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Ciro Gustavo Bragança GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA CAPÍTULO 2 - COMO SÃO ELABORADOS OS ORÇAMENTOS PELAS EMPRESAS? Introdução Você já imaginou quais são os passos iniciais para a elaboração de um orçamento? Quais aspectos devem ser levados em conta inicialmente? Os orçamentos seguem um ritual de elaboração padronizado? É isso mesmo! Essas e outras questões são muito comuns ao se pensar em um processo de elaboração orçamentária. Nesse sentido, é muito importante que se saiba como desempenhar bem uma tarefa qualquer. Técnicas de elaboração estão presentes em várias situações cotidianas das nossas vidas pessoal e empresarial. Por isso, saber elaborar um orçamento passa pela necessidade de se aplicar técnicas úteis para um correto trabalho. Cabe ressaltar o comentário de Morante e Jorge (2008, p. 56), que comentam que “O sucesso na prática orçamentária irá requerer, sobretudo, disposição e fair play (tratamento justo e igualitário, numa tradução livre) dos ocupantes dos diversos cargos envolvidos em sua elaboração e posterior acompanhamento [...]”. Pode-se começar o processo de elaboração do orçamento por esse caminho, ou seja, pelo engajamento de todos. Nesse sentido, se faz muito importante o conhecimento das técnicas a serem aplicadas ao processo de elaboração orçamentária, as quais, ao longo do tempo, vão se aperfeiçoando, sendo alteradas ou modi�cadas no intuito da melhor preparação orçamentária. Neste capítulo, você entenderá as formas de elaboração de um orçamento e a importância de se estabelecer premissas para tal. Todas as questões relacionadas ao processo de elaboração serão evidenciadas tópico a tópico. Dentre elas, orçamento operacional de vendas, orçamento operacional de produção, orçamento de gastos �xos e investimentos e orçamento na administração pública. Certamente todos os conceitos comentados e discutidos servirão de base de conhecimento para que você possa elaborar um orçamento, seja ele empresarial ou mesmo familiar. Teremos muito trabalho! Por isso, acompanhe atentamente tudo o que for discorrido sobre os temas e bons estudos! 2.1 Orçamento operacional de vendas O orçamento, em um primeiro momento, poderá causar, e é bastante possível que cause, um trabalho consideravelmente grande aos envolvidos em sua elaboração. Isso ocorre pela falta de informações, dependendo da situação. De certa forma, com informações já obtidas, os elaboradores do orçamento poderão se valer destas para �ns de contribuição ao processo de elaboração orçamentária, o que facilitará em muito o trabalho. Morante e Jorge (2008, p. 59) recomendam que seja realizada “a elaboração de um orçamento piloto, que servirá de teste para o aprendizado e provocação de sugestões”. Desse modo, o intuito é que este orçamento piloto seja um treinamento para a tarefa de elaboração orçamentária. Cabe assim a de�nição de um ponto de partida para a elaboração do orçamento. Com base nisso, será de�nido que o orçamento operacional de vendas será o start desse processo. Sendo assim, o que deve ser levado em consideração como vendas nos diferentes tipos de empresas? Quando se tratarem de empresas de comércio e indústria, será considerada a elaboração e/ou comercialização de produtos, enquanto as empresas prestadoras de serviços considerarão a prestação de serviços aos clientes como vendas. Já foi discutido que o orçamento deve estar baseado no plano estratégico. Nesse sentido, as premissas orçamentárias de vendas deverão estar muito bem alinhadas com as de�nições estratégicas. Essas de�nições levarão em conta os seguintes aspectos: preços praticados na comercialização de produtos ou na prestação de serviços, prazos de recebimento, cobrança por atrasos no recebimento, como juros e multas, região de comercialização, público alvo do produto ou serviço prestado, tributação aplicada ao produto comercializado ou serviço prestado, descontos condicionais e incondicionais etc. Considerando o orçamento de vendas (podendo ser vendas de produtos ou serviços) como o ponto de partida para o orçamento geral das empresas, Frezatti (2017, p. 54-55) destaca que um plano de vendas deverá levar em conta os seguintes elementos: 2.1.1 Premissas de vendas Relação com o plano estratégico • deverá ser previamente elaborado, aprovado e comunicado. Portanto, conforme você pode observar, deve ser levado em conta esse tripé no momento da elaboração do orçamento de vendas, ligando as premissas de vendas à relação com o plano estratégico – participação da equipe de vendas – de�nição das metas. Nesse sentido, podem-se de�nir algumas premissas para o plano orçamentário das vendas, como segue no próximo quadro: • favorecerá as diretrizes de volume de vendas, preços e participação do mercado. Participação da equipe de vendas • permitirá o comprometimento da equipe de vendas. • gerará as metas de vendas e a direção gerencial. Definição das metas • abordará questões estatísticas com base em dados passados. • poderá ser realizada com base no feeling da equipe comercial. Quadro 1 - Premissas de vendas que servem de parâmetro para a elaboração das projeções de receitas e/ou serviços. Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. Embora não se trate de um padrão, as premissas de vendas apresentadas no quadro podem auxiliar o gestor na elaboração do orçamento de vendas tão importante no processo orçamentário, haja vista ser o início de todo o plano orçamentário empresarial. Empresas prestadoras de serviços podem utilizar contratos com clientes para auxiliar a elaboração do plano de vendas, sendo uma premissa para tal. Outro ponto de destaque são os ramos hoteleiro e hospitalar, que podem ter como premissa para as vendas a taxa de ocupação. No caso dos hotéis, ocupação dos quartos; e no caso dos hospitais, ocupação dos leitos. Em escolas, o plano de orçamento das vendas pode ter como premissa a quantidade de alunos versus o valor médio das mensalidades. Finalmente, pode-se considerar que o orçamento de vendas, sendo o início de todo o processo orçamentário, acaba por nortear e direcionar os demais orçamentos da empresa, como produção, recursos humanos (ou mão de obra), investimentos e gastos diversos. O exercício das projeções das vendas exige bastante conhecimento dos envolvidos no processo de elaboração do plano. Dada a importância das vendas no processo orçamentário, é necessária muita cautela nesse momento. De�nidas as estratégias empresariais, parte-se para a de�nição das premissas de vendas anteriormente discutidas. Em seguida, iniciam-se as projeções (ou estimativas). Desse modo, uma determinada empresa poderá, seguidas as etapas comentadas, ter de�nidas as seguintes variáveis para a projeção das vendas, sendo: (a) quantidade ou volume de vendas; (b) preço praticado; e (c) política ou condições de cobrança. Em termos numéricos, as variáveis podem ser apresentadas conforme o quadro a seguir: 2.1.2 Projeção das vendas A estratégia da diferenciação não pressupõe grandes volumes e preço baixo. Diferentemente disso, ela procura atender um número menor de clientes, porém de uma forma mais personalizada, afetando a participação no mercado (COELHO; DE PAULA, 2004). Nesse caso, essa personalização do produto ou serviço deve ser considerada como uma premissa para as vendas. VOCÊ SABIA? Quadro 2 - Exemplo de projeção das vendas com base em premissas orçamentárias definidas pela alta administração no plano estratégico. Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. Com base nas informações quantitativas do quadro apresentado, considerando o volume de vendas e o preço praticado, a receita total calculada seria de $ 3.800.000,00 (obtida por meio da multiplicação de 100.000 por $ 38,00). Levando-se em conta as condições de cobrança, a receita de $ 3.800.000,00 seria recebida da seguinte forma: $ 1.140.000,00 à vista (30% de $ 3.800.000,00); $ 1.520.000,00 a prazo com 30 dias (40% de $ 3.800.000,00); e $ 1.140.000,00 a prazo com 60 (30% de $ 3.800.000,00). Como visto, as projeções das vendas necessitam de embasamento rigoroso, dada a importância nocontexto orçamentário. Fundamentação para a elaboração das projeções é essencial, sendo as premissas de vendas o principal elemento para as estimativas. Cabe ao elaborador do orçamento de vendas ser austero quanto aos elementos base, promovendo a participação de todos os envolvidos no processo de projeção das vendas. Embora todo o processo de projeções das vendas enfatize variáveis quantitativas, a variável con�ança é muito importante na concepção das estimativas das receitas com produtos e serviços. Questões como qualidade, preocupação com o cliente e transparência fazem a maior diferença. Não adianta seguir um histórico de vendas contaminado com ações que não �delizam os clientes. Isso só criará um risco na realização das estimativas das vendas. Na elaboração das projeções das vendas, deve-se compreender por �m que a atividade empresarial, seja comércio, indústria ou serviços, enseja situações diferentes para o tratamento das estimativas. Outro ponto a ser levado em conta é o porte da empresa, quanto maior ela for, mais exigências haverá na elaboração das estimativas. Por outro lado, não pense que uma pequena empresa não apresentará di�culdades na elaboração das estimativas, haja vista a necessidade de pro�ssionais capacitados e de recursos su�cientes para arcar com esta mão de obra especializada. Independentemente disso, cabe