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425812156-Apostila-ventosaterapia-pdf

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DEVIR - Desenvolvimento Humano 
 
Curso Livre de Ventosaterapia 
 
SUMÁRIO 
Histórico 
 Hipócrates e a ventosaterapia 
 O uso das sanguessugas 
Tipos de Ventosas 
Manutenção 
 Princípios terapêuticos 
 Pressão arterial 
 Acido base 
 Função do sangue 
 Trocas gasosas 
 Microcirculação 
Indicações, contra indicações e cuidados 
Tratamentos 
 Tratamento sistêmico 
 Tratamento Sintomático 
 Tratamento de meridianos 
Protocolos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRICO 
No século passado, a operação de inspirar copos de ventosas no corpo consistia em colocar sobre a 
pele uma campânula de vidro ou outras formas de inspiradores semelhantes aos copos de ventosas, 
após fabricar vácuo pela queima do ar no seu interior, devendo aplica-las de pronto sobre a pele para 
gerar sucção no local. Este método chamado de “ventosa seca” era aplicado na pele nua, causando 
trauma subcutâneo e agindo como contra irritante. 
Outro método também comumente aplicado era chamado de “ventosa molhada”. Neste método, a 
pele era irritada por meio de um instrumento cortante, este método era chamado de “escarificação” e 
provocava uma leve sangria imediatamente antes de a ventosa ser aplicada. Este método era também 
reconhecido pelos antigos médicos como uma medida contra irritante. 
As medidas contra irritantes provocam o deslocamento da dor e o efeito conhecido na medicina 
oriental como “alívio da superfície do corpo”, muito útil no combate das dores por espasmo musculares, 
enrijecimentos musculares, reflexos causadores de falsas dores nos rins e pulmões. 
Não temos a ideia de quem fez uso da ventosa primeiro. Têm-se informações de seu uso desde o 
antigo Egito. 
Ela também é mencionada nos escritos de Hipócrates, e registros 
de ter sido usada pelo povo Grego no século IV a.C.. Foi provavelmente 
conhecida e utilizada também por outras antigas nações. 
O antigo instrumento utilizado para fazer ventosa era a cabaça, 
conhecida naquela época como “Curubitula”, que em latim significa 
ventosa. 
Nas regiões primitivas do mundo, a ventosa tem registros 
históricos que datam de centenas a milhares de anos. 
Nas suas formas mais primitivas, era utilizada pelos índios 
americanos, na Ásia e no continente africano. Eram cortados a parte 
superior dos chifres dos búfalos e bois, cerca de duas e meia 
polegadas de comprimento, provocando o vácuo por sucção oral na 
ponta do chifre, sendo em seguida tamponado. 
Os antigos curandeiros, com poderosos músculos faciais e agilidade, conseguiam extrair com a 
boca, por sucção e logo cuspindo, o veneno injetado na circulação sanguínea por picada de cobra, 
aliviando a dor e câimbras do abdômen. 
HIPÓCRATES E A VENTOSATERAPIA 
Hipócrates também usava ambos os métodos de ventosa “seca” e “molhada” como principal 
tratamento nas desordens menstruais. 
Ele prescrevia grandes ventosas de vidro a serem aplicadas nos seios de mulheres que sofriam de 
menorragia. Assim como nas “descargas amareladas vaginais”, pelo uso de ventosas durante um longo 
período de tempo em diferentes partes das coxas, na virilha e abaixo dos seios. 
O uso de ventosas no Ocidente antigo era um elemento terapêutico corriqueiro e de grande valor 
panacéico. Pois na falta de outros elementos da ciência, a ventosaterapia era utilizada praticamente na 
cura de todas as doenças. Como um instrumento curativo mágico em sua essência, pelo contato íntimo 
com o interior do corpo através do sangue. Ela era respeitada também pela sua atuação no elemento 
energético gerado pela respiração. Teoria que se assemelhava aos conceitos da medicina Oriental. 
Celsus também descreve aplicações de ventosas no primeiro século d.C., citando que o edema 
subcutâneo produzido pela ventosa seca consiste parcialmente de “flatus” (gases) derivado da 
respiração. 
Celsus adverte que a aplicação de ventosas é benéfica tanto para doenças crônicas como para 
agudas, incluindo ataques de febre, e particularmente nos estressados. Quando há perigo de fazer 
sangria, o recurso mais seguro é aplicar nesses pacientes ventosas secas. 
Ele adverte sobre a ocorrência de edema nas ventosas, sejam secas ou molhadas. Descreve 
