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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA INSTITUTO INTELIGÊNCIA ESPORTIVA MEMORIAL DE ATIVIDADES ACADÊMICAS FERNANDO RENATO CAVICHIOLLI Memorial descrito para fins de progressão na Carreira de Magistério Superior de Professor Associado (Classe D) para Professor Titular (Classe E). Curitiba, 20 de janeiro de 2020 Lista de abreviaturas ou siglas CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CBDA Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos CED Centro de Educação Física e Desportos CEPE Conselho de Extensão e Pesquisa CEPELS Centro de Pesquisa do Esporte, Lazer e Sociedade CHELEF Congresso de História do Esporte, do Lazer e da Educação Física CNPq Conselho Nacional de Pesquisa/ Atual Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico COUN Conselho Universitário DEF Departamento de Educação Física FCDEF Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física FIEP Fédération Internationale d’Education Physique IE Inteligência Esportiva ME Ministério do Esporte MEC Ministério da Educação e Cultura NR1 / NR2 Acampamento Nosso Recanto 1 e 2 PMC Prefeitura Municipal de Campinas PPGEDF Programa de Pós-graduação em Educação Física PRPPG Pró- Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação PUCC Pontifícia Universidade Católica de Campinas RNT Rede Nacional de Treinamento SCB Setor de Ciências Biológicas SEE Secretaria Especial do Esporte SNEAR Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento SPSS Statistical Package for the Social Sciences TCC Trabalho de Conclusão de Curso TCU Tribunal de Contas do Paraná UC Universidade de Coimbra UFPR Universidade Federal do Paraná UFSC Universidade Federal de Santa Catarina UNESP Universidade Estadual Paulista UNICAMP Universidade de Campinas UNIMEP Universidade Metodista de Piracicaba USAID United States Agency for International Development S U M Á R I O 1. 1.INTRODUÇÃO............................................................................................................... 4 2. 2.FORMAÇÃO PROFISSIONAL………………………………………................................... 9 3.ATUAÇÃO PROFISSIONAL – ENSINO SUPERIOR……………............................... 12 3.1.ATIVIDADES DE ENSINO....................................................................................... 13 3.1.1.Disciplinas ministradas na graduação ............................................................... 14 3.1.1.1.Lazer e recreação……………………...…………….......................................... 14 3.1.1.2. Atuação profissional do Lazer……………………………............................... 15 3.1.1.3.Seminário de monografia A e Seminário de monografia B………......... 16 3.1.1.4. Estágios B e C……………………………...……….........……………..................... 17 3.1.1.5. Esportes II – Basquetebol……………………....….............……………............ 18 3.1.2. Disciplinas ministradas na pós-graduação (Stricto-Sensu)........................... 20 3.2 ATIVIDADES DE PESQUISA E ORIENTAÇÃO …………………………….............. 22 3.2.1. Orientações na UFPR……………………...……………................................................ 24 3.2.1.1. Graduação, iniciação científica e pós-graduação latu sensu............... 24 3.2.1.2.Pós-graduação stricto sensu………………….......……………........................ 24 3.2.1.3. Produção intelectual no ensino superior.................................................. 25 3.3 ATIVIDADES DE EXTENSÃO ……………………………………..................……......... 32 3.4 ATIVIDADES DE ADMINISTRAÇÃO ……………………….............……………….... 34 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................... 39 5.REFERÊNCIAS............................................................................................................... 45 6.ANEXOS.......................................................................................................................... 46 4 1.INTRODUÇÃO Constato empiricamente que memorial é algo que incomoda os professores universitários da minha geração. O primeiro motivo foi percebido por mim com relação aos membros que compunham o Conselho Universitário (COUN) da UFPR no final da década passada; com vagas escassas para obtenção da Classe Titular o discurso era que o profissional deveria defender “as teses das teses”. As áreas de medicina, direito e engenharia articulavam um discurso que afastavam de imediato as áreas não tão valorizadas pelo senso comum, (as pesquisas básicas, as áreas socioculturais – onde a minha pesquisa se insere; enfim tudo aquilo que não demonstrasse aplicabilidade imediata para sociedade, segundo alguns membros do COUN) assim como impossibilitavam que alguns ramos dessas mesmas áreas “nobres” pudessem participar das disputas internas nos diferentes departamentos. Portanto, uma regra não escrita, mas consubstanciada nos órgãos decisórios da UFPR estava posta. Fruto de pressões pelos professores e greves, poucos anos mais tarde, a medida provisória nº 568/12 modifica e reestrutura a carreira das universidades e institutos federais. Entre as principais mudanças estavam a redução de 17 para 13 níveis na carreira, o qual permitiu a ascensão mais rápida às classes de professor associado e titular. Entre as concessões ao Estado e as conquistas da categoria, essa greve garantiu que todos os professores que alcançarem o nível de Professor Associado 4 possam pleitear essa ascensão. Nas regras anteriores de distribuição de vagas para Professor Titular, a possibilidade dessa promoção era muito reduzida, envolvia a perda de direitos trabalhistas, além de produzir uma competição intensa entre pares do mesmo departamento. (Vieira, 2017) No caso específico da UFPR as normativas se encontram na resolução 10/14 Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (CEPE) mais especificamente no capítulo II 5 que trata do desenvolvimento da carreira de magistério superior, a qual modifica a redação para progressão ou promoção para a classe de Titular: “lograr aprovação de memorial que deverá considerar as atividades de ensino, pesquisa, extensão, gestão acadêmica e produção profissional relevante, ou defesa de tese acadêmica inédita”(CEPE, 2014. Grifo do autor). As novidades para a carreira de professor do magistério superior são duas: a) a garantia a todos os professores de atingir a classe de Titular; b) a possibilidade de os professores poderem optar pelo modelo anterior, “a tese das teses” ou “defesa de memorial”. Ao mesmo tempo que existe a possibilidade e, consequentemente, a valorização do professor, ambiguamente perante a sociedade, parece que estou burlando o sistema – fruto de mais de 20 anos de leis e regras mais rígidas. Um segundo motivo decorre da parcialidade e subjetividade das informações quando o professor busca em suas memórias o caminho percorrido perante aquilo que prometeu (a qual assinei no dia 1º de julho de 1997) sobre o princípio da indissociabilidade entre os eixos do ensino, pesquisa e extensão, proferindo-os como elementos formadores de um padrão de qualidade num projeto de universidade que entendesse e desenvolvesse os interesses da grande parte da população. (Fórum da Educação na Constituinte)1 Mas, como a sociedade é dinâmica, Embora incorporada esta proposta à lei maior do país, na década seguinte, marcada pela visão neoliberal que, no Brasil, já vinha sendo imposta pelos organismos internacionais, fez recuar essa perspectiva na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que reconheceu diferentes tipos de educação superiorao permitir a criação de novas figuras jurídicas de instituições de ensino superior, os Centros Universitários e os Institutos Superiores de Educação que, tal como os institutos e 1 O Fórum foi um dos responsáveis pela inserção na carta constitucional de 1988 do artigo 207, que associou os princípios de autonomia universitária e de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Para maiores aprofundamentos ver Andes/ SN, 1982; Pinheiro, 2015. 6 faculdades isoladas, podem prescindir da pesquisa e da extensão, valendo-se apenas do ensino para exercer sua função educativa. (Vieira, 2017. Destaque do autor) É certo que cada pilar existe por si só, eles são independentes funcionalmente. Meu ingresso se deu numa perspectiva da indissociabilidade que foi modificada por interesses de expansão do ensino superior particular. Não há como negar que a perspectiva fragmentada fora do ensino, da pesquisa ou da extensão adentrou a universidade pública também! Correto ou não os exemplos estão aí em grande número do qual não posso me eximir. Um terceiro motivo que incomoda o professor universitário é o fato de ter que escrever na primeira pessoa do singular , “trata-se de um gênero que produz um certo grau de desconforto entre os pesquisadores acadêmicos, uma vez que, por razões de ofício, esses aprenderam a escrever na terceira pessoa do singular ou na primeira pessoa do plural” (Vieira, 2017), sempre com a intenção de induzir e convencer o leitor, que o pesquisador mantém o afastamento necessário do objeto estudado assim como a imparcialidade das análises – se é que elas existem. Mas, aqui a primeira pessoa do singular se faz necessária, o que me leva a crer que o afastamento tão necessário em minhas pesquisas ao utilizar a memória, posso estar materializando na minha ótica somente. Dessa forma, vou me basear naquilo que tenho como algo mais técnico e foi produzido em todos esses