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Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Nefrologia" do EAD
(www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a
Com certificado
online
60 horas Atualização em Nefrologia
Denise Santana Silva dos
Santos
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prévia expressa do autor (Artigo 29).
Atualização em Nefrologia
Denise Santana Silva dos
Santos
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...............................................................................................................5
1.2 OBJETIVOS................................................................................................................ 5
1.3 PREMISSAS................................................................................................................ 6
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS RENAIS NO BRASIL.....................7
ANATOMIA DO RIM.........................................................................................................9
FISIOLOGIA RENAL.......................................................................................................10
4.1 FUNÇÃO ENDÓCRINA...........................................................................................10
4.2 FUNÇÃO HOMEOSTÁTICA...................................................................................11
4.3 NÉFRON....................................................................................................................12
SÍNDROMES GLOMERULARES.................................................................................. 14
5.1 GLOMERULONEFRITE AGUDA...........................................................................15
5.1.1 Sintomas da glomerulonefrite: proteinúria, hematúria, queda da filtração
glomerular, retenção de sódio e hipertensão arterial....................................................16
5.2 GLOMERULONEFRITE RAPIDAMENTE PROGRESSIVA................................ 16
5.3 PROTEINÚRIA ASSINTOMÁTICA....................................................................... 17
5.4 SÍNDROME NEFRÓTICA....................................................................................... 19
5.5 DOENÇA RENAL CRÔNICA..................................................................................19
INSUFICIÊNCIA RENAL................................................................................................20
6.1 CLASSIFICAÇÃO DAS INSUFICIÊNCIAS RENAIS............................................20
6.1.1 Pré-Renal (Causas Relacionadas ao Suprimento ou Fluxo Sanguíneo)..............20
6.1.2 Renal (dano ao rim propriamente dito)............................................................... 21
6.1.3 Pós-renal (causas no trato urinário).....................................................................21
6.2 DIAGNÓSTICO........................................................................................................ 21
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA................................................................................ 23
7.1 CAUSAS DA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA................................................. 23
7.2 DROGAS TÓXICAS PARA OS RINS..................................................................... 24
7.3 IDENTIFICAÇÃO DA IRA...................................................................................... 25
7.3.1 A evolução da IRA ocorre em três fases.............................................................25
7.3.2 Prevenção e Tratamento da IRA......................................................................... 25
TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA.............................................................................. 27
8.1 HEMODIÁLISE........................................................................................................ 28
8.2 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES SOBRE FILTRAÇÃO RENAL E DIÁLISE
PERITONEAL................................................................................................................. 29
8.2.1 O clearance de creatinina é igual à taxa de filtração glomerular........................ 30
8.3 PRIMÍCIAS SOBRE A HEMODIÁLISE................................................................. 31
8.4 PRINCÍPIOS DA DIÁLISE.......................................................................................31
8.4.1 Mecanismo da Diálise......................................................................................... 32
8.5 DIÁLISE PERITONEAL...........................................................................................34
AVALIAÇÃO..................................................................................................................... 36
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 40
Unidade 1 – Apresentação
5
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(Artigo 29).
01
APRESENTAÇÃO
As nefropatias são ocorrências frequentes nas admissões das emergências no Brasil.
1.2 OBJETIVOS
Atualizar o profissional de enfermagem e os graduandos em enfermagem acerca
emergências em nefrologias mais frequentes nos hospitais brasileiros.
Explicar a fisiologia normal da função renal e permitir que a (o) enfermeira (o)
reconheça o anômalo.
Favorecer o reconhecimento dos sinais e sintomas das nefropatias.
Esclarecer dúvidas acerca das terapias renais substitutivas utilizadas na
insuficiência renal.
Atualização em Nefrologia
6
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expressa do autor (Artigo 29).
1.3 PREMISSAS
Os dois rins filtram em média 180 litros de sangue por dia, mais ou menos 120 ml por
minuto. Esse valor é chamado de clareamento renal (clearance renal) ou taxa de filtração
glomerular (glomérulo é a unidade básica do rim, assim como o neurônio é a do cérebro).
Uma função renal normal é aquela que se situa entre 70 e 140 ml/min de sangue
filtrado por dia. Esse valor varia com idade, tamanho e sexo.
Quando o clearance é menor que 70 ml/min temos insuficiência renal e quando é
maior que 140 ml/min chamamos de hiperfiltração, que também é um sinal de doença renal
(muito comum em diabéticos).
Conforme envelhecemos, nossos rins também diminuem a sua capacidade de
funcionamento. Idosos chegam a ter rins 30% menores do que quando eram jovens. Por
isso, não é de se estranhar que pessoas mais velhas possam ter taxas de até 60 ml/min sem
necessariamente terem alguma doença nos rins. São rins "sadios", porém velhos e menos
resistentes a injúrias.
A assistência emergencial aos pacientes portadores de nefropatias confere ao
enfermeiro autonomia profissional e exige conhecimento técnico-científico com relação
aos cuidados necessários nessas patologias e desenvoltura para atuar nas Terapias Renais
Substitutivas.
O grande avanço nas Terapias Dialíticas tem favorecido a sobrevida dos pacientes
portadores de insuficiência renal. Portanto, é competência e responsabilidade do
enfermeiro a assistência ao paciente que necessite dessas terapias.
Unidade 2 – Dados Epidemiológicos das Doenças Renais no Brasil
7
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(Artigo 29).
02
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS
DOENÇAS RENAIS NO BRASIL
Segundo dadosdo Ministério da Saúde um grande número de brasileiros sofre de doenças
renais. Algumas apresentam doenças como diabetes e pressão alta que, senão tratadas
corretamente podem ocasionar à falência total do funcionamento renal. Existem outras que
quando são diagnosticadas já estão com os rins totalmente debilitados, ocorrendo neste
caso o encaminhamento do paciente para a diálise.
Na maioria dos casos, o tratamento dialítico acaba sendo feito durante toda a vida
do indivíduo, caso não haja a possibilidade de se fazer o transplante.
Em todo o mundo, 500 milhões de pessoas sofrem de problemas renais e 1,5 milhão
delas estão em diálise. As estatísticas revelam também que 1 em cada 10 pessoas no
mundo sofre de doença renal crônica. De acordo com os dados, pacientes com esse tipo de
doença têm 10 vezes mais riscos de morte prematura por doenças cardiovasculares.
A estimativa é de que 12 milhões de pessoas no mundo morrem por ano de doenças
cardiovasculares relacionadas a problemas renais crônicos.
