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Aula 12 - Biomas Brasileiros

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DISCIPLINA
ECOLOGIA
AULA 12
BIOMAS BRASILEIROS
AUTORA
VALÉRIA KARLA DE BRITO VIEIRA
TECNÓLOGO 
EM GESTÃO
AMBIENTAL
DISCIPLINA
ECOLOGIA
AULA 12
BIOMAS BRASILEIROS
AUTORA
VALÉRIA KARLA DE BRITO VIEIRA
TECNÓLOGO 
EM GESTÃO 
AMBIENTAL
GOVERNO DO BRASIL
Presidente da República
MICHEL MIGUEL ELIAS TEMER LULIA
Ministro da Educação
JOSÉ MENDONÇA BEZERRA FILHO
Diretor de Educação a Distância da CAPES
CARLOS CEZAR MODERNEL LENUZZA
Reitor do IFRN
WYLLYS ABEL FARKATT TABOSA
Pró-Reitor de Pesquisa e Inovação do IFRN
MÁRCIO ADRIANO DE AZEVEDO
Coordenadora da Editora do IFRN
DARLYNE FONTES VIRGINIO
Diretor Geral do Campus EaD/IFRN
ALEXSANDRO PAULINO DE OLIVEIRA
Diretor Acadêmico do Campus EaD/IFRN
ALBÉRICO TEIXEIRA CANARIO DE SOUZA
Coordenadora Geral da UAB/IFRN
EDNEIDE DA CONCEIÇÃO BEZERRA
Coordenadora Adjunta da UAB/IFRN
 ABIGAIL NOÁDIA BARBALHO DA SILVA
Coordenadora do Curso de 
Tecnologia em Gestão Ambiental
CRISTINA DE SOUZA BISPO
ECOLOGIA
AULA 12
Biomas Brasileiros
Professor Pesquisador / Conteudista
VALÉRIA KARLA DE BRITO VIEIRA
Diretor de Produção de Material Didático
THIAGO MEDEIROS BARROS
Coordenador de Produção de Mídia Impressa
LEONARDO DOS SANTOS FEITOZA
Coordenador de Revisão
WAGNER RAMOS CAMPOS
Revisora ABNT
EDINEIDE DA SILVA MARQUES
Revisão Linguística
ELIZETH HERLEIN
Diagramação
LUÃ SANTOS
Ficha Catalográfica
V657t Vieira, Valéria Karla de Brito.
Tecnólogo em Gestão Ambiental: Ecologia: Aula 12: Biomas brasileiros / 
Valéria Karla de Brito Vieira– Natal : IFRN Editora, 2018.
22f. : il. color.
1. Gestão Ambiental. 2. Meio Ambiente – Ecologia. 3. Bioma. 4. Biomas 
Brasileiros. 5. Educação a Distância. I. Vieira, Valéria Karla de Brito. II. Título.
RN/IFRN/EaD CDU 504
Ficha elaborada pela bibliotecária Eponina Eilde da Silva, CRB 15/295
5
BIOMAS BRASILEIROS
APRESENTANDO A AULA
Nesta aula, você terá oportunidade de conhecer 
os principais biomas brasileiros, como também verá a 
diversidade da fauna, flora e ambiente dos ecossistemas 
existentes e suas principais características. Discutirá a inter-
relação entre os diferentes ecossistemas. 
DEFININDO OBJETIVOS
Ao final da aula, você deverá ser capaz de:
• distinguir as diferenças entre os biomas e seus 
ecossistemas; 
• fazer uma lista das principais características dos 
biomas; 
• nomear as plantas e animais representativos 
encontrados nos ecossistemas. 
