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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE	FEDERAL	DO	PARANÁ	
SETOR	DE	CIÊNCIAS	BIOLÓGICAS	
DEPARTAMENTO	DE	EDUCAÇÃO	FÍSICA	
INSTITUTO	INTELIGÊNCIA	ESPORTIVA	
	
	
	
MEMORIAL	DE	ATIVIDADES	ACADÊMICAS	
	
	
	
	
	
	
FERNANDO	RENATO	CAVICHIOLLI	
	
	
	
	
	
Memorial	 descrito	 para	 fins	 de	
progressão	 na	 Carreira	 de	 Magistério	
Superior	 de	 Professor	 Associado	 (Classe	
D)	para	Professor	Titular	(Classe	E).	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Curitiba,	20	de	janeiro	de	2020	
Lista	de	abreviaturas	ou	siglas	
	
CAPES		 Coordenação	de	Aperfeiçoamento	de	Pessoal	de	Nível	Superior		
CBDA			 Confederação	Brasileira	de	Desportos	Aquáticos	
CED	 	 Centro	de	Educação	Física	e	Desportos	
CEPE	 	 Conselho	de	Extensão	e	Pesquisa	
CEPELS	 Centro	de	Pesquisa	do	Esporte,	Lazer	e	Sociedade	
CHELEF	 Congresso	de	História	do	Esporte,	do	Lazer	e	da	Educação	Física	
CNPq	 Conselho	Nacional	de	Pesquisa/	Atual	Conselho	Nacional	de	
Desenvolvimento	Científico	e	Tecnológico	
COUN	 	 Conselho	Universitário	
DEF	 	 Departamento	de	Educação	Física	
FCDEF	 Faculdade	de	Ciências	do	Desporto	e	Educação	Física		
FIEP	 	 Fédération	Internationale	d’Education	Physique	
IE	 	 Inteligência	Esportiva	
ME	 	 Ministério	do	Esporte	
MEC	 	 Ministério	da	Educação	e	Cultura	
NR1	/	NR2	 Acampamento	Nosso	Recanto	1	e	2	
PMC	 	 Prefeitura	Municipal	de	Campinas	
PPGEDF		 Programa	de	Pós-graduação	em	Educação	Física	
PRPPG	 Pró-	Reitoria	de	Pesquisa	e	Pós-graduação	
PUCC	 	 Pontifícia	Universidade	Católica	de	Campinas	
RNT	 	 Rede	Nacional	de	Treinamento	
SCB	 	 Setor	de	Ciências	Biológicas	
SEE	 	 Secretaria	Especial	do	Esporte	
SNEAR		 Secretaria	Nacional	de	Esporte	de	Alto	Rendimento	
SPSS	 	 Statistical	Package	for	the	Social	Sciences	
TCC	 	 Trabalho	de	Conclusão	de	Curso	
TCU	 	 Tribunal	de	Contas	do	Paraná		
UC		 	 Universidade	de	Coimbra	
UFPR	 	 Universidade	Federal	do	Paraná	
UFSC	 	 Universidade	Federal	de	Santa	Catarina	
UNESP	 Universidade	Estadual	Paulista	
UNICAMP	 Universidade	de	Campinas	
UNIMEP	 Universidade	Metodista	de	Piracicaba	
USAID		 United	States	Agency	for	International	Development		
	
	
	
	
	
	
S	U	M	Á	R	I	O	
	
1. 1.INTRODUÇÃO...............................................................................................................	 4	
2. 2.FORMAÇÃO	PROFISSIONAL………………………………………...................................	 9	
3.ATUAÇÃO	PROFISSIONAL	–	ENSINO	SUPERIOR……………...............................	 12	
3.1.ATIVIDADES	DE	ENSINO.......................................................................................	 13	
3.1.1.Disciplinas	ministradas	na	graduação	...............................................................	 14	
3.1.1.1.Lazer	e	recreação……………………...……………..........................................	 14	
3.1.1.2.	Atuação	profissional	do	Lazer……………………………...............................	 15	
3.1.1.3.Seminário	de	monografia	A	e	Seminário	de	monografia	B……….........	 16	
3.1.1.4.	Estágios	B	e	C……………………………...……….........…………….....................	 17	
3.1.1.5.	Esportes	II	–	Basquetebol……………………....….............……………............	 18	
3.1.2.	Disciplinas	ministradas	na	pós-graduação	(Stricto-Sensu)...........................	 20	
3.2	ATIVIDADES	DE	PESQUISA	E	ORIENTAÇÃO	……………………………..............	 22	
3.2.1.	Orientações	na	UFPR……………………...……………................................................	 24	
3.2.1.1.	Graduação,	iniciação	científica	e	pós-graduação	latu	sensu...............	 24	
3.2.1.2.Pós-graduação	stricto	sensu………………….......……………........................	 24	
3.2.1.3.	Produção	intelectual	no	ensino	superior..................................................	 25	
3.3	ATIVIDADES	DE	EXTENSÃO	……………………………………..................…….........	 32	
3.4	ATIVIDADES	DE	ADMINISTRAÇÃO	……………………….............………………....	 34	
4.	CONSIDERAÇÕES	FINAIS..........................................................................................	 39	
5.REFERÊNCIAS...............................................................................................................	 45	
6.ANEXOS..........................................................................................................................	 46	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
 4 
1.INTRODUÇÃO	
	 	
Constato	empiricamente	que	memorial	é	algo	que	incomoda	os	professores	
universitários	 da	minha	 geração.	O	 primeiro	 motivo	 foi	 percebido	 por	mim	 com	
relação	aos	membros	que	compunham	o	Conselho	Universitário	(COUN)	da	UFPR	
no	final	da	década	passada;	com	vagas	escassas	para	obtenção	da	Classe	Titular	o	
discurso	era	que	o	profissional	deveria	defender	“as	teses	das	teses”.	As	áreas	de	
medicina,	direito	e	engenharia	articulavam	um	discurso	que	afastavam	de	imediato	
as	 áreas	 não	 tão	 valorizadas	 pelo	 senso	 comum,	 (as	 pesquisas	 básicas,	 	 as	 áreas	
socioculturais	 –	 onde	 a	 minha	 pesquisa	 se	 insere;	 enfim	 tudo	 aquilo	 que	 não	
demonstrasse	aplicabilidade	imediata	para	sociedade,	segundo	alguns	membros	do	
COUN)	 assim	 como	 impossibilitavam	 que	 alguns	 ramos	 dessas	 mesmas	 áreas	
“nobres”	pudessem	participar	das	disputas	internas	nos	diferentes	departamentos.	
Portanto,	 uma	 regra	 não	 escrita,	 mas	 consubstanciada	 nos	 órgãos	 decisórios	 da	
UFPR	estava	posta.	Fruto	de	pressões	pelos	professores	e	greves,	poucos	anos	mais	
tarde,	 a	 medida	 provisória	 nº	 568/12	 modifica	 e	 reestrutura	 a	 carreira	 das	
universidades	e	institutos	federais.	Entre	as	principais	mudanças	estavam	a	redução	
de	17	para	13	níveis	na	carreira,	o	qual	permitiu	a	ascensão	mais	rápida	às	classes	
de	professor	associado	e	titular.	
	
Entre	as	concessões	ao	Estado	e	as	conquistas	da	categoria,	essa	
greve	garantiu	que	todos	os	professores	que	alcançarem	o	nível	
de	 Professor	 Associado	 4	 possam	pleitear	 essa	 ascensão.	 Nas	
regras	 anteriores	 de	 distribuição	 de	 vagas	 para	 Professor	
Titular,	 a	 possibilidade	 dessa	 promoção	 era	 muito	 reduzida,	
envolvia	a	perda	de	direitos	trabalhistas,	além	de	produzir	uma	
competição	 intensa	 entre	 pares	 do	 mesmo	 departamento.	
(Vieira,	2017)	
	
No	caso	específico	da	UFPR	as	normativas	se	encontram	na	resolução	10/14	
Conselho	de	Ensino	Pesquisa	e	Extensão	(CEPE)	mais	especificamente	no	capítulo	II	
 5 
que	trata	do	desenvolvimento	da	carreira	de	magistério	superior,	a	qual	modifica	a	
redação	para	progressão	ou	promoção	para	a	classe	de	Titular:	“lograr	aprovação	
de	memorial	 que	deverá	 considerar	 as	 atividades	de	 ensino,	pesquisa,	 extensão,	
gestão	acadêmica	e	produção	profissional	relevante,	ou	defesa	de	tese	acadêmica	
inédita”(CEPE,	2014.	Grifo	do	autor).		As	novidades	para	a	carreira	de	professor	do	
magistério	superior	são	duas:	a)	a	garantia	a	todos	os	professores	de	atingir	a	classe	
de	Titular;	b)	a	possibilidade	de	os	professores	poderem	optar	pelo	modelo	anterior,	
“a	 tese	 das	 teses”	 ou	 “defesa	 de	 memorial”.	 Ao	 mesmo	 tempo	 que	 existe	 a	
possibilidade	 e,	 consequentemente,	 a	 valorização	 do	 professor,	 ambiguamente	
perante	a	sociedade,	parece	que	estou	burlando	o	sistema	–	fruto	de	mais	de	20	anos	
de	leis	e	regras	mais	rígidas.		
Um	 segundo	 motivo	 decorre	 da	 parcialidade	 e	 subjetividade	 das	
informações	quando	o	professor	busca	 em	suas	memórias	o	 caminho	percorrido	
perante	aquilo	que	prometeu	(a	qual	assinei	no	dia	1º	de	 julho	de	1997)	sobre	o	
princípio	 da	 indissociabilidade	 entre	 os	 eixos	 do	 ensino,	 pesquisa	 e	 extensão,	
proferindo-os	como	elementos	formadores	de	um	padrão	de	qualidade	num	projeto	
de	universidade	que	entendesse	e	desenvolvesse	os	interesses	da	grande	parte	da	
população.	 (Fórum	 da	 Educação	 na	 Constituinte)1	 Mas,	 como	 a	 sociedade	 é	
dinâmica,	
	
Embora	 incorporada	 esta	 proposta	 à	 lei	 maior	 do	 país,	 na	
década	seguinte,	marcada	pela	visão	neoliberal	que,	no	Brasil,	já	
vinha	 sendo	 imposta	 pelos	 organismos	 internacionais,	 fez	
recuar	 essa	 perspectiva	 na	 nova	 Lei	 de	 Diretrizes	 e	 Bases	 da	
Educação,	 que	 reconheceu	 diferentes	 tipos	 de	 educação	
superiorao	 permitir	 a	 criação	 de	 novas	 figuras	 jurídicas	 de	
instituições	de	ensino	superior,	os	Centros	Universitários	e	os	
Institutos	Superiores	de	Educação	que,	tal	como	os	institutos	e	
 
1 O Fórum foi um dos responsáveis pela inserção na carta constitucional de 1988 do artigo 207, 
que associou os princípios de autonomia universitária e de indissociabilidade entre ensino, 
pesquisa e extensão. Para maiores aprofundamentos ver Andes/ SN, 1982; Pinheiro, 2015. 
 6 
faculdades	 isoladas,	 podem	 prescindir	 da	 pesquisa	 e	 da	
extensão,	valendo-se	apenas	do	ensino	para	exercer	sua	função	
educativa.	(Vieira,	2017.	Destaque	do	autor)	
	
