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NOÇÕES DE 
DIREITO ELEITORAL 
COLEÇÃO TRE-PA 
ATUALIZADO EM 19/11/2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 2 
 
 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 3 
 
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL TRE-PA 
 
 
1 Breves considerações sobre a prova..................................................... 5 
 
2 Conceito e fontes................................................................................ 6 
 
3 Princípios constitucionais relativos aos direitos políticos (nacionalidade, 
elegibilidade e partidos políticos) de que trata o Capítulo IV do Título I da 
Constituição Federal em seus arts. 14 a 17........................................... 7 
 
4 Lei nº 4.737/1965 e suas alterações (Código Eleitoral)........................... 11 
 
5 Organização da Justiça Eleitoral: composição e competências................. 98 
 
6 Ministério Público Eleitoral: atribuições.................................................. 100 
 
7 Alistamento eleitoral............................................................................ 102 
 
8 Lei nº 6.996/1982 e suas alterações..................................................... 109 
 
9 Lei nº 7.444/1985............................................................................... 113 
 
10 Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nº 21.538/2003.............. 116 
 
11 Domicílio eleitoral............................................................................... 142 
 
12 Elegibilidade. Conceito e condições. Impugnação de registro de candidatura - 
Competência para julgamento, procedimentos, prazos e efeitos recursais no 
âmbito da Lei Complementar nº 64/1990 e suas alterações................... 143 
 
13 Partidos políticos (conforme a Constituição Federal, Código Eleitoral, Lei nº 
9.096/1995 e suas alterações): conceituação, destinação, liberdade e 
autonomia partidárias, natureza jurídica, criação e registro, caráter nacional, 
funcionamento parlamentar, programa, estatuto, filiação, fidelidade e disciplina 
partidárias, fusão, incorporação e extinção, finanças e contabilidade, prestação 
de contas e sanções dela decorrentes, fundo partidário, acesso gratuito ao rádio 
e à televisão, propaganda partidária.................................................... 157 
 
14 Eleições (Código Eleitoral, Lei nº 9.504/1997 e suas alterações)............ 176 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 4 
 
 
15 Crimes eleitorais................................................................................. 227 
 
16 Lei nº 11.300/2006 e suas alterações (Lei da Minirreforma Eleitoral)...... 228 
 
17 Lei nº 12.034/2009............................................................................. 229 
 
18 Lei nº 13.165/2015............................................................................. 230 
 
19 Súmulas do TSE................................................................................. 231 
 
 
 
 
 
 
 
 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 5 
 
Breves considerações sobre a prova 
 
No caso dos últimos concursos de TREs, na disciplina de Direito Eleitoral, houve a cobrança de um 
raciocínio doutrinário em cerca de 10% das questões (em média), com cobrança de conteúdo 
normalmente exigido para concursos de nível superior em Direito. Você pode verificar esses dados 
na planilha sobre o perfil da prova, enviada conjuntamente com o presente material de estudo. 
 
O material de estudos exposto neste PDF está totalmente voltado para os limites do edital e perfil 
da última prova, que mesclou muita legislação com jurisprudência (súmulas do TSE, principalmente) 
e doutrina. 
 
Porém, para evitar surpresas com questões mais profundas e complexas, recomendo muito que o 
estudante aprofunde seus estudos com uma boa doutrina nesta disciplina, principalmente em 
momento anterior à publicação do edital (recomendo uma doutrina para cada disciplina no bônus 
que você ganhou ao adquirir esse material de estudo). 
 
Recomendo a leitura, ao menos uma vez dessa doutrina indicada, apenas em relação aos tópicos 
exigidos no edital, para melhor compreensão do tema. 
 
E é extremamente recomendável fazer muitas questões da mesma banca nesta disciplina, para 
entender plenamente o que eles mais cobram dos candidatos. 
 
Assim, com certeza você terá um maior embasamento para sua prova, e terá ainda mais facilidade 
em compreender e memorizar plenamente o conteúdo deste material de estudos. 
 
 
Atenção! As últimas provas de TREs cobraram conhecimentos de súmulas do TSE. Os últimos 
editais, inclusive, colocaram de forma expressa um tópico sobre o tema. Portanto, para evitar 
surpresas e se alinhar ao perfil de conhecimento cobrado nas provas dessa área, incluímos ao final 
deste material conteúdo completo com as súmulas do TSE. 
 
 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 6 
 
Conceito e fontes 
 
O Direito Eleitoral pode ser conceituado como um dos ramos do Direito Público (caracterizado pela 
prevalência do interesse público sobre os interesses privados), que tem como objetivo a regulação 
do exercício da democracia pelos cidadãos. 
 
No conceito de Joel José Cândido: 
 
O Direito Eleitoral é o ramo do Direito Público que trata de institutos relacionados 
com os direitos políticos e as eleições, em todas as suas fases, como forma de escolha 
dos titulares dos mandatos políticos e das instituições do Estado. 
 
De acordo com Djalma Pinto: 
 
O Direito Eleitoral é o ramo do Direito Público que disciplina a criação dos partidos, o 
ingresso do cidadão no corpo eleitoral para fruição dos direitos políticos, o registro 
das candidaturas, a propaganda eleitoral, o processo eletivo e a investidura no 
mandato. 
 
As fontes do Direito Eleitoral são as origens das normas que regem este ramo do Direito. 
 
São fontes formais (ou diretas) do Direito Eleitoral: 
 
- Constituição Federal de 1988; 
- Leis Federais; e 
- Resoluções do TSE. 
 
As fontes não formais (ou fontes indiretas) do Direito Eleitoral são: 
 
- Doutrina (interpretação sobre o Direito e as regras legais feitas pelos autoresdessa área); e 
- Jurisprudência (decisões de juízes e tribunais). 
 
Quanto ao tema, vale destacar as lições Omar Chamon (CHAMON, Omar. Direito Eleitoral. São 
Paulo: Editora Método): 
 
Listemos as principais fontes formais do direito eleitoral, conhecidas como fontes 
diretas. Inicialmente, e com superioridade hierárquica, temos os preceitos 
constitucionais [Arts. 14 a 17 e 118 a 121]. Ademais, fazem parte do rol o Código 
Eleitoral [Lei 4.737/1965], a Lei das Eleições [Lei 9.504/1997], a Lei das 
Inelegibilidades [Lei Complementar 64/1990] e a Lei dos Partidos Políticos [Lei 
9.096/1995]. Também possuem a natureza de fonte formal do direito eleitoral as 
respostas às consultas elaboradas pelos Tribunais Regionais e pelo Tribunal Superior 
Eleitoral. Da mesma forma, as Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral. Vale citar 
também as denominadas fontes indiretas do direito eleitoral, que são a doutrina e a 
jurisprudência sobre a matéria. 
 
 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 7 
 
Princípios constitucionais relativos aos direitos políticos (nacionalidade, 
elegibilidade e partidos políticos) de que trata o Capítulo IV do Título I da 
Constituição Federal em seus arts. 14 a 17 
 
Constituição Federal de 1988 
 
CAPÍTULO IV 
DOS DIREITOS POLÍTICOS 
 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com 
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
 
I - plebiscito; 
 
II - referendo; 
 
III - iniciativa popular. 
 
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: 
 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
 
II - facultativos para: 
 
a) os analfabetos; 
 
b) os maiores de setenta anos; 
 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
 
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar 
obrigatório, os conscritos. 
 
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
 
I - a nacionalidade brasileira; 
 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
 
III - o alistamento eleitoral; 
 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
 
V - a filiação partidária; 
 
VI - a idade mínima de: 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 8 
 
 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; 
 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; 
 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e 
juiz de paz; 
 
d) dezoito anos para Vereador. 
 
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
 
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e 
quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um 
único período subseqüente. 
 
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e 
do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes 
do pleito. 
 
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos 
ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado 
ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses 
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
 
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: 
 
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; 
 
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, 
passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, 
a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada 
vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do 
poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou 
indireta. 
 
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias 
contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou 
fraude. 
 
§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, 
na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. 
 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos 
de: 
 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 9 
 
 
II - incapacidade civil absoluta; 
 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, 
VIII; 
 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
 
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se 
aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. 
 
 
CAPÍTULO V 
DOS PARTIDOS POLÍTICOS 
 
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a 
soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa 
humana e observados os seguintes preceitos: 
 
I - caráter nacional; 
 
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de 
subordinação a estes; 
 
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; 
 
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 
 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer 
regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua 
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações 
nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade 
de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo 
seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. 
 
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão 
seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 
 
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, 
na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente: 
 
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos 
votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo 
de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou 
 
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço 
das unidades da Federação. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 10 
 
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. 
 
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste artigo é 
assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha 
atingido, não sendo essa filiação considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo 
partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. 
 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 11 
 
 
Lei nº 4.737/1965 e suas alterações (Código Eleitoral)LEI Nº 4.737, DE 15 DE JULHO DE 1965 - Institui o Código Eleitoral 
 
Atenção! Todos os dispositivos legais contrários à atual Constituição Federal consideram-se não-
recepcionados pela ordem constitucional vigente. Ou seja, em caso de conflitos entre normas da 
legislação ordinária com o texto constitucional, prevalece sempre este último. Lembre-se que a 
Constituição Federal é hierarquicamente superior às demais regras legais, ou seja, ela sempre 
prevalece em caso de conflitos entre normas. 
 
PARTE PRIMEIRA 
INTRODUÇÃO 
Art. 1º Este Código contém normas destinadas a assegurar a organização e o exercício de direitos 
políticos precipuamente os de votar e ser votado. 
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá Instruções para sua fiel execução. 
Art. 2º Todo poder emana do povo e será exercido em seu nome, por mandatários escolhidos, 
direta e secretamente, dentre candidatos indicados por partidos políticos nacionais, ressalvada a 
eleição indireta nos casos previstos na Constituição e leis específicas. 
Art. 3º Qualquer cidadão pode pretender investidura em cargo eletivo, respeitadas as condições 
constitucionais e legais de elegibilidade e incompatibilidade. 
Art. 4º São eleitores os brasileiros maiores de 18 anos que se alistarem na forma da lei 
Art. 5º Não podem alistar-se eleitores: 
I - os analfabetos; 
II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional; 
III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos. 
Parágrafo único - Os militares são alistáveis, desde que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-
marinha, subtenentes ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior 
para formação de oficiais. 
Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo, salvo: 
I - quanto ao alistamento: 
a) os inválidos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os que se encontrem fora do país. 
II - quanto ao voto: 
a) os enfermos; 
b) os que se encontrem fora do seu domicílio; 
c) os funcionários civis e os militares, em serviço que os impossibilite de votar. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 12 
 
Nota: Art. 14 da CF/88: 
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar 
obrigatório, os conscritos. 
Art. 7º O eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o juiz eleitoral até 30 (trinta) dias 
após a realização da eleição, incorrerá na multa de 3 (três) a 10 (dez) por cento sobre o salário-
mínimo da região, imposta pelo juiz eleitoral e cobrada na forma prevista no art. 367. 
§ 1º Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se justificou 
devidamente, não poderá o eleitor: 
I - inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-se ou empossar-se 
neles; 
II - receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, 
autárquico ou para estatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades 
de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço público 
delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição; 
III - participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos Estados, dos Territórios, do 
Distrito Federal ou dos Municípios, ou das respectivas autarquias; 
IV - obter empréstimos nas autarquias, sociedades de economia mista, caixas econômicas federais 
ou estaduais, nos institutos e caixas de previdência social, bem como em qualquer estabelecimento 
de crédito mantido pelo governo, ou de cuja administração este participe, e com essas entidades 
celebrar contratos; 
V - obter passaporte ou carteira de identidade; 
VI - renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo; 
VII - praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda. 
§ 2º Os brasileiros natos ou naturalizados, maiores de 18 anos, salvo os excetuados nos arts. 5º e 
6º, nº 1, sem prova de estarem alistados não poderão praticar os atos relacionados no parágrafo 
anterior. 
§ 3º Realizado o alistamento eleitoral pelo processo eletrônico de dados, será cancelada a inscrição 
do eleitor que não votar em 3 (três) eleições consecutivas, não pagar a multa ou não se justificar 
no prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da última eleição a que deveria ter comparecido. 
§ 4o O disposto no inciso V do § 1o não se aplica ao eleitor no exterior que requeira novo passaporte 
para identificação e retorno ao Brasil. 
Art. 8º O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que não se alistar até 
um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira, incorrerá na multa de 3 (três) a 10 (dez) por 
cento sobre o valor do salário-mínimo da região, imposta pelo juiz e cobrada no ato da inscrição 
eleitoral através de selo federal inutilizado no próprio requerimento. 
 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 13 
 
Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não alistado que requerer sua inscrição eleitoral até o 
centésimo primeiro dia anterior à eleição subseqüente à data em que completar dezenove anos. 
Art. 9º Os responsáveis pela inobservância do disposto nos arts. 7º e 8º incorrerão na multa de 1 
(um) a 3 (três) salários-mínimos vigentes na zona eleitoral ou de suspensão disciplinar até 30 
(trinta) dias. 
Art. 10. O juiz eleitoral fornecerá aos que não votarem por motivo justificado e aos não alistados 
nos termos dos artigos 5º e 6º, nº 1, documento que os isente das sanções legais. 
Art. 11. O eleitor que não votar e não pagar a multa, se se encontrar fora de sua zona e necessitar 
documento de quitação com a Justiça Eleitoral, poderá efetuar o pagamento perante o Juízo da 
zona em que estiver. 
§ 1º A multa será cobrada no máximo previsto, salvo se o eleitor quiser aguardar que o juiz da zona 
em que se encontrar solicite informações sobre o arbitramento ao Juízo da inscrição. 
§. 2º Em qualquer das hipóteses, efetuado o pagamento través de selos federais inutilizados no 
próprio requerimento, o juiz que recolheu a multa comunicará o fato ao da zona de inscrição e 
fornecerá ao requerente comprovante do pagamento. 
 
