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1 Disciplina AZ044 - Suinocultura Manejo do leitão do crescimento ao abate Prof. Marson Bruck Warpechowski Desempenho medido pelos índices produtivos • suínos vendidos por porca por ano; • ganho de peso diário; • conversão alimentar; • rendimento de carcaça; • percentual de carne magra; e, • qualidade da carne. Fatores relacionados com o desempenho dos suínos • genética, as raças e as suas combinações; • nutrição, requerimento alimentar, forma de apresentação dos alimentos e manejo do fornecimento; • instalações/ambiente, sua localização, material utilizado e o dimensionamento; • sanidade, programas profiláticos, isolamento; • manejo, atendimento das necessidades do animal; e, • administração, gerenciamento de todos os recursos. Distribuição da mortalidade de leitões até 25 dias após parto: Adaptado de HOLYOAKE et al. 1995. Médias na linha seguidas de letras distintas diferem significativamente (P<0,05). *Total de 1326 leitões sem assistência (127 partos) e 1328 com assistência (124 partos). ---12,58% dos nascidos* 10,3100274165106Total 0,00113--Desconhecidas 0,0022523Deformidades 0,003372 b5 aDiarréias 1102712 b15 aDiversos (artrites, anemia, etc.) 4,13910859 b49 aBaixa viabilidade 4,74512490 b34 aTrauma ñ assistidosassistidos % dos nascidos * % dos mortos No. Total de leitões LeitõesLeitõesCausa de morte registradas Distribuição de mortes de leitões durante a fase de aleitamento: Adaptado de Madec et al. 1984, in: MORAES, 1993 1De um total de 520 partos. 2Nascidos mortos e encontrados mortos após o parto. 9,71,4783a semana 2031612a semana 24,9141outras 34,7197inanição 40,4229esmagamento 70,310,85671a semana -15,2806Mortos até o desmame -5,3281Nascidos mortos2 % dos mortos% dos nascidos5298Nascidos vivos1 Efeito teórico da taxa de mortalidade sobre a produção de leitões em uma granja com 100 matrizes e índices de 10,5 leitões nascidos vivos e 2,4 partos/porca/ano 21,679,0314% 200222,189,2412% aa22,689,4510% 500,523,189,668% 23,699,876% Diferença em leitões por 100 porcas/ano Diferença em leitões por porca/ano Leitões desmamados por porca/ano Leitões desmamados por parto Taxa de mortalidade 2 • Nas fases de crescimento e terminação, se deseja que o suíno ganhe o máximo de peso em menor tempo possível, consumindo o mínimo de ração, ou seja, quanto menor for a relação peso/alimento/tempo, maior será a lucratividade do criador. • Em relação as exigências ambientais, a temperatura se constitui num dos fatores mais importantes a considerar, pois dela dependerá em grande parte, todos os outros. Exigência ambiental - Temperatura Figura 1 .Zonas de termoneutralidade e produção de calor conforme temperatura ambiente Variação da temperatura corporal em função da temperatura ambiente e da atividade física/metabólica 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 D C B1 A B2 ETemperatura ambiente Produção de calor Temperatura corporal homotermia hi po te rm ia hi pe rte rm ia conforto térmico regulação química regulação física Ganho médio diário por suíno nas várias categorias em diferentes ambientes --1148455498981093848431182 --8551636179351016803463159 --671281685971944758499136 --3493997581007867712540113 -1180-8651798097466757657668 -599117635893907717621-45 43,337,832,326,721,215,6104,9vivo, kg Temperatura (oC)Peso médio HEITMANN Jr. et al., 1958. • Entre os principais fatores relacionados com o manejo e que afetam esta relação citam-se: a adoção de um programa de limpeza e a desinfecção regular após a retirada de animais da instalação. • Assim os animais tem a capacidade de expressarem seu potencial genético, com reflexos no nível nos níveis de produção e de desenvolvimento. Resultados obtidos com