É	 certo	 que	 cada	 pilar	 existe	 por	 si	 só,	 eles	 são	 independentes	
funcionalmente.	Meu	ingresso	se	deu	numa	perspectiva	da	indissociabilidade	que	
foi	modificada	por	 interesses	de	 expansão	do	 ensino	 superior	particular.	Não	há	
como	 negar	 que	 a	 perspectiva	 fragmentada	 fora	 do	 ensino,	 da	 pesquisa	 ou	 da	
extensão	 adentrou	 a	 universidade	 pública	 também!	 Correto	 ou	 não	 os	 exemplos	
estão	aí	em	grande	número	do	qual	não	posso	me	eximir.	
Um	terceiro	motivo	que	incomoda	o	professor	universitário	é	o	fato	de	ter	
que	escrever	na	primeira	pessoa	do	singular	,	“trata-se	de	um	gênero	que	produz	um	
certo	 grau	de	desconforto	 entre	 os	pesquisadores	 acadêmicos,	 uma	vez	que,	 por	
razões	de	ofício,	esses	aprenderam	a	escrever	na	terceira	pessoa	do	singular	ou	na	
primeira	 pessoa	 do	 plural”	 (Vieira,	 2017),	 sempre	 com	 a	 intenção	 de	 induzir	 e	
convencer	o	leitor,	que	o	pesquisador	mantém	o	afastamento	necessário	do	objeto	
estudado	assim	como	a	imparcialidade	das	análises	–	se	é	que	elas	existem.	Mas,	aqui	
a	 primeira	 pessoa	 do	 singular	 se	 faz	 necessária,	 o	 que	 me	 leva	 a	 crer	 que	 o	
afastamento	tão	necessário	em	minhas	pesquisas	ao	utilizar	a	memória,	posso	estar	
materializando	na	minha	ótica	somente.	Dessa	forma,	vou	me	basear	naquilo	que	
tenho	 como	 algo	mais	 técnico	 e	 foi	 produzido	 em	 todos	 esses	 anos:	 o	 currículo	
Lattes.	 Não	 se	 trata	 de	 anexá-lo	 somente,	 há	 de	 ser	 analisado	 demonstrando	 os	
pontos	correntes	e	os	ambíguos.	Afastamento!	Impossível,	ao	fato	que	foi	o	próprio	
autor	que	o	produziu.	Memórias!	Será	prudente	questioná-las	e	estar	atentando	a	
não	as	romantizar.	
Se	 eu	 optei	 pelo	 memorial,	 é	 prudente	 neste	 momento	 valorizá-lo.	 O	
memorial	 possibilita	 organizar	 as	 aspirações	 de	 transmissão	 de	 conteúdo	 e	
 7 
experiências	profissionais	na	graduação;	permite	conhecer	o	envolvimento	com	a	
comunidade	por	meio	dos	projetos	de	extensão;	facilita	o	entendimento	do	“ponto	
de	vista	crítico	e	metateórico	do	pesquisador	ao	analisar	seu	próprio	percurso	de	
formação	e	produção	acadêmica	ao	longo	dos	anos	dedicados	à	atuação	ou	pesquisa”	
(Rego,	2014,	p.783)	e,	por	fim,	permite	conhecer	um	pilar	do	qual	não	fui	treinado,	
mas	 entendi	 sua	 importância	 na	 vida	 acadêmica:	 as	 atividades	 administrativas.	
Assim,	 entendo	 que	 o	memorial	 possibilita	 o	 reexame	 da	minha	 vida	 acadêmica	
como,	por	exemplo,	na	compreensão	de	quais	foram	as	relações	entre	a	prática	e	o	
processo	 de	 construção	 do	 conhecimento;	 na	 utilização	 de	 referencial	 teórico	
específico	 e	 a	busca	por	novos	 referenciais	 –	 conforme	o	objeto	de	 estudo	 foi	 se	
modificando	ao	longo	dessa	carreira.	Isso,	ficando	somente	no	plano	da	pesquisa.		
Nesse	momento	em	que	as	universidades	e	o	funcionário	público	recebem	
ataques	orquestrados	de	diferentes	áreas	do	governo,	eu	tenho	que	ressaltar	o	que	
realizei	ao	longo	desses	23	anos;	tenho	que	justificar	o	quê	e	o	porquê	construí	essa	
trajetória,	 enfim,	 como	 explanou	 o	 reitor	 Dr.	 Ricardo	 Marcelo	 Fonseca,	 na	 festa	
comemorativa	dos	107	anos	da	UFPR	no	último	mês	do	ano	de	2019:	“temos	que	
justificar	o	óbvio	para	a	sociedade”!	Destaco	nos	cargos	que	ocupei	(inclusive	como	
ordenador	de	despesas)que	administro	o	dinheiro	público	evitando	quaisquer	tipos	
de	desperdícios,	que	minhas	atribuições	na	UFPR	são	executadas	na	forma	da	lei	e	
também	por	meio	da	moral	(aprendida	desde	cedo	numa	família	de	classe	média,	
onde	roubar,	ser	injusto	ou	passar	por	cima	dos	outros,	nunca	foi	aceito);	que	sou	
corresponsável	pela	formação	de	mais	de	19	turmas	do	curso	de	educação	física;	e	
que	sou	corresponsável	pela	 formação	de	mais	de	15	turmas	que	trabalham	com	
ciência	e	inovação	na	área	da	educação	física.	
 8 
Tenho	que	justificar	que	no	ato	do	ensino	preservo	o	que	um	estudante	e	
talvez	o	ser	humano	tenha	de	mais	valioso:	o	livre	arbítrio.	Escolhendo	suas	fontes	
teóricas,	garimpando	seus	exemplos,	enfim	tenho	que	garantir	e	mostrar	que	é	o	
aluno	quem	decide.	Dessa	forma,	eu	sempre	busquei	ir	além	do	que	me	foi	ensinado,	
instruindo	 de	 forma	 crítica	 na	 busca	 por	 novas	 soluções.	 Tenho	 como	 tarefa	 em	
destaque	 –	 propiciar	 a	 crítica	 sem	 indicar	 um	 projeto	 político	 numa	
tendência/vertente	única.	Então	me	parece	que	o	compreender	e	analisar	a	minha	
trajetória	 poderá	 ter	 alguma	 finalidade	 nesse	momento:	mostrar	 que	 faço	 óbvio	
para	uma	pequena	parcela	da	sociedade	(que	está	no	poder)	que	executo	a	minha	
parte	para	além	do	que	foi	assinado	em	1º	de	julho	de	1997!	
Portanto,	o	objetivo	desse	memorial	é	sintetizar	em	algumas	páginas	o	que	
realizei	na	minha	trajetória	como	estudante	e	profissional,	o	que	de	certa	forma	é	
uma	tarefa	estimulante,	enfim,	quais	profissões	têm	o	dever	de	rever	o	seu	percurso	
profissional	estando	ainda	no	pleno	gozo	do	exercício?	Indo	um	pouco	mais,	quais	
profissões	podem	mostrar	as	virtudes	e	também	as	fragilidades	de	uma	carreira	sem	
correr	 o	 risco	 de	 ser	 desprovido	 do	 seu	 cargo,	 deixar	 reflexões	 positivas	 para	
aqueles	que	são	os	nossos	colegas	de	trabalho	e	que	estarão	ainda	por	longos	anos	
nessa	 profissão?	 A	 finalidade	 do	 presente	 memorial	 também	 é	 de	 atender	 ao	
disposto	na	resolução	10/14	CEPE,	que	estabelece	os	critérios	de	avaliação	para	fins	
de	progressão	funcional	na	Carreira	do	Magistério	Superior	na	Universidade	Federal	
do	 Paraná,	 de	 Professor	 Associado	 (Classe	 D)	 para	 Professor	 Titular	 (Classe	 E).	
Pretendendo	destacar	o	que	foi	feito	nesses	quase	23	anos	como	servidor	público	da	
UFPR,	nas	vertentes	do	ensino,	pesquisa,	 extensão,	 administrativa	e	 também	por	
meio	de	algumas	produções	que	foram	realizadas	na	pesquisa.	
	
 9 
2.FORMAÇÃO	PROFISSIONAL	
	
A	década	de	1970,	quando	iniciei	meus	estudos,	apresenta	um	modelo	de	
ensino	fruto	do	convênio	MEC/	USAID	e	a	Lei	de	Diretrizes	e	Base	nº	5.692/71que	
indicava	 a	 formação	 profissional	 para	 atender	 a	 demanda	 industrial	 em	
desenvolvimento.	Para	filhos	de	classe	média	no	Brasil,	a	possibilidade	de	estudar	
me	parecia	um	grande	avanço.	Justificando:	as	minhas	irmãs,	um	pouco	mais	velhas	
do	que	eu,	tiveram	que	prestar	exame	admissional,	solicitado	pelo	Estado	brasileiro	
para	 dar	 continuidade	 nos	 estudos	 da	 então	 quarta	 série	 primária	 (ensino	
fundamental)	para	o	primeiro	ano	do	ensino	médio,	visto	que	a	“concepção	de	escola	
primária	vigente,	mesmo	entre	os	educadores,	era	a	de	instituição	seletiva”(Barreto;	
Mitrulis,	 2001).	 Na	 década	 de	 70,	 a	 expansão	 do	 ensino	 público	me	 possibilitou	
estender	meus	estudos	nas	escolas	públicas	(Grupo	Escolar	de	Primeiro	Grau	Irineu	
Penteado	e	o	que	é	denominado	atualmente	de	ensino	médio	na	Escola	Estadual	de	
Primeiro	 e	 Segundo	 Grau	 Joaquim	 Ribeiro)	 ao	 que	 hoje	 é	 considerado	 o	 ensino	
médio.	Vejamos	alguns	dados:	
			
	
FIGURA 1 
 10 
Em	 1984	 tentei	 ingressar	 no	 ensino	 universitário	 nas	 escolas	
governamentais	 em	 diferentes	 áreas	 do	 conhecimento,	 mas	 em	 nenhuma	 delas	
logrei	êxito.	Obtive	“sucesso”	no	curso	de	Educação	Física	da	Pontifícia	Universidade	
Católica	de	Campinas	 (PUCC),	entidade	privada,	exigindo,	portanto,	 sacrifíciodos	
familiares	 	 e	 da	 minha	 parte	 na	 busca	 por	 financiamento	 (trabalho).	 Essa	
necessidade	me	proporcionou	uma	experiência	muito	 interessante	ao	“trabalhar”	
na	 Associação	 Comunitária	 Cidade	 Universitária	 do	 bairro	 de	 Barão	 Geraldo,	 na	
cidade	de	Campinas.	 	Posso	afirmar	que	 foram	as	minhas	primeiras	experiências	
como	técnico	desportivo/recreacionista,	pois	as	aulas	de	futsal	eram	para	crianças	
de	 sete	 a	 dez	 anos.	 O	 gráfico	 acima	 mostra	 a	 expansão	 no	 ensino	 público	 das	
universidades	estaduais,	elas	quase	triplicam	no	Brasil,	entre	1980	e	1998.	Mas	não	
foi	somente	o	aumento	dessas	instituições,	há	de	se	considerar	também	a	ampliação	
de	 cursos	 nessas	 universidades.	 Foi	 então	 em	 1985,	 sem	 grandes	 chances	
financeiras	em	continuar	no	ensino	universitário	privado,	que	tentei	novo	ingresso	
no	curso	de	licenciatura	em	Educação	Física	e	Técnico	Desportivo	da	Unesp	de	Rio	
Claro,	 minha	 cidade	 natal.	 Fui	 aprovado	 para	 a	 segunda	 turma.	 Na	 essência,	 as	
universidades	apresentavam	diferenças	consideráveis	na	formação	do	profissional.	
Enquanto	a	PUCC	instrumentalizava	o	seu	aluno	para	atuar	na	prática,	na	Unesp	a	
expectativa	era	dar	continuidade	aos	estudos.	
Busquei,	desde	muito	cedo,	participar	da	prática	como	monitor	e	estagiário	
em	algumas	aulas.	Principalmente	com	aulas	de	natação	e	colônia	de	férias.	Mas	a	
busca	pelo	saber	sempre	esteve	presente.	 	Busquei	a	especialização	em	Educação	
Física	Escolar	na	Unicamp,	a	partir	de	1990,	ao	mesmo	tempo	que	já	era	professor	
de	Educação	Física	do	Colégio	Integrado	em	1988	(atual	Colégio	Ângulo/	Faculdades	
 11 
Claretianas)		e	professor	substituto	em	três	colégios	estaduais	na	cidade	de	Araras-
SP.	
Certamente,	 após	 a	 especialização	 os	 contatos	 para	 o	 mestrado	
aumentaram.	Concursado	na	Prefeitura	Municipal		de	Campinas,	a	partir	de	1991,	
ministrando	aulas	nas	duas	cidades	todos	os	dias	por	mais	de	seis	anos,	ocorreu	o	
ingresso	no	curso	de	mestrado	da	Universidade	Metodista	de	Piracicaba	em	1994.		
Com	a	obtenção	da	bolsa	no	programa	foi	possível	a	dedicação	mais	exclusiva	aos	
estudos.	 Após	 concluir	 o	 mestrado,	 fui	 aprovado	 em	 concurso	 público	 na	
Universidade	Estadual	do	Paraná	–	campus	de	Irati.	Na	sequência,	fui	aprovado	na	
Universidade	Federal	do	Paraná,	ambos	no	ano	de	1997,	no	concurso	público	para	
Professor	Assistente,	Dedicação	Exclusiva,	na	área	de	Lazer	(tema	da	dissertação	de	
mestrado,	Termo	nº	303/97).	
Após	 dois	 anos	 e	meio	 de	 atuação	 como	 docente	 do	 ensino	 superior	 na	
UFPR,	 solicitei	 afastamento	 total,	 para	 cursar	 o	 doutorado	 na	 Universidade	
Metodista	de	Piracicaba.	O	apoio	pela	Capes,	por	meio	de	bolsa	de	estudos	de	48	
meses,	possibilitou	a	dedicação	exclusiva,	tendo	importante	impacto	na	qualidade	
da	formação	docente.	
	
Tabela	1	-	Formação	profissional	
Instituição	 Ano	 de	
início	
Título	
Grupo	Escolar	de	1º	Grau	Irineu	Penteado	 1972	 	
Escola	Estadual	de	Primeiro	 e	 Segundo	Grau	 Joaquim	
Ribeiro	
1980	 	
Pontifícia	Universidade	Católica	de	Campinas	-	PUCC	 1984	 	
Universidade	 Estadual	 Paulista	 “Júlio	 de	 Mesquita	
Filho”	Campus	Rio	Claro	
1985	 Licenciado	em	EF	e	
técnico	desportivo	
Universidade	de	Campinas	-	Unicamp	 1990	 Especialista	
Universidade	Metodista	de	Piracicaba		 1994	 Mestre		
Universidade	Metodista	de	Piracicaba	 2000	 Doutor	
Universidade	de	Coimbra	(UC)/	FCDEF	 2010	 Estágio	Pós-
doutoral	
Sistematizado	pelo	autor	–	Fonte	currículo	Lattes.	
 12 
Retornei	em	2004	com	a	satisfação	de	poder	me	candidatar	ao	Programa	de	
Pós-graduação	 em	Educação	Física,	 neste	 então	no	 conceito	3.	Após	 assumir	por	
quatro	anos	cargos	administrativos,	solicitei	uma	bolsa	de	estágio	pós-doutoral.	O	
auxílio	de	bolsa		Capes	por	12	meses		oportunizou	meu	ingresso	na	Faculdade	de	
Ciências	do	Desporto	e	Educação	Física	(FCDEF)	da	Universidade	de	Coimbra	(UC),	
para	a	realização	do	estágio	pós-doutoral.	Durante	esse	estágio	em	Portugal,	tive	o	
convite	para	ministrar	as	disciplinas	relacionadas	ao	Desporto	Escolar	e	Educação	
pelo	Desporto	no	curso	de	mestrado.	Isso	se	repetiu	nos	anos	de	2012	e	2013.	
	
