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Inflamação e trombose

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Daniely Alves Dalla Zana Frazão 
 
1 
Inflamação e trombose 
Medicina – UNIFACS – 5º semestre/2023.1 
INFLAMAÇÃO E TROMBOSE 
Inflamação 
A inflamação é uma resposta dos tecidos 
vascularizados a infecções e tecidos lesados. 
Os cincos sinais cardinais da inflamação: 
 Dor 
 Calor 
 Rubor 
 Edema 
 Perda de função 
Inflamação leva a coagulação e coagulação leva 
a inflamação 
Trombose – relembrando 
Formação de trombos (redes de fibrina, 
plaquetas e células = coagulo) na parede do 
endotélio vascular. 
 Ativação de plaquetas e endotélio 
vascular ou via intrínseca (FXII > HMWK 
(cininogêno) –PK (pré-calicreína) 
 FXII 
 Inflamação leva a coagulação e 
coagulação leva a inflamação (por 
que?) 
O sistema de contato humano. 
A montagem dos fatores do sistema de contato 
em superfícies biológicas ou artificiais estranhas 
ativa o fator XII (FXII). O FXIIa ativa o fator XI (FXI) 
que desencadeia a via intrínseca da coagulação, 
que está envolvida na trombose. 
O FXII também ativa a calicreína plasmática (PK), 
que cliva o cininogênio (HK) de alto peso 
molecular, seguido pela liberação do peptídeo 
pró-inflamatório bradicinina e peptídeos 
antimicrobianos (AMPs). FXII e PK contribuem in 
vitro para a ativação do complemento. Então, 
observem que a coagulação age direto sobre a 
inflamação. O FXII é ativado também pelo 
contato com patógenos e vai catalisar a 
produção de bradicinina, que é um composto 
proinflamatório. 
 
 
Elo evolucionário 
Sistema imune inato e sistemas de coagulação 
dividem elos evolucionários  ambos servem 
na defesa do hospedeiro 
Inflamação ativa plaquetas e plaquetas 
participam da resposta inflamatória. 
Plaquetas ligam-se aos microrganismos e 
ativam-se, liberam DAMP’s e seus produtos 
iniciam a ativação do sistema complemento, se 
ligam aos neutrófilos e iniciam NETosis. 
 
Fibrinas se ligam diretamente aos 
microrganismos, como cocos. Por isso, por se 
ligar as bascetérias e patógenos, muitos 
êmbolos podem ser sépticos, especialmente 
quando o evento tromboembólico é de natureza 
microbiana. 
 
 Daniely Alves Dalla Zana Frazão 
 
2 
Resposta vascular x resposta celular 
Medicina – UNIFACS – 5º semestre/2023.1 
 
Armadilhas extracelulares de neutrófilos (NETs). 
A, neutrófilos saudáveis com núcleos corados de 
vermelho e citoplasma em verde. B, liberação de 
material nuclear dos neutrófilos (perceber que 
dois deles perderam seus núcleos), formando 
armadilhas extracelulares. C, micrografia 
eletrônica de bactéria (estafilococos) presa nas 
NETs. 
Como ocorre a inflamação? 
Estímulos (Agentes químicos, físicos, traumas 
mecânicos, infecção, temperaturas, radiação, 
doenças auto-imune, isquemia, necrose)  
fosfolipase A2  degradação da membrana 
celular  ácido araquidônico (libera)  Cox 
(cox 1 e cox2) e Lox (leucotrieno B4) 
Resposta necessária e normal para recuperar o 
tecido. Resposta não especifica  mesmo sendo 
vírus ou bactéria etc a resposta inflamatória será 
a mesma 
 