um programa de limpeza e desinfecção em 700 criações de animais para abate -200,121Índice econômico 3,52,612,08Mortalidade, (%) 3,363,283,19Conversão alimentar 535610628Ganho diário, g Limpeza irregula r Sem limpeza regular Limpeza e desinfecção após cada lote MALE, 1979. Sistemas de manejo das instalações • Rotina de limpeza no crescimento e terminação 0 2 4 6 8 10 U FC (1 0x ) Antes da limpeza Depois da limpeza 1a. Desinfecção 2a. Desinfecção Gráfico Redução média de contaminaçãqo bacteriana após a limpeza e duas desinfecções consecutivas Adaptado de Le Coz, 1995, in SOBESTIANSKI, 1998) 3 Rotina de limpeza • Limpeza diária eficiente ⇒ ↓ probabilidade infecções gastrointestinais, da pele, respiratórias e ecto e endoparasitas ⇒ ↑ produtividade • Limpeza deficiente ⇒ ↑ incidência de doenças clínicas e subclínicas ⇒ ↓ desempenho e ↑ refugos Sistema Contínuo de uso das instalações • Presença simultânea de lotes diferentes • Mudança de baias sem vazio sanitário • Acúmulo de flora microbiana X Limiar crítico de infecção Sistema Contínuo de uso das instalações TempoP re ss ão d e in fe cç ão Pressão de patógenos Limiar de infecção Gráfico Evolução da concentração de patógenos em sistema de manejo contínuo. (Adaptado de SOBESTIANSKI. 1998) Sistema de Manejo todos dentro – todos fora (all in – all out) • Vazio sanitário X Limiar crítico de infecção TempoP re ss ão d e in fe cç ão Pressão de patógenos Limiar de infecção Gráfico Evolução da concentração de patógenos em sistema todos dentro - todos fora (Adaptado de SOBESTIANSKI. 1998) Formação de lotes uniformes • Grupos homogêneos quanto à idade, peso e sexo • Maternidade → creche → crescimento → terminação • Vantagens da homogeneidade dos lotes: - Permitem sistema de limpeza e desinfecção eficientes Cont. Vantagens da homogeneidade dos lotes: - Melhor adequação do ambiente à cada faixa etária ou categoria - Uso mais racional dos insumos, equipamentos e mão-de-obra (economia) - Melhor eficiência no uso de alimentação por fases e por categoria - Menor variação no desempenho, valorização do lote, melhor planejamento - Menor índice de refugos, menor mortalidade 4 Formação de lotes uniformes • Manejo todos dentro – todos fora X tamanho da granja - Recomendado em granjas à partir de 36 matrizes - Mais eficiente em granjas com mais de 72 matrizes Transferência de leitões para as granjas de terminação • Granjas produtoras de leitões (18-22 kg) ⇒ Granja terminadora • Alterações ambientais + contato com animais estranhos - Adaptação ao meio - Formação de nova hierarquia - Nova flora microbiana Transferência de leitões para as granjas de terminação • Para evitar problemas sanitários e perdas totais de leitões nestas condições, é importante que: - O manejo adotado seja o mesmo em todas as granjas produtoras de leitões; - O criador que recebe os leitões adote o sistema tudo dentro - tudo fora; - O terminador receba os leitões sempre dos mesmos produtores; - Seja evitada, ao máximo, a mistura de lotes de leitões procedentes de produtores diferentes. Na medida do possível, deve-se alojar os leitões procedentes de uma granja em uma única baia. Transferência de leitões para as granjas de terminação • Manejos recomendados de alimentação: - Quando os leitões são transferidos pela manhã, fornecer, à tarde 0,2 kg de ração por animal; no dia seguinte, 0,4 kg e, no terceiro dia, 0,6 kg de ração por animal; e a partir do quarto dia, fornecer a quantidade recomendada; - Quando os leitões são transferidos à tarde, não fornecer ração no dia da transferência. Após este dia, no primeiro, segundo e terceiro dia fornecer 0,2, 0,4 e 0,6 kg de ração por animal, respectivamente, sendo que, a partir do quarto dia, deve-se fornecer a quantidade recomendada; - Fornecer água limpa e fresca à vontade, a partir do momento em que os animais são colocados na nova instalação. 