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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA FACULDADE DE ENFERMAGEM ALÉXIA MARIA JUVÊNCIO NÓBREGA SILVA ANA BEATRIZ DE SOUSA MIRANDA BRENDA MARIA ROSAS DOS SANTOS JAMILLY BEZERRA DOS SANTOS JOSÉ WILLAMS FRANCISCO DA SILVA MARINA GABRIELLY LOURENÇO DE OLIVEIRA ALVES METODOLOGIA APLICADA AO ARCO DE MAGUEREZ COMUNICAÇÃO DEFICIENTE E AGRESSIVA POR PARTE DA RECEPCIONISTA DA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA JOÃO PESSOA – PB 2023 2 ALÉXIA MARIA JUVÊNCIO NÓBREGA SILVA ANA BEATRIZ DE SOUSA MIRANDA BRENDA MARIA ROSAS DOS SANTOS JAMILLY BEZERRA DOS SANTOS JOSÉ WILLAMS FRANCISCO DA SILVA MARINA GABRIELLY LOURENÇO DE OLIVEIRA ALVES METODOLOGIA APLICADA AO ARCO DE MAGUEREZ COMUNICAÇÃO DEFICIENTE E AGRESSIVA POR PARTE DA RECEPCIONISTA DA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA Trabalho apresentado no curso de graduação do Centro Universitário de João Pessoa. Professora: Rayanne Santos Alves JOÃO PESSOA – PB 2023 3 RESUMO Este trabalho tem como objetivo analisar a comunicação deficiente e agressiva por parte da recepcionista da Unidade de Saúde da Família. Nas pesquisas foram identificadas as motivações dos atendentes terem comportamentos inadequados, causando desconforto, desinformações tanto por parte da equipe e dos usuários, ambos envolvidos saem prejudicados, além de afetar a imagem do serviço de saúde. Sendo assim, é necessário que medidas sejam tomadas de em três primordiais pilares: comunicação, psicológico e treinamento profissional, com esses pilares será possível fornecer um ambiente de trabalho respeitoso e harmônico tanto para o prestador de serviço quanto para o usuário nas Unidades de Saúde da Família, ao trazer um atendimento mais eficaz e humanizado. Palavras-chave: comunicação, recepcionista, atendimento, treinamento. 4 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 5 1. A TEORIA DA PROBLEMATIZAÇÃO ................................................................ 6 1.1. ARCO DE MAGUEREZ................................................................................. 6 2. IMPLEMENTAÇÃO ............................................................................................. 7 2.1. OBSERVAÇÃO DA REALIDADE SOCIAL .................................................... 7 2.2. PONTOS-CHAVE ......................................................................................... 8 2.3. TEORIZAÇÃO ............................................................................................... 8 2.4. HIPÓTESES DE SOLUÇÃO ......................................................................... 9 2.5. APLICAÇÃO À REALIDADE ......................................................................... 9 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 12 5 INTRODUÇÃO A metodologia aplicada da problematização ao arco de Maguerez é um processo utilizado para elaborar projetos de intervenção em saúde, que tem como objetivo desenvolver soluções efetivas e sustentáveis para problemas enfrentados na realidade clínica. A comunicação é a transmissão da mensagem de forma clara e objetiva, esse pensamento é um dos pilares fundamentais para o pleno funcionamento de uma instituição. No âmbito da saúde, é mais que essencial, uma vez que uma falha na comunicação pode gera problemas e impactar negativamente na qualidade do atendimento prestado, dificultar o acesso dos usuários aos serviços de saúde e afetar a relação entre a equipe e a comunidade local. A recepção é o primeiro contato do paciente com a unidade de saúde, e é responsável por realizar o acolhimento e direcionamento do usuário ao serviço adequado. Compreende-se, portanto, a necessidade de medidas que corrobore para a resolução da problemática citada. 6 1. A TEORIA DA PROBLEMATIZAÇÃO 1.1. ARCO DE MAGUEREZ De acordo com a base metodológica da problematização, que visa o ensino- aprendizagem de estudantes e professores da área da saúde. Tal metodologia parte do princípio de uma realidade social, uma análise da problemática, levantamento de possíveis hipóteses de resolução e aplicação à realidade. Assim, questionar possibilita a visualização de problemas, facilitando as raízes da realidade e facilita calcular melhor as soluções. Figura 1 – Etapas do Arco de Maguerez. Fonte: Bordenave e Pereira (2005). A primeira etapa metodológica da problematização é a “observação da realidade”, isto é, da problemática descrita. Nessa etapa é possível a identificação de carências, negligências, de maneira que identifique os empasses que permeiam a realidade. 