PARTE SEGUNDA 
DOS ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL 
Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral: 
I - O Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da República e jurisdição em todo o País; 
II - um Tribunal Regional, na Capital de cada Estado, no Distrito Federal e, mediante proposta do 
Tribunal Superior, na Capital de Território; 
III - juntas eleitorais; 
IV - juizes eleitorais. 
Art. 13. O número de juizes dos Tribunais Regionais não será reduzido, mas poderá ser elevado até 
nove, mediante proposta do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida. 
Nota: Art. 120 da CF/88. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no 
Distrito Federal. 
§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: 
I - mediante eleição, pelo voto secreto: 
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; 
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; 
II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, 
ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal 
respectivo; 
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável 
saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. 
§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os 
desembargadores.E-book licenciado para Jacilene Galvao jaci_carv@hotmail.com CPF: 78049300110
APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 14 
 
Art. 14. Os juizes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por 
dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. 
§ 1º Os biênios serão contados, ininterruptamente, sem o desconto de qualquer afastamento nem 
mesmo o decorrente de licença, férias, ou licença especial, salvo no caso do § 3º. 
§ 2º Os juizes afastados por motivo de licença férias e licença especial, de suas funções na Justiça 
comum, ficarão automaticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo correspondente exceto 
quando com períodos de férias coletivas, coincidir a realização de eleição, apuração ou 
encerramento de alistamento. 
§ 3o Da homologação da respectiva convenção partidária até a diplomação e nos feitos decorrentes 
do processo eleitoral, não poderão servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou como juiz eleitoral, 
o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo 
registrado na circunscrição. 
§ 4º No caso de recondução para o segundo biênio observar-se-ão as mesmas formalidades 
indispensáveis à primeira investidura. 
Nota: § 2º do art. 121 da CF/88: Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão 
por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos 
escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. 
Art. 15. Os substitutos dos membros efetivos dos Tribunais Eleitorais serão escolhidos, na mesma 
ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. 
 
TÍTULO I 
DO TRIBUNAL SUPERIOR 
Nota: Vide art. 118 e seguintes da CF/88. 
Art. 16. Compõe-se o Tribunal Superior Eleitoral: (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984) 
I - mediante eleição, pelo voto secreto: (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984) 
a) de três juizes, dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; e (Redação dada pela Lei nº 
7.191, de 1984) 
b) de dois juizes, dentre os membros do Tribunal Federal de Recursos; (Redação dada pela Lei nº 
7.191, de 1984) 
II - por nomeação do Presidente da República, de dois entre seis advogados de notável saber 
jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. (Redação dada pela Lei nº 
7.191, de 1984) 
§ 1º - Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre si 
parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo, 
excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por último. (Redação dada pela Lei nº 7.191, 
de 1984) 
§ 2º - A nomeação de que trata o inciso II deste artigo não poderá recair em cidadão que ocupe 
cargo público de que seja demissível ad nutum; que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa 
beneficiada com subvenção, privilegio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração 
pública; ou que exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal. (Redação dada 
pela Lei nº 7.191, de 1984) 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 15 
 
Art. 17. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá para seu presidente um dos ministros do Supremo 
Tribunal Federal, cabendo ao outro a vice-presidência, e para Corregedor Geral da Justiça Eleitoral 
um dos seus membros. 
§ 1º As atribuições do Corregedor Geral serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral. 
§ 2º No desempenho de suas atribuições o Corregedor Geral se locomoverá para os Estados e 
Territórios nos seguintes casos: 
I - por determinação do Tribunal Superior Eleitoral; 
II - a pedido dos Tribunais Regionais Eleitorais; 
III - a requerimento de Partido deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral; 
IV - sempre que entender necessário. 
§ 3º Os provimentos emanados da Corregedoria Geral vinculam os Corregedores Regionais, que 
lhes devem dar imediato e preciso cumprimento. 
Art. 18. Exercerá as funções de Procurador Geral, junto ao Tribunal Superior Eleitoral, o Procurador 
Geral da República, funcionando, em suas faltas e impedimentos, seu substituto legal. 
Parágrafo único. O Procurador Geral poderá designar outros membros do Ministério Público da 
União, com exercício no Distrito Federal, e sem prejuízo das respectivas funções, para auxiliá-lo 
junto ao Tribunal Superior Eleitoral, onde não poderão ter assento. 
Art. 19. O Tribunal Superior delibera por maioria de votos, em sessão pública, com a presença da 
maioria de seus membros. 
Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior, assim na interpretação do Código Eleitoral em 
face da Constituição e cassação de registro de partidos políticos, como sobre quaisquer recursos 
que importem anulação geral de eleições ou perda de diplomas, só poderão ser tomadas com a 
presença de todos os seus membros. Se ocorrer impedimento de algum juiz, será convocado o 
substituto ou o respectivo suplente. 
Art. 20. Perante o Tribunal Superior, qualquer interessado poderá argüir a suspeição ou 
impedimento dos seus membros, do Procurador Geral ou de funcionários de sua Secretaria, nos 
casos previstos na lei processual civil ou penal e por motivo de parcialidade partidária, mediante o 
processo previsto em regimento. 
Parágrafo único. Será ilegítima a suspeição quando o excipiente a provocar ou, depois de 
manifestada a causa, praticar ato que importe aceitação do argüido. 
Art. 21 Os Tribunais e juizes inferiores devem dar imediato cumprimento às decisões, mandados, 
instruções e outros atos emanados do Tribunal Superior Eleitoral. 
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior: 
I - Processar e julgar originariamente: 
a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de 
candidatos à Presidência e vice-presidência da República; 
Art. 2º da LC 64/1990 (Lei dos casos de inelegibilidade): 
Compete à Justiça Eleitoral conhecer e decidir as argüições de inelegibilidade. 
Parágrafo único. A argüição de inelegibilidade será feita perante: 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 16 
 
I - o Tribunal Superior Eleitoral, quando se tratar de candidato a Presidente ou Vice-Presidente da 
República; 
II - os Tribunais Regionais Eleitorais, quando se tratar de candidato a Senador, Governador e Vice-
Governador de Estado e do Distrito Federal, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado 
Distrital; 
III - os Juízes Eleitorais, quando se tratar de candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador. 
 
b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juizes eleitorais de Estados diferentes; 
c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao Procurador Geral e aos funcionários da sua 
Secretaria; 
d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos seus próprios juizes e 
pelos juizes dos Tribunais Regionais; 
Nota: 
Art. 102 da CF/88. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, 
cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
[...] 
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os 
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os 
membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão 
diplomática de caráter permanente; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) 
 
[...] 
 
Art. 105 da CF/88. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de 
responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, 
os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais 
Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membrosdos Conselhos ou Tribunais 
de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais; 
e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, relativos a atos do Presidente 
da República, dos Ministros de Estado e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o habeas corpus, 
quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre 
a impetração; 
Nota: A RSF nº 132, de 1984, suspendeu a execução da locução "ou mandado de segurança", por 
inconstitucionalidade, nos termos de decisão do STF. 
f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à sua 
contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos; 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 17 
 
g) as impugnações á apuração do resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição de diploma 
na eleição de Presidente e Vice-Presidente da República; 
h) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos Tribunais Regionais dentro de trinta 
dias da conclusão ao relator, formulados por partido, candidato, Ministério Público ou parte 
legitimamente interessada. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966) 
i) as reclamações contra os seus próprios juizes que, no prazo de trinta dias a contar da conclusão, 
não houverem julgado os feitos a eles distribuídos. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) 
j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro de cento e vinte dias 
de decisão irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo até o seu trânsito em 
julgado. 
Nota: Acórdão STF, de 17.3.1999, na ADI nº 1.459: declara inconstitucional o trecho em itálico. 
Súmula-TSE nº 33 - Somente é cabível ação rescisória de decisões do Tribunal Superior Eleitoral 
que versem sobre a incidência de causa de inelegibilidade. 
II - julgar os recursos interpostos das decisões dos Tribunais Regionais nos termos do Art. 276 
inclusive os que versarem matéria administrativa. 
Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior são irrecorrível, salvo nos casos do Art. 281. 
Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior, 
I - elaborar o seu regimento interno; 
II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Geral, propondo ao Congresso Nacional a criação 
ou extinção dos cargos administrativos e a fixação dos respectivos vencimentos, provendo-os na 
forma da lei; 
III - conceder aos seus membros licença e férias assim como afastamento do exercício dos cargos 
efetivos; 
IV - aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juizes dos Tribunais Regionais 
Eleitorais; 
V - propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer dos Territórios; 
VI - propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juizes de qualquer Tribunal Eleitoral, 
indicando a forma desse aumento; 
VII - fixar as datas para as eleições de Presidente e Vice-Presidente da República, senadores e 
deputados federais, quando não o tiverem sido por lei: 
VIII - aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a criação de novas zonas; 
IX - expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste Código; 
X - fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores Regionais e auxiliares em diligência fora da 
sede; 
XI - enviar ao Presidente da República a lista tríplice organizada pelos Tribunais de Justiça nos 
termos do ar. 25; 
XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade 
com jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político; 
XIII - autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras nos Estados em que essa providência 
for solicitada pelo Tribunal Regional respectivo; 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 18 
 
XIV - requisitar a força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas próprias decisões ou das 
decisões dos Tribunais Regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a 
apuração; (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966) 
XV - organizar e divulgar a Súmula de sua jurisprudência; 
XVI - requisitar funcionários da União e do Distrito Federal quando o exigir o acúmulo ocasional do 
serviço de sua Secretaria; 
XVII - publicar um boletim eleitoral; 
XVIII - tomar quaisquer outras providências que julgar convenientes à execução da legislação 
eleitoral. 
Art. 24. Compete ao Procurador Geral, como Chefe do Ministério Público Eleitoral; 
I - assistir às sessões do Tribunal Superior e tomar parte nas discussões; 
II - exercer a ação pública e promovê-la até final, em todos os feitos de competência originária do 
Tribunal; 
III - oficiar em todos os recursos encaminhados ao Tribunal; 
Nota: Art. 129 da CF/88. São funções institucionais do Ministério Público: 
[...] 
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, 
do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; 
[...] 
§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de 
terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei. 
IV - manifestar-se, por escrito ou oralmente, em todos os assuntos submetidos à deliberação do 
Tribunal, quando solicitada sua audiência por qualquer dos juizes, ou por iniciativa sua, se entender 
necessário; 
V - defender a jurisdição do Tribunal; 
VI - representar ao Tribunal sobre a fiel observância das leis eleitorais, especialmente quanto à sua 
aplicação uniforme em todo o País; 
VII - requisitar diligências, certidões e esclarecimentos necessários ao desempenho de suas 
atribuições; 
VIII - expedir instruções aos órgãos do Ministério Público junto aos Tribunais Regionais; 
IX - acompanhar, quando solicitado, o Corregedor Geral, pessoalmente ou por intermédio de 
Procurador que designe, nas diligências a serem realizadas. 
 
 
TÍTULO II 
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS 
Nota: Vide art. 120 da CF/88 
Art. 25. Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:(Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984) 
I - mediante eleição, pelo voto secreto: (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984) 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 19 
 
a) de dois juizes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; (Redação dada pela Lei nº 
7.191, de 1984) 
b) de dois juizes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; (Redação dada pela Lei nº 7.191, 
de 1984) 
II - do juiz federal e, havendo mais de um, do que for escolhido pelo Tribunal Federal de Recursos; 
e (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984) 
III - por nomeação do Presidente da República de dois dentre seis cidadãos de notável saber jurídico 
e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.191, de 1984) 
Atenção! Embora a lei nº 7.191/84 tenha suprimido os §§ 1º a 7º, inseridos abaixo, o TSE entende 
que esses parágrafos continuam em vigência. 
§ 1º A lista tríplice organizada pelo Tribunal de Justiça será enviada ao Tribunal Superior Eleitoral. 
§ 2º A lista não poderá conter nome de magistrado aposentado ou de membro do Ministério 
Público. 
§ 3º Recebidas as indicações o Tribunal Superior divulgará a lista através de edital, podendo os 
partidos, no prazo de cinco dias, impugná-la com fundamento em incompatibilidade. 
Nota: Acórdão TSE, de 30.6.2011, na LT nº 35096: a interpretação teleológica deste código conduz 
à legitimidade abrangente para a impugnação à lista tríplice, incluindo aí o cidadão, o Ministério 
Público, os parlamentares ou os integrantes do Executivo. 
§ 4º Se a impugnação for julgada procedente quanto a qualquer dos indicados, a lista será 
devolvida ao Tribunal de origem para complementação. 
§ 5º Não havendo impugnação, ou desprezada esta, o Tribunal Superior encaminhará a lista ao 
Poder Executivo para a nomeação. 
§ 6ºNão podem fazer parte do Tribunal Regional pessoas que tenham entre si parentesco, ainda 
que por afinidade, até o 4º grau, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo, excluindo-se neste caso a que 
tiver sido escolhida por último. 
§ 7º A nomeação de que trata o nº II deste artigo não poderá recair em cidadão que tenha qualquer 
das incompatibilidades mencionadas no art. 16, § 4º. 
Nota: A remissão ao § 4º do art. 16 deste código refere-se a sua redação original. Com a redação 
dada pela Lei nº 7.191/1984, a matéria constante no § 4º do art. 16 passou a ser tratada no § 2º. 
Art. 26. O Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal Regional serão eleitos por este dentre os três 
desembargadores do Tribunal de Justiça; o terceiro desembargador será o Corregedor Regional da 
Justiça Eleitoral. 
§ 1º As atribuições do Corregedor Regional serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral e, em 
caráter supletivo ou complementar, pelo Tribunal Regional Eleitoral perante o qual servir. 
§ 2º No desempenho de suas atribuições o Corregedor Regional se locomoverá para as zonas 
eleitorais nos seguintes casos: 
I - por determinação do Tribunal Superior Eleitoral ou do Tribunal Regional Eleitoral; 
II - a pedido dos juizes eleitorais; 
III - a requerimento de Partido, deferido pelo Tribunal Regional; 
IV - sempre que entender necessário. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 20 
 