6
ECOLOGIA
DESENVOLVENDO O CONTEÚDO
Cada ambiente da Terra é caracterizado por um mosaico de diferenças, em 
pequena escala, nos componentes químicos e físicos, como luz, temperatura, 
água e nutrientes. Esses fatores abióticos, ou não vivos, influenciam a distribuição 
e a quantidade dos organismos no ambiente, como também vão determinar os 
principais tipos de ecossistemas terrestres. O Brasil, com seus 8.516.000 km² de 
território e grande variedade de clima, temperatura, umidade e solo, apresenta 
extraordinária diversidade de ecossistemas e abriga cerca de 20% de todas as 
espécies vegetais e animais do mundo. Segundo a classificação do Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2004 e o Ministério do Meio 
Ambiente, existem seis grandes biomas no Brasil: Amazônia, Cerrado, Caatinga, 
Mata Atlântica, Pantanal e Pampas (ver fig. 01). 
Afinal, o que é Bioma?
Do grego (bio = vida + oma = grupo ou massa) é um conjunto de vida vegetal 
e animal, constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e que 
podem ser identificados em nível regional, com condições de geologia e clima 
Fig. 01 - Mapa com a localização geográfica dos 
biomas brasileiros
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BIOMAS BRASILEIROS
semelhantes e que, historicamente, sofreram os mesmos processos de formação 
da paisagem, resultando em uma diversidade de flora e de fauna. Esse termo foi 
usado pela primeira vez em 1943 pelo botânico Frederic Edward Clements (EUA, 
1874-1945). (Fonte: IBGE - <http://7a12.ibge.gov.br/vamos-conhecer-obrasil/
nosso-territorio/biomas>). 
Agora vamos percorrer os principais biomas brasileiros e conhecer as 
riquezas e peculiaridades que cada um desses ecossistemas nos mostra.
Floresta Amazônica
A Floresta Amazônica está localizada na região norte da América do 
Sul e possui, aproximadamente, 7.500,000 km2 estando espalhada em 9 
territórios de países diferentes, como: Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, 
Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. No entanto, a Floresta 
Amazônica é um patrimônio brasileiro, pois 49,29% está presente em nosso 
território, ocupando partes ou a totalidade dos estados do Acre, Amazonas, 
Roraima, Rondônia, Amapá, Pará, Mato Grosso, Maranhão e Tocantins, onde 
abriga grande parte da biodiversidade mundial e comporta a maior bacia 
hidrográfica do mundo. Os rios se diferenciam pela coloração de acordo com 
determinadas substâncias e nutrientes que se encontram neles. Dessa forma, 
Fig. 02 - Localização geográfica da Floresta Amazônica. 
Igapó ao longo do rio Jaú, mostrado na imagem, no 
Parque Nacional do Jaú, na região central da Amazônia 
brasileira
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ECOLOGIA
temos: os rios de água preta, devido aos ácidos húmicos e fúlvicos, resultantes 
da decomposição do húmus no solo. Nascem em terrenos de planície e carregam 
areia e húmus, como exemplo, o Rio Negro; os rios de águas claras e menos ácidas 
que nascem dos escudos cristalinos, como exemplo, o Rio Tapajós e as águas 
barrentas que provêm de regiões montanhosas, como as do Rio Amazonas.
O clima da região é predominantemente do tipo equatorial úmido, com 
temperaturas situando-se entre 25oC e 28oC e com precipitações pluviométricas 
geralmente superiores a 1.800 mm/ano, o que propiciou, na bacia amazônica, a 
formação de uma imensa rede hidrográfica, com uma emaranhada teia de rios, 
riachos, lagos, igapós e igarapés.
O solo da Amazônia não é muito rico devido à rápida degradação da matéria 
(folhas, frutos e animais mortos) por ação de microrganismos como bactérias e 
fungos, que são rapidamente absorvidos pelas raízes dos milhares de espécies 
vegetais que se desenvolvem nessa região. Esses nutrientes passam, então, 
para o corpo da planta, fazendo com que grande parte dos minerais fiquem nos 
vegetais e não no solo. 
Sua vegetação é exuberante com plantas dos mais variados formatos e 
tamanhos, com árvores alcançando 30 a 40 m de altura. Há também inúmeras 
espécies de trepadeiras, bromélias, epífitas e lianas. Embora muito diversificada, 
em geral, trata-se de uma mata muito densa, suas folhas com ápices voltados 
para baixo e a superfície cerosa, adaptadas à umidade excessiva. Seus principais 
representantes são o mogno, sumaúma (ver fig. 03a), copaíba, pupunha, açaí, 
seringueira, castanha-do-pará, andiroba e vitória-régia, como mostrado na figura 
03b.