5 Agrupamento de animais de lotes diferentes • Período de reconhecimento → 15 – 30 min. • Atitudes de antagonismo e brigas: - Empurrões e mordidas → pescoço e orelhas - Perda de energia → baixo desempenho - Lesões → Infecçõese estresse Agrupamento de animais de lotes diferentes • Motivos para o antagonismo: a) Hierarquia → idade, peso e sexo - Dominação – submissão → estabilidade ⇒ retorno ao desempenho normal b) Delimitação territorial - Reconhecimento de grupo → odor - Brigas iniciais (mais violentas) → território - Brigas seguintes → hierarquia Agrupamento de animais de lotes diferentes Cont. motivos para o antagonismo: c) Outros fatores: -Arraçoamento à vontade → As brigas geralmente diminuem gradualmente até 24-48 horas - Alimentação controlada/restringida → As brigas podem persistir até 8 a 10 semanas (↑ prejuízo) Agrupamento de animais de lotes diferentes • Efeitos: - Diminuição da resistência imunológica - Lesões de gravidade variável - Diminuição no ganho de peso, consumo e conversão alimentar - Genética susceptível ao PSE → aumento de 1% na mortalidade e perda de 10-14 dias no crescimento Agrupamento de animais de lotes diferentes • Manejo recomendado no agrupamento: - Evitar introduzir em uma baia animais de outra baia, e sim, juntar dois lotes numa terceira baia; - Transferir os lotes nas horas frescas do dia (ou pela manhã ou à tardinha) após a alimentação; - Fornecer uma baia previamente limpa e desinfetada e, quando possível com cama (cepilho/maravalha, palha de trigo, etc.); - Pulverizar os animais com uma solução de produtos odorizantes, para mascarar seus cheiros específicos, atrapalhando os animais. Agrupamento de animais de lotes diferentes • Os resultados deste manejo nem sempre são satisfatórios e exigem uma observação constante, para impedir brigas mais ou menos graves. • Outra forma de prevenir brigar após o agrupamento é a aplicação, por via intramuscular, do neuroléptico azaperone. 6 Número de animais por baia • Depende das instalações, temperatura ambiente, da idade dos animais e do manejo da ração. • Quanto menor o lote → diminuição da incidência de refugos, maior ganho de peso diário e melhora na qualidade das carcaças. • O número de animais recomendado por baia varia de 7 a 30. Número de animais por baia Bom desempenho nas fases de crescimento e terminação, ao formar os lotes deve-se levar em consideração que: • os lotes devem ser homogêneos em idade e peso; • quanto menor for o lote, melhor será a possibilidade de praticar um bom manejo, apesar do investimento em instalações se tornar mais alto; • nas épocas quentes do ano, os animais se desenvolvem mais rapidamente quando os grupos forem menores; Número de animais por baia • com o aumento do número de animais por baia, se observa uma leve diminuição do ganho de peso diário, enquanto que a conversão alimentar melhora; • quanto maior o número de animais, tanto maior a possibilidade da ocorrência de refugos, e maior será a variação de peso entre os animais; • a uniformidade do lote está relacionada com a forma de arraçoamento Número de animais por baia Quando a ração é fornecida à vontade, o lote pode ser maior. Um número muito grande de animais por baia é sempre desvantajoso quando a alimentação for fornecida de forma controlada, uma vez que os fortes geralmente afastam os mais fracos do comedouro, não permitindo que se alimentem corretamente. Então: • na forma de arraçoamento controlado é indispensável que cada animal tenha o seu lugar no comedouro; • em grupos de até 40 animais o desempenho não é muito afetado. Recomendações • Para criações