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introdução à engenharia (unidade 2): A PRÁTICA da engenharia Tutor: Romário Guimarães Verçosa de Araújo Engenheiro Agrônomo, Mestre em Proteção de Plantas, Doutorando em Produção Vegetal (82) - 98118-3252 romariorgva@hotmail.com Tópico 1 - Competências e Atribuições Profissionais do Engenheiro Um bom profissional de engenharia deve ter conhecimento de todas suas capacidades na hora de projetar e executar suas tarefas. Para que isso ocorra inicialmente é necessária uma adequada formação e titulação através dos acessos a escolas de engenharias. Tópico 1 - Competências e Atribuições Profissionais do Engenheiro O engenheiro deve estar antenado que sua função fundamental é a de resolver os problemas que aparecem a sua frente, deve ter um bom domínio sobre as leis fundamentais de física, química e matemática e aplicar esses princípios para projetar, desenvolver, testar e supervisionar a manufatura de vários produtos e serviços. Tópico 1 - Competências e Atribuições Profissionais do Engenheiro Histórico da Regulamentação dos Profissionais de Engenharia: No Brasil, o início do pensamento para uma regulamentação dos profissionais de engenharia ocorreu com a vinda da família real portuguesa, em 1808, através da criação de órgãos de formação profissional. No entanto, os requisitos para engenheiros civis, geógrafos e agrimensores somente foram fixados no ano de 1880 através do Decreto Imperial número 3.001 (BRASIL, 1880). Tópico 1 - Competências e Atribuições Profissionais do Engenheiro Histórico da Regulamentação dos Profissionais de Engenharia: Somente em 1891, de acordo com a nova constituição, os Estados foram responsáveis pela criação de faculdades de ensino e de controle das profissões técnicas dentro dos seus territórios. Sob o comando do presidente Getúlio Vargas, em 1933 foram realizados o Decreto nº 23.196 (BRASIL, 1933b) que regulamenta a profissão agronômica e o Decreto número 23.569 (BRASIL, 1933a) que regulamenta especificamente três profissões: engenheiros, arquitetos e agrimensores. Tópico 1 - Competências e Atribuições Profissionais do Engenheiro Histórico da Regulamentação dos Profissionais de Engenharia: O avanço das tecnologias resultou em novos campos de atuação profissional, fazendo necessária a realização de novas regulamentações para o exercício de engenheiros, arquitetos e agrônomos, através da elaboração da Lei Federal nº 5.194/66 (BRASIL, 1966a). Conforme a Portaria do Inep nº 146 (INEP, 2008) sobre as diretrizes das engenharias e como meio de classificação das diversas atribuições de engenheiros são divididas as áreas de engenharia nos seguintes grupos: Tópico 1 - Competências e Atribuições Profissionais do Engenheiro Competência do Engenheiro: As competências do engenheiro podem ser divididas em oito níveis: formular e conceber soluções de Engenharia, analisar e compreender os fenômenos físicos e químicos, conceber, projetar e analisar sistemas e produtos, implantar e supervisionar soluções de Engenharia, comunicar de maneira eficaz, trabalhar e liderar equipes, conhecer e aplicar com ética a legislação e aprender de forma autônoma se atualizando com relação a avanços da ciência e tecnologia. Tópico 1 - Competências e Atribuições Profissionais do Engenheiro Atribuição Profissional: Com relação aos aspectos legais do engenheiro, são exigidos alguns requisitos básicos para a sua prática, através de uma regulamentação profissional. O diploma é o primeiro passo para atuar na profissão, no entanto, há dispositivos legais que devem ser atendidos para uma habilitação legal e cabe ao profissional providenciá-los. Para isso são necessários os seguintes procedimentos: Com a obtenção do título (graduação) é necessário registro nos orgãos credenciados. O órgão responsável pela fiscalização do exercício da profissão de engenheiro é o CONFEA e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA. Tópico 1 - Competências e Atribuições Profissionais do Engenheiro Responsabilidade dos CREAs: As responsabilidades provenientes do CONFEA, no desempenho de seu papel institucional, é quem exerce, principalmente, ações regulamentadoras. Baixando resoluções, decisões normativas e decisões plenárias para o cumprimento da legislação referente ao exercício e à fiscalização das profissões. O CREA fiscaliza o exercício ilegal da profissão, ou seja, ele