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Empuxo, fluidos em movimento - hidrodinâmica, equação da continuidade, equação de Bernoulli RESUMO | FISICA II MECÂNICA DOS FLUIDOS EMPUXO Seja um fluido qualquer de densidade ρ como representado abaixo, em repouso. Se ele está em repouso, qualquer sub-volume considerado também estará em repouso. f FLUIDO EM REPOUSO, SOMATÓRIO DE FORÇAS ATUANDO NELE É IGUAL A 0 SUB-VOLUME DO FLUIDO, TAMBÉM EM REPOUSO, SOMATÓRIO DE FORÇAS ATUANDO NESSE VOLUME É IGUAL A 0 No centro de gravidade do sub-volume, como em todos os corpos que contém massa, está atuando a força peso devido a ação da gravidade. Se apenas essa força atuasse nesse volume de fluido, ele se movimentaria. Mas isso não é lógico. Logo existe uma força de sentido contrário, mesma direção e módulo, que atua para equilibrar o peso. Essa força é o empuxo! O módulo dessa força é encontrado a partir da diferença de pressões, já vista, em 2 pontos: um na parte superior do sub- volume e outra na parte inferior. Isso porque o empuxo também é encontrado pelo somatório de todas as forças que atuam perpendicularmente na superfície do fluido. O peso fluido é dado pela massa do sub-volume de fluido vezes a aceleração da gravidade. A massa pode ser reescrita em função da sua densidade. Se o sistema está em equilíbrio, o módulo do empuxo é igual ao módulo do peso. Se substituirmos o sub-volume de água por um objeto que ocupe exatamente o mesmo volume (um objeto submerso em água), conseguimos encontrar também o empuxo nesse novo objeto. Porém, não necessáriamente, nesse caso, o módulo do empuxo será igual ao módulo do peso desse objeto, visto que, apesar dos volumes serem iguais, as densidades são diferentes. Podemos, então, ter três situações distintas: Peso maior que o empuxo: Objeto afunda Peso igual ao empuxo: Objeto fica no mesmo lugar Peso menor que o empuxo: Objeto boia ESCOAMENTO DE UM FLUIDO - HIDRODINÂMICA A movimentação de um fluido é o que chamamos de escoamento. Aqui será tratado apenas o escoamento de um fluido ideal, ou seja, não é um fluido real. FLUIDO IDEAL - Um fluido ideal tem a densidade constante, ou seja, ele é incompressível; - Além disso, ele não possui atrito interno, sua viscosidade é nula - imagine dois copos, um com mel e outro com água. Ao virarmos o copo de cabeça pra baixo, qual dos dois fluidos cai mais rápido? A água! Isso porque a viscosidade do mel, ou seja, seu atrito interno é muito maior que a da água, logo ele tem maior dificuldade de escorrer. ; - Não consideramos dissipação de energia em seu movimento; N LINHA DE ESCOAMENTO A linha de escoamento, ou linha de fluxo, de um fluido é a trajetória seguida por uma partícula do fluido durante o seu movimento, seu escoamento. ESCOAMENTO ESTACIONÁRIO Quando as linhas de corrente coincidem com as linha de escoamento e as linhas de escoamento não variam no tempo, temos o escoamento estacionário. A velocidade em cada ponto também não varia no tempo! Esse será o foco de estudo! Observação: Como as duas linhas se coincidem, a partir de agora falaremos apenas em linha de corrente e já vamos pressupor que a velocidade em cada ponto não varia no tempo. LINHA DE CORRENTE A linha de corrente é a curva tangente em cada ponto da trajetório que dá a direção e o sentido da velocidade naquele ponto. A partir da representação das linhas de corrente conseguimos tirar algumas observações iniciais. Primeiro, a velocidade onde as linhas de escoamento estão mais próximas é maior que a velocidade onde as linhas de escoamento estão mais distantes entre si. Provaremos isso adiante. Além disso, as linhas de escoamento NUNCA PODEM se CRUZAR! Pois seria o mesmo que dizer que aquele ponto tem duas velocidades, isso é IMPOSSÍVEL. Se duas linhas nunca se cruzam, formamos o que chamamos de tubo de escoamento. Esse tubo de escoamento que é formado