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1Trabalho individual direitos humanos

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Universidade Veiga de Almeida
Gabriel Carvalho Rodrigues Branco
Curso de graduação em direito
Direitos Humanos 
Trabalho individual avaliativo
Rio de Janeiro, 2021
Índice
3-Tipos de enscravidão..................................................................... p.3
4-Escravidão sexual........................................................................... p.4
5-Análise histórica da escravidão sexual......................................... p.5
6- Dispositivos legais e convencionais destinados a prevenir, fazer cessar e punir a escravidão sexual............................................................... p.7
7-Bibliografia....................................................................................... p.8
Tipos de escravidão
Escravidão sexual
Em geral, a natureza da escravidão significa que o escravo está de facto disponível para uso sexual, e convenções sociais costumeiras e a proteção legal que normalmente limitariam as ações de um proprietário de escravos, não vigoram nesta circunstância. Por exemplo, o sexo extraconjugal entre um homem casado e uma escrava não era considerado adultério na maioria das sociedades que aceitavam a escravidão.[1] As mulheres escravas corriam o risco máximo de abuso e escravidão sexual.
Indústria da pesca e de frutos do mar
Grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que milhares de pessoas são forçadas a trabalhar em barcos de pesca, onde podem permanecer durante anos sem nem sequer poder ver a costa.
As vítimas afirmam que, caso sejam flagradas tentando escapar, podem ser mortas ou lançadas ao mar.
A Tailândia, terceiro maior exportador de frutos do mar do mundo, foi acusada de lotar seus barcos com birmaneses e cambojanos que foram obrigados a trabalhar como escravos.
‘Fábricas de maconha’ e salões de unha
Os números sugerem a existência de 10 mil a 13 mil vítimas de escravidão no Reino Unido, vindas de países como Albânia, Nigéria, Vietnã e Romênia.
Acredita-se que cerca de 3 mil crianças vietnamitas estejam trabalhando em “fábricas de maconha” e salões de unha, onde ouvem que “suas famílias lamentarão muito” se escaparem.
Uma das vítimas tinha 16 anos quando chegou ao país com a expectativa de ganhar dinheiro e mandar para a família. Mas, em vez disso, o rapaz foi forçado a trabalhar em uma "fábrica" de maconha, casas onde são cultivadas enormes quantidades da planta.
Escravidão indígena
A escravidão indígena no Brasil existiu principalmente no começo da colonização portuguesa, minguando posteriormente pela preferência pelo escravo negro, e por pressão dos lucros do tráfico negreiro. Ela existiu, apesar dos esforços dos jesuítas contra sua prática.
Escravidão no território africano pós invasão europeia
A escravidão na África não surgiu após a chegada dos europeus na Época Moderna, mas tornou-se comercial depois disso. ... A principal diferença era que a escravidão na África não tinha o caráter comercial adotado após o desenvolvimento do tráfico de escravos através do oceano Atlântico.
Escravidão sexual
É uma dominação e abuso do corpo de crianças, adolescentes e adultos (oferta), por exploradores sexuais (mercadores), organizados, muitas vezes, em rede de comercialização local e global (mercado), ou por pais ou responsáveis, e por consumidores de serviços sexuais pagos (demanda).
Exploração sexual é um termo empregado para nomear práticas sexuais pelas quais o indivíduo obtém lucros. Ocorre principalmente como consequência da pobreza e violência doméstica, que faz jovens, crianças e adolescentes fugirem de seus lares e se refugiarem em locais que os exploram em troca de moradia. Acontece em redes de prostituição, pornografia, tráfico e turismo sexual.
O tráfico é uma rede que exporta pessoas para outras localidades com a intenção de explorá-las sexualmente visando à geração de renda. É uma espécie de escravidão moderna que desenvolve significantemente a indústria do sexo e a distorção dos direitos humanos.
O turismo sexual é a exploração de pessoas de um determinado local sofrida por visitantes de outras cidades, estados e países, essa prática tem crescido consideravelmente em locais turísticos que atraem pessoas de outros lugares por suas condições paisagísticas, culturais e/ou de lazer.
Análise histórica da escravidão sexual
O tráfico de pessoas sempre esteve presente na sociedade, desde a antiguidade clássica, mais precisamente na Grécia e Roma. Na Grécia antiga, as pessoas se tornavam escravas por adquirirem dividas com comerciantes locais, prisioneiros de guerra entre outros, e a mão de obra escava era o que fazia a economia girar na época.
Nessas sociedades eram comuns práticas de prostituição com cunho religioso, onde eram realizados cultos á fecundidade nos templos de Afrodite e em outras localidades como em Astarté, na Fenícia; a Ísis no Egito; a Pudititia, em Roma; a Milita, entre os assírios e babilônios.