anos: o currículo Lattes. Não se trata de anexá-lo somente, há de ser analisado demonstrando os pontos correntes e os ambíguos. Afastamento! Impossível, ao fato que foi o próprio autor que o produziu. Memórias! Será prudente questioná-las e estar atentando a não as romantizar. Se eu optei pelo memorial, é prudente neste momento valorizá-lo. O memorial possibilita organizar as aspirações de transmissão de conteúdo e 7 experiências profissionais na graduação; permite conhecer o envolvimento com a comunidade por meio dos projetos de extensão; facilita o entendimento do “ponto de vista crítico e metateórico do pesquisador ao analisar seu próprio percurso de formação e produção acadêmica ao longo dos anos dedicados à atuação ou pesquisa” (Rego, 2014, p.783) e, por fim, permite conhecer um pilar do qual não fui treinado, mas entendi sua importância na vida acadêmica: as atividades administrativas. Assim, entendo que o memorial possibilita o reexame da minha vida acadêmica como, por exemplo, na compreensão de quais foram as relações entre a prática e o processo de construção do conhecimento; na utilização de referencial teórico específico e a busca por novos referenciais – conforme o objeto de estudo foi se modificando ao longo dessa carreira. Isso, ficando somente no plano da pesquisa. Nesse momento em que as universidades e o funcionário público recebem ataques orquestrados de diferentes áreas do governo, eu tenho que ressaltar o que realizei ao longo desses 23 anos; tenho que justificar o quê e o porquê construí essa trajetória, enfim, como explanou o reitor Dr. Ricardo Marcelo Fonseca, na festa comemorativa dos 107 anos da UFPR no último mês do ano de 2019: “temos que justificar o óbvio para a sociedade”! Destaco nos cargos que ocupei (inclusive como ordenador de despesas)que administro o dinheiro público evitando quaisquer tipos de desperdícios, que minhas atribuições na UFPR são executadas na forma da lei e também por meio da moral (aprendida desde cedo numa família de classe média, onde roubar, ser injusto ou passar por cima dos outros, nunca foi aceito); que sou corresponsável pela formação de mais de 19 turmas do curso de educação física; e que sou corresponsável pela formação de mais de 15 turmas que trabalham com ciência e inovação na área da educação física. 8 Tenho que justificar que no ato do ensino preservo o que um estudante e talvez o ser humano tenha de mais valioso: o livre arbítrio. Escolhendo suas fontes teóricas, garimpando seus exemplos, enfim tenho que garantir e mostrar que é o aluno quem decide. Dessa forma, eu sempre busquei ir além do que me foi ensinado, instruindo de forma crítica na busca por novas soluções. Tenho como tarefa em destaque – propiciar a crítica sem indicar um projeto político numa tendência/vertente única. Então me parece que o compreender e analisar a minha trajetória poderá ter alguma finalidade nesse momento: mostrar que faço óbvio para uma pequena parcela da sociedade (que está no poder) que executo a minha parte para além do que foi assinado em 1º de julho de 1997! Portanto, o objetivo desse memorial é sintetizar em algumas páginas o que realizei na minha trajetória como estudante e profissional, o que de certa forma é uma tarefa estimulante, enfim, quais profissões têm o dever de rever o seu percurso profissional estando ainda no pleno gozo do exercício? Indo um pouco mais, quais profissões podem mostrar as virtudes e também as fragilidades de uma carreira sem correr o risco de ser desprovido do seu cargo, deixar reflexões positivas para aqueles que são os nossos colegas de trabalho e que estarão ainda por longos anos nessa profissão? A finalidade do presente memorial também é de atender ao disposto na resolução 10/14 CEPE, que estabelece os critérios de avaliação para fins de progressão funcional na Carreira do Magistério Superior na Universidade Federal do Paraná, de Professor Associado (Classe D) para Professor Titular (Classe E). Pretendendo destacar o que foi feito nesses quase 23 anos como servidor público da UFPR, nas vertentes do ensino, pesquisa, extensão, administrativa e também por meio de algumas produções que foram realizadas na pesquisa. 9 2.FORMAÇÃO PROFISSIONAL A década de 1970, quando iniciei meus estudos, apresenta um modelo de ensino fruto do convênio MEC/ USAID e a Lei de Diretrizes e Base nº 5.692/71que indicava a formação profissional para atender a demanda industrial em desenvolvimento. Para filhos de classe média no Brasil, a possibilidade de estudar me parecia um grande avanço. Justificando: as minhas irmãs, um pouco mais velhas do que eu, tiveram que prestar exame admissional, solicitado pelo Estado brasileiro para dar continuidade nos estudos da então quarta série primária (ensino fundamental) para o primeiro ano do ensino médio, visto que a “concepção de escola primária vigente, mesmo entre os educadores, era a de instituição seletiva”(Barreto; Mitrulis, 2001). Na década de 70, a expansão do ensino público me possibilitou estender meus estudos nas escolas públicas (Grupo Escolar de Primeiro Grau Irineu Penteado e o que é denominado atualmente de ensino médio na Escola Estadual de Primeiro e Segundo Grau Joaquim Ribeiro) ao que hoje é considerado o ensino médio. Vejamos alguns dados: FIGURA 1 10 Em 1984 tentei ingressar no ensino universitário nas escolas governamentais em diferentes áreas do conhecimento, mas em nenhuma delas logrei êxito. Obtive “sucesso” no curso de Educação Física da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC), entidade privada, exigindo, portanto, sacrifíciodos familiares e da minha parte na busca por financiamento (trabalho). Essa necessidade me proporcionou uma experiência muito interessante ao “trabalhar” na Associação Comunitária Cidade Universitária do bairro de Barão Geraldo, na cidade de Campinas. Posso afirmar que foram as minhas primeiras experiências como técnico desportivo/recreacionista, pois as aulas de futsal eram para crianças de sete a dez anos. O gráfico acima mostra a expansão no ensino público das universidades estaduais, elas quase triplicam no Brasil, entre 1980 e 1998. Mas não foi somente o aumento dessas instituições, há de se considerar também a ampliação de cursos nessas universidades. Foi então em 1985, sem grandes chances financeiras em continuar no ensino universitário privado, que tentei novo ingresso no curso de licenciatura em Educação Física e Técnico Desportivo da Unesp de Rio Claro, minha cidade natal. Fui aprovado para a segunda turma. Na essência, as universidades apresentavam diferenças consideráveis na formação do profissional. Enquanto a PUCC instrumentalizava o seu aluno para atuar na prática, na Unesp a expectativa era dar continuidade aos estudos. Busquei, desde muito cedo, participar da prática como monitor e estagiário em algumas aulas. Principalmente com aulas de natação e colônia de férias. Mas a busca pelo saber sempre esteve presente. Busquei a especialização em Educação Física Escolar na Unicamp, a partir de 1990, ao mesmo tempo que já era professor de Educação Física do Colégio Integrado em 1988 (atual Colégio Ângulo/ Faculdades 11 Claretianas) e professor substituto em três colégios estaduais na cidade de Araras- SP. Certamente, após a especialização os contatos para o mestrado aumentaram. Concursado na Prefeitura Municipal de Campinas, a partir de 1991, ministrando aulas nas duas cidades todos os dias por mais de seis anos, ocorreu o ingresso no curso de mestrado da Universidade Metodista de Piracicaba em 1994. Com a obtenção da bolsa no programa foi possível a dedicação mais exclusiva aos estudos. Após concluir o mestrado, fui aprovado em concurso público na Universidade Estadual do Paraná – campus de Irati. Na sequência, fui aprovado na Universidade Federal do Paraná, ambos no ano de 1997, no concurso público para Professor Assistente, Dedicação Exclusiva, na área de Lazer (tema da dissertação de mestrado, Termo nº 303/97). Após dois anos e meio de atuação como docente do ensino superior na UFPR, solicitei afastamento total, para cursar o doutorado na Universidade Metodista de Piracicaba. O apoio pela Capes, por meio de bolsa de estudos de 48 meses, possibilitou a dedicação exclusiva, tendo importante impacto na qualidade da formação docente. Tabela 1 - Formação profissional Instituição Ano de início Título Grupo Escolar de 1º Grau Irineu Penteado 1972 Escola Estadual de Primeiro e Segundo Grau Joaquim Ribeiro 1980 Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUCC 1984 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Campus Rio Claro 1985 Licenciado em EF e técnico desportivo Universidade de Campinas - Unicamp 1990 Especialista Universidade Metodista de Piracicaba 1994 Mestre Universidade Metodista de Piracicaba 2000 Doutor Universidade de Coimbra (UC)/ FCDEF 2010 Estágio Pós- doutoral Sistematizado pelo autor – Fonte currículo Lattes. 12 Retornei em 2004 com a satisfação de poder me candidatar ao Programa de Pós-graduação em Educação Física, neste então no conceito 3. Após assumir por quatro anos cargos administrativos, solicitei uma bolsa de estágio pós-doutoral. O auxílio de bolsa Capes por 12 meses oportunizou meu ingresso na Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física (FCDEF) da Universidade de Coimbra (UC), para a realização do estágio pós-doutoral. Durante esse estágio em Portugal, tive o convite para ministrar as disciplinas relacionadas ao Desporto Escolar e Educação pelo Desporto no curso de mestrado. Isso se repetiu nos anos de 2012 e 2013. 