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réplica a contestação

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DE 
FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE 
JANEIRO 
 
 
ASSUNTO: PISO SALARIAL DOS PROFISSIONAIS DO 
MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL 
 
 
 
 
 
SINDICATO ESTADUAL DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO 
DO RIO DE JANEIRO – SEPE/RJ, entidade sindical sem fins lucrativos inscrita no CNPJ 
sob o nº 28.708.576/0001-27, com sede estabelecida na Rua Evaristo da Veiga, nº 55/ 8º 
andar, Centro, Rio de Janeiro/RJ, CEP 20031040, por sua advogada adiante assinada, que 
receberá intimações no endereço mencionado e cujo endereço eletrônico é 
juridico@seperj.org.br, vem, com fulcro no art. 8º, inciso III da CF/88 e nos artigos 1º, inciso 
V; 3º e 12 da Lei 7.347/85, c/c art. 300 do NCPC, propor apresente 
 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER 
COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA 
 
em face do ESTADO DO RIO DE JANEIRO, pessoa jurídica de direito público, inscrito no 
CNPJ sob o nº 42.498.600/0001-71, a ser citado e intimado através de seu representante legal 
com endereço na Rua do Carmo, nº 27 - Centro - Rio de Janeiro/RJ, CEP 20011020, pelos 
motivos e fundamentos adiante expostos. 
 
 
 
I- A LEGITIMIDADE ATIVA 
O Sindicato Autor é a entidade representativa dos servidores públicos da 
Rede de Educação do Estado do Rio de Janeiro, bem como de todos os municípios de referido 
Estado, sindicalizados ou não, compreendidos os professores e o pessoal de apoio da 
educação, conforme demonstra o art. 2º de seu Estatuto, portador de personalidade jurídica 
própria, de natureza e fins não lucrativos e de autonomia política e sindical, conforme 
previsão estatutária, regularmente constituído, registrado e representado por diretores eleitos, 
tudo conforme documentação em anexo. 
 
Importante destacar que o Sindicato não atua somente em defesa dos 
profissionais de educação, mas igualmente em defesa da Educação Pública, Universal, Laica e 
de Qualidade como amparado pela Constituição Federal, pela Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação (Lei nº 9.394/96), pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90), pela 
Lei da Ação Civil Pública (Lei nº 7.347/85), além de regularmente previsto em seu Estatuto. 
 
De fato, o Sindicato, na qualidade de entidade associativa, além de ser 
legitimado pela Lei Maior (art. 8º, inc. III, CRFB) para a defesa de interesses do grupo, classe 
ou categoria de pessoas que a componham, tanto associados ou não associados, também busca 
zelar por um ensino público de qualidade configurado como relevante interesse social, em 
cumprimento aos preceitos legais retro citados. 
 
Ademais, a legitimidade ativa para a Ação Civil Pública deve ser 
interpretada em consonância com o disposto no art. 5º, inciso V, da Lei nº 7.347/85 c/c o art. 
8º, inciso III, da CRFB, cabendo, pois, ao sindicato a defesa dos direitos e interesses coletivos 
ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais. 
 
Deste modo, a tutela pelo Sindicato através da presente Ação Civil Pública 
pode abarcar qualquer interesse coletivo que diga respeito à categoria que representa, 
principalmente quando o interesse do grupo é homogêneo e ligado à própria atividade 
essencial da entidade representativa, sob o munus de sua natureza jurídica de status 
constitucional. 
 
 
Assim, visa a presente demanda obter provimento jurisdicional de obrigação 
de fazer, consubstanciada no cumprimento pelo Estado do Piso Salarial Nacional Inicial 
para os profissionais do magistério público da educação básica, portanto, direitos 
individuais homogêneos, eis que de origem comum, direcionado a um grupo de pessoas com 
número significativo, ou seja, uma categoria que aborda a coletividade, o que vislumbra a 
relevância social da questão e legitima o Sindicato-Autor na qualidade de representante 
adequado. Neste aspecto já definira a jurisprudência do Egrégio Superior Tribunal de Justiça 
(STJ): 
 