Atualização em Nefrologia
8
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expressa do autor (Artigo 29).
O crescente número de doentes renais no Brasil já o tornou o terceiro maior
mercado de hemodiálise do mundo. No Brasil a doença atinge 2 milhões de pessoas, sendo
que 60% não sabem. Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, em 2005, foram
32.329 novos pacientes.
No Brasil, 98,2% dos centros de tratamento dialítico possuem convênio com o SUS;
89,9% dos pacientes são reembolsados pelo SUS e, 12,1% dos pacientes possuem outros
convênios. Os números apontam ainda que 47% dos pacientes em diálise estão na fila do
transplante renal e 25% dos pacientes em tratamento, são diabéticos.
Unidade 3 – Anatomia do Rim
9
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(Artigo 29).
03
ANATOMIADO RIM
O rim é o órgão responsável pela filtragem do sangue, retirando do sangue a ureia, o ácido
úrico, o fósforo e o hidrogênio. Além disso, reabsorve albumina, sódio, potássio e cálcio.
O rim também é responsável pela produção dos seguintes hormônios:
 Eritropoetina - estimula a produção de glóbulos vermelhos.
 Sistema renina angiotensina aldosterona - aumenta a pressão arterial
 Calcitriol - Vitamina D ativada, aumentando o cálcio dos ossos
Atualização em Nefrologia
10
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expressa do autor (Artigo 29).
04
FISIOLOGIARENAL
O rim possui 2 funções básicas:
1. A função endócrina, apesar de não ser uma glândula endócrina.
2. A função homeostática, que constitui sua principal função.
4.1 FUNÇÃO ENDÓCRINA
Secreção de renina: Esta substância é responsável pela ativação do sistema renina -
angiotensina II através da ação enzimática sobre a reação de transformação de
angiotensinogênio em angiotensina I, que por sua vez transforma - se em angiotensina II
Unidade 4 – Fisiologia Renal
11
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(Artigo 29).
sob ação da enzima conversora de angiotensina (ACE) que também atua hidrolisando a
bradicinina. A angiotensina II age modificando a ação renal da seguinte forma:
Maior ação de vasoconstrição das arteríolas eferentes no rim, aumentando a
filtração glomerular.
Ação sobre o córtex da adrenal, levando à produção de aldosterona. Esta, por sua
vez, age nos túbulos renais estimulando a retenção e absorção de sódio. Por mecanismos
osmóticos, a água também tem sua absorção aumentada. A consequência disso é o
aumento da volemia e, então, hipertensão arterial.
Ação sobre as células mesangiais do glomérulo de forma a contraí - las. Então
haverá diminuição da área de filtração glomerular com consequente redução da taxa de
filtração glomerular (TGF).
Secreção de 1.25 dihidroxicalciferol o qual é importante na absorção de cálcio no
túbulo renal e no depósito de cálcio no osso.
Secreção de eritropoetina, um fator de crescimento com ação única e específica de
estimular a medula óssea a produzir glóbulos vermelhos. Esse hormônio tem sua produção
aumentada em condições de hipóxia.
4.2 FUNÇÃO HOMEOSTÁTICA
Manutenção de um volume hídrico adequado (tonicidade). Tal manutenção ocorre em
função da excreção de água e solutos, formando um gradienteosmolar adequado entre os
compartimentos intra e extracelulares.
Atualização em Nefrologia
12
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Regular a concentração de íons como sódio, potássio, cloreto, bicarbonato,
hidroxônio, magnésio e fosfato. Isto também ocorre com a ajuda da capacidade de
excreção de água e solutos.
Manutenção do pH, contando também com o auxílio do pulmão. O controle do pH
no sangue deve-se à capacidade do rim de excretar H+ e reabsorver HCO-3.
Manutenção da concentração adequada de metabólitos (nutrientes), graças à
capacidade de reabsorção presente nos túbulos renais impedindo que metabólitos, como
glicose, sejam eliminados pela urina.
Eliminação de produtos do metabolismo como uréia, ácido úrico e timina graças à
pela capacidade de excreção renal.
Eliminação de drogas ou substâncias tóxicas presentes nos alimentos.
4.3 NÉFRON
Néfron é a unidade funcional do rim e é subdividido em duas porções intimamente
relacionadas entre si: porção circulatória, composta de arteríola aferente, glomérulo e
arteríola eferente, e a porção urinária, composta de cápsula de Bowman, túbulos renais e
ducto coletor.
A arteríola aferente abastece os capilares glomerulares, a partir dos quais forma-se
um líquido livre de proteínas que escoa para o espaço de Bowman, atravessando a barreira
dos vasos glomerulares. Esse líquido é chamado de ultrafiltrado.
O ultrafiltrado possui a mesma concentração que o plasma, exceto em relação às
proteínas. O ultrafiltrado atravessa passivamente o capilar e chega ao espaço de Bowman,
Unidade 4 – Fisiologia Renal
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(Artigo 29).
onde entra em contato com a cápsula de Bowman e ganha os túbulos renais, formando a
urina.
O capilar glomerular é formado por endotélio, membrana basal (constituída por 3
lâminas – rara interna, densa e rara externa – as quais possuem fenestrações permeáveis a
solutos e água) e diafragma (estrutura circular com poros permeáveis a água e a solutos). A
estrutura do capilar glomerular representa a barreira atravessada pelo plasma, formando o
ultrafiltrado.
Como já citado anteriormente, apenas uma fração do plasma é filtrada. Além disso,
existem substâncias que são secretadas diretamente nos túbulos renais sem serem
anteriormente filtradas e há, ainda, substâncias que são total ou parcialmente reabsorvidas
pelos túbulos renais, contribuindo pouco ou nada na composição final da urina.
Atualização em Nefrologia
14
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05
SÍNDROMES GLOMERULARES
O acometimento glomerular pode ocorrer tanto em doenças sistêmicas, situação na qual a
glomerulopatia é dita secundária (nefrite lúpica, nefroesclerose diabética etc.), como em
doenças originárias do rim, situação na qual a glomerulopatia é dita primária.
Independentemente do mecanismo da lesão envolvido, a lesão glomerular é
acompanhada por alterações na função, estrutura e permeabilidade do glomérulo, levando à
passagem anormal de proteínas e de outros elementos, redução variável na função de
filtração glomerular, além de distúrbios na excreção de sódio e água.