Fig. 03 - Alguns representantes da flora da Floresta Amazônica
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BIOMAS BRASILEIROS
a) Samaúma (Ceiba pentandra), árvore muito encontrada na floresta 
amazônica em seus igarapés. 
b) Vitória-régia (Victoria amazonica) planta aquática típica da região 
amazônica e que pode chegar a 2,5 metros de diâmetro e suportar até 40 quilos 
se forem bem distribuídos em sua superfície. 
Quanto à fauna, milhares de espécies de invertebrados vivem na floresta, 
muitas ainda não descritas pelos cientistas, principalmente insetos, como 
formigas; inúmeras espécies de peixes, entre eles o pirarucu (ver fig. 04a); 
anfíbios (sapos, rãs e pererecas); répteis (lagartos, jacarés, serpentes, como por 
exemplo a sucuri (ver fig. 04b); aves (beija-flores, papagaios, araras, tucanos, 
corujas, gaviões e harpia ou gavião-real) e centenas de espécies de mamíferos 
dentre eles as ariranhas, preguiças, macacos-aranhas, onças pintadas entre 
outros.
a) pirarucu (Arapaimagigas) considerado o maior peixe de água doce do 
mundo, que atinge até 2,5 m de comprimento e pode pesar até 240 kg.
b) Sucuri (Eunectes murinus) maior e mais conhecida cobra, ocorrendo em 
áreas alagadas da região do cerrado e da Amazônia, podendo atingir 9 m de 
comprimento e viver até 30 anos.
FIQUE SABENDO QUE...
 Os Igapós são locais de mata alagada após as enchentes e que persistem 
por algum tempo. Já os Igarapés são canais de água estreitos presente na mata.
Fig. 04 - Alguns representantes da fauna da Floresta Amazônica
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ECOLOGIA
Cerrado
O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil, ocupando, aproximadamente, 
2.000,000 km2, o que corresponde uma área de 22% do território nacional, 
compreendendo os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, 
Minas Gerais, Goiás e Tocantins. Aparece também um pouco em São Paulo e no 
Paraná. 
O Clima é tropical semiúmido e apresenta duas estações bem distintas 
com verões bem chuvosos e invernos secos. A média de chuvas anual fica em 
torno de 1.300 a 1.700 mm. Grande parte das chuvas concentra-se nos meses 
de outubro a março, nas estações da primavera e verão. De maio a setembro, 
é considerada a estação seca, com chuvas raras, podendo ocorrer grande 
estiagem. A temperatura média anual do cerrado é de 24 oC. Na primavera e no 
verão, pode chegar aos 40 oC e nos meses de inverno (junho, julho e agosto), fica 
em torno de 12 oC. Nesses dias mais frios, pode ocorrer a presença de geadas, 
principalmente na região sul do cerrado. Entre os meses de julho a agosto, a 
umidade do ar cai muito e o tempo fica seco, podendo atingir entre 15% e 30%. 
Esse clima seco é um problema para a vegetação do cerrado, pois favorece o 
surgimento de incêndios que podem ser gerados de diversas formas naturais, 
mas a principal delas são as descargas elétricas. 
