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11 Controle do fluxo sanguineo

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Fisiologia
Controle do fluxo sanguíneo 
· Controle local e humoral do fluxo sanguíneo 
· Controle local (aguda e a longo prazo)
Controle local agudo
Cada tecido tem capacidade de controlar o seu próprio fluxo sanguíneo conforme a suas necessidades.
Variações de fluxo sanguíneo nos diferentes tecidos:
Alguns tecidos exigem de um fluxo maior a cada necessidade, então é relativo o fluxo para cada tecido, ou seja, os fluxos são específicos para cada tipo de tecido. Além disso, o coração não consegue bombear alta quantidade sangue, com isso, não tem como o fluxo ser continuo por esse motivo, é necessário que seja dividido da maneira correta.
O controle local agudo acontece, normalmente, por meio de vasoconstrição e vasodilatação, atuam sobre as arteríolas, metarteriolas e os esfíncteres pré-capilares (é uma resposta rápida).
 
O principal mecanismo relacionado ao controle agudo local é o metabolismo, ou seja, quanto maior for a taxa metabólica do tecido maior o fluxo sanguíneo para esse local, como visto no gráfico acima (de forma linear). 
Existem muitos nutrientes que atuam no fluxo sanguíneo, porém o oxigênio é o de mais importância: 
Como o oxigênio controla o fluxo? Duas teorias
Teoria da vasodilatação -> quando por algum motivo ocorre a diminuição da quantidade de oxigênio para um tecido gera a liberação de substancias vasodilatadoras (do próprio tecido) que atuam nos esfíncteres pré capilares, nas metarteriolas e as arteríolas e, dessa forma, fazendo a dilatação delas e aumentado o fluxo sanguíneo no tecido especifico. Dessas substancias vasodilatadoras a mais importante é a adenosina.
Teoria da demanda de oxigênio -> a própria falta de oxigênio no tecido tem a capacidade de atuar sobre a musculatura lisa dos vasos (esfíncteres pré capilares, nas metarteriolas e as arteríolas) e, também, causar vasodilatação de maneira direta (sem a presença de substancias).
Mecanismo:
Quando há uma oclusão arterial ocorre uma diminuição no fluxo sanguíneo do determinado tecido e a partir do momento em que deixa de existir o fluxo aumenta muito (hiperemia reativa).
Quando há um gasto energético/metabólico maior nos músculos (seja por meio de exercícios ou na digestão ou quando estamos estudando) há uma liberação de substancias vasodilatadoras (aumentando o oxigênio) e, dessa forma, aumentando o fluxo sanguíneo para o tecido especifico (hiperemia ativa).
· Autorregulação do fluxo sanguíneo 
Se houver o aumento da pressão arterial há uma tendencia de aumentar o fluxo sanguíneo (aguda)
É natural após um determinado tempo haver o aumento da pressão e manter o fluxo constante (longo prazo) e para isso existe um mecanismo que se chama autorregulação e existe duas teorias:
Teoria metabólica -> aumento da pressão – aumento do fluxo – inibição dos fatores vasos dilatadores – diminuição do fluxo (ficando constante)
Teoria miogênica (menos aceita) -> aumento da pressão – pressiona a parede do vaso – causando vasoconstrição – diminuição do fluxo 
O ultimo mecanismo utilizado para o controle do fluxo sanguíneo local é a ação de substancias vasodilatadoras e vasoconstritoras liberadas pelo endotélio do vaso. A principal substancia vasodilatadora é o oxido nítrico e a principal substancia vasoconstritora é a endotelina (as duas atuam como uma balança). 
 
Controle local a longo prazo 
Regulação do fluxo sanguíneo a longo prazo 
 
As alterações que ocorrem a longo prazo no fluxo sanguíneo se dão quando ocorre alterações crônicas na demanda metabólica, as que ocorrem a curto prazo (agudo) resolve apenas naquele momento é um procedimento rápido (vasodilatação, vasoconstrição).
Quando o metabolismo de um tecido é aumentado durante um tempo muito prolongado a vascularização desse tecido também aumenta e esse processo leva o nome de angiogênese (crescimento de novos vasos) -> aumentando a irrigação no tecido (nota-se nas imagens acima).
Essa construção de novos vasos depende das características do indivíduo, por exemplo quanto mais jovem ele for (maior atividade metabólica) maior é chance dos vasos se proliferarem e ocorrer uma angiogênese; em idosos isso é mais difícil e em um período mais longo para ocorrer.
Quando se faz necessário desse aumento de vascularização para responder ao aumento de fluxo sanguíneo ocorre uma liberação de alguns fatores (fatores de crescimento vascular/fatores de angiogênese) -> são quatro principais: fator de crescimento do endotélio vascular, fator de crescimento de fibroblastos, fator de crescimento derivados das plaquetas e angiogenina. 
Não é necessário que ocorra aumento do fluxo sanguíneo em um determinado tecido 24 horas por dia para que ocorra angiogênese, se ele ocorre de maneira constante (todos os dias, por exemplo) já é necessário para ocorrer o fenômeno. O aumento de vascularização é determinado pela necessidade máxima de fluxo sanguíneo daquele tecido.
Além disso, caso com o decorrer do tempo não for mais necessário o aumento de vascularização os vasos tem a capacidade de se atrofiarem.
Desenvolvimento de circulação colateral -> quando uma artéria ou uma veia foram bloqueadas, por algum motivo qualquer (trombose, placa de gordura etc.), um novo vaso pode se desenvolver ao redor desse local que sofreu o bloqueio e criar uma nova irrigação para levar nutrientes aos tecidos.
Processo de remodelação: 
Quando os vasos são expostos há alterações crônicas no fluxo sanguíneo ou na pressão arterial eles sofrem um processo de remodelação.
Os vasos pequenos (ex.: arteríolas) sofrem o processo de remodelação eutrófica -> expostas há pressões arteriais ou fluxos sanguíneos muito grandes a tendencia é que isso leve uma quantidade maior de oxigênio e, por isso, causa uma vasoconstrição (aumentando o diâmetro da parede).
Remodelação hipertrófica;
Remodelação para fora; 
Remodelação hipertrófica para fora.
 
Obs.: se houver uma redução crônica na pressão ou no fluxo sanguíneo a tendencia é que diminui a espessura das paredes dos vasos e ocorre o processo contrário.
· Controle Humoral do fluxo sanguíneo 
É a ação de alguns agentes hormonais que são secretados ou absorvidos por diferentes líquidos corporais.
Substancias vasoconstritoras: norepinefrina (liberada pelo sistema nervoso simpático), epinefrina, angiotensina II e vasopressina;
Substancias vasodilatadoras: brandicinina e histamina.

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