Tanto na forma primária como na secundária, a lesão ao glomérulo se manifesta por
meio de alguns sintomas e sinais clínicos, listados a seguir:
 Proteinúria: decorrente do aumento de permeabilidade glomerular;
Unidade 5 – Síndromes Glomerulares
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 Hematúria: decorrente da inflamação da parede capilar;
 Elevação de ureia e creatinina: decorrente da queda no ritmo de filtração
glomerular;
 Oligúria ou anúria: a depender da intensidade da inflamação glomerular e queda do
ritmo de filtração glomerular;
 Hipertensão: decorrente, habitualmente, da retenção de fluido (sal e água) pelo rim.
De uma forma geral, o achado de sinais e sintomas sugestivos de doença glomerular
requer, do ponto de vista diagnóstico, a realização de biópsia renal. Há algumas poucas
situações, entretanto, nas quais a biópsia renal não é necessária.
Assim, a síndrome nefrótica em crianças pode prescindir da realização inicial de
biópsia renal, uma vez que a doença de lesões mínimas é preponderante nesta faixa etária,
permitindo o início de tratamento com corticoide mesmo sem a realização da biópsia.
Na síndrome nefrítica aguda com características clínicas e laboratoriais muito
sugestivas de glomerulonefrite pós - estreptocócica, particularmente se em situação de
epidemia, a biópsia pode ser indicada apenas naqueles casos de evolução desfavorável.
A biópsia renal também não costuma ser necessária em pacientes com quadro
clínico muito sugestivo de nefropatia diabética, ou seja, naqueles com diabetes de longa
data e com sinais de lesão em outros órgãos - alvo. A biópsia também não está
rotineiramente indicada em pacientes assintomáticos com doença glomerular leve (p.ex.,
hematúria isolada), dado o prognóstico favorável deste tipo de lesão.
Em todas as outras situações, a biópsia renal é imperativa. Vale notar que as
doenças glomerulares apresentam, muitas vezes, curso insidioso, o que dificulta o
diagnóstico precoce. Assim, o médico deve estar atento ao achado de sinais sugestivos de
glomerulopatias, indicando prontamente a avaliação diagnóstica e a conduta terapêutica
pertinente.
5.1 GLOMERULONEFRITE AGUDA
Atualização em Nefrologia
16
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As doenças que produzem inflamação glomerular aguda são aquelas que se exteriorizam de
forma mais exuberante com síndrome nefrítica, caracterizada por edema, hipertensão,
hematúria e graus variáveis de insuficiência renal, além de proteinúria pouco intensa (< 3
g/dia).
São chamadas de difusas quando o acometimento glomerular ocorre em mais de
50% do total de glomérulos da biópsia, e denominadas focais quando há menos de 50% de
glomérulos acometidos. Neste grande grupo de doenças, as causas imunológicas são as
mais comuns, como nefrite lúpica, nefropatia por IgA e glomerulonefrite difusa aguda pós
- infecciosa.
A apresentação clássica da síndrome nefrítica é vista na glomerulonefrite difusa
aguda pós - estreptocócica em crianças. Estas crianças geralmente apresentam - se com
oligúria, ganho de peso e edema generalizado de apresentação aguda (poucos dias).
5.1.1 Sintomas da glomerulonefrite: proteinúria, hematúria, queda da
filtração glomerular, retenção de sódio e hipertensão arterial.
O exame de urina revela proteinúria, hematúria e, comumente, a presença de cilindros
hemáticos. A proteinúria ocorre habitualmente em valor não nefrótico e a albumina sérica é
geralmente normal. O volume circulante está aumentado, causando hipertensão e,
eventualmente, edema pulmonar sem evidência de doença cardíaca primária.
O tratamento da glomerulonefrite baseia-se no repouso e na redução da ingestão de
água e sal, para evitar a retenção de líquidos, acompanhada pela administração de
diuréticos. Outra forma do tratamento é o uso da antibioticoterapia.
5.2 GLOMERULONEFRITE RAPIDAMENTE PROGRESSIVA
Aqui as manifestações são as de síndrome nefrítica, mas associadas à perda rápida da
função renal (dias ou semanas). A lesão histológica responsável pela natureza agressiva da
Unidade 5 – Síndromes Glomerulares
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(Artigo 29).
lesão é a crescente glomerular. A crescente decorre da proliferação das células epiteliais da
cápsula de Bowman, promovida pelo intenso processo inflamatório que ocorre no
glomérulo, sendo o macrófago uma célula particularmente importante em sua gênese.
Quando há mais de 50% de glomérulos acometidos por crescentes, o diagnóstico
histopatológico é de glomerulonefritecrescêntica, que se expressa clinicamente por perda
rápida e intensa da função renal. Portanto, existe correlação clínica entre número de
crescentes e gravidade da doença. Assim, doenças com mais de 80% de crescentes se
exteriorizam, geralmente, por insuficiência renal dialítica.
A causa mais comum desta forma de glomerulonefritecrescêntica é a vasculite.
Doenças de imunocomplexos, como nefropatia de IgA e nefrite lúpica, expressam - se mais
comumente com número menor de crescentes e, portanto, quadro clínico renal mais brando.
A resolução (involução) dos crescentes depende, entre outros fatores, da sua idade
histológica, ou seja, sua natureza epitelial ou fibroblástica. No entanto, outros fatores
também participam deste processo, já que crescentes da mesma “idade” histológica em
nefrite lúpica revertem mais facilmente ao tratamento do que os de nefropatia por IgA.
São três os grupos mais frequentes de doenças que se apresentam como
glomerulonefrite rapidamente progressiva: glomerulonefriteantimembrana basal
glomerular, glomerulonefrite de imunocomplexos e glomerulonefrite relacionada à ANCA.
A forma relacionada ao anticorpo antimembrana basal glomerular pode se
apresentar como doença de Goodpasture ou sem sinais de comprometimento pulmonar. As
doenças de imunocomplexos mais comumente encontradas são a nefrite lúpica, a
crioglobulinemia (sendo a forma mais comum à secundária ao vírus da hepatite C) e a
nefropatia da IgA.
5.3 PROTEINÚRIA ASSINTOMÁTICA
Atualização em Nefrologia
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É definida quando existe proteinúria isolada em valores acima de 150 g/dia e abaixo de 3
g/dia na ausência de outros achados urinários, como hematúria, e, também, sem sinais ou
sintomas sistêmicos, como edema e/ou hipertensão.