Fig. 05 - Mapa da localização do Cerrado. Imagem de uma 
das espécies de árvore do cerrado com tronco retorcido e 
casca grossa
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BIOMAS BRASILEIROS
O cerrado é considerado um dos biomas mais heterogêneos com relação 
a sua fisionomia e recebe denominações distintas, tais como: campo aberto ou 
campo limpo (sem árvores), campo sujo (com algumas árvores), campo cerrado 
(com formações arbóreas), cerradão (com árvores mais altas) e campos úmidos 
(com veredas e matas ciliares, que margeiam os solos úmidos dos rios), em uma 
sequência crescente de biomassa1. Possui vegetação composta por campos 
herbáceos, com arbustos e árvores de pequeno porte, com características 
xeromórficas, relacionadas com adaptações a condições de seca e representa, 
talvez, a principal característica do cerrado. As árvores convivem há longos 
anos ao lado da presença das queimadas e possuem algumas adaptações para 
se defenderem do fogo, havendo, inclusive, várias espécies de plantas que só 
germinam após as queimadas. Como exemplo dessas adaptações, tem-se: caules 
retorcidos com casca grossa e folhas espessas e endurecidas, com superfície 
brilhante e, algumas vezes, recobertas por pelos (ver fig. 05).
Os principais representantes vegetais 
do cerrado são: pequi (ver fig. 06), araticum, 
pindaíba, cajuí, fruta-de-lobo, peroba-do-
campo, ingá, aroeira-branca, angico, cedro-
rosa, quaresmeira roxa, maçaranduba, araçá 
e tantas outras.
A fauna do cerrado é muito rica 
e variada, possuindo cerca de 1.500 
espécies de animais, muitas delas também 
endêmicas. Alguns exemplos dessas espécies 
endêmicas são: o beija-flor-de-gravata, rabo-
mole-da-serra e a gralha do cerrado. Outras 
espécies encontradas no cerrado são: aves 
(gavião-carcará, siriema, urubu-rei, socó, 
tucano, periquito); mamíferos (lobo-guará 
(ver figura 07), tamanduá, tatu, raposa, veado-
1 Biomassa: é matéria orgânica que compõe o corpo dos organismos vivos.
Fonte: <http://biologianet.uol.com.br/ecologia/conceitos-basicos-ecologia.htm>
Fig. 06 - Pequi (Caryocar 
brasiliensis), árvore considerada 
símbolo do Cerrado
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Fig. 07 - Lobo-guará (Chrysocyon 
brachyurus), espécie ameaçada 
de extinção
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12
ECOLOGIA
campeiro, várias espécies de macacos, onça-pintada e a anta (maior mamífero 
das américas).
Caatinga
 
A Caatinga é o único bioma 
exclusivamente brasileiro, 
ocupando aproximadamente 
850.000 km², pouco mais de 
12% do território brasileiro. 
É encontrada em áreas do 
Nordeste do Brasil, nos estados 
do Maranhão, Piauí, Ceará, 
Rio Grande do Norte, Paraíba, 
Pernambuco, Alagoas, Sergipe 
e Bahia. É encontrada também no Norte do estado de Minas Gerais (ver figura 
08). Possui uma vegetação típica de clima semiárido, com temperaturas médias 
anuais compreendidas entre 27 oC e 29 oC e com médias pluviométricas inferiores 
aos 800 mm, podendo ocorrer de maneira bastante irregular e estações de seca 
prolongada.
 Na época da seca, a maioria das árvores perde as folhas e boa parte dos 
rios e lagos secam. O aspecto árido, desbotado e sem folhas verdes deu nome a 
esse bioma. Quando as chuvas retornam, as árvores se cobrem de folhas devido 
às reservas de matéria orgânica armazenadas no caule e nas raízes (ver figura 
08). Sua vegetação é formada por árvores baixas e arbustos retorcidos e cheios 
de espinhos, e está totalmente adaptada ao clima seco, como plantas xerófitas2. 
2	 Plantas	xerófitas:	são	plantas	adaptadas	a	ambientes	de	clima	seco	e	possuem	
a capacidade de armazenar água em seu interior. Além disso, os espinhos desses tipos 
de planta substituem as folhas, o que possibilita uma menor perda de água para o meio 
externo.