 
RESPOSTA VASCULAR X RESPOSTA 
CELULAR 
 Vasoconstrição reflexa 
 Mastócitos liberam histamina 
(vasodilatador)  calor, rubor e tumor 
 + Oxigênio 
 + Nutrientes 
 Diluição de toxinas 
 Fibrinogênio  forma capa em 
volta do local infamado fazendo 
uma compartimentalização da 
inflamação 
 Afastamento de células endoteliais 
 buracos na parede 
Resposta celular 
Células endoteliais e neutrófilos liberam 
proteínas – selectinas e integrinas 
 Proteínas faz com que o neutrófilo “grude” 
a parede do endotélio  marginação 
 O neutrófilo vai rolar sobre as células do 
endotélio 
 Para de rolar e se agarra com mais força ao 
endotélio  posteriormente faz a 
diapedese  neutrófilo passa do vaso para 
o tecido 
Invasão inicial: neutrófilos 
Monócitos  macrófago (M1- fagocitar e M2- 
debridamento fisiológico (limpar os restos 
celulares)) 
Substancias envolvidas na inflamação 
Derivados do plasma 
 Bradicinina (vasodilatação  
permeabilidade vascular e também álgica) 
 Derivados do sistema complemento 
(quimiotaxia e grudam em cima do 
patógenos “sinalizando os mesmos”) 
Derivadas de células 
 Histamina (vasodilatação) 
 Oxido nítrico (NO) (vasodilatação) 
 Citocinas 
 Quimiocinas (quimiotaxia) 
 Eicosanoides 
Quimiotaxia (chama mais células) + 
vasodilatação 
 
 Daniely Alves Dalla Zana Frazão 
 
3 
Resposta vascular x resposta celular 
Medicina – UNIFACS – 5º semestre/2023.1 
 
Mediadores inflamatórios 
Prostaglandina (dor e febre), prostaciclina 
(vasodilatação) e tromboxano (coagulação)  
sinais cardinais 
Mastócitos (Basófilos que migram e instalam-se 
no tecido) desempenham um papel 
fundamental na inflamação e não estão isolados 
às respostas alérgicas. Observem os receptores 
dos mastócitos, como o RAGE, IL-1R, TLR 1-7 e 
TLR 9, FcRs, CD88. 
 
Tanto o endotélio pode ativar o mastócito 
quanto o mastócito pode ativar as células 
endoteliais. 
Ademais, todas as células podem produzir AA 
(ácido araquidônico) pela ativação da PLA2 
(fosfolipase A2) de forma independente, 
quando sofrem uma lesão, como de membrana, 
ou algum insulto. 
Células com as vias inflamatórias ativas 
expressam IL-1 (como células endoteliais 
ativadas), que por sua vez pode ativar os 
mastócitos locais. 
PLA2 também produz liso-PAF, que será 
substrato para a liso-PAF-acetiltransferase 
produzir a PAF (Fator de ativação plaquetária). 
Cristais de colesterol e ácido úrico podem ativar 
a NF-kb (fator nuclear kappa B) de forma 
independente de ligante extracelular (e.g.: 
RAGE), iniciando a transcrição de P-selectina, 
entre diversos outros fatores pró-inflamatórios, 
pró coagulantes e anti-fibrinolíticos. 
Observem a migração dos corpúsculos de 
weibel-palade para a periferia citoplasmática. 
Assim como a GLUT4 é sintetizada e guardada 
em vesículas dentro das células até a sinalização 
da insulina, as células endoteliais sintetizam e 
guardam a P-selectina até a ativação das células 
endoteliais. Um jeito fácil de lembrar disso é 
pensar em no “P”-selectina como P de “pronta”, 
pois é sintetizada previamente e deixada 
“pronta” para quando a célula endotelial ativar-
se. 
O edema é resultado da contração das células 
endoteliais, que formam canais ou “gaps” 
interendoteliais e assim, o aumento da 
permeabilidade vascular. 
Bradicinina é próinflamatória e agonistas dos 
receptores B1 e B2, canonicamente associado à 
edema, inflamação e nocicepção. 
Histaminas são potentes vasodilatadores 
(Rubor) e também aumentam a permeabilidade 
vascular, causando extravasamento do líquido 
para o tecido (Edema/Tumor). 
Células endoteliais expõe P-selectina, assim, os 
leucócitos e plaquetas começam a interagir com 
o endotélio vascular (marginalização 
leucocitária). 
Com a ativação das vias inflamatórias, como a 
NF-kb, a E selectina começa a ser produzida e 
exposta nas membras das células endoteliais. E 
selectina interage mais intensamente com os 
leucócitos e plaquetas do que as P-selectinas. 
Este aumento de interação reduz a velocidade 
de rolamento leucocitário durante a 
marginalização. 
ICAM (molécula de adesão intercelular-1) e 
VCAM (molécula de adesão celular – vascular – 
1) se ligam as integrinas, presentem em 
plaquetas e leucócitos. 
Etapas da reposta inflamatória 
As etapas da reposta inflamatória podem ser 
lembradas como os cinco “R’s”: 
 