É, portanto, um diagnóstico feito por exame de urina. As doenças maisfrequentes
neste grupo são a glomeruloesclerose segmentar e focal e a glomerulonefrite membranosa
(Tabela 1), de evolução benigna, a menos que mudem suas características clínicas com o
desenvolvimento de hipertensão ou proteinúriasnefróticas.
A microalbuminúria é definida como a excreção de 30 a 300 mg de albumina/dia
(equivalente à relação albumina/creatinina urinária entre 0,03 e 0,3). Este parâmetro
também é utilizado para identificar o risco de desenvolvimento de nefropatia em pacientes
diabéticos, assim como risco cardiovascular em pacientes hipertensos.
O achado de outras proteínas urinárias, que não a albumina, tem significado
fisiopatológico próprio. Assim, a proteinúria tubular, constatada pelo achado urinário de
beta – 2 - microglobulina, retinol bindingprotein (RBP) ou de outras proteínas de baixo
peso molecular, é característica de doenças com comprometimento tubulointersticial, seja
de natureza primária ou secundária à glomerulopatias (GESF).
Além de seu papel diagnóstico em relação ao tipo de proteinúria presente, os
marcadores de proteinúria tubular são clinicamente úteis como marcadores de mal
prognóstico em diversas doenças, como ocorrem na própria GESF e no transplante renal.
A proteinúria encontrada em estados de hiperprodução de proteínas,
particularmente cadeias leves de globulinas, filtradas pelo glomérulo, é característica de
paraproteinemias e deve ser pesquisada adequadamente, já que as proteínas não são
detectadas por testes laboratoriais que detectam somente albumina.
O achado de pequenas quantidades de albumina também pode ocorrer em certas
situações funcionais, não patológicas, como febre ou estados hiperadrenérgicos, sendo
denominada de proteinúria funcional, que também pode ser desencadeada pela posição
ortostática e deambulação, quando é chamada de ortostática.
Quanto à indicação de biópsia renal em proteinúria assintomática, geralmente, ela
não está indicada, sobretudo se a proteinúria for inferior a 1 g/dia.
Unidade 5 – Síndromes Glomerulares
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5.4 SÍNDROME NEFRÓTICA
É uma síndrome clínico - laboratorial decorrente do aumento de permeabilidade às
proteínas plasmáticas, caracterizando-se por proteinúria acima de 3,5 g/1,73 m2 de
superfície corpórea/dia, com consequente hipoalbuminemia e edema.
O achado de hiperlipidemia não é obrigatório, porém é muito comum, assim como
os distúrbios relacionados à hipercoagulabilidade por perda de fatores de coagulação, a
desnutrição protéica e a suscetibilidade às infecções. Dentre as glomerulopatias que mais
causam síndrome nefrótica estão, entre as primárias, a glomerulopatias de lesões mínimas,
GESF e GN membranosa, e, entre as secundárias, a glomeruloesclerose diabética.
5.5 DOENÇA RENAL CRÔNICA
A maioria das glomerulopatias, com exceção da GP de lesões mínimas e da nefropatia da
membrana basal fina, pode evoluir para lesão glomerular crônica esclerosante, com
manifestações clínicas de insuficiência renal. Estatísticas brasileiras do Ministério da
Saúde mostram que as glomerulonefrites são, no momento, a segunda causa de doença
renal crônica terminal no país, atrás apenas da hipertensão arterial.
Atualização em Nefrologia
20
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06
INSUFICIÊNCIARENAL
Insuficiência renal é o termo que se aplica quando os rins não conseguem desempenhar
suas funções adequadamente.
A insuficiência renal pode ser crônica ou aguda. A primeira ocorre quando a perda
de função dos rins é permanente e geralmente progressiva; A segunda é um processo que
ocorre subitamente e costuma ter duração inferior a 3 meses, podendo haver recuperação
completa ou não da função renal.
Uma insuficiência renal aguda pode ser transformar em crônica se a lesão for muito
grave e não houver recuperação completa. Do mesmo modo, uma pessoa com insuficiência
renal crônica e função baixa, mas estável, pode sofrer alguma agressão em seus rins,
agudizando sua insuficiência renal e levando a uma abrupta queda na sua função.
6.1 CLASSIFICAÇÃO DAS INSUFICIÊNCIAS RENAIS
A Insuficiência renal, se crônica ou aguda, é usualmente classificada, de acordo com as
suas causas, em pré-renal, renal e pós-renal.
6.1.1 Pré-Renal (Causas Relacionadas ao Suprimento ou Fluxo
Sanguíneo)
 Hipotensão (fluxo sanguíneo diminuído), habitualmente por choque ou
desidratação e perda de líquido, ataque cardíaco;
 Problemas vasculares, tais como doença ateroembólica e trombose da veia renal
(que em parte pode ser secundária à perda de fatores de coagulação devido à
disfunção renal);
Unidade 6 – Insuficiência Renal
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(Artigo 29).
6.1.2 Renal (dano ao rim propriamente dito)
 Infecção;
 Toxinas ou medicamentos (por exemplo, alguns antiinflamatórios não - esteroidais
(AINHs), antibióticos aminoglicosídeos, anfotericina B, contrastes iodados, lítio);
 Rabdomiólise (destruição de tecido muscular) - a consequente liberação de
mioglobina no sangue, afeta o rim; podem ser causada por injúria (especialmente
injúria por esmagamento e trauma fechado extenso), estatinas, MDMA (ecstasy) e
algumas outras drogas;
 Hemólise (destruição de glóbulos vermelhos) – a hemoglobina danifica os túbulos;
pode ser causada por várias condições, tais como anemia falciforme e lúpus
eritematoso.
 Mieloma múltiplo quer por hipercalcemia ou por "nefropatia de deposição"
(mieloma múltiplo também pode determinar insuficiência renal crônica, por outro
mecanismo);
 Hiperparatireoidismo primário em razão da hipercalcemia;
6.1.3 Pós-renal (causas no trato urinário)
 Retenção urinária (como um efeito colateral de medicamento ou devido à
hipertrofia prostática benigna);
 Pielonefrite;
 Obstrução devido a neoplasias abdominais (câncer ovariano, câncer colo-retal).
6.2 DIAGNÓSTICO
A Insuficiência Renal é geralmente diagnosticada quando os testes de creatinina e de
nitrogênio uréico sanguíneo estão marcadamente elevados em um paciente enfermo,
especialmente quando oligúria estiver presente.