	
3.ATUAÇÃO	PROFISSIONAL	–	ENSINO	SUPERIOR	
	
O	 ingresso	 na	 carreira	 docente	 universitária	 ocorreu	 em	 1º	 de	 julho	 de	
1997,	 seis	 meses	 após	 a	 conclusão	 do	 curso	 de	 mestrado	 em	 Educação	 na	
Universidade	Metodista	de	Piracicaba;	por	meio	de	Concurso	Público	de	Provas	e	
Títulos,	 na	 Universidade	 Federal	 do	 Paraná	 (UFPR),	 para	 a	 Classe	 de	 Professor	
Assistente	I,	Dedicação	Exclusiva.	(Termo	nº	303/97	Proc.	nº	190502/97-88)	
Oito	 anos	depois,	 com	obtenção	do	 título	de	Doutor,	 a	meta	 foi	 atuar	no	
Programa	 de	 Pós-graduação	 em	 Educação	 Física	 (PPGEDF)/UFPR,	 com	 o	
compromisso	 de	 retribuir	 à	 sociedade	 todas	 as	 bolsas	 concedidas	 pelo	 governo	
brasileiro	–	três	anos	de	mestrado,	quatro	anos	de	doutorado	e	um	ano	de	estágio	
pós-doutoral,	 de	 que	 forma?	 Oferecendo	 o	máximo	 possível	 de	 vagas	 públicas	 à	
comunidade	 científica.	 Sempre	 com	 a	 intenção	 de	 cumprir	 a	 responsabilidade	
assumida	 com	 o	 término	 do	 doutorado,	 isto	 é,	 a	 formação	 de	 novos	 docentes	
pesquisadores.	Isso	foi	imensamente	facilitado,	com	a	abertura	do	PPGEDF	da	UFPR	
no	departamento	onde	eu	estava	lotado.	(parte	dessa	história	pode	ser	contada	e/ou	
 13 
atribuída	 a	 dois	 professores	 –	 Fernando	 Marinho	 Mezzadri	 e	 André	 Luiz	 Félix	
Rodacki).	
Anos	 depois,	 orientar	 no	 doutorado	 foi	 possível	 após	 o	 PPGEDF	 ter	
autorização	pela	Capes		ao	atingir	o	conceito	5.	Obviamente,	não	foi	só	o	programa	
ter	alcançado	tal	status,	mas	também	tive	que	atender	os	critérios	de	produtividade,	
e	 as	métricas	 estabelecidas	 pelo	 colegiado	 do	 PPGEDF	 para	 obter	 o	 direito	 a	 tal	
atribuição.	 A	 atuação	 no	 curso	 de	 doutorado	 teve	 início	 em	 2010,	 ao	 atingir	 os	
critérios	 de	 credenciamento	 desse	 nível,	 averiguados	 pela	 produção	 intelectual,	
formação	 discente	 e	 tempo	 de	 formação	 dos	 discentes.	 No	 momento	 continuei	
atuando	nos	dois	níveis:	mestrado	e	doutorado.	
	
3.1.	ATIVIDADES	DE	ENSINO	
	
Ao	longo	de	quase	23	anos	de	atividades	de	ensino	superior	na	UFPR,	posso	
destacar	as	disciplinas	da	graduação	e	pós-graduação	Strico	Sensu.	As	disciplinas	
nunca	foram	impostas,	o	que	quero	dizer:	frente	a	tantos	outros	exemplos,	fui	um	
privilegiado	ao	trabalhar	somente	com	disciplinas	envolvidas	no	concurso	público,	
que	se	mantinham	dentro	de	um	único	eixo	temático,	podendo	obter	ao	longo	dos	
dois	 primeiros	 anos	 e	 meio,	 segurança	 didática,	 organização,	 delimitação	 e	
adequação	 dos	 conteúdos,	 a	 fim	 de	 atender	 especificamente	 as	 exigências	
acadêmicas	e	também	do	mercado	na	formação	profissional.	
Após	o	doutorado,	a	configuração	das	disciplinas	a	serem	trabalhadas	no	
meu	 retorno,	 é	 modificada,	 apresentando-se	 três	 situações:	 (1)	 manter	 o	 eixo	
temático	do	concurso	público,	dividindo	a	carga	horária	com	outro	profissional;	(2)	
assumir	outras	disciplinas	fora	desse	eixo	comum;	e	(3)	assumir	quatro	turmas	da	
mesma	disciplina	totalmente	fora	do	eixo	do	concurso	prestado.	Optei	pela	última,	
 14 
por	 controlar	 a	 formação	 numa	 disciplina	 exclusivamente	 esportiva.	 Talvez	 a	
experiência	 nos	 anos	 iniciais,	 quando	 dividi	 disciplinas	 sendo	 pressionado	 a	
enquadrar	 meu	 conteúdo	 ao	 de	 outro	 profissional	 –	 simplesmente	 por	 esse	
profissional	ter	maior	tempo	na	UFPR	-	pesou	fortemente	para	a	escolha.	
Com	 o	 novo	 desafio,	 também	 veio	 a	 necessidade	 das	 novas	 demandas	
formativas,	 foi	 e	 ainda	 é	 uma	das	mais	 belas	 experiências	 vivenciadas	no	 ensino	
superior	 por	 permitir	 	 o	 aprimoramento	 das	 atividades	 de	 ensino	 e	 auxiliar	 na	
aprendizagem	de	novas	competências	pedagógicas.	Exemplificando:	a	transição	de	
um	modo	na	demonstração	prática	combinado	com	a	apostila	como	guia,	parauma	
mudança	rumo	ao	mundo	digital,	elaborados	com	filmes/imagens:	uma	realidade	
pedagógica	 viva,	 de	 maior	 interação	 com	 o	 aluno	 trouxe	 maiores	 competências	
profissionais.	
	
3.1.1.	Disciplinas	ministradas	na	graduação	e	pós-graduação	(Stricto-Sensu)	
3.1.1.1.Lazer	e	recreação	
A	disciplina	de	lazer	e	recreação,	com	carga	horária	de	60	horas	foi	matéria	
do	Concurso	Público	de	Provas	e	Títulos,	prestado	no	ano	de	1997,	para	a	Classe	de	
Professor	Assistente	I,	Dedicação	Exclusiva.	Foi	ministrada	de	agosto	de	1997	até	
dezembro	 de	 1999.	 Estava	 disposta	 no	 currículo	 como	 disciplina	 obrigatória	 do	
segundo	 ano	 do	 curso	 de	 licenciatura	 em	Educação	 Física	 e	 tinha	 como	 objetivo	
promover	 a	 fundamentação	 teórica	 das	 diferentes	 linhas	 do	 lazer.	 Os	 conteúdos	
programáticos,	 organizados	 em	eixos	 temáticos	 buscavam	abordar:	 a	 história	 do	
lazer;	 definição	 de	 conceitos	 como	 lazer,	 recreação,	 jogo	 e	 esporte;	 diferentes	
abordagens	do	lazer	no	Brasil	e	em	diferentes	países.	O	grande	problema	era	que	as	
fontes	brasileiras	daquela	época	no	lazer	e	nas	outras	dimensões	que	perpassavam	
a	disciplina	estavam	muito	vinculadas	a	um	projeto	de	universidade	que	precisava	
 15 
resistir	 ao	 Golpe	 de	 1964.	 O	 grande	 nome	 e	 “guru”	 do	 lazer	 no	 Brasil	 era	 Joffre	
Dumazedier.	Portanto,	pelas	experiências	profissionais	que	tive	no	Terceiro	Setor	
da	economia,	que	não	estavam	alinhadas	ao	sociólogo	francês,	eram	muitas	vezes	
refutadas	 pelos	 alunos,	 estes	 assumidos	 pela	 alcunha	 de	 representantes	 da	
“esquerda”	brasileira.	
Esse	 fato	 é	 muito	 importante	 na	 minha	 vida	 profissional:	 procurei	 no	
doutorado	sair	da	mesmice	do	“discurso	tupiniquim”		e		aprender	novas	vertentes/	
concepções	do	lazer	mundo	afora.	Destaco	que	em	todas	as	turmas	haviam	alunos	
mais	voltados	à	assistência	social	e	outros	com	um	viés	mais	voltado	ao	mercado.	
Nunca	os	estigmatizei	ou	impus	um	único	olhar,	cada	qual	escolheu	seu	caminho	em	
prefeituras,	 em	 órgãos	 do	 Estado	 e	 municipais	 –	 como	 exemplo	 a	 Secretaria	
Municipal	de	Esporte,	Lazer	e	 Juventude	de	Curitiba	ou	na	Secretaria	de	Governo	
Paraná	 Esporte,	 divisão	 do	 lazer.	 As	 discussões	 e	 descobertas	 dos	 alunos	 foram	
acaloradas,	profícuas	e	tensas.	Até	a	descoberta	pelos	mesmos	que	em	diferentes	
dimensões	 podem	 ser	 trabalhadas	 no	 lazer,	 sem	 necessariamente	 que	 eu	 como	
mentor	tivesse	que	executar	uma	“lavagem	cerebral”	na	sua	atuação	profissional.	
O	campo	do	lazer	é	dinâmico,	mas	o	que	eu	sempre	busquei	essencialmente,	
nunca	 foi	 incutir	 um	 ou	 outro	 pensamento	 político,	 mas	 ampliar	 o	 leque	 de	
discussões	 e	 explicações.	 Pessoalmente	 a	 teoria	 elisiana	 é	 algo	 que	 me	 atrai	
demasiadamente	para	entender	o	lazer.	Mas	nunca	o	aluno	foi	induzido	a	me	seguir.	
Alguns	até	 fizeram,	mas	por	motivos	diversos,	a	 imposição	nunca	fez	parte	dessa	
configuração.	
3.1.1.2.	Atuação	profissional	do	lazer	
Disciplina	que	pertence	ao	sétimo	período,	com	carga	horária	de	60	horas	
foi	matéria	do	Concurso	Público	de	Provas	e	Títulos,	prestado	no	ano	de	1997,	para	
 16 
a	Classe	de	Professor	Assistente	I,	Dedicação	Exclusiva.	Foi	ministrada	de	agosto	de	
1997	até	dezembro	de	1999.	Aqui	o	objetivo	foi	instrumentalizar	o	aluno	a	ser	capaz	
de	elaborar	projetos	voltados	à	área	de	recreação	e	lazer	e	vivenciar	as	práticas	de	
atividades	que	 envolvem	grandes	 grupos	de	pessoas.	Basicamente	 trabalhei	 com	
conceitos	de	administração	para	elaboração	de	projetos	e	com	diferentes	atividades	
de	pequenos	e	grandes	grupos	de	pessoas,	baseadas	na	experiência	profissional	na	
Empresa	 Acampamento	Nosso	 Recanto,	 com	 o	 escritório	 central	 estabelecido	 na	
cidade	de	São	Paulo	e	polos	nas	cidades	de	Sapucaí	Mirim	(NR1	e	NR2),	onde	fui	free	
lance	por	mais	de	quatro	anos.	Como	parte	da	disciplina,	executava	o	planejamento	
feito	em	sala	de	aula	voltado	para	atividade	de	acampamento.	Eram	três	a	quatro	
dias	de	atividades	executadas	pelos	diferentes	grupos.	Além	da	parte	profissional	os	
alunos	 eram	 divididos	 em	 grupos	 responsáveis	 pelo	 transporte,	 alimentação,	
limpeza,	 elaboração	 do	 caderno	 de	 regras	 de	 convivência,	 entre	 outros.	
Curiosamente,	 mantenho	 contado	 com	 essas	 turmas	 ainda	 hoje,	 muitos	 são	
funcionários	públicos	municipais	e	estaduais	e	outros	 tiveram	empresas	de	 lazer	
e/ou	empresas	de	consultoria.	
	
3.1.1.3.Seminário	de	monografia	A	e	Seminário	de	monografia	B	
A	disciplina	monografia,	visa	subsidiar	a	elaboração	e	o	desenvolvimento	
dos	trabalhos	de	conclusão	de	curso	(TCC)	dos	alunos	de	graduação	em	Educação	
Física.	O	conteúdo	programático	da	disciplina	contempla	a	fundamentação	teórica	
necessária	 para	 a	 estruturação	 do	 projeto	 e	 o	 desenvolvimento	 da	 pesquisa.	 As	
principais	 dificuldades	 na	 condução	 da	 disciplina	 deram-se	 pelo	 fato	 de	 que	 os	
alunos	tinham	interesses	diferentes	da	minha	área	de	pesquisa,	mas	mesmo	assim	
me	 procuravam.	 Isso	 me	 fez	 adotar	 estratégias	 singulares	 para	 atender	 as	
especificidades	de	cada	área	do	conhecimento.	A	disciplina	Seminário	de	monografia	
 17 
A	 visava	 subsidiar	 o	 desenvolvimento	 do	 projeto	 de	 monografia	 dos	 alunos,	
elaborados	na	disciplina	de	metodologia	da	pesquisa,	orientando	e	acompanhando	
a	 elaboração	 do	 trabalho	 monográfico,	 que	 deveria	 culminar	 na	 conclusão	 da	
introdução,	revisão	de	literatura,	e	metodologia.	
A	disciplina	Seminário	de	monografia	B	visava	subsidiar	o	aprimoramento	e	
o	desenvolvimento	do	projeto	elaborado	na	disciplina	Seminário	de	monografia	A	e	
a	produção	do	documento	final,	com	ênfase	na	coleta	de	dados,	análise	e	discussão	
dos	 resultados	 e	 conclusão.	A	partir	 de	2009,	 cada	docente	do	Departamento	de	
Educação	 Física	 passou	 a	 assumir	 uma	 turma	 de	 cada	 uma	 das	 disciplinas	
(Seminário	 de	 monografia	 A,	 no	 1º	 semestre;	 e	 Seminário	 de	 monografia	 B,	 no	
2ºsemestre),	tendo	sob	sua	responsabilidade	quatro	alunos.	Este	formato,	além	de	
otimizar	o	trabalho	docente,	permitiu	maior	qualidade	nas	atividades	e	orientações	
desenvolvidas.	 O	 maior	 problema	 é	 que	 os	 alunos	 desenvolvem	 um	 projeto	 na	
disciplina	de	metodologia	e	vêm	com	outra	temática	para	a	disciplina	de	Seminário	
de	monografia	A.	Portanto,	normalmente	eu	e	os	alunos	iniciávamos	da	estaca	zero,	
o	que	sempre	causa	desconforto	em	relação	ao	cumprimento	de	prazos.	
	