fiscaliza o profissional e não o seu serviço. Em outras palavras, se um fiscal do Crea chegar, por exemplo, em uma obra e ver que o prédio vai cair, ele simplesmente não pode autuar o profissional responsável por aquele serviço, pois o seu papel não é este. Tópico 1 - Competências e Atribuições Profissionais do Engenheiro Responsabilidade dos CREAs: Cabe ao CREA registrar, cadastrar e atualizar os dados sobre os profissionais, bem como orientá-los sobre o exercício de suas profissões, regular os limites de atuação profissional, ou seja, garantir que cada profissional exerça somente aquilo que possui atribuição para exercer, e também, divulgar e discutir temas como ética profissional, áreas de atuação e exercício legal da profissão. Tópico 1 - Competências e Atribuições Profissionais do Engenheiro Responsabilidade Legal: Drespeito ao direito civil e ao direito penal e pode resultar de várias áreas do direito, como contratos, tipos, impostos ou multas concedidas por agências governamentais. A Lei Complementar nº 128 (BRASIL, 2008) possibilitou a formalização de milhares de trabalhadores autônomos também no âmbito de engenharia. Abrindo porta para a contratação de microempreendedores individuais (MEIs). Com o registro de MEI, o trabalhador passará a ter CNPJ e poderá abrir conta bancária, emitir notas fiscais, realizar financiamentos e firmar contratos com órgãos públicos. Tópico 1 - Competências e Atribuições Profissionais do Engenheiro Responsabilidade Civil: Diz respeito a obrigação e reparar o dano que uma pessoa causa a outra. Em direito, a teoria da responsabilidade civil procura determinar em que condições uma pessoa pode ser considerada responsável pelo dano sofrido por outra pessoa e em que medida está obrigada a repará-lo. Para os engenheiros as responsabilidades civis são: Decorrentes da obrigação de reparar e/ou indenizar por eventuais danos causados; O profissional que, no exercício de sua atividade, lesa alguém tem a obrigação legal de cobrir os prejuízos. Tópico 1 - Competências e Atribuições Profissionais do Engenheiro Responsabilidade pela Segurança: A responsabilidade pela segurança é o conjunto de medidas que versam sobre condições específicas de instalações do estabelecimento e de suas máquinas visando à garantia do trabalhador contra riscos ambientais e de saúde. Consiste na responsabilidade de saber e agir da maneira correta para evitar danos aos trabalhadores e ambientais. Todo engenheiro habilitado e responsável técnico direto responde pela solidez e segurança da obra (projetos, serviços etc.) durante cinco anos. Havendo problemas apresentados de solidez e segurança, através de perícias, e ficar constatado erro do profissional, este será responsabilizado, independente do prazo transcorrido, conforme jurisprudência existente. Tópico 1 - Competências e Atribuições Profissionais do Engenheiro Responsabilidade Ética na Engenharia: Ética é o estudo referente às condutas ideais e reais que os humanos estão suscetíveis a praticar, desde o ponto de vista benigno ou maligno envolvidos em sua sociedade. A ética é aquela coisa que todo mundo sabe o que é, mas que não é fácil de explicar quando alguém pergunta (VALLS, 1993). Diferencia-se da moral, porque ela se fundamenta na obediência a normas, tabus, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos recebidos. A ética, ao contrário, busca fundamentar o bom modo de viver pelo pensamento humano. Tópico 1 - Competências e Atribuições Profissionais do Engenheiro Responsabilidade Ética na Engenharia: Conforme a Sociedade Nacional de Engenheiros Profissionais – NSPE (National Society of Professional Engineers) (NSPE,2019), a engenharia é uma profissão importante e erudita. Os membros desta profissão devem exibir o mais alto padrão de honestidade e integridade uma vez que a engenharia tem uma função de impacto direto na qualidade de vida das pessoas. Os serviços prestados por engenheiros exigem honestidade, imparcialidade, justiça e equidade e devem ser dedicados à proteção da saúde pública, segurança e bem-estar. Tópico 1 - Competências e Atribuições Profissionais do Engenheiro Responsabilidade Ética na Engenharia: Em nível do CONFEA/CREA, a falta de ética está prevista na legislação e no Código de Ética Profissional, estabelecido na Resolução nº 1.002 (CONFEA, 2002). Uma infração à ética coloca o profissional sob