Fonte:	http://educacao.globo.com/geografia/assunto/geografia-fisica/dominios-morfocli-
maticos.html
Fig. 08 - Mapa de localização do bioma caatinga 
e sua vegetação característica. Imagem da 
caatinga no período chuvoso com plantas 
apresentando suas folhas verdinhas
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13
BIOMAS BRASILEIROS
As cactáceas são as espécies mais características da vegetação da caatinga, 
por exemplo, o Mandacaru (Cereus jamacaru), planta símbolo do nordeste é 
espinhenta e alcança até 6 m de altura e sobrevive às secas devido a sua grande 
capacidade de captação e retenção de água. Temos também a macambira, a 
coroa-de-frade, o xique-xique e o facheiro. Além delas, são comuns algumas 
leguminosas, como a mimosa, amburana e a acácia. Há outras espécies, como 
o umbuzeiro, baraúna, maniçoba, mangabeira, catuaba, aroeira, pau-ferro, 
barriguda. Entre as poucas espécies da caatinga que não perdem as folhas, na 
época da seca, destaca-se o juazeiro, umas das plantas mais típicas desse bioma 
(ver fig. 09).
Quanto à fauna da caatinga, estão mamíferos, como: o sagui-do-nordeste, 
o macaco-prego, jacaré-do-papo-amarelo, tatu-bola, tatu-peba, sagui-de-tufos-
brancos, cachorro-do-mato, gambá-de-orelha-branca, veado-catingueiro, 
cutia); alguns répteis, como: o jacaré-do-papo-amarelo (ver fig. 10), jiboia-
constritora, muçuarana, jararaca, calango); e aves, como: o carcará, águia-
chilena, periquito-da-caatinga, azulão, gralha-cancã e asa-branca.
Fig. 09 - Juazeiro (Zizyphus joazeiro), 
conserva-se sempre verde, nunca perde 
toda a sua folhagem, pois possui um amplo e 
profundo sistema radicular, capaz de coletar 
água existente no subsolo
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14
ECOLOGIA
O desmatamento, principalmente para 
exploração não sustentável de lenha, vem 
provocando, por exemplo, a degradação do 
solo, com ameaça de desertificação. Segundo 
o Ministério do Meio Ambiente, cerca de 
80% do bioma caatinga já foi alterado, 
sendo considerado um dos ecossistemas 
mais degradados do planeta. Dessa forma, 
é importante garantir a preservação desse 
bioma, visto que está fragilizado decorrente da devastação causada por 
ações humanas (caça, queimadas, desmatamento), bem como das mudanças 
climáticas. Essas açõestêm culminado no desaparecimento de diversas 
espécies vegetais ou animais (inclusive endêmicas) e, consequentemente, no 
desequilíbrio do ecossistema.
FIQUE SABENDO QUE...
Caatinga é um termo de origem tupi e significa “mata branca”, em referência 
às plantas sem folhas. Quando as chuvas retornam, as árvores se cobrem de folhas 
devido às reservas de matéria orgânica armazenadas no caule e nas raízes.
Mata Atlântica
Fig. 10 - Jacaré-do-papo-
amarelo (Caiman latirostris)
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Fig. 11 - Mapa de localização do bioma Mata Atlântica
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V
15
BIOMAS BRASILEIROS
A Mata Atlântica é uma floresta pluvial tropical, de clima quente e úmido. 
Originalmente, essa formação ocupava aproximadamente 1.300.000 km2, 
passando em 17 estados do território brasileiro. Atualmente, estende-se em 
fragmentos esparsos ao longo do litoral, com 8,5 % de remanescentes3 florestais 
originais. Somados todos os fragmentos de floresta nativa, temos, atualmente, 
12,5% sendo os principais redutos de floresta remanescente.
O bioma Mata Atlântica consiste de uma formação vegetal bastante 
complexa e bem variada, rica, densa, com plantas higrófilas, com árvores que 
podem atingir 30 m de altura, além de muitas espécies de epífitas e trepadeiras. 
A biodiversidade desse bioma é considerada uma das maiores do mundo, 
com um número extraordinário de espécies endêmicas, ou seja, que são 
encontradas apenas nesse ecossistema, e é neste mesmo ambiente, onde está 
o maior número de espécies da flora e fauna ameaçados de extinção no Brasil. 