3.1.1.4.	Estágio	B	e	C	
São	 disciplinas	 com	 150	 horas	 de	 trabalho,	 todavia,	 como	 ocorrem	 na	
modalidade	semipresencial;		tenho	uma	carga	horária	de	20	horas	com	os	alunos	em	
cada	 disciplina.	 Disciplinas	 lotadas	 no	 quarto	 semestre	 e	 desde	 2008	 tenho	
trabalhado	nessas	disciplinas	definindo	os	locais	e	os	profissionais	que	atendem	e	
ajudam	na	tarefa	formativa.		
Um	 fato	 importante	ocorreu	para	que	eu	 assumisse	 essas	disciplinas:	na	
volta	 do	 doutorado	 optei	 em	 ministrar	 as	 quatro	 turmas	 de	 Esportes	 II	 –	
Basquetebol,	mas	em	2008	uma	determinada	chefia	do	DEF	retirou	duas	turmas	de	
 18 
basquetebol	e	retornou	a	disciplina	de	Atuação	Profissional	do	Lazer.	Todavia,	na	
mesma	época,	para	acomodar	um	professor	que	veio	“transferido”	do	campus	do	
litoral	 para	 Curitiba,	 esse	 grupo	 político	 com	 atuação	 junto	 à	 chefia	 ficou	 sem	
alternativas,	 na	 distribuição	 de	 minhas	 aulas.	 Avaliaram	 o	 professor	 a	 ser	
transferido	como	especialista	da	disciplina	lazer	e	recreação	(pois	não	teriam	outra	
disciplina	para	oferta	de	aulas)	e	atribuíram-me	uma	turma	de	estágio.	
O	 local	 de	 estágio	 é	 indicado	 normalmente	 por	 mim,	 variando	 entre	
escolas/clubes	 que	 apresentem	 a	 característica	 de	 trabalhar	 com	 a	 iniciação	
esportiva	em	modalidades	coletivas	ou	individuais,	de	preferência	com	profissionais	
que	foram	alunos	do	Departamento	de	Educação	Física,	tanto	na	graduação	como	no	
PPGEDF	 em	décadas/	 anos	 anteriorese	 obtiveram	destaque	 na	 sua	 formação.	 A	
avaliação	 é	 feita	 pela	 construção	 dos	 objetivos	 a	 serem	 alcançados,	 plano	 de	
trabalho	e	execução	do	plano	ao	longo	do	semestre.	Também	deve	ser	destacada	a	
forma	de	transmissão	dos	conteúdos.	Parte	dos	conteúdos	é	gravada	e	editada	para	
entrega	 no	 final	 da	 disciplina,	 como	 parte	 da	 avaliação.	 Por	 outro	 lado,	 há	 uma	
avaliação	padrão	feita	pelo	professor	do	local	de	estágio.	A	maior	dificuldade	é	que	
muitos	dos	alunos	do	DEF	 já	estão	“trabalhando”	em	academias	de	musculação	e	
natação,	sendo	explorados	como	mão	de	obra	barata.	Meu	posicionamento	é	de	não	
aceitar	os	estágios	em	tais	locais,	pois	os	mesmos	assumem	turmas,	porém	sem	uma	
supervisão	 adequada.	 Como	 consequência,	 o	 número	 de	 inscritos	 na	 minha	
disciplina	é	baixíssimo.	
	
3.1.1.5.	Esportes	II	–	Basquetebol	
Oferta	no	segundo	período	do	curso	de	Educação	Física,	 tem	como	carga	
horária	 60	 horas	 aulas	 sendo	 obrigatória	 nos	 cursos	 de	 licenciatura	 e	 bacharel.	
Normalmente	 apresentam-se	 turmas	 com	 um	 número	 grande	 de	 alunos:	 40	 no	
 19 
mínimo.	 Seu	 objetivo	 é	 fundamentar	 a	 ação	 técnico-pedagógica	 no	 processo	 de	
ensino	 dos	 esportes	 coletivos,	 no	 caso	 específico	 o	 basquetebol.	 O	 programa	 da	
disciplina	é	dividido	em	três	grandes	partes:	parte	técnica	–	momento	em	que	se	
trabalham	todos	os	fundamentos	do	basquetebol,	com	o	objetivo	do	aluno	perceber	
o	movimento,	aprender	a	corrigir	e	desenvolver	uma	série	de	atividades	dinâmicas	
para	cada	um	trabalhar	na	prática	com	esses	fundamentos.	Na	sequência	é	ofertada	
a	parte	tática:	são	apresentados	os	principais	conceitos	de	defesa	e	o	motivo	de	se	
utilizá-las;	 da	 mesma	 forma	 os	 sistemas	 ofensivos	 mais	 utilizados	 atualmente	 e	
algumas	jogadas	básicas	para	iniciantes.	
Em	relação	ao	 jogo	que	é	a	menor	parte	do	conteúdo,	o	objetivo	é	que	o	
aluno	de	graduação	vivencie	a	partida,	com	súmula,	árbitros	etc.		A	avaliação	consta	
de	 duas	 provas	 descritivas	 e	 filmagens	 em	 grupo	 de	 temas	 trabalhados	 pelo	
professor,	 mas	 agora	 com	 a	 possibilidade	 de	 criar	 novos	 exercícios	 e	 novas	
atividades	lúdicas	adaptadas	ao	basquetebol.	Isso	tem	efeito	imediato	nas	turmas,	
pois	cada	turma	cria	uma	apostila	digital.	Além	disso,	os	alunos	são	desafiados	em	
sala	de	aula	a	montar	novas	jogadas	de	ataque	e	sistemas	defensivos.	Isso	completa	
a	avaliação.	Desde	2004,	eu	trabalho	com	essa	disciplina.	Assumo	que	o	método	de	
trabalho	 é	 o	 tecnicismo	 com	 inserção	 de	 alguns	 elementos	 advindos	 de	 vídeos.	
Normalmente,	os	movimentos	são	apresentados	por	meio	de	vídeos	em	sala	de	aula	
de	maneira	global	e	depois	é	 feito	um	passo	a	passo	da	descrição	do	movimento.	
Exemplo:	 demonstra-se	 o	 arremesso	 de	 jump	 como	 um	 todo	 e	 depois	 são	
apresentados	por	meio	de	vídeo	os	detalhes	do	salto,	tronco,		braços	e	cabeça.	Na	
sequência,	é	demonstrada	uma	série	de	exercícios	que	serão	executados	em	quadra.	
Em	seguida,	no	espaço	da	prática,	sempre	é	apresentada	uma	atividade/	jogo	lúdico	
que	se	utiliza	como	aquecimento,	antes	da	vivência	das	atividades	demonstradas	em	
 20 
vídeo	anteriormente.	Essa	forma	de	ensinar	requer	muita	colaboração	por	parte	dos	
alunos,	 pois	 são	 colocados	 frequentemente	 em	 pequenos	 grupos	 e	 atuam	 como	
professores	de	seus	colegas	de	classe.	
	
3.1.2.	Disciplinas	ministradas	na	pós-graduação	(Stricto-Sensu)	
A	partir	do	credenciamento	como	docente	do	Programa	de	Pós-graduação	
em	Educação	Física	da	UFPR,	em	2005,	na	linha	de	pesquisa	Esporte	e	Sociedade,	a	
disciplina	 optativa	 intitulada	 “Matrizes	 sociológicas	 para	 o	 esporte	 e	 lazer”,	 foi	
ofertada	 anualmente	 entre	 2005	 e	 2012,	 com	 carga	 horária	 de	 60	 horas	 em	 15	
encontros		semestrais.	Seu	objetivo	estava	voltado	às	diferentes	teorias	sobre	lazer,	
esporte	e	consumo.	Utilizei	de	obras	clássicas,	como	Torstein	Veblen,	Max	Weber,	
Adorno	 e	 Horkeimer,	 Huizinga	 e	 Elias,	 contrapondo	 com	 o	 cenário	monoteórico	
(leia-se	 Dumazedier	 e	 seus	 seguidores)	 do	 lazer	 no	 Brasil.	 A	 ideia	 geral	 foi	 de	
ampliar	os	horizontes	dos	alunos	quanto	às	concepções	do	lazer	e	do	esporte,	com	
o	 intuito	de	refletir	o	 trabalho	realizado	pelos	profissionais	de	 lazer	no	Brasil	ao	
incutir	 concepções	 de	 caráter	 meramente	 político.	 A	 cada	 ano,	 os	 alunos	 da	
disciplina	tinha	como	produto	final	um	texto	para	ser	elaborado	e,	posteriormente,	
publicado.	 Modelo	 que	 durante	 o	 passar	 dos	 anos	 se	mostrou	 pouco	 produtivo.	
Frequentavam	as	aulas	mais	de	15pessoas,	o	que	considero	um	número	elevado	de	
alunos,	 pois	 a	 atenção	 a	 cada	 projeto	 de	 estudo	 era	 dada	 como	 prioridade.	 Esse	
também	foi	um	erro	que	cometi	ao	longo	de	alguns	anos.	Uma	disciplina	jamais	pode	
abranger	 diferentes	 objetos	 de	 estudo,	 assim	 como	 ser	 interessante	 para	 as	
diferentes	abordagens	do	esporte	e	lazer.		
A	partir	de	2012,	me	concentrei	em	teórico	apenas	da	disciplina	anterior	e	
analisei	 e	 discuti	 a	 obra	 de	 Elias.	 O	 objetivo	 foi	 de	 refletir	 sobre	 a	 contribuição	
sociológica	de	Norbert	Elias	de	modo	a	fornecer	elementos	teóricos	para	a	reflexão	
 21 
a	respeito	dos	processos	sociais	com	ênfase	nas	relações	de	poder,	esporte	e	lazer.	
O	conceito	de	poder	me	interessava	muito,	pois	dava	amplitude	maior	no	que	vinha	
sendo	trabalhado	como	consumo	(foco	da	disciplina	anterior).		
As	avaliações	simulavam	uma	parte	de	concurso	público	das	universidades	
federais:	 exemplificando,	 eram	 elencados	 quatro	 pontos	 e	 no	 dia	 da	 prova	 era	
sorteado	somente	um	ponto.	O	aluno	tinha	direito	a	01h	de	consulta	e	mais	03h	para	
elaboração	do	texto.	Na	sequência,	os	alunos	eram	chamados	um	a	um	para	a	leitura	
da	prova.	Interessante	esse	método,	pois	lograram-se	muitos	mais	textos	do	que	o	
esperado,	 assim	 como	 parte	 dessas	 provas	 foram	 encorpadas	 nas	 dissertações	 e	
teses,	 além,	 de	 obviamente	 ser	 um	 momento	 de	 treinamento	 para	 um	 futuro	
concurso	do	 ensino	 superior.	A	disciplina	 continua	 em	aberto,	 embora	o	modelo	
esteja	esgotado	no	meu	entendimento	e	será	substituída	pela	disciplina	intitulada	
“As	contribuições	socioculturais	de	Norbert	Elias	e	Georges	Vigarello	para	o	esporte:	
poder,	políticas	e	práticas”	em	conjunto	com	o	professor	Marcelo	Moraes	e	Silva.	
Além	 do	 esgotamento	 do	modelo,	 há	 um	 fenômeno	 novo	 no	 PPGEDF,	 a	 falta	 de	
candidatos.	
No	início	do	programa	em	2003,	eram	mais	de	200	alunos	concorrendo	a	14	
vagas	de	mestrado,	atualmente	são	ofertadas	em	média	25	vagas	de	mestrado	e	15	
de	doutorado	para	não	mais	que	35	candidatos	ao	mestrado	e	pouco	mais	de	18	
candidatos	 de	 doutorado.	 Alguns	 indícios	 para	 explicar	 a	 situação	 é	 que	 novos	
programas	 foram	 abertos	 ao	 longo	 desses	 18	 anos	 no	 Paraná,	 exemplificando:	 o	
programa	 em	 consórcio	 de	 Londrina-Maringá	 e	 o	 programa	 da	 Universidade	
Tecnológica	Federal	do	Paraná	(UTFPR),	somado	a	alguns	fatos	dos	últimos	anos,	
referente	ao	desinteresse	que	se	dá	ao	funcionalismo	público	e,	consequentemente,	
a	carreira	docente	no	ensino	superior.		
 22 
3.2.	ATIVIDADES	DE	PESQUISA	E	ORIENTAÇÃO	
Até	 o	 ano	 de	 2005	 as	 atividades	 de	 pesquisa	 foram	 limitadas	 àquelas	
realizadas	junto	à	graduação	(05	orientações	de	TCCs)	e	a	pós-graduação	latu	senso	
(01	orientação).	Naquele	momento	específico	da	educação	 física,	 	valorizavam-se	
muito	 os	 trabalhos	 apresentados	 em	 congressos,	 principalmente	 os	 trabalhos	 da	
área	 sociocultural.	 Eram	 outros	 tempos,	 não	 havia	 uma	 cobrança	 de	 muitos	
produtos	ou	sobre	a	qualidade	dos	mesmos,	enfim,	o	importante	era	participar	de	
mesas	 redondas	 e	 apresentar	 seu	 produto,	 nesse	 momento	 a	 reputação	 do	
apresentador	era	testada.	E	assim	foram	direcionados,	muitas	vezes	para	eventos	
nacionais,	 como	 os	 Congressos	 de	 História	 do	 Esporte	 e	 Lazer,	 atual	 CHELEF.Capítulos	de	livros	ou	livros	eram	considerados	os	grandes	produtos	da	área	em	que	
circulava.	Dessa	 forma,	 tanto	 na	 graduação	 como	nos	 primeiros	 anos	 da	UFPR	 e	
durante	o	curso	de	doutorado,	as	minhas	pesquisas	eram	individuais	e	com	forte	
relação	aos	eventos	nas	áreas	das	ciências	sociais:	trabalho	completos	em	simpósios	
ou	 anais	 dos	 congressos,	 resumos	 expandidos,	 foi	 para	 onde	 direcionei	 os	meus	
estudos.	 Hoje	 pode	 parecer	 pouco,	 mas	 era	 nesses	 espaços	 que	 os	 debates	
aconteciam,	gostava	bastante,	eram	acalorados	e	cheios	de	oportunidades	para	ter	
novas	ideias.	
Com	a	inserção	em	2005	no	PPGEDF	–	recordo	que	fui	credenciado	com	três	
artigos	da	revista	da	FIEP	e	mais	um	artigo	da	revista	Movimento,	com	as	exigências	
atuais,	 essa	 produção	 nem	 chegaria	 a	 ser	 avaliada	 pelo	 colegiado	 do	 curso	 	 –	
ampliou-se	 a	 cobrança	 na	 quantidade	 de	 artigos	 publicados.	 Outras	 áreas	 mais	
consolidadas	do	conhecimento	já	tinham	a	pesquisa	como	incorporadas	ao	exercício	
do	 professor	 pesquisador,	 voltadas	 exclusivamente	 para	 revistas	 indexadas.	 A	
educação	física	dava	seus	primeiros	passos	e	me	sentia	muito	atrasado;	(ainda	tenho	
 23 
essa	sensação	após	os	15	anos	que	estou	no	programa)	para	promover	as	devidas	
mudanças	nas	estratégias	para	divulgação	dos	resultados	dos	projetos	de	pesquisa	
desenvolvidos	 na	 UFPR,	 passando	 a	 ser	 prioritária	 a	 publicação	 em	 periódicos	
científicos	indexados.	A	manutenção	no	programa	nesses	quase	15	anos	foi	dentro	
do	 limite,	 até	 que	 no	 quadriênio	 2014-2017	 ultrapassei	 o	 número	 de	 pontos	
estabelecidos	 pelo	 colegiado	 logo	 no	 segundo	 ano,	 sendo	 que	 ao	 final,	 havia	
alcançado	quase	que	o	dobro	da	pontuação	exigida	pelo	colegiado	(800	pontos).	
A	 partir	 de	 2017,	 um	 novo	 paradigma	 se	 estabelece,	 saiu	 de	 cena	 a	
quantidade	 de	 artigos	 e	 entrou	 a	 qualidade.	 Agora	 devo	 apresentar	 os	 quatro	
melhores	produtos,	 entenda-se;	de	melhor	 indexação.	Portanto,	 um	novo	desafio	
que	estou	a	enfrentar.	Todos	os	alunos	pertencentes	ao	meu	grupo	de	estudo	 se	
organizavam	em	termos	de	produção	pela	quantidade	de	artigos.	Ainda	decorrente	
desse	planejamento,	nos	últimos	três	anos	foram	publicados	em	revistas	indexadas	
mais	23	artigos,	sendo	que	mais	quatro	estão	aceitos,	aguardando	as	publicações.	
No	momento,	eu	e	meu	grupo,	estamos	arriscando	os	artigos	nos	extratos	mais	altos	
A1	e	A2,	do	“novo	qualis”.	Vou	conseguir	ou	melhor	o	meu	grupo	ajudará	a	conseguir	
publicar	em	extratos	mais	altos.	Mas	é	um	novo	desafio,	o	jogo	mudou	e	tenho	que	
me	adaptar.	É	justo	assumir,	infelizmente,	que	demoro	mais	que	o	normal,	pois	neste	
momento	os	meus	cinco	melhores	produtos	nos	últimos	três	anos	considerando	o	
“novo	qualis”	 estão	 concentrados	 no	 extrato	 A4.	 Revistas	 como	 a	Movimento	 da	
UFRGS	era	considerada	A2	no	qualis	anterior,	e	eram	foco	das	nossas	investidas,	hoje	
está	num	extrato	bem	abaixo:	B2.	O	problema	é	que	havíamos	 (eu	e	meu	grupo)	
escrito	e	encaminhados	três	artigos	para	essa	revista,	sendo	que	um	foi	publicado	e	
dois	continuam	em	processo	de	submissão.	Não	há	como	retirar	ou	readequar	os	
 24 
artigos,	 seria	deselegante	e	 soma-se	ao	 fato	que	a	 linguagem	e	a	proposta	 foram	
destinadas	a	ela.	
3.2.1.	Orientações	na	UFPR	
3.2.1.1.	Graduação,	iniciação	científica	e	pós-graduação	latu	senso	
Considerando	 o	 período	 de	 1997	 a	 2019	 contabilizei	 23	 orientações	
concluídas	 nos	 cursos	 de	 licenciatura	 em	 Educação	 Física	 e	 bacharelado	 em	
Educação	 Física.	 Ao	 longo	 desses	 anos,	 na	 iniciação	 científica	 foram	 12	 alunos	
orientados	 com	 trabalhos	 concluídos.	 Na	 pós-graduação	 latu	 senso	 somente	 um	
aluno	foi	orientado	por	mim.	Inclusive,	esse	ex-aluno	é	no	momento	companheiro	
de	trabalho	no	DEF.	Destaco	que	quatro	alunos	oriundos	de	diferentes	modalidades	
de	orientação	continuaram	comigo	na	pós-graduação	strictu	sensu.	
Para	o	ano	de	2020,	há	uma	projeção	de	três	novos	alunos	matriculados	na	
disciplina	 de	 Seminário	 de	 monografia	 A,	 assim	 como	 um	 aluno	 de	 iniciação	
científica	 com	bolsa	CNPq,	que	encerra	o	 vínculo	 em	agosto	do	ano	 corrente.	Há	
também	a	expectativa	de	dar	continuidade	à	orientação	de	iniciação	científica	com	
o	ingresso	de	novo	aluno	(a)	em	setembro	de	2020.	
	