por duas linhas de corrente, limita a trajetória das partículas. Ou seja, a partícula só pode seguir uma trajetória dentro desse tubo de escoamento. EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE Para entendermos e deduzirmos a equação da continuidade, vamos imaginar inicialmente um tubo de escoamento como o representado a seguir: Note que: 1) Toda partícula que entra em uma extremidade do tubo irá sair do outro lado; 2) A área A1 é bem maior que a área A2 nessa representação; 3) As velocidades v1 e v2 são diferentes, mas lembre-se, em cada ponto a velocidade é constante ao longo do tempo. Ou seja, em pontos diferentes podemos ter - e temos!- velocidades diferentes, porem em cada ponto a velocida é constante com o passar do tempo. Vamos imaginar que no tempo t igual a 0, as partículas passam pela seção A1 e num tempo posterior, mesmo que seja infinitesimal (dt) elas estejam já em outra posição. Ou seja, um volume de fluido atravessou a seção A1 num intervalo de tempo. Nesse mesmo tempo, como ouve deslocamento de fluido em uma parte do tubo, há o mesmo deslocamento (em volume) em todas as outras partes do tubo, já que a água não está vazando ou algo assim. As equações de volume foram feitas considerando que o volume é igual a área vezes o comprimento, e o comprimento foi feito em função da velocidade já que velocidade é o deslocamento sobre o tempo, então o deslocamento é a velocidade vezes o tempo. (Usamos dt e dV porque estamos considerando deslocamentos infinitesimais, que poderão ser usados para comprimentos maiores também). O que a equação da continuidade nos diz é que a vazão volumétrica é constante! A divisão de dV por dt, que é a vazão volumétrica, é a constante área vezes volume. Agora, a partir da equação da continuidade conseguimos ter a certeza que quanto menor a área, maior tem que ser a velocidade do fluido para que a relação seja válida e vice-versa. EQUAÇÃO DE BERNOULLI Vamos voltar a representação do tubo de escoamento usado anteriormente para conseguirmos deduzir e entender a relação: Observe que estamos considerando, arbitrariamente, que a área A1 é mais baixa que a área A2, ou seja, o fluido esta escoando e percorre diferentes alturas. Já vimos que a velocidade varia em diferentes pontos de acordo com o tamanho da área da seção. A Equação de Bernoulli vai nos dar a relação entre as velocidades, as alturas e as pressões em diferentes pontos do tubo. Para isso usamos o princípio da conservação de energia! A densidade do fluido é ρ Fluido no tempo t1 Fluido no tempo t2, após se deslocar Observe que a região entre as linhas pontilhadas não se alterou em nada, continuou completamente cheia. A única coisa que aconteceu foi que o fluido que estava mais a esquerda andou e saiu pela direita na parte de cima. SEARS, F. W.; ZEMANSKY, M. W.; YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I e Física II. 14ª. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008 REFERÊNCIAS DE ESTUDO: Em termos de conservação de energia, é assim que pensamos, como se o fluido que estava embaixo tivesse se descolado e ocupado a parte de cima. Além disso, o fluido está se movendo porque o volume de fluido que está atrás, empurra os volumes que estão na parte da frente. Logo, há uma pressão P1 sendo exercida na parcela de baixo que origina uma pressão P2 contrária na parte de cima. As respectivas forças que geram essas pressões é dada pelo produto da pressão pela área da seção em questão. Quando o fluido anda, o volume de fluido dV atravessa a primeira linha vertical do tipo e o mesmo volume de fluido é deslocado pra frente da segunda linha vertical. A partir disso, vamos usar as definições de energia cinética e energia potencial para fazer as relações e encontrar a equação de Bernoulli. É importante definir os eixos para isso!
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