3.ATUAÇÃO PROFISSIONAL – ENSINO SUPERIOR O ingresso na carreira docente universitária ocorreu em 1º de julho de 1997, seis meses após a conclusão do curso de mestrado em Educação na Universidade Metodista de Piracicaba; por meio de Concurso Público de Provas e Títulos, na Universidade Federal do Paraná (UFPR), para a Classe de Professor Assistente I, Dedicação Exclusiva. (Termo nº 303/97 Proc. nº 190502/97-88) Oito anos depois, com obtenção do título de Doutor, a meta foi atuar no Programa de Pós-graduação em Educação Física (PPGEDF)/UFPR, com o compromisso de retribuir à sociedade todas as bolsas concedidas pelo governo brasileiro – três anos de mestrado, quatro anos de doutorado e um ano de estágio pós-doutoral, de que forma? Oferecendo o máximo possível de vagas públicas à comunidade científica. Sempre com a intenção de cumprir a responsabilidade assumida com o término do doutorado, isto é, a formação de novos docentes pesquisadores. Isso foi imensamente facilitado, com a abertura do PPGEDF da UFPR no departamento onde eu estava lotado. (parte dessa história pode ser contada e/ou 13 atribuída a dois professores – Fernando Marinho Mezzadri e André Luiz Félix Rodacki). Anos depois, orientar no doutorado foi possível após o PPGEDF ter autorização pela Capes ao atingir o conceito 5. Obviamente, não foi só o programa ter alcançado tal status, mas também tive que atender os critérios de produtividade, e as métricas estabelecidas pelo colegiado do PPGEDF para obter o direito a tal atribuição. A atuação no curso de doutorado teve início em 2010, ao atingir os critérios de credenciamento desse nível, averiguados pela produção intelectual, formação discente e tempo de formação dos discentes. No momento continuei atuando nos dois níveis: mestrado e doutorado. 3.1. ATIVIDADES DE ENSINO Ao longo de quase 23 anos de atividades de ensino superior na UFPR, posso destacar as disciplinas da graduação e pós-graduação Strico Sensu. As disciplinas nunca foram impostas, o que quero dizer: frente a tantos outros exemplos, fui um privilegiado ao trabalhar somente com disciplinas envolvidas no concurso público, que se mantinham dentro de um único eixo temático, podendo obter ao longo dos dois primeiros anos e meio, segurança didática, organização, delimitação e adequação dos conteúdos, a fim de atender especificamente as exigências acadêmicas e também do mercado na formação profissional. Após o doutorado, a configuração das disciplinas a serem trabalhadas no meu retorno, é modificada, apresentando-se três situações: (1) manter o eixo temático do concurso público, dividindo a carga horária com outro profissional; (2) assumir outras disciplinas fora desse eixo comum; e (3) assumir quatro turmas da mesma disciplina totalmente fora do eixo do concurso prestado. Optei pela última, 14 por controlar a formação numa disciplina exclusivamente esportiva. Talvez a experiência nos anos iniciais, quando dividi disciplinas sendo pressionado a enquadrar meu conteúdo ao de outro profissional – simplesmente por esse profissional ter maior tempo na UFPR - pesou fortemente para a escolha. Com o novo desafio, também veio a necessidade das novas demandas formativas, foi e ainda é uma das mais belas experiências vivenciadas no ensino superior por permitir o aprimoramento das atividades de ensino e auxiliar na aprendizagem de novas competências pedagógicas. Exemplificando: a transição de um modo na demonstração prática combinado com a apostila como guia, parauma mudança rumo ao mundo digital, elaborados com filmes/imagens: uma realidade pedagógica viva, de maior interação com o aluno trouxe maiores competências profissionais. 3.1.1. Disciplinas ministradas na graduação e pós-graduação (Stricto-Sensu) 3.1.1.1.Lazer e recreação A disciplina de lazer e recreação, com carga horária de 60 horas foi matéria do Concurso Público de Provas e Títulos, prestado no ano de 1997, para a Classe de Professor Assistente I, Dedicação Exclusiva. Foi ministrada de agosto de 1997 até dezembro de 1999. Estava disposta no currículo como disciplina obrigatória do segundo ano do curso de licenciatura em Educação Física e tinha como objetivo promover a fundamentação teórica das diferentes linhas do lazer. Os conteúdos programáticos, organizados em eixos temáticos buscavam abordar: a história do lazer; definição de conceitos como lazer, recreação, jogo e esporte; diferentes abordagens do lazer no Brasil e em diferentes países. O grande problema era que as fontes brasileiras daquela época no lazer e nas outras dimensões que perpassavam a disciplina estavam muito vinculadas a um projeto de universidade que precisava 15 resistir ao Golpe de 1964. O grande nome e “guru” do lazer no Brasil era Joffre Dumazedier. Portanto, pelas experiências profissionais que tive no Terceiro Setor da economia, que não estavam alinhadas ao sociólogo francês, eram muitas vezes refutadas pelos alunos, estes assumidos pela alcunha de representantes da “esquerda” brasileira. Esse fato é muito importante na minha vida profissional: procurei no doutorado sair da mesmice do “discurso tupiniquim” e aprender novas vertentes/ concepções do lazer mundo afora. Destaco que em todas as turmas haviam alunos mais voltados à assistência social e outros com um viés mais voltado ao mercado. Nunca os estigmatizei ou impus um único olhar, cada qual escolheu seu caminho em prefeituras, em órgãos do Estado e municipais – como exemplo a Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude de Curitiba ou na Secretaria de Governo Paraná Esporte, divisão do lazer. As discussões e descobertas dos alunos foram acaloradas, profícuas e tensas. Até a descoberta pelos mesmos que em diferentes dimensões podem ser trabalhadas no lazer, sem necessariamente que eu como mentor tivesse que executar uma “lavagem cerebral” na sua atuação profissional. O campo do lazer é dinâmico, mas o que eu sempre busquei essencialmente, nunca foi incutir um ou outro pensamento político, mas ampliar o leque de discussões e explicações. Pessoalmente a teoria elisiana é algo que me atrai demasiadamente para entender o lazer. Mas nunca o aluno foi induzido a me seguir. Alguns até fizeram, mas por motivos diversos, a imposição nunca fez parte dessa configuração. 3.1.1.2. Atuação profissional do lazer Disciplina que pertence ao sétimo período, com carga horária de 60 horas foi matéria do Concurso Público de Provas e Títulos, prestado no ano de 1997, para 16 a Classe de Professor Assistente I, Dedicação Exclusiva. Foi ministrada de agosto de 1997 até dezembro de 1999. Aqui o objetivo foi instrumentalizar o aluno a ser capaz de elaborar projetos voltados à área de recreação e lazer e vivenciar as práticas de atividades que envolvem grandes grupos de pessoas. Basicamente trabalhei com conceitos de administração para elaboração de projetos e com diferentes atividades de pequenos e grandes grupos de pessoas, baseadas na experiência profissional na Empresa Acampamento Nosso Recanto, com o escritório central estabelecido na cidade de São Paulo e polos nas cidades de Sapucaí Mirim (NR1 e NR2), onde fui free lance por mais de quatro anos. Como parte da disciplina, executava o planejamento feito em sala de aula voltado para atividade de acampamento. Eram três a quatro dias de atividades executadas pelos diferentes grupos. Além da parte profissional os alunos eram divididos em grupos responsáveis pelo transporte, alimentação, limpeza, elaboração do caderno de regras de convivência, entre outros. Curiosamente, mantenho contado com essas turmas ainda hoje, muitos são funcionários públicos municipais e estaduais e outros tiveram empresas de lazer e/ou empresas de consultoria. 3.1.1.3.Seminário de monografia A e Seminário de monografia B A disciplina monografia, visa subsidiar a elaboração e o desenvolvimento dos trabalhos de conclusão de curso (TCC) dos alunos de graduação em Educação Física. O conteúdo programático da disciplina contempla a fundamentação teórica necessária para a estruturação do projeto e o desenvolvimento da pesquisa. As principais dificuldades na condução da disciplina deram-se pelo fato de que os alunos tinham interesses diferentes da minha área de pesquisa, mas mesmo assim me procuravam. Isso me fez adotar estratégias singulares para atender as especificidades de cada área do conhecimento. A disciplina Seminário de monografia 17 A visava subsidiar o desenvolvimento do projeto de monografia dos alunos, elaborados na disciplina de metodologia da pesquisa, orientando e acompanhando a elaboração do trabalho monográfico, que deveria culminar na conclusão da introdução, revisão de literatura, e metodologia. A disciplina Seminário de monografia B visava subsidiar o aprimoramento e o desenvolvimento do projeto elaborado na disciplina Seminário de monografia A e a produção do documento final, com ênfase na coleta de dados, análise e discussão dos resultados e conclusão. A partir de 2009, cada docente do Departamento de Educação Física passou a assumir uma turma de cada uma das disciplinas (Seminário de monografia A, no 1º semestre; e Seminário de monografia B, no 2ºsemestre), tendo sob sua responsabilidade quatro alunos. Este formato, além de otimizar o trabalho docente, permitiu maior qualidade nas atividades e orientações desenvolvidas. O maior problema é que os alunos desenvolvem um projeto na disciplina de metodologia e vêm com outra temática para a disciplina de Seminário de monografia A. Portanto, normalmente eu e os alunos iniciávamos da estaca zero, o que sempre causa desconforto em relação ao cumprimento de prazos. 