julgamento, sujeitando-o a penalidades. Recomenda-se a todo profissional da área tecnológica a observância rigorosa às determinações do Código de Ética. Tópico 1 - Competências e Atribuições Profissionais do Engenheiro Responsabilidade Ética na Engenharia: CEm nível do CONFEA/CREA, a falta de ética está prevista na legislação e no Código de Ética Profissional, estabelecido na Resolução nº 1.002 (CONFEA, 2002). Uma infração à ética coloca o profissional sob julgamento, sujeitando-o a penalidades. Recomenda-se a todo profissional da área tecnológica a observância rigorosa às determinações do Código de Ética. Tópico 1 - Competências e Atribuições Profissionais do Engenheiro - Resumo Tópico 2 - Associações e Conselhos de Engenharias Histórico do Conselho: A primeira profissão a ser regulamentada foi a de engenheiro agrônomo, por meio do Decreto nº 23.196 (BRASIL, 1933b), no entanto, naquela época os profissionais eram desprovidos de órgãos fiscalizadores, sendo esta função exercida pelo Ministério da Agricultura. Com apoio de diversas associações e clubes de engenharia, o Sindicato Nacional de Engenheiros e o Instituto de Engenharia de São Paulo promulgaram o Decreto nº 23.569. Essa norma passou a regular o exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor. Este decreto criou o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura, CONFEA e CREAs respectivamente. Tópico 2 - Associações e Conselhos de Engenharias Histórico do Conselho: Quando o CONFEA foi instalado, verificou-se que os recursos provenientes das taxas concedidas por lei eram insuficientes para o exercício das competências legais e os trabalhos de fiscalização do exercício profissional. Devido isso, foi assinado o Decreto-Lei nº 3.995, (BRASIL, 1941), que estabeleceu a obrigação do pagamento de anuidade pelos profissionais habilitados aos Conselhos Regionais. Atualmente, a anuidade para profissionais de nível superior é de R$ 577,11 e de técnico de nível médio é de R$ 288,55 (CONFEA, 2021) Tópico 2 - Associações e Conselhos de Engenharias Histórico do Conselho: Também se pode destacar na história do Sistema CONFEA/CREA a promulgação da Lei nº 6.496 (BRASIL, 1977), que instituiu a obrigatoriedade de que os profissionais da engenharia e agronomia, e naquela época também da arquitetura, que efetuassem junto ao CREA a Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, documento formal de fé pública que indica à sociedade os responsáveis pelos produtos e serviços de engenharia e agronomia. Tópico 2 - Associações e Conselhos de Engenharias Histórico do Conselho: A mesma Lei autorizou a criação de uma Mútua de Assistência dos Profissionais registrados nos CREAs, com o objetivo de oferecer a seus associados planos de benefícios sociais, previdenciários e assistenciais, de acordo com sua disponibilidade financeira (CONFEA, 2021). A partir de 1992, cada unidade da federação passou a ter seu próprio Conselho Regional. Antes disso, os CREAs respondiam por regiões que podiam contemplar mais de um estado. Tópico 2 - Associações e Conselhos de Engenharias Histórico do Conselho: Atualmente, o Conselho Regional apresenta suporte nos 27 estados do país, estes conselhos são denominados pela sigla CREA seguido do estado referente, como exemplo: CREA-SC, CREA-SP, CREA-RJ e assim por diante. A organização Federal precisa promover, ao menos uma vez por ano, reuniões de representantes dos Conselhos Regionais e Federal do sistema CREA/CONFEA. Para acessar o site do seu CREA regional acesse: confea.org.br/sistema-profissional/creas. Tópico 2 - Associações e Conselhos de Engenharias Histórico do Conselho: Por fim, a Lei nº 12.378 (BRASIL, 2010), sancionada durante mandato do então presidente Lula, regulamentou o exercício da Arquitetura e Urbanismo, bem como criou o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR e os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal – CAUs, de forma que esta profissão deixou de pertencer ao Sistema CONFEA/CREA desde então, sendo separada deste conselho. Tópico 2 - Associações e Conselhos de Engenharias Histórico do Conselho: O mesmo está ocorrendo com os técnicos industriais e agrícolas, em virtude da Lei nº 13.639 (BRASIL, 2018), de 26 de março de 2018, que criou o Conselho Federal dos Técnicos Industriais, o Conselho Federal dos Técnicos Agrícolas, os Conselhos Regionais dos Técnicos Industriais e os Conselhos