“PROCESSO CIVIL – AÇÃO CIVIL PÚBLICA – LEGITIMIDADE ATIVA – 
SINDICATO. 
1. Nas ações civis públicas pode o sindicato funcionar como substituto 
processual ou como representante de seus sindicalizados. 
2. Como substituto processual não precisa de autorização, mas o interesse 
defendido deve ser não só do sindicalizado, mas também da própria 
entidade, se conectado for o interesse dela com o daquele. 
3. Na hipótese de representação, há necessidade de autorização do 
sindicalizado, porque o interesse defendido é unicamente seu, sem conecção 
alguma com o interesse da entidade. 
4. A autorização, seguindo posição jurisprudencial majoritária, pode ser 
considerada como formalizada pela juntada da ata de reunião do sindicato, 
onde constem os nomes dos presentes. 
5. Recurso especial conhecido e provido.” 
(REsp 228.507/PR, Relator Ministro Francisco Peçanha Martins, Relator 
para acórdão Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, DP 
05.05.04,P.125). 
 
 
II- O ARTIGO 18 DA LEI FEDERAL Nº 7.347/85 
 
Necessário destacar que nas Ações Civis Públicas não há que se falar em 
recolhimento antecipado de custas processuais conforme determina o artigo 18 da Lei da ACP 
(Lei Federal nº 7.347/85), verbis: 
 
“Art. 18 - Nas ações de que trata esta lei, não haverá adiantamento de 
custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, 
 
 
nem condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em 
honorários de advogado, custas e despesas processuais.” 
 
Deste modo, não há recolhimento antecipado de custas ou emolumentos na 
presente. 
 
III- DOS FATOS E FUNDAMENTOS 
 
A Lei nº 11.738/2008, que regulamenta o piso salarial inicial nacional para 
os profissionais do magistério público da educação básica, estabeleceu em seu art. 5º que 
referido piso salarial será atualizado, anualmente, no mês de janeiro, a partir do ano de 2009 
(vigência da norma). 
Com isto, o Ministério da Educação (MEC) define anualmente o valor 
atualizado a ser utilizado como piso salarial inicial da categoria, o qual para o ano de 2018 foi 
fixado em R$ 2.455,35 (dois mil quatrocentos e cinquenta e cinco reais e trinta e cinco 
centavos), conforme a Portaria nº 1.595 publicada pelo MEC em dezembro de 2017. 
Ocorre que o Estado/Réu vem descumprindo referidas disposições legais, 
haja vista que o piso salarial inicial dos profissionais do magistério estadual do Rio de Janeiro 
é o mesmo desde 2014, conforme demonstra a tabela de evolução salarial em anexo e, com 
isto, os valores ficaram defasados perante os reajustes advindos na forma prevista na Lei 
Federal nº 11.738/2008 desde janeiro de 2015. 
O direito ao piso salarial inicial para os profissionais da educação básica 
está amparado pela Constituição Federal de 1988 (artigo 60, III, 'e', do ADCT e 206, VIII) e 
regulamentado pela Lei Federal n.º 11.738/2008 que assim determina, verbis: 
"Art. 2º(...) 
§ 1º O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão fixar 
o vencimento inicial das Carreiras do magistério público da educação 
básica, para a jornada de, no máximo, 40 (quarenta) horas semanais. 
 
§ 2º Por profissionais do magistério público da educação básica 
entendem-se aqueles que desempenham as atividades de docência ou as 
de suporte pedagógico à docência, isto é, direção ou administração, 
planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação 
educacionais, exercidas no âmbito das unidades escolares de educação 
 
 
básica, em suas diversas etapas e modalidades, com a formação mínima 
determinada pela legislação federal de diretrizes e bases da educação 
nacional. 
 
Art. 5o O piso salarial profissional nacional do magistério público 
da educação básica será atualizado, anualmente, no mês de janeiro, 
a partir do ano de 2009. 
 
Parágrafo único. A atualização de que trata o caput deste artigo será 
calculada utilizando-se o mesmo percentual de crescimento do valor 
anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais doensino 
fundamental urbano, definido nacionalmente, nos termos da Lei no 
11.494, de 20 de junho de 2007.” (grifos acrescidos). 
 