Art. 27. Servirá como Procurador Regional junto a cada Tribunal Regional Eleitoral o Procurador da 
República no respectivo Estado e, onde houver mais de um, aquele que for designado pelo 
Procurador Geral da República. 
§ 1º No Distrito Federal, serão as funções de Procurador Regional Eleitoral exercidas pelo Procurador 
Geral da Justiça do Distrito Federal. 
§ 2º Substituirá o Procurador Regional, em suas faltas ou impedimentos, o seu substituto legal. 
§ 3º Compete aos Procuradores Regionais exercer, perante os Tribunais junto aos quais servirem, 
as atribuições do Procurador Geral. 
§ 4º Mediante prévia autorização do Procurador Geral, podendo os Procuradores Regionais 
requisitar, para auxiliá-los nas suas funções, membros do Ministério Público local, não tendo estes, 
porém, assento nas sessões do Tribunal. 
Art. 28. Os Tribunais Regionais deliberam por maioria de votos, em sessão pública, com a presença 
da maioria de seus membros. 
§ 1º No caso de impedimento e não existindo quorum, será o membro do Tribunal substituído por 
outro da mesma categoria, designado na forma prevista na Constituição. 
§ 2º Perante o Tribunal Regional, e com recurso voluntário para o Tribunal Superior qualquer 
interessado poderá argüir a suspeição dos seus membros, do Procurador Regional, ou de 
funcionários da sua Secretaria, assim como dos juizes e escrivães eleitorais, nos casos previstos na 
lei processual civil e por motivo de parcialidade partidária, mediante o processo previsto em 
regimento. 
§ 3º No caso previsto no parágrafo anterior será observado o disposto no parágrafo único do art. 
20. 
§ 4o As decisões dos Tribunais Regionais sobre quaisquer ações que importem cassação de registro, 
anulação geral de eleições ou perda de diplomas somente poderão ser tomadas com a presença de 
todos os seus membros. 
§ 5o No caso do § 4o, se ocorrer impedimento de algum juiz, será convocado o suplente da mesma 
classe. 
Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais: 
I - processar e julgar originariamente: 
a) o registro e o cancelamento do registro dos diretórios estaduais e municipais de partidos políticos, 
bem como de candidatos a Governador, Vice-Governadores, e membro do Congresso Nacional e 
das Assembléias Legislativas; 
b) os conflitos de jurisdição entre juizes eleitorais do respectivo Estado; 
c) a suspeição ou impedimentos aos seus membros ao Procurador Regional e aos funcionários da 
sua Secretaria assim como aos juizes e escrivães eleitorais; 
d) os crimes eleitorais cometidos pelos juizes eleitorais; 
e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, contra ato de autoridades que 
respondam perante os Tribunais de Justiça por crime de responsabilidade e, em grau de recurso, 
os denegados ou concedidos pelos juizes eleitorais; ou, ainda, o habeas corpus quando houver 
perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a impetração; 
f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto a sua 
contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos; 
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g) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos pelos juizes eleitorais em trinta dias da 
sua conclusão para julgamento, formulados por partido candidato Ministério Público ou parte 
legitimamente interessada sem prejuízo das sanções decorrentes do excesso de prazo. (Redação 
dada pela Lei nº 4.961, de 1966) 
II - julgar os recursos interpostos: 
a) dos atos e das decisões proferidas pelos juizes e juntas eleitorais. 
b) das decisões dos juizes eleitorais que concederem ou denegarem habeas corpus ou mandado de 
segurança. 
Parágrafo único. As decisões dos Tribunais Regionais são irrecorríveis, salvo nos casos do Art. 276. 
Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regionais: 
I - elaborar o seu regimento interno; 
II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Regional provendo-lhes os cargos na forma da lei, 
e propor ao Congresso Nacional, por intermédio do Tribunal Superior a criação ou supressão de 
cargos e a fixação dos respectivos vencimentos; 
III - conceder aos seus membros e aos juizes eleitorais licença e férias, assim como afastamento 
do exercício dos cargos efetivos submetendo, quanto aqueles, a decisão à aprovação do Tribunal 
Superior Eleitoral; 
IV - fixar a data das eleições de Governador e Vice-Governador, deputados estaduais, prefeitos, 
vice-prefeitos , vereadores e juizes de paz, quando não determinada por disposição constitucional 
ou legal; 
V - constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdição; 
VI - indicar ao tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções em que a contagem dos votos deva 
ser feita pela mesa receptora; 
VII - apurar com os resultados parciais enviados pelas juntas eleitorais, os resultados finais das 
eleições de Governador e Vice-Governador de membros do Congresso Nacional e expedir os 
respectivos diplomas, remetendo dentro do prazo de 10 (dez) dias após a diplomação, ao Tribunal 
Superior, cópia das atas de seus trabalhos; 
VIII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por autoridade 
pública ou partido político; 
IX - dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais, submetendo essa divisão, assim como a 
criação de novas zonas, à aprovação do Tribunal Superior; 
X - aprovar a designação do Ofício de Justiça que deva responder pela escrivania eleitoral durante 
o biênio; 
XI - (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994) 
XII - requisitar a força necessária ao cumprimento de suas decisões solicitar ao Tribunal Superior a 
requisição de força federal; 
XIII - autorizar, no Distrito Federal e nas capitais dos Estados, ao seu presidente e, no interior, aos 
juizes eleitorais, a requisição de funcionários federais, estaduais ou municipais para auxiliarem os 
escrivães eleitorais, quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço; 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 22 
 
XIV - requisitar funcionários da União e, ainda, no Distrito Federal e em cada Estado ou Território, 
funcionários dos respectivos quadros administrativos, no caso de acúmulo ocasional de serviço de 
suas Secretarias; 
XV - aplicar as penas disciplinares de advertência e de suspensão até 30 (trinta) dias aos juizes 
eleitorais; 
XVI - cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do Tribunal Superior;XVII - determinar, em caso de urgência, providências para a execução da lei na respectiva 
circunscrição; 
XVIII - organizar o fichário dos eleitores do Estado. 
XIX - suprimir os mapas parciais de apuração mandando utilizar apenas os boletins e os mapas 
totalizadores, desde que o menor número de candidatos às eleições proporcionais justifique a 
supressão, observadas as seguintes normas: (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) 
a) qualquer candidato ou partido poderá requerer ao Tribunal Regional que suprima a exigência dos 
mapas parciais de apuração; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) 
b) da decisão do Tribunal Regional qualquer candidato ou partido poderá, no prazo de três dias, 
recorrer para o Tribunal Superior, que decidirá em cinco dias; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 
1966) 
c) a supressão dos mapas parciais de apuração só será admitida até seis meses antes da data da 
eleição; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) 
d) os boletins e mapas de apuração serão impressos pelos Tribunais Regionais, depois de aprovados 
pelo Tribunal Superior; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) 
e) o Tribunal Regional ouvira os partidos na elaboração dos modelos dos boletins e mapas de 
apuração a fim de que estes atendam às peculiaridade locais, encaminhando os modelos que 
aprovar, acompanhados das sugestões ou impugnações formuladas pelos partidos, à decisão do 
Tribunal Superior. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) 
Art. 31. Faltando num Território o Tribunal Regional, ficará a respectiva circunscrição eleitoral sob 
a jurisdição do Tribunal Regional que o Tribunal Superior designar. 
 
TÍTULO III 
DOS JUIZES ELEITORAIS 
Art. 32. Cabe a jurisdição de cada uma das zonas eleitorais a um juiz de direito em efetivo exercício 
e, na falta deste, ao seu substituto legal que goze das prerrogativas do art. 95 da Constituição. 
Parágrafo único. Onde houver mais de uma vara o Tribunal Regional designara aquela ou aquelas, 
a que incumbe o serviço eleitoral. 
Art. 33. Nas zonas eleitorais onde houver mais de uma serventia de justiça, o juiz indicará ao 
Tribunal Regional a que deve ter o anexo da escrivania eleitoral pelo prazo de dois anos. 
§ 1º Não poderá servir como escrivão eleitoral, sob pena de demissão, o membro de diretório de 
partido político, nem o candidato a cargo eletivo, seu cônjuge e parente consangüíneo ou afim até 
o segundo grau. 
§ 2º O escrivão eleitoral, em suas faltas e impedimentos, será substituído na forma prevista pela lei 
de organização judiciária local. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 23 
 
Art. 34. Os juizes despacharão todos os dias na sede da sua zona eleitoral. 
Art. 35. Compete aos juizes: 
I - cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações do Tribunal Superior e do Regional; 
II - processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe forem conexos, ressalvada a 
competência originária do Tribunal Superior e dos Tribunais Regionais; 
III - decidir habeas corpus e mandado de segurança, em matéria eleitoral, desde que essa 
competência não esteja atribuída privativamente a instância superior. 
IV - fazer as diligências que julgar necessárias a ordem e presteza do serviço eleitoral; 
V - tomar conhecimento das reclamações que lhe forem feitas verbalmente ou por escrito, 
reduzindo-as a termo, e determinando as providências que cada caso exigir; 
VI - indicar, para aprovação do Tribunal Regional, a serventia de justiça que deve ter o anexo da 
escrivania eleitoral; 
VII - (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994) 
VIII - dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrição e a exclusão de eleitores; 
IX- expedir títulos eleitorais e conceder transferência de eleitor; 
X - dividir a zona em seções eleitorais; 
XI mandar organizar, em ordem alfabética, relação dos eleitores de cada seção, para remessa a 
mesa receptora, juntamente com a pasta das folhas individuais de votação; 
Nota: Lei nº 6.996/1982, art. 12, caput: a folha individual foi substituída por listas de eleitores 
emitidas no processamento eletrônico de dados. 
XII - ordenar o registro e cassação do registro dos candidatos aos cargos eletivos municiais e 
comunicá-los ao Tribunal Regional; 
Nota: LC nº 64/1990, art. 2º, parágrafo único, III: arguição de inelegibilidade perante os juízes 
eleitorais. 
XIII - designar, até 60 (sessenta) dias antes das eleições os locais das seções; 
XIV - nomear, 60 (sessenta) dias antes da eleição, em audiência pública anunciada com pelo menos 
5 (cinco) dias de antecedência, os membros das mesas receptoras; 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 63, § 2º: vedada a nomeação, para presidente e mesários, de 
menores de 18 anos. 
XV - instruir os membros das mesas receptoras sobre as suas funções; 
XVI - providenciar para a solução das ocorrências que se verificarem nas mesas receptoras; 
XVII - tomar todas as providências ao seu alcance para evitar os atos viciosos das eleições; 
XVIII -fornecer aos que não votaram por motivo justificado e aos não alistados, por dispensados do 
alistamento, um certificado que os isente das sanções legais; 
XIX - comunicar, até às 12 horas do dia seguinte a realização da eleição, ao Tribunal Regional e aos 
delegados de partidos credenciados, o número de eleitores que votarem em cada uma das seções 
da zona sob sua jurisdição, bem como o total de votantes da zona. 
 
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TÍTULO IV 
DAS JUNTAS ELEITORAIS 
Art. 36. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de direito, que será o presidente, e de 2 (dois) 
ou 4 (quatro) cidadãos de notória idoneidade. 
§ 1º Os membros das juntas eleitorais serão nomeados 60 (sessenta) dia antes da eleição, depois 
de aprovação do Tribunal Regional, pelo presidente deste, a quem cumpre também designar-lhes 
a sede. 
§ 2º Até 10 (dez) dias antes da nomeação os nomes das pessoas indicadas para compor as juntas 
serão publicados no órgão oficial do Estado, podendo qualquer partido, no prazo de 3 (três) dias, 
em petição fundamentada, impugnar as indicações. 
§ 3º Não podem ser nomeados membros das Juntas, escrutinadores ou auxiliares: 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 64: vedada a participação de parentes em qualquer grau ou de 
servidores da mesma repartição pública ou empresa privada na mesma mesa, turma ou junta 
eleitoral. 
I - os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusive, e bem 
assim o cônjuge; 
II - os membros de diretorias de partidos políticos devidamente registrados e cujos nomes tenham 
sido oficialmente publicados; 
III - as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de cargos de 
confiança do Executivo; 
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral. 
Art. 37. Poderão ser organizadas tantas Juntas quantas permitir o número de juizes de direito que 
gozem das garantias do Art. 95 da Constituição, mesmo que não sejam juizes eleitorais. 
Parágrafo único. Nas zonas em que houver de ser organizada mais de uma Junta, ou quando estiver 
vago o cargo de juiz eleitoral ou estiver este impedido, o presidente do Tribunal Regional, com a 
aprovação deste, designará juizes de direito da mesma ou de outras comarcas, para presidirem as 
juntas eleitorais. 
Art. 38. Ao presidente da Junta é facultado nomear, dentre cidadãos de notória idoneidade, 
escrutinadores e auxiliares em número capaz de atender a boa marcha dos trabalhos. 
§ 1º É obrigatória essa nomeação sempre que houver mais de dez urnas a apurar. 
§ 2º Na hipótese do desdobramento da Junta em Turmas, o respectivo presidente nomeará um 
escrutinador para servir como secretário em cada turma. 
§ 3º Além dos secretários a que se refere o parágrafo anterior, será designado pelo presidente da 
Junta um escrutinador para secretário-geral competindo-lhe; 
I - lavrar as atas; 
II - tomar por termo ou protocolar os recursos, neles funcionando como escrivão;III - totalizar os votos apurados. 
Art. 39. Até 30 (trinta) dias antes da eleição o presidente da Junta comunicará ao Presidente do 
Tribunal Regional as nomeações que houver feito e divulgará a composição do órgão por edital 
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publicado ou afixado, podendo qualquer partido oferecer impugnação motivada no prazo de 3 (três) 
dias. 
Art. 40. Compete à Junta Eleitoral; 
I - apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleições realizadas nas zonas eleitorais sob a sua jurisdição. 
II - resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da contagem e 
da apuração; 
III - expedir os boletins de apuração mencionados no Art. 178; 
IV - expedir diploma aos eleitos para cargos municipais. 
Parágrafo único. Nos municípios onde houver mais de uma junta eleitoral a expedição dos diplomas 
será feita pelo que for presidida pelo juiz eleitoral mais antigo, à qual as demais enviarão os 
documentos da eleição. 
Art. 41. Nas zonas eleitorais em que for autorizada a contagem prévia dos votos pelas mesas 
receptoras, compete à Junta Eleitoral tomar as providências mencionadas no Art. 195. 
 
