICKSON, 2016, p.1066). Drenam o sangue venoso da parede inferior do abdome anteriormente, músculo cremaster nos homens e órgãos genitais externos e membro inferior. As veias ilíacas internas começam na parte lateral no ísquio e acompanham medialmente as artérias ilíacas internas. Drenam o sangue venoso dos músculos da parede pélvica e da região glútea, vísceras pélvicas e órgãos genitais externos (TORTORA; DERRICKSON, 2016). As veias ilíacas comuns são a união das veias ilíacas internas e externas que se juntam na parte anterior das articulações sacroilíacas. A veia ilíaca comum direita se une com a esquerda na altura da vértebra L V e formam a veia cava inferior. Drenam o sangue venoso da pelve, órgãos genitais externos e membros inferiores (TORTORA; DERRICKSON, 2016). A veia cava inferior é a maior veia do corpo humano, se inicia anteriormente à vértebra L V e ascende, passando pelo forame da veia cava no diafragma, e entra na parte inferior do átrio direito. Drena o sangue venoso do abdome, pelve e membros inferiores (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Aula 9 – Sistema Cardiovascular: Vascularização do Coração Roteiro 1 O coração é irrigado pelas artérias coronárias esquerda e direita que se ramificam da parte ascendente da aorta e cercam o coração. A artéria coronária esquerda segue inferiormente a aurícula esquerda e se ramifica no ramo interventricular anterior – irriga as paredes dos dois ventrículos e se localiza anteriormente ao sulco interventricular anterior – e no ramo circunflexo – fica no sulco coronário e irriga a parede do ventrículo esquerdo e do átrio esquerdo (DANGELO; FATINNI, 2007) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). A artéria coronária direita irriga o átrio direito através de pequenos ramos, segue inferiormente até a aurícula direita onde se ramifica em ramo interventricular posterior – segue o sulco interventricular posterior e irriga a parede dos dois ventrículos – e em ramo marginal posterior – segue ao longo da margem direita do coração irrigando a parede do ventrículo direito (DANGELO; FATINNI, 2007) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). O sangue venoso do coração é drenado, em sua maior parte, pelo seio coronário – seio vascular que se encontra entre o átrio e o ventrículo esquerdo no sulco coronário – que drena o sangue venoso para o átrio direito. O seio coronário recebe sangue de outras veias como da veia cardíaca magna, da veia interventricular posterior, da veia cardíaca parva e da veia interventricular anterior. A veia interventricular posterior drena o sangue venoso dos ventrículos e se encontra no sulco interventricular posterior, enquanto isso a veia interventricular anterior que drenam o ventrículo direito diretamente para o átrio direito (DANGELO; FATINNI, 2007) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Aula 10 – Sistema Cardiovascular: Órgão Linfáticos Roteiro 1 A veia cava superior tem início posteriormente à primeira cartilagem costal direita e termina no nível da terceira cartilagem costal direita quando penetro no átrio direito. A veia cava inferior começa na parte posterior da vertebra L V, ascende em direção ao coração onde entra no átrio direito (TORTORA; DERRICKSON, 2016). As veias subclávias são a continuação das veias axilares, passam pela primeira costela e clavícula até chegar na extremidade esternal da clavícula onde se une as veias jugulares formando as veias braquiocefálicas. A veia braquiocefálica direita se localiza a direita e anteriormente ao tronco braquiocefálico enquanto a veia braquiocefálica esquerda encontra-se anteriormente a diversas estruturas como a traqueia, tronco braquiocefálico, artérias carótida comum esquerda e subclávia esquerda. As duas veias braquiocefálicas se unem para formar a veia cava superior (TORTORA; DERRICKSON, 2016). O ducto torácico é o maior tronco linfático e é responsável por drenar a linfa de quase todo o corpo. O ducto torácico desemboca na junção da veia jugular interna com a veia subclávia do lado esquerdo (DANGELO; FATINNI, 2007). Os linfonodos são elementos de defesa do corpo humano, produzem