Medidas prévias da função renal podem oferecer comparação, que é especialmente
importante caso um paciente for sabidamente portador de insuficiência renal crônica. Se a
causa não for aparente, uma bateria de exames de sangue e a análise de uma amostra de
urina são tipicamente realizadas para se elucidar a causa de falência renal aguda.
Atualização em Nefrologia
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Os exames de sangue geralmente incluem provas de função hepática, eletrólitos,
cálcio, magnésio, desidrogenase láctica (DHL), creatinoquinase (CK ou CPK), estudos de
coagulação e um perfil imunológico básico. Uma radiografia de tórax (RX de Tórax) é
geralmente solicitada e um estudo ultrassonográfico do trato urinário é essencial, para se
afastar causa obstrutiva.
Unidade 7 – Insuficiência Renal Aguda
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07
INSUFICIÊNCIARENALAGUDA
Insuficiência Renal Aguda (IRA) é a perda rápida de função renal devido a dano aos rins,
resultando em retenção de produtos de degradação nitrogenados (ureia e creatinina) e não -
nitrogenados, que são normalmente excretados pelo rim.
Dependendo da severidade e da duração da disfunção renal, este acúmulo é
acompanhado por distúrbios metabólicos, tais como acidose metabólica (acidificação do
sangue) e hipercalemia (níveis elevados de potássio), mudanças no balanço hídrico
corpóreo e efeitos em outros órgãos e sistemas.
Pode ser caracterizada por oligúria ou por anúria (diminuição ou parada de
produção de urina), embora a IRA não - oligúrica possa ocorrer. É uma doença grave e
tratada como uma emergência médica.
Em casos mais graves os pacientes podem evoluir com necessidade de hemodiálise
em apenas 24 a 48 horas.
Normalmente indica-se hemodiálise quando a função renal cai abaixo de 20 ml/min
ou quando há sinais claros de ausência de função renal como acidose sanguínea grave,
excesso de potássio no sangue, alterações neurológicas pela insuficiência renal, ou quando
o paciente urina menos de 100 ml em 24 horas.
7.1 CAUSAS DA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
As principais causas da Insuficiência Renal Aguda são:
 Choque circulatório
 Sepse
 Desidratação
Atualização em Nefrologia
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expressa do autor (Artigo 29).
 Queimaduras extensas
 Excesso de diuréticos
 Obstrução renal por uma próstata aumentada
 Insuficiência cardíaca grave
 Glomerulonefrite aguda
7.2 DROGAS TÓXICAS PARA OS RINS
Várias drogas são tóxicas para os rins, podendo levar a insuficiência renal aguda:
 Antiinflamatórios
 Antibióticos, principalmente da família dos aminoglicosídeos (gentamicina e
amicacina, por ex.).
 Alguns quimioterápicos
 Contraste a base de iodo para exames radiológicos
 Lítio
 Aciclovir
 Heroína
 Agrotóxicos
Algumas causas de insuficiência renal aguda são evitáveis, principalmente em
pessoas com função renal já debilitada ou idosos. Um bom exemplo é não abusar dos
antiinflamatórios e evitar exames radiológicos com contrastes venosos à base de iodo neste
grupo de pacientes.
Nem todo mundo que desenvolve insuficiência renal aguda precisa de hemodiálise.
Quanto mais jovem e saudável for o paciente, maiores as chances de seus rins aguentarem
injúrias severas. Do mesmo modo, nem toda injúria renal é suficientemente grave para
causar uma grande perda da função dos rins.
A recuperação da insuficiência renal aguda depende de vários fatores, entre eles
idade, associação com outras doenças e função renal prévia antes da injúria. Alguns
recuperam a função completamente, outros ficam com função permanentemente abaixo de
60 ml/min, e há ainda aqueles que nada recuperam, ficando dependentes de hemodiálise
para o resto da vida.
Unidade 7 – Insuficiência Renal Aguda
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A insuficiência renal é uma complicação comum de doentes graves, principalmente
aqueles internados em CTI, e é um dos principais fatores que aumentam a taxa de
mortalidade neste grupo.
Qualquer pessoa que apresente alguma agressão renal pode evoluir com
insuficiência renal aguda, mas ela é mais comum e mais grave quando ocorre em pacientes
com doença renal prévia.
7.3 IDENTIFICAÇÃO DA IRA
O paciente está com IRA quando urinar menos do que 400 ml de urina por 24 horas.
7.3.1 A evolução da IRA ocorre em três fases
A fase inicial é o período durante o qual se dá a instalação da doença desencadeada pela
causa provocadora. Ela pode passar despercebida pelo paciente e pelo médico, que
preocupados com a doença causadora, esquecem de observar a produção de urina. O
principal achado médico na IRA é a pequena produção de urina.
A segunda fase é a de notória escassez ou ausência de urina, que dura de 8 a 12 dias.
A urina dessa fase além de ser de pequeno volume, não contribui para eliminação das
toxinas ("lixo" metabólico) que se acumulam no sangue (ureia, potássio, acidose). Quando
os tóxicos se acumulam no sangue causam transtornos clínicos importantes conhecidos por
uremia. O paciente urêmico apresenta-se com náuseas, vômitos, hipertensão, edema,
contrações musculares, alterações da consciência e pode atingir o coma. Essa é a fase na
qual ocorre a maioria das mortes por coma urêmico, insuficiência cardíaca congestiva,
hiperpotassemia, acidose metabólica e infecções respiratórias importantes.
A terceira fase é a da recuperação, com o paciente voltando ao normal se houver
melhora progressiva da função renal. O volume urinário e a eliminação das toxinas
acumuladas vão aumentando e começa a ocorrer recuperação da função renal. O quadro
clínico tem melhoras evidentes. Essa fase pode durar de 7 a 14 dias.
7.3.2 Prevenção e Tratamento da IRA
Em primeiro lugar a insuficiência renal aguda deve ser evitada para que as lesões renais
não se tornem irreversíveis. Há um pequeno período em que as alterações que atingiram o
rim são ainda reversíveis. Chama-se esse período de IRA reversível ou funcional, pois
ainda a tempo de impedir que as lesões se tornem irreversíveis. Assim, faltando água,
plasma ou sangue, devemos repor as carências. Se houver hipotensão, devemos normalizar
a pressão arterial. Se houver substâncias tóxicas, devemos retirá-las da circulação
sanguínea.
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Se a fase reversível for ultrapassada e as toxinas forem se acumulando no
organismo, somente os métodos artificiais de limpeza do sangue poderão resolver. Trata-se
do método de diálise: hemodiálise ou diálise peritoneal. Torna-se obrigatória a utilização
de métodos dialíticos. A sobrecarga de volume, o potássio elevado, a acidose metabólica, a
pericardite e a uremia aumentam a mortalidade dos pacientes se esses não forem dialisados.