PARTE TERCEIRA 
DO ALISTAMENTO 
 
TÍTULO I 
DA QUALIFICAÇÃO E INSCRIÇÃO 
 
Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e inscrição do eleitor. 
 
Parágrafo único. Para o efeito da inscrição, é domicílio eleitoral o lugar de residência ou moradia do 
requerente, e, verificado ter o alistando mais de uma, considerar-se-á domicílio qualquer delas. 
 
Art. 43. O alistando apresentará em cartório ou local previamente designado, requerimento em 
fórmula que obedecerá ao modelo aprovado pelo Tribunal Superior. 
 
Art. 44. O requerimento, acompanhado de 3 (três) retratos, será instruído com um dos seguintes 
documentos, que não poderão ser supridos mediante justificação: 
 
I - carteira de identidade expedida pelo órgão competente do Distrito Federal ou dos Estados; 
 
II - certificado de quitação do serviço militar; 
 
III - certidão de idade extraída do Registro Civil; 
 
IV - instrumento público do qual se infirá, por direito ter o requerente idade superior a dezoito anos 
e do qual conste, também, os demais elementos necessários à sua qualificação; 
 
V - documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, originária ou adquirida, do requerente. 
 
Parágrafo único. Será devolvido o requerimento que não contenta os dados constantes do modelo 
oficial, na mesma ordem, e em caracteres inequívocos. 
 
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Art. 45. O escrivão, o funcionário ou o preparador recebendo a fórmula e documentos determinará 
que o alistando date e assine a petição e em ato contínuo atestará terem sido a data e a assinatura 
lançados na sua presença; em seguida, tomará a assinatura do requerente na folha individual de 
votação" e nas duas vias do título eleitoral, dando recibo da petição e do documento. 
 
§ 1º O requerimento será submetido ao despacho do juiz nas 48 (quarenta e oito), horas seguintes. 
 
§ 2º Poderá o juiz se tiver dúvida quanto a identidade do requerente ou sobre qualquer outro 
requisito para o alistamento, converter o julgamento em diligência para que o alistando esclareça 
ou complete a prova ou, se for necessário, compareça pessoalmente à sua presença. 
 
§ 3º Se se tratar de qualquer omissão ou irregularidade que possa ser sanada, fixará o juiz para 
isso prazo razoável. 
 
§ 4º Deferido o pedido, no prazo de cinco dias, o título e o documento que instruiu o pedido serão 
entregues pelo juiz, escrivão, funcionário ou preparador. A entrega far-se-á ao próprio eleitor, 
mediante recibo, ou a quem o eleitor autorizar por escrito o recebimento, cancelando-se o título 
cuja assinatura não for idêntica à do requerimento de inscrição e à do recibo. (Redação dada 
pela Lei nº 4.961, de 1966) 
 
O recibo será obrigatoriamente anexado ao processo eleitoral, incorrendo o juiz que não o fizer na 
multa de um a cinco salários-mínimos regionais na qual incorrerão ainda o escrivão, funcionário ou 
preparador, se responsáveis bem como qualquer deles, se entregarem ao eleitor o título cuja 
assinatura não for idêntica à do requerimento de inscrição e do recibo ou o fizerem a pessoa não 
autorizada por escrito. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966) 
 
§ 5º A restituição de qualquer documento não poderá ser feita antes de despachado o pedido de 
alistamento pelo juiz eleitoral. 
 
§ 6º Quinzenalmente o juiz eleitoral fará publicar pela imprensa, onde houver ou por editais, a lista 
dos pedidos de inscrição, mencionando os deferidos, os indeferidos e os convertidos em diligência, 
contando-se dessa publicação o prazo para os recursos a que se refere o parágrafo seguinte. 
 
§ 7º Do despacho que indeferir o requerimento de inscrição caberá recurso interposto pelo 
alistando, e do que o deferir poderá recorrer qualquer delegado de partido. 
 
§ 8º Os recursos referidos no parágrafo anterior serão julgados pelo Tribunal Regional Eleitoral 
dentro de 5 (cinco) dias. 
 
§ 9º Findo esse prazo, sem que o alistando se manifeste, ou logo que seja desprovido o recurso em 
instância superior, o juiz inutilizará a folha individual de votação assinada pelo requerente, a qual 
ficará fazendo parte integrante do processo e não poderá, em qualquer tempo, se substituída, nem 
dele retirada, sob pena de incorrer o responsável nas sanções previstas no Art. 293. 
 
§ 10. No caso de indeferimento do pedido, o Cartório devolverá ao requerente, mediante recibo, as 
fotografias e o documento com que houver instruído o seu requerimento. 
 
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§ 11. O título eleitoral e a fôlha individual de votação sòmente serão assinados pelo juiz eleitoral 
depois de preenchidos pelo cartório e de deferido o pedido, sob as penas do artigo 293. (Redação 
dada pela Lei nº 4.961, de 1966) 
 
§ 12. É obrigatória a remessa ao Tribunal Regional da ficha do eleitor, após a expedição do seu 
título. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) 
 
Art. 46. As folhas individuais de votação e os títulos serão confeccionados de acordo com o modelo 
aprovado pelo Tribunal, Superior Eleitoral. 
 
§ 1º Da folha individual de votação e do título eleitoral constará a indicação da seção em que o 
eleitor tiver sido inscrito a qual será localizada dentro do distrito judiciário ou administrativo de sua 
residência e o mais próximo dela, considerados a distância e os meios de transporte. 
 
§ 2º As folhas individuais de votação serão conservadas em pastas, uma para cada seção eleitoral; 
às mesas receptoras serão por estas encaminhadas com a urna e os demais documentos da eleição 
às juntas eleitorais, que as devolverão, findos os trabalhos da apuração, ao respectivo cartório, 
onde ficarão guardadas. 
 
§ 3º O eleitor ficará vinculado permanentemente à seção eleitoral indicada no seu título, salvo: 
 
I - se se transferir de zona ou Município hipótese em que deverá requerer transferência. 
 
II - se, até 100 (cem) dias antes da eleição, provar, perante o Juiz Eleitoral, que mudou de residência 
dentro do mesmo Município, de um distrito para outro ou para lugar muito distante da seção em 
que se acha inscrito, caso em que serão feitas na folha de votação e no título eleitoral, para esse 
fim exibido as alterações correspondentes, devidamente autenticadas pela autoridade judiciária. 
 
§ 4º O eleitor poderá, a qualquer tempo requerer ao juiz eleitoral a retificação de seu título eleitoral 
ou de sua folha individual de votação, quando neles constar erro evidente, ou indicação de seção 
diferente daquela a que devesse corresponder a residência indicada no pedido de inscrição ou 
transferência. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) 
 
§ 5º O título eleitoral servirá de prova deque o eleitor está inscrito na seção em que deve votar. E, 
uma vez datado e assinado pelo presidente da mesa receptora, servirá também de prova de haver 
o eleitor votado. (Renumerado do § 4º pela Lei nº 4.961, de 1966) 
 
Art. 47. As certidões de nascimento ou casamento, quando destinadas ao alistamento eleitoral, 
serão fornecidas gratuitamente, segundo a ordem dos pedidos apresentados em cartório pelos 
alistandos ou delegados de partido. 
 
§1º Os cartórios de Registro Civil farão, ainda, gratuitamente, o registro de nascimento visando ao 
fornecimento de certidão aos alistandos, desde que provem carência de recursos, ou aos Delegados 
de Partido, para fins eleitorais. (Incluído pela Lei nº 6.018, de 1974) 
 
§ 2º Em cada Cartório de Registro Civil haverá um livro especial aberto e rubricado pelo Juiz 
Eleitoral, onde o cidadão ou o delegado de partido deixará expresso o pedido de certidão para fins 
eleitorais, datando-o.(Incluído como § 1º pela Lei nº 4.961, de 1966 e renumerado do § 1º pela 
Lei nº 6.018, de 1974) 
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§ 3º O escrivão, dentro de quinze dias da data do pedido, concederá a certidão, ou justificará, 
perante o Juiz Eleitoral por que deixa de fazê-lo.(Incluído como § 2º pela Lei nº 4.961, de 1966 e 
renumerado do § 2º pela Lei nº 6.018, de 1974) 
 
§ 4º A infração ao disposto neste artigo sujeitará o escrivão às penas do Art. 293. (Incluído 
como § 3º pela Lei nº 4.961, de 1966 e renumerado do § 3º pela Lei nº 6.018, de 1974) 
 
Nota: Súmula nº 368 do STJ: 368 - Compete à Justiça comum estadual processar e julgar os 
pedidos de retificação de dados cadastrais da Justiça Eleitoral. (DJEletrônico 03/12/2008). 
 
Art. 48. O empregado mediante comunicação com 48 (quarenta e oito) horas de antecedência, 
poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário e por tempo não excedente a 2 
(dois) dias, para o fim de se alistar eleitor ou requerer transferência. 
 
Art. 49. Os cegos alfabetizados pelo sistema "Braille", que reunirem as demais condições de 
alistamento, podem qualificar-se mediante o preenchimento da fórmula impressa e a aposição do 
nome com as letras do referido alfabeto. 
 
§ 1º De forma idêntica serão assinadas a folha individual de votação e as vias do título. 
 
§ 2º Esses atos serão feitos na presença também de funcionários de estabelecimento especializado 
de amparo e proteção de cegos, conhecedor do sistema "Braille", que subscreverá, com o Escrivão 
ou funcionário designado, o seguinte declaração a ser lançada no modelo de requerimento; 
"Atestamos que a presente fórmula bem como a folha individual de votação e vias do título foram 
subscritas pelo próprio, em nossa presença". 
 
Art. 50. O juiz eleitoral providenciará para que se proceda ao alistamento nas próprias sedes dos 
estabelecimentos de proteção aos cegos, marcando previamente, dia e hora para tal fim, podendo 
se inscrever na zona eleitoral correspondente todos os cegos do município. 
 
§ 1º Os eleitores inscritos em tais condições deverão ser localizados em uma mesma seção da 
respectiva zona. 
 
§ 2º Se no alistamento realizado pela forma prevista nos artigos anteriores, o número de eleitores 
não alcançar o mínimo exigido, este se completará com a inclusão de outros ainda que não sejam 
cegos. 
 
Art. 51. (Revogado pela Lei nº 7.914, de 1989) 
 
CAPÍTULO I 
DA SEGUNDA VIA 
 
Art. 52. No caso de perda ou extravio de seu título, requererá o eleitor ao juiz do seu domicílio 
eleitoral, até 10 (dez) dias antes da eleição, que lhe expeça segunda via. 
 
§ 1º O pedido de segunda via será apresentado em cartório, pessoalmente, pelo eleitor, instruído 
o requerimento, no caso de inutilização ou dilaceração, com a primeira via do título. 
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§ 2º No caso de perda ou extravio do título, o juiz, após receber o requerimento de segunda via, 
fará publicar, pelo prazo de 5 (cinco) dias, pela imprensa, onde houver, ou por editais, a notícia do 
extravio ou perda e do requerimento de segunda via, deferindo o pedido, findo este prazo, se não 
houver impugnação. 
 
Art. 53. Se o eleitor estiver fora do seu domicílio eleitoral poderá requerer a segunda via ao juiz da 
zona em que se encontrar, esclarecendo se vai recebê-la na sua zona ou na em que requereu. 
 
§ 1º O requerimento, acompanhado de um novo título assinado pelo eleitor na presença do escrivão 
ou de funcionário designado e de uma fotografia, será encaminhado ao juiz da zona do eleitor. 
 
§ 2º Antes de processar o pedido, na forma prevista no artigo anterior, o juiz determinará que se 
confira a assinatura constante do novo título com a da folha individual de votação ou do 
requerimento de inscrição. 
 
§ 3º Deferido o pedido, o título será enviado ao juiz da Zona que remeteu o requerimento, caso o 
eleitor haja solicitado essa providência, ou ficará em cartório aguardando que o interessado o 
procure. 
 
§ 4º O pedido de segunda-via formulado nos termos deste artigo só poderá ser recebido até 60 
(sessenta) dias antes do pleito. 
 
Art. 54. O requerimento de segunda-via, em qualquer das hipóteses, deverá ser assinado sobre 
selos federais, correspondentes a 2% (dois por cento) do salário-mínimo da zona eleitoral de 
inscrição. 
 
Parágrafo único. Somente será expedida segunda-via a eleitor que estiver quite com a Justiça 
Eleitoral, exigindo-se, para o que foi multado e ainda não liquidou a dívida, o prévio pagamento, 
através de sêlo federal inutilizado nos autos. 
 
CAPÍTULO II 
DA TRANSFERÊNCIA 
 
Art. 55. Em caso de mudança de domicílio, cabe ao eleitor requerer ao juiz do novo domicílio sua 
transferência, juntando o título anterior. 
 
§ 1º A transferência só será admitida satisfeitas as seguintes exigências: 
 
I - entrada do requerimento no cartório eleitoral do novo domicílio até 100 (cem) dias antes da data 
da eleição. 
 
II - transcorrência de pelo menos 1 (um) ano da inscrição primitiva; 
 
III - residência mínima de 3 (três) meses no novo domicílio, atestada pela autoridade policial ou 
provada por outros meios convincentes. 
 