ao gestor compreender a importância desse processo para o desempenho empresarial. O orçamento operacional de produção pode ser elaborado a partir do orçamento de vendas. Aliás, ele é recomendado assim que seja conduzido o processo orçamentário. As estimativas das vendas facilitarão as projeções da produção, pois funcionam como norteadoras para a quantidade a ser produzida. Jiambalvo (2013, p. 148) acrescenta que ao se “decidir o montante a ser produzido, os gerentes devem considerar a quantidade que desejam vender, a quantidade existente no estoque inicial e a quantidade que desejam que exista no estoque �nal”. Nota-se dessa forma que, além das vendas, deve-se proceder com estimativas dos itens físicos permanecentes no início e no �m do período. 2.2 Orçamento operacional de produção A análise SWOT (ou FOFA, em português) auxilia a empresa a elaborar o plano estratégico e consequentemente a elaboração do orçamento. Tratada como um método tradicional, analisa os ambientes interno e externo das organizações, seguindo por re�exões sobre pontos fortes e fracos e oportunidades e ameaças. VOCÊ SABIA? Desse modo, enseja que o elaborador do orçamento esteja atento ao seguinte processo para a elaboração do orçamento de produção: 1º passo → Plano estratégico (de�nição das premissas) 2º passo → Orçamento de vendas (base para) 3º passo → Orçamento operacional de produção (orçamento de mão de obra; orçamento de matéria-prima; e orçamento dos custos indiretos de fabricação) Você deve ter notado que o orçamento operacional de produção é uma continuação do plano orçamentário, que teve seu início no plano estratégico, fornecendo as bases e as premissas para o orçamento de vendas e, consequentemente, o orçamento da produção. Ressalta-se ainda que o orçamento de produção terá três subdivisões: (a) mão de obra direta – MOD; (b) matéria-prima – MP; e (c) custos indiretos de fabricação – CIFs. Em termos gerais, os gastos com mão de obra e matéria-prima utilizados para fabricar o produto ou elaborá-lo, ou, ainda, utilizados na prestação de serviços, são considerados como custos diretos. Essa de�nição é muito importante porque a classi�cação dos gastos favorece um plano orçamentário mais rico em informações e mais adequado ao benefício gerencial. Como você já sabe, qualquer produto ou serviço terá de consumir mão de obra ou material para �ns de sua realização. Esses dois elementos são, por sua vez, essenciais em um plano de produção ou para o orçamento operacional de produção. A MOD e a MP, componentes do orçamento de produção, são calculados a partir da quantidade prevista de vendas. Considerando que a projeção das vendas de um determinado produto foi de 100.000 unidades, como calcular a mão de obra e a matéria-prima? Antes, você deve de�nir as quantidades de estoque inicial e �nal como discutido, que serão unidades acrescentadas ao quantitativo a ser produzido. De�niu-se, a título de exemplo, que o estoque inicial será de 15.000 unidades, e o estoque �nal de 20.000. Após isso, os cálculos dos custos com a MOD serão iniciados. Para tanto, você deve estabelecer a quantidade de horas necessárias para a produção de cada unidade e o custo da MOD por hora. Suponha que para cada unidade seja necessária a aplicação de uma hora, e o custo da hora seja de $ 15. Admita que os cálculos da MOD foram realizados, então parta para os cálculos da MP. Desse modo, para a produção de cada unidade, de�niu-se um custo de $ 8 de MP. O quadro a seguir apresenta um resumo dos cálculos para a MOD e a MP nessas condições: 2.2.1 Orçamento de MOD e Matéria-Prima Quadro 3 - Cálculos da mão de obra e da matéria-prima de um orçamento operacional de produção Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. Note que a partir das vendas, acrescentadas as previsões de estoques inicial e �nal, apurou-se a quantidade a ser produzida, de 105.000 unidades. Com base nisso, calculou-se o custo com a MOD, conhecendo primeiramente o custo unitário da mão de obra, multiplicando-se o valor de MOD por hora pela quantidade de horas necessárias para cada unidade. Com o valor da MOD para cada unidade calculado, multiplicou-se pela quantidade a ser produzida apurando-se o custo total com a MOD. Para a MP, bastou que fosse multiplicado o custo de matéria-prima por unidade pela quantidade produzida, encontrando- se o custo total de MP. E quanto a outras atividades empresariais com prestadoras de serviços? Elas podem apresentar situações bem diferentes e, por isso, necessitarão de aplicação especial nos cálculos da MOD e da MP (se houver). Em atividades hospitalares, por exemplo, a prestação de serviços é composta pelo serviço médico e pelos materiais médicos utilizados para o atendimento. Em atividades escolares, a prestação de serviços educacionais incluirá a mão de obra do professor, bem como os materiais didáticos úteis para que se ministrem as aulas. Desse modo, para cada situação, um olhar atento acerca da atividade em questão é de extrema importância. 