3.2.1.2.Pós-graduação	stricto	sensu	
A	partir	de	2005,	com	vínculo	no	Programa	de	Pós-graduação	Stricto-Sensu	
em	Educação	Física	(PPGEDF)	da	UFPR,	computam-se:	20	orientações	de	mestrado	
e	sete	orientações	de	doutorado	concluídas.	Contabilizando	o	mês	de	fevereiro	de	
2020,	acrescenta-se	a	defesa	de	mais	três	dissertações	de	mestrado,	ampliando	para	
23	o	número	de	orientações	de	mestrado	concluídas,	bem	como	o	ingresso	de	um	
novo	doutorando	no	PPGEDF,	aprovado	no	processo	seletivo	em	novembro	de	2019.	
Foram	duas	coorientações	de	doutorado	ao	 longo	desse	período,	uma	na	
Universidade	de	Coimbra,	finalizado	no	ano	de	2013	,e	outra	junto	a	Universidade	
de	Murcia,	defendido	no	ano	de	2019.	
 25 
Com	relação	ao	reconhecimento	das	orientações,	fui	premiados	no	ano	de	
2019	 pela	 Pró-reitoria	 de	 Pesquisa	 e	 Pós-graduação	 (Projeto	 Curta	 a	 Ciência/	
PRPPG),	 tanto	 o	 docente	 quanto	 o	 discente	 pela	 tese	 intitulada	 “O	 atletismo	
brasileiro	a	partir	do	entendimento	de	agentes	participantes	do	alto	rendimento:	
gestores,	treinadores,	atletas	e	ex-atletas.”,	defendida	no	ano	de	2018.	
Com	orientação	vigente,	tem-se	um	mestrando	e	quatro	doutorandos.	Para	
o	segundo	semestre	de	2020,	está	prevista	a	abertura	de	novo	processo	seletivo	para	
mestrado,	esperando-se	o	ingresso	de	mais	ou	dois	mestrandos	na	linha	“Aspectos	
Socioculturais	 do	 Esporte	 e	 Lazer”.	 (nova	 denominação	 para	 a	 antiga	 linha	 de	
pesquisa	“Esporte,	Lazer	e	Sociedade”).	
	
3.2.1.3.Produção	intelectual	no	ensino	superior	
Reforço	que	durante	o	período	da	graduação,	pós-graduação	mestrado	e	
doutorado,	 as	 publicações	 estavam	 voltadas	 para	 as	 mesas	 redondas	 e	
consequentemente	se	materializavam	nos	Anais	dos	Congressos/	Simpósios.	Nesse	
período	 foram	 47	 apresentações	 e	 79	 –	 trabalhos	 completos	 e/ou	 resumos	 –	
publicados	em	Anais	ou	similares.	
Os	primeiros	artigos	em	revistas	datam	no	ano	de	2000,	mas	certamente	
com	 a	 intenção	 de	 estar	 vinculado	 ao	 PPGEDF,	 iniciou-se	 no	 ano	 de	 2004	 a	
publicação	de	artigos	completos	em	periódicos	científicos	 indexados.	A	produção	
intelectual	 vinculada	 à	 atuação	 no	 ensino	 superior	 (1997-2020)	 apresenta:	 76	
artigos	completos	publicados	em	periódicos	científicos	 indexados;	um	livro	como	
organizador,	dez	capítulos	de	livros.	
 26 
As	principais	publicações	estão	ligadas	às	dissertações	e	teses	vinculadas	
ao	 Projeto	 Inteligência	 Esportiva.	 O	 projeto	 é	 coordenado	 pelo	 Prof.	 Fernando	
Marinho	Mezzadri	e	estou	atuando	como	vice-coordenador	desde	2017.	
O	projeto	de	pesquisa	“Inteligência	Esportiva”,	coordenado	pelo	professor	
Fernando	Marinho	Mezzadri,	é	fruto	da	III	Conferência	Nacional	de	Esporte	2010,	a	
qual	teve	como	temática	a	elaboração	do	Plano	Decenal	de	Esporte	e	Lazer	 	-	dez	
pontos	em	dez	anos	para	projetar	o	Brasil	entre	os	dez	mais.	Foi	idealizado	por	meio	
da	articulação	entre	os	eixos	Ciência	e	Tecnologia	e	o	Esporte	de	Alto	Rendimento.	
O	 projeto	 propõe	 construir	 um	 sistema	 cadastral	 dos	 atletas,	 das	 entidades	
esportivas,	da	produção	e	da	disseminação	do	conhecimento.	O	Banco	de	Dados	do	
Projeto	IE	tem	sido	desenvolvido	desde	2013,	conta	com	informações	referentes	ao	
histórico	esportivo	e	a	entidade	em	que	o	atleta	esteve	vinculado.	O	cadastro	dos	
atletas	 do	 programa	 bolsa	 Pódio	 conta	 ainda	 com	 a	 catalogação	 dos	 recursos	
humanos	 (corpo	 técnico	 e	 de	 especialistas)	 vinculados	 a	 eles	 em	 cada	 ano.	 No	
projeto	Inteligência	Esportiva	II,	pesquiso	a	Rede	Nacional	de	Treinamento.	
Decorrente	 dos	 projetos	 IE	 e	 IE	 II,desenvolvo	 junto	 com	meu	 grupo	 de	
pesquisa,	outro	projeto	da	qual	sou	o	coordenador,		intitulado		“Desenvolvimento	e	
avaliação	do	esporte	brasileiro”.	É	uma	pesquisa	quantitativa	e	qualitativa	de	cunho	
exploratório	 que	 faz	 uma	 análise	 e	 avaliação	 do	 desenvolvimento	 do	 esporte	
brasileiro.	 O	 objetivo	 deste	 projeto	 é	 investigar	 o	 desenvolvimento	 do	 esporte	
brasileiro	a	partir	da	perspectiva	dos	indivíduos	que	compõem	o	campo	esportivo	
nas	manifestações	de	esporte	previstas	na	 lei	nº	9.615,	de	24	de	março	de	1998	
(educacionais,	participação	e	de	rendimento,	sendo	este	último	ainda	dividido	em	
esportes	 olímpicos,	 educacionais	 e	 militares).	 Entre	 os	 diferentes	 objetivos	
específicos	destaco:	a.	identificar	e	analisar	como	as	políticas	públicas	para	o	esporte	
 27 
se	 estruturam	 dentro	 das	 perspectivas	 rendimento,	 educacional	 e	 militar;	 b.	
identificar,	 descrever	 e	 analisar	 como	 as	 rupturas	 e	 continuidades	 na	 legislação	
brasileira	para	o	esporte	impactaram	no	gerenciamento	e	na	formação	de	atletas	de	
rendimento	 e	 alto	 rendimento	 nos	 clubes	 brasileiros;	 c.	 identificar,	 descrever	 e	
analisar	 os	 ambientes	 de	 diferentes	 entidades	 formadoras	 de	 atletas	 a	 partir	 da	
percepção	de	atletas	e	gestores	esportivos;	d.	identificar,	descrever	e	analisar	quais	
foram	as	mudanças	perceptíveis	na	Rede	Nacional	de	Treinamento.	
A	 relevância	 social	desse	projeto	é	ajudar	compreender	de	que	 forma	os	
indivíduos	 buscam	 a	 prática	 esportiva,	 além	 de	 identificar	 qual	 o	 caminho	
percorrido	 pelos	 participantes	 esportivos,	 atletas	 e	 outros,	 identificando	 as	
principais	políticas	públicas	em	evidência,	as	entidades	formadoras	e	gestoras	de	
esporte	no	Brasil.	A	população	e	amostra	desse	projeto	são	os	atletas/estudantes	
acima	de	14	anos,	em	início,	desenvolvimento	e/ou	que	tenham	encerrado	carreira,	
familiares,	técnicos	e	dirigentes	de	instituições	de	alguma	maneira	relacionadas	com	
o	esporte	(civis	e/ou	militares,	públicas	e/ou	privadas).	Para	identificar	quais	estas	
entidades,	são	utilizados	os	dados	do	projeto	de	pesquisa	“Inteligência	Esportiva”,	
uma	 ação	 conjunta	 entre	 o	 Centro	 de	 Pesquisa	 em	 Esporte,	 Lazer	 e	 Sociedade	
(CEPELS)	 da	 Universidade	 Federal	 do	 Paraná	 (UFPR)	 e	 a	 Secretaria	Nacional	 de	
Esporte	de	Alto	Rendimento	(SNEAR)	do	Ministério	do	Esporte.	
Além	 desse	 projeto	 poderia	 destacar	 mais	 dois,	 o	 primeiro	 intitulado	
“Desenvolvimento	 e	 avaliação	 do	 esporte	 brasileiro”,	 que	 busca	 as	 informações	
sobre	a	 “Rede	Nacional	de	Treinamento”	 (RNT).	Ela	 existe?	Como	 foi	 constituída	
historicamente;	qual	a	relação	dos	órgãos	estatais	com	os	esportes	com	relação	ao	
fomento;	quais	as	informações	o	governo	tem	que	permite	identificar	as	instituições	
como	integrante	a	RNT;	há	dados	que	possibilitam	relacionar	os	atletas	que	recebem	
 28 
fomentos	 e	 as	 instituições	 que	 os	 acolhem?	 As	 mesmas	 receberam	 que	 tipo	 de	
fomento	 público?	 O	 objetivo	 dessa	 pesquisa	 é	 servir	 como	 base	 para	 o	
desenvolvimento	e	qualificação	da	política	pública	ao	produzir	um	banco	de	dados,	
ao	sistematizar,	ao	analisar	e	difundir	informações	sobre	o	esporte	de	rendimento	e	
alto	rendimento	no	Brasil.	Procuro	identificar	quem	são	os	atletas	que	se	destacam	
em	 determinados	 esportes	 olímpicos	 individuais	 (15	 modalidades)	 a	 partir	 dos	
dados	 existentes	 das	 respectivas	 confederações,	 e	 por	 meio	 destes,	 	 apontar	 as	
instituições	que	promovem	os	respectivos	esportes.	Tomando	como	base	o	ano	de	
2016	 o	 banco	 de	 dados	 conta	 com	 15	 mil	 atletas	 e	 mais	 de	 6	 mil	 instituições	
cadastradas.	A	 intenção	é	comparar	esses	dados	com	outro	projeto	do	Centro	de	
Pesquisa	do	Esporte,	Lazer	e	Sociedade	(CEPELS),	denominado	“Bolsa	Atleta”.	Além	
disso,	busco	os	fomentos	públicos	recebidos	pelas	instituições	anualmente,	via	“Lei	
de	Incentivo	ao	Esporte”,	Confederação	Brasileira	de	Clubes	(CBC),	entre	outras.	O	
presente	 estudo	 se	 caracteriza	 por	 ser	 de	 caráter	 exploratório	 descritivo	 e	
utilizando	o	Banco	de	Dados	relacional	MySQL	5	desenvolvido	em	Structured	Query	
Language	 (SQL),	 independente,	 online	 e	 passível	 de	 acesso	 em	 diferentes	
plataformas	(PC,	tablet,	smartphone)	com	capacidade	inicial	para	cadastro	mínimo	
de	800	mil	 registros.	O	sistema	utiliza	as	 linguagens	PHP	5.3,	HTML5,	CSS3	e/ou	
Javascript,	consoante	com	práticas	recomendadas	pelo	World	Wide	Web	Consortium	
(W3C)	e	pelo	Web	Hypertext	Application	Technology	Working	Group	(WHATWG).	Faz	
parte	dessa	pesquisa	sistematizar	e	analisar	os	subsídios	governamentais	obtidos	
pelas	 instituições,	 assim	 como	 os	 subsídios	 individuais	 obtidos	 pelos	 atletas;	 e	
determinar	se	os	centros	de	treinamento	existem	e	onde	se	encontram.	
Por	 último,	mantenho	 o	 projeto	 “Políticas	 públicas	 para	 natação	 de	 alto	
rendimento	no	Brasil”.	O	objetivo	deste	estudo	é	fazer	uma	análise	sobre	a	gestão	
 29 
esportiva	 da	 natação	 brasileira	 e	 as	 políticas	 públicas	 dedicadas	 para	 o	 alto	
rendimento	na	modalidade,	vista	como	estratégica	para	o	Ministério	do	Esporte.	A	
justificativa	deste	estudo	se	dá	no	sentido	da	necessidade	de	uma	análise	no	atual	
modelo	de	gestão	esportiva	da	natação	brasileira,	subsidiando	futuras	discussões	
sobre	a	gestão	de	políticas	públicas,	bem	como	contribuir	para	a	produção	científica	
acerca	do	financiamento	da	natação	no	Brasil.	A	metodologia	se	dará	por	coletas	de	
dados	 obtidos	 junto	 à	 Confederação	 Brasileira	 de	 Desportos	 Aquáticos	 (CBDA),	
complementados	por	uma	busca	pela	web.	Já	os	dados	referentes	ao	financiamento	
público	serão	obtidos	junto	ao	site	do	antigo	Ministério	do	Esporte	e	do	banco	de	
dados	do	Projeto	Inteligência	Esportiva,	desenvolvidos	pela	Universidade	Federal	
do	Paraná	em	parceria	com	o	Ministério	do	Esporte.	A	análise	quantitativa	se	dará	
através	 dos	 softwares	 Microsoft	 Office	 Excel	 e	 Statistical	 Package	 for	 the	 Social	
Sciences	 (SPSS),	 enquanto	 que	 a	 análise	 qualitativa	 terá	 como	 matriz	 teórica	 a	
sociologia	 configuracional	 e	 a	 teoria	 dos	 campos	 aplicada	 à	 natação.	 Após	 o	
armazenamento	nos	softwares,	os	dados	serão	exportados	para	o	banco	de	dados	
do	Projeto	Inteligência	Esportiva	da	Universidade	Federal	do	Paraná.	Este	banco	de	
dados	abrange	todos	os	esportes	olímpicos	desenvolvidos	no	Brasil.	
A	produção	 intelectual	mais	 relevante,	 vinculada	a	 tais	projetos	e	outros	
que	já	foram	encerrados,	é	listada	a	seguir,	e	é	divida	em	quatro	grupos:	(1)	estudos	
direcionados	às	políticas	de	esporte	de	alto	rendimento;	
•Ordonhes,	 M.	 T.;	 Zaniol,	 G.	 E.,	 HERCULES,E.	 D.,	 CAVICHIOLLI,	 F.	 R.	 	 A	 inserção	 do	 esporte	 no	
ministério	da	 cidadania:	 análise	das	opiniões	 sobre	o	 -fim-	do	ministério	do	 esporte.	 Revista	
Motrivivência,	v.	31,	n.	60,	2019.	
https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/2175-8042.2019e66972/41751	
	