Regionais dos Técnicos Agrícolas. Tópico 2 - Associações e Conselhos de Engenharias Conselho Regional de Engenharia e Agronomia: O CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, é uma autarquia federal de fiscalização do exercício das profissões de engenheiros, agrônomos, geólogos, geógrafos, meteorologistas, tecnólogos e técnicos de segundo grau das modalidades mencionadas, dotada de personalidade jurídica de direito público, e jurisdição em todo o Estado defendendo a sociedade no que diz respeito à qualidade, ética e, principalmente, coibindo a prática do exercício ilegal dessas profissões (CONFEA, 2021). Tópico 2 - Associações e Conselhos de Engenharias Conselho Regional de Engenharia e Agronomia: O CREA exerce o papel institucional de primeira e segunda instância, orienta e fiscaliza o exercício profissional, verificando e valorizando o exercício legal e ético das profissões do Sistema CONFEA/CREA. O CREA tem abrangências regionais, cada estado da federação tem seus estatutos específicos. E é a partir do registro profissional no CREA que o “Bacharel em Engenharia” recebe a concessão do título de “Engenheiro”. Portanto, para ser um profissional engenheiro e poder exercer legalmente a sua profissão, você deve, por obrigatoriedade, ser registrado no Conselho Profissional. Tópico 2 - Associações e Conselhos de Engenharias Conselho Regional de Engenharia e Agronomia: E cabe ao CREA registrar, cadastrar e atualizar os dados sobre os profissionais, bem como orientá-los sobre o exercício de suas profissões, regular os limites de atuação profissional, ou seja, garantir que cada profissional exerça somente aquilo que possui atribuição para exercer, e também, divulgar e discutir temas como ética profissional, áreas de atuação e exercício legal da profissão. Na Figura 5 é apresentada uma representação da habilitação de engenheiro emitida pelo CONFEA/CREA. Tópico 2 - Associações e Conselhos de Engenharias Conselho Regional de Engenharia e Agronomia: O profissional punido por falta de registro não pode obter a carteira profissional, sem antes efetuar o pagamento das multas em que houver incorrido. Para solicitar o registro definitivo da carteira do CREA são necessários os seguintes documentos: Requerimento Profissional preenchido e assinado; diploma autenticado; histórico; RG; CPF; título de eleitor; comprovante de residência; comprovante de votação; reservista; tipagem sanguínea (opcional); PIS (opcional); e formulário interno de coleta de dados. Tópico 2 - Associações e Conselhos de Engenharias Estrutura Básica do CREA: A estrutura básica do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) é responsável pela criação de condições para o desempenho integrado e sistemático das finalidades do conselho. A estrutura é composta por órgãos de caráter decisório ou executivo, compreendendo: plenário, câmaras especializadas,presidência, diretoria. A estrutura de suporte é responsável pelo apoio aos órgãos da estrutura básica:comissões permanentes, comissões especiais, grupos de trabalho e órgãos consultivos. Tópico 2 - Associações e Conselhos de Engenharias Estrutura Básica do CREA: A estrutura auxiliar é responsável pelos serviços administrativos, financeiros, jurídicos e técnicos, tem por finalidade prover apoio para o funcionamento da Estrutura Básica e da Estrutura de Suporte, para a fiscalização do exercício profissional e para a gestão do Conselho Regional. A Estrutura Auxiliar é coordenada, orientada e supervisionada pelas Secretarias e pelo Gabinete da Presidência, e seus serviços são executados pelas Superintendências, responsáveis pela gestão das respectivas áreas de atuação. Tópico 2 - Associações e Conselhos de Engenharias - Resumo Tópico 3 - Normas Técnicas para Engenharia As normas técnicas para utilização na engenharia são inúmeras e estão presentes para regulamentar padrões que vão estabelecer segurança em um determinado projeto. Geralmente, essas normas são formuladas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A ABNT foi fundada em 1940, com a missão de prover a sociedade brasileira de conhecimento sistematizado, por meio de documentos normativos, que permita a produção, a comercialização e o uso de bens e serviços de forma competitiva e sustentável nos mercados interno e externo. Tópico 3 - Normas Técnicas para Engenharia As normas têm como objetivo: tornar o