que alimentam seus animais à vontade → manter os suínos em grupos de 20 a 30 animais • Criações com alimentação limitada → grupos de 10 animais, não podendo passar de 20 Efeito no número de suínos por baia numa concentração planejada para 16 animais/baia (HANRABAN, 1980) 0,6490,686Ganho de peso diário, kg 3,233,15Conversão Alimentar 0,570,64Espaço em m² 1816Nº de suínos/baia *criados dos 30 aos 82 kg de peso 7 Espaço por animal por baia e no comedouro • Os espaços recomendados para suínos nesta faixa etária é variável. Em alguns países, espaço mínimo, tanto na baia como no comedouro, é prescrito por lei. Espaços mínimos prescritos por lei na Suécia • Espaço mínimo necessário por animal na baia e no comedouro para suínos com diferentes pesos (OHLEN e NILSSON, 1974) 300,690 260,560 150,2520 Espaço mínimo no comedouro (cm) Espaço mínimo na baia (m²) Peso Recomendações de espaço concedidos para suínos em crescimento e terminação • Recomendação de espaço concedido para suínos em crescimento e terminação, m²/suíno, (FACCIN, 1991) 0,8401,0400,7440,74100 0,7560,9790,6930,6990 0,6720,9040,6410,6380 0,5880,8270,5860,5770 0,5040,7460,5280,5260 0,420,660,4680,4850 0,3360,5680,4030,4440 0,2520,4690,3320,3830 0,1680,3570,2530,3320 1KG/0,0084mADEQUADOMÍNIMOUSAPESO VIVO PERDIGÃO Transferência de leitões para as granjas terminadoras • Em integrações nas quais um grupo de criadores de suínos produz o leitão e outro o termina, a transferência dos leitões para as instalações de engorda geralmente ocorre quando os animais atingem 18 a 22 kg (em média de 20 kg). • Adaptação as mais variadas condições de ambiente. Quando forem adversas → alterações nas funções corporais e mudanças de comportamento → desfavoráveis em termos de saúde e desempenho. Transferência de leitões para as granjas terminadoras Para evitar problemas sanitários e perdas totais de leitões nestas condições, é importante que: • o manejo adotado seja o mesmo em todas as granjas produtoras de leitões; • o criador que recebe os leitões adote o sistema "all in all out" (tudo dentro tudo fora); • o terminador receba os leitões sempre dos mesmos produtores; • seja evitada, ao máximo, a mistura de lotes de leitões procedentes de produtores diferentes. Na medida do possível, deve-se alojar os leitões procedentes de uma granja em uma única baia. 8 Recomendação : Manejo da ração • quando os leitões são transferidos pela manhã, fornecer, à tarde 0,2 kg de ração por animal; no dia seguinte, 0,4 kg e, no terceiro dia, 0,6 kg de ração por animal; e a partir do quarto dia, fornecer a quantidade recomendada; • quando os leitões são transferidos à tarde, não fornecer ração no dia da transferência. Após este dia, no primeiro, segundo e terceiro dia fornecer 0,2, 0,4 e 0,6 kg de ração por animal, respectivamente, sendo que, a partir do quarto dia, deve-se fornecer a quantidade recomendada; • fornecer água limpa e fresca à vontade, a partir do momento em que os animais são colocados na nova instalação. Separar os animais destinados à reprodução • Análise da capacidade reprodutiva • Até a idade de três a quatro meses, machos e fêmeas podem ser mantidos numa mesma baia. Após este período → separá-los. • Machos → grupo de três → manter libido. • Fêmeas → grupo de seis a doze. Castração dos reprodutores descartados • Leitões não são castrados com 8-15 dias de idade, pois nesta faixa etária ainda não é possível identificar os que serão utilizados como reprodutores e os que serão eliminados. • Assim os reprodutores descartados são castrados entre 30 e 40 dias antes do abate, para evitar a presença de odor sexual e sabor característico da carne. Carregamento e transporte de animais • O embarque e o transporte de animais para o