2.2.2 Orçamento dos CIFs Os CIFs representam os gastos com materiais e mão de obra, além dos gastos que não são utilizados para elaborar os produtos ou prestar os serviços, mas servem de apoio à produção. Como exemplos, podem ser citados: aluguel de um fábrica, manutenção de máquinas e equipamentos, limpeza da área fabril, mão de obra de supervisores ou gerentes e até mesmo diretores, materiais de consumo diversos, energia elétrica, água, gastos com telefone e tantos outros utilizados na área da fábrica. Lembre-se de que salários de empregados que atuem na área fabril são considerados como mão de obra indireta (ou MOI). Estes gastos podem ser orçados conforme se apresenta na tabela a seguir: Tabela 1 - Cálculos dos custos indiretos de fabricação pertencentes a um orçamento operacional de produção. Fonte: Elaborada pelo autor, 2018. É possível veri�car que a partir dos valores unitários (por unidade a ser produzida), obtêm-se os custos com cada tipo de CIF, conforme apresentado no quadro. Os materiais indiretos foram obtidos mediante a multiplicação da quantidade de 105.000 unidades a serem produzidas pelo valor unitário de $ 0,38. A MOI, por sua vez, foi obtida pela multiplicação de $ 0,22 pela quantidade a ser produzida, de 105.000. Por último, os gastos unitários com aluguel e outros, de $ 0,70 foram multiplicados pelas 105.000 unidades a serem produzidas. Os valores unitários podem ser obtidos com base em séries históricas já realizadas ou com base em informações fornecidas por consultores ou entidades de apoio ao ramo empresarial. Pode-se assim, estabelecer valores unitários como padrão dos orçamentos, ou seja, como uma referência. Desse modo, o orçamento de produção iráapresentar as necessidades de recursos com a MOD, a MP e os CIFs. Por que é importante que se tenha extremo cuidado neste momento do orçamento? Considerando a relação da produção com as vendas, é necessário que o controle dos custos seja muito bem realizado, pois qualquer equívoco do elaborador poderá acarretar em não realização das vendas. Um orçamento de produção bem elaborado favorece a utilização dos recursos da empresa, o que, por sua vez, garante que as vendas sejam realizadas. É muito importante que o gestor tenha em mente que o controle dos gastos na produção também é fundamental para a gestão empresarial, considerando que os orçamentos de venda e de produção se relacionam com interdependência. Os gastos �xos são aqueles que não se alteram em função das vendas ou da produção. Por exemplo, um valor de aluguel, de�nido em contrato em $ 10.000,00 mensais, sempre ocorrerá independentemente de a empresa vender ou produzir. Os salários dos funcionários têm a mesma característica, ou seja, não sofrem alteração pelas vendas ou produção. Tantos outros gastos podem ser classi�cados como �xos desde que não se alterem por variações nas receitas ou na produção, sendo: energia elétrica, água, telefone, gastos com materiais de escritório e outros. Os gastos �xos podem ser classi�cados ainda como custos ou como despesas. Qual a diferença entre eles? Os custos são gastos ligados à produção de bens ou à prestação de serviços. Já as despesas ocorrem sem nenhuma ligação com a produção, ou seja, são gastos realizados após a elaboração do produto ou a prestação de serviços. Veja a �gura a seguir: 2.3 Orçamento de gastos fixos e investimentos O vídeo A importância de cortar os custos certos (ANDRADE, 2014) ressalta o cuidado com o controle dos custos e a importância de se fazerem os cortes adequados dos custos nas empresas, além de mencionar como estes cortes podem afetar a administração. O vídeo pode ser acessado por meio do link: <https://www.youtube.com/watch? v=CtbTambo7VI (https://www.youtube.com/watch?v=CtbTambo7VI)>. Assista a ele e bons estudos! VOCÊ QUER VER? https://www.youtube.com/watch?v=CtbTambo7VI Figura 1 - Os gastos fixos não se alteram em função das vendas e/ou produção, pois não possuem relação direta. Fonte: Elaborada pelo autor, 2018. O grá�co da �gura mostra que os gastos �xos mensais, representados pelas barras, não seguem o padrão de comportamento das vendas. Em setembro de 2017, os gastos �xos aumentaram sutilmente em relação ao mês de agosto, por exemplo. Já as vendas/produção caíram. Desse modo, a�rma-se que os gastos �xos não se alterarão em virtude das vendas ou produção. As variações mensais dos gastos �xos ocorrerão sempre e preferencialmente em pequenas importâncias de valor, sempre não tendo