glóbulos brancos e funcionam como uma barreira para que microrganismos, toxinas e substâncias estranhas não entrem na corrente circulatória. Se encontram interpostos no trajeto dos vasos linfáticos. Os linfonodos variam em sua forma, coloração e tamanho mas, de forma geral, possuem formato similar à de um feijão. Em sua margem côncava temos o hilo no qual penetram uma artéria e saem veias e um ducto linfático eferente. Já na sua margem convexa penetram diferentes ductos linfáticos aferentes (DANGELO; FATINNI, 2007). O baço é um órgão do sistema linfático localizado junto ao diafragma do lado direito da cavidade abdominal – no nível das costelas IX X e XI. Apresentauma face diafragmática e outra visceral que apresenta o hilo do baço, pelo qual adentram o baço vasos e nervos (DANGELO; FATINNI, 2007). O timo é um órgão do sistema linfático localizado no mediastino entre a aorta e o esterno. O timo possui dois lobos, cada lobo possui um córtex externo – composto por uma grande quantidade de linfócitos T e células dendríticas dispersas, células epiteliais e macrófagos – e por uma medula central – que consiste em linfócitos T mais maduros e amplamente dispersos, células epiteliais, células dendríticas e macrófagos (TORTORA; DERRICKSON, 2016). AULA 11 – Sistema Respiratório: Vias Aéreas Superiores Roteiro 1 Cavidade Nasal e Seios Paranasais A cavidade nasal é um espaço amplo situado na parte anterior do crânio, estando entre o osso nasal, na parte superior, e a cavidade oral, na parte inferior. Essa região se comunica com o meio externa através das narinas (nariz externo), em sua porção anterior, e em sua porção posterior se comunica com a parte nasal da faringe – através dos cóanos (aberturas). Fisicamente a cavidade nasal é separada em direita e esquerda pelo septo nasal. Funcionalmente, podemos dividir a cavidade nasal em uma porção superior chamada de parte olfatória, e em uma porção inferior, e maior, conhecida como porção respiratória (DANGELO; FATINNI, 2007) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Na cavidade nasal existem projeções ósseas, chamadas de conchas nasais, que tem como função aumentar a área de contato da mucosa nasal de forma que o ar inspirado possa ser devidamente umidificado e aquecido até chegar aos pulmões (DANGELO; FATINNI, 2007). No total temos três conchas nasais: a superior e a média – que são processos mediais do osso etmoide – e a inferior – maior das conchas, formada pelo osso concha nasal inferior, é responsável por controlar o calibre da cavidade nasal devida sua vasta vascularização (MOORE, 2014). As conchas nasais se estendem pela parede lateral da cavidade nasal. Ao se aproximarem do septo nasal as conchas se subdividem em estruturas cavernosas chamados de meatos nasais. Assim como as conchas, possuímos três meatos nasais: o meato nasal superior – passagem estreita entre a concha nasal superior e média –, o meato nasal médio – é mais longo e profundo e se comunica com o seio frontal, se encontra entre a concha nasal média e inferior –, e por último, o meato nasal inferior – se localiza abaixo da concha nasal inferior, possui um ducto que faz a comunicação entre este meato e o saco lacrimal (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Os seios paranasais são, de acordo com Moore (2014), extensões, cheias de ar, da parte respiratória da cavidade nasal que conectam essas aos ossos pneumáticos do crânio (frontal, etmoide, esfenoide e maxila). Apesar de não sabermos exatamente quais as funções dos seios paranasais sabemos que estes são revestidos pela mesma mucosa encontrada na cavidade nasal (DANGELO; FATINNI, 2007). Dois seios paranasais que merecem destaque são os frontais e o maxilar. Os seios paranasais frontais são divididos pelo septo em direito e esquerdo, não sendo essa divisão necessariamente simétrica. Esses seios se encontram “entre as lâminas externa e interna do osso frontal, e posteriormente aos arcos superciliares à raiz do nariz” (MOORE, 2014, p.1152). Tanto o seio paranasal frontal direito como o esquerdo irão drenar através de um ducto chamado de ducto frontonasal que desembocará no meato nasal