Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Nascimento Joana D’Arc nasceu na comuna de Domrémy, na região de Lorena, na França. Não se sabe ao certo a data de seu nascimento, visto que naquela época as pessoas não contavam exatamente as idades. Há uma estimativa de que ela tenha vindo ao mundo em 1412, segundo seu depoimento no julgamento. “Tenho 19 anos, mais ou menos”, revelou ela em 1431. Infância e a Guerra A infância e pré-adolescência de D’Arc foram marcadas pelo evento histórico conhecido por Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453), conjunto de batalhas travadas entre os reinos francês e inglês pela conquista da França. Vozes do além Aos 13 anos de idade, Joana D’arc disse ter ouvido vozes do além pela primeira vez, no jardim de sua casa. Foram aparições, que ela acreditou ser, de São Miguel Arcanjo, Santa Catarina de Alexandria e Santa Margarida de Antioquia, todos haviam vindo lhe dizer que ela deveria entrar no Exército Francês e ajudar o rei Carlos VII na luta contra a inglaterra. Com o passar do tempo, Joana continuou vendo todos os sinais de forma frequente, e passou a acreditar que era uma mensagem divina. Aos 16 anos, pediu para que um parente a levasse até a cidade de Vaucouleurs, onde conversou com um funcionário local do reino francês, Robert de Baudricourt, e pediu que a levasse até a corte real francesa, em Chinon. Mas Robert foi sarcástico e não atendeu o pedido da menina, mas isso não a impediu. Ela continuou a encontrá-lo, até que Baudricourt aceitou o pedido de Joana, em 1929, lhe cedendo um cavalo e a escolta de diversos militares para que a acompanhassem pelo caminho. Antes de partir, D’arc cortou seu cabelo e vestiu-se como homem. A viagem durou 11 dias, até que ela chegasse ao reino francês. O encontro com o rei Um dos maiores mistérios da história é tentar entender como Carlos VII, o líder máximo da França, aceitou receber uma adolescente analfabeta que alegava receber mensagens divinas em seu gabinete. E mais ainda: como um monarca daquela magnitude acreditaria nas palavras da menina e permitiria que ela liderasse parte de seu exército em uma guerra sangrenta. É válido mencionar que durante o posterior julgamento de D’Arc, quando ela foi capturada pelos borguinhões, ela recusou contar o que aconteceu em Chinon e apenas disse que o rei Carlos VII havia recebido um sinal para entender que a história que ela contava era verdadeira. Há fontes que dizem que D’Arc foi capaz de identificar o rei vestido como um simples nobre diante uma multidão, o que garantiu que ele confiasse na palavra da garota. A situação precária e as constantes derrotas do exército francês também foram uma razão para que o rei e toda a realeza confiassem nas palavras da menina. De qualquer forma, D’Arc foi avaliada em diversos aspectos para que suas palavras viessem a ser consideradas pelo rei, tal como ser interrogada por clérigos e ter que realizar exame para confirmar sua virgindade. Liderando o exército Depois da conversa com o rei, D’Arc – já com 17 anos – conseguiu a autorização real para integrar o exército. Acredita-se que D’arc nunca esteve a frente de uma batalha, e nunca matou inimigos, mas que suas opiniões eram ditas como divinas, então sempre eram aceitas e seguidas. Com os esforços do exército, a região de Orleães foi garantida pela tropa francesa, como outras batalhas. Para os ingleses, as vitórias dos inimigos e o poderio da jovem camponesa indicavam que ela era, na realidade, uma bruxa possuída pelo diabo. A ideia de que Deus estaria apoiando a França em detrimento deles não era nenhum pouco atraente. Derrocada e captura Alguns anos depois, depois da coroação do rei Carlos VII, o exército francês sofreu um ataque e o exército foi extremamente abalado.no dia 23 de maio então, Joana foi capturada pelas tropas de borgonhesas, e por um valor de 10 mil libras, foi vendida ao exército da Inglaterra, quando soube que iria para as mãos do inimigos, ela se jogou da torre onde foi presa, mas sua tentativa de suícidio deu errado. em 1431, quando foi levada para julgamento, todas as acusações de teólogos e prelados que pairavam sobre si eram a acusando de mentirosa, exploradora do povo, idólatra, blasfemadora de palavra de Deus, invocadora de diabos e bruxa, e resolveram queimá-la viva, o que aconteceu no dia 30 de maio de 1431, e suas últimas palavras foram “Jesus!”, que ela chamou até não ter mais forças. Canonização Mesmo tendo morrido como bruxa e herege, nos séculos seguintes sua história foi revisada e ela foi inocentada por Papa Calisto III. Quase 5 séculos depois de sua morte, no ano 1909, a igreja católica autorizou que ela fosse beatificada, e, finalmente, no dia 30 de maio de 1920, Joana D’arc foi canonizada pelo Papa Bento XV. Hoje, ela é considerada um ícone sagrado na França e também está sincretizada em religiões afro-brasileiras, como a orixá Obá.
Compartilhar