nenhuma ligação com as receitas ou com a produção. E quanto aos investimentos, quais valores são considerados dessa forma? São investimentos os valores aplicados em máquinas e equipamentos, imóveis, participação em outras empresas, em estoques para revenda etc. Eles têm como principal característica a possibilidade do retorno. Espera-se que os gastos considerados como investimentos gerem benefícios futuros por um longo prazo. Lembre-se de que tanto os gastos �xos quanto os investimentos deverão ser orçados dentro do plano orçamentário geral da empresa e servirão como auxílio à tomada de decisão gerencial. As despesas são os gastos realizados após a fabricação dos produtos ou a prestação dos serviços. Podem ser classi�cadas como despesas administrativas, �nanceiras e ainda como comerciais. Além disso, destacam-se também os gastos tributários. Os tributos no sistema brasileiro podem incidir 2.3.1 Orçamento de despesas sobre o lucro, o faturamento, a propriedade de imóveis e de veículos, transferências de propriedade de bens imóveis e podem ser cobrados mediante serviços públicos por meio de taxas diversas. Os gastos classi�cados como despesas podem ser: salários de funcionários da área administrativa, despesas com comissão sobre as vendas, consumo de materiais de escritório e consumo de materiais de limpeza em áreas administrativas, serviços em geral prestados às áreas administrativas, juros pagos, multas pagas, taxas bancárias e outros. É importante tratar da classi�cação dos gastos como despesas variáveis e despesas �xas. As variáveis são aquelas relacionadas diretamente com as vendas, ou seja, uma variação das receitas obrigatoriamente irá alterar as despesas. Já as despesas �xas não sofrem alteração alguma em virtude da variação nas receitas. Como elemento orçamentário, o orçamento de despesas deverá ser projetado como os outros níveis de orçamento. A tabela a seguir apresenta dados acerca do orçamento de despesas. Considere os dados de 2015 a 2017 como despesas realizadas e o ano de 2018 como projeção. Tabela 2 - Projeção dos gastos administrativos, financeiros, comerciais e tributários com base em informações históricas. Fonte: Elaborada pelo autor, 2018. Os dados da tabela serão analisados a partir de agora. Algumas considerações devem ser levadas em conta no orçamento de despesas. A primeira delas é que os dados projetados para o próximo ano, no caso 2018, se basearam em valores dos últimos três anos. Nesse caso, pode-se se usar para cada gasto a ser projetado, o valor médio dos últimos três anos. Os dados podem ser dos últimos cinco anos, ou dos últimos dois anos, a critério do elaborador orçamentário. Entretanto, essa técnica com uso da média histórica dos gastos é somente um critério mais simples, mas nem sempre adequado. O mais indicado é a análise detalhada de cada gasto e a indicação de um critério individual. Pela observação dos gastos administrativos com salários apresentados no quadro, percebe-se que o crescimento anual se deu em torno de 10%, o que pode ser usado como crescimento da despesa em 2018. Esse crescimento pode ter sido causado ao longo dos anos por motivos de discussões com o sindicato dos empregados. Por outro lado, por meio de exigência da diretoria de �nanças, o valor de gastos com salários administrativos poderia ser reduzido. Alguns índices de in�ação podem ser utilizados com base na natureza dos gastos. Estes índices são divulgados por órgãos responsáveis pelos cálculos e divulgação. Dentre eles podem ser citados: IGPM calculado e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas, INPC e IPCA calculados e disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística. Dentre os níveis de orçamentos, o orçamento de despesas parece o mais simples de ser elaborado. Entretanto, requer certo cuidado, pois pode concentrar um valor alto de gastos �xos. Como o conceito destes gastos de�ne que estes não se alteram em virtude das vendas ou produção, existe uma preocupação necessária em relação à possibilidade de ocorrência de determinado período sem a realização das vendas, seja por qualquer motivo, pois esses gastos ocorrerão de qualquer forma. Desse modo, cabe ao planejador, no momento da elaboração do orçamento, checar o grau de possibilidade de ocorrência da receita que servirá para a cobertura das despesas. 