ventosa seca em vários lugares para tratar paralisia, ventosas nas têmporas e na região occipital em 
caso de dores de cabeça prolongadas. 
O USO DAS SANGUESSUGAS 
Na Europa, assim como na Ásia existiam vários métodos modificados de sangria e escarificação. Na 
Europa a “veneseção” ou sangria das veias era uma prática popular, enquanto na Ásia o sangramento 
das dilatações capilares (telangiectasias) na periferia da pele junto com ventosas era o método mais 
utilizado. 
Entretanto, a escarificação e o sangramento por meio de “sanguessugas” ou através de emplastros 
feitos de pastas abrasivas com batata, gengibre, etc., eram usados no Oriente. 
O emprego das sanguessugas teve sua origem na Grécia antiga. A sanguessuga (Hirudus 
medicinalis) é um verme aquático que foi usado durante séculos na medicina. A ideia corrente era que 
este verme extraía o sangue com “humores mórbidos” e, consequentemente, levava o paciente à cura. 
O nome deste verme é Hirudo (em latim) e há várias espécies na zoologia. 
Os “humores mórbidos” seriam as toxinas e ou elementos deteriorados que se acumulam nos 
vasos sanguíneos e nos músculos enrijecidos, causando doenças. 
O uso das sanguessugas como terapêutica foi comum na idade média no ocidente. Em Portugal na 
antiguidade, os “barbeiro-sangradores” eram geralmente, os técnicos encarregados de aplicar 
sanguessugas, por concessão de uma licença para praticar cedida pelo cirurgião-mor. 
Naquela época, em Lisboa, foram publicados vários livros sobre o assunto, e os salões de barbear 
eram os locais de venda das sanguessugas. 
Poucos conseguiam entender, e por isso o seu uso se tornou abusivo. Em 1833, a França, além de 
consumir a sua produção de sanguessugas, teve que importar 40 milhões do império Russo, Turquia e 
Pérsia. O seu uso indiscriminado e irresponsável, ocasionando complicações graves, até a supressão da 
classe de barbeiros-cirurgiões, e com o desenvolvimento da química farmacêutica, teve o seu 
esquecimento total. 
Atualmente, estamos resgatando o uso das ventosas, e já podemos ouvir notícias de que na Europa 
já estão sendo usadas, novamente, as sanguessugas nos processos de reimplante de membros 
mutilados, como braços, pés, dedos, orelhas e até mesmo, o pênis. 
O uso de ventosa no Oriente foi desenvolvido com base na acupuntura. Ela se fundamenta na 
crença de que a resistência contra a doença pode ser alcançada, induzindo o corpo a se curar pela 
aplicação de ventosas em pontos dos 14 meridianos ou em nódulos de reação positiva. Esta função 
reguladora é descrita no antigo Cânon de Medicina Oriental, o Nei Jing: “A acupuntura tem a função de 
remover a obstrução dos meridianos, regulando o Ki e o sangue, tendo como resposta deste fato à 
harmonização da hipoatividade e da hiperatividae das funções do corpo”. 
A ventosa tem a propriedade de limpar o sangue das toxinas acumuladas causadas pela sujeira da 
água e dos alimentos. Pois a estagnação do sangue coagulado, escuro e sujo, nos músculos das costas 
ou nas articulações é considerado pelas terapias Orientais como um dos elementos causadores de 
doenças, sendo necessário retirá-lo para que o paciente possa se restabelecer. 
A ventosa é usada para o alívio de dores musculares, melhorar o sistema circulatório e até mesmo, 
para redução de celulite e gordura localizada, como descrito em DINÂMICA ESTÉTICA do terapeuta 
holístico e Acadêmico de Fisioterapia Rodolfo Correa Lima. “Conseguimos redução de 3 a 10 centímetros 
na medida da cintura, coxas e braços. Ativamos a circulação sanguínea e linfática, reduzindo a retenção 
de líquidos no organismo feminino. A ventosa associada com a massoterapia tem conseguido resultados 
impressionantes para redução da gordura localizada e, principalmente, das celulites”. 
A aplicaçãode ventosas no corpo, além de facilitar as trocas gasosas e regular o pH sanguíneo e 
trazer um efeito reflexo quando aplicada em pontos de acupuntura, se usada em movimento deslizante 
usando um meio lubrificante (óleos aromáticos), produz o “efeito massagem”. 
Na estagnação da circulação sanguínea pode se formar um quadro álgico com acompanhamento 
de manifestações na pele e músculo, como dilatações capilares (telangiectasias), infiltrações 
subcutâneas, formação de cordões enrijecidos e nódulos, assim como alterações térmicas locais. 
 