 Daniely Alves Dalla Zana Frazão 
 
4 
Resposta vascular x resposta celular 
Medicina – UNIFACS – 5º semestre/2023.1 
1- Reconhecimento do agente lesivo 
2- Recrutamento dos leucócitos 
3- Remoção do agente 
4- Regulação (Controle) da resposta e 
5- Resolução (reparo) 
Ativação imune e inflamação promove 
coagulação 
 Monócitos ativados expressam FIII (FT) 
 NETs ativam FXII 
 Ligam e expõe FIII (FT) 
 Ligam e expõe FvW  ativar plaquetas 
 Heparinase 
Tromboembolismo venoso (TEV/VTE) 4 – 6x 
mais eminfecções que requerem hospitalização. 
Inflamação e coagulação 
Condições autoimunes, patologias 
inflamatórias, inflamação crônica 
 Aumento da ocorrência de trombose e 
tromboembolismo 
 Pacientes com câncer tem 4-7x mais 
chances de desenvolver 
tromboembolismos 
Tumores expressam e secretam PAI-1 (inibidor 
do ativador de plasminogênio tipo 1), FIII (FT), 
trombina, pró-coagulante cancerígeno (CP), 
recrutam e estimulam basófilos. 
Inflamação inibe fatores anticoagulantes, 
aumenta fatores coagulantes e inibe a fibrinólise 
(↑PAI-1) 
 Inflamação causa ativação endotelial e 
ativação endotelial recruta células da 
imunidade inata 
 Mastócitos e basófilos, linfócitos T NK, 
neutrófilos, macrófagos, cels dendríticas 
 
Ages e inflamação 
Eles danificam nossas células e aumentam a 
inflamação e o estresse oxidativo no organismo, 
o que pode gerar flacidez e envelhecimento 
precoce. 
RAGE  Locais conexos para receptores de 
produtos finais da glicação avançada. 
 O processo relacionado ao RAGE com seu 
ligante pode ativar diversas vias de sinalização 
intracelular, abrangendo a ativação e 
translocação para o núcleo do fator de 
transcrição nuclear kappa B, que leva à 
produção de citocinas, quimiocinas, moléculas 
de adesão, moléculas próinflamatória e ao 
estresse oxidativo. 
Trombose e aterosclerose 
Através de lesões, espaços e pela membrana das 
células do endotélio, as lipoproteínas (LDL) se 
infiltram para camadas mais internas. 
Oxidação e glicação alteram as lipoproteínas, 
que liberam citocinas no plasma, que são 
captadas pelos monócitos  criam estado de 
recrutamento e afinidade pelos monócitos 
(viram macrófagos) 
Saturadas de lipoproteínas e triglicérides, os 
macrófitos transformam-se em grandes células 
chamadas células espumosas. 
 