médio – o conectando com a cavidade nasal (MOORE, 2014). O seios paranasal maxilar é o maior entre os seios paranasais e estão localizados no osso maxila. É limitado em seu ápice pelo osso zigomático, na sua base forma a parte inferior da parede lateral da cavidade nasal, o assoalho da órbita forma o teto do seio paranasal maxilar e seu assoalho é formado pela parte alveolar do osso maxila. Assim como os seios paranasais frontais, os maxilares drenam através de uma (ou mais) aberturas até o meato nasal médio (MOORE, 2014). Faringe A faringe é um tubo muscular que está associada tanto ao sistema respiratório quanto digestório. Segundo Tortora e Derrickson (2016) a faringe se encontra discretamente posterior às cavidades nasal e oral, superior à laringe e anterior às vértebras cervicais; se estendendo da base do crânio até a margem inferior da cartilagem cricóidea (MOORE, 2014). Anatomicamente podemos dividir a faringe em três regiões: 1) parte nasal da faringe – é a parte superior que se comunica com a cavidade nasal através dos cóanos, essa parte se localiza posteriormente a cavidade nasal e se estende até o palato mole e possui função respiratória; 2) parte oral da faringe – parte intermédia com comunicação com a cavidade oral, se estende do palato mole até a margem superior da epiglote, é limitada superiormente pelo palato mole, inferiormente pela base da língua e lateralmente pelos arcos palatoglosso e palaofaríngeo, possui tanto função respiratória quanto digestória; 3) parte laríngea da faringe – se inicia no nível do hioide e inferiormente se conecta com o esôfago posteriormente e com a laringe anteriormente, assim como a porção oral da faringe, está também desempenha função respiratória e digestória (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016) (DANGELO; FATINNI, 2007). Na faringe encontramos um grande quantidade de tecido linfoide no formato de um anel incompleto localizado ao redor da parte superior do tubo. Esse tecido se agrega à algumas regiões formando massas que chamamos de tonsilas. Na parte nasal da faringe temos a tonsila faríngea que se situa na mucosa do teto e da parede posterior desse segmento. Nessa região também temos a tonsila tubária. Na parte lateral da parte nasal da faringe temos uma abertura denominada de óstio faríngeo da tuba auditiva que faz a comunicação da parte nasal da faríngea com a cavidade timpânica. Ao redor deste óstio encontramos uma coleção de tecido linfoide que denominamos de tonsila tubária. Na parte oral da faringe, no intervalo entre os arcos palatinos, temos as tonsilas palatinas. As tonsilas palatinas se encontram na fossa tonsilar que ocupa o espaço entre o arco palatoglosso e o arco palatofaríngeo (MOORE, 2014) (DANGELO; FATINNI, 2007). Laringe A laringe é um órgão tubular que faz a conexão entre a parte laríngea da faringe e a traqueia. Se situa no plano mediano do pescoço, anteriormente ao esôfago, e é continuada imediatamente pela traqueia. A laringe, segundo Dangelo e Fatinni (2007) é um órgão complexo pois, ao mesmo tempo que é uma via aerífera, é também um órgão da fonação (produção de som) (TORTORA; DERRICKSON, 2016) (DANGELO; FATINNI, 2007). A parede da laringe é formada por fragmentos de cartilagens, sendo 3 ímpares e 3 pares. De cima para baixo temos, primeiramente a cartilagem epiglote. Esta é mediana e se situa posteriormente à raiz da língua e à cartilagem tireóidea. A epiglote é um segmento grande de cartilagem em formato de folha que possui duas partes: uma inferior que está conectada a margem inferior da cartilagem tireóidea e a parte superior que não está conectada a nenhuma estrutura, o que lhe confere mobilidade para se mover para cima e para baixo. A próxima cartilagem ímpar é a cartilagem tireóidea. A cartilagem tireóidea é a maior das cartilagens e é formada por duas lâminas que se unem conferindo um formato triangular a mesma, forma a parede anterior da laringe. Essa cartilagem está conectada ao hiode pelo ligamento membrana tíreo-hióidea. Por fim, temos a cartilagem cricoidea, que tem o formato de um anel e forma a parede inferior da laringe. Essa se liga a cartilagem