Nos pacientes em que a causa da IRA for pós-renal, devemos corrigir a causa da
obstrução, retirando cálculos, tumores ou estreitamentos que levaram à dificuldade de
trânsito da urina.
A ausência completa de urina pode surgir nas seguintes situações: oclusão bilateral
das artérias e veias renais, obstrução completa da uretra e ureteres, necrose cortical renal e
glomerulonefrite rapidamente progressiva.
Unidade 8 – Terapia Renal Substitutiva
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(Artigo 29).
08
TERAPIARENAL SUBSTITUTIVA
Os pacientes que, por qualquer motivo, perderam a função renal e irreparavelmente
atingiram a fase terminal da doença renal têm, hoje, três métodos de tratamento, que
substituem as funções do rim: a diálise peritoneal, a hemodiálise e o transplante renal.
A diálise é um processo artificial que serve para retirar, por filtração, todas as
substâncias indesejáveis acumuladas pela insuficiência renal crônica. Isto pode ser feito
usando a membrana filtrante do rim artificial e/ou da membrana peritoneal.
Existem, portanto, dois tipos de diálise: a peritoneal e a hemodiálise.
Atualização em Nefrologia
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8.1 HEMODIÁLISE
Na hemodiálise, é usada uma membrana dialisadora, formada por um conjunto de tubos
finos, chamados de filtros capilares.
Para realizar a hemodiálise, é necessário fazer passar o sangue pelo filtro capilar.
Para isso, é fundamental ter um vaso resistente e suficientemente acessível que permita ser
puncionado três vezes por semana com agulhas especiais.
O vaso sanguíneo com essas características é obtido através de uma fístula artéria
venosa (FAV).
A FAV é feita por um cirurgião vascular unindo uma veia e uma artéria superficial
do braço de modo a permitir um fluxo de sangue superior a 250 ml/minuto.
Esse fluxo de sangue abundante passa pelo filtro capilar durante 4 horas, retirando
tudo o que é indesejável. O rim artificial é uma máquina que controla a pressão do filtro, a
velocidade e o volume de sangue que passam pelo capilar e o volume e a qualidade do
líquido que banha o filtro.
Para realizar uma hemodiálise de bom padrão é necessário uma fístula
arteriovenosa com bom fluxo, um local com condições hospitalares; maquinaria adequada
e assistência médica permanente.
Tendo essas condições, o paciente poderá realizar hemodiálise por muitos anos.
A hemodiálise tem a capacidade de filtração igual ao rim humano, dessa forma,
uma hora de hemodiálise equivale à uma hora de funcionamento do rim normal.
A diferença entre a diálise e o rim normal é que na diálise realizamos três sessões
de quatro horas, o equivalente a 12 horas semanais. Um rim normal trabalha na limpeza do
organismo 24 horas por dia, sete dias da semana, perfazendo um total de 168 horas
semanais. Portanto, o tratamento com rim artificial deixa o paciente 156 horas semanais
sem filtração (168 -12=156).
Apesar de realizar somente 12 horas semanais de diálise, já está provado que uma
pessoa pode viver bem, com boa qualidade de vida e trabalhar sem problemas.
Unidade 8 – Terapia Renal Substitutiva
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A hemodiálise tem seus riscos como qualquer tipo de tratamento e apresenta
complicações que devem ser evitadas como: hipertensão arterial, anemia severa,
descalcificação, desnutrição, hepatite, aumento do peso por excesso de água ingerida e
complicações das doenças que o paciente é portador.
Por isso, os médicos controlam e tratam os problemas clínicos (edema, pressão alta,
tosse, falta de ar, anemia) em cada sessão de hemodiálise.
Uma vez por mês solicitam exames de sangue para ver como estão às taxas de ureia,
fósforo e ácido úrico e observam o estado dos ossos para evitar a descalcificação. Orientam
a dieta controlando as calorias, o sal e as proteínas para o controle da nutrição.
O número de pacientes que fazem diálise peritoneal é da ordem de 2 a 5 % dos
renais crônicos e o restante faz hemodiálise. No Brasil, atualmente, existem 35.000
pacientes fazendo hemodiálise e somente 10% são transplantados anualmente, por isso a
lista de espera é muito grande.
8.2 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES SOBRE FILTRAÇÃO RENAL E
DIÁLISE PERITONEAL
Consideramos insuficiência renal crônica quando a taxa de filtração glomerular permanece
abaixo de 60 ml/min por mais de 3 meses e insuficiência renal aguda uma queda abrupta de
pelo menos 25% na função renal, independentemente do valor prévio.
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Como em média os rins filtram algo em torno de 100 ml/min de sangue, muitas
vezes os médicos usam o valor em percentual para facilitar a compreensão. Deste modo,
uma taxa de filtração de 50 ml/min pode ser considerada como rins que funcionam 50%.
Quando falamos em função renal estamos sempre falando nos 2 rins. Se o médico
te disser que sua função renal é de 40% ou 40 ml/min, isso significa a função total dos 2
rins juntos.
Não existe um modo de medir a filtração renal diretamente, por isso lançamos mão
de exames laboratoriais. Um deles é a urina de 24 horas, onde se colhe em uma ou mais
garrafas, toda a urina eliminada durante um dia inteiro.
Essa urina é então enviada para um laboratório que consegue avaliar a taxa de
filtração renal. Este exame é muito chato de se fazer, além de ser muito comum o paciente
cometer algum erro de coleta durante o dia. Por isso, hoje em dia prefere-se avaliar a
função através da dosagem da creatinina no sangue.
Com os valores de creatinina no sangue podemos estimar a função renal através de
cálculos matemáticos. Normalmente os laboratórios já fazem automaticamente esse cálculo
e o resultado vem sob o nome de clearance de creatinina.
8.2.1 O clearance de creatinina é igual à taxa de filtração glomerular
Unidade 8 – Terapia Renal Substitutiva
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8.3 PRIMÍCIAS SOBRE A HEMODIÁLISE
Um dos tratamentos que mais causa pavor nos pacientes é a hemodiálise. O medo ocorre
principalmente pela falta de informação sobre o método. Saiba tudo sobre este
procedimento.
A hemodiálise (HD) é um dos maiores avanços da medicina. Os rins são os únicos
órgãos nobres que podem ser substituídos, ainda que não perfeitamente, por uma máquina.