 
 Daniely Alves Dalla Zana Frazão 
 
5 
Resposta vascular x resposta celular 
Medicina – UNIFACS – 5º semestre/2023.1 
HDL fazem papel benéfico, retirando o 
colesterol absorvido pelos macrófagos. 
As HDL, então, levam esse colesterol para o 
fígado, que transformam em ácidos biliares. 
Porém, se a quantidade de LDL e VLDL 
aumentar, mais e mais monócitos continuarão a 
penetrar até a subintima e a acumularem-se em 
forma de células espumosas.  Linha gordurosa 
A íntima vai crescendo para dentro do vaso, 
diminuindo a luz do vaso.  Faz hiperplasia e 
hipertrofia das células musculares 
Linfócitos T  liberam citocinas 
Acaba sendo vascularizado por vasos da camada 
adventícia 
Microvazamentos de sangue para a luz da 
artéria lesionada  atraem plaquetas  
trombose 
Covid e trombose 
Hipóxia  Sars cov  ativa as plaquetas  as 
plaquetas ativam neutrófilos para fazer NETS  
dentro dos alvéolos faz pequenos êmbolos. 
HIV e trombose 
Inflamações crônicas como as causadas pelo HIV 
 ativam endotélio, disfunção, ativação de 
plaqueta  trombose arterial e venosa 
Infecção de monócitos  EV TF  
Microvesículas ricas em fatores teciduais 
Antifosfolipides e trombose 
Anticorpos antifosfolipideos  ativam 
monócitos e células endoteliais 
Não é necessariamente algo ruim 
Via de sinalização absolutamente necessária 
para diversos mecanismos essenciais para a vida 
 JAK-STAT 
 mTOR 
 MAPk/ERK 
 PKC 
 
Proglastina E2  manutenção e expansão de 
células hematopoiéticas 
A PGE2 é essencial para a proliferação das 
células tronco hematopoiéticas. Suplementando 
um embrião de zebra fish com PGE2, a 
quantidade de células tronco hematopoiéticas 
aumenta significativamente. De igual forma, 
uma inibição da produção de PGE2 reduz a 
quantidade das células tronco hematopoiéticas. 
O mesmo efeito é observado em mamíferos. 
Mtor na neurogênese adulta  continuam 
produzindo neurônio na vida adulta 
 
 
Inflamação 
 Câncer 
 Condição autoimune  artrite 
reumatoide, lúpus, síndrome 
antifosfolipideos etc 
 Cirurgia  cirurgias ortopédicas 
 Queimadura 
 Hiperglicemia  ages 
Mecanismos de edema, hiperemia e 
congestão 
EDEMA 
 Acúmulo de liquido nos tecidos 
E SE FOR UMA SUPERFÍCIE SEROSA? 
Pressão hidrostática elevada ou a pressão 
coloidoosmótica diminuída rompe esse balanço 
 
 Daniely Alves Dalla Zana Frazão 
 
6 
Resposta vascular x resposta celular 
Medicina – UNIFACS – 5º semestre/2023.1 
e resulta no aumento da saída de líquido dos 
vasos. 
Se a taxa da saída de líquido exceder a 
capacidade de drenagem linfática, o líquido se 
acumulará. 
Nos tecidos, isso resulta em edema, e, se uma 
superfície serosa estiver envolvida, o líquido 
pode se acumular dentro da cavidade serosa do 
corpo resultando em uma efusão. 
Líquidos de edema e efusões podem ser 
inflamatórios ou não inflamatórios. Edemas e 
efusões relacionados a inflamações 
(e.g.:exsudatos: líquidos ricos em proteína) se 
acumulam devido ao aumento da 
permeabilidade vascular causada por 
mediadores inflamatórios. 
Habitualmente, os edemas associados à 
inflamação são localizados em um tecido ou em 
suas vizinhanças, mas em estados de inflamação 
sistêmica, como na sepse, que produzem lesão e 
disfunção endotelial generalizada, edema 
generalizado pode aparecer, geralmente com 
consequências graves. 
Em contraste, edemas e efusões não 
inflamatórias são líquidos pobres em proteínas 
chamados transudatos. Edemas e efusões não 
inflamatórios são comuns em muitas doenças, 
incluindo insuficiência cardíaca, insuficiência 
hepática, doenças renais e desnutrição grave. 
 