3.1.1.4. Estágio B e C São disciplinas com 150 horas de trabalho, todavia, como ocorrem na modalidade semipresencial; tenho uma carga horária de 20 horas com os alunos em cada disciplina. Disciplinas lotadas no quarto semestre e desde 2008 tenho trabalhado nessas disciplinas definindo os locais e os profissionais que atendem e ajudam na tarefa formativa. Um fato importante ocorreu para que eu assumisse essas disciplinas: na volta do doutorado optei em ministrar as quatro turmas de Esportes II – Basquetebol, mas em 2008 uma determinada chefia do DEF retirou duas turmas de 18 basquetebol e retornou a disciplina de Atuação Profissional do Lazer. Todavia, na mesma época, para acomodar um professor que veio “transferido” do campus do litoral para Curitiba, esse grupo político com atuação junto à chefia ficou sem alternativas, na distribuição de minhas aulas. Avaliaram o professor a ser transferido como especialista da disciplina lazer e recreação (pois não teriam outra disciplina para oferta de aulas) e atribuíram-me uma turma de estágio. O local de estágio é indicado normalmente por mim, variando entre escolas/clubes que apresentem a característica de trabalhar com a iniciação esportiva em modalidades coletivas ou individuais, de preferência com profissionais que foram alunos do Departamento de Educação Física, tanto na graduação como no PPGEDF em décadas/ anos anteriorese obtiveram destaque na sua formação. A avaliação é feita pela construção dos objetivos a serem alcançados, plano de trabalho e execução do plano ao longo do semestre. Também deve ser destacada a forma de transmissão dos conteúdos. Parte dos conteúdos é gravada e editada para entrega no final da disciplina, como parte da avaliação. Por outro lado, há uma avaliação padrão feita pelo professor do local de estágio. A maior dificuldade é que muitos dos alunos do DEF já estão “trabalhando” em academias de musculação e natação, sendo explorados como mão de obra barata. Meu posicionamento é de não aceitar os estágios em tais locais, pois os mesmos assumem turmas, porém sem uma supervisão adequada. Como consequência, o número de inscritos na minha disciplina é baixíssimo. 3.1.1.5. Esportes II – Basquetebol Oferta no segundo período do curso de Educação Física, tem como carga horária 60 horas aulas sendo obrigatória nos cursos de licenciatura e bacharel. Normalmente apresentam-se turmas com um número grande de alunos: 40 no 19 mínimo. Seu objetivo é fundamentar a ação técnico-pedagógica no processo de ensino dos esportes coletivos, no caso específico o basquetebol. O programa da disciplina é dividido em três grandes partes: parte técnica – momento em que se trabalham todos os fundamentos do basquetebol, com o objetivo do aluno perceber o movimento, aprender a corrigir e desenvolver uma série de atividades dinâmicas para cada um trabalhar na prática com esses fundamentos. Na sequência é ofertada a parte tática: são apresentados os principais conceitos de defesa e o motivo de se utilizá-las; da mesma forma os sistemas ofensivos mais utilizados atualmente e algumas jogadas básicas para iniciantes. Em relação ao jogo que é a menor parte do conteúdo, o objetivo é que o aluno de graduação vivencie a partida, com súmula, árbitros etc. A avaliação consta de duas provas descritivas e filmagens em grupo de temas trabalhados pelo professor, mas agora com a possibilidade de criar novos exercícios e novas atividades lúdicas adaptadas ao basquetebol. Isso tem efeito imediato nas turmas, pois cada turma cria uma apostila digital. Além disso, os alunos são desafiados em sala de aula a montar novas jogadas de ataque e sistemas defensivos. Isso completa a avaliação. Desde 2004, eu trabalho com essa disciplina. Assumo que o método de trabalho é o tecnicismo com inserção de alguns elementos advindos de vídeos. Normalmente, os movimentos são apresentados por meio de vídeos em sala de aula de maneira global e depois é feito um passo a passo da descrição do movimento. Exemplo: demonstra-se o arremesso de jump como um todo e depois são apresentados por meio de vídeo os detalhes do salto, tronco, braços e cabeça. Na sequência, é demonstrada uma série de exercícios que serão executados em quadra. Em seguida, no espaço da prática, sempre é apresentada uma atividade/ jogo lúdico que se utiliza como aquecimento, antes da vivência das atividades demonstradas em 20 vídeo anteriormente. Essa forma de ensinar requer muita colaboração por parte dos alunos, pois são colocados frequentemente em pequenos grupos e atuam como professores de seus colegas de classe. 3.1.2. Disciplinas ministradas na pós-graduação (Stricto-Sensu) A partir do credenciamento como docente do Programa de Pós-graduação em Educação Física da UFPR, em 2005, na linha de pesquisa Esporte e Sociedade, a disciplina optativa intitulada “Matrizes sociológicas para o esporte e lazer”, foi ofertada anualmente entre 2005 e 2012, com carga horária de 60 horas em 15 encontros semestrais. Seu objetivo estava voltado às diferentes teorias sobre lazer, esporte e consumo. Utilizei de obras clássicas, como Torstein Veblen, Max Weber, Adorno e Horkeimer, Huizinga e Elias, contrapondo com o cenário monoteórico (leia-se Dumazedier e seus seguidores) do lazer no Brasil. A ideia geral foi de ampliar os horizontes dos alunos quanto às concepções do lazer e do esporte, com o intuito de refletir o trabalho realizado pelos profissionais de lazer no Brasil ao incutir concepções de caráter meramente político. A cada ano, os alunos da disciplina tinha como produto final um texto para ser elaborado e, posteriormente, publicado. Modelo que durante o passar dos anos se mostrou pouco produtivo. Frequentavam as aulas mais de 15pessoas, o que considero um número elevado de alunos, pois a atenção a cada projeto de estudo era dada como prioridade. Esse também foi um erro que cometi ao longo de alguns anos. Uma disciplina jamais pode abranger diferentes objetos de estudo, assim como ser interessante para as diferentes abordagens do esporte e lazer. A partir de 2012, me concentrei em teórico apenas da disciplina anterior e analisei e discuti a obra de Elias. O objetivo foi de refletir sobre a contribuição sociológica de Norbert Elias de modo a fornecer elementos teóricos para a reflexão 21 a respeito dos processos sociais com ênfase nas relações de poder, esporte e lazer. O conceito de poder me interessava muito, pois dava amplitude maior no que vinha sendo trabalhado como consumo (foco da disciplina anterior). As avaliações simulavam uma parte de concurso público das universidades federais: exemplificando, eram elencados quatro pontos e no dia da prova era sorteado somente um ponto. O aluno tinha direito a 01h de consulta e mais 03h para elaboração do texto. Na sequência, os alunos eram chamados um a um para a leitura da prova. Interessante esse método, pois lograram-se muitos mais textos do que o esperado, assim como parte dessas provas foram encorpadas nas dissertações e teses, além, de obviamente ser um momento de treinamento para um futuro concurso do ensino superior. A disciplina continua em aberto, embora o modelo esteja esgotado no meu entendimento e será substituída pela disciplina intitulada “As contribuições socioculturais de Norbert Elias e Georges Vigarello para o esporte: poder, políticas e práticas” em conjunto com o professor Marcelo Moraes e Silva. Além do esgotamento do modelo, há um fenômeno novo no PPGEDF, a falta de candidatos. No início do programa em 2003, eram mais de 200 alunos concorrendo a 14 vagas de mestrado, atualmente são ofertadas em média 25 vagas de mestrado e 15 de doutorado para não mais que 35 candidatos ao mestrado e pouco mais de 18 candidatos de doutorado. Alguns indícios para explicar a situação é que novos programas foram abertos ao longo desses 18 anos no Paraná, exemplificando: o programa em consórcio de Londrina-Maringá e o programa da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), somado a alguns fatos dos últimos anos, referente ao desinteresse que se dá ao funcionalismo público e, consequentemente, a carreira docente no ensino superior. 