tireóidea através do ligamento cricotireoideo (TORTORA; DERRICKSON, 2016) (DANGELO; FATINNI, 2007). Na laringe encontramos dois pares de pregas (formadas pela túnica mucosa), são essas: as pregas vestibulares e as pregas vocais. As pregas vestibulares se encontramsuperiormente, estas não participam na produção da voz mas atuam no prender da respiração ao se unirem. Inferiormente temos as pregas vocais que são responsáveis pela fonação. Entre os pares de pregas temos uma fenda que leva a uma pequena invaginação que chamamos de ventrículo da laringe. Em outras palavras, o ventrículo da laringe é uma expansão lateral da parte média da cavidade da laringe. Acima das pregas vestibulares e se estendendo até o orifício de entrada da laringe temos o vestíbulo da laringe (TORTORA; DERRICKSON, 2016) (DANGELO; FATINNI, 2007). AULA 12 – Sistema Respiratório: Vias Aéreas Inferiores Roteiro 1 Traqueia A traqueia é uma via tubular para o ar que se encontra no mediastino superior, anteriormente ao esôfago e se estende da laringe até a margem superior da vértebra T5 no tórax onde bifurca-se em brônquios principais direito e esquerdo – essa bifurcação recebe o nome de carina. A traqueia é um tubo fibrocartilaginoso que é sustentado por anéis cartilaginosos em formato de C que chamamos de cartilagens traqueais incompletas. O formato dessas cartilagens fornece sustentação o suficiente para que a estrutura não colapse, ao mesmo tempo que permite mobilidade e flexibilidade para que a traqueia se desloque durante a respiração e com os movimentos da laringe. As cartilagens traqueais se encontram empilhadas umas sobre as outras e ligadas entre si pelos ligamentos anulares. A parede posterior da traqueia (voltada para o esôfago) é desprovida de cartilagem (parte aberta das cartilagens traqueais) é envolta por uma membrana que contem fibras musculares – que chamamos de músculo traqueal – e tecido conjuntivo elástico. No ponto em que a traqueia se bifurca em brônquio principal direito e esquerdo, há uma estrutura interna formada por uma projeção posteroinferior da última cartilagem traqueal que chamamos de carina (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016) (DANGELO; FATINNI, 2007). Brônquios Principais A traqueia se bifurca no nível do plano transverso do tórax (na margem superior da vértebra T5) e da origem ao brônquio principal direito e brônquio principal esquerdo, que seguem em sentido inferolateral e entram nos hilos dos pulmões (orifícios onde chegam e saem estruturas do pulmão como os brônquios e artérias). Os brônquios principais apresentam estrutura muito similar à da traqueia, contendo anéis incompletos de cartilagem (em formato de C) (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). O brônquio principal direito – que vai para o pulmão direito – é mais largo, curto e vertical que o brônquio principal esquerdo pois entra diretamente no hilo do pulmão. Já o brônquio principal esquerdo segue inferiormente ao arco da aorta e anteriormente ao esôfago e à parte torácica da aorta para chegar no hilo do pulmão esquerdo. Dessa maneira, há uma maior probabilidade de objetos aspirados irem parar no brônquio principal direito do que no esquerdo (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). AULA 13 – Sistema Respiratório: Vias Aéreas, Pulmões e Musculatura Respiratória Roteiro 1 Trajeto do Ar Na inspiração o trajeto do ar tem início na entrada do mesmo nas fossas nasais, passando por suas três regiões principais (o vestíbulo, a área respiratória e a área olfativa). Nas fossas nasais que o ar é filtrado, umedecido e aquecido em decorrência da presença de pelos, muco e farta vascularização. Em seguida o ar segue em direção a faringe através do cóanos, passando pelas parte nasal, oral e laríngea da faringe. Continuando, o ar segue para a laringe que possui duas estruturas muito importantes, a glote – que impede que comida e bebida entrem na laringe e sigam pelo sistema respiratório, e as pregas vocais – responsáveis pela fonação, processo esse que necessita da passagem de ar para ocorrer. Após a laringe o ar vai em direção a traqueia, tubo cartilaginoso