frigorífico podem acarretar sérios prejuízos econômicos, devido a lesões, perda de peso, diminuição na qualidade da carne e perda total por morte de animais. • A constituição fraca do suíno tipo carne sofrendo a influência de fatores externos tais como a época do ano, manejo dos animais antes e durante o carregamento, durante o transporte e do manejo por ocasião do desembarque, torna-o passível, devido a sua grande sensibilidade, de transtornos orgânicos que causam perdas parciais ou totais. Carregamento e transporte de animais • Evitar o fornecimento de ração antes do transporte. • Sobrecarga de animais em relação a área do veículo transportador → agressão ao espaço técnico e fisiológico → lesões, perda de peso e morte do animal. 9 Relaçãoentre o peso corporal e espaço mínimo por animal durante o transporte, segundo MATKZE (s.d) 1,5200 1- 200Cachaços 0,40 - 1,0080 - 200Porcas 0,40 - 0,5081 - 100 0,30 - 0,4851 - 80Terminação 0,18 - 0,3025 - 50Recria 0,12 - 0,1715 - 25Leitões Espaço mínimo/animal em m² Peso em kgFaixa etária Medidas a serem adotadas no transporte Antes do embarque • selecionar os animais 24 horas antes do embarque; • pela manhã, diminuir a quantidade de alimentos à metade; • 12 horas antes do embarque, não fornecer ração, somente água; • manter os animais em ambiente calmo. Medidas a serem adotadas no transporte Durante o embarque • sempre que possível embarcar os suínos nas horas mais frescas do dia; • manejar os animais com cuidado e calma, evitando chutar e bater nos animais. As lesões corporais desvalorizam a carcaça; • nas épocas quentes, após carregar os animais; borrifá-los com água; Medidas a serem adotadas no transporte Cont. Durante o embarque • evitar o amontoamento de animais. A sobrecarga de um veículo favorece a perda de peso e a mortalidade de animais durante o transporte; • cachaços velhos que são mantidos isoladamente; também devem ser transportados em compartimentos isolados. Medidas a serem adotadas no transporte Durante o transporte • devem ser evitados os excessos de velocidade como também freiadas bruscas que possam excitar os animais; • devem ser evitadas paradas longas; • é recomendado o carregamento e o transporte dos animais nas horas mais frescas do dia. Medidas a serem adotadas no transporte Durante o desembarque • como o carregamento, o desembarque é um dos momentos mais críticos do transporte dos animais desde a granja até o frigorífico; • durante o desembarque, deve-se evitar bater ou chutar os animais, e sim, manejá-los com o maior cuidado possível. 10 Composição típica de um suíno tipo carne • Com um manejo adequado, suínos de bom potencial biológico, produzirão com qualidade, a maior quantidade possível de carne magra, com um mínimo de tempo e consumo de alimento. • Composição típica de um suíno tipo carne de 100 kg de peso vivo (peso da carcaça de 76 kg e da cabeça e outros órgãos de 24 kg): 10017,15,2622,3655,28PERCENTAGEM,% 761341742QUANTIDADE,kg TOTALOSSOSCOUROGORDURACARNE Composição típica de um suíno tipo carne • Composição da carcaça de um suíno de 100 kg de peso vivo, segundo FACCIN (1991) 2,8955,960,6625,814,69-100Percentagem 2,242,530,519,6111,1610076,01Total 1,94,48-5,51,1217,113Osso -2,4-0,910,695,264Couro 0,034,12-11,90,9522,3717Gordura 0,2731,530,51,38,455,2742Carne CinzasÁguaCarboidratosLipídeosProteína%kgda carcaça Componentes da fração (kg)PesoComponentes Manejo da alimentação • 80% do custo da produção. • Dois importantes fatores influenciam os requerimentos dos suínos: • 1. Requerimento de manutenção - cerca de 1/3 de todo o alimento consumido é requerido para manter o processo de manutenção do organismo. • 2. Requerimento de crescimento e produção - no crescimento de carne magra e gordura, 15 Mj ED são requeridas por kg de carne magra produzida, enquanto que, para produzir tecido gorduroso são necessários 50 Mj ED, isto é, 3 vezes mais energia para produzir gordura do que para carne magra. Manejo da alimentação • Depois de serem satisfeitos os requerimento de energia, a lisina é o mais crítico das dietas. • Efeito da adição de lisina em dietas de crescimento de suínos dos 5 aos 90 kg: English s.d. IN: FACCIN, 1991. 