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§ 2º O disposto nos nºs II e III, do parágrafo anterior, não se aplica quando se tratar de 
transferência de título eleitoral de servidor público civil, militar, autárquico, ou de membro de sua 
família, por motivo de remoção ou transferência.(Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966) 
 
Art. 56. No caso de perda ou extravio do título anterior declarado esse fato na petição de 
transferência, o juiz do novo domicílio, como ato preliminar, requisitará, por telegrama, a 
confirmação do alegado à Zona Eleitoral onde o requerente se achava inscrito. 
 
§ 1º O Juiz do antigo domicílio, no prazo de 5 (cinco) dias, responderá por ofício ou telegrama, 
esclarecendo se o interessado é realmente eleitor, se a inscrição está em vigor, e, ainda, qual o 
número e a data da inscrição respectiva. 
 
§ 2º A informação mencionada no parágrafo anterior, suprirá a falta do título extraviado, ou perdido, 
para o efeito da transferência, devendo fazer parte integrante do processo. 
 
Art. 57. O requerimento de transferência de domicílio eleitoral será imediatamente publicado na 
imprensa oficial na Capital, e em cartório nas demais localidades, podendo os interessados impugná-
lo no prazo de dez dias. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966) 
 
§ 1º Certificado o cumprimento do disposto neste artigo o pedido deverá ser desde logo decidido, 
devendo o despacho do juiz ser publicado pela mesma forma. (Redação dada pela Lei nº 4.961, 
de 1966) 
 
§ 2º Poderá recorrer para o Tribunal Regional Eleitoral, no prazo de 3 (três) dias, o eleitor que pediu 
a transferência, sendo-lhe a mesma negada, ou qualquerdelegado de partido, quando o pedido for 
deferido. 
 
§ 3º Dentro de 5 (cinco) dias, o Tribunal Regional Eleitoral decidirá do recurso interposto nos têrmos 
do parágrafo anterior. 
 
§ 4º Só será expedido o nôvo título decorridos os prazos previstos neste artigo e respectivos 
parágrafos. 
 
Art. 58. Expedido o nôvo título o juiz comunicará a transferência ao Tribunal Regional competente, 
no prazo de 10 (dez) dias, enviando-lhe o título eleitoral, se houver, ou documento a que se refere 
o § 1º do artigo 56. 
 
§ 1º Na mesma data comunicará ao juiz da zona de origem a concessão da transferência e 
requisitará a "fôlha individual de votação". 
 
§ 2º Na nova folha individual de votação ficará consignado, na coluna destinada a "anotações", que 
a inscrição foi obtida por transferência, e, de acôrdo com os elementos constantes do título 
primitivo, qual o ultimo pleito em que o eleitor transferido votou. Essa anotação constará também, 
de seu título. 
 
§ 3º O processo de transferência só será arquivado após o recebimento da fôlha individual de 
votação da Zona de origem, que dêle ficará constando, devidamente inutilizada, mediante aposição 
de carimbo a tinta vermelha. 
 
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§ 4º No caso de transferência de município ou distrito dentro da mesma zona, deferido o pedido, o 
juiz determinará a transposição da fôlha individual de votação para a pasta correspondente ao novo 
domicílio, a anotação de mudança no título eleitoral e comunicará ao Tribunal Regional para a 
necessária averbação na ficha do eleitor. 
 
Art. 59. Na Zona de origem, recebida do juiz do nôvo domicílio a comunicação de transferência, o 
juiz tomará as seguintes providencias: 
 
I - determinará o cancelamento da inscrição do transferido e a remessa dentro de três dias, da fôlha 
individual de votação ao juiz requisitante; 
 
II - ordenará a retirada do fichário da segunda parte do título; 
 
III - comunicará o cancelamento ao Tribunal Regional a que estiver subordinado, que fará a devida 
anotação na ficha de seus arquivos; 
 
IV - se o eleitor havia assinado ficha de registro de partido, comunicará ao juiz do novo domicílio e, 
ainda, ao Tribunal Regional, se a transferência foi concedida para outro Estado. 
 
Art. 60. O eleitor transferido não poderá votar no nôvo domicílio eleitoral em eleição suplementar à 
que tiver sido realizada antes de sua transferência. 
 
Art. 61. Somente será concedida transferência ao eleitor que estiver quite com a Justiça Eleitoral. 
 
§ 1º Se o requerente não instruir o pedido de transferência com o título anterior, o juiz do nôvo 
domicílio, ao solicitar informação ao da zona de origem, indagará se o eleitor está quite com a 
Justiça Eleitoral, ou não o estando, qual a importância da multa imposta e não paga. 
 
§ 2º Instruído o pedido com o título, e verificado que o eleitor não votou em eleição anterior, o juiz 
do nôvo domicílio solicitará informações sôbre o valor da multa arbitrada na zona de origem, salvo 
se o eleitor não quiser aguardar a resposta, hipótese em que pagará o máximo previsto. 
 
§ 3º O pagamento da multa, em qualquer das hipóteses dos parágrafos anteriores, será comunicado 
ao juízo de origem para as necessárias anotações. 
 
CAPÍTULO III 
DOS PREPARADORES 
 
Art. 62. (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994) 
 
Art. 63. (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994) 
 
Art. 64. (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994) 
 
Art. 65. (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994) 
 
 
 
 
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CAPÍTULO IV 
DOS DELEGADOS DE PARTIDO PERANTE O ALISTAMENTO 
 
Art. 66. É licito aos partidos políticos, por seus delegados: 
 
I - acompanhar os processos de inscrição; 
 
II - promover a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente e assumir a defesa do eleitor cuja 
exclusão esteja sendo promovida; 
 
III - examinar, sem perturbação do serviço e em presença dos servidores designados, os 
documentos relativos ao alistamento eleitoral, podendo dêles tirar cópias ou fotocópias. 
 
§ 1º Perante o juízo eleitoral, cada partido poderá nomear 3 (três) delegados. 
 
§ 2º Perante os preparadores, cada partido poderá nomear até 2 (dois) delegados, que assistam e 
fiscalizem os seus atos. 
 
§ 3º Os delegados a que se refere êste artigo serão registrados perante os juizes eleitorais, a 
requerimento do presidente do Diretório Municipal. 
 
§ 4º O delegado credenciado junto ao Tribunal Regional Eleitoral poderá representar o partido junto 
a qualquer juízo ou preparador do Estado, assim como o delegado credenciado perante o Tribunal 
Superior Eleitoral poderá representar o partido perante qualquer Tribunal Regional, juízo ou 
preparador. 
 
CAPÍTULO V 
 
DO ENCERRAMENTO DO ALISTAMENTO 
 
Art. 67. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será recebido dentro dos 
100 (cem) dias anteriores à data da eleição. 
 
Art. 68. Em audiência pública, que se realizará às 14 (quatorze) horas do 69 (sexagésimo nono) dia 
anterior à eleição, o juiz eleitoral declarará encerrada a inscrição de eleitores na respectiva zona e 
proclamará o número dos inscritos até as 18 (dezoito) horas do dia anterior, o que comunicará 
incontinente ao Tribunal Regional Eleitoral, por telegrama, e fará público em edital, imediatamente 
afixado no lugar próprio do juízo e divulgado pela imprensa, onde houver, declarando nele o nome 
do último eleitor inscrito e o número do respectivo título, fornecendo aos diretórios municipais dos 
partidos cópia autêntica desse edital. 
 
§ 1º Na mesma data será encerrada a transferência de eleitores, devendo constar do telegrama do 
juiz eleitoral ao Tribunal Regional Eleitoral, do edital e da cópia dêste fornecida aos diretórios 
municipais dos partidos e da publicação da imprensa, os nomes dos 10 (dez) últimos eleitores, cujos 
processos de transferência estejam definitivamente ultimados e o número dos respectivos títulos 
eleitorais. 
 
§ 2º O despacho de pedido de inscrição, transferência, ou segunda via, proferido após esgotado o 
prazo legal, sujeita o juiz eleitoral às penas do Art. 291. 
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Art. 69. Os títulos eleitorais resultantes dos pedidos de inscrição ou de transferência serão entregues 
até 30 (trinta) dias antes da eleição. 
 
Parágrafo único. A segunda via poderá ser entregue ao eleitor até a véspera do pleito. 
 
Art. 70. O alistamento reabrir-se-á em cada zona, logo que estejam concluídos os trabalhos da sua 
junta eleitoral. 
 
TÍTULO II 
DO CANCELAMENTO E DA EXCLUSÃO 
 
Art. 71. São causas de cancelamento: 
 
I - a infração dos artigos. 5º e 42; 
 
II - a suspensão ou perda dos direitos políticos; 
 
III - a pluralidade de inscrição; 
 
IV - o falecimento do eleitor; 
 
V - deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas.(Redação dada pela Lei nº 7.663, de 27.5.1988) 
 
§ 1º A ocorrência de qualquer das causas enumeradas neste artigo acarretará a exclusão do eleitor, 
que poderá ser promovida ex officio , a requerimento de delegado de partido ou de qualquer eleitor. 
 
§ 2º No caso de ser algum cidadão maior de 18 (dezoito) anos privado temporária ou 
definitivamente dos direitos políticos, a autoridade que impuser essa pena providenciará para que 
o fato seja comunicado ao juiz eleitoral ou ao Tribunal Regional da circunscrição em que residir o 
réu. 
 
§ 3º Os oficiais de Registro Civil, sob as penas do Art. 293, enviarão, até o dia 15 (quinze) de cada 
mês, ao juiz eleitoral da zona em que oficiarem, comunicação dos óbitos de cidadãos alistáveis, 
ocorridos no mês anterior, para cancelamento das inscrições. 
 
§ 4º Quando houver denúncia fundamentada de fraude no alistamento de uma zona ou município, 
o Tribunal Regional poderá determinar a realização de correição e,provada a fraude em proporção 
comprometedora, ordenará a revisão do eleitorado obedecidas as Instruções do Tribunal Superior 
e as recomendações que, subsidiariamente, baixar, com o cancelamento de ofício das inscrições 
correspondentes aos títulos que não forem apresentados à revisão.(Incluído pela Lei nº 4.961, de 
4.5.1966) 
 
Art. 72. Durante o processo e até a exclusão pode o eleitor votar validamente. 
 
Parágrafo único. Tratando-se de inscrições contra as quais hajam sido interpostos recursos das 
decisões que as deferiram, desde que tais recursos venham a ser providos pelo Tribunal Regional 
ou Tribunal Superior, serão nulos os votos se o seu número fôr suficiente para alterar qualquer 
representação partidária ou classificação de candidato eleito pelo princípio maioritário. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 34 
 
 
Art. 73. No caso de exclusão, a defesa pode ser feita pelo interessado, por outro eleitor ou por 
delegado de partido. 
 
Art. 74. A exclusão será mandada processar "ex officio" pelo juiz eleitoral, sempre que tiver 
conhecimento de alguma das causas do cancelamento. 
 
Art. 75. O Tribunal Regional, tomando conhecimento através de seu fichário, da inscrição do mesmo 
eleitor em mais de uma zona sob sua jurisdição, comunicará o fato ao juiz competente para o 
cancelamento, que de preferência deverá recair: 
 
I - na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral; 
 
II - naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor; 
 
III - naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercício do voto na última eleição; 
 
IV - na mais antiga. 
 
Art. 76. Qualquer irregularidade determinante de exclusão será comunicada por escrito e por 
iniciativa de qualquer interessado ao juiz eleitoral, que observará o processo estabelecido no artigo 
seguinte. 
 
Art. 77. O juiz eleitoral processará a exclusão pela forma seguinte: 
 
I - mandará autuar a petição ou representação com os documentos que a instruírem: 
 
II - fará publicar edital com prazo de 10 (dez) dias para ciência dos interessados, que poderão 
contestar dentro de 5 (cinco) dias; 
 
III - concederá dilação probatória de 5 (cinco) a 10 (dez) dias, se requerida; 
 
IV - decidirá no prazo de 5 (cinco) dias. 
 
Art. 78. Determinado, por sentença, o cancelamento, o cartório tomará as seguintes providências: 
 
I - retirará, da respectiva pasta, a fôlha de votação, registrará a ocorrência no local próprio para 
"Anotações"e juntá-la-á ao processo de cancelamento; 
 
II - registrará a ocorrência na coluna de "observações" do livro de inscrição; 
 
III - excluirá dos fichários as respectivas fichas, colecionando-as à parte; 
 
IV - anotará, de forma sistemática, os claros abertos na pasta de votação para o oportuno 
preenchimento dos mesmos; 
 
V - comunicará o cancelamento ao Tribunal Regional para anotação no seu fichário. 
 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 35 
 
Art. 79. No caso de exclusão por falecimento, tratando-se de caso notório, serão dispensadas as 
formalidades previstas nos nºs. II e III do artigo 77. 
 
Art. 80. Da decisão do juiz eleitoral caberá recurso no prazo de 3 (três) dias, para o Tribunal 
Regional, interposto pelo excluendo ou por delegado de partido. 
 
Art. 81. Cessada a causa do cancelamento, poderá o interessado requerer novamente a sua 
qualificação e inscrição. 
 
PARTE QUARTA 
DAS ELEIÇÕES 
 
TÍTULO I 
DO SISTEMA ELEITORAL 
Art. 82. O sufrágio e universal e direto; o voto, obrigatório e secreto. 
Art. 83. Na eleição direta para o Senado Federal, para Prefeito e Vice-Prefeito, adotar-se-á o 
princípio majoritário. 
Art. 84. A eleição para a Câmara dos Deputados, Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais, 
obedecerá ao princípio da representação proporcional na forma desta lei. 
Art. 85. A eleição para deputados federais, senadores e suplentes, presidente e vice-presidente da 
República, governadores, vice-governadores e deputados estaduais far-se-á, simultâneamente, em 
todo o País. 
Art. 86. Nas eleições presidenciais, a circunscrição serão País; nas eleições federais e estaduais, o 
Estado; e nas municipais, o respectivo município. 
 