22 3.2. ATIVIDADES DE PESQUISA E ORIENTAÇÃO Até o ano de 2005 as atividades de pesquisa foram limitadas àquelas realizadas junto à graduação (05 orientações de TCCs) e a pós-graduação latu senso (01 orientação). Naquele momento específico da educação física, valorizavam-se muito os trabalhos apresentados em congressos, principalmente os trabalhos da área sociocultural. Eram outros tempos, não havia uma cobrança de muitos produtos ou sobre a qualidade dos mesmos, enfim, o importante era participar de mesas redondas e apresentar seu produto, nesse momento a reputação do apresentador era testada. E assim foram direcionados, muitas vezes para eventos nacionais, como os Congressos de História do Esporte e Lazer, atual CHELEF.Capítulos de livros ou livros eram considerados os grandes produtos da área em que circulava. Dessa forma, tanto na graduação como nos primeiros anos da UFPR e durante o curso de doutorado, as minhas pesquisas eram individuais e com forte relação aos eventos nas áreas das ciências sociais: trabalho completos em simpósios ou anais dos congressos, resumos expandidos, foi para onde direcionei os meus estudos. Hoje pode parecer pouco, mas era nesses espaços que os debates aconteciam, gostava bastante, eram acalorados e cheios de oportunidades para ter novas ideias. Com a inserção em 2005 no PPGEDF – recordo que fui credenciado com três artigos da revista da FIEP e mais um artigo da revista Movimento, com as exigências atuais, essa produção nem chegaria a ser avaliada pelo colegiado do curso – ampliou-se a cobrança na quantidade de artigos publicados. Outras áreas mais consolidadas do conhecimento já tinham a pesquisa como incorporadas ao exercício do professor pesquisador, voltadas exclusivamente para revistas indexadas. A educação física dava seus primeiros passos e me sentia muito atrasado; (ainda tenho 23 essa sensação após os 15 anos que estou no programa) para promover as devidas mudanças nas estratégias para divulgação dos resultados dos projetos de pesquisa desenvolvidos na UFPR, passando a ser prioritária a publicação em periódicos científicos indexados. A manutenção no programa nesses quase 15 anos foi dentro do limite, até que no quadriênio 2014-2017 ultrapassei o número de pontos estabelecidos pelo colegiado logo no segundo ano, sendo que ao final, havia alcançado quase que o dobro da pontuação exigida pelo colegiado (800 pontos). A partir de 2017, um novo paradigma se estabelece, saiu de cena a quantidade de artigos e entrou a qualidade. Agora devo apresentar os quatro melhores produtos, entenda-se; de melhor indexação. Portanto, um novo desafio que estou a enfrentar. Todos os alunos pertencentes ao meu grupo de estudo se organizavam em termos de produção pela quantidade de artigos. Ainda decorrente desse planejamento, nos últimos três anos foram publicados em revistas indexadas mais 23 artigos, sendo que mais quatro estão aceitos, aguardando as publicações. No momento, eu e meu grupo, estamos arriscando os artigos nos extratos mais altos A1 e A2, do “novo qualis”. Vou conseguir ou melhor o meu grupo ajudará a conseguir publicar em extratos mais altos. Mas é um novo desafio, o jogo mudou e tenho que me adaptar. É justo assumir, infelizmente, que demoro mais que o normal, pois neste momento os meus cinco melhores produtos nos últimos três anos considerando o “novo qualis” estão concentrados no extrato A4. Revistas como a Movimento da UFRGS era considerada A2 no qualis anterior, e eram foco das nossas investidas, hoje está num extrato bem abaixo: B2. O problema é que havíamos (eu e meu grupo) escrito e encaminhados três artigos para essa revista, sendo que um foi publicado e dois continuam em processo de submissão. Não há como retirar ou readequar os 24 artigos, seria deselegante e soma-se ao fato que a linguagem e a proposta foram destinadas a ela. 3.2.1. Orientações na UFPR 3.2.1.1. Graduação, iniciação científica e pós-graduação latu senso Considerando o período de 1997 a 2019 contabilizei 23 orientações concluídas nos cursos de licenciatura em Educação Física e bacharelado em Educação Física. Ao longo desses anos, na iniciação científica foram 12 alunos orientados com trabalhos concluídos. Na pós-graduação latu senso somente um aluno foi orientado por mim. Inclusive, esse ex-aluno é no momento companheiro de trabalho no DEF. Destaco que quatro alunos oriundos de diferentes modalidades de orientação continuaram comigo na pós-graduação strictu sensu. Para o ano de 2020, há uma projeção de três novos alunos matriculados na disciplina de Seminário de monografia A, assim como um aluno de iniciação científica com bolsa CNPq, que encerra o vínculo em agosto do ano corrente. Há também a expectativa de dar continuidade à orientação de iniciação científica com o ingresso de novo aluno (a) em setembro de 2020. 3.2.1.2.Pós-graduação stricto sensu A partir de 2005, com vínculo no Programa de Pós-graduação Stricto-Sensu em Educação Física (PPGEDF) da UFPR, computam-se: 20 orientações de mestrado e sete orientações de doutorado concluídas. Contabilizando o mês de fevereiro de 2020, acrescenta-se a defesa de mais três dissertações de mestrado, ampliando para 23 o número de orientações de mestrado concluídas, bem como o ingresso de um novo doutorando no PPGEDF, aprovado no processo seletivo em novembro de 2019. Foram duas coorientações de doutorado ao longo desse período, uma na Universidade de Coimbra, finalizado no ano de 2013 ,e outra junto a Universidade de Murcia, defendido no ano de 2019. 25 Com relação ao reconhecimento das orientações, fui premiados no ano de 2019 pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Projeto Curta a Ciência/ PRPPG), tanto o docente quanto o discente pela tese intitulada “O atletismo brasileiro a partir do entendimento de agentes participantes do alto rendimento: gestores, treinadores, atletas e ex-atletas.”, defendida no ano de 2018. Com orientação vigente, tem-se um mestrando e quatro doutorandos. Para o segundo semestre de 2020, está prevista a abertura de novo processo seletivo para mestrado, esperando-se o ingresso de mais ou dois mestrandos na linha “Aspectos Socioculturais do Esporte e Lazer”. (nova denominação para a antiga linha de pesquisa “Esporte, Lazer e Sociedade”). 3.2.1.3.Produção intelectual no ensino superior Reforço que durante o período da graduação, pós-graduação mestrado e doutorado, as publicações estavam voltadas para as mesas redondas e consequentemente se materializavam nos Anais dos Congressos/ Simpósios. Nesse período foram 47 apresentações e 79 – trabalhos completos e/ou resumos – publicados em Anais ou similares. Os primeiros artigos em revistas datam no ano de 2000, mas certamente com a intenção de estar vinculado ao PPGEDF, iniciou-se no ano de 2004 a publicação de artigos completos em periódicos científicos indexados. A produção intelectual vinculada à atuação no ensino superior (1997-2020) apresenta: 76 artigos completos publicados em periódicos científicos indexados; um livro como organizador, dez capítulos de livros. 26 As principais publicações estão ligadas às dissertações e teses vinculadas ao Projeto Inteligência Esportiva. O projeto é coordenado pelo Prof. Fernando Marinho Mezzadri e estou atuando como vice-coordenador desde 2017. O projeto de pesquisa “Inteligência Esportiva”, coordenado pelo professor Fernando Marinho Mezzadri, é fruto da III Conferência Nacional de Esporte 2010, a qual teve como temática a elaboração do Plano Decenal de Esporte e Lazer - dez pontos em dez anos para projetar o Brasil entre os dez mais. Foi idealizado por meio da articulação entre os eixos Ciência e Tecnologia e o Esporte de Alto Rendimento. O projeto propõe construir um sistema cadastral dos atletas, das entidades esportivas, da produção e da disseminação do conhecimento. O Banco de Dados do Projeto IE tem sido desenvolvido desde 2013, conta com informações referentes ao histórico esportivo e a entidade em que o atleta esteve vinculado. O cadastro dos atletas do programa bolsa Pódio conta ainda com a catalogação dos recursos humanos (corpo técnico e de especialistas) vinculados a eles em cada ano. No projeto Inteligência Esportiva II, pesquiso a Rede Nacional de Treinamento. Decorrente dos projetos IE e IE II,desenvolvo junto com meu grupo de pesquisa, outro projeto da qual sou o coordenador, intitulado “Desenvolvimento e avaliação do esporte brasileiro”. É uma pesquisa quantitativa e qualitativa de cunho exploratório que faz uma análise e avaliação do desenvolvimento do esporte brasileiro. O objetivo deste projeto é investigar o desenvolvimento do esporte brasileiro a partir da perspectiva dos indivíduos que compõem o campo esportivo nas manifestações de esporte previstas na lei nº 9.615, de 24 de março de 1998 (educacionais, participação e de rendimento, sendo este último ainda dividido em esportes olímpicos, educacionais e militares). Entre os diferentes objetivos específicos destaco: a. identificar e analisar como as políticas públicas para o esporte 27 se estruturam dentro das perspectivas rendimento, educacional e militar; b. identificar, descrever e analisar como as rupturas e continuidades na legislação brasileira para o esporte impactaram no gerenciamento e na formação de atletas de rendimento e alto rendimento nos clubes brasileiros; c. identificar, descrever e analisar os ambientes de diferentes entidades formadoras de atletas a partir da percepção de atletas e gestores esportivos; d. identificar, descrever e analisar quais foram as mudanças perceptíveis na Rede Nacional de Treinamento. A relevância social desse projeto é ajudar compreender de que forma os indivíduos buscam a prática esportiva, além de identificar qual o caminho percorrido pelos participantes esportivos, atletas e outros, identificando as principais políticas públicas em evidência, as entidades formadoras e gestoras de esporte no Brasil. A população e amostra desse projeto são os atletas/estudantes acima de 14 anos, em início, desenvolvimento e/ou que tenham encerrado carreira, familiares, técnicos e dirigentes de instituições de alguma maneira relacionadas com o esporte (civis e/ou militares, públicas e/ou privadas). Para identificar quais estas entidades, são utilizados os dados do projeto de pesquisa “Inteligência Esportiva”, uma ação conjunta entre o Centro de Pesquisa em Esporte, Lazer e Sociedade (CEPELS) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento (SNEAR) do Ministério do Esporte. Além desse projeto poderia destacar mais dois, o primeiro intitulado “Desenvolvimento e avaliação do esporte brasileiro”, que busca as informações sobre a “Rede Nacional de Treinamento” (RNT). Ela existe? Como foi constituída historicamente; qual a relação dos órgãos estatais com os esportes com relação ao fomento; quais as informações o governo tem que permite identificar as instituições como integrante a RNT; há dados que possibilitam relacionar os atletas que recebem 28 fomentos e as instituições que os acolhem? As mesmas receberam que tipo de fomento público? O objetivo dessa pesquisa é servir como base para o desenvolvimento e qualificação da política pública ao produzir um banco de dados, ao sistematizar, ao analisar e difundir informações sobre o esporte de rendimento e alto rendimento no Brasil. Procuro identificar quem são os atletas que se destacam em determinados esportes olímpicos individuais (15 modalidades) a partir dos dados existentes das respectivas confederações, e por meio destes, apontar as instituições que promovem os respectivos esportes. Tomando como base o ano de 2016 o banco de dados conta com 15 mil atletas e mais de 6 mil instituições cadastradas. A intenção é comparar esses dados com outro projeto do Centro de Pesquisa do Esporte, Lazer e Sociedade (CEPELS), denominado “Bolsa Atleta”. Além disso, busco os fomentos públicos recebidos pelas instituições anualmente, via “Lei de Incentivo ao Esporte”, Confederação Brasileira de Clubes (CBC), entre outras. O presente estudo se caracteriza por ser de caráter exploratório descritivo e utilizando o Banco de Dados relacional MySQL 5 desenvolvido em Structured Query Language (SQL), independente, online e passível de acesso em diferentes plataformas (PC, tablet, smartphone) com capacidade inicial para cadastro mínimo de 800 mil registros. O sistema utiliza as linguagens PHP 5.3, HTML5, CSS3 e/ou Javascript, consoante com práticas recomendadas pelo World Wide Web Consortium (W3C) e pelo Web Hypertext Application Technology Working Group (WHATWG). Faz parte dessa pesquisa sistematizar e analisar os subsídios governamentais obtidos pelas instituições, assim como os subsídios individuais obtidos pelos atletas; e determinar se os centros de treinamento existem e onde se encontram. Por último, mantenho o projeto “Políticas públicas para natação de alto rendimento no Brasil”. O objetivo deste estudo é fazer uma análise sobre a gestão 29 esportiva da natação brasileira e as políticas públicas dedicadas para o alto rendimento na modalidade, vista como estratégica para o Ministério do Esporte. A justificativa deste estudo se dá no sentido da necessidade de uma análise no atual modelo de gestão esportiva da natação brasileira, subsidiando futuras discussões sobre a gestão de políticas públicas, bem como contribuir para a produção científica acerca do financiamento da natação no Brasil. A metodologia se dará por coletas de dados obtidos junto à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), complementados por uma busca pela web. Já os dados referentes ao financiamento público serão obtidos junto ao site do antigo Ministério do Esporte e do banco de dados do Projeto Inteligência Esportiva, desenvolvidos pela Universidade Federal do Paraná em parceria com o Ministério do Esporte. A análise quantitativa se dará através dos softwares Microsoft Office Excel e Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), enquanto que a análise qualitativa terá como matriz teórica a sociologia configuracional e a teoria dos campos aplicada à natação. Após o armazenamento nos softwares, os dados serão exportados para o banco de dados do Projeto Inteligência Esportiva da Universidade Federal do Paraná. Este banco de dados abrange todos os esportes olímpicos desenvolvidos no Brasil. A produção intelectual mais relevante, vinculada a tais projetos e outros que já foram encerrados, é listada a seguir, e é divida em quatro grupos: (1) estudos direcionados às políticas de esporte de alto rendimento; •Ordonhes, M. T.; Zaniol, G. E., HERCULES,E. D., CAVICHIOLLI, F. R. A inserção do esporte no ministério da cidadania: análise das opiniões sobre o -fim- do ministério do esporte. Revista Motrivivência, v. 31, n. 60, 2019. https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/2175-8042.2019e66972/41751 •López-Gil, J. F. , HERCULES,E. D. , CAVICHIOLLI, F. R. Análisis cualitativo de la educación física escolar en España y Brasil: realidades, similitudes, diferencias y propuestas de mejora. Retos, n. 36, 2019. https://recyt.fecyt.es/index.php/retos/article/view/69806 30 •MORAES e SILVA, M. ; CAVICHIOLLI, F. R. ; MEZZADRI, F. M. Políticas públicas para jóvenes talentos deportivos en Brasil: revelando la 'red nacional de entrenamiento. Educacion Física y ciencia, v. 20, p. e055, 2018. https://www.efyc.fahce.unlp.edu.ar/article/download/EFyCe055/10020/ •COSTA, I. P. ; CAREGNATO, A. F. ; SILVA, C. L. ; CAVICHIOLLI, F. R. Jogos Escolares do Paraná: análise da competição no Município de Curitiba. EDUCACIÓN FÍSICA Y CIENCIA , v. 19, p. 1-5, 2017. https://www.efyc.fahce.unlp.edu.ar › article › download › EFyCe023 •STAREPRAVO, F. A.; REIS, L.J.A., CAVICHIOLLI, F. R.; MARCHI Jr., W. E assim criou-se a rede: aspectos técnicos, pol;íticose epistemológicos envolvidos na criação e desenvolvimento da Rede Cedes. Movimento; v. 20, n. 1, jan/mar, 2014. https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/29837 Nos anos iniciais, como professor do PPGEDF, os estudos estiveram voltados (2) à área do lazer (decorrente da minha dissertação e tese) assim como estudos derivados da minha prática docente como professor da disciplina de esportes II- basquetebol. •CHELUCHINHAK, A. B.; CAVICHIOLLI, F. R. O Consumo do Esporte e do Lazer e as possíveis contribuições de Veblen: desvendando motivações. Licere (Centro de Estudos de Lazer e Recreação. Online), v. 13, p. 37-49, 2010. Https://periodicos.ufmg.br/index.php/licere/issue/view/75 •CAVICHIOLLI, F. R.; REIS, L. J. A. Animação Cultural: conceitos e propostas. Movimento (UFRGS. Impresso), v. 15, p.357- 371, 2009. https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/2225/4182 •CAVICHIOLLI, F. R.; REIS, L. J. A; STAREPRAVO, F. A. Resenha do livro “A Animação Cultural: conceitos e propostas” de Victor Andrade de Melo. Movimento (UFRGS. Impresso), v. 15; N.3, 2009. https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/7519/5594 •CAVICHIOLLI, F. R.; REIS, L. J. A. Jogos eletrônicos e a busca da excitação. Movimento (Porto Alegre), v. 14, p. 163-184, 2008. •REIS, L. J. A.; Starepravo, F. A.; CAVICHIOLLI, F. R. Políticas públicas para o lazer: pontos de vista de alguns teóricos do lazer no Brasil. Licere (Belo Horizonte), v. 11, p. 5, 2008. https://periodicos.ufmg.br/index.php/licere/issue/view/81 •CAVICHIOLLI, F. R.; VALENTIN, R. B. . Futebol, escape e mímesis: um estudo sobre representações sociais. Movimento (Porto Alegre), v. 13, p. 65-89, 2007. https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/3564/1967 •CAVICHIOLLI, F. R. MEZZADDRI, F. M. ; Starepravo, F. A. Consumo e Formação dos Hábitos de Esporte e Lazer. Movimento (Porto Alegre), Porto Alegre, v. 12, n.2, p. 241-273, 2006. https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/2903/1539 31 Além desses estudos, (3) ocorreram parcerias com professores e alunos que resultaram em temáticas não tão próximas dos projetos de pesquisa da qual eu coordenei: •GIL-LOPEZ, J. F.; SENTONE, R. G., CAETANO; C. I.; CAVICCHIOLLI, F.R. Influência do tamanho e densidade populacional no rendimento esportivo da ginástica artística brasileira. Revista Retos, v. 02, n. 38, 2020. https://recyt.fecyt.es/index.php/retos/article/view/74338/46916 •LISE, R. S, ; Santos, Natasha ; CAVICHIOLLI, F. R.; CAPRARO, A. M. A biografia escrita por Reila Gracie e as fontes jornalísticas: revisando a história hegemônica. Revista Movimento, v. 23, p. 1149, 2017. https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/65100/46214 •CAPRARO, A. M. ; Santos, N. ; CAVICHIOLLI, F. R. ; MEZZADRI, F. M. . A crônica esportiva de José Lins do Rego: política, paixão e relações de força. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte , v. 30, p. 323-333, 2016. http://www.scielo.br/pdf/rbefe/v30n2/1807-5509-rbefe-30-2-0323.pdf •LISE, R. S. ; CAVICHIOLLI, F. R.; CAPRARO, A. M. A Copa do Mundo de 1982 e o “turbilhão de emoções nas crônicas de Nelson Motta. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Vol. 39; nº1, 2017. http://www.rbceonline.org.br/pt-pdf-S0101328915001195 Para além dos artigos científicos citados, (4) publicações em livros e capítulos de livros também integram a produção intelectual considerada mais relevante no período contemplado no presente memorial. •MEZZADRI, F. M., MORAES e SILVA; CAVICHIOLLI, F. R. Brazil. In: Elsa Kristiansen, Milena M. Parent, Barrie Houlihan. (Org.). (Org.). Elite Youth Sport Policy: A comparative analysis. 2ªed.; Abingdon: Routledge, 2018, v. 1, p. 1-15. •CAVICHIOLLI, F. R. O processo de formação de jovens atletas no futebol: em Portugal e no Brasil. In: GONÇALVES, Carlos Eduardo de Barros. (Org.). Educação pelo desporto associativo: uma ligação necessária. 