102,432,25Conversão alimentar 8270300GPD em carne magra 8605660GPD Total diferença %deficiente em 10% lisinatestemunha Exigências nutricionais de energia digestível, proteína, lisina, triptofano, metionina+cistina e treonina para suínos em crescimento (NRC, 1988): ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ CONSUMO E NÍVEL PESO VIVO, kg DE PERFORMANCE 1-5 5-10 10-20 20-50 50-110 ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Expectativa de GPD, g 200 250 450 700 820 Expectativa de CDA, g, 250 460 950 1900 3110 Expectativa de CA (CDA/GPD) 1,25 1,84 2,11 2,71 3,79 Expectativa de EA (GPD/CDA) 0,800 0,543 0,474 0,368 0,264 Consumo de ED, kcal/dia 850 1560 3230 6460 10750 Consumo de EM, kcal/dia 805 1490 3090 6200 10185 Consumo de PB, g/dia 60 92 171 285 404 Requerimentos, % ou quantidade por kg/dieta EM, kcal/kg dieta 3220 3240 3250 3260 3275 Proteína bruta, % 24 20 18 15 13 Lisina, %. 1,40 1,15 0,95 0,75 0,60 Triptofano, % 0,20 0,17 0,14 0,12 0,10 Metionina+cistina 0,68 0,58 0,48 0,41 34 Treonina 0,80 0,68 0,56 0,48 0,40 --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 11 Manejo da Alimentação • Alimento pode ser administrado de forma à vontade ou restrita. • Restrição alimentar → redução da gordura da carcaça e ganho de peso diário → aumenta a necessidade de instalações em 40 % no estágio final de terminação (se a restrição for na ordem de 70 % do consumo à vontade). Efeito da restrição alimentar,com base na alimentação à vontade,sobre o desempenho de suínos entre 55-90 kg: (English s.d. in: FACCIN, 1991) 12131415ET P2, mm 595347,544Dias/crescimento 3,092,942,943Conversão alimentar 108103103105Consumo alimentar, kg 200225250270GPD em carne magra, g 592664736800GPD Total, g 70%80%90%A vontade Desempenho de suínos em terminação sob restrição alimentar quantitativa¹: 2,75 b2,79 b2,97 aConversão alimentar 2.436 b2.550 b2.772 aConsumo diário (g) 829 a885 a916 aGanho diário (g) 403736Dias para terminação2 12 % restrição (8,16 Mcal/dia) 8 % restrição (8,53 Mcal/dia) À vontade (9,8 Mcal/dia) Variável 1 Dieta a base de milho e farelo de soja com 16 % PB e E:P de 209,4. (BELLAVER, 1992) 2 Calculado com os dados fornecidos pelo autor de peso médio inicial (59,8 kg) e final (92,5 kg). Recomendações de consumo de ração de acordo com o plano NUTRIS de alimentação: 17355-60 até 90-99120-abateTERMINAÇÃO 11023-25 até 55-6070-120CRESCIMENTO 2312-15 até 23-2545-70INICIAL 102 até 12-157-45PRÉ-INICIAL Consumo, kgFaixa de peso, kgFaixa de idade, dias Recomendações de consumo de ração de acordo com o plano Agroceres PIG de alimentação. 14056 - 100111-165TERMINAÇÃO 7025 - 5571-110RECRIA 3013 - 2541-70INICIAL 102 até 128-40PRÉ-INICIAL Consumo, kgFaixa de peso, kgFaixa de idade, dias Classificação da granja conforme resultados obtidos • Deve-se entregar ao frigorífico no mínimo 1,5 leitões por mês, para cada matriz alojada na granja. • Controlar o índice parto/porca/ano. • Para evitar o aumento do n° de dias improdutivos → aplicar uma dose de HCG + Estradiol, nas porcas que não apresentaram cio em até 10 dias após o desmame → o qual provoca um cio fértil entre o 1° e 4° dia. 12 Classificação de uma granja pela produção alcançada: Nº matrizes Nº de animais entregues por mês ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 