7 A segunda etapa chamada de “pontos-chaves”, serão necessários uma postura reflexiva a respeito das possíveis variáveis que envolvem as causas e motivos para a existência do problema em análise. Salienta-se ainda, a continuidade da observação do óbice, ao tentar ligar com razões de ordem social. A terceira etapa é a “Teorização”, momento em que ocorrerá o aprofundamento das motivações dos problemas definido nos pontos-chaves, ao buscar o entendimento por meio de informações que formule um pensamento crítico, essa busca ativa por validação vem por meio de artigos científicos, autores, pesquisas. A quarta etapa é chamada de “Hipóteses de solução”, nesse momento a elaboração de algumas resoluções de maneira crítica acerca dos problemas encontrados. As hipóteses são formadas logo após os aprofundamentos teóricos. A quinta etapa é a execução das ações criadas pelas hipóteses. Dessa forma, é fechado a metodologia da problematização, visando a resolução de maneira mais aprofundada da realidade apresentada. 2. IMPLEMENTAÇÃO 2.1. OBSERVAÇÃO DA REALIDADE SOCIAL Nesta primeira etapa da Metodologia da Problematização a temática apresentada é sobre Comunicação deficiente e agressiva por parte da recepcionista da Unidade de Saúde da Família, para isso trabalhou-se com o seguinte olhar: falta de orientações quanto aos serviços prestados nas unidades de saúde, advindos da ausência de uma organização profissional. O caso relatado neste trabalho trata de uma situação em que a recepcionista de uma Unidade de Saúde da Família apresentou comportamento agressivo e pouco acolhedor com os usuários que procuravam atendimento. Esses comportamentos desrespeitos com os usuários, podem causar danos aos clientes, uma vez que podem estar desconfortáveis ou intimidados, o que pode ocorrer a uma redução na qualidade do atendimento. Além disso, uma comunicação inadequada pode gerar conflitos entre 8 a equipe de trabalho, prejudicando o clima organizacional e a colaboração entre os membros da equipe. 2.2. PONTOS-CHAVE Durante a observação analítica da realidade foram possíveis identificar os seguintes pontos-chaves: A comunicação agressiva perante ao cliente; A falta de humanização em concordância ao respeito; O profissionalismo como processo de trabalho; O estresse ocupacional desencadeando o adoecimento dos profissionais. 2.3. TEORIZAÇÃO A comunicação agressiva, constitui-se em uma expressão violenta na linguagem verbal de forma hostil trazendo intimidação para a outra pessoa na hora de se comunicar. Esse sujeito está sempre com o objetivo de dominar e muitas das vezes ganhar através da humilhação, ele tende a ser intolerante, autoritário e frio. A pessoa que faz o uso desse tipo de comunicação está sempre preparada para o ataque e defesa, gerando conflito e tensão no ambiente de trabalho (Leite e col..,2020). Passou-se a buscar maneiras que fossem bem conduzidas as medidas aplicadas pelos profissionais, de modo que se deu Política Nacional de Humanização (PNH) lançada em 2003, buscando estimular a comunicação entre gestores, profissionais de saúde e usuários, visando enfrentarem em conjunto as relações de poder entre outros fatores que acabam produzindo ações desumanizadoras que impedem a autonomia e a corresponsabilidade dos profissionais de saúde em relação ao trabalho e aos cuidados dos usuários (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). Mais recentemente, Roman Krznaric, em seu livro O Poder da Empatia: A Arte de se Colocar no Lugar do Outro para Transformar o Mundo (2015), diz que a chave da empatia é ter a capacidade de desenvolver a habilidade de ouvir de maneira empática. 9 Assim, as práticas desumanizadas executadas no ambiente que foi apresentado pela recepcionista demonstram a falta do que foi dito pelo autor. Segundo Cortella (2009, p. 102), a ética é “o que marca a fronteira da nossa convivência”. [...] “é aquela perspectiva para olharmos os nossos princípios e os nossos valores para existirmos juntos [...]” é o “conjunto de seus princípios e valores que orientam a minha conduta”. Mediante a conduta não profissional da recepcionista, pontua-se a manutenção da ética profissional ao assumir responsabilidades sociais dos que dependem do serviço e dos que prestam o serviço. Ao passo que questões éticas são elencadas, o adoecimento do trabalhador gera a queda de proatividade. Diante disso, A síndrome de Burnout passou a ser reconhecida como um fenômeno relacionado ao trabalho pela Organização Mundial de Saúde (OMS). 