Dentre os vegetais temos: a samambaiaçu 
(ver fig. 12), o pau-brasil, as figueiras, o 
jacarandá, o cedro, as várias espécies de ipês, 
os jequitibás, a paineira e várias espécies de 
palmeiras, dentre elas, a palmeira-juçara, da 
qual é extraído o palmito. No interior da 
floresta, são encontradas inúmeras epífitas 
como: as bromélias, gravatás e orquídeas. 
Quanto à riqueza faunística, a Mata 
Atlântica é verdadeiramente imbatível. Nela, vivem diversos mamíferos, como: 
gambá, cuíca-d’água, muriqui, o mico-leão-dourado (ver fig. 13), macaco-
prego, guaxinins, quatis, onças-pintadas, gatos-do-mato, suçuaranas, antas, 
tatus e preguiças. Entre as aves, estão: os gaviões, macuco, inhambu, mutum, 
muitas espécies de beija-flor, sanhaço e saíras. Além deles, muitas espécies de 
serpentes, como as jararacas, e de anfíbios, como as rãs e pererecas.
3 Remanescente: é “o que sobra de um todo depois de tirada de uma ou mais por-
ções” (BIVAR, 1949; FERNANDES; LUFT; GUIMARÃES, 2003). Neste contexto, se 
diz	da	floresta	que	resta.
Fig. 12 - Samambaiaçu (Dicksonia 
sellowiana), planta da qual, 
indevidamente, se retira o xaxim
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16
ECOLOGIA
Pantanal
Com aproximadamente 150.355 km² 
(IBGE,2004), o Pantanal é a maior planície 
inundável do mundo. Esse bioma sofre 
influência direta de três importantes 
biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado e 
Mata Atlântica. Com uma área de cerca 
de 220 mil Km², o Pantanal estende-se 
pela Bolívia, Paraguai e Brasil, sendo, 
aproximadamente, 62% no Brasil, distribuídos nos estados de Mato Grosso e 
Mato Grosso do Sul, formando a maior bacia inundável do mundo. Inserido na 
parte central da bacia hidrográfica do Alto Paraguai, o complexo do pantanal é 
influenciado pelo Rio Paraguai e por seus vários afluentes que inundam a região 
formando extensas áreas alagadiças, bastante ricas em nutrientes, graças ao 
depósito de sedimentos trazidos pelos rios (ver fig. 14).
O clima predominante é o tropical úmido, marcado pelas altas temperaturas 
e grande índice pluviométrico (em torno de 1.110 mm por ano), com um verão 
quente e chuvoso (períodos da cheia) e um inverno frio e seco (período das 
secas). 
Fig. 13 - Mico-leão-dourado 
(Leontopithecus rosalia) é espécie 
predominante no sul do Rio de 
Janeiro e sofre por ser um dos 
primatas mais ameaçados de 
extinção do mundo
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J6
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Fig. 14 - Mapa com localização do bioma Pantanal. 
Imagem do rio Paraguai que banha o complexo do 
pantanal e é genuinamente brasileiro possui sua 
nascente a uma altitude de 290 metros no município de 
Alto Paraguai no estado do Mato Grosso
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17
BIOMAS BRASILEIROS
O pantanal, praticamente, não possui uma vegetação endêmica: sua flora 
reúne diversas espécies típicas de outras regiões do país, formando um mosaico 
distinto da Floresta Amazônica, do Cerrado, da Caatinga, da Mata Atlântica e do 
Chaco (paraguaio, argentino e boliviano). Diante disso, observa-se, no pantanal, 
uma vegetação não homogênea, com um padrão diferente de flora de acordo 
com o solo e a altitude. De acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de 
Pesquisas Agropecuária), cerca de 3500 espécies de plantas já foram identificadas 
no bioma do pantanal. Nas partes mais baixas, predominam as gramíneas; em 
alturas médias, aparecem árvores de porte médio entremeadas de arbustos e 
plantas rasteiras; em altitudes maiores, aparecem espécies típicas da caatinga, 
como o mandacaru, plantas aquáticas, palmeiras, orquídeas, figueiras, aroeiras 
e as piúvas, pertencente à família dos ipês com flores róseas e amarelas (ver fig. 