desenvolvimento, a fabricação e o fornecimento de produtos e serviços mais eficientes, mais seguros e mais limpos; facilitar o comércio entre países tornando-o mais justo; fornecer aos governos uma base técnica para saúde, segurança e legislação ambiental, e avaliação da conformidade; compartilhar os avanços tecnológicos e a boa prática de gestão; disseminar a inovação; proteger os consumidores e usuários em geral, de produtos e serviços; e tornar a vida mais simples provendo soluções para problemas comuns. Tópico 3 - Normas Técnicas para Engenharia Níveis de Normalização: As normas asseguram as características desejáveis de produtos e serviços, como qualidade, segurança, confiabilidade, eficiência, intercambialidade, bem como respeito ambiental – e tudo isto a um custo econômico. Conforme a ABNT ISO/IEC GUIA 2:2006 (ABNT, 2006), os objetivos gerais da normalização podem ser (mas não estão restritos): controle de variedade, facilidades de uso, compatibilidade, intercambialidade, saúde, segurança, proteção do meio ambiente, proteção do produto, entendimento mútuo, desempenho econômico, comércio, podendo estes estar sobrepostos. Tópico 3 - Normas Técnicas para Engenharia Níveis de Normalização: Para a engenharia, a ABNT produz as normas NBR (Norma Brasileira), que são um conjunto de normas técnicas definidas por especialistas da construção civil, com o objetivo de orientar o profissional acerca de materiais, produtos e processos, impulsionar a qualidade dos empreendimentos ao fim do processo, estimular a competitividade no mercado, evitar erros e incompatibilidade entre as etapas do processo e padronizar processos produtivos. Tópico 3 - Normas Técnicas para Engenharia Níveis de Normalização: No entanto, existem diversos tipos de normativas, abrangendo normas nacionais ou internacionais. Os níveis da normalização costumam ser representados por uma pirâmide, que tem em sua base a normalização empresarial, seguida da nacional e da regional, ficando no topo a normalização internacional. Tópico 3 - Normas Técnicas para Engenharia Níveis de Normalização: Os níveis de normalização são devido ao seu alcance, variando entre alcance geográfico, político ou econômico de envolvimento na normalização e são descritos a seguir (ABNT, 2006): Nível internacional: normas técnicas de abrangência mundial, estabelecidas por uma Organização Internacional de Normalização. São aceitas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) como a base para o comércio internacional. Nível regional: normas técnicas estabelecidas por uma Organização Regional ou Sub-Regional de Normalização, para aplicação em um conjunto de países de uma região, como a Europa ou o Mercosul. Tópico 3 - Normas Técnicas para Engenharia Níveis de Normalização: Como exemplo temos: Normas da Associação Mercosul de Normalização (AMN) ou Comitê Europeu de Normalização (CEN). Embora assim considerada, a Associação Mercosul de Normalização (AMN) não é uma organização regional de normalização, pois o seu âmbito é o de um bloco econômico. Ela é uma associação civil reconhecida como foro responsável pela gestão da normalização voluntária do Mercosul, sendo composta atualmente pelos organismos nacionais de normalização dos quatro países membros, que são IRAM (Argentina), ABNT (Brasil), INTN (Paraguai) e UNIT (Uruguai). As normas elaboradas nesse âmbito são identificadas com a sigla NM (ABNT, 2021). Tópico 3 - Normas Técnicas para Engenharia Níveis de Normalização: Nível nacional: normas elaboradas pelas partes interessadas (governo, indústrias, consumidores e comunidade científica de um país) e emitidas por um Organismo Nacional de Normalização, reconhecido como autoridade para torná-las públicas. Aplicam-se ao mercado de um país e, frequentemente, são reconhecidas pelo seu ordenamento jurídico como a referência para as transações comerciais. Normalmente são voluntárias, isto é, cabe aos agentes econômicos decidirem se as usam ou não como referência técnica para uma transação. Tópico 3 - Normas Técnicas para Engenharia Níveis de Normalização: Nível empresarial: normas elaboradas por uma empresa ou grupo de empresas com a finalidade de orientar as compras, a fabricação, as vendas e outras operações (como exemplo: as normas da Petrobras). Nível de associação: normas desenvolvidas no âmbito de entidades associativas e técnicas para o uso de seus