Em Atenas havia um local apropriado para a prática de amor carnal, que era regulamentado por Sólon, gerando renda através dos tributos cobrados, entretanto os Lenões eram punidos com a pena de morte. Em Roma os prisioneiros de guerra eram mantidos como escravos, para realizarem trabalhos braçais sem interesses monetários, e as mulheres que eram mantidas presas nos acampamentos militares, onde eram obrigadas a trabalharem com cozinheiras, faxineiras e enfermeiras além de serem exploradas sexualmente.
Entre os séculos XIV e XVII, ocorreu na Itália o primeiro tráfico de pessoas com o intuito de lucro. Segundo o autor Nickie, “a prostituição era tida como uma atividade lucrativa para o Estado, uma vez que este cobrava impostos para as prostitutas realizarem seus serviços “
Na América, o tráfico teve início com a colonização por países europeus, dividindo as terras em colônias de povoamento e colônias de exploração. A vinda de negros africanos para trabalhos forçados gerou aos traficantes uma grande margem de lucro, o que posteriormente veio a falhar, uma vez que, como a grande movimentação para o fim do tráfico negreiro em todos os continentes, estes passaram a atuar no “tráfico de escravas brancas”.
O Brasil, no ano de 1830 se juntou a outros países para a elaboração do Tratado Internacional para a Eliminação de Tráfico de Mulheres Brancas, e logo em seguida, efetuou adaptações do conteúdo do Tratado para o regimento interno do Código Penal da época.
Entretanto, no Código Penal do Brasil Império, a figura a ser protegida não eram as prostitutas e sim as mulheres recatadas, honestas, de boa família, condizentes com os costumes, onde a lei valeria muito mais a essas mulheres do que para as prostitutas e ou escravas.
Em se tratando de Brasil, podemos ir um pouco mais a fundo no contexto histórico, quando os portugueses pisaram pela primeira vez em solo brasileiro, trazendo consigo o intuito de colonizar nossas terras, utilizando os nativos como força de trabalho braçal e as mulheres como forma de satisfação sexual dos mesmos.
Dispositivos legais e convencionais destinados a prevenir, fazer cessar e punir a escravidão sexual
Com o aumento do tráfico de pessoas, e a grande repercussão que tal crime gerava (e ainda continua gerando), as autoridades tiveram que tomar medidas para combater tal ato que além de ser crime, ferie os Direitos humanos do indivíduo. 
Todavia, a primeira medida a ser tomada veio de uma reunião de 80 países junto a ONU, em Palermo, na Itália, onde fora discutido a forma de combate a tal pratica criminosa. Foi então no mês de outubro de 2000 que enfim surge a atual arma de combate as grandes redes de tráfico de pessoas, o protocolo de Palermo, que veio para prevenir, reprimir e punir o Tráfico de Pessoas aqueles que estão ligados seja direta ou indiretamente essa organização criminosa.
No Brasil, o protocolo foi ratificado pelo ex Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em março de 2004, passando a ser um norte no combate ao tráfico internacional de pessoas, uma vez que, para o tráfico nacional, existe o amparo legalnos artigos 231(que refere a pessoas que venha de outros países para serem exploradas no Brasil ou brasileiros que vão para outros países para serem explorados) e 231-A (refere a pessoas que são exploradas dentro do território nacional) do Código Penal brasileiro, a elaboração do protocolo tem a finalidade de combater severamente aos participantes desta rede, conhecidos como traficantes, aliciadores, gerentes ou donos dos locais em que as vítimas ficam confinadas, muitas vezes em condições degradantes.
Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em especial de Mulheres e Crianças - Decreto nº 5.017/04
Artigos 149-A, V, 218-B, 228, e 229 do Código Penal
Artigos 244-A do ECA
Bibliografia:
https://www.preparaenem.com/historia-do-brasil/os-varios-tipos-de-escravidao.htmv 
https://www.dmtemdebate.com.br/5-exemplos-da-escravidao-moderna-que-atinge-mais-de-160-mil-brasileiros/#:~:text=1)%20Ind%C3%BAstria%20da%20pesca%20e%20de%20frutos%20do%20mar&text=As%20v%C3%ADtimas%20afirmam%20que%2C%20caso,obrigados%20a%20trabalhar%20como%20escravos 
https://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/1916/Exploracao-sexual#:~:text=%C3%89%20%E2%80%9Cuma%20domina%C3%A7%C3%A3o%20e%20abuso,conforme%20a%20defini%C3%A7%C3%A3o%20de%20Eva 
https://medium.com/qg-feminista/escravid%C3%A3o-sexual-escravid%C3%A3o-racial-644d70b57a65 
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/sexualidade/trafico-pessoas-para-fins-exploracao-sexual-um-panorama-sobre-realidade-vitimas.htm#:~:text=Entre%20os%20s%C3%A9culos%20XIV%20e,realizarem%20seus%20servi%C3%A7os%E2%80%9C%20(%201998.

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