1ed.Santa maria da Feira: Rainho & Neves Ltda, v. 1; p.43-83, 2013. CAVICHIOLLI, F. R.; CHELUCHINHAK, Aline Barato . O consumo do esporte e do lazer: as possíveis contribuições de Veblen desvendando motivações. In: Mosko, José Carlos; Ribeiro, Luiz Carlos. (Org.). Sociologia do esporte. São Caetano do Sul(SP),: Editora Yendis, 2011. •CAVICHIOLLI, F. R.; CAPRARO, A. M. ; CHELUCHINHACK, Aline Barato ; MEZZADDRI, F. M.; MARCHI Jr, W. . TALENTO, DOM E FUTEBOL DE BASE: os caminhos e os des-caminhos do mundo da bola. In: FREITAS, Túlio Gustavo do Prado. (org). (Org.). A Ciência da Grande Área: Futebol e Conhecimento Interdisciplinar. 1ed.São Paulo: Tecno Sports, 2011, v. 1, p. 35-65. •CAVICHIOLLI, F. R.; MARCHI JR, W. . Diagnóstico da da Sociologia do Esporte no Brasil: para a consolidação de um campo de conhecimento. In: CORNEJO, Miguel (Org.) ; MARCHI JÚNIOR, W. (Org.) Estudios y proyectos en sociología del deporte y la recreación en América Latina. 1. 32 ed. Concepción: Trama Impresores S.A., 2008. v. 1. 167 p. Concepición: Trama Impresores S.A, 2008, v. 1, p. 102-112. •CAVICHIOLLI, F. R.;SOUZA D. L.; MEZZADRI, F. M.; MARCHI JR, W. . O núcleo da Rede Cedes/UFPR: desafios e perspectivas. In: Nelson Carvalho Marcellino. (Org.). Brincar, jogar, viver. 1ed.Brasília: Ministério dos esportes, 2007, v. 02, p. 185-198. •CAVICHIOLLI, F. R. MEZZADRI, F. M., SOUZA D. L. (org.) Esporte e Lazer: subsídios para o desenvolvimento e a gestão de políticas públicas. 01. ed. Jundiaí - SP: Fontoura, 2006. v. 01. 142p. •CAVICHIOLLI, F. R. A difusão do sistema crenças sociais na pesquisa do lazer. In: Carlos da Fonseca Brandão; Alonso Bezzerra de Camargo. (Org.). Introdução à sociologia da cultura. 1ed.São Paulo: Avercamp, 2005, v. 1, p. 137-150. Os trabalhos completos, resumos estendidos, resumos publicados em anais de congressos corresponderam ao importante meio de divulgação dos estudos realizados, até meados da primeira década desse século. Minha hipótese é que os artigos em revistas ganharam mais atenção pelas exigências do PPGEDF, via Capes. Continuei participando dos congressos, sobretudo os da Unesp de Rio Claro, sempre em anos ímpares; assim como participei de congressos no exterior. 3.3. ATIVIDADES DE EXTENSÃO As atividades de extensão realizadas ao longo da carreira, principalmente, com o envolvimento da comunidade universitária e extra universitária. Nos três primeiros anos como docente da UFPR, participei como colaborador/ coordenador das colônias de férias que ocorriam no Centro de Educação Física e Desportos (CED). Atividade tradicional no mês de dezembro, procurei ofertar atividades lúdicas aos filhos de funcionários da UFPR e moradores próximo ao CED. Era um pouco mais do que atividade de extensão, pois se envolviam entre 25 e 30 monitores, todos oriundos do curso Educação Física. Servia como laboratório para os alunos, assim como espaço de integração comunidade/ UFPR. O atendimento diário durante os 15 dias de colônia era de 150 crianças e adolescentes por ano. 33 Participei de outro projeto tradicional da UFPR “Festival de Inverno”, realizado na cidade de Antonina- PR. Inclusive, no ano de 2020 o evento chegará a sua 30ª edição. Nesse espaço, fui colaborador e coordenador do subprojeto da “Praça de Esportes e Lazer”, por quatro ocasiões. Contou com a presença de cinco professores/ técnico desportivos ligados ao CED/ UFPR e mais dez alunos bolsistas oriundos do curso de bacharelado em Educação Física. A estimativa do atendimento diário foi de 250 pessoas. As atividades de extensão à comunidade somente foram retomadas por mim, em 2011. Agora como coordenador do Centro de Educação Física e Desportos, dei continuidade aos seguintes projetos entre 2011 a 2013: •Projeto de extensão Escola de Futebol. Destinadas a jovens de 11 a 16 anos, envolveramcinco alunos bolsistas da UFPR e atendia entre 80 a 110 adolescentes por ano de atividade; • Projeto de extensão atividades esportivas de competição. Destinados aos alunos/atletas da UFPR, para participar como representantes oficiais do calendário esportivo de competição anual. Envolveram-se mais oito alunos bolsistas/ano oriundos do curso de bacharelado em Educação Física, envolvia mais de dez modalidades, com a participação de mais 100 acadêmicos, oriundos de diferentes cursos da universidade; • Projeto de extensão ATIVA, com objetivos de melhorar o condicionamento físico dos alunos, com público-alvo a comunidade interna e externa da UFPR. Envolveram-se mais dez alunos/ano bolsistas oriundos do curso de licenciatura e bacharelado em Educação Física, e atendia a mais de 500 pessoas. • Projeto de extensão Atividades aquáticas para a comunidade interna e externa da UFPR, voltado à adaptação ao meio líquido, aprendizagem dos diferentes estilos e melhora do condicionamento físico. Envolveram-se mais 12 alunos bolsistas/ano oriundos do curso de licenciatura e bacharelado em Educação Física. •Projeto de extensão teoria, prática e didática do treinamento de força, voltado à capacitação dos alunos que estavam inserido nas atividades de academia. Atendiam-se dez alunos do curso de bacharelado em Educação Física. Há de se destacar que o Centro de Educação e Desportos (CED) nunca teve dotação orçamentária. Dessa forma, os projetos eram alto sustentáveis, por meio de cobrança individual. Na época o montante arrecadado foi de 300 mil reais/ano. Sendo que uma parcela do dinheiro (10%) era destinada à Fundação da UFPR 34 (Funpar) e 60% ao pagamento de bolsistas. A ampliação de projetos só não foi possível por esse entrave orçamentário, como também pela falta de estruturas físicas que comportassem os dias com temperaturas baixas e/ou frio intenso. A participação em bancas de Processos Seletivos Simplificados e Concursos Públicos de Provas e Títulos para a Carreira do Magistério Superior também se destaca desde o início da carreira docente: concurso para Professor Adjunto I, área Aspectos socioculturais do movimento humano e supervisão de estágio, na Universidade de Londrina, ano de 2013; concurso para Professor Auxiliar I, área de conhecimento Gestão desportiva e de lazer, UFPR/ câmpus litoral, no ano de 2009; concurso para Professor Assistente I, área Educação Física Infantil e fundamentos dos jogos e brincadeiras, Universidade Estadual de Ponta Grossa, ano de 2009. Outras funções em bancas do processo seletivo de mestrado e doutorado do PPGEDF/UFPR, entre 2005 a 2019, assim como nos eventos de internos da UFPR voltados à iniciação científica, nos anos de 2004 e 2005. A participação em bancas acadêmicas contabilizou 31 bancas de defesa de mestrado (20 como orientador) e 14 bancas de defesa de doutorado (7 como orientador), até dezembro de 2019. A maioria das participações em bancas como membro titular foi nos Programas de Pós-graduação em Educação Física e Educação das seguintes instituições: UFPR, UEL, UEM e Unesp - câmpus de Rio Claro e câmpus de Marília. 3.4. ATIVIDADES DE ADMINISTRAÇÃO Antes de me tornar servidor público federal, participei de duas atividades que envolviam a parte administrativa. A primeira como coordenador do Acampamento Nosso Recanto entre os anos de 1987 a 1990, no qual era responsável na estruturação e aplicação das atividades recreativas/esportivas, que contei com o 35 auxílio de 30 monitores, para atender até 200 adolescentes por temporada. A segunda como assessor de Secretaria de Esportes na cidade de Leme-SP. (portaria 005/96). Fui responsável por implementar os eventos pontuais para a população de trabalhadores do corte de cana, visto que a cidade era conhecida como cidade “dormitório dos cortadores de cana” na região central do Estado de São Paulo. Torneios de futebol para os adultos e praças recreativas para crianças estavam sob minha alçada. Permaneci a frente desse projeto por dois anos, e o mesmo serviu como laboratório para o texto de mestrado. Na UFPR, deixando de lado as participações em plenárias e colegiado da graduação, tive o primeiro cargo como suplente da chefia do Departamento de Educação Física entre 2004 e 2006. (portaria nº 1045 de 19 de fevereiro de 2004), no qual o chefe era o Prof. Fernando Marinho Mezzadri. Poucas participações ocorreram no Conselho Setorial do Setor de Ciências Biológicas, importante local para começar a entender o que venha a ser UFPR. Disputa de poder, associações entre departamentos para manutenção de equipamentos, enfim, quais eram as possibilidades e como proceder num espaço democrático, mas cheios de artimanhas. Percorrido o tempo de suplente, no ano de 2006 fui alçado a chefe do Departamento de Educação Física do Setor de Ciências Biológicas, pelo período de dois anos. (portaria nº 1849 de 20 de fevereiro de 2006). Destaco as reformas conseguidas para as quadras poliesportivas em parceria com o então diretor do CED, professor Ricardo Weigert Coelho. Além disso, o governo federal resolveu, no final do ano de 2007, repor o quadro de professor docente das IFE’s. São mais de 110 docentes destinados a UFPR, que contava por volta 80 departamentos. Com bons indicadores da Pós-graduação stricto e latu sensu, com carga horário um pouco 36 acima da média em comparação aos demais departamentos do Setor de Ciências Biológicas, angariei o teto máximo estipulado pela reitoria para cada departamento: isto é, quatro vagas foram destinadas ao DEF. Com problemas de saúde na