que logo se bifurca em brônquio principal direito e esquerdo. O ar segue pela árvore bronquial – que são as ramificações, cada vez menores, dos brônquios principais que se dividem em brônquios lobares, que se ramificam em brônquios segmentares, que por sua vez irão se segmentar em bronquíolos – e por fim o ar chega nos alvéolos, que são responsáveis pela hematose (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016) (VILICEV, 2021). Pulmões Os pulmões são os principais órgãos da respiração e estão contidos na cavidade torácica, separados um do outro pelo coração e outras estruturas do mediastino, e ocupam totalmente as cavidades pulmonares. Os pulmões possuem formato cônico e se estendem do diafragma até as clavículas (ultrapassando estas um pouco), e estão contidos – antero e posteriormente – pelas costelas. Cada pulmão possui: 1) uma base, que é a parte inferior do pulmão, é côncava e se encaixa sobre o diafragma; 2) um ápice, oposto a base, é a parte superior do pulmão, esta é estreita e vai até a raiz do pescoço; e 3) quatro faces – costal, mediastinal, diafragmática e interlobar (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Moore (2014) descreve a face costal como “grande, lisa e convexa” e Tortora e Derrickson (2016) complementam que essa face se apoia sobre as costelas e acompanha a curvatura arredondada das mesmas. Já a face mediastinal é côncava pois está relacionada com o mediastino médio, que é a região onde se encontra o coração. É nesta face que temos estruturas chamas de hilo, que são as regiões por onde os brônquios, vasos sanguíneos, vasos linfáticos e os nervos entram e saem dos pulmões. Em seguida temos a face diafragmática, que forma a base do pulmão. A face diafragmática é côncava e se apoia no diafragma. Por fim, temos a face interlobar que, como o próprio nome já nos diz, é a face medial do pulmão, ou seja, é a face do pulmão que fica adjacente a face lobar do pulmão ao lado (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016) (VILICEV, 2021). O pulmão direito possui três lobos: o lobo superior, o médio e o inferior. A fissura oblíqua direita separa o lobo inferior dos lobos superior e médio, já a fissura horizontal separa o lobo superior do médio. No pulmão esquerdo temos somente o lobo superior e o inferior que são separados pela fissura oblíqua esquerda. Diferentemente também do pulmão direito, o pulmão esquerdo, devido à localização do coração, possui uma impressão causada pelo ápice do coração na margem anterior do pulmão esquerdo que chamamos de incisura cardíaca (MOORE, 2014). Cada lobo do pulmão possui um brônquio lobar, dessa forma o pulmão direito possui três brônquios lobares: o superior, o médio e o inferior que correspondem aos lobos do pulmão. Já o pulmão esquerdo tem dois brônquios lobares apenas: o superior e o inferior. Os brônquios lobares se ramificam e dão origem aos brônquios segmentares. Estes são constantes em sua distribuição, existindo dez brônquios segmentares em cada pulmão (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Músculos da Respiração Diversos músculos participam dos processos de inspiração e expiração e se localizam no tórax, pescoço, cintura escapular e abdome e podem ser divididos em músculos inspiratórios (diafragma e músculos intercostais), músculos inspiratórios acessórios (esternocleidomastóideo, músculos escalenos, serrátil anterior, peitoral maior, peitoral menor, trapézio, latíssimo do dordo, eretores da espinha, iliocostal lombar e quadrado lombar) e músculos expiratórios (músculos reto abdominal, abdominal transverso, oblíquo externo, oblíquo interno) (MOORE, 2014) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Apesar de contar com a participação de diversos músculos o diafragma e os músculos intercostais são os músculos mais importantes do ciclo respiratório. Quando inspiramos o diafragma e os músculos intercostais se contraem e permitem a expansão da caixa torácica. Essa expansão da caixa torácica leva a diminuição da pressão interna da cavidade o que faz com que o ar atmosférico penetre nos pulmões,
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