15). Durante os períodos de seca, os campos são cobertos, predominantemente, 
por gramíneas e vegetação de cerrado.
O complexo do Pantanal é muito diversificado, abrigando uma grande 
quantidade de animais, que vivem em 
perfeito equilíbrio ecológico. Segundo 
o Ministério do meio-ambiente, até o 
momento, foram catalogadas 263 espécies 
de peixes (piranha, bagre, pintado, pacu, 
jau, dourado); 41 espécies de anfíbios, 
113 espécies de répteis (jacaré, cágado, 
serpente); 463 espécies de aves (cabeça-
seca, tiriba, socó, garça, tucano, jandaia, 
tuiuiú) (ver fig. 16) e 132 espécies de 
mamíferos (a capivara, o porco-do-mato, 
a onça-pintada, a ararinha e várias espécies de macacos). Algumas espécies são 
endêmicas.
Apesar de sua beleza natural exuberante, o pantanal vem sendo muito 
impactado pela ação humana, principalmente, pela atividade agropecuária, 
especialmente nas áreas de planalto adjacentes do bioma, pela pesca e caça 
predatória.
Fig. 15 - Ipê-roxo ou piúva (Tabebuia 
heptaphylla), é uma árvore da 
América do Sul, conhecida pela 
utilização medicinal e como 
madeira de lei
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ECOLOGIA
Pampas
O bioma denominado Pampas, ou 
campos sulinos, com uma área de 176.496 
km² (IBGE, 2004), está localizado no extremo 
sul do Brasil, principalmente no estado 
do Rio Grande do Sul, ocupando 63% do 
território gaúcho e também os territórios 
da Argentina e Uruguai. O clima da região 
é o subtropical úmido, com verões quentes, 
atingindo temperaturas que podem ultrapassar os 35 oC, e invernos rigorosos 
com geadas e neve em algumas regiões, marcando temperaturas negativas. A 
precipitação anual se situa em torno de 1.200 mm, com chuvas concentradas nos 
meses de inverno. O relevo é pouco acidentado, com áreas baixas entrecortadas 
por vales, onde se encontram os rios da região. A paisagem é homogeneamente 
recoberta por uma vegetação herbácea com a presença de muitas gramíneas 
e plantas rasteiras, alguns arbustos e árvores de pequeno porte; por isso, os 
Pampas são chamados também de campos limpos. 
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a vegetação do bioma Pampa 
pode ser dividida em: Estepe, Savana Estépica, Floresta Estacional Semidecídua, 
Floresta Estacional Decidual, Formações Pioneiras e Floresta Estacional. Dessa 
Fig. 16 - Tuiuiú (Jabiru mycteria), 
é um pássaro bastante robusto, 
pode chegar a medir 2,50 metros 
de envergadura
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Fig. 17 - Mapa de localização do bioma pampas. 
Imagem mostrando uma paisagem típica da região 
dos campos sulinos
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BIOMAS BRASILEIROS
forma, a flora tem como seus principais representantes: ouro-pardo,cedro, 
cabreúva, canjerana, guajuvira, guatambu, grápia, capim-forquilha, grama-
tapete, flechilhas, canafístula, pau-de-leite, unha-de-gato, bracatinga, cabelos 
de-porco, angico-vermelho, caroba, babosa-do-campo, amendoim-nativo, 
trevo-nativo, cactáceas, timbaúva, algarrobo, palmeira anã, araucárias (ver 
figura 18).
A fauna na região é extensa, com espécies raras de animais e possui 
uma grande variedade de artrópodes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos de 
pequeno e grande porte, sendo 40% de espécies endêmicas. Dentre estes estão: 
o jacu, capivara, saíra, jacutinga, corruíra-do-campo, papa-mosca-do-campo, 
quero-quero, sabiá-do-campo, quero-quero, pica-pau-chorão, beija-flor-de-
barba-azul, caboclinho-de-barriga-verde, perdigão, perdiz, gavião-chimango, 
caminheiro-de-espora, gaturamo-verdadeiro, sanhaço, ratão-do-banhado, 
tatu-mulita, veado campeiro, lobo guará, graxaim, zorrilho, furão, preá, sapinho-
de-barriga-vermelha, dentre outros (ver fig. 19).