A Constituição Federal de 1988 elencou, dentre seus princípios 
fundamentais e como alicerce do Estado Democrático de Direito, a dignidade da pessoa 
humana e a cidadania (art. 1º, incisos II e III), determinando, ainda, como um de seus 
objetivos fundamentais, a construção de uma sociedade justa, livre e solidária. 
E, com vistas ao pleno exercício da cidadania, a Carta Constitucional prevê, 
como seu instrumento fundamental, a universalização da educação básica. De fato, a 
instituição educativa, a serviço do bem estar social, complementa, ao lado da família, o 
desenvolvimento pessoal e social das crianças e dos adolescentes e contribui decisivamente 
para a melhoria de vida de cada cidadão. 
Como se vê, a Carta Magna deu um valor especial ao capítulo da educação, 
determinando que o ensino será ministrado com base em vários princípios constitucionais, 
dentre os quais se avançou com destaque a instituição do piso salarial profissional nacional 
para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal. 
A Constituição da República Federativa do Brasil prevê: 
Art. 6º – São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a 
moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à 
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma 
desta Constituição. 
Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de 
outros que visem à melhoria de sua condição social: 
(....) 
 
 
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho 
(...)”. 
 
Por sua vez, o artigo 206, V, da Constituição Federal determina: 
“Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
V – valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na 
forma da lei, planos de carreira, com ingressos exclusivamente por 
concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas.” 
 
Destarte, após anos de luta, a Lei nº 11.738/08 determinou não apenas o 
valor inicial mínimo a ser pago aos professores, como estabeleceu a forma da composição de 
sua jornada de trabalho com a necessária reserva de período para planejamento e avaliação 
dentro da carga horária. 
Ato contínuo, no julgamento da ADI nº 4167, proposta pelos Governadores 
dos Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará, 
questionando os artigos 2º, §§1º e 4º, 3º, caput, II e III e 8º, todos da Lei 11.738/2008, o 
Supremo Tribunal Federal declarou a constitucionalidade destes, pelo que o direito ao 
piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério está amparado pela 
Constituição Federal em definitivo. 
A Corte Constitucional entendeu pela ausência de plausibilidade da alegada 
violação da reserva de lei de iniciativa do Chefe do Executivo local (CF, art. 61, § 1º, II), do 
pacto federativo (CF, artigos 1º, caput, 25, caput e § 1º, e 60, § 4º, I) e da proibição de excesso 
(razoabilidade e proporcionalidade), no que se refere à fixação da jornada de trabalho de 40 
horas semanais, esclarecendo que essa jornada tem por função compor o cálculo do valor 
devido a título de piso, juntamente com o parâmetro monetário, e que a inexistência de 
parâmetro de carga horária para condicionar a obrigatoriedade da adoção do valor do piso 
poderia levar a distorções regionais e potencializar o conflito judicial, na medida em que 
permitiria a escolha de cargas horárias desproporcionais ou inexequíveis. 
Cabe destacar que referido diploma legal estabelece como parâmetro para o 
piso nacional a jornada de, no máximo, 40 horas semanais, no entanto, os vencimentos 
 
 
referentes às demais jornadas de trabalho, conforme o § 3º do art. 2º da Lei, terão seus 
vencimentos pagos de forma correspondente na proporção. 
Assim, vindica a presente ação que o Estado/Réu cumpra a obrigação de 
implementar o piso salarial inicial do magistério público estadual, que para o ano de 2018 é de 
R$ 2.455,35 para o Professor de jornada de 40 horas semanais, que servirá como parâmetro às 
demais jornadas de forma proporcional, nos termos legais. 
Importante destacar que o Ministro Joaquim Barbosa, relator da ADI 4167, 
assim examinou o conceito de piso salarial: 
 
“(...) Ocorre que a lei não traz definição expressa para o que se deve 
entender por “piso”, considerada a diferença entre remuneração global 
(consideradas as gratificações e as vantagens) e vencimento básico (sem 
gratificações ou vantagens).(...) 
A expressão “piso” tem sido utilizada na Constituição e na legislação para 
indicar um limite mínimo que deve ser pago a um trabalhador 
pelaprestação de seus serviços. A ideia, de um modo geral, remete à 
“remuneração”, isto é, o valor global recebido pelo trabalhador, 
independentemente da caracterização ou da classificação de cada tipo de 
ingresso patrimonial. Nesta acepção, o estabelecimento de pisos salariais 
visa a garantir que não haja aviltamento do trabalho ou a exploração 
desumana da mão-de-obra. (…) 
Admito que a expressão “piso salarial” pode ser interpretada em 
consonância com a intenção de fortalecimento e aprimoramento dos 
serviços educacionais públicos. De fato, a Constituição toma a ampliação 
do acesso à educação como prioridade, como se depreende de uma série de 
dispositivos diversos (cf., e.g., os arts. 6º, caput, 7º, IV, 23, V, 150, VI, c, e 
205). Remunerar adequadamente os professores e demais profissionais 
envolvidos no ensino é um dos mecanismos úteis à consecução de tal 
objetivo. (…) 
A existência de regime de transição implica reconhecer que o objetivo da 
norma é definir que o piso não compreende “vantagens pecuniárias, pagas 
a qualquer título”, isto é, refere-se apenas ao vencimento (valor 
diretamente relacionado ao serviço prestado). De outra forma, a distinção 
seria inócua e ociosa.”(grifos acrescidos) 
 