CAPÍTULO I 
DO REGISTRO DOS CANDIDATOS 
Art. 87. Somente podem concorrer às eleições candidatos registrados por partidos. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 10, caput, I e II: número de candidatos que cada partido ou coligação 
pode registrar; § 3º: percentual de vagas reservado para candidaturas de cada sexo. 
Parágrafo único. Nenhum registro será admitido fora do período de 6 (seis) meses antes da eleição. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 11, caput: prazo para pedido de registro: até às 19 horas do dia 15 
de agosto do ano que se realizarem as eleições. 
Art. 88. Não é permitido registro de candidato embora para cargos diferentes, por mais de uma 
circunscrição ou para mais de um cargo na mesma circunscrição. 
Parágrafo único. Nas eleições realizadas pelo sistema proporcional o candidato deverá ser filiado ao 
partido, na circunscrição em que concorrer, pelo tempo que fôr fixado nos respectivos estatutos. 
Art. 89. Serão registrados: 
I - no Tribunal Superior Eleitoral os candidatos a presidente e vice-presidente da República; 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 36 
 
II - nos Tribunais Regionais Eleitorais os candidatos a senador, deputado federal, governador e 
vice-governador e deputado estadual; 
III - nos Juízos Eleitorais os candidatos a vereador, prefeito e vice-prefeito e juiz de paz. 
Art. 90. Somente poderão inscrever candidatos os partidos que possuam diretório devidamente 
registrado na circunscrição em que se realizar a eleição. 
Art. 91. O registro de candidatos a presidente e vice-presidente, governador e vice-governador, ou 
prefeito e vice-prefeito, far-se-á sempre em chapa única e indivisível, ainda que resulte a indicação 
de aliança de partidos. 
Nota: Vide art. 17 da CF/88: 
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a 
soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa 
humana e observados os seguintes preceitos: 
I - caráter nacional; 
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de 
subordinação a estes; 
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; 
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer 
regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua 
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações 
nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade 
de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo 
seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 97, de 2017) 
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão 
seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, 
na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente:(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 97, de 2017) 
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos 
votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo 
de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 97, de 2017) 
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço 
das unidades da Federação.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017) 
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. 
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste artigo é 
assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha 
atingido, não sendo essa filiação considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo 
partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 97, de 2017) 
§ 1º O registro de candidatos a senador far-se-á com o do suplente partidário. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 37 
 
Nota: CF/1988, art. 46, § 3º: registro com dois suplentes. 
§ 2º Nos Territórios far-se-á o registro do candidato a deputado com o do suplente. 
Nota: CF/1988, art. 45, § 2º: fixação de quatro vagas para deputados; Lei nº 9.504/1997: 
inexistência de previsão de registro de candidato a suplente de deputado; v., também, art. 178 
deste código. 
Art. 92. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997) 
Art. 93. O prazo de entrada em cartório ou na Secretaria do Tribunal, conforme o caso, de 
requerimento de registro de candidato a cargo eletivo terminará, improrrogavelmente, às dezenove 
horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 11, caput: prazo para pedido de registro: até às 19 horas do dia 15 
de agosto do ano que se realizarem as eleições. 
§ 1o Até vinte dias antes da data das eleições, todos os requerimentos, inclusive os que tiverem 
sido impugnados, devem estar julgados pelas instâncias ordinárias, e publicadas as decisões a eles 
relativas. 
Nota: LC nº 64/1990, art. 3º, caput: prazo para impugnação de candidatura. 
§ 2o As convenções partidárias para a escolha dos candidatos serão realizadas, no máximo, até 5 
de agosto do ano em que se realizarem as eleições. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015) 
§ 3º Nesse caso, se se tratar de eleição municipal, o juiz eleitoral deverá apresentar a sentença no 
prazo de 2 (dois) dias, podendo o recorrente, nos 2 (dois) dias seguintes, aditar as razões do 
recurso; no caso de registro feito perante o Tribunal, se o relator não apresentar o acórdão no prazo 
de 2 (dois) dias, será designado outro relator, na ordem da votação, o qual deverá lavrar o acórdão 
do prazo de 3 (três) dias, podendo o recorrente, nesse mesmo prazo, aditar as suas razões. 
Art. 94. O registro pode ser promovido por delegado de partido, autorizado em documento 
autêntico, inclusive telegrama de quem responda pela direção partidária e sempre com assinatura 
reconhecida por tabelião. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 4º: requerimento de registro feito pelo próprio candidato. 
§ 1º O requerimento de registro deverá ser instruído: 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 1º: documentos que instruirão o pedido de registro. 
I - com a cópia autêntica da ata da convenção que houver feito a escolha do candidato, a qual 
deverá ser conferida com o original na Secretaria do Tribunal ou no cartório eleitoral; 
II - com autorização do candidato, em documento com a assinatura reconhecida por tabelião; 
III - com certidão fornecida pelo cartório eleitoral da zona de inscrição, em que conste que o 
registrando é eleitor; 
IV - com prova de filiação partidária, salvo para os candidatos a presidente e vice-presidente, 
senador e respectivo suplente, governador e vice-governador, prefeito e vice-prefeito; 
V - com fôlha-corrida fornecida pelos cartórios competentes, para que se verifique se o candidato 
está no gozo dos direitos políticos (Art. 132, III, e 135 da Constituição Federal); 
Nota: Refere-se à CF/1946; corresponde aos arts. 14, § 3º, II, e 15 da CF/1988. 
VI - com declaração de bens, de que constem a origem e as mutações patrimoniais. 
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§ 2º A autorização do candidato pode ser dirigida diretamente ao órgão ou juiz competente para o 
registro. 
Art. 95. O candidato poderá ser registrado sem o prenome, ou com o nome abreviado, desde que 
a supressão não estabeleça dúvida quanto à sua identidade. 
Art. 96. Será negado o registro a candidato que, pública ou ostensivamente faça parte, ou seja 
adepto de partido político cujo registro tenha sido cassado com fundamento no artigo 141, § 13, da 
Constituição Federal. 
Nota: Citação em itálico refere-se à CF/1946. 
CF/1988, art. 17, e Lei nº 9.096/1995, art. 2º: livre criação, fusão, incorporação e extinção de 
partidos políticos. Este artigo já se achava derrogado desde 1985, por força de emenda 
constitucional; da mesma forma, a citação do dispositivo assinalada no art. 97, § 3º. 
Art. 97. Protocolado o requerimento de registro, o presidente do Tribunal ou o juiz eleitoral, no caso 
de eleição municipal ou distrital, fará publicar imediatamente edital para ciência dos interessados. 
§ 1º O edital será publicado na Imprensa Oficial, nas capitais, e afixado em cartório, no local de 
costume, nas demais zonas. 
§ 2º Do pedido de registro caberá, no prazo de 2 (dois) dias, a contar da publicação ou afixação do 
edital, impugnação articulada por parte de candidato ou de partido político. 
Nota: LC nº 64/1990, art. 3º, caput: prazo de cinco dias para impugnação e legitimidade de 
candidato, partido, coligação e do Ministério Público. 
§ 3º Poderá, também, qualquer eleitor, com fundamento em inelegibilidade ou incompatibilidade 
do candidato ou na incidência dêste no artigo 96 impugnar o pedido de registro, dentro do mesmo 
prazo, oferecendo prova do alegado. 
§ 4º Havendo impugnação, o partido requerente do registro terá vista dos autos, por 2 (dois) dias, 
para falar sôbre a mesma, feita a respectiva intimação na forma do § 1º. 
Nota: LC nº 64/1990, art. 4º: prazo de sete dias para contestação pelo candidato, partido ou 
coligação. 
Art. 98. Os militares alistáveis são elegíveis, atendidas as seguintes condições: 
I - o militar que tiver menos de 5 (cinco) anos de serviço, será, ao se candidatar a cargo eletivo, 
excluído do serviço ativo; 
Nota: CF/1988, art. 14, § 8º, I: se o militar contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-
se da atividade. 
II - o militar em atividade com 5 (cinco) ou mais anos de serviço ao se candidatar a cargo eletivo, 
será afastado, temporariamente, do serviço ativo, como agregado, para tratar de interesse 
particular; 
III - o militar não excluído e que vier a ser eleito será, no ato da diplomação, transferido para a 
reserva ou reformado. 
Parágrafo único. O Juízo ou Tribunal que deferir o registro de militar candidato a cargo eletivo 
comunicará imediatamente a decisão à autoridade a que o mesmo estiver subordinado, cabendo 
igual obrigação ao partido, quando lançar a candidatura. 
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Art. 99. Nas eleições majoritárias poderá qualquer partido registrar na mesma circunscrição 
candidato já por outro registrado, desde que o outro partido e o candidato o consintam por escrito 
até 10 (dez) dias antes da eleição, observadas as formalidades do Art. 94. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 8º, caput: prazo para celebração de coligações partidárias; art. 6º, § 
3º, I: na chapa da coligação, podem inscrever-se candidatos filiados a qualquer partido dela 
integrante. 
Parágrafo único. A falta de consentimento expresso acarretará a anulação do registro promovido, 
podendo o partido prejudicado requerê-la ou recorrer da resolução que ordenar o registro. 
Art. 100. Nas eleições realizadas pelo sistema proporcional, o Tribunal Superior Eleitoral, até 6 (seis) 
meses antes do pleito, reservará para cada Partido, por sorteio, em sessão realizada com a presença 
dos Delegados de Partido, uma série de números a partir de 100(cem). 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 15: critérios para a identificação numérica dos candidatos; Res.-TSE 
nº 20229/1998: escolha dos números facultada aos partidos políticos, observados os critérios da lei 
citada. 
§ 1º A sessão a que se refere o caput deste artigo será anunciada aos Partidos com antecedência 
mínima de 5 (cinco) dias. 
§ 2º As convenções partidárias para escolha dos candidatos sortearão, por sua vez, em cada Estado 
e município, os números que devam corresponder a cada candidato. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 15, § 2º: permissão dada a deputado federal, estadual ou distrital ou 
vereador para requerer novo número, independentemente do referido sorteio. 
§ 3º Nas eleições para Deputado Federal, se o número de Partidos não for superior a 9 (nove), a 
cada um corresponderá obrigatoriamente uma centena, devendo a numeração dos candidatos ser 
sorteada a partir da unidade, para que ao primeiro candidato do primeiro Partido corresponda o 
número 101 (cento e um), ao do segundo Partido 201 (duzentos e um), e assim 
sucessivamente. 
§ 4º Concorrendo 10 (dez) ou mais Partidos, a cada um corresponderá uma centena a partir de 
1.101 (um mil cento e um), de maneira que a todos os candidatos sejam atribuídos sempre 4 
(quatro) algarismos, suprimindo-se a numeração correspondente à série 2.001 (dois mil e um) a 
2.100 (dois mil e cem), para reiniciá-la em 2.101 (dois mil cento e um), a partir do décimo 
Partido. 
§ 5º Na mesma sessão, o Tribunal Superior Eleitoral sorteará as séries correspondentes aos 
Deputados Estaduais e Vereadores, observando, no que couber, as normas constantes dos 
parágrafos anteriores, e de maneira que a todos os candidatos sejam atribuídos sempre número de 
4 (quatro) algarismos. 
Art. 101. Pode qualquer candidato requerer, em petição com firma reconhecida, o cancelamento do 
registro do seu nome. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 14: cancelamento do registro de candidatos expulsos do partido. 
§ 1º Desse fato, o presidente do Tribunal ou o juiz, conforme o caso, dará ciência imediata ao 
partido que tenha feito a inscrição, ao qual ficará ressalvado o direito de substituir por outro o nome 
cancelado, observadas tôdas as formalidades exigidas para o registro e desde que o nôvo pedido 
seja apresentado até 60 (sessenta) dias antes do pleito. 
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Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 13, §§ 1º e 3º: registro requerido até 10 dias contados do fato ou da 
decisão judicial que deu origem à substituição e efetivação condicionada à apresentação do pedido 
até 20 dias antes do pleito. 
§ 2º Nas eleições majoritárias, se o candidato vier a falecer ou renunciar dentro do período de 60 
(sessenta) dias mencionados no parágrafo anterior, o partido poderá substitui-lo; se o registro do 
nôvo candidato estiver deferido até 30 (trinta) dias antes do pleito serão utilizadas as já impressas, 
computando-se para o nôvo candidato os votos dados ao anteriormente registrado. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 13, § 3º: “Tanto nas eleições majoritárias como nas proporcionais, a 
substituição só se efetivará se o novo pedido for apresentado até 20 (vinte) dias antes do pleito, 
exceto em caso de falecimento de candidato, quando a substituição poderá ser efetivada após esse 
prazo”. 
Lei nº 9.504/1997, art. 13, § 2º: substituição em caso de candidato pertencente a coligação. 
§3º Considerar-se-á nulo o voto dado ao candidato que haja pedido o cancelamento de sua inscrição 
salvo na hipótese prevista no parágrafo anterior, in fine. 
§ 4º Nas eleições proporcionais, ocorrendo a hipótese prevista neste artigo, ao substituto será 
atribuído o número anteriormente dado ao candidato cujo registro foi cancelado. 
§ 5º Em caso de morte, renúncia, inelegibilidade e preenchimento de vagas existentes nas 
respectivas chapas, tanto em eleições proporcionais quanto majoritárias, as substituições e 
indicações se processarão pelas Comissões Executivas. ( 
Nota: Vide LC nº 64/1990, art. 17: substituição de candidato inelegível; Lei nº 9.504/1997, art. 13, 
caput e §§ 1º e 3º: hipóteses de substituição de candidato e prazo; art. 10, § 5º: preenchimento 
de vagas no caso de as convenções para escolha de candidatos não indicarem o número máximo 
facultado a cada partido ou coligação; v., ainda, nota ao § 2º deste artigo sobre a Lei nº 9.504/1997, 
art. 13, § 3º. 
Art. 102. Os registros efetuados pelo Tribunal Superior serão imediatamente comunicados aos 
Tribunais Regionais e por estes aos juizes eleitorais. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 16: relação dos candidatos às eleições majoritárias e proporcionais a 
ser enviada pelos tribunais regionais ao TSE. 
 