2.4. HIPÓTESES DE SOLUÇÃO • Reuniões para conscientizar e capacitar os funcionários sobre o estresse e sobre uma comunicação mais acolhedora; • Atividades colaborativas em eventos corporativos; • Apoio psicológico aos funcionários para proporcionar acolhimento e valorização. 2.5. APLICAÇÃO À REALIDADE Para criar um ambiente de trabalho menos formal e mais descontraído, é importante promover feedbacks positivos para a equipe. Uma forma eficaz de fazer isso é por meio de reuniões regulares com a equipe, criando um espaço de diálogo e estabelecendo um clima propício para a resolução de conflitos. Dessa forma, é possível evitar o estresse no ambiente de trabalho e melhorar a comunicação entre os colaboradores. É necessário que a gestão da unidade de saúde aborde treinamentos e capacitações aos funcionários, especialmente à recepcionista, sobre a importância da comunicação eficaz e gentil no ambiente de trabalho. Além disso, é importante que os 10 funcionários sejam incentivados a se expressarem de forma clara e respeitosa, contribuindo para um ambiente de trabalho saudável e acolhedor para todos. Com uma comunicação adequada e um clima organizacional positivo, a unidade de saúde poderá prestar um atendimento mais humanizado e de qualidade aos pacientes, contribuindo para a melhoria da saúde e bem-estar da comunidade. Para criar um ambiente mais acolhedor, a maneira de proporcionar isso é oferecendo acompanhamento psicológico aos colaboradores pelo menos uma vez por semana. Isso pode ajudá-los a se sentirem mais confortáveis e apoiados, o que pode levar a uma maior proatividade no trabalho. Além disso, essa prática pode ajudar a reduzir efetivamente a incidência da síndrome do burnout. 11 CONCLUSÃO Conclui-se que a aplicação da metodologia da problematização sob a ótica do Arco de Maguerez para a identificação problemáticas, é de extrema importância, visto que por meio das análises e observações da realidade, é possível uma ferramenta poderosa para melhorar as atividades cotidianas em uma unidade de saúde da família. A partir da análise feita, foi possível identificar fatores determinantes para a construção de uma comunicação agressiva, desconexa da realidade. Sendo assim, é importante que os profissionais de saúde se capacitem, busquem métodos comunicativos eficazes e humanizados, mantenham a colaboração em conjunto, buscando maneiras de aprimorar os processos e práticas em sua rotina de trabalho, sempre com foco no objetivo maior de melhorar a experiência e a saúde dos pacientes. 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MINISTERIO DA SAÚDE (BR). Rede HumanizaSUS. Política Nacional de Humanização. Brasília – DF. 2013. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_humanizacao_pnh _folheto.pdf MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). S SOUZA, Loraine; HOKAMA, Paula; HAKAMA, Newton. A empatia como instrumento para a humanização na saúde: concepções para a prática profissional. Dossiê (Ensino da Comunicação em Saúde e Edição Regular) – Faculdade de Medicina de Botucatu Unesp, 2020. Disponível em: https://www.periodicos.univasf.edu.br/index.php/revasf/article/view/1064#:~:text=A% 20empatia%20pode%20ser%20incorporada,sa%C3%BAde%20%E2%80%93%20fin alidade%20prima%20da%20humaniza%C3%A7%C3%A3o. KIMURA, R. K. Aplicação da Metodologia da Problematização com o Arco de Maguerez para a Aprendizagem Significativa de Química. 2020. 70 p. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática). Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, 2020. PRADO, Claudia Eliza Papa. Estresse ocupacional: causas e consequências – Rev Bras Med Trab. 2016;14(3):285-9. Feitosa, Monalisa dos Santos. “Acolhimento mais acolhedor”: o uso do arco de maguerez na unidade básica de saúde. Dissertação (Departamento de Enfermagem). Universidade de Brasília Faculdade de Ciências da Saúde, Distrito Federal, 2020. CORTELLA, M. S. Qual é a tua obra? Inquietações, propositivas sobre gestão, liderança e ética. Petrópolis: Vozes, 2009. https://www.periodicos.univasf.edu.br/index.php/revasf/article/view/1064#:~:text=A%20empatia%20pode%20ser%20incorporada,sa%C3%BAde%20%E2%80%93%20finalidade%20prima%20da%20humaniza%C3%A7%C3%A3o https://www.periodicos.univasf.edu.br/index.php/revasf/article/view/1064#:~:text=A%20empatia%20pode%20ser%20incorporada,sa%C3%BAde%20%E2%80%93%20finalidade%20prima%20da%20humaniza%C3%A7%C3%A3o https://www.periodicos.univasf.edu.br/index.php/revasf/article/view/1064#:~:text=A%20empatia%20pode%20ser%20incorporada,sa%C3%BAde%20%E2%80%93%20finalidade%20prima%20da%20humaniza%C3%A7%C3%A3o
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