2.3.2 Orçamento de investimentos (CAPEX) O Portal Brasil (PORTAL BRASIL, [s/d]) oferece consulta a diversos índices �nanceiros brasileiros. Ao acessar o link <http://www.portalbrasil.net/indices.htm (http://www.portalbrasil.net/indices.htm)>, você terá a oportunidade de consultar as informações dos principais indicadores �nanceiros, inclusive séries históricas dos índices dentre outras in�nidades de informações. VOCÊ QUER LER? http://www.portalbrasil.net/indices.htm O orçamento de investimentos “representa a projeção dos gastos para aquisição, modi�cação e substituição de equipamentos para melhoria ou reposição da capacidade produtiva e prestação de serviços da empresa” (SOUZA, 2014, p. 249). Por sua vez, o orçamento de investimentos pode ser chamado de orçamento de capital. Os investimentos são gastos realizados com vistas à geração de benefícios de longo prazo. É comum em muitas empresas a realização de investimentos em máquinas,equipamentos, veículos, participação acionária em outras corporações, imóveis e até mesmo em estoques. Os investimentos geram a expectativa de retorno, que, em geral, será obtido quando a taxa de retorno do investimento for superior ao custo de capital realizado ou observado pela captação ou disponibilidade dos recursos. Os bens de capital, como propriedades, fábricas e equipamentos, normalmente são adquiridos por uma empresa por meio de reservas em caixa, e estas aquisições precisam ser cercadas de cautela (JIAMBALVO, 2013). Outro ponto que merece destaque é o fato de que as aquisições de bens de capital devem se basear no plano estratégico da entidade, ou melhor dizendo, nos objetivos estratégicos de longo prazo. Mas você sabe por quê? Porque isso, além de favorecer a consonância com o planejamento de longo prazo da empresa, evita que ativos desnecessários ou que venham a ser inúteis para os objetivos traçados pela organização sejam adquiridos. Algumas etapas podem ser sugeridas para a elaboração do orçamento de investimentos e a consequente aquisição de bens de capital. Veja a seguir. 1º passo → Planejamento estratégico / Premissas / Objetivos de longo prazo 2º passo → Orçamento de investimentos / Bens de capital 3º passo → Captação de recursos / Financiamento próprio / Financiamento de terceiros 4º passo → Aquisições de bens de capital / Ativos úteis para o cumprimento dos objetivos de longo prazo Como você pode ver, os objetivos de longo prazo são traçados no plano estratégico, sendo que o orçamento de investimentos se baseará nesses objetivos. O próximo passo é a análise da captação de recursos, com duas fontes: capital próprio e capital de terceiros. De�nidas as fontes de recursos, a etapa da aquisição dos bens de capital poderá ser realizada, pois neste momento tem-se segurança em relação à compra de ativos que servirão para o cumprimento dos objetivos de longo prazo. En�m, considerando que o orçamento de investimento auxilia o plano estratégico no cumprimento dos objetivos de longo prazo, cabe destacar que este tipo de plano orçamentário é realizado para períodos de 3, 5 ou 10 anos. Quando a fonte de �nanciamento é de terceiros, é comum que o plano obedeça ao tempo previsto para o cumprimento da obrigação. Em termos gerais, a função do orçamento na administração pública é a mesma admitida na área privada. Crepaldi e Crepaldi (2013, p. 18) de�nem que o “orçamento público é o instrumento por meio do qual o governo estima as receitas que irá arrecadar e �xa os gastos que espera realizar durante o ano”. Embora seja voltado para a área pública, o orçamento na administração pública gera os mesmos benefícios que na área privada, pois favorece o acompanhamento das ações, coordenando e direcionando as atividades na esfera do governo estatal. Aliás, é importante ressaltar que o “processo orçamentário tem origem na administração pública e está ligado à arrecadação dos governos e ao controle dos gastos públicos” (SOUZA, 2014, p. 237). Desse modo, assim como na área privada, espera-se da área pública o mesmo sentimento acerca do processo orçamentário, ou seja, o engajamento de todos os envolvidos. O termo “princípio” pode ser relacionado ao “início” ou à “origem” de alguma coisa e, portanto, quando aplicado ao contexto orçamentário, no caso da área pública, estabelece um padrão de condutas para os agentes envolvidos no processo orçamentário. O “processo orçamentário é materializado mediante um instrumento gerencial de construção coletiva e multidisciplinar, envolvendo diferentes áreas da empresa” (SOUZA, 2014, p. 238). O quadro a seguir apresenta um resumo dos princípios destacados na literatura da área: 2.4 Orçamento na administração pública 2.4.1 Princípios do orçamento público Quadro 4 - Princípios do Orçamento Público destacados pela Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB – Constituição da República Federativa do Brasil; LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal). Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em CREPALDI; CREPALDI, 2013. Os princípios destacados servem como norteamento para os agentes públicos envolvidos no processo orçamentário enquanto as ações destes agentes �cam moldadas ao �el cumprimento das normas e leis relacionadas ao orçamento público. Matias-Pereira (2017, p. 307) destaca que os princípios orçamentários que são aplicados aos poderes e entes federativos visam “estabelecer regras básicas, a �m de conferir racionalidade, e�ciência e transparência aos processos de elaboração, execução e controle do orçamento público”. De acordo com Crepaldi e Crepaldi (2013, p. 42) “os princípios orçamentários funcionam como o núcleo sobre o qual se sustentam as condições aceitas como verdadeiras para o objeto da ciência em estudo”. Entende-se, portanto, que a aplicação destes princípios, sobretudo na esfera pública, se faz relevante porque norteia as condutas dos envolvidos no processo de elaboração, controle e execução do plano orçamentário público. Como qualquer outra aplicação gerencial, o orçamento público segue um rito de elaboração que garante e�ciência e e�cácia ao processo orçamentário. O modelo orçamentário brasileiro tem a seguinte estrutura: A seguir, apresentam-se, de acordo com Crepaldi e Crepaldi (2013, p. 50), as etapas do processo de elaboração orçamentária no contexto do orçamento público: 2.4.2 Etapas do orçamento público Plano Plurianual (PPA); Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO); Lei Orçamentária Anual (LOA). A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, por meio da Seção IX, trata os aspectos da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária da União e das entidades da administração direta e indireta (BRASIL, 1988). Por meio do link <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilad o.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado .htm)>, você terá acesso ao texto completo. Bons estudos! VOCÊ QUER LER? http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm Etapa preliminar • Fixação das diretrizes • Projeções e prognósticos Etapa inicial • Preparo das normas e instruções • Encaminhamento às unidades operacionais • Estimativa da receita já estimada na LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias, mas podem ser revistos os parâmetros da projeção • Estudos das despesas de pessoal e encargos, dos limites de despesas de custeio e investimentos por órgão, e custeio das atividades administrativas Etapa intermediária • Indicação, pelas unidades operacionais, dos programas de trabalho a serem desenvolvidos • Consolidação das propostas parciais do orçamento Etapa final • Consolidação das propostas setoriais • Formulação da proposta geral de orçamento • Aprovação geral pelo chefe do Executivo • Encaminhamento ao Legislativo Observando as etapas do processo de elaboração orçamentária pública apresentadas, percebe-se que o processo orçamentário vai desde a concepção das diretrizes governamentais até a etapa �nal, em que serão realizadas a consolidação, a formulação, a aprovação e o devido encaminhamento ao Poder Legislativo. Por outro lado, Matias-Pereira (2017, p. 301) descreve o processo orçamentário como um ciclo, como pode ser visualizado na �gura a seguir: Figura 2 - Processo orçamentário ou ciclo orçamentário: etapas de caráter contínuo e simultâneo para o orçamento público. Fonte: MATIAS-PEREIRA, 2017. Nesse caso, como visto na �gura, o processo orçamentário na esfera pública seguirá quatro etapas, sendo considerado um ciclo orçamentário, da concepção orçamentária até a sua etapa �nal. A queixa do Sr. Gildo Nunes procede, tendo em vista que o processo de elaboração orçamentária deve levar em conta as premissas estratégicas de�nidas no plano estratégico. Essas premissas devem ser apresentadas, antes mesmo da elaboração, a todos os envolvidos no processo orçamentário. Os objetivos de longo prazo serão traçados e deverá ser realizada a comunicação geral, o que não aconteceu. Deve haver o engajamento de todos os envolvidos,que devem estar presentes na etapa da elaboração orçamentária. Isso �cou prejudicado pela forma apresentada no caso. Por falar nisso, outro motivo de queixa do Sr. Nunes foi a ausência de sua participação na elaboração do orçamento. A maior preocupação em relação à condução desse processo orçamentário é a falta de engajamento dos líderes por ine�ciência de comunicação estratégica, que pode gerar a de�ciência no acompanhamento orçamentário e a consequente falta de medição do desempenho. Desse modo, o processo orçamentário não foi conduzido adequadamente, sendo realizados A Companhia Tudor Max S.A. está “a todo vapor” com sua elaboração do orçamento para o próximo ano. O Sr. Gildo Nunes é recém-chegado na empresa e está bastante motivado com o momento. Ele já participou de outros processos orçamentários e possui em seu currículo vários treinamentos sobre orçamento. O Sr. Nunes foi informado sobre o