Evidente, portanto, que o piso é o vencimento, como tal entendido apenas o 
básico sem o acréscimo de outras vantagens (por tempo de serviço, por formação, etc.), tanto 
que o legislador bem definiu no contexto do §1º do art. 2º que o ente público não poderá fixar 
 
 
o “vencimento inicial” abaixo do piso. A decisão da ADI esclarece, portanto, a questão 
quando julga constitucional a norma que fixa o piso com base no vencimento e não na 
remuneração. 
 
Resta demonstrado ainda que a integralização do piso salarial nacional como 
vencimento inicial do magistério não poderá implicar em impacto orçamentário ao ente 
estatal, tendo em vista que a própria legislação definiu a resolução deste argumento, pelo 
simples cumprimento da Lei pelos Poderes Executivos das esferas Federal e Estadual que 
afasta “impacto sem precedentes” no orçamento do réu ao dispor sobre a possibilidade de 
solicitação fundamentada em eventual necessidade de complementação, verbis: 
 
Art. 4º A União deverá complementar, na forma e no limite do disposto no 
inciso VI do caput do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias e em regulamento, a integralização de que trata o art. 3º desta 
Lei, nos casos em que o ente federativo, a partir da consideração dos 
recursos constitucionalmente vinculados à educação, não tenha 
disponibilidade orçamentária para cumprir o valor fixado. 
§1º. O ente federativo deverá justificar sua necessidade e incapacidade, 
enviando ao Ministério da Educação solicitação fundamentada, 
acompanhada de planilha de custos comprovando a necessidade da 
complementação de que trata o caput deste artigo. 
§2º. A União será responsável por cooperar tecnicamente com o ente 
federativo que não conseguir assegurar o pagamento do piso, de forma a 
assessorá-lo no planejamento e aperfeiçoamento da aplicação de seus 
recursos. 
 
Há, portanto, previsão de complementação a fim de possibilitar a 
integralização do valor do piso de Estados e Municípios pela União, o que não justifica averificada supressão do direito dos professores, conforme demonstrado pela tabela de 
evolução dos vencimentos do Magistério anexa cujo valor básico inicial na jornada de 40 
horas semanais, inclusive, é de R$ 1.880,32 (desde 2014), quando deveria ser de R$ 2.455,35 
em 2018. 
 
De fato é possível identificar o descumprimento do piso nacional inicial do 
magistério desde 2015, na evolução do reajuste determinado pelo MEC (tabela anexa) desde 
então, já que em referido ano o valor inicial para professores com jornada de 40 horas 
 
 
semanais deveria ser de R$ 1.917,78 e o Estado do Rio de Janeiro pagava R$ 1.880,32 
(conforme Anexo I da Lei 6.834/14 - em anexo), praticando a mesma redução proporcional e 
correspondente descumprimento ao Piso Nacional para as demais cargas horárias de 16, 22 e 
30 horas semanais, sendo certo que nenhum profissional do magistério poderia ficar abaixo do 
piso inicial, seguindo a proporcionalidade em cada jornada, valendo destacar que o 
vencimento inicial do professor com jornada de 16 horas equivale ao vencimento referência nº 
3 do professor com jornada de 22 horas, conforme plano de carreira c/c a Lei nº 6.834/14, 
notadamente em seu anexo I. 
 
