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CIRCULAÇÃO PULMONAR (TROCA GASOSA) E CONTROLE DA MUSCULATURA VENTILATÓRIA ELASTICIDADE: capacidade que o pulmão tem de se distender e voltar para o volume original. DISTENSIBILIDADE: Tem relação apenas com o aumento de volume do pulmão. COMPLACÊNCIA: Tem relação com os dois fatores. Geralmente os objetos mais distensíveis são mais complacentes, mas eles não são sinônimos. Tem relação com a pressão que é colocada para que possa se aumentar o volume. Quanto menor a pressão feita, maior a complacência. Quando temos a presença de surfactante dentro do pulmão, reduzimos a força de atração das moléculas de agua, principal responsável pela complacência. Ou seja, o surfactante é fundamental para que reduzimos a tensão superficial e melhoramos a complacência pulmonar. CIRCULAÇÃO PULMONAR Revisando a anatomia do coração: Possui 2 câmaras; 2 átrios e 2 ventrículos. Estrutura muscular que tem a função de bomba hidráulica, ou seja, exerce uma pressão em uma coluna líquida (sangue) que é propelido por meio da força que o coração faz. O lado direito do pulmão, tem a função de empurrão o sangue para a circulação pulmonar, através da válvula pulmonar, e passa para os pulmões para fazer a troca gasosa; Enquanto o lado esquerdo bombeia para todo o resto do corpo através da Aorta. O pulmão possui 2 circulações: Baixo fluxo e alta pressão: Envolvida com a troca gasosa, onde todo o sangue que vem do corpo passa por ela, dentro do pulmão. O sangue quando é ejetado pelo ventrículo direito não precisa de muita pressão para passar por essa circulação. Se as células do pulmão fossem nutridas por esse sangue pobre em oxigênio, rico em CO2, o pulmão seria um órgão que sofreria com falta de O2 (Em torno de 5L por minuto) Alta pressão e Baixo fluxo: Por isso, temos a circulação paralela que tem a função de nutrir o pulmão com sangue alto em O2. Sai da aorta e leva sangue rico em O2 para o pulmão. SANGUE ARTERIAL E SANGUE VENOSO: O sangue arterial é igual a um sangue rico em Oxigênio, enquanto o venoso é rico em CO2. Não necessariamente é por estar dentro de uma veia ou artéria. No pulmão, inclusive, acontece o contrário. 1. ALTO FLUXO E BAIXA PRESSÃO: Todo o sangue do corpo passa por ela, e é de baixa pressão por não ter pressões elevadas, pois o sangue passa facilmente pelos vasos complacentes do pulmão. A artéria pulmonar, emergindo do ventrículo direito, leva o sangue para o pulmão, que volta pela veia pulmonar para o átrio esquerdo (que, pela válvula mitral, passa para o ventrículo esquerdo e é bombeado para o corpo através da Aorta). 2. BAIXO FLUXO E ALTA PRESSÃO: (Circulação Brônquica) Nutre os tecidos de suporte dos pulmões, (1 a 2% de 5L), através de vasos brônquicos originários da aorta torácica, levando sangue oxigenado para os pulmões. PRESSÕES NO SISTEMA PULMONAR (ALTO FLUXO E BAIXA PRESSÃO) Pressões no VD: Pressão Sistólica de 25mmHG, para fazer o sangue circular pela artéria pulmonar. Pressão Diastólica entre 0 e 1mmHG. Pressão na AP: Sistólica de 25mmHG, e na diástole de 8mmHG (não caindo para ZERO por causa da válvula pulmonar, que impede o refluxo de sangue para o ventrículo direito), com uma pressão média de 15mmHG. Pressão no AE e nas veias pulmonares: Cerca de 2mmHg (variando entre 1 e 5mmHG) Pressão nos capilares pulmonares: 7mmHH. Porque a medida que o sangue flui, conforme a ramificação dos vasos, a pressão diminui até chegar a 2mmHg no AE. VOLUME SANGUINEO DOS PULMÕES Em torno de 450mL de sangue dentro dos pulmões, que é cerda de 9% de todo o volume total. 70mL os capilares de troca gasosa, e 380mL nas arteiras e veias pulmonares. Os pulmões podem servir como reservatório de sangue, podendo variar até 2x o volume normal, acomodando sangue excessivo (Por vasodilatação). A mesma coisa ao contrário, por uma hemorragia por exemplo. Uma parte desses 450mL pode ser liberado para a circulação sistêmica (Por vaso contração). Na circulação sistêmica, um tecido que sofre pela falta de O2, a resposta que é provocada pelo organismo é vasodilatação, tentando levar mais sangue e melhorar a circulação. Mas na circulação pulmonar, é diferente. Quando temos um grupo de alvéolos pouco oxigenados, O corpo contrai os vasos sanguíneos adjacentes desviando o sangue para locais mais bem ventilados. Dessa forma, o sangue passa muito pouco por áreas que não tem oxigênio para captar. GRADIENTE DE PRESSÃO HIDROSTÁTICA NOS PULMÕES A pressão sanguínea no Ápice pulmonar é diferente da pressão na base pulmonar, por conta da gravidade. No adulto, em pé, gera uma diferença de cerca de 23mmHg (15mmHg no ápice e 8mmHg na base). A base pulmonar tem o fluxo sanguíneo em torno de 5x maior do que o ápice. Na sístole, a força de 25mmHg é suficiente para vencer a barreira e chegar no ápice do pulmão. Porém, na diástole, a pressão cai para 8mmHg, que não consegue fazer o sangue subir, só sobe para 10cm de altura do pulmão, e acima disso, temos uma interrupção de fluxo sanguíneo, porque o 8mmHG da diástole, é menor do que o 15mmHg da gravidade. Existem 3 zonas de fluxo possíveis em condições fisiológicas ou patológicas: ZONA 1: Não tem fluxo sanguíneo em nenhum momento (não ocorre em um pulmão normal). ZONA 2: Fluxo intermitente (apenas na sístole com 25mmHg) ZONA 3: Fluxo contínuo O normal é a presença de Zona 2 no ápice e Zona 3 nas bases. Em decúbito, todo o pulmão vira zona 3, nenhuma parte do pulmão fica sem fluxo sanguíneo, não tendo muita diferença de pressão que impeça a passagem do sangue. CIRCULAÇÃO PULMONAR NO EXERCICIO FISICO Aumento da pressão arterial pulmonar (entre 4 e 7x), convertendo zonas 2 em zonas 3. Para acompanhar esse fluxo, o pulmão aumenta o número de capilares abertos. CIRCULAÇÃO PULMONAR NA INSUFICIENCIA CARDIACA Se o VE começar a falhar, teremos um acumulo de sangue no pulmão podendo começar a dificultar a troca gasosa, a respiração causando um edema pulmonar (Quando a pressão no átrio esquerdo fica maior do que 30mmHG).
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