Fig. 18 - Araucária (Araucaria angustifólia), 
é a espécie arbórea dominante da floresta 
ombrófila mista, ocorrendo majoritariamente 
na região Sul do Brasil. É conhecida por 
muitos nomes populares, entre eles pinheiro-
brasileiro e pinheiro-do-paraná; é também 
chamada pelo nome de origem indígena, curi
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ECOLOGIA
A região, há muitas décadas, vem 
sendo descaracterizada, pois é muito 
utilizada na agricultura para produção de 
soja, milho, trigo e arroz, como também, na 
pecuária com a criação de gado e ovelhas, 
provocando a erosão do solo.
Fig. 19 - Graxaim-do-campo 
(Lycalopex gymnocercus) 
Popularmente conhecido 
como “raposa-dos-pampas”, 
o carnívoro está inserido na 
lista vermelha dos animais 
ameaçados de extinção no 
Paraná
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RESUMINDO
Nesta aula, vimos que os biomas são grandes 
áreas com características climáticas distintas, o que 
produz ampla variedade de condições ecológicas, que 
vão determinar os principais tipos de ecossistemas. 
Tivemos a oportunidade de conhecer os principais 
biomas brasileiros.
LEITURA COMPLEMENTAR
Biomas Brasileiros – USP – Centro de Divulgação 
Científica e Cultural Publicado em 18/03/2014. https://
www.youtube.com/watch?v=0dlXce3s4mo.
Caatinga - Um bioma exclusivo do Brasil. https://
youtu.be/F-4O4E27NBE.
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BIOMAS BRASILEIROS
AVALIANDO SEUS CONHECIMENTOS
1 – Já que você está por dentro do assunto, 
identifique o bioma natural em que você vive e descreva 
suas características da fauna, flora e ambiente.
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ECOLOGIA
CONHECENDO AS REFERÊNCIAS
BIVAR, A. Dicionário geral e analógico da Língua Portuguesa. Porto: Ouro L.D.A., 
1949. 467 p. v. 1.
FERNANDES, F.; LUFT, C. P.; GUIMARÃES, F. M. Dicionário Brasileiro Globo. 56. ed. São 
Paulo: Globo, 2003. 1457 p.
MILLER, G. Tyler; SPOOLMAN, Scott E. Ecologia e Sustentabilidade. 6. ed. São Paulo: 
Cengage Learning, 2012.
REECE, J. B. et al. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
SEZAR, S.; CÉSAR JR., S.; NELSON JR., C. Biologia 1. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
LISTA DE FIGURAS
Fig. 01 - http://media1.escola.britannica.com.br/eb-media/76/163376-073-0809B936.gif
Fig 02 - goo.gl/MXPL2s
Fig. 03 - 03(A) - goo.gl/Jf56iB - 03(B) - goo.gl/df2ttg
Fig. 04 - 03(A) - ggoo.gl/CB8iSV - 03(B) - goo.gl/8sHQFb
Fig. 05 - goo.gl/EJce1d
Fig. 06 - goo.gl/EJce1d
Fig 07 - goo.gl/1PtQ3j
Fig. 08 - goo.gl/epR3uk
Fig. 09 - goo.gl/9UQ8Ao
Fig. 10 - goo.gl/9UQ8Ao
Fig. 11 - goo.gl/DqXb1V
Fig 12 - goo.gl/iiQbVX
Fig. 13 - goo.gl/523J6C
Fig. 14 - goo.gl/opgGvr
Fig. 15 - goo.gl/84N1Zm
Fig. 16 - goo.gl/oBb144
Fig 17 - goo.gl/aL9B7v
Fig. 18 - goo.gl/6WCBB4
Fig. 19 - goo.gl/uP3GbW

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