Ato contínuo, nos anos de 2016, 2017 e 2018 seguiu defasado o valor inicial 
do Piso conforme se verifica da mesma confrontação da tabela do MEC com os valores pagos 
ao magistério estadual até a presente data, cuja referência para professores na jornada de 40 
horas semanais segue sendo de R$ 1.880,32 (desde 2014), quando o MEC fixou os seguintes 
valores do piso nacional: 
1- Ano de 2015 – R$ 1.917,78 
2- Ano de 2016 – R$ 2.135,64 
3- Ano de 2017 – R$ 2.298,80 
4- Ano de 2018 – R$ 2.455,35 
 
Cabe esclarecer que o Ministério da Educação aprovou resolução da 
Comissão Intergovernamental para Financiamento da Educação de Qualidade, que trata do 
uso de parcela dos recursos da complementação da União ao Fundo de Manutenção e 
Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) para o pagamento integral do piso salarial 
dos profissionais da educação básica e definiu cinco critérios exigidos pelos Estados e 
Municípios para pedido de recursos federais 
(http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=16401:portaria-define-criterios-
para-que-secretarias-pecam-recursos&catid=211&Itemid=86): 
 
– aplicar 25% das receitas na manutenção e no desenvolvimento de 
ensino; 
– preencher o sistema de informações sobre orçamentos públicos em 
educação; 
– cumprir o regime de gestão plena dos recursos vinculados para 
 
 
manutenção e desenvolvimento do ensino; 
– dispor de plano de carreira para o magistério, em lei específica; 
– demonstrar cabalmente o impacto da lei do piso nos recursos do estado 
ou município. 
 
Nesse ponto, o voto do Ministro Joaquim Barbosa, na ADI 4167, é 
novamente esclarecedor: 
 
“(...) Por fim, abordo as aflições dos estados-autores quanto ao risco de 
desequilíbrio orçamentário. 
O exame da alegada falta de recursos para custeio do novo piso depende da 
coleta de dados específicos para cada ente federado, considerados os 
exercícios financeiros. Não é possível, em caráter geral e abstrato, presumir 
a falta de recursos. Em especial, eventuais insuficiências poderão ser 
supridas por recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da 
Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb e 
pela União, cujas consideráveis receitas incluem recursos das contribuições 
sociais destinadas à educação (e.g., “salário-educação”). 
A questão federativa relevante é se o aumento do dispêndio com 
remuneração violaria a autonomia dos entes federados por vincular 
recursos e reduzir o campo de opções do administrador público (dinheiro 
que poderia ser gasto em outros pontos acabarão canalizados para a folha 
de salários). Mas relembro que os estados-membros e a população dos 
municípios fazem parte da vontade política da União, representados no 
Senado e na Câmara dos Deputados, respectivamente. Lícito pensar, 
portanto, que os demais entes federados convergiram suas vontades à 
aparente limitação prática de suas escolhas no campo dos serviços 
educacionais. (…).”(grifos acrescidos) 
 
Por fim, as palavras do Ministro Carlos Ayres Britto: 
 
“(...) É que o sistema, Excelência, é autofinanciado, transfederativamente. 
A própria Constituição fala da obrigação de os entes se socorrerem 
mutuamente financeiro, segundo a ordem federativa maior ou menor. Por 
exemplo, a previsão expressa de transferência de recursos da União para os 
Municípios, dos Estados para os Municípios, porque o sistema é 
autocusteado (…)”(grifos acrescidos) 
 
Destarte, resta previamente demonstrada a inexistência de impacto sobre as 
 
 
receitas públicas, considerando a existência de repasses anuais para satisfação da obrigação 
estatal, bem como a possibilidade legal do pedido de ajuda através de verbas federais, caso os 
valores atualmente repassados sejam insuficientes. 
 
Ademais, não há a necessidade de edição de lei estadual para implantação 
do piso salarial inicial nacional como vencimento básico do magistério, porquanto em se 
tratando de educação, tem-se a competência concorrente da União, nos termos do art. 24, IX, 
e parágrafos da Constituição Federal, razão pela qual não se justifica a manutenção deste 
prejuízo aos assistidos. 
 
O art. 6º da Lei 11.738/08, por sua vez, dispôs que a União, os Estados, o 
Distrito Federal e Municípios deveriam elaborar ou adequar seus Planos de Carreira e 
Remuneração do Magistério até 31 de dezembro de 2009, tendo em vista o cumprimento do 
piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação 
básica, de modo que a Lei concedeu aos entes prazo suficiente para adequar o Plano de 
Carreira do Magistério, não sendo possível que o Administrador opte por não atender ao 
comando legal, inclusive, para os anos vindouros. 
 