processo de elaboração do orçamento por meio de seus colegas de trabalho quando se encontraram em um corredor da área administrativa da empresa. Passados os dias, o Sr. Nunes percebeu que o orçamento da Tudor Max já estava quase pronto e que seria apresentado em breve. Marcaram logo depois uma reunião para a apresentação do orçamento e chamaram todos os líderes da companhia, inclusive o Sr. Nunes. A área de planejamento da empresa, responsável pelo processo orçamentário, começou com os números, apresentando todas as receitas e os gastos. Após a apresentação do orçamento para o próximo ano, o Sr. Nunes pediu a palavra e mostrou-se confuso e estarrecido com o processo orçamentário que gerou aqueles números. O que teria deixado o Sr. Gildo Nunes desse jeito? O processo orçamentário foi conduzido corretamente pela empresa? O que houve? Indique a solução desse caso. ESTUDO DE CASO apenas os cálculos da receita e dos gastos e apresentados aos demais funcionários, sem elaboração dos níveis orçamentários de vendas, produção, gastos �xos e de investimentos. Você certamente já percebeu que são evidentes os benefícios gerados pela utilização do orçamento empresarial. Sua utilidade gerencial permite a organização das atividades e a comunicação da estratégia empresarial aos envolvidos no processo orçamentário. Trata-se de uma ferramenta de uso geral, ou seja, utilizada tanto na esfera pública quanto na área privada, sendo de grande utilidade também para as �nanças empresariais. Saber como funcionam as etapas de elaboração do orçamento favorece o uso adequado da ferramenta e aumenta os benefícios a serem obtidos por meio deste artefato gerencial. Você teve a oportunidade de conhecer os elementos necessários para a elaboração de um orçamento empresarial. Isso permitirá a re�exão sobre a importância da adoção de métodos de elaboração dessa ferramenta gerencial tão útil nas áreas pública e privada. A adequada elaboração e realização do processo orçamentário permite aos usuários um maior benefício acerca dos CONCLUSÃO Ele é professor titular da Harvard Business School. É autoridade em estratégia competitiva de regiões, cidades e até países, in�uenciando governos, empresas e líderes em todo o mundo. Doutor em economia empresarial pela Harvard University, recebeu vários prêmios em diversos países, dentre eles o Prêmio Adam Smith, da National Association of Business Economists (INSTITUTE FOR STRATEGY & COMPETITIVENESS, [s/d]). Você já teve acesso aos livros e artigos de Michael E. Porter? Saiba mais em: <https://www.isc.hbs.edu/about-michael- porter/biography/Pages/default.aspx (https://www.isc.hbs.edu/about- michael-porter/biography/Pages/default.aspx)>. VOCÊ O CONHECE? https://www.isc.hbs.edu/about-michael-porter/biography/Pages/default.aspx resultados do orçamento. Os orçamentos, ao serem elaborados, não podem abandonar as boas técnicas de elaboração e, portanto, devem considerar todos os elementos aqui discutidos. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: re�etir sobre a importância da metodologia a ser aplicada na elaboração dos orçamentos; conhecer os elementos da elaboração do orçamento empresarial; identi�car as premissas dos orçamentos de vendas, produção, gastos �xos e de investimentos; assimilar e identi�car os princípios do orçamento público na administração pública, compreender quais as etapas para sua elaboração e o ciclo orçamentário no âmbito público. Clique para baixar conteúdo deste tema. ANDRADE, M. A importância de cortar os custos certos. Canal ContaAzul, YouTube, publicado em 17 de julho de 2014. Disponível em: < (https://www.youtube.com/watch? Referências https://www.youtube.com/watch?v=CtbTambo7VI v=CtbTambo7VI)https://www.youtube.com/watch?v=CtbTambo7VI (https://www.youtube.com/watch?v=CtbTambo7VI)>. Acesso em: 05/03/2018. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Grá�co, 1988. 292p. Disponível em: < (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilad o.htm)http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocom pilado.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilad o.htm)>. Acesso em: 26/02/2018. COELHO, M. R. P.; DE PAULA, S. I. C. O dilema custos versus diferenciação: um estudo de caso na Companhia Siderúrgica Nacional. XXVIII EnANPAD. Anais Eletrônicos. Curitiba: ANPAD, Cd-Rom, 2004. Disponível em: < (http://www.anpad.org.br/admin/pdf/enanpad2004-eso- 2513.pdf)http://www.anpad.org.br/admin/pdf/enanpad2004-eso- 2513.pdf (http://www.anpad.org.br/admin/pdf/enanpad2004-eso- 2513.pdf)>. Acesso em: 14/02/2018. CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Orçamento público: planejamento, elaboração e controle. São Paulo: Saraiva, 2013. 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