150% 170% 180% 190% 200% RUIM BOM M. BOM ÓTIMO EXCELENTE ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 10 15 17 18 19 20 20 30 34 36 38 40 30 45 51 54 57 60 40 60 68 72 76 80 50 75 85 90 95 100 60 90 102 108 114 120 70 105 119 126 133 140 80 120 136 144 152 160 90 135 153 162 171 180 100 150 170 180 190 200 200 300 340 360 380 400 300 450 510 540 570 600 400 600 680 720 760 800 500 750 850 900 950 1000 -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Adaptado de TRENTINI (1993). Tipificação de carcaças • Avaliação qualitativa → apreciação visual, sem necessidade de cortes especiais. • Tipificaçãoapós a preparação da meia carcaça (choque, sangria, depilação, evisceração e corte). • Depende do Governo Federal → regulamentação através do Ministério da Agricultura. Tipificação de carcaças • Produção de animais com maior valor comercial. • Suíno tipo carne → maior produção de carne magra e menor de gordura. • Tabelas diferenciais de preços pagos aos cooperados. Tabela diferencial para pagamento de cooperados dos suínos com tipificação de carcaça: (Cooperativa Central Oeste Catarinense Ltda.) 8585868787868584>509 889092919089888645-498 929393949392918840-447 979899999897949335-396 9899100102100100989630-345 991001041051041031009825-294 1001031061071081061029920-243 10110610810911010810410015-192 104107110112113110105100-141 54 59 64 69 74 79 89 +90FAIXASCLASSES 50 55 60 65 70 75 80 90mm FAIXAS DE PESO DE CARCAÇA, kgTOICINHOTOICINHO 73 80 87 94 101 108 122 +123 68 74 81 88 95 102 109 123 FAIXAS DE PESO VIVO, kg 1 2 3 4 5 6 7 8 CLASSES DE PESO Observações tabela de pagamento 1. Carcaças com pesos entre 41-49 kg receberão índice 80. 2. Carcaças com pesos entre 30-40 kg receberão índice 50. 3. Reprodutores descartados não serão tipificados, receberão a classificação "grandes" na tabela normal da indústria. 4. O índice 100 corresponde ao animal que, na classificação tradicional, receberia o preço do dia. 5. Na gratificação paga a produtores do Fomento, a dedução do Funrural ou outros descontos eventualmente feitos não foram incluídos. Tipificação de carcaças • Os produtores que vendem para esta Cooperativa devem procurar produzir e vender os seus animais com o índice 113, o mais valorizado. • As razões para tal procedimento estão alinhadas a seguir: 1. Pelo sistema de compras sem classificação, muitas vezes o animal de boa qualidade recebe menos do que seria justo e o animal ruim recebe mais do que deveria, isto é, o bom paga pelo ruim; 13 2. Pelo sistema de identificação de carcaça, cada animal é identificado por propriedade, e, após abatido, é medida a espessura de toicinho e o peso da carcaça. 3. Assim, o sistema permite pagar um preço justo pelo suíno, com benefícios para o produtor, para a indústria e para o próprio consumidor, que poderá receber um produto de melhor qualidade; 4. Um bom sistema de tipificação de carcaça conduz, com o tempo, à melhoria geral da suinocultura, com benefícios para o próprio Estado e para o País. Implanta-se maior disciplina no mercado, evita-se o desperdício de alimentos com animais de qualidade inferior; 5. O conhecimento dos suínos de qualidade superior e a sua procedência permite direcionar eficazmente os programas de melhoramento do rebanho, bem como detectar facilmente eventuais problemas sanitários. Além disso, viabiliza quaisquer negociações para colocação de excedentes de produção, quando os mesmos ocorrem, pois países compradores exigem produtos classificados e de boa qualidade. 6. A tabela de classificação de carcaças é de conhecimento de todos, isto é a regra de pagamentos é conhecida e o produtor decide para onde direcionar a sua criação de suínos.
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