 Aumento da pressão hidrostática 
 Redução da pressão osmótica 
plasmática 
 Retenção de sódio e água 
 Obstrução linfática 
Aumento da Pressão Hidrostática: O aumento 
na pressão hidrostática é causado, 
principalmente, por disfunções que impedem o 
retorno venoso. Se a obstrução for localizada (p. 
ex., trombose venosa profunda [TVP] em uma 
extremidade inferior), então o edema resultante 
estará limitado à parte afetada. Já as condições 
que levam ao aumento sistêmico da pressão 
venosa (ex., insuficiência cardíaca congestiva) 
estão compreensivamente associadas com 
edemas mais generalizados 
Redução da Pressão Osmótica Plasmática: Sob 
circunstâncias normais, a albumina é 
responsável por quase a metade da proteína 
total de plasma; conclui-se que as condições que 
levam à síntese inadequada ou ao aumento da 
perda da albumina da circulação são causas 
comuns da redução da pressão oncótica do 
plasma. A redução na síntese de albumina 
ocorre principalmente na doença hepática grave 
(p. ex., cirrose em estágio final) e na desnutrição 
proteica. Uma causa importante da perda de 
albumina é a síndrome nefrótica, em que a 
albumina é perdida na urina através de capilares 
glomerulares com permeabilidade anormal. 
Independentemente da causa, a pressão 
oncótica plasmática reduzida leva, de forma 
gradativa, a edema, redução do volume 
intravascular, hipoperfusão renal e 
hiperaldosteronismo secundário. A 
subsequente retenção de sal e água pelos rins 
não apenas falha na correção do déficit de 
volume plasmático, como também exacerba o 
edema por causa da persistência do defeito 
primário (nível de proteína plasmática baixo). 
Retenção de Sódio e Água: O aumento da 
retenção de sal, associado obrigatoriamente à 
retenção de água, provoca tanto o aumento da 
pressão hidrostática (devido à expansão de 
volume líquido intravascular) quanto a 
diminuição da pressão coloidoosmótica vascular 
(devido à diluição). A retenção de sal ocorre 
sempre que a função renal está comprometida, 
como nos distúrbios primários do rim e nos 
distúrbios cardiovasculares que diminuem a 
perfusão renal. Uma das mais importantes 
causas de hipoperfusão renal é a insuficiência 
cardíaca congestiva, que (como a 
 
 Daniely Alves Dalla Zana Frazão 
 
7 
Resposta vascular x resposta celular 
Medicina – UNIFACS – 5º semestre/2023.1 
hipoproteinemia) resulta na ativação do eixo 
renina-angiotensina-aldosterona. No inícioda 
insuficiência cardíaca, essa resposta é benéfica, 
uma vez que a retenção de sódio e água e outras 
adaptações, incluindo o aumento do tônus 
vascular e níveis elevados de hormônio 
antidiurético, aumentam o débito cardíaco e 
restauram a perfusão renal normal. Contudo, 
conforme a insuficiência cardíaca piora e o 
débito cardíaco diminui, o líquido retido apenas 
aumenta a pressão hidrostática, resultando em 
edemas e efusões. 
Obstrução Linfática: Traumas, fibroses, tumores 
invasivos e agentes infecciosos podem romper 
vasos linfáticos e bloquear a eliminação de 
líquido intersticial, resultando em linfedema na 
parte afetada do corpo. Um exemplo 
importante pode ser visto na filariose 
parasitária, em que o organismo induz a fibrose 
obstrutiva dos canais linfáticos e linfonodos. Isso 
pode resultar em edema da genitália externa e 
dos membros inferiores, que ficam tão espessos 
que recebem o nome de elefantíase. O edema 
grave das extremidades superiores também 
pode complicar a remoção cirúrgica e/ou a 
irradiação da mama e dos linfonodos axilares 
associados em pacientes com câncer de mama 
Hiperemia e congestão 
Hiperemia 
 Agudo, processo ativo, aumento do 
fluxo sanguíneo (inflamação, alta taxa 
metabólica, exercício) 
 Vasodilatação 
 Eritema (rubor e calor) 
 Tecido fica vermelho (rubor) 
 Devido à natureza aguda, geralmente 
não causa edema 
Congestão 
 Crônico, processo passivo, redução da 
vazão venosa 
 Tecido fica pálido ou azul (cianótico) 
 Muitas vezes leva à edema 
Redução da vazão venosa 
 Consequente aumento da pressão 
venosa 
 Causa edema pelo aumento da pressão 
hidrostática venosa (ex: congestão 
vascular pulmonar leva e edema 
pulmonar) 
 Extravasamento de transudato  
congestão hepática e ascite 
 Hipóxia

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