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Moeda e Política Monetária Conhecimentos Bancários Conceitos Iniciais Instituições e regras cujo objetivo é conceder eficiência nas transações econômicas, além de possibilitar ao país o controle da política monetária. devido ao exercício do monopólio da emissão monetária, controla a base monetária da economia. Este fato é fundamental na compreensão da política monetária. composto da Autoridade Monetária (Banco Central) e dos Bancos Comerciais, os quais estão autorizados a receber depósitos à vista do público não financeiro. É definida como toda forma de ativos financeiros utilizados como meio de troca nas transações econômicas. Meio de troca Unidade de conta Reserva de valor Implica a substituição da moeda local de um país pela moeda norte-americana. A moeda não se resume ao papel-moeda ou à moeda metálica, chamadas de moedas de curso forçado. Ativos financeiros também podem ser utilizados como meio de troca. Diferença é a liquidez e seus emissores. Caso a moeda perca toda a credibilidade e, portanto, suas funções, o país pode escolher outra moeda para realizar as transações. É o caso de países, cuja inflação atingiu valores elevados, que escolheram o dólar como meio de troca. Os agregados são considerados substitutos da moeda. Os componentes de M1, M2, M3 e M4 são mutáveis. Moedas de curso forçado são aquelas que não possuem nenhum ativo como lastro (moeda fiduciária). O valor é derivado da confiança que a moeda exprime, como o dólar (US$), ou o real (R$). É importante detalhar o conceito de papel-moeda, devido a sua elevada liquidez e vital importância no sistema econômico. 1) papel-moeda emitido; total de moeda emitido pela Autoridade Monetária, que pode se encontrar no caixa da Autoridade Monetária ou em circulação pelo setor privado bancário ou não bancário. 2) papel-moeda em circulação; é o total de moeda em circulação na economia, ou seja, quantidade moeda emitida (-) a quantidade de moeda no caixa da Autoridade Monetária. 3) papel-moeda em poder do público; corresponde ao total de papel-moeda emitido que se encontra em poder do público não financeiro, isto é, que não esteja em poder da autoridade monetária ou dos bancos comerciais. * * * * * M1 Também conhecido como meio de pagamento restrito É gerado pelas instituições emissoras de haveres estritamente monetários. Abrange o papel moeda em poder do público + depósitos à vista. M2 Também conhecido como meio de pagamento ampliado. Abrange M1 +depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias M3 Também conhecido como meio de pagamento ampliado. Contém M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no SELIC. M4 Também conhecido como poupança financeira Engloba o M3 e os títulos públicos de alta liquidez . Agrega, portanto, M3 + títulos públicos de alta liquidez. @mapasdaLoli Análise macroeconômica: Banco Central: Contas do Sistema Monetário Ativo Passivo 1) As transações do Banco Central com os Bancos Comerciais e o público em geral determina a base monetária da economia. 2) As transações dos Bancos Comerciais com o público em geral determina a quantidade de meios de pagamento da economia. Balancete dos Bancos Comerciais Balancete da Autoridade Financeira Os bancos comerciais possuem direitos e obrigações, expressos em seu balancete nas contas do ativo e do passivo. Recursos captados pelos bancos comerciais, que representa o passivo da instituição são formados por: i) recursos próprios (patrimônio líquido e reservas); ii) depósitos à vista e a prazo, recebidos do público não financeiro (correntistas, por exemplo); iii) depósitos de poupança; iv) empréstimos tomados com outras instituições financeiras e afins; v) empréstimos tomados com a Autoridade Monetária, a título de redescontos; e vi) recursos diversos. Os bancos comerciais aplicam estes ativos em: i) concessão de empréstimos, ii) reservas bancárias (encaixes bancários), iii) aplicação em títulos financeiros público e privados, iv) imobilizado bancário, e