Merece destaque o voto do Ministro Ricardo Lewandowski, no julgamento 
da ADI 4167: 
“(...) Do âmbito da educação, o constituinte de 88 criou um determinado 
modelo muito claro: conferiu à União diversas competências para atuar, em 
âmbito nacional, em estreita cooperação com os demais entes federados, 
com os estados, com os municípios e com o próprio Distrito Federal, que é 
um ente híbrido, como todos nós sabemos, exatamente para dar efetividade, 
dentre outros preceitos ou mandamentos, àquele que consta no artigo 3º, III, 
logo no vestíbulo da nossa Carta Magna, que é, exatamente, aquele 
desiderato de reduzir as desigualdades sociais e regionais. E a educação é 
um instrumento, por excelência, para atingir esse objetivo. (…) 
Portanto, não é de se estranhar que exista uma lei federal que vá 
estabelecer o piso salarial. Não há nenhuma inconstitucionalidade nesse 
aspecto pelo fato de a União, por meio de um ato normativo próprio, 
estabelecer esse piso salarial. (…). 
Eu ousaria, acompanhando a divergência iniciada pelo Ministro Luiz Fux, 
entender que o §4º também não fere a Constituição pelos motivos que 
acabei de enunciar, pois a União tem uma competência bastante abrangente 
no que diz respeito à educação. (…). 
 
 
IV- DA TUTELA DE URGÊNCIA 
A questão em tela é meramente de direito, cabalmente demonstrado pelos 
fundamentos constitucionais e legais ora invocados, sendo certo que a falta de cumprimento 
ao piso salarial inicial do magistério do Estado viola normas federais e dispositivos e 
princípios constitucionais já mencionados. 
Ademais, o fumus boni iuris também se caracteriza pela certeza do direito 
dos Profissionais do Magistério ao reajuste do piso em conformidade com as normas vigentes, 
hierarquicamente superiores às normas estaduais, que violam até mesmo o federalismo, além, 
obviamente, de restarem violadas a legalidade, a moralidade, a eficiência, a dignidade da 
pessoa humana, através do descumprimento à lei do piso, à valorização do professor e à 
qualidade da educação. 
Portanto,presente a prova inequívoca, atendendo ao primeiro pressuposto 
para concessão da antecipação da tutela, qual seja, a probabilidade do direito, em 
conformidade com o art. 300, primeira parte do NCPC. 
Ademais, o perigo de dano irreparável ou o risco ao resultado útil do 
processo corresponde à natureza alimentar do salário do servidor público, de caráter 
indispensável para sua manutenção e de sua família, além da valorização destes profissionais 
da educação conforme determina o art. 206, V, CRFB, o que inclui uma remuneração 
equivalente à importância da profissão, cujo desfavor gera por conseqüência difícil reparação 
à condição salarial destes servidores que estão preteridos do valor ideal, bem como na 
violação ao correto reajuste do piso salarial e no mau uso das verbas do FUNDEB que são 
direcionadas à educação básica. 
O periculum in mora revela-se evidente, eis que ao servidor não pode ser 
imposto que aguarde pelo trânsito em julgado de uma decisão final no presente feito que lhe 
assegure o direito postulado - há muito previsto na Carta Maior e legislação correlata - 
cabendo ao Poder Judiciário efetivar o comando da norma há tanto tempo violada. 
Demonstrado o risco de lesão irreparável tanto aos profissionais, quanto à 
política educacional em busca de qualidade, resta ao Poder Judiciário - como último guardião 
do estado de direito e de materialização de cidadania - a atuação jurisdicional. 
 
 
Neste sentido, importante mencionar que em situação idêntica, em ação 
movida pelo SEPE/RJ contra o Município de Valença, o r. juízo da 1ª Vara da Comarca de 
Valença (0010981-66.2015.8.19.0064) reconheceu a presença dos requisitos para a concessão 
do pedido liminar, valendo sua transcrição: 
 