Se você tem uma falência do coração, do cérebro, dos pulmões, do fígado, etc. e não se
submeter a um transplante de órgãos, o seu destino será impreterivelmente a morte. Se seu
rim entrar em falência, você passará a fazer diálise e ainda poderá viver e ser produtivo por
muitos anos.
Agora, é agradável fazer diálise? Com certeza não. Mas o tratamento tem que ser
encarado como uma oportunidade de vida em uma doença que há poucas décadas era fatal.
Hoje as pessoas dialisam e levam uma vida próxima do normal, podem sair trabalhar, ir ao
cinema, viajar, praticar exercícios, jantar fora etc.
90% dos pacientes em hemodiálise afirmam que o método não é tão ruim quanto
imaginavam. Alguns inclusive nem se interessam por entrar na fila do transplante de tão
bem adaptados que ficam.
8.4 PRINCÍPIOS DA DIÁLISE
Toda vez que dois líquidos com concentrações diferentes são separados por uma
membrana permeável (ou seja, contenha poros), a tendência é que elas se equilibrem. Após
algum tempo, a concentração da substância fica igual dos dois lados. Isto só ocorre se as
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moléculas da suposta substância forem menores que os poros da membrana. Pense na
membrana como uma esponja fina.
Existe a hemodiálise, que é feita pelo sangue com um filtro artificial, e a diálise
peritoneal, que usa o peritônio, uma membrana que envolve os órgãos abdominais como
filtro.
8.4.1 Mecanismo da Diálise
O paciente insuficiente renal é ligado a uma máquina que puxa seu sangue através de uma
bomba circuladora. Esse sangue passa por um filtro que possui uma membrana
semipermeável, que retira as toxinas e as substâncias em excesso, e devolve o sangue
limpo para o paciente. Existe infusão de heparina para evitar que o sangue coagule dentro
do sistema.
Unidade 8 – Terapia Renal Substitutiva
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Uma sessão de hemodiálise convencional para pacientes renais crônicos dura 4
horas. Este é o tempo necessário para a filtragem da maioria das moléculas desejadas e de
uma ultrafiltração que não provoque queda da pressão arterial. Em geral são realizadas três
sessões por semana.
Na insuficiência renal aguda, que acontece em pessoas com rins previamente
normais que são atacados por algum evento, como um sepse ou intoxicação, as sessões de
diálise são mais intensas, podendo durar horas e serem diárias. Normalmente são doentes
muito graves e internados em CTI.
Um dos inconvenientes da HD é a necessidade de se puncionar um vaso para puxar
e outro para devolver o sangue. A simples punção de uma veia comum não funciona
por dois motivos: o primeiro é o baixo fluxo e pressão de sangue das veias periféricas; o
segundo é porque as veias superficiais apresentam paredes mais frágeis e depois de várias
punções repetidas ficariam inutilizáveis.
As artérias possuem fluxo e pressão elevados, além de uma parede mais forte.
Porém, elas são profundas e de difícil punção.
A solução para esse problema veio através da construção das fístulas
arteriovenosas. Pacientes em diálise são submetidos a uma pequena cirurgia vascular onde
se liga uma artéria a uma veia, criando um vaso periférico, com alto fluxo e mais resistente
a punções repetidas.
A veia quando passa a receber o alto fluxo da artéria, começa a se desenvolver,
crescendo e engrossando sua parede. Com o tempo a fístula adquire o aspecto mostrado na
foto ao lado. Trata-se de um grande vaso bem visível, com alto fluxo e pressão de sangue e
facilmente puncionável.
O problema da fístula é que esta precisa de pelo menos um mês para se tornar
apta à punção pelas grossas agulhas da hemodiálise. Nem todos os pacientes podem
esperar por este intervalo para começar a dialisar. Neste caso, lança-se mão do cateter de
hemodiálise. Este cateter é introduzido geralmente na veia jugular interna, localizada no
pescoço, que prolonga-se até a veia cava, próximo à entrada do coração. É um
procedimento de 30 minutos e o paciente pode seguir imediatamente para hemodiálise.
Portanto, o cateter de hemodiálise é uma solução provisória e deve ser sempre
substituído pela fístula o mais rápido possível. Quando não é possível estabelecer uma
fístula a curto prazo, a preferência deve ser sempre pelo cateter tunelizado de longa
duração. Atualmente os cateteres temporários de curta duração só devem ser usados em
casos urgentes. Qualquer doente com previsão de permanecer em hemodiálise por mais de
15 dias deve ter seu cateter provisório substituído por um de longa duração, para reduzir o
risco de infecção do cateter.
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8.5 DIÁLISE PERITONEAL
Este tipo de diálise aproveita a membrana peritoneal que reveste toda a cavidade
abdominal do nosso corpo, para filtrar o sangue. Essa membrana se fosse totalmente
estendida, teria uma superfície de dois metros quadrados, área de filtração suficiente para
cumprir a função de limpeza das substâncias retidas pela insuficiência renal terminal.
Para realizar a diálise peritoneal, devemos introduzir um cateter especial dentro da
cavidade abdominal e, através dele, fazer passar uma solução aquosa semelhante ao plasma.
A solução permanece por um período necessário para que se realizem as trocas. Cada vez
que uma solução nova é colocada dentro do abdômen e entra em contato com o peritônio,
ele passa para a solução todos os tóxicos que devem ser retirados do organismo, realizando
a função de filtração, equivalente ao rim.
Para realizar a mesma função de um rim normal trabalhando durante quatro horas,
são necessárias 24 horas de diálise peritoneal ou 4 horas de hemodiálise.
A diálise peritoneal realizada no hospital é planejada segundo as necessidades do
paciente, tendo em vista a situação da insuficiência renal terminal.
A diálise também pode ser realizada no domicílio do paciente, em local limpo e bem
iluminado. Neste caso é conhecida como DPAC (diálise peritoneal ambulatorial crônica).
A Solução de Diálise Peritoneal possui uma composição similar à do sangue,
formada por eletrólitos: Na, Cl, Ca, Mg, lactato ou acetato, glicose (que atua como agente
osmótico). Opções de soluções de Diálise: 1,5%, 2,5% e 4,25%. Volume das soluções: de
1000 a 6000 ml. A solução é ajustada de acordo com as necessidades de cada paciente.