v) outras aplicações. A) Reservas Bancárias A.1. Em moeda corrente A.2. No Banco Central A.2.1. Voluntárias A.2.2. Compulsórias B) Empréstimos concedidos C) Títulos/ativos público e privado D) Imobilizado E) Outras aplicações F) Recursos Próprios G) Depósitos à Vista H) Depósitos a Prazo I) Redescontos J) Empréstimos Externos K) Depósitos Poupança L) Demais Recursos Características básicas: i) emissor de papel-moeda (base monetária); ii) banqueiro do Tesouro Nacional; iii) banqueiro dos bancos comerciais (redesconto); e iv) depositário das reservas internacionais. Ativo Passivo A) Reservas Internacionais B) Empréstimos ao Tesouro Nacional e demais Entes Federativos C) Redescontos D) Títulos Públicos E) Moeda Corrente F) Empréstimos ao Setor Privado G) Imobilizado H) Demais Aplicações I) Papel-Moeda Emitido J) Depósitos do Tesouro Nacional A.2. Reservas dos Bancos Comerciais no Banco Central A.2.1. Voluntárias A.2.2. Compulsórias K) Recursos Próprios L) Demais Exigibilidades Bacen Bancos Comerciais Bancos Comerciais Públicos em geral @mapasdaLoli Contas do Sistema Monetário Balancete Consolidado da Autoridade Monetária Ativo Passivo A) Reservas Internacionais B) Empréstimos ao Tesouro Nacional e demais Entes Federativos C) Redescontos D) Títulos Públicos E) Empréstimos ao Setor Privado Base Monetária F) Papel-moeda em poder do público G) Reservas dos Bancos Comerciais em caixa e no Banco Central Passivo Não monetário H) Depósito do Tesouro Nacional I) Empréstimos Externos J) Recursos Especiais K) Saldo Líquido das Demais Contas Balancete Consolidado do Sistema Monetário A consolidação contábil do sistema monetário corresponde à soma dos balancetes dos bancos comerciais e da autoridade monetária. Ativo Passivo Aplicações dos Bancos Comerciais A) Empréstimos ao Setor Privado B) Títulos Públicos e Privados Aplicações do Banco Central C) Reservas Internacionais D) Empréstimos ao Tesouro Nacional e demais Entes Federativos E) Títulos Públicos F) Empréstimos ao Setor Privado G) Aplicações Especiais Meios de Pagamento H) Papel-moeda em poder do público I) Depósitos nos Bancos Comerciais Recursos Não Monetários dos Bancos Comerciais J) Depósito a prazo K) Depósitos de poupança L) Saldo líquido das demais contas Recursos Não Monetários do Banco Central M) Depósitos do Tesouro Nacional N) Empréstimos Externos O) Recursos Especiais P) Saldo líquido das demais contas Criação e Destruição de Liquidez: podemos traduzir os balancetes em simples expressões algébricas, que determinam os valores da base monetária e dos meios de pagamento na forma de resíduos. = Meios Pgto AtivoS.Monetário - Passivo não MonetárioS.Monetário Base monetária= AtivoB.Central - Passivo Não MonetárioB.Central A determinação da base monetária pode ser entendida como a determinação do passivo monetário do balancete. Para a base monetária variar, é necessário que varie o ativo, ou o passivo não monetário (ou mesmo os dois juntos, desde que em valores distintos). Assim, o aumento das reservas internacionais, das operações de redesconto, empréstimos ao Tesouro e ao setor privado, bem como o aumento de títulos públicos na carteira do Banco Central (mantendo o passivo não monetário constante) elevam a base monetária. A variação na base monetária é resultado de variações no ativo do balancete do Banco Central ou em seu passivo não monetário. A elevação do ativo e a redução do passivo não monetário aumentam a base monetária. O aumento nos meios de pagamento é resultado ou do aumento do ativo do balancete do sistema monetário consolidado, ou da redução do passivo não monetário do mesmo. Haverá variação na base monetária apenas quando um dos lados da operação for a autoridade monetária. Haverá variação nos meios de pagamento sempre que o setor bancário trocar ativos monetários com ativos não monetários, ou vice-versa,com o setor não bancário. * * * * * @mapasdaLoli Política monetária O que é política monetária? Diz respeito a uma movimentação da oferta de moeda que é executada pelo Banco