“Tendo em vista estarem presentes os requisitos ensejadores para 
concessão do pedido liminar. A verossimilhança das alegações autorais 
resta corroborada pelo documento de fls. 47, sendo a resposta do 
município, que inequivocadamente informa que o piso salarial dos 
professores não é cumprido. O fundado receio de dano de difícil 
reparação, resta consubstanciado pela natureza jurídica da verba 
pleiteada, qual seja, a de alimentos. Contudo, deve ser registrado que a 
lei n° 11.738/2008 instituiu o piso salarial nacional para os professores da 
rede pública da educação básica da União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios que não podem fixar vencimento inicial das carreiras do 
magistério, para a jornada de 40 horas semanais, abaixo desse patamar. 
Pacificado, no bojo da ADI 4.167-3, que o piso salarial fixado nos 
termos do art. 2º, caput, da Lei Federal n° 11.738/08 relaciona-se com 
a jornada de trabalho de 40 horas semanais, tem-se que os 
profissionais com carga horária diferenciada, para mais ou para 
menos, por óbvio, terão valores proporcionais como limite mínimo de 
pagamento´, como bem advertiu o d. Relator, Ministro Joaquim Barbosa.´ 
(...) Assim, concedo a liminar para determinar que o município 
implante, no próximo exercício o piso salarial dos professores, nos 
termos da lei 11.738/2008,considerandoa carga horária efetivamente 
trabalhada, já que a criação de despesas deve estar previstas na lei 
orçamentária municipal, sob pena de multa mensal de R$ 1.000,00. 
Cite-se e intimem-se. Dê-se ciência ao Ministério Público.” 
Diante disto, foi interposto agravo de instrumento pelo Município/Réu 
contra a referida decisão concessiva, que se deu inaudita altera pars, reconhecendo o juízo a 
quo ser desnecessária a prévia oitiva do Município para concessão da liminar por se tratar de 
verba alimentar, verbis: 
(...)No que tange à necessidade de prévia oitiva da pessoa jurídica de 
direito público para fins de concessão da liminar (art. 2°, da Lei 
8.437/92), tratando-se de verba alimentar resta caracterizada a 
relevância do direito em jogo, de tal modo que, presentes os requisitos 
para o deferimento da medida, tal exigência pode ser afastada. Nesse 
sentido, inclusive, se posiciona o E. Superior Tribunal de Justiça: 
 
 
ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. OBRIGAÇÃO DE 
FAZER. REATIVAÇÃO DE ESTÁGIO CURRICULAR 
EMESTABELECIMENTOS DE SAÚDE MUNICIPAIS. 
LIMINARCONCEDIDA, EXCEPCIONALMENTE, SEM OITIVA 
PRÉVIADA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO. 
PRESENÇA DOS REQUISITOS LEGAIS PARA A CONCESSÃO E 
AUSÊNCIA DE PREJUÍZO AO INTERESSE PÚBLICO. 
INEXISTÊNCIA DE OFENSA AO ART. 2º DA LEI N. 8.437/1992. 
DESCUMPRIMENTO DO COMANDO DA SENTENÇA. MULTA 
COMINATÓRIA DIÁRIA. AFASTAMENTO. PRETENSÃO DE 
REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 7/STJ. FIXAÇÃO DE ASTREINTES 
EM ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. POSSIBILIDADE. 
DESNECESSIDADE, PARA EXECUÇÃO DA MULTA, DE DECISÃO 
TRANSITADA EM JULGADO. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AO ART. 
333, I, DO CPC. ÔNUS DA PROVA.DEFICIÊNCIA 
ARGUMENTATIVA. SÚMULA 284/STF.DECISÃO MANTIDA.1. 
Excepcionalmente, é possível conceder liminar sem prévia oitiva da 
pessoa jurídica de direito público, desde que não ocorra prejuízo a seus 
bens e interesses ou quando presentes os requisitos legais para a 
concessão de medida liminar em ação civil pública. Hipótese que não 
configura ofensa ao art. 2º da Lei n. 8.437/1992. Precedentes.(...) Por 
tais fundamentos, conhece-se do presente recurso para negar-lhe 
provimento, mantendo-se, na íntegra, a decisão agravada.” (Agravo de 
Instrumento nº 0006486-40.2016.8.19.0000, Desembargador Relator 
Fernando Fernandy Fernandes Data da Publicação: 24/06/2016). 
 
Desta forma, caracterizada a excepcionalidade do presente caso, bem como 
o preenchimento dos requisitos autorizadores para concessão da medida, requer o Sindicato-
Autor seja concedida a tutela de urgência ordenando-se ao Estado que efetive a atualização 
dos valores dos pagamentos dos professores na próxima folha de pagamento, em 
cumprimento à Lei do Piso Nacional nº 11.738/2008 e às Portarias do MEC, sobretudo a atual 
de nº 1.595/2017, sob pena de multa diária em valor a ser arbitrado pelo juízo de modo 
coercitivo o suficiente para gerar o cumprimento da decisão judicial. 
 
V- DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer o Sindicato-Autor: 
1. Considerando a fumaça do bom direito e o perigo na demora indicados, o deferimento de 
medida liminar em sede de tutela de urgência para que o Estado passe a cumprir a lei do 
 
 
piso inicial nacional nº 11.738/08, que determina a correção do vencimento básico inicial 
no valor atualizado, devendo: 
� Implementar na próxima folha de pagamento (ou, alternativamente, no próximo 
exercício financeiro), aos servidores do magistério (ativos e inativos - nos termos da 
Lei nº 11.738/08, em seu artigo 2º, § 5º) o piso salarial inicial para o Professor de 
nível básico, jornada semanal de 40 horas, que atualmente é de R$ 2.455,35 (dois mil 
quatrocentos e cinquenta e cinco reais e trinta e cinco centavos) conforme Portaria do 
MEC nº 1.595/2017, ajustando proporcionalmente os valores correspondentes às 
demais jornadas de trabalho (16, 22 e 30 horas semanais), bem como, em 
conformidade com a Lei nº 1.614/90 (plano de carreira), ajustando as diferenças 
correspondentes de uma classe para outra (graduados, especialistas, mestres, 
doutores) em suas respectivas jornadas; 
2. Seja fixada multa diária em valor a ser arbitrado pelo juízo de modo coercitivo o 
suficiente para gerar o cumprimento da decisão judicial; 
3. A citação do Estado-Réu para que se defenda, sob pena de decretação de sua revelia; 
4. A intimação do Ministério Público para que, avaliando pertinente, se manifeste sobre o 
requerido com fiscal da lei, adotando as providências cabíveis quanto ao descumprimento 
à Lei 11.738/2008; 
5. Sejam, ao final, julgados procedentes os pedidos da presente ação, confirmando-se a tutela 
e reconhecendo-se a ilegalidade do ato estatal de descumprir o piso nacional, 
determinando definitivamente: 
a) a implementação do piso salarial inicial para os cargos do magistério de nível básico 
(ativos e inativos - nos termos da Lei nº 11.738/08, em seu artigo 2º, § 5º), jornada 
semanal de 40 horas, que atualmenteé de R$ 2.455,35 (dois mil quatrocentos e 
cinquenta e cinco reais e trinta e cinco centavos) conforme Portaria do MEC nº 
1.595/2017, ajustando proporcionalmente os valores correspondentes às demais 
jornadas de trabalho (16, 22 e 30 horas semanais), bem como, em conformidade com a 
Lei nº 1.614/90 (plano de carreira), ajustando as diferenças correspondentes de uma 
classe para outra (graduados, especialistas, mestres, doutores) em suas respectivas 
jornadas; 
a) Pagar a diferença entre o piso efetivamente pago e o piso correto devido de acordo 
com o reajuste conferido anualmente pelo MEC, retroativa a janeiro de 2015, com os 
créditos devidamente atualizados com juros e correção monetária, calculada ano a 
 
 
ano, bem como diferenças vincendas, quando da liquidação da sentença, caso não 
concedida a tutela de urgência; 
b) Pagar honorários advocatícios nos termos do art. 85, §3º do NCPC. 
Embora se trate de questão de direito já comprovado, protesta por todos os 
meios de prova em direito admitidos, em especial testemunhal e documental superveniente, 
bem como pericial, atribuindo-se à causa, para fins meramente fiscais e de fixação do rito 
processual, o valor de R$60.000,00 (sessenta mil reais). 
Requer, outrossim, sejam as publicações inerentes à presente demanda 
realizadas em nome da advogada ora subscritora, Juliana Rodrigues de Oliveira, OAB/RJ 
106.674, que declara autenticidade dos documentos ora anexados eletronicamente. 
Nestes Termos, 
Pede Deferimento. 
 
Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2018. 
 
 
JULIANA OLIVEIRA 
OAB/RJ 106.674 
 
 
ELAINE APARECIDA ROLIM DE ALMEIDA 
OAB/RJ 111.585 
 
 
Documentos anexos: 
 
• Procuração e atos constitutivos do Sindicato; 
• Lei nº 1.614/90 do Plano de Carreira do Magistério Público Estadual; 
• Lei nº 6.027/11 que cria o cargo de Professor Docente I, jornada de 30 horas semanais; 
• Lei nº 6.834/14 do último reajuste concedido ao magistério, com a tabela dos 
vencimentos que permanecem sendo pagos em descumprimento ao Piso Inicial 
Nacional; 
• Tabela com os valores do piso e reajustes determinados pelo MEC até 2018; 
• Tabela de evolução salarial do Magistério Estadual até 2014. 
		2018-09-24T19:20:21-0300

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