•López-Gil,	 J.	F.	 ,	HERCULES,E.	D.	 ,	CAVICHIOLLI,	F.	R.	 	Análisis	cualitativo	de	la	educación	física	
escolar	en	España	y	Brasil:	realidades,	similitudes,	diferencias	y	propuestas	de	mejora.	Retos,	n.	
36,	2019.	
https://recyt.fecyt.es/index.php/retos/article/view/69806	
	
 30 
•MORAES	e	SILVA,	M.	;	CAVICHIOLLI,	F.	R.		;	MEZZADRI,	F.	M.	Políticas	públicas	para	jóvenes	talentos	
deportivos	en	Brasil:	revelando	la	'red	nacional	de	entrenamiento.	Educacion	Física	y	ciencia,	v.	20,	
p.	e055,	2018.	
https://www.efyc.fahce.unlp.edu.ar/article/download/EFyCe055/10020/	
	
•COSTA,	I.	P.	;	CAREGNATO,	A.	F.	;	SILVA,	C.	L.	;	CAVICHIOLLI,	F.	R.		Jogos	Escolares	do	Paraná:	análise	
da	competição	no	Município	de	Curitiba.	EDUCACIÓN	FÍSICA	Y	CIENCIA	,	v.	19,	p.	1-5,	2017.	
https://www.efyc.fahce.unlp.edu.ar	›	article	›	download	›	EFyCe023	
	
•STAREPRAVO,	F.	A.;	REIS,	L.J.A.,	CAVICHIOLLI,	F.	R.;	MARCHI	Jr.,	W.	E	assim	criou-se	a	rede:	aspectos	
técnicos,	 pol;íticose	 epistemológicos	 envolvidos	 na	 criação	 e	 desenvolvimento	 da	 Rede	 Cedes.	
Movimento;	v.	20,	n.	1,	jan/mar,	2014.	
https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/29837	
	
	
Nos	 anos	 iniciais,	 	 como	 professor	 do	 PPGEDF,	 os	 estudos	 estiveram	
voltados	(2)	à	área	do	lazer	(decorrente	da	minha	dissertação	e	tese)	assim	como	
estudos	 derivados	 da	 minha	 prática	 docente	 como	 professor	 da	 disciplina	 de	
esportes	II-	basquetebol.	
	
•CHELUCHINHAK,	A.	B.;	CAVICHIOLLI,	F.	R.	O	Consumo	do	Esporte	e	do	Lazer	e	as	possíveis	
contribuições	 de	 Veblen:	 desvendando	motivações.	 Licere	 (Centro	 de	 Estudos	 de	 Lazer	 e	
Recreação.	Online),	v.	13,	p.	37-49,	2010.	
Https://periodicos.ufmg.br/index.php/licere/issue/view/75	
	
•CAVICHIOLLI,	 F.	 R.;	 REIS,	 L.	 J.	 A.	 Animação	 Cultural:	 conceitos	 e	 propostas.	 Movimento	
(UFRGS.	Impresso),	v.	15,	p.357-	371,	2009.	
https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/2225/4182	
	
•CAVICHIOLLI,	F.	R.;	REIS,	L.	J.	A;	STAREPRAVO,	F.	A.	Resenha	do	livro	“A	Animação	Cultural:	
conceitos	e	propostas”	de	Victor	Andrade	de	Melo.	Movimento	(UFRGS.	Impresso),	v.	15;	N.3,	
2009.		
https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/7519/5594	
	
•CAVICHIOLLI,	F.	R.;	REIS,	L.	J.	A.	Jogos	eletrônicos	e	a	busca	da	excitação.	Movimento	(Porto	
Alegre),	v.	14,	p.	163-184,	2008.		
•REIS,	L.	J.	A.;	Starepravo,	F.	A.;	CAVICHIOLLI,	F.	R.	Políticas	públicas	para	o	lazer:	pontos	de	
vista	de	alguns	teóricos	do	lazer	no	Brasil.	Licere	(Belo	Horizonte),	v.	11,	p.	5,	2008.	
https://periodicos.ufmg.br/index.php/licere/issue/view/81	
	
•CAVICHIOLLI,	 F.	 R.;	VALENTIN,	 R.	 B.	.	 Futebol,	 escape	 e	 mímesis:	 um	 estudo	 sobre	
representações	sociais.	Movimento	(Porto	Alegre),	v.	13,	p.	65-89,	2007.	
https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/3564/1967	
	
•CAVICHIOLLI,	F.	R.	MEZZADDRI,	F.	M.	;	Starepravo,	F.	A.	Consumo	e	Formação	dos	Hábitos	de	
Esporte	e	Lazer.	Movimento	(Porto	Alegre),	Porto	Alegre,	v.	12,	n.2,	p.	241-273,	2006.		
https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/2903/1539	
 31 
Além	desses	estudos,	(3)	ocorreram	parcerias	com	professores	e	alunos	que	
resultaram	 em	 temáticas	 não	 tão	 próximas	 dos	 projetos	 de	 pesquisa	 da	 qual	 eu	
coordenei:	
•GIL-LOPEZ,	J.	F.;	SENTONE,	R.	G.,	CAETANO;	C.	I.;	CAVICCHIOLLI,	F.R.	Influência	do	tamanho	e	
densidade	populacional	no	rendimento	esportivo	da	ginástica	artística	brasileira.	Revista	Retos,	
v.	02,	n.	38,	2020.	
https://recyt.fecyt.es/index.php/retos/article/view/74338/46916	
	
•LISE,	R.	S,	;	Santos,	Natasha	;	CAVICHIOLLI,	F.	R.;	CAPRARO,	A.	M.	A		biografia	escrita	por	Reila	
Gracie	e	as	 fontes	 jornalísticas:	 revisando	a	história	hegemônica.	 	Revista	Movimento,	v.	23,	p.	
1149,	2017.	
https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/65100/46214	
	
•CAPRARO,	A.	M.	;	Santos,	N.	;	CAVICHIOLLI,	F.	R.	;	MEZZADRI,	F.	M.	.	A	crônica	esportiva	de	José	
Lins	do	Rego:	política,	paixão	e	relações	de	força.	Revista	Brasileira	de	Educação	Física	e	Esporte	,	
v.	30,	p.	323-333,	2016.	
http://www.scielo.br/pdf/rbefe/v30n2/1807-5509-rbefe-30-2-0323.pdf	
	
•LISE,	R.	S.	 ;	CAVICHIOLLI,	F.	R.;	CAPRARO,	A.	M.	A	Copa	do	Mundo	de	1982	e	o	“turbilhão	de	
emoções	nas	crônicas	de	Nelson	Motta.	Revista	Brasileira	de	Ciências	do	Esporte.	Vol.	39;	nº1,	
2017.	
http://www.rbceonline.org.br/pt-pdf-S0101328915001195	
	
	
Para	 além	 dos	 artigos	 científicos	 citados,	 (4)	 publicações	 em	 livros	 e	
capítulos	 de	 livros	 também	 integram	 a	 produção	 intelectual	 considerada	 mais	
relevante	no	período	contemplado	no	presente	memorial.	
	
•MEZZADRI,	F.	M.,	MORAES	e	SILVA;	CAVICHIOLLI,	F.	R.		Brazil.	In:	Elsa	Kristiansen,	Milena	M.	
Parent,	Barrie	Houlihan.	(Org.).	(Org.).	Elite	Youth	Sport	Policy:	A	comparative	analysis.	2ªed.;	
Abingdon:	Routledge,	2018,	v.	1,	p.	1-15.	
		
•CAVICHIOLLI,	F.	R.	O	processo	de	formação	de	jovens	atletas	no	futebol:	em	Portugal	e	no	Brasil.	
In:	GONÇALVES,	Carlos	Eduardo	de	Barros.	(Org.).	Educação	pelo	desporto	associativo:	uma	
ligação	necessária.	1ed.Santa	maria	da	Feira:	Rainho	&	Neves	Ltda,	v.	1;	p.43-83,	2013.	
	
CAVICHIOLLI,	 F.	 R.;	CHELUCHINHAK,	 Aline	 Barato	.	 O	 consumo	 do	 esporte	 e	 do	 lazer:	 as	
possíveis	 contribuições	de	Veblen	 	desvendando	motivações.	 In:	Mosko,	 José	Carlos;	Ribeiro,	
Luiz	Carlos.	(Org.).	Sociologia	do	esporte.	São	Caetano	do	Sul(SP),:	Editora	Yendis,	2011.	
	