CAPÍTULO II 
DO VOTO SECRETO 
Nota: Vide Lei nº 9.504/1997, arts. 59 a 62: sistema eletrônico de votação e totalização dos votos; 
arts. 82 a 89: aplicáveis, juntamente com as regras dos arts. 103 e 104 deste código, ao sistema 
convencional. 
Art. 103. O sigilo do voto é assegurado mediante as seguintes providências: 
I - uso de cédulas oficiais em todas as eleições, de acôrdo com modêlo aprovado pelo Tribunal 
Superior; 
II - isolamento do eleitor em cabine indevassável para o só efeito de assinalar na cédula o candidato 
de sua escolha e, em seguida, fechá-la; 
III - verificação da autenticidade da cédula oficial à vista das rubricas; 
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IV - emprego de urna que assegure a inviolabilidade do sufrágio e seja suficientemente ampla para 
que não se acumulem as cédulas na ordem que forem introduzidas. 
 
CAPÍTULO III 
DA CÉDULA OFICIAL 
Nota: Vide Lei nº 9.504/1997, art. 83 e parágrafos. 
Art. 104. As cédulas oficiais serão confeccionadas e distribuídas exclusivamente pela Justiça 
Eleitoral, devendo ser impressas em papel branco, opaco e pouco absorvente. A impressão será em 
tinta preta, com tipos uniformes de letra. 
§ 1º Os nomes dos candidatos para as eleições majoritárias devem figurar na ordem determinada 
por sorteio. 
§ 2º O sorteio será realizado após o deferimento do último pedido de registro, em audiência 
presidida pelo juiz ou presidente do Tribunal, na presença dos candidatos e delegados de partido. 
§ 3º A realização da audiência será anunciada com 3 (três) dias de antecedência, no mesmo dia em 
que fôr deferido o último pedido de registro, devendo os delegados de partido ser intimados por 
ofício sob protocolo. 
§ 4º Havendo substituição de candidatos após o sorteio, o nome do novo candidato deverá figurar 
na cédula na seguinte ordem: 
I - se forem apenas 2 (dois), em último lugar; 
II - se forem 3 (três), em segundo lugar; 
III - se forem mais de 3 (três), em penúltimo lugar; 
IV - se permanecer apenas 1 (um) candidato e forem substituídos 2 (dois) ou mais, aquele ficará 
em primeiro lugar, sendo realizado nôvo sorteio em relação aos demais. 
§ 5º Para as eleições realizadas pelo sistema proporcional a cédula conterá espaço para que o 
eleitor escreva o nome ou o número do candidato de sua preferência e indique a sigla do 
partido. (Vide Ato Complementar nº 20, de 1966) 
§ 6º As cédulas oficiais serão confeccionadas de maneira tal que, dobradas, resguardem o sigilo do 
voto, sem que seja necessário o emprego de cola para fechá-las. 
 
CAPÍTULO IV 
DA REPRESENTAÇÃO PROPORCIONAL 
Art. 105 - Fica facultado a 2 (dois) ou mais Partidos coligarem-se para o registro de candidatos 
comuns a deputado federal, deputado estadual e vereador. (Redação dada pela Lei nº 7.454, 
de 30.12.1985) 
Nota: Emenda Constitucional nº 97/2017, art. 2º: 
“A vedação à celebração de coligações nas eleições proporcionais, prevista no § 1º do art. 17 da 
Constituição Federal, aplicar-se-á a partir das eleições de 2020”. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 42CF/1988, art. 17, § 1º: autonomia dos partidos políticos para adotar os critérios de escolha e o 
regime de suas coligações eleitorais; Lei nº 9.504/1997, art. 6º: formação de coligações em eleições 
majoritárias e proporcionais. 
§ 1º - A deliberação sobre coligação caberá à Convenção Regional de cada Partido, quando se tratar 
de eleição para a Câmara dos Deputados e Assembléias Legislativas, e à Convenção Municipal, 
quando se tratar de eleição para a Câmara de Vereadores, e será aprovada mediante a votação 
favorável da maioria, presentes 2/3 (dois terços) dos convencionais, estabelecendo-se, na mesma 
oportunidade, o número de candidatos que caberá a cada Partido. (Incluído pela Lei nº 7.454, de 
30.12.1985) 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 7º: previsão de estabelecimento de normas sobre formação de 
coligação pelo estatuto do partido. 
§ 2º - Cada Partido indicará em Convenção os seus candidatos e o registro será promovido em 
conjunto pela Coligação.(Incluído pela Lei nº 7.454, de 30.12.1985) 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 6º, § 3º: normas a serem observadas quanto à escolha e ao registro 
de candidatos em coligação e sua representação. 
Art. 106. Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo 
de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a 
meio, equivalente a um, se superior. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 5º: nas eleições proporcionais, contam-se como votos válidos apenas 
os votos dados aos candidatos regularmente inscritos e às legendas partidárias. 
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997) 
Art. 107 - Determina-se para cada Partido ou coligação o quociente partidário, dividindo-se pelo 
quociente eleitoral o número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas, 
desprezada a fração. (Redação dada pela Lei nº 7.454, de 30.12.1985) 
Art. 108. Estarão eleitos, entre os candidatos registrados por um partido ou coligação que tenham 
obtido votos em número igual ou superior a 10% (dez por cento) do quociente eleitoral, tantos 
quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha 
recebido. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015) 
Parágrafo único. Os lugares não preenchidos em razão da exigência de votação nominal mínima a 
que se refere o caput serão distribuídos de acordo com as regras do art. 109. (Incluído pela Lei 
nº 13.165, de 2015) 
Art. 109. Os lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários e em razão da 
exigência de votação nominal mínima a que se refere o art. 108 serão distribuídos de acordo com 
as seguintes regras: (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015) 
I - dividir-se-á o número de votos válidos atribuídos a cada partido ou coligação pelo número de 
lugares definido para o partido pelo cálculo do quociente partidário do art. 107, mais um, cabendo 
ao partido ou coligação que apresentar a maior média um dos lugares a preencher, desde que tenha 
candidato que atenda à exigência de votação nominal mínima; (Redação dada pela Lei nº 13.165, 
de 2015) 
II - repetir-se-á a operação para cada um dos lugares a preencher; (Redação dada pela Lei nº 
13.165, de 2015) 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 43 
 
III - quando não houver mais partidos ou coligações com candidatos que atendam às duas 
exigências do inciso I, as cadeiras serão distribuídas aos partidos que apresentem as maiores 
médias. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015) 
§ 1o O preenchimento dos lugares com que cada partido ou coligação for contemplado far-se-á 
segundo a ordem de votação recebida por seus candidatos. (Redação dada pela Lei nº 13.165, 
de 2015) 
§ 2o Poderão concorrer à distribuição dos lugares todos os partidos e coligações que participaram 
do pleito. (Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017) 
Art. 110. Em caso de empate, haver-se-á por eleito o candidato mais idoso. 
Art. 111 - Se nenhum Partido ou coligação alcançar o quociente eleitoral, considerar-se-ão eleitos, 
até serem preenchidos todos os lugares, os candidatos mais votados. (Redação dada pela Lei nº 
7.454, de 30.12.1985) 
Art.112. Considerar-se-ão suplentes da representação partidária: 
I - os mais votados sob a mesma legenda e não eleitos efetivos das listas dos respectivos partidos; 
II - em caso de empate na votação, na ordem decrescente da idade. 
Parágrafo único. Na definição dos suplentes da representação partidária, não há exigência de 
votação nominal mínima prevista pelo art. 108. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015) 
Art. 113. Na ocorrência de vaga, não havendo suplente para preenchê-la, far-se-á eleição, salvo se 
faltarem menos de nove meses para findar o período de mandato. 
Nota: CF/1988, art. 56, § 2º: prazo de 15 meses para renovação de eleições por vacância, inclusive 
para senador; e art. 81, caput e § 1º (e suas notas): eleição direta se faltarem mais de dois anos e 
indireta se menos de dois anos para findar o período de mandato, no caso de vacância dos cargos 
de presidente e vice-presidente da República. 
 
TÍTULO II 
DOS ATOS PREPARATÓRIOS DA VOTAÇÃO 
Art. 114. Até 70 (setenta) dias antes da data marcada para a eleição, todos os que requererem 
inscrição como eleitor, ou transferência, já devem estar devidamente qualificados e os respectivos 
títulos prontos para a entrega, se deferidos pelo juiz eleitoral. 
Parágrafo único. Será punido nos têrmos do art. 293 o juiz eleitoral, o escrivão eleitoral, o 
preparador ou o funcionário responsável pela transgressão do preceituado neste artigo ou pela não 
entrega do título pronto ao eleitor que o procurar. 
Art. 115. O s juizes eleitorais, sob pena de responsabilidade comunicarão ao Tribunal Regional, até 
30 (trinta) dias antes de cada eleição, o número de eleitores alistados. 
Art. 116. A Justiça Eleitoral fará ampla divulgação através dos comunicados transmitidos em 
obediência ao disposto no Art. 250 § 5º pelo rádio e televisão, bem assim por meio de cartazes 
afixados em lugares públicos, dos nomes dos candidatos registrados, com indicação do partido a 
que pertençam, bem como do número sob que foram inscritos, no caso dos candidatos a deputado 
e a vereador. 
 
CAPÍTULO I 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 44 
 
DAS SEÇÕES ELEITORAIS 
Art. 117. As seções eleitorais, organizadas à medida em que forem sendo deferidos os pedidos de 
inscrição, não terão mais de 400 (quatrocentos) eleitores nas capitais e de 300 (trezentos) nas 
demais localidades, nem menos de 50 (cinqüenta) eleitores. 
§ 1º Em casos excepcionais, devidamente justificados, o Tribunal Regional poderá autorizar que 
sejam ultrapassados os índices previstos neste artigo desde que essa providência venha facilitar o 
exercício do voto, aproximando o eleitor do local designado para a votação. 
§ 2º Se em seção destinada aos cegos, o número de eleitores não alcançar o mínimo exigido êste 
se completará com outros, ainda que não sejam cegos. 
Art. 118. Os juizes eleitorais organizarão relação de eleitores de cada seção a qual será remetida 
aos presidentes das mesas receptoras para facilitação do processo de votação. 
 
