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XIQUE-XIQUE 2018 SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO SERVIÇO SOCIAL 5º E 6º SEMESTRES BIANCA FEITOSA DOS SANTOS SORAIA DE ARAUJO BONFIM VIVIANE GOMES DE CARVALHO POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo analisar o processo interventivo do assistente social no contexto atual da implantação da Política Nacional de Assistência Social (PNAS/2004). O texto vai discorrer sobre a política de Assistência Social como direito a partir do marco Constitucional de 1988. Será apresentado também, as principais legislações afetas aos serviços da Proteção Social Especial de Alta Complexidade, voltados à infância, adolescência e juventude (exemplo: Estatuto da Criança e do Adolescente). A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL COMO DIREITO A PARTIR DO MARCO CONSTITUCIONAL DE 1988. Durante muito tempo no Brasil a assistência aos mais pobres não teve atenção do poder público. O Estado era um mero distribuidor de desobrigações clientelistas a grupos privados e religiosos e estes concentravam o atendimento à população vulnerável. A pobreza era tida como uma fatalidade e a assistência (assistência esmolada) deixada à iniciativa da igreja e dos chamados homens bons. Após lutas e conflitos em 1988 o Brasil em meio a pressões sociais caminha para a promulgação da Constituição cidadã, como foi denominada a Carta Magna de 1988, estabeleceu e reforçou uma série de direitos sociais, assegurando a permanência das liberdades democráticas. Neste documento a seguridade social ganha lugar. O artigo abaixo descreve o que representou para a Assistência Social no Brasil a Constituição de 1988. Art.194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. (CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, 2003, p. 193.) REGULAMENTAÇÃO DA POLITICA DE ASSISTENCIA SOCIAL. Ao longo desse processo de desenvolvimento das políticas assistenciais, faz necessário lembrar a Lei Orgânica da Assistência Social (Lei 8.742/93) LOAS que traz um novo significado para a Assistência Social enquanto Política pública de seguridade, direito do cidadão e dever do Estado. Seguindo a trajetória evolutiva no sistema de assistência social chegamos ao SUAS, que tem por objetivo a gestão das ações na área da assistência social, organizada de forma descentralizada e participativa. Já as medidas de proteção e os programas de apoio socioassistenciais devem objetivar o fortalecimento da família, em sua singularidade, estabelecendo de forma participativa um plano promocional a família, visando o enfrentamento às dificuldades. A convivência familiar é um direito do adolescente, devendo este ser tratado de forma privilegiada e receber garantia de proteção social. Assim, crianças e adolescentes passaram a ter direito à proteção integral e prioridade assegurada, pois são considerados sujeitos de direito pleno, com base no princípio da Dignidade da Pessoa Humana, bem como o direito garantido a convivência familiar. Em meio a tantas mudanças foi promulgada o ECA: Proteção Integral à Infância em 13 de julho, Lei n° 8.069/90, legislação que se tornou referência mundial na área dos direitos e garantias para a infância e a juventude. "A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade." Artigo 3º, Lei n° 8.069/90. O Assistente Social se inclui entre as equipes de trabalho das entidades de acolhimento institucional. Tornando-se muito importante na materialização dos serviços dirigidos a crianças e adolescentes que se encontram em situação de risco social. O profissional de Serviço Social necessita de uma visão ampla da situação vivenciada pelo sujeito, buscando entender, discutir, avaliar o problema e a necessidade de cada um que necessita de assistência. Portanto a capacitação é fundamental para que o profissional aprofunde seus conhecimentos visando à apreensão da realidade quando na execução do seu trabalho. Por este motivo é que o SUAS enfatiza a necessidade do diagnóstico, pois a partir dele o profissional poderá realizar o planejamento adequado das ações com vistas às necessidades locais. A função do assistente social no serviço de acolhimento é de extrema importância. Sua finalidade é garantir a proteção e consolidação dos direitos sociais. O PNAS(2004), esclarece que os serviços de acolhimento para os adolescentes fazem parte da Proteção Social Especial de Alta Complexidade. Estes serviços de Proteção Social Especial de Alta Complexidade (PSE) destinam-se aqueles que sofreram violação de direitos e estão em situação de ameaça e com os vínculos fragilizados ou mesmo rompidos. • O Assistente Social precisa estar apto a realizar o estudo diagnóstico para obter uma criteriosa avaliação sobre os riscos a que estão submetidos a criança ou ao adolescente e as condições da família para superação das violações de direitos. Assim, a criança ou adolescente, ao chegar ao serviço de acolhimento, contará com uma equipe técnica de serviço, dentre eles o Assistente Social, que direcionará o seu trabalho para elaboração de um Plano de Atendimento Individual e Familiar (PIA). CONCLUSÃO Em tempos recentes, a política de assistência social vem sendo desafiada por interessantes mudanças de concepção que, embora lentas e insuficientes, indicam ainda assim a possibilidade de que ela seja mais eficaz na obtenção do seu objetivo último: o de contribuir para a redução dos altos graus de desigualdade social com que o pais convive. A perspectiva adotada nesse estudo comunga da posição de que o Serviço Social, é um trabalho especializado, partícipe de um processo de trabalho organizado pela sociedade capitalista. Como destaca Teixeira (2014), quando se procura fazer uma investigação da realidade da profissão a partir de uma orientação teórica e crítica de origem marxista não há como deixar de apreender o trabalho como elemento essencial que perpassa todos os tipos de sociedade BIBLIOGRAFIA BRASIL. POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. MDS/PNAS, BRASÍLIA, 2004 BRASIL. CONSTITUIÇÃO (1988). CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. BRASÍLIA, DF: SENADO, 1988. BRASIL. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE A FOME. LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL - LOAS, LEI N° 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993. BRASÍLIA: MPAS/SAS. BRASIL. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE A FOME. POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - PNAS APROVADA PELA RESOLUÇÃO N° 145, DO CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - CNAS, DE 15 DE OUTUBRO DE 2004. BRASIL. ORIENTAÇÕES TÉCNICAS: SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES. BRASÍLIA: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME. SECRETARIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIA, 2009.
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