•CAVICHIOLLI,	 F.	 R.;	CAPRARO,	 A.	 M.	;	 CHELUCHINHACK,	 Aline	 Barato	 ;	 MEZZADDRI,	 F.	 M.;	
MARCHI	Jr,	W.	.	TALENTO,	DOM	E	FUTEBOL	DE	BASE:	os	caminhos	e	os	des-caminhos	do	mundo	
da	bola.	In:	FREITAS,	Túlio	Gustavo	do	Prado.	(org).	(Org.).	A	Ciência	da	Grande	Área:	Futebol	
e	Conhecimento	Interdisciplinar.	1ed.São	Paulo:	Tecno	Sports,	2011,	v.	1,	p.	35-65.	
		
•CAVICHIOLLI,	F.	R.;	MARCHI	JR,	W.	.	Diagnóstico	da	da	Sociologia	do	Esporte	no	Brasil:	para	a	
consolidação	de	um	campo	de	conhecimento.	In:	CORNEJO,	Miguel	(Org.)	;	MARCHI	JÚNIOR,	W.	
(Org.)	Estudios	y	proyectos	en	sociología	del	deporte	y	la	recreación	en	América	Latina.	1.	
 32 
ed.	Concepción:	Trama	Impresores	S.A.,	2008.	v.	1.	167	p.	Concepición:	Trama	Impresores	S.A,	
2008,	v.	1,	p.	102-112.		
	
•CAVICHIOLLI,	 F.	 R.;SOUZA	 D.	 L.;	MEZZADRI,	 F.	 M.;	 MARCHI	 JR,	 W.	 .	 O	 núcleo	 da	 Rede	
Cedes/UFPR:	desafios	 e	perspectivas.	 In:	Nelson	Carvalho	Marcellino.	 (Org.).	Brincar,	 jogar,	
viver.	1ed.Brasília:	Ministério	dos	esportes,	2007,	v.	02,	p.	185-198.	
	
•CAVICHIOLLI,	F.	R.	MEZZADRI,	F.	M.,	 SOUZA	D.	L.	 (org.)	Esporte	e	Lazer:	 subsídios	para	o	
desenvolvimento	e	a	gestão	de	políticas	públicas.	01.	ed.	Jundiaí	-	SP:	Fontoura,	2006.	v.	01.	
142p.	
	
•CAVICHIOLLI,	F.	R.	A	difusão	do	 sistema	crenças	 sociais	na	pesquisa	do	 lazer.	 In:	Carlos	da	
Fonseca	Brandão;	Alonso	Bezzerra	de	Camargo.	 (Org.).	 Introdução	à	sociologia	da	cultura.	
1ed.São	Paulo:	Avercamp,	2005,	v.	1,	p.	137-150.	
	
	
Os	trabalhos	completos,	resumos	estendidos,	resumos	publicados	em	anais	
de	 congressos	 corresponderam	 ao	 importante	 meio	 de	 divulgação	 dos	 estudos	
realizados,	até	meados	da	primeira	década	desse	século.	Minha	hipótese	é	que	os	
artigos	em	revistas	ganharam	mais	atenção	pelas	exigências	do	PPGEDF,	via	Capes.	
Continuei	participando	dos	congressos,	sobretudo	os	da	Unesp	de	Rio	Claro,	sempre	
em	anos	ímpares;	assim	como	participei	de	congressos	no	exterior.	
	
3.3.	ATIVIDADES	DE	EXTENSÃO	
As	atividades	de	extensão	realizadas	ao	longo	da	carreira,	principalmente,	
com	 o	 envolvimento	 da	 comunidade	 universitária	 e	 extra	 universitária.	 Nos	 três	
primeiros	anos	como	docente	da	UFPR,	participei	como	colaborador/	coordenador	
das	colônias	de	férias	que	ocorriam	no	Centro	de	Educação	Física	e	Desportos	(CED).	
Atividade	tradicional	no	mês	de	dezembro,	procurei	ofertar	atividades	lúdicas	aos	
filhos	de	funcionários	da	UFPR	e	moradores	próximo	ao	CED.	Era	um	pouco	mais	do	
que	 atividade	 de	 extensão,	 pois	 se	 envolviam	 entre	 25	 e	 30	 monitores,	 todos	
oriundos	do	curso	Educação	Física.	Servia	como	laboratório	para	os	alunos,	assim	
como	espaço	de	integração	comunidade/	UFPR.	O	atendimento	diário	durante	os	15	
dias	de	colônia	era	de	150	crianças	e	adolescentes	por	ano.		
 33 
Participei	 de	 outro	 projeto	 tradicional	 da	 UFPR	 “Festival	 de	 Inverno”,	
realizado	na	cidade	de	Antonina-	PR.	Inclusive,	no	ano	de	2020	o	evento	chegará	a	
sua	30ª	edição.		
Nesse	espaço,	 fui	colaborador	e	coordenador	do	subprojeto	da	“Praça	de	
Esportes	e	Lazer”,	por	quatro	ocasiões.	Contou	com	a	presença	de	cinco	professores/	
técnico	desportivos	ligados	ao	CED/	UFPR	e	mais	dez	alunos	bolsistas	oriundos	do	
curso	de	bacharelado	em	Educação	Física.	A	estimativa	do	atendimento	diário	foi	de	
250	pessoas.		
As	 atividades	 de	 extensão	 à	 comunidade	 somente	 foram	 retomadas	 por	
mim,	em	2011.	Agora	como	coordenador	do	Centro	de	Educação	Física	e	Desportos,	
dei	continuidade	aos	seguintes	projetos	entre	2011	a	2013:	
•Projeto	de	extensão	Escola	de	Futebol.	Destinadas	a	jovens	de	11	a	16	anos,	envolveramcinco	
alunos	bolsistas	da	UFPR	e	atendia	entre	80	a	110	adolescentes	por	ano	de	atividade;	
	
•	Projeto	de	extensão	atividades	esportivas	de	competição.	Destinados	aos	alunos/atletas	da	
UFPR,	 para	 participar	 como	 representantes	 oficiais	 do	 calendário	 esportivo	 de	 competição	
anual.	 Envolveram-se	mais	 oito	 alunos	 bolsistas/ano	 oriundos	 do	 curso	 de	 bacharelado	 em	
Educação	Física,	envolvia	mais	de	dez	modalidades,	com	a	participação	de	mais	100	acadêmicos,	
oriundos	de	diferentes	cursos	da	universidade;	
	
•	Projeto	de	extensão	ATIVA,	com	objetivos	de	melhorar	o	condicionamento	físico	dos	alunos,	
com	público-alvo	a	comunidade	interna	e	externa	da	UFPR.	Envolveram-se	mais	dez	alunos/ano	
bolsistas	oriundos	do	curso	de	licenciatura	e	bacharelado	em	Educação	Física,	e	atendia	a	mais	
de	500	pessoas.	
	
•	 Projeto	 de	 extensão	 Atividades	 aquáticas	 para	 a	 comunidade	 interna	 e	 externa	 da	 UFPR,	
voltado	 à	 adaptação	 ao	 meio	 líquido,	 aprendizagem	 dos	 diferentes	 estilos	 e	 melhora	 do	
condicionamento	 físico.	 Envolveram-se	 mais	 12	 alunos	 bolsistas/ano	 oriundos	 do	 curso	 de	
licenciatura	e	bacharelado	em	Educação	Física.	
	
•Projeto	de	extensão	teoria,	prática	e	didática	do	treinamento	de	força,	voltado	à	capacitação	
dos	alunos	que	estavam	inserido	nas	atividades	de	academia.	Atendiam-se	dez	alunos	do	curso	
de	bacharelado	em	Educação	Física.	
	
Há	de	se	destacar	que	o	Centro	de	Educação	e	Desportos	(CED)	nunca	teve	
dotação	orçamentária.	Dessa	forma,	os	projetos	eram	alto	sustentáveis,	por	meio	de	
cobrança	 individual.	 Na	 época	 o	montante	 arrecadado	 foi	 de	 300	mil	 reais/ano.	
Sendo	 que	 uma	 parcela	 do	 dinheiro	 (10%)	 era	 destinada	 à	 Fundação	 da	 UFPR	
 34 
(Funpar)	 e	 60%	 ao	 pagamento	 de	 bolsistas.	 A	 ampliação	 de	 projetos	 só	 não	 foi	
possível	 por	 esse	 entrave	 orçamentário,	 como	 também	 pela	 falta	 de	 estruturas	
físicas	que	comportassem	os	dias	com	temperaturas	baixas	e/ou	frio	intenso.	
A	participação	em	bancas	de	Processos	Seletivos	Simplificados	e	Concursos	
Públicos	 de	 Provas	 e	 Títulos	 para	 a	 Carreira	 do	Magistério	 Superior	 também	 se	
destaca	desde	o	início	da	carreira	docente:	concurso	para	Professor	Adjunto	I,	área	
Aspectos	 socioculturais	 do	 movimento	 humano	 e	 supervisão	 de	 estágio,	 na	
Universidade	de	Londrina,	ano	de	2013;	concurso	para	Professor	Auxiliar	I,	área	de	
conhecimento	Gestão	desportiva	e	de	lazer,	UFPR/	câmpus	litoral,	no	ano	de	2009;	
concurso	para	Professor	Assistente	I,	área	Educação	Física	Infantil	e	fundamentos	
dos	 jogos	 e	 brincadeiras,	 Universidade	 Estadual	 de	 Ponta	 Grossa,	 ano	 de	 2009.	
Outras	 funções	 em	 bancas	 do	 processo	 seletivo	 de	 mestrado	 e	 doutorado	 do	
PPGEDF/UFPR,	entre	2005	a	2019,	assim	como	nos	eventos	de	internos	da	UFPR	
voltados	à	iniciação	científica,	nos	anos	de	2004	e	2005.		
A	participação	em	bancas	acadêmicas	contabilizou	31	bancas	de	defesa	de	
mestrado	 (20	 como	 orientador)	 e	 14	 bancas	 de	 defesa	 de	 doutorado	 (7	 como	
orientador),	até	dezembro	de	2019.	A	maioria	das	participações	em	bancas	como	
membro	titular	foi	nos	Programas	de	Pós-graduação	em	Educação	Física	e	Educação	
das	seguintes	instituições:	UFPR,	UEL,	UEM	e	Unesp	-	câmpus	de	Rio	Claro	e	câmpus	
de	Marília.	
	