 
 
TIPOS DE VENTOSAS 
Buhang Yopo – Coreia; 
Suidamá – Japão; 
Jiao Fa – China 
Os copos das ventosas modernas possuem válvulas para adaptação de 
uma bomba de vácuo; Em geral, um conjunto de ventosas possui copos 
com 3 tamanhos diferentes; 
 
 Existem diversos tipos de ventosas: 
 De bambu - leves baratas e não se quebravam facilmente. 
 
 De argila - aderia bem à pele, mas se quebrava com facilidade. 
 De vidro - permite o médico observar o efeito na pele, mas quebra-se e possui alta 
condutividade de calor. 
 
 
 De Silicone. 
Foi na Coréia do Sul, a fábrica DAE-KUN que desenvolveu o moderno sistema dos copos plásticos 
com válvula pneumática de segurança e bomba de sucção para ventosaterapia. 
O grande sucesso fez com que outras fábricas imitassem o produto, modificando um pouco o 
modelo original. 
Atualmente encontramos Kits de ventosas com um numero variado de copos de variados tamanhos, 
numa maleta e mais a bomba de sucção. 
 
 
 
 
 
 
MANUTENÇÃO DO EQUIPAMENTO 
As ventosas devem ser limpas com detergente e água após cada aplicação. 
Não esterilizar copos de PVC, pois podem deformar-se. 
A válvula deve ser limpa puxando de 2 a 3 vezes a bomba com álcool para forçar a sua passagem 
pelas válvulas. 
O PRINCÍPIO TERAPÊUTICO DAS VENTOSAS 
A má circulação sanguínea era considerada como elemento causador de doenças, assim como o 
diagnóstico da cor escura do sangue e flatus abdominais. 
Assim Galeno desenvolveu o conceito do uso das ventosas prescrevendo-a como elemento 
desintoxicante aliado a receitas de diuréticos e laxantes para favorecer a limpeza do sangue, 
melhorando a sua qualidade. 
A ventosa funcionou na verdade como um antibiótico 
primitivo. 
Aplicando-se na pele as ventosas produzem uma pressão 
negativa, provocando a sucção da pele e fluidos, causando 
congestão sanguínea local, a fim de se obter um estímulo como 
método de tratamento de doenças. 
O consumo abusivo de gorduras, carboidratos, proteínas em 
excesso, remédios alopáticos, inalação de gases tóxicos, produtos 
químicos usados como conservantes nos alimentos industrializados, 
agrotóxicos, hormônios, álcool, cigarro, drogas deixam um resíduo 
tóxico que se deposita no sangue dia após dia de consumo, 
enfraquecendo a nossa resistência às doenças. 
O sistema das ventosas atua no interior do corpo, incentivando o organismo através de sua própria 
fisiologia a separar do sangue os resíduos metabólicos e toxinas residuais ativando seu poder natural de 
cura, lutando contra os elementos que dão condição à instalação da doença. 
A microsangria oriental é feita pela perfuração superficial da pele em determinado ponto da 
Acupuntura com uma lanceta descartável que retira 2 a 3 gotas de sangue para produzir um estímulo 
analgésico, além de ativar o mecanismo de defesa do organismo, fortalecendo a resistência. 
Usada em conjunto com a ventosa aplicamos esse princípio sobre as funções do sangue em nossa 
saúde. 
O princípio terapêutico das ventosas irão equilibrar funções básicas do organismo: 
A Pressão Arterial 
Sendo um dos sinais de saúde ela deve ser mantida dentro da normalidade para que permita um 
fluxo sanguíneo equilibrado ao longo da rede de capilares. 
A medição da pressão é muito importante em Ventosaterapia. Ela deve ser avaliada antes e depois 
das aplicações para verificar se houve efeito positivo no tratamento. 
As estatísticas tradicionais definem a normalidade da pressão em 140 por 80 mmHg. 