Central de acordo com as determinações estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional - CMN. É o conjunto de esforços (instrumentos) empreendidos pelo governo no sentido de modificar a quantidade de moeda na economia e também a taxa de juros. É realizada quando acontece o inverso, ou seja, a diminuição do PIB e do consumo dentro de uma economia. O Banco Central aumenta a taxa de juros, reduzindo a moeda dentro do fluxo econômico e, com isso, a redução da inflação devido a diminuição da demanda. Política monetária expansionista Variações das Reservas Internacionais: Política monetária contracionista O Banco Central aumenta a oferta de moeda ao país e diminui as taxas de juros com o objetivo de crescer a economia e expandir o consumo. Considerando as transações com o resto do mundo, a obtenção de saldo positivo entre a entrada e saída de moeda estrangeira provoca aumento da quantidade de moeda doméstica em circulação. De maneira análoga, caso o resultado for deficitário, a quantidade de base monetária é reduzida. Em resumo, a variação positiva das reservas internacionais eleva a quantidade de moeda em circulação. Operações de Mercado Aberto (Open Market): Consiste na compra de títulos na posse do setor privado. Assim, o Banco Central troca com o setor privado ativos monetários de alta liquidez em troca de outros não tão líquidos. A política monetária tem 3 objetivos diretos: Controle da quantidade de moeda em circulação, Determinação da taxa de juros e Variação da renda da economia (PIB). Outro motivo relevante em se realizar política monetária: Variar a renda da economia. O objetivo do também chamado mercado secundário é controlar, indiretamente, a circulação da moeda brasileira em todo o país. Dessa forma, para alcançá-lo, ocorre a expansão ou contração da quantidade da moeda existente no sistema bancário. Além disso, essa estratégia contribui para o controle das taxas de juros e crédito a curto e médio prazo, como exemplo da Taxa Selic. e aumentar a circulação de moedas, Se existe a necessidade de diminuir a taxa de juros o Banco Central compra (resgata) títulos públicos que estejam em circulação. o Banco Central vende (oferta) os títulos disponíveis. Se a necessidade for inversa, ou seja, aumentar a taxa de juros e diminuir a circulação de moedas os títulos públicos são considerados ativos de renda fixa A política monetária é expansionista se elevar a quantidade de moeda em circulação e contracionista, se reduzir. O aumento/redução da quantidade de moeda pode ser feito através da variação de reservas internacionais, redescontos, compulsórios e operações de mercado aberto. O aumento da quantidade de moeda reduz a taxa de juros. A redução da quantidade de moeda aumenta a taxa de juros. As operações de mercado aberto possuem de um lado o Bacen, e do outro, os agentes privados autorizados a operar no SELIC, como, por exemplo, bancos comerciais e de investimentos. As operações de mercado aberto são realizadas no SELIC. As operações de redesconto e compulsório são realizadas diretamente entre o Bacen e os bancos (comerciais ou não). Por fim, mais moeda, em tese, aumenta o consumo, os investimentos e os gastos do governo, aumentando o PIB. A redução da quantidade de moeda em circulação na economia possui efeito contrário. Resumindo @mapasdaLoli Política monetária Depósito Compulsório Depósito Compulsório Redesconto Mercado Interbancário São recolhimentos que as instituições financeiras fazem ao Banco Central sobre os recursos que captam em suas atividades. O Bacen determina o recolhimento: do total dos depósitos à vista e de até 100% de outros títulos contábeis das instituições de até 60% financeiras, Adotar percentagens diferentes em função: Fornecer à autoridade monetária uma forma de controlar, mesmo que indiretamente, a oferta de moeda na economia. O recolhimento pode ser realizado em espécie ou em títulos públicos federais. É a concessão de empréstimos pelo Banco Central para bancos e instituições financeiras que estão