3.4.	ATIVIDADES	DE	ADMINISTRAÇÃO	
	 Antes	 de	 me	 tornar	 servidor	 público	 federal,	 participei	 de	 duas	
atividades	que	envolviam	a	parte	administrativa.		A	primeira	como	coordenador	do	
Acampamento	Nosso	Recanto	entre	os	anos	de	1987	a	1990,	no	qual	era	responsável	
na	estruturação	e	aplicação	das	atividades	recreativas/esportivas,	que	contei	com	o	
 35 
auxílio	 de	 30	 monitores,	 para	 atender	 até	 200	 adolescentes	 por	 temporada.	 	 A	
segunda	como	assessor	de	Secretaria	de	Esportes	na	cidade	de	Leme-SP.	(portaria	
005/96).	Fui	responsável	por	implementar	os	eventos	pontuais	para	a	população	de	
trabalhadores	 do	 corte	 de	 cana,	 visto	 que	 a	 cidade	 era	 conhecida	 como	 cidade	
“dormitório	 dos	 cortadores	 de	 cana”	 na	 região	 central	 do	 Estado	 de	 São	 Paulo.	
Torneios	de	futebol	para	os	adultos	e	praças	recreativas	para	crianças	estavam	sob	
minha	alçada.	Permaneci	a	 frente	desse	projeto	por	dois	anos,	e	o	mesmo	serviu	
como	laboratório	para	o	texto	de	mestrado.	
Na	UFPR,	deixando	de	 lado	as	participações	em	plenárias	e	 colegiado	da	
graduação,	 tive	 o	 primeiro	 cargo	 como	 suplente	 da	 chefia	 do	 Departamento	 de	
Educação	Física	entre	2004	e	2006.	(portaria	nº	1045	de	19	de	fevereiro	de	2004),	
no	 qual	 o	 chefe	 era	 o	 Prof.	 Fernando	 Marinho	 Mezzadri.	 Poucas	 participações	
ocorreram	no	Conselho	Setorial	do	Setor	de	Ciências	Biológicas,	 importante	 local	
para	começar	a	entender	o	que	venha	a	ser	UFPR.	Disputa	de	poder,	associações	
entre	 departamentos	 para	 manutenção	 de	 equipamentos,	 enfim,	 quais	 eram	 as	
possibilidades	 e	 como	 proceder	 num	 espaço	 democrático,	 mas	 cheios	 de	
artimanhas.	
Percorrido	 o	 tempo	 de	 suplente,	 no	 ano	 de	 2006	 fui	 alçado	 a	 chefe	 do	
Departamento	de	Educação	Física		do	Setor	de	Ciências	Biológicas,	pelo	período	de	
dois	 anos.	 (portaria	 nº	 1849	 de	 20	 de	 fevereiro	 de	 2006).	 Destaco	 as	 reformas	
conseguidas	para	as	quadras	poliesportivas	em	parceria	com	o	então	diretor	do	CED,	
professor	Ricardo	Weigert	Coelho.	Além	disso,	o	governo	federal	resolveu,	no	final	
do	ano	de	2007,	repor	o	quadro	de	professor	docente	das	IFE’s.	São	mais	de	110	
docentes	destinados	a	UFPR,	que	contava	por	volta	80	departamentos.		Com	bons	
indicadores	 da	 Pós-graduação	 stricto	 e	 latu	 sensu,	 com	 carga	 horário	 um	 pouco	
 36 
acima	da	média	em	comparação	aos	demais	departamentos	do	Setor	de	Ciências	
Biológicas,	angariei	o	teto	máximo	estipulado	pela	reitoria	para	cada	departamento:	
isto	é,	quatro	vagas	foram	destinadas	ao	DEF.	
Com	problemas	de	saúde	na	 família,	não	busquei	a	reeleição	ao	cargo	de	
chefe	 do	Departamento	 de	 Educação	 Física.	Mantendo-me	 afastado	 de	 cargos	 de	
administrativos	até	novembro	de	2009,	quando	eu	como	suplente	e	a	professor	Ana	
Claudia	Tarartuch	como	titular,	respectivamente,	fomos	eleitos	representantes	do	
Setor	 de	 Ciências	 Biológicas,	 junto	 ao	 Conselho	 de	 Ensino	 Pesquisa	 e	 Extensão	 -	
CEPE,	por	dois	anos	(portaria	nº	638,	de	03	de	novembro	de	2009).	Mesmo	como	
suplente	participei	de	todas	as	reuniões	do	CEPE,	assim	como	de	cinco	reuniões	do	
Conselho	Universitário.	Entender	em	parte,	como	a	Universidade	não	é	algo	estático,	
mas	um	organismo	vivo	e	dinâmico,	foi	a	grande	aprendizagem	neste	período.	Que	
foi	interrompido	em	setembro	de	2010	para	cursar	o	estágio	pós-doutoral	na	cidade	
de	Coimbra.	
Ao	 retornar	 ao	 Brasil,	 recebi	 o	 convite	 do	 diretor	 do	 Setor	 Ciências	
Biológicas,	 professor	 Luiz	 Claudio	 Fernandes,	 para	 ser	 o	 diretor	 do	 Centro	 de	
Educação	 Física	 e	 Desportos	 (CED).	 Fui	 nomeado	 no	 dia	 13	 de	 julho	 de	 2011	
(portaria	nº	1646)	para	exercer	por	dois	anos	o	referido	cargo.	Fui	reconduzido	ao	
cargo	de	diretor	por	mais	dois	anos	por	meio	da	portaria	nº	469,	de	4	de	julho	de	
2013.	A	minha	contribuição	dada	ao	CED	foi	por	meio	das	licitações	implementadas.	
A	lei	8.666	de	21	de	junho	de	1993,	“estabeleceu	normas	gerais	sobre	licitações	e	
contratos	 administrativos	pertinentes	 a	 obras,	 serviços,	 inclusive	de	publicidade,	
compras,	alienações	e	 locações	no	âmbito	dos	Poderes	da	União,	dos	Estados,	do	
Distrito	Federal	e	dos	Municípios”	não	era	exatamente	cumprida	nas	Universidaes	
Federais.	 Realizamos	 cinco	 licitações:	 gás,	 limpeza	da	piscina,	 salinização	d’água,	
 37 
manutenção	de	maquinários	para	a	piscina	e	uniformes	para	as	equipes	oficiais	da	
UFPR.	Além	das	readequações	dos	projetos	e	continuidade	de	outros.	Destaco,	que	
nesse	ínterim,	o	CED	foi	denunciado	por	má	gestão	no	período	de	2008	a	2010.	A	
grande	maioria	das	denúncias	era	 inverídica,	mas	tanto	oCED	quanto	à	UFPR	foi	
advertida	por	não	 terem	 realizadas	 as	 licitações	previstas	 em	 lei.	 Todos	 os	 itens	
foram	respondidos	por	mim	e	pelos	técnicos-administrativos	do	CED.	O	resultado	
foi	 recomendado	 pelas	 novas	 formas	 de	 planejamento	 da	 parte	 financeira,	
necessidade	de	ajustar	o	plano	de	trabalho,	melhorar	a	prestação	de	contas,	entre	
outros	itens,	mas	nenhuma	grande	irregularidade	foi	apontada	no	período	que	nos	
antecedeu.	Todavia,	 foi	grande	experiência	profissional	que	 teve	ajuda	de	órgãos	
internos	da	UFPR,	como	também	do	Tribunal	de	Contas	da	União	(TCU),	divisão	do	
Paraná.	
Com	a	desativação	das	piscinas	do	CED	pelo	início	da	reforma		e	um	convite	
do	Colegiado	do	PPGEDF	(da	qual	participava	desde	2008),	para	ser	o	Coordenador	
do	PPGEDF,	fui	eleito	em	meados	de	2014	(portaria	1.234,	de	19	de	agosto	de	2014).		
Assumi	 a	 coordenação	do	PPGEDF	 com	o	 conceito	5	 	 e	 a	missão	de	manter	 esse	
conceito.	Com	a	aposentadoria	de	alguns	professores	e	pouco	interesse	de	nossos	
pares	 do	 DEF	 em	 participar	 do	 referido	 programa,	 o	 colegiado	 buscou	 novos	
pesquisadores	em	áreas	afins.	O	curso	de	fisioterapia,	então	da	UFPR	litoral,	cedeu	
duas	pesquisadoras	com	boa	produção.	Deixei	todas	as	informações	transparentes	
e,	principalmente,	convencer	os	professores	a	ampliar	sua	produção,	de	preferência	
com	 parcerias	 internacionais.	 A	 soma	 de	 determinados	 fatos	 quatro	 professores	
recém-retornando	 do	 estágio	 pós–doutoral,	 e,	 consequentemente,	 com	 bons	
contatos	no	exterior;	a	abertura	do	curso	de	doutorado	anos	anteriores,	fizeram	que	
a	 quantidade	 e	 qualidade	 dos	 artigos	 se	 ampliassem	 e	 materializassem	 naquele	
 38 
momento;	assim	como	ocorreu	melhor	entendimento	das	regras	da		Capes	(trabalha	
com	resultados	a	posteriori	e,	portanto,	cada	um	deve	fazer	o	seu	melhor)	ajudaram	
no	 biênio	 seguinte,	 no	 qual	 continuei	 coordenador	 (portaria	 nº	 2723,	 de	 05	 de	
setembro	de	2016),	e	então,	a	ascensão	ao	conceito	6	Capes	.	
Obviamente	eu	não	 fiz	nada	disso	sozinho,	mas	sei	que	 tive	uma	parcela	
importante	no	convencimento	do	corpo	docente	e	discente.	Nesses,	dois	anos	tive	a	
sorte	de	ter	um	colegiado	atuante,	e	contei	 inicialmente	com	apoio	da	professora	
Anna	 Raquel	 Silveira	 Gomes,	 suplente	 da	 coordenação	 nesse	 processo,	 parceira	
incansável	na	formulação	e	implementação	do	projeto	de	manutenção	do	conceito	
5.	 No	 segundo	 período,	 à	 frente	 do	 PPGEDF,	 o	 suplente	 de	 coordenação	 foi	 o	
professor	Gleber	Pereira,	preocupado	e	atento	a	 todos	os	detalhes	para	atingir	o	
melhor	 conceito	 possível.	 Claramente,	 nada	disso	 teria	 ocorrido	 se	 não	 tivesse	 o	
suporte	 do	 técnico-administrativo	 Rodrigo	 Waki.	 Mais	 do	 que	 um	 simples	
‘secretário’	 tem	como	característica	a	 inovação	e	a	 facilitação	dos	procedimentos	
burocráticos.	Isso	ajudou	extremamente	o	diálogo	com	o	corpo	docente	e	discente.	
Sobre	 as	 atividades	 de	 administração,	 gostaria	 de	 citar	 uma	 pequena	 parte	 do		
Memorial	da	professora	Joice	Mara	Facco	Stefanello,	primeira	docente	do	DEF	a	ser	
titular:	
Para	 além	 das	 atividades	 de	 ensino,	 pesquisa,	 extensão	 e	
orientação,	a	carreira	universitária	tem	exigido,	cada	vez	mais,	
o	 envolvimento	dos	docentes	em	atividades	de	administração	
(comissões	de	trabalho,	membros	de	colegiados	de	graduação	e	
pós-graduação,	 conselhos	de	órgãos	superiores,	 coordenações	
de	 cursos	 de	 graduação	 e	 pós-graduação).	 Tais	 atividades	
impõem,	 não	 apenas,	 diferentes	 exigências	 de	 carga-horária	
semanal,	 mas	 principalmente	 diferentes	 responsabilidades	 e	
competências.	(Stefanello,	2015)	
	
A	professora	resume	bem	o	que	a	nova	geração	pode	esperar,	assim	como,	
pode	antecipar	alguns	passos	e	se	preparar	da	melhor	maneira	possível.	
 39 
	
4.	CONSIDERAÇÕES	FINAIS	
	 Elaborar	o	memorial	foi	importante	para	resgatar	o	que	eu	fiz	ao	longo	
não	 só	 da	minha	 carreira	 universitária,	 como	 também	meu	 envolvimento	 com	 a	
educação	 física.	 Nesse	 momento	 há	 necessidade	 de	 fazer	 autojulgamento	 desse	
percurso.	 Alguns	 desafios	 foram	 enfrentados	 nesse	 percurso,	 a	 começar	 por	
abandonar	a	carreira	de	professor	concursado	na	Prefeitura	Municipal	de	Campinas	
(PMC)	 e	 com	 intenções	 de	 assumir	 inicialmente	 o	 cargo	 de	 chefia	 de	 diretor	 de	
escola.	Na	PMC,	a	ascensão	ao	cargo	 foi	por	concurso	e	 já	havia	dado	o	primeiro	
passo	ao	terminar	o	curso	de	pedagogia,	requisito	mínimo	necessário	para	ocupar	o	
posto	de	diretor.	Ao	escolher	a	vida	acadêmica,	optei	em	acelerar	a	formação	para	o	
doutorado	e,	posteriormente,	cumprir	todas	as	exigências	para	obter	as	promoções	
na	carreira.	
A	 inserção	 em	 cada	 nova	 configuração	 (termo	 emprestado	 do	 sociólogo	
alemão	Norbert	Elias,	1990)	provocou	novos	e	intricados	desafios,	cujos	indivíduos	
funcionam	 entre	 si	 por	meio	 de	 numerosas	 relações	 de	 interdependência	 ou	 de	
subordinação,	que	não	mantém	um	padrão	em	diferentes	espaços	que	transitei	na	
UFPR.	Certamente	gerou	grandes	adaptações	por	minha	parte,	tanto	pessoal	como	
profissional.	
As	 ações	 mais	 tranquilas	 de	 se	 executar	 foram	 as	 aulas,	 os	 conteúdos	
teóricos	 e	 com	 grande	 experiência	 prática	 que	 dominava	 na	 área	 do	 lazer.	 A	
passagem	para	a	área	dos	esportes	coletivos	não	foi	complicada.	As	aulas	da	pós-
graduação	causaram	inicialmente	um	desgaste	mental	maior,	mas	ao	mesmo	tempo	
um	sentimento	de	estar	cumprindo	com	o	planejamento	de	mais	de	dez	anos	atrás.	
O	grande	desafio	 foi	 ao	assumir	os	diferentes	 cargos	administrativos,	 fui	
responsável	 em	 gerir	 as	 equipes	 que	 compunham	 cada	 estrutura	 da	 UFPR.	
 40 
Independentemente	 do	 número	 de	 pessoas	 que	 estão	 sob	 sua	 responsabilidade,	
conclui	que	o	gerenciamento	é	uma	arte	a	ser	aprendida.	Entender	o	que	se	está	em	
jogo,	antecipar	as	ações	dos	demais	jogadores	daquela	determinada	configuração,	
perceber	 o	 jogo	 de	 poder	 que	 se	 estabelece,	 ora	 na	 relação	 de	 um	 indivíduo	
com/contra	o	outro	indivíduo,	ora	nas	relações	mais	complexas,	que	envolvem	um	
número	maior	de	 jogadores;	 só	 é	 capaz	de	ocorrer	quando	a	pessoa	 conclui	 que	
somente	seus	dotes	individuais	não	geram	a	garantia	de	sucesso.	Estar	disposto	a	
aprender	a	configuração,	refletir	como	esse	espaço	social	pode	ser	apropriado	em	
favor	 da	 instituição	 que	 representa,	 é	 um	 dom/sabedoria/aprendizagem	 a	 se	
desenvolver.	
As	funções	administrativas	que	inicialmente	foram	assumidas	muito	mais	
pela	gratidão	com	os	professores	do	DEF	após	o	afastamento	de	quatro	anos	para	o	
curso	de	doutorado	e	depois	mais	um	ano	de	afastamento	para	o	cursar	o	estágio	
pós-doutoral,	tanto	como	vice-chefe	como	chefe	do	DEF,	foi	um	grande	aprendizado	
para	aprender	como	proceder	em	diferentes	situações	que	o	cargo	exige.	
Os	 demais	 cargos,	 confesso	 que	 foram	 por	 vontade	 própria	 realmente.	
Ocupar	certos	cargos	foi	estratégico	ao	que	talvez	eu	possa	denominar	de	“grupo	
político”	do	DEF,	num	determinado	momento	de	turbulência.	Esse	período	de	2009	
a	2015,	sem	dúvida,	foi	de	grande	aprendizagem,	mas	de	uma	forma	nada	vantajosa	
em	termos	de	desenvolvimento	da	instituição	e	dos	agentes	envolvidos.	
Mas	 existiu	 o	 lado	 bom	 nas	 funções	 administrativas.	 Ter	 participado	 do	
colegiado	do	PPGEDF	por	mais	de	dez	anos	e	ter	exercido	a	função	de	coordenador	
foi	muito	gratificante	profissionalmente.	Basicamente,	não	tive	oposições	nas	ações	
internas,	as	quais	foram	planejadas	com	apoio	de	todos	os	indivíduos	envolvidos.	
Nos	fóruns	dos	coordenadores	da	área	21,	busquei	somente	o	consenso,	sem	exercer	
 41 
o	 papel	 de	 protagonista.	 Explica-se:	 o	 professor	 André	 Luiz	 Felix	 Rodacki	 era	 o	
coordenador	 de	 área	 	 21	 (cargo	 que	 é	 extremamente	 desgastante)	 e	 ao	mesmo	
tempo	membro	do	meu	programa.	Eu	apoiei-o	em	quase	 todas	as	ações	e	 juntos	
ponderamos	sobre	as	inúmeras

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