O Sistema Nervoso Autônomo é que controla o batimento cardíaco e a ventosaterapia vai avaliar o 
grau de queda demonstrando o grau de controle do SNA. 
Equilíbrio Ácido - Base do Sangue 
A saúde está ligada a qualidade do sangue, e o seu pH deve ser mantido entre 7,35 e 7,45 no 
plasma e nos líquidos corporais. 
O tampão que mantém o equilíbrio de pH no corpo é o Bicarbonato, e o controle respiratório e o 
renal que são os responsáveis em excretar os ácidos formados nos processos metabólicos. 
Esse equilíbrio ácido base do corpo existe para que o corpo seja capaz de curar as doenças por si 
mesmo. 
Quando há desequilíbrio ácido básico denomina-se alcalemia para pH superior a 7,45 e acidemia 
para pH inferior a 7,35, causando alterações respiratórias e metabólicas : Acidose ou alcalose 
respiratória, acidose ou alcalose metabólica. 
O organismo tenta compensar, excretando urina ácida ou alcalina hiperventilando ou 
hipoventilando. 
Dependendo do grau de concentração de íons de Hidrogênio, responsável pela acidez, será 
determinado o tipo ambiente adequado para a proliferação de um tipo de micro-organismo. 
Para a atividade desses micro-organismos além do pH é necessário condições de saúde do paciente 
propícias . 
A Função do Sangue 
A função da circulação sanguínea é a de atender às necessidades de todos os tecidos do corpor 
bem como transportar nutrientes e oxigênio e remover os resíduos metabólicos dos mesmos. 
O sangue é responsável por transportar pela hemoglobina o oxigênio e várias substâncias 
metabólicas, gás carbônico e tampona o sangue. 
Tem função excretora também quando leva aos Rins os produtos finais do metabolismo. 
Regula hormônios e mantém a temperatura corporal. 
Um metabolismo elevado libera CO2 que com a água do sangue forma íons de hidrogênio 
diminuindo o pH causando desequilíbrio ácido-básico e dificultando a ligação com o Oxigênio. 
O sangue transporta um importante mineral, o Ferro para o processo respiratório de nossas células 
e a sua deficiência nos leva a anemia. 
A ventosa estimula a Hematopoiese, (formação de novas células sanguíneas). 
Observar sinais de falta de meias luas na raiz das unhas. 
Neste caso não se deve aplicar um número muito grande de ventosas, e reter por um curto 
período, caso contrário o paciente pode sofrer uma lipotímia. 
Um pH: acima de 7,45 causa hiperexcitabilidade do SNC abaixo de 7,35 causa depressão do SNC 
abaixo de 7,0 causa coordenação neuromuscular errática. 
As Trocas Gasosas 
A pele do corpo está submetida a uma pressão uniforme. Quando aplicamos o vácuo mudamos o 
valor dessa pressão. Essa diferença de pressão é que é responsável pelo estímulo das funções excretoras 
e reguladoras. Essa excreção das toxinas e trocas gasosas junto com a respiração da pele é que irá 
compensar os desequilíbrios de pH. 
As glândulas sudoríparas conseguem eliminar através do suor, valores de pH acima de 4,5 a 6,5. 
A respiração pulmonar é que mantém o nível ideal de oxigênio no sangue para que se mantenha os 
valores de pH equilibrados. 
As ventosas, pelo mesmo princípio mantém o equilíbrio acido-básico através das trocas gasosas 
que ocorrem no seu interior com a vantagem de dirigir para o local desejado. 
Quando colocamos água no copo da ventosa e logo em seguida provocamos o vácuo na pele 
observamos a formação de bolhas comprovando a qualidade de trocas gasosas na terapia. 
 