O próprio paciente introduz a solução na cavidade abdominal, fazendo três trocas
diárias de quatro horas de duração e, depois de drenada, nova solução é introduzida e assim
por diante. Dependendo do caso, pode permanecer filtrando durante a noite. A DPAC
permite todas as atividades comuns do dia-a-dia, viagens, exercícios, trabalho.
A diálise peritoneal pode ser usada cronicamente por anos, exigindo do paciente
somente, as visitas médicas periódicas.
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AVALIAÇÃO
Responda a avaliação abaixo em sua conta, no site
www.enfermagemadistancia.com.br. Você precisa atingir um aproveitamento igual
ou superior a 60% para poder emitir o seu certificado.
1. Marque o hormônio abaixo produzido pelo rim:
a. Insulina
b. Eritropoetina
c. Glucagon
d. Tiroxina
2. Com relação às funções que o rim possui assinale a alternativa correta:
a. A função endócrina e homeostática.
b. Função endócrina e protetora.
c. Função endócrina e termorreguladora
d. Função endócrina e hemotransfusão.
3. Tanto na forma primária como na secundária, a lesão ao glomérulo se manifesta por
meio de alguns sintomas e sinais clínicos, marque a alternativa incorreta:
a. Proteinúria: decorrente do aumento de permeabilidade glomerular;
Avaliação
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b. Hematúria: decorrente da inflamação da parede capilar;
c. Poliúria: aumento da frequência urinária.
d. Elevação de ureia e creatinina: decorrente da queda no ritmo de filtração
glomerular.
4. É uma síndrome clínico-laboratorial decorrente do aumento de permeabilidade às
proteínas plasmáticas, caracterizando-se por proteinúria acima de 3,5 g/1,73 m2 de
superfície corpórea/dia, com consequente hipoalbuminemia e edema. Marque a síndrome
que corresponde às características listadas acima:
a. Insuficiência Renal Crônica
b. Infecção urinária
c. Insuficiência Aguda
d. Síndrome Nefrótica
5. A Insuficiência renal pode ser classificada, de acordo com as suas causas em três
tipos, marque a alternativa incorreta:
a. Pré-renal,
b. Inter- Renal
c. Renal
d. Pós-renal
6. Com relação às causas da Insuficiência Pós-renal, marque a alternativa incorreta:
a. Retenção urinária (como um efeito colateral de medicamentos ou devido à
hipertrofia prostática benigna, cálculos renais).
b. Pielonefrite;c. Obstrução devido a neoplasias abdominais (câncer ovariano, câncer colo-retal).
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d. Insuficiência Respiratória
7. O paciente está com IRA urina nas 24 horas menos do que:
a. 400 ml de urina.
b. 1000 ml de urina
c. 800 ml de urina
d. 1200 ml de urina
8. Uma sessão de hemodiálise convencional para pacientes renais crônicos dura em
média quantas horas?
a. 18 horas
b. 4 horas
c. 1 hora
d. 24 horas
9. A diálise peritoneal remove solutos acumulados no sangue. Marque a alternativa
incorreta:
a. Ureia
b. Creatinina,
c. Potássio,
d. Cloro
10. A solução de Diálise é composto por alguns elementos, exceto:
Avaliação
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REFERÊNCIAS
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mais o seu conhecimento.
BELLATO, R; PEREIRA WR, MARUYAMA SAT, OLIVEIRA PC. A convergência
cuidado-educação-politicidade: um desafio a ser enfrentado pelos profissionais na
garantia aos direitos à saúde das pessoas portadoras de estomias. Texto Contexto Enferm,
Florianópolis 2006 abr-jun; 15 (2): 334-42.
CIANCIARULLO, Tamara Iwanow (Org.). Instrumentos básicos para o cuidar: um
desafio para a qualidade de assistência. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2012.
KNOBEL, E. e Cols. Terapia Intensiva: enfermagem. São Paulo: Atneu, 2006.
LIMA, E. X.; SANTOS, I. Atualização de enfermagem em nefrologia. Rio de Janeiro:
Sociedade Brasileira de Enfermagem em Nefrologia, 2004.
Manual Internacional de padrões certificação hospitalar. Consórcio Brasileiro de
Acreditação de Sistemas de Saúde – CBA. Rio de Janeiro, 3º Ed, 2008.
S.S. M.; VIEIRA, S. R. V. e PINHEIRO, C. T. S. e Cols. Rotinas em Terapia Intensiva4
ed Porto Alegre: Artmed, 2010.
SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G. Tratado de Enfermagem médico-cirúrgica.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
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	01
	APRESENTAÇÃO
	1.2 OBJETIVOS
	1.3 PREMISSAS
	02
	DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS RENAIS NO BRASIL
	03
	ANATOMIA DO RIM
	04
	FISIOLOGIA RENAL
	4.1 FUNÇÃO ENDÓCRINA
	4.2 FUNÇÃO HOMEOSTÁTICA
	4.3 NÉFRON
	05
	SÍNDROMES GLOMERULARES
	5.1 GLOMERULONEFRITE AGUDA
	5.1.1 Sintomas da glomerulonefrite: proteinúria, h
	5.2 GLOMERULONEFRITE RAPIDAMENTE PROGRESSIVA
	5.3 PROTEINÚRIA ASSINTOMÁTICA
	5.4 SÍNDROME NEFRÓTICA
	5.5 DOENÇA RENAL CRÔNICA
	06
	INSUFICIÊNCIA RENAL
	6.1 CLASSIFICAÇÃO DAS INSUFICIÊNCIAS RENAIS
	6.1.1 Pré-Renal (Causas Relacionadas ao Suprimento
	6.1.2 Renal (dano ao rim propriamente dito)
	6.1.3 Pós-renal (causas no trato urinário)
	6.2 DIAGNÓSTICO
	07
	INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
	7.1 CAUSAS DA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
	7.2 DROGAS TÓXICAS PARA OS RINS
	7.3 IDENTIFICAÇÃO DA IRA
	7.3.1 A evolução da IRA ocorre em três fases
	7.3.2 Prevenção e Tratamento da IRA
	08
	TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA
	8.1 HEMODIÁLISE
	8.2 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES SOBRE FILTRAÇÃO RENAL 
	8.2.1 O clearance de creatinina é igual à taxa de 
	8.3 PRIMÍCIAS SOBRE A HEMODIÁLISE
	8.4 PRINCÍPIOS DA DIÁLISE
	8.4.1 Mecanismo da Diálise
	8.5 DIÁLISE PERITONEAL
	AVALIAÇÃO
	REFERÊNCIAS

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