cap2

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Lógica e argumentos, cap. 2 de
Introdução à Lógica (Mortari 2001)
Luiz Arthur Pagani
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1 Validade e forma
• análise de argumentos:
o raciocínio é um processo de construir argumentos para
aceitar ou rejeitar uma certa proposição. Assim, na
tentativa de determinar se o raciocínio realizado foi
correto, uma das coisas das quais a lógica se ocupa é a
análise dos argumentos que são construídos. Ou seja,
cabe à lógica dizer se estamos diante de um �bom�
argumento ou não. (p. 16)
• argumento válido:
(A1) P1 Todo gato é mamífero.
P2 Miau é um gato.
I Miau é mamífero.
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• argumento inválido:
(A2) P1 Todo gato é mamífero.
P2 Lulu é um mamífero.
I Lulu é gato.
• argumento incorreto, ainda que válido:
(A3) P1 Todo peixe é dourado.
P2 Cleo é um peixe.
I Cléo é dourado.
• forma dos argumentos válidos:
(F1) P1 Todo A é B.
P2 c é um A.
I C é B.
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• outro argumento válido, mas incorreto:
(A4) P1 Todo marciano é cor-de-rosa.
P2 Rrringlath é um marciano.
I Rrringlath é marciano.
• quando a conclusão é consequência lógica das premissas, o
argumento é válido (se as premissas são verdadeiras, não é
possível que a conclusão seja falsa, p. 19)
• forma inválida:
(F2) P1 Todo A é B.
P2 c é um B.
I C é A.
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• Miau −→ gato −→ mamífero
•m��
��G
&%
'$M
• Lulu −→ mamífero ←− gato
• l
��
��G
&%
'$M
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2 Validade e correção
• argumento correto: �Um argumento é correto se for válido e,
além disso, tiver premissas verdadeiras.� (p. 21)
• �determinar, para cada argumento, se suas premissas são
verdadeiras ou não, não é uma questão lógica.� (p. 22)
• �a lógica não se ocupa de conteúdos, mas apenas da forma � e
eis a razão pela qual ela é chamada de lógica formal.� (p. 23)
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3 Dedução e indução
• �os argumentos dedutivos são não-ampliativos, isto é, num
argumento dedutivo, tudo o que está dito na conclusão já foi dito,
ainda que implicitamente, nas premissas. Argumentos indutivos, por
outro lado, seriam ampliativos, ou seja, a conclusão diz mais, vai
além, do que o a�rmado nas premissas.� (p. 23)
• probabilidade:
(A6) P 80% dos entrevistados vão votar no candidato X.
I 80% dos eleitores vão votar no candidato X.
• analogia:
(A7) P1 Esta vacina funcionou bem em macacos.
P2 Esta vacina funcionou bem em porcos.
I Esta vacina vai funcionar bemem seres humanos.
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4 A lógica e o processo de inferência
• �O desenvolvimento da lógica teve como um de seus resultados
a identi�cação de muitas e muitas regras para a produção de
bons argumentos, regras que nada mais são do que formas mais
simples de argumento válido, como (F1) acima.� (p. 26)
• �Em geral, temos à disposição um conjunto de formas válidas
simples, ou, para usar a nomenclatura correta, regras de
inferência, por meio das quais podemos ir manipulando os
dados disponíveis e ir derivando conclusões.� (p. 26)
• �dada a disponibilidade de computadores, há inclusive diversas
tentativas bem-sucedidas de automatizar o processo de
inferência.� (p. 26)
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5 Um pouco de história
• Aristóteles (384�322 a.C.): teoria do silogismo
• Crísipo (cerca de 280�205 a.C.): base para a lógica proposicional
• Boole (1815�1864): álgebra de booleana (por exemplo, multiplicação
binária equivalente à conjunção �e�)
A B A × B
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1
• Gottlob Frege (1848�1925): Conceitogra�a, cálculo de predicados,
lógica simbólica (demonstração matemática)
• Prolog (linguagem de programação baseada na lógica)
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	Validade e forma
	Validade e correção
	Dedução e indução
	A lógica e o processo de inferência
	Um pouco de história