 
 
Efeitos na Microcirculação 
A pressão negativa imposta pelo vácuo provoca a dilatação das arteríolas e veias facilitando a 
difusão do oxigênio ao longo das paredes dos capilares dos tecidos. O forte estímulo tem um papel 
importante nas doenças que possuem estase sanguínea no sistema micro circulatório. 
Essa sucção que produz estímulos dilatando os capilares e vasculares produz também um 
extravasamento de fluidos do tecido profundo para a superfície da pele se concentrando onde o vácuo é 
produzido formandouma mancha avermelhada ou arroxeada ou manchas de diferentes tons. 
Esta reação diz que o corpo está eliminando os resíduos metabólicos, toxinas, substâncias ácidas 
ou alcalinas e elemento figurados em desuso. 
Essas reações informam o estado do paciente. 
Cor muito escura significa doença crônica, necessitando de tratamento mais demorado. 
Pouco escura doença mais simples, possuindo rápido estabelecimento. 
Cor clara, pouca circulação sanguínea. 
 
 
INDICAÇÕES 
As ventosas são aplicadas principalmente no tratamento de: 
Reumatismo, torções, dor abdominal, dor de estômago, dispepsia, resfriado, tosse, asma, 
dismenorreia, dor e edema dos olhos, edemas nos membros, paralisia infantil, picadas de insetos, 
cobras, etc. 
Pode-se aplicar no corpo todo até uma vez por dia. 
CONTRA -INDICAÇÕES 
Febre alta, convulsões, espasmos, úlceras, pacientes alérgicos ou com fraturas. 
Após o primeiro trimestre de gestação e antes disso ter muito cuidado em regiões sacrolombar e 
abdominais. 
PRECAUÇÕES 
 Evitar após exercícios físicos - pressão arterial. 
 Não aplicar em regiões pouco musculosas e áreas com pelos. 
 Usar o calibre correspondente ao caso e a área. 
 O paciente deve estar em posição confortável. 
 Não queimar o paciente – para casos de ventosas de vidro com vácuo por fogo. 
 No caso de associar com Acupuntura, não dobrar a agulha – só para acupunturistas. 
 Não aplicar em áreas oculares e faciais se usou sangria. 
 Não aplicar em pacientes que sofrem de doenças hemorrágicas, em mulheres menstruadas. 
 Cuidado com o tempo para não ocorrer queimaduras e bolhas. 
 Se ocorrer queimaduras, aplicar violeta genciana para evitar infecção. 
 Se aparecer dor ou equimose, fazer massagens suaves. 
 Puxar a bomba 2 a 4 vezes no máximo. 
 Em pacientes enfraquecidos limitar a retenção por 20 segundos e reduzir o número de 
 copos. 
 Em pacientes com condições normais 5 a 15 minutos 
 A urina pode ficar mais escura. 
 Em Idosos o tempo de permanência das ventosas deve ser em média de 3 minutos, e usa-se 
poucos copos por aplicação. Deve se usar baixa pressão de vácuo na primeira vez, e o idoso 
deve beber água para aumentar a diurese para a desintoxicação. 
O TRATAMENTO SISTÊMICO; 
Equilíbrio Geral 
Devemos aplicar ventosas na área para vertebral para estimular a cadeia para ganglionar simpática 
dessa região, fazer trocas gasosas com o Pulmão e ativar a circulação sanguínea assim como os seus 
reflexos dirigidos aos órgãos internos e suas funções. Usar de 5 a 6 copos na primeira vez, com baixa 
pressão de sucção para ver o grau de reação do paciente ao tratamento. 
Áreas de Tratamento. 
Pulmão - 3 primeiras vértebras torácicas Indicação - doenças do aparelho respiratório. 
Coração- 5ª, 6ª, 7ª vértebra 
torácica Indicações - taquicardias, 
pressão alta, distúrbios circulatórios. 
Baço- ao lado direito da 8ª, 9ª 
e 10ª vértebras dorsais Indicações - 
qualidade do sangue, digestão. 
Estômago- ao lado esquerdo 
da área do Baço, Indicações - 
digestão perfeita é a base para a 
saúde. Sempre fortalecer o 
Estômago, para que haja 
recuperação da saúde. 
Rins - 11ª e 12ª vértebra 
torácica Indicação - equilíbrio ácido- 
básico. 
Intestinos- 1ª, 2ª, 3ª, vértebra lombar Indicação - Eliminação dos resíduos e toxinas do organismo. 
Bexiga- 5ª vértebra lombar e o sacro, Indicação - saúde do sistema gênito - urinário. Trata Rins. 
Esquemas de tratamento. 
Tratamento de Base Para vertebral - Estímulo do SNA. 
Essa técnica utiliza a aplicação das ventosas sobre as apófises espinhosas da coluna durante 5 a 10 
minutos e depois na área para vertebral mais 5 a 10 minutos para provocar as ações reflexas nos órgãos. 
Tratamento de Base abdominal - acúmulo de gases prejudica o funcionamento dos órgãos. 