família, não busquei a reeleição ao cargo de chefe do Departamento de Educação Física. Mantendo-me afastado de cargos de administrativos até novembro de 2009, quando eu como suplente e a professor Ana Claudia Tarartuch como titular, respectivamente, fomos eleitos representantes do Setor de Ciências Biológicas, junto ao Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão - CEPE, por dois anos (portaria nº 638, de 03 de novembro de 2009). Mesmo como suplente participei de todas as reuniões do CEPE, assim como de cinco reuniões do Conselho Universitário. Entender em parte, como a Universidade não é algo estático, mas um organismo vivo e dinâmico, foi a grande aprendizagem neste período. Que foi interrompido em setembro de 2010 para cursar o estágio pós-doutoral na cidade de Coimbra. Ao retornar ao Brasil, recebi o convite do diretor do Setor Ciências Biológicas, professor Luiz Claudio Fernandes, para ser o diretor do Centro de Educação Física e Desportos (CED). Fui nomeado no dia 13 de julho de 2011 (portaria nº 1646) para exercer por dois anos o referido cargo. Fui reconduzido ao cargo de diretor por mais dois anos por meio da portaria nº 469, de 4 de julho de 2013. A minha contribuição dada ao CED foi por meio das licitações implementadas. A lei 8.666 de 21 de junho de 1993, “estabeleceu normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios” não era exatamente cumprida nas Universidaes Federais. Realizamos cinco licitações: gás, limpeza da piscina, salinização d’água, 37 manutenção de maquinários para a piscina e uniformes para as equipes oficiais da UFPR. Além das readequações dos projetos e continuidade de outros. Destaco, que nesse ínterim, o CED foi denunciado por má gestão no período de 2008 a 2010. A grande maioria das denúncias era inverídica, mas tanto oCED quanto à UFPR foi advertida por não terem realizadas as licitações previstas em lei. Todos os itens foram respondidos por mim e pelos técnicos-administrativos do CED. O resultado foi recomendado pelas novas formas de planejamento da parte financeira, necessidade de ajustar o plano de trabalho, melhorar a prestação de contas, entre outros itens, mas nenhuma grande irregularidade foi apontada no período que nos antecedeu. Todavia, foi grande experiência profissional que teve ajuda de órgãos internos da UFPR, como também do Tribunal de Contas da União (TCU), divisão do Paraná. Com a desativação das piscinas do CED pelo início da reforma e um convite do Colegiado do PPGEDF (da qual participava desde 2008), para ser o Coordenador do PPGEDF, fui eleito em meados de 2014 (portaria 1.234, de 19 de agosto de 2014). Assumi a coordenação do PPGEDF com o conceito 5 e a missão de manter esse conceito. Com a aposentadoria de alguns professores e pouco interesse de nossos pares do DEF em participar do referido programa, o colegiado buscou novos pesquisadores em áreas afins. O curso de fisioterapia, então da UFPR litoral, cedeu duas pesquisadoras com boa produção. Deixei todas as informações transparentes e, principalmente, convencer os professores a ampliar sua produção, de preferência com parcerias internacionais. A soma de determinados fatos quatro professores recém-retornando do estágio pós–doutoral, e, consequentemente, com bons contatos no exterior; a abertura do curso de doutorado anos anteriores, fizeram que a quantidade e qualidade dos artigos se ampliassem e materializassem naquele 38 momento; assim como ocorreu melhor entendimento das regras da Capes (trabalha com resultados a posteriori e, portanto, cada um deve fazer o seu melhor) ajudaram no biênio seguinte, no qual continuei coordenador (portaria nº 2723, de 05 de setembro de 2016), e então, a ascensão ao conceito 6 Capes . Obviamente eu não fiz nada disso sozinho, mas sei que tive uma parcela importante no convencimento do corpo docente e discente. Nesses, dois anos tive a sorte de ter um colegiado atuante, e contei inicialmente com apoio da professora Anna Raquel Silveira Gomes, suplente da coordenação nesse processo, parceira incansável na formulação e implementação do projeto de manutenção do conceito 5. No segundo período, à frente do PPGEDF, o suplente de coordenação foi o professor Gleber Pereira, preocupado e atento a todos os detalhes para atingir o melhor conceito possível. Claramente, nada disso teria ocorrido se não tivesse o suporte do técnico-administrativo Rodrigo Waki. Mais do que um simples ‘secretário’ tem como característica a inovação e a facilitação dos procedimentos burocráticos. Isso ajudou extremamente o diálogo com o corpo docente e discente. Sobre as atividades de administração, gostaria de citar uma pequena parte do Memorial da professora Joice Mara Facco Stefanello, primeira docente do DEF a ser titular: Para além das atividades de ensino, pesquisa, extensão e orientação, a carreira universitária tem exigido, cada vez mais, o envolvimento dos docentes em atividades de administração (comissões de trabalho, membros de colegiados de graduação e pós-graduação, conselhos de órgãos superiores, coordenações de cursos de graduação e pós-graduação). Tais atividades impõem, não apenas, diferentes exigências de carga-horária semanal, mas principalmente diferentes responsabilidades e competências. (Stefanello, 2015) A professora resume bem o que a nova geração pode esperar, assim como, pode antecipar alguns passos e se preparar da melhor maneira possível. 39 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Elaborar o memorial foi importante para resgatar o que eu fiz ao longo não só da minha carreira universitária, como também meu envolvimento com a educação física. Nesse momento há necessidade de fazer autojulgamento desse percurso. Alguns desafios foram enfrentados nesse percurso, a começar por abandonar a carreira de professor concursado na Prefeitura Municipal de Campinas (PMC) e com intenções de assumir inicialmente o cargo de chefia de diretor de escola. Na PMC, a ascensão ao cargo foi por concurso e já havia dado o primeiro passo ao terminar o curso de pedagogia, requisito mínimo necessário para ocupar o posto de diretor. Ao escolher a vida acadêmica, optei em acelerar a formação para o doutorado e, posteriormente, cumprir todas as exigências para obter as promoções na carreira. A inserção em cada nova configuração (termo emprestado do sociólogo alemão Norbert Elias, 1990) provocou novos e intricados desafios, cujos indivíduos funcionam entre si por meio de numerosas relações de interdependência ou de subordinação, que não mantém um padrão em diferentes espaços que transitei na UFPR. Certamente gerou grandes adaptações por minha parte, tanto pessoal como profissional. As ações mais tranquilas de se executar foram as aulas, os conteúdos teóricos e com grande experiência prática que dominava na área do lazer. A passagem para a área dos esportes coletivos não foi complicada. As aulas da pós- graduação causaram inicialmente um desgaste mental maior, mas ao mesmo tempo um sentimento de estar cumprindo com o planejamento de mais de dez anos atrás. O grande desafio foi ao assumir os diferentes cargos administrativos, fui responsável em gerir as equipes que compunham cada estrutura da UFPR. 40 Independentemente do número de pessoas que estão sob sua responsabilidade, conclui que o gerenciamento é uma arte a ser aprendida. Entender o que se está em jogo, antecipar as ações dos demais jogadores daquela determinada configuração, perceber o jogo de poder que se estabelece, ora na relação de um indivíduo com/contra o outro indivíduo, ora nas relações mais complexas, que envolvem um número maior de jogadores; só é capaz de ocorrer quando a pessoa conclui que somente seus dotes individuais não geram a garantia de sucesso. Estar disposto a aprender a configuração, refletir como esse espaço social pode ser apropriado em favor da instituição que representa, é um dom/sabedoria/aprendizagem a se desenvolver. As funções administrativas que inicialmente foram assumidas muito mais pela gratidão com os professores do DEF após o afastamento de quatro anos para o curso de doutorado e depois mais um ano de afastamento para o cursar o estágio pós-doutoral, tanto como vice-chefe como chefe do DEF, foi um grande aprendizado para aprender como proceder em diferentes situações que o cargo exige. Os demais cargos, confesso que foram por vontade própria realmente. Ocupar certos cargos foi estratégico ao que talvez eu possa denominar de “grupo político” do DEF, num determinado momento de turbulência. Esse período de 2009 a 2015, sem dúvida, foi de grande aprendizagem, mas de uma forma nada vantajosa em termos de desenvolvimento da instituição e dos agentes envolvidos. Mas existiu o lado bom nas funções administrativas. Ter participado do colegiado do PPGEDF por mais de dez anos e ter exercido a função de coordenador foi muito gratificante profissionalmente. Basicamente, não tive oposições nas ações internas, as quais foram planejadas com apoio de todos os indivíduos envolvidos. Nos fóruns dos coordenadores da área 21, busquei somente o consenso, sem exercer 41 o papel de protagonista. Explica-se: o professor André Luiz Felix Rodacki era o coordenador de área 21 (cargo que é extremamente desgastante) e ao mesmo tempo membro do meu programa. Eu apoiei-o em quase todas as ações e juntos ponderamos sobre as inúmeras
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