associados. Entretanto, também, chegam a ser utilizadas de forma mais ampla, podendo se tornar referências importantes no comércio em geral (Como exemplo: American Society for Testing and Materials). Tópico 3 - Normas Técnicas para Engenharia Tipos de Norma: Para a realização das normas existem condições de exigências de regras reconhecidas de tecnologia. Dentre as normas disponíveis ao público, temos as principais associadas aos níveis de normalização anteriormente abordados: Norma internacional, Norma regional, Norma nacional, Norma territorial (ABNT, 2006).Para ter acesso às Normas Brasileiras (NBRs), a ABNT disponibiliza um catálogo com as normas, cursos, publicações e projetos através do site: abntcatalogo.com.br. http://www.abntcatalogo.com.br/ Tópico 3 - Normas Técnicas para Engenharia Normas para Engenharia: No livro tem muitas normas referenciadas para engenheiros garantirem qualidade, segurança e eficiência em uma obra. É necessário salientar que dependente do procedimento é necessário utilizar o catálogo do ABNT ou de outras normativas para buscar a normativa necessária. O uso das NBRs e das NRs traz diversos benefícios a um empreendimento. Um deles é a utilização de materiais normalizados, a fim de garantir que a obra terá a qualidade desejada de acordo com as normas de engenharia. Tópico 3 - Normas Técnicas para Engenharia - Resumo Tópico 4 - Anotação de Responsabilidade Técnica em Engenharia (ART) Imagine uma obra em que não haja responsável e que acabe colocando em risco a vida de centenas de pessoas devido um mal projeto. Quem poderíamos responsabilizar sem conhecer o projetista da obra, o executor ou contratante da obra? Para isso entra em cena a função da anotação de responsabilidade técnica na construção civil e demais projetos de engenharias. Onde é possível identificar o responsável técnico da obra ou serviço prestado, ambos os lados, contratante e contratado. Tópico 4 - Anotação de Responsabilidade Técnica em Engenharia (ART) A Lei Federal nº 6.496 – de 7 de dezembro de 1977 (BRASIL, 1977), instituiu a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Conforme estabelece todo contrato, escritoou verbal, toda a execução de obras ou prestação de quaisquer serviços profissionais referentes à Engenharia e à Agronomia fica sujeito à Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). A falta da ART sujeitará o profissional ou a empresa à multa prevista na alínea "a" do art. 73 da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966 (BRASIL, 1966b), e demais cominações legais. Cabe ressaltar que a ART define para os efeitos legais os responsáveis técnicos pelo empreendimento de engenharia e agronomia. Tópico 4 - Anotação de Responsabilidade Técnica em Engenharia (ART) Regulamentação do ART: Além da Lei Federal nº 6.496 – de 7 de dezembro de 1977, utra legislação importante do Sistema CONFEA/CREAs com relação à ART é Resolução nº 1025, de 30 de outubro de 2009 (BRASIL, 2009), que além de dispor sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica, estabelece procedimento para à emissão da Certidão de Acervo Técnico Profissional e registro de Atestado Técnico. Tópico 4 - Anotação de Responsabilidade Técnica em Engenharia (ART) Regulamentação do ART: A ART deverá ser anotada no Conselho Regional da jurisdição em que for realizada a obra/serviço. O preenchimento da ART é de responsabilidade do profissional legalmente habilitado com visto ou registro no CREA de cada estada rigorosamente em dia, que consequentemente é o responsável por todas as informações contidas nela. Havendo empresa executora, ela também deverá estar legalmente habilitada com visto ou registro no CREA do seu estado. Tópico 4 - Anotação de Responsabilidade Técnica em Engenharia (ART) Procedimento para Preenchimento do ART: Para a realização do preenchimento de ARTs é necessário acessar o sistema no site do CREA. Nesta plataforma é possível editar e salvar o preenchimento do formulário possibilitando a finalização futuramente. Neste sistema é possível utilizar dados de ARTs passadas já cadastradas, facilitando o preenchimento de uma nova ART. Para preencher a ART é necessário realizar 12 passos, sendo necessário à validação de cada etapa para prosseguir no preenchimento. Tópico 4 - Anotação de Responsabilidade Técnica em Engenharia (ART) Tópico 4 - Anotação de Responsabilidade Técnica em Engenharia (ART) - Resumo