Tratamento 1- cólicas menstruais, asma, bronquite, cistite, uretrite, taquicardia, reumatismo, 
artrite, prisão de ventre, nervosismo, lombalgia, ciática, diabete, pneumonia, sinusite e renite. 
Tratamento 2- nevralgia intercostal, doenças auditivas, gripe, laringite, úlcera, gastrite, bursite, 
distúrbios hepáticos. 
Tratamento de Reforço- Dirige o estímulo aos órgãos que estariam necessitando de equilíbrio. 
Tratamento Sintomático. 
Cervical - A tensão muscular causa distúrbios circulatórios que se propagam para o resto do corpo, 
afetando a circulação cerebral e extremidades de membros superiores. Causa má circulação cardíaca e 
pulmonar levando a hipertensão compensativa. 
Lombar- Causa desequilíbrio funcional do aparelho gênito urinário E cintura pélvica. É comum 
combinar tratamento sistêmico e sintomático. 
Neste caso escolher, não é necessário usar as duas rotinas vertebrais. 
REAÇÕES. 
A homeostase produz reações fisiológicas no organismo como sinais de mudanças adaptativas 
demonstrando o grau de eficiência do tratamento. 
Fadiga, sonolência. Se for muito severa pare e recomece após 10 minutos com pouca pressão. 
Sinais de piora por até 2 dias - é uma resposta reativa do corpo , reação imunológica do SNA. 
Após contínuas aplicações aparecem resposta pigmentar, manchas na pele que desaparecem após 
3 a 4 dias, é o efeito curativo, o corpo está se limpando. 
Em pessoas anêmicas pode não aparecer resposta pigmentar. 
Preste atenção à sensibilidade do paciente quanto à pressão necessária. Se houver dor diminua o 
tempo de aplicação e aplique um unguento para deslizar a ventosa ao longo do canal doloroso até a 
pele ficar avermelhada. 
Reação de retirada de umidade - o copo pode ficar turvo e aparecer algumas gotículas. 
Em doenças muito graves podem aparecer bolhas no lugar da resposta pigmentar - é a retirada de 
elementos tóxicos alcalinos do sangue. 
Tratamento de Meridianos. 
Os Meridianos são canais por onde passa o fluxo de energia vital Ki – (QI). 
Quando ocorrem bloqueios ao longo destes canais observamos os desequilíbrios e a penetração 
dos fatores patogênicos externos, como frio, umidade, calor, vento. A energia se enfraquece, o corpo 
não se recupera com facilidade das doenças e elas se tornam crônicas. 
Esse tratamento junto com as aplicações em área sistêmicas tem eficiente ação terapêutica 
acelerando o resultado. 
Utilizam-se as ventosas em série obedecendo ao 
caminho de fluxo dos meridianos unindo 3 a 4 pontos 
do Meridiano. 
Testam-se os Meridianos através dos pontos de 
alarme (MO) de cada um. Se o ponto estiver sensível 
o órgão em questão estará em excesso energético. 
Se ele não apresenta sensação dolorosa, mas 
apenas um desconforto o órgão encontra-se em 
deficiência de energia. 
No caso de deficiência devemos tonificar o Meridiano girando a ventosa no sentido horário ou 
aplicando as ventosas em série respeitando o sentido do Meridiano. 
No caso de excesso, devemos sedar o Meridiano girando a ventosa no sentido anti-horário ou 
aplicando em série contra a corrente do fluxo. 
Podemos fazer a tonificação ou sedação nos pontos de assentimento localizados no meridiano da 
Bexiga. 
Aplica-se óleo no local para que a ventosa possa deslizar com facilidade. 
Cuidado para não sedar as deficiências, pois o paciente poderá desmaiar. 
Os segmentos entre cotovelo e pulso e joelho e tornozelo são mais eficientes. 
Casos crônicos tratar sempre os Meridianos em conjunto com o tratamento das partes sistêmicas. 
A área sistêmica em primeiro lugar. 
Na dúvida trate primeiro o Estômago. 
Uma sessão em geral consiste em 10 aplicações. 
FORMA DE APLICAÇÃO 
O kit básico do terapeuta deve possuir: 
 Conjunto de copos de ventosa e bomba; 
 Luvas de procedimento; 
 Caneta disparadora com lanceta descartável; 
 Algodão; 
 Alcool 70%; 
 Papel toalha ; 
 Lubrificante; 
A ventosa pode ser aplicada em varias partes do corpo; 
Há 3 tipos de vácuo: 
1 – Fraco – Puxa-se 1 vez a bomba. 
2 – Médio – Puxa-se 2 vezes a bomba. 
3 – Forte – Puxa-se de 3 a 4 vezes a bomba. 
Equimoses 
Equimose é uma infiltração de sangue na malha dos tecidos (pele). A equimose surge resultanteda 
migração do sangue extravasado ou por aumento da pressão venosa de drenagem pela ventosa. 
 