com pouco dinheiro disponível para manter suas operações. Quando a autoridade monetária está interessada em , pode realizar elevar a quantidade de moeda na economia mais operações de redesconto (ou reduzir a taxa de juros que onera este tipo de operação – a taxa de redesconto); Determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que tenham sido reaplicados em financiamentos à agricultura, sob juros favorecidos e outras condições por ele fixadas; e Receber os recolhimentos compulsórios. das regiões geoeconômicas; das prioridades que atribuir às aplicações; da natureza das instituições financeiras; O principal objetivo do Banco Central com essas operações é atingir a economia de maneira adequada às necessidades do país no momento. Seu objetivo é regular o nível de moeda circulante na economia solucionando problemas de liquidez de curto prazo. Funciona como uma forma de administrar a oferta de dinheiro no mercado e controlar a liquidez geral na�economia. Serve de instrumento de política monetária ao Bacen. As instituições financeiras necessitam de recursos de curtíssimo prazo para efetuar pagamentos próprios e de seus clientes. Intradia: a IF pega a $$ e devolve no mesmo dia sem incidência de juros - garantia títulos públicos federais CDI (Certificado de Depósito Interbancário): um instrumento de captação de recursos entre os bancos. É um título que os bancos emitem quando fazem empréstimos diários entre si para garantir seu caixa positivo, conforme exigido pelo Banco Central. Esses empréstimos interbancários são fundamentais para: assegurar a liquidez dos bancos, garantir o cumprimento dos compromissos de cada instituição e proteger os correntistas. Políticas monetárias não convencionais: o quantitative easing O QE acontece quando o Banco Central entra no mercado secundário e começa a comprar papéis de longo prazo do governo. Quando isso acontece, o efeito é que esses títulos tenham um aumento de preços e, com isso, haverá uma redução nos seus rendimentos, levando a uma redução dos rendimentos, reduzindo, assim, as taxas de juros de longo prazo. Assim, tecnicamente, o QE é a compra de títulos de longo prazo pelo Banco Central com o objetivo de atuar diretamente sobre a taxa de juros de longo prazo. Isso acontece quando o Banco Central perde a capacidade de atuar sobre as taxas de curto prazo a fim de afetar as de longo prazo com o objetivo de, assim, gerar algum estímulo na economia. quando deseja reduzir a quantidade de moeda na economia, pode reduzir o volume de operações de redesconto (ou elevar a taxa de redesconto). Assim, a taxa média do CDI (ou taxa DI) se torna uma referência para regular o mercado de renda fixa, mantendo o equilíbrio de todo o sistema financeiro. Os CDIs são títulos escriturais custodiados e liquidados na B3. * * * * * @mapasdaLoli Refere-se à taxa de juros apurada nas operações de empréstimos de um dia entre as instituições financeiras que utilizam títulos públicos federais como garantia. Taxa Selic Efeitos de mudança na Selic Como funciona na prática Taxa Selic A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros: dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras. O Banco Central opera no mercado de títulos públicos para que a taxa Selic efetiva esteja em linha com a meta da Selic definida na reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom). taxa Selic Quando sobe Quando cai Quando altera a meta para a taxa Selic, a rentabilidade dos títulos indexados a ela também se altera e, com isso,o custo de captação dos bancos muda. Uma redução da taxa Selic, por ex, diminui o custo de captação dos bancos, que tendem a emprestar com juros menores Taxa Selic Os juros cobrados nos financiamentos, empréstimos e cartões de crédito ficam mais altos. Isso desestimula o consumo e favorece a queda da inflação. Tomar dinheiro emprestado fica mais barato, já que os juros cobrados nessas operações ficam menores. Isso estimula o consumo.@mapasdaLoli
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