1. Equimose; aparece uma reação colorida na superfície da pele. Equimose preta ou vermelho 
carmesim significa toxina sanguínea profunda; 
2. Reação sólida; reação escura densa de congelamento sanguíneo tóxico local; 
3. Reação Roxa – Samgria para desintoxicar o local; 
4. Bolhas – com água ou sangue significam estados graves de saúde; 
5. Reação úmida – aparece água na superfície da pele, significa paciente com doença grave; 
6. Reação azul – Acúmulo de toxina no sangue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnicas de aplicação 
 
Reação úmida – câncer, diabetes ou 
hepatite; 
Reação Bolhas – Artrose, diabetes 
ou hepatite; 
Reação condensada – estado 
reumático e artrítico. 
Reação esparsa – Febres e baixa 
imunidade. 
Reação puntiforme – grânulos grandes de 
formação de sangue gelatinoso. Hepatite, 
diabetes e pressão alta. 
Reação dura – sangue tóxico gelatinoso 
em grande quantidade. Câncer, AVC e 
cardíacos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ventosa deslizante; Ao aplicar a ventosa, a 
pele deve estar lubrificada; dirigimos os 
deslizamentos ate provocar equimose. 
Ventosa Flash; a ventosa é retirada 
em um único golpe provocando o 
som “ploc”. Aplicável a contraturas 
musculares e dores. 
Ventosa com massagem; 
provocamos rotação sem sair do 
lugar, para direita e para 
esquerda. 
Ventosa com repuxamento; com a ventosa 
aplicada, puxamos e soltamos. 
Ventosa com Vibração; com a 
ventosa aplicada, aplica-se 
movimentos rápidos, após o 
término, puxamos na forma Flash. 
 PROTOCOLOS

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