CAPÍTULO II 
DAS MESAS RECEPTORAS 
Art. 119. A cada seção eleitoral corresponde uma mesa receptora de votos. 
Art. 120. Constituem a mesa receptora um presidente, um primeiro e um segundo mesários, dois 
secretários e um suplente, nomeados pelo juiz eleitoral sessenta dias antes da eleição, em audiência 
pública, anunciado pelo menos com cinco dias de antecedência. (Redação dada pela Lei nº 4.961, 
de 4.5.1966) 
§ 1º Não podem ser nomeados presidentes e mesários: 
Nota: Lei nº 9.504/1997, arts. 63, § 2º, e 64: vedada a nomeação, para presidente e mesários, de 
menores de 18 anos e proibida a participação de parentes em qualquer grau ou de servidores da 
mesmarepartição pública ou empresa privada na mesma mesa, turma ou junta eleitoral. 
I - os candidatos e seus parentes ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusive, e bem 
assim o cônjuge; 
II - os membros de diretórios de partidos desde que exerça função executiva; 
III - as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de cargos de 
confiança do Executivo; 
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral. 
§ 2º Os mesários serão nomeados, de preferência entre os eleitores da própria seção, e, dentre 
estes, os diplomados em escola superior, os professores e os serventuários da Justiça. 
§ 3º O juiz eleitoral mandará publicar no jornal oficial, onde houver, e, não havendo, em cartório, 
as nomeações que tiver feito, e intimará os mesários através dessa publicação, para constituírem 
as mesas no dia e lugares designados, às 7 horas. 
§ 4º Os motivos justos que tiverem os nomeados para recusar a nomeação, e que ficarão a livre 
apreciação do juiz eleitoral, somente poderão ser alegados até 5 (cinco) dias a contar da nomeação, 
salvo se sobrevindos depois desse prazo. 
§ 5º Os nomeados que não declararem a existência de qualquer dos impedimentos referidos no § 
1º incorrem na pena estabelecida pelo Art. 310. 
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Art. 121. Da nomeação da mesa receptora qualquer partido poderá reclamar ao juiz eleitoral, no 
prazo de 2 (dois) dias, a contar da audiência, devendo a decisão ser proferida em igual prazo. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 63, caput: prazo de 5 dias e decisão em 48 horas. 
§ 1º Da decisão do juiz eleitoral caberá recurso para o Tribunal Regional, interposto dentro de 3 
(três) dias, devendo, dentro de igual prazo, ser resolvido. 
§ 2º Se o vício da constituição da mesa resultar da incompatibilidade prevista no nº I, do § 1º, do 
Art. 120, e o registro do candidato fôr posterior à nomeação do mesário, o prazo para reclamação 
será contado da publicação dos nomes dos candidatos registrados. Se resultar de qualquer das 
proibições dos nºs II, III e IV, e em virtude de fato superveniente, o prazo se contará do ato da 
nomeação ou eleição. 
§ 3º O partido que não houver reclamado contra a composição da mesa não poderá argüir sob esse 
fundamento, a nulidade da seção respectiva. 
Art. 122. Os juizes deverão instruir os mesários sôbre o processo da eleição, em reuniões para esse 
fim convocadas com a necessária antecedência. 
Nota: V. Lei nº 9.504/1997, art. 98: dispensa do serviço para eleitores requisitados para servir à 
Justiça Eleitoral. 
Art. 123. Os mesários substituirão o presidente, de modo que haja sempre quem responda 
pessoalmente pela ordem e regularidade do processo eleitoral, e assinarão a ata da eleição. 
§ 1º O presidente deve estar presente ao ato de abertura e de encerramento da eleição, salvo força 
maior, comunicando o impedimento aos mesários e secretários pelo menos 24 (vinte e quatro) 
horas antes da abertura dos trabalhos, ou imediatamente, se o impedimento se der dentro desse 
prazo ou no curso da eleição. 
§ 2º Não comparecendo o presidente até as sete horas e trinta minutos, assumirá a presidência o 
primeiro mesário e, na sua falta ou impedimento, o segundo mesário, um dos secretários ou o 
suplente. 
§ 3º Poderá o presidente, ou membro da mesa que assumir a presidência, nomear ad hoc, dentre 
os eleitores presentes e obedecidas as prescrições do § 1º, do Art. 120, os que forem necessários 
para completar a mesa. 
Art. 124. O membro da mesa receptora que não comparecer no local, em dia e hora determinados 
para a realização de eleição, sem justa causa apresentada ao juiz eleitoral até 30 (trinta) dias após, 
incorrerá na multa de 50% (cinqüenta por cento) a 1 (um) salário-mínimo vigente na zona eleitoral 
cobrada mediante sêlo federal inutilizado no requerimento em que fôr solicitado o arbitramento ou 
através de executivo fiscal. 
Nota: V. CF/1988, art. 7º, IV: vedação da vinculação do salário mínimo para qualquer fim. 
§ 1º Se o arbitramento e pagamento da multa não fôr requerido pelo mesário faltoso, a multa será 
arbitrada e cobrada na forma prevista no artigo 367. 
§ 2º Se o faltoso fôr servidor público ou autárquico, a pena será de suspensão até 15 (quinze) dias. 
§ 3º As penas previstas neste artigo serão aplicadas em dôbro se a mesa receptora deixar de 
funcionar por culpa dos faltosos. 
§ 4º Será também aplicada em dôbro observado o disposto nos §§ 1º e 2º, a pena ao membro da 
mesa que abandonar os trabalhos no decurso da votação sem justa causa apresentada ao juiz até 
3 (três) dias após a ocorrência. 
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Art. 125. Não se reunindo, por qualquer motivo, a mesa receptora, poderão os eleitores 
pertencentes à respectiva seção votar na seção mais próxima, sob a jurisdição do mesmo juiz, 
recolhendo-se os seus votos à urna da seção em que deveriam votar, a qual será transportada para 
aquela em que tiverem de votar. 
§ 1º As assinaturas dos eleitores serão recolhidas nas fôlhas de votação da seção a que 
pertencerem, as quais, juntamente com as cédulas oficiais e o material restante, acompanharão a 
urna. 
§ 2º O transporte da urna e dos documentos da seção será providenciado pelo presidente da mesa, 
mesário ou secretário que comparecer, ou pelo próprio juiz, ou pessoa que êle designar para esse 
fim, acompanhando-a os fiscais que o desejarem. 
Art. 126. Se no dia designado para o pleito deixarem de se reunir tôdas as mesas de um município, 
o presidente do Tribunal Regional determinará dia para se realizar o mesmo, instaurando-se 
inquérito para a apuração das causas da irregularidade e punição dos responsáveis. 
Parágrafo único. Essa eleição deverá ser marcada dentro de 15 (quinze) dias, pelo menos, para se 
realizar no prazo máximo de 30 (trinta) dias. 
Art. 127. Compete ao presidente da mesa receptora, e, em sua falta, a quem o substituir: 
I - receber os votos dos eleitores; 
II - decidir imediatamente tôdas as dificuldades ou dúvidas que ocorrerem; 
III - manter a ordem, para o que disporá de força pública necessária; 
IV - comunicar ao juiz eleitoral, que providenciará imediatamente as ocorrências cuja solução deste 
dependerem; 
V - remeter à Junta Eleitoral todos os papéis que tiverem sido utilizados durante a recepção dos 
votos; 
VI - autenticar, com a sua rubrica, as cédulas oficiais e numerá-las nos têrmos das Instruções do 
Tribunal Superior Eleitoral; 
VII - assinar as fórmulas de observações dos fiscais ou delegados de partido, sôbre as votações; 
VIII - fiscalizar a distribuição das senhas e, verificando que não estão sendo distribuídas segundo a 
sua ordem numérica, recolher as de numeração intercalada, acaso retidas, as quais não se poderão 
mais distribuir. 
IX - anotar o não comparecimento do eleitor no verso da fôlha individual de votação. (Incluído 
pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
Art. 128. Compete aos secretários: 
I - distribuir aos eleitores as senhas de entrada previamente rubricadas ou carimbadas segundo a 
respectiva ordem numérica; 
II - lavrar a ata da eleição; 
III - cumprir as demais obrigações que lhes forem atribuídas em instruções. 
Parágrafo único. As atribuições mencionadas no n.º 1 serão exercidas por um dos secretários e os 
constantes dos nºs. II e III pelo outro. 
Art. 129. Nas eleições proporcionais os presidentes das mesas receptoras deverão zelar pela 
preservação das listas de candidatos afixadas dentro das cabinas indevassáveis tomando imediatas 
providências para a colocação de nova lista no caso de inutilização total ou parcial. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 47 
 
Parágrafo único. O eleitor que inutilizar ou arrebatar as listas afixadas nas cabinas indevassáveis ou 
nos edifícios onde funcionarem mesas receptoras, incorreránas penas do artigo 297. 
Art. 130. Nos estabelecimentos de internação coletiva de hansenianos os membros das mesas 
receptoras serão escolhidos de preferência entre os médicos e funcionários sadios do próprio 
estabelecimento. 
 
CAPÍTULO III 
DA FISCALIZAÇÃO PERANTE AS MESAS RECEPTORAS 
Art. 131. Cada partido poderá nomear 2 (dois) delegados em cada município e 2 (dois) fiscais junto 
a cada mesa receptora, funcionando um de cada vez. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 65 e parágrafos: nomeação de delegados e fiscais de partido. 
§ 1º Quando o município abranger mais de uma zona eleitoral cada partido poderá nomear 2 (dois) 
delegados junto a cada uma delas. 
§ 2º A escolha de fiscal e delegado de partido não poderá recair em quem, por nomeação do juiz 
eleitoral, já faça parte da mesa receptora. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 65, caput: a escolha não poderá recair, também, em menor de 18 
anos. 
§ 3º As credenciais expedidas pelos partidos, para os fiscais, deverão ser visadas pelo juiz eleitoral. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 65, § 2º: expedição das credenciais, exclusivamente, pelos partidos 
ou coligações. 
§ 4º Para esse fim, o delegado do partido encaminhará as credenciais ao Cartório, juntamente com 
os títulos eleitorais dos fiscais credenciados, para que, verificado pelo escrivão que as inscrições 
correspondentes as títulos estão em vigor e se referem aos nomeados, carimbe as credenciais e as 
apresente ao juiz para o visto. 
§ 5º As credenciais que não forem encaminhadas ao Cartório pelos delegados de partido, para os 
fins do parágrafo anterior, poderão ser apresentadas pelos próprios fiscais para a obtenção do visto 
do juiz eleitoral. 
§ 6º Se a credencial apresentada ao presidente da mesa receptora não estiver autenticada na forma 
do § 4º, o fiscal poderá funcionar perante a mesa, mas o seu voto não será admitido, a não ser na 
seção em que o seu nome estiver incluído. 
§ 7º O fiscal de cada partido poderá ser substituído por outro no curso dos trabalhos eleitorais. 
Art. 132. Pelas mesas receptoras serão admitidos a fiscalizar a votação, formular protestos e fazer 
impugnações, inclusive sôbre a identidade do eleitor, os candidatos registrados, os delegados e os 
fiscais dos partidos. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 66: fiscalização, pelos partidos e pelas coligações, de todas as fases 
do processo de votação e apuração das eleições. 
 
 
 
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TÍTULO III 
DO MATERIAL PARA A VOTAÇÃO 
Art. 133. Os juizes eleitorais enviarão ao presidente de cada mesa receptora, pelo menos 72 (setenta 
e duas) horas antes da eleição, o seguinte material. 
I - relação dos eleitores da seção que poderá ser dispensada, no todo ou em parte, pelo respectivo 
Tribunal Regional Eleitoral em decisão fundamentada e aprovada pelo Tribunal Superior 
Eleitoral. (Redação dada pela Lei nº 6.055, de 17.6.1974) 
II - relações dos partidos e dos candidatos registrados, as quais deverão ser afixadas no recinto das 
seções eleitorais em lugar visível, e dentro das cabinas indevassáveis as relações de candidatos a 
eleições proporcionais; 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 12, § 5º, I e II: "§ 5º A Justiça Eleitoral organizará e publicará, até 
trinta dias antes da eleição, as seguintes relações, para uso na votação e apuração: I – a primeira, 
ordenada por partidos, com a lista dos respectivos candidatos em ordem numérica, com as três 
variações de nome correspondentes a cada um, na ordem escolhida pelo candidato; II – a segunda, 
com o índice onomástico e organizada em ordem alfabética, nela constando o nome completo de 
cada candidato e cada variação de nome, também em ordem alfabética, seguidos da respectiva 
legenda e número" 
III - as fôlhas individuais de votação dos eleitores da seção, devidamente acondicionadas; 
IV - uma fôlha de votação para os eleitores de outras seções, devidamente rubricada; 
V - uma urna vazia, vedada pelo juiz eleitoral, com tiras de papel ou pano forte; 
VI - (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
VI - sobrecartas maiores para os votos impugnados ou sôbre os quais haja dúvida; (Renumerado 
do Inciso VII pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
VII - cédulas oficiais; (Renumerado do Inciso VIII pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
VIII - sobrecartas especiais para remessa à Junta Eleitoral dos documentos relativos à 
eleição; (Renumerado do Inciso IX pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
IX - senhas para serem distribuídas aos eleitores; (Renumerado do Inciso X pela Lei nº 4.961, de 
4.5.1966) 
X - tinta, canetas, penas, lápis e papel, necessários aos trabalhos; (Renumerado do Inciso XI pela 
Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
XI - fôlhas apropriadas para impugnação e fôlhas para observação de fiscais de 
partidos; (Renumerado do Inciso XII pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
XII - modêlo da ata a ser lavrada pela mesa receptora; (Renumerado do Inciso XIII pela Lei nº 
4.961, de 4.5.1966) 
XIII - material necessário para vedar, após a votação, a fenda da urna; (Renumerado do Inciso 
XIV pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
XIV - um exemplar das Instruções do Tribunal Superior Eleitoral; (Renumerado do Inciso XV pela 
Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
XV - material necessário à contagem dos votos quando autorizada; (Renumerado do Inciso XVI 
pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
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XVI - outro qualquer material que o Tribunal Regional julgue necessário ao regular funcionamento 
da mesa. (Renumerado do Inciso XVII pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
§ 1º O material de que trata êste artigo deverá ser remetido por protocolo ou pelo correio 
acompanhado de uma relação ao pé da qual o destinatário declarará o que recebeu e como o 
recebeu, e aporá sua assinatura. 
§ 2º Os presidentes da mesa que não tiverem recebido até 48 (quarenta e oito) horas antes do 
pleito o referido material deverão diligenciar para o seu recebimento. 
§ 3º O juiz eleitoral, em dia e hora previamente designados em presença dos fiscais e delegados 
dos partidos, verificará, antes de fechar e lacrar as urnas, se estas estão completamente vazias; 
fechadas, enviará uma das chaves, se houver, ao presidente da Junta Eleitoral e a da fenda, também 
se houver, ao presidente da mesa receptora, juntamente com a urna. 
Art. 134. Nos estabelecimentos de internação coletiva para hansenianos serão sempre utilizadas 
urnas de lona. 
 
TÍTULO IV 
DA VOTAÇÃO 
Nota: Vide lei nº 9.504/1997, arts. 59 a 62: sistema eletrônico de votação e totalização de votos. 
 
CAPÍTULO I 
DOS LUGARES DA VOTAÇÃO 
Art. 135. Funcionarão as mesas receptoras nos lugares designados pelos juizes eleitorais 60 
(sessenta) dias antes da eleição, publicando-se a designação. 
§ 1º A publicação deverá conter a seção com a numeração ordinal e local em que deverá funcionar 
com a indicação da rua, número e qualquer outro elemento que facilite a localização pelo eleitor. 
§ 2º Dar-se-á preferência aos edifícios públicos, recorrendo-se aos particulares se faltarem aqueles 
em número e condições adequadas. 
§ 3º A propriedade particular será obrigatória e gratuitamente cedida para esse fim. 
§ 4º É expressamente vedado uso de propriedade pertencente a candidato, membro do diretório 
de partido, delegado de partido ou autoridade policial, bem como dos respectivos cônjuges e 
parentes, consangüíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive. 
§ 5º Não poderão ser localizadas seções eleitorais em fazenda sítio ou qualquer propriedade rural 
privada, mesmo existindo no local prédio público, incorrendo o juiz nas penas do Art. 312, em caso 
de infringência. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
§ 6º Os Tribunais Regionais, nas capitais, e os juizes eleitorais, nas demais zonas, farão ampla 
divulgação da localização das seções. 
 § 6o-A. Os Tribunais Regionais Eleitorais deverão, a cada eleição, expedirinstruções aos Juízes 
Eleitorais para orientá-los na escolha dos locais de votação, de maneira a garantir acessibilidade 
para o eleitor com deficiência ou com mobilidade reduzida, inclusive em seu entorno e nos sistemas 
de transporte que lhe dão acesso. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
§ 6oB (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.226, de 15 de maio de 2001) 
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§ 7º Da designação dos lugares de votação poderá qualquer partido reclamar ao juiz eleitoral, 
dentro de três dias a contar da publicação, devendo a decisão ser proferida dentro de quarenta e 
oito horas. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
§ 8º Da decisão do juiz eleitoral caberá recurso para o Tribunal Regional, interposto dentro de três 
dias, devendo no mesmo prazo, ser resolvido. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
§ 9º Esgotados os prazos referidos nos §§ 7º e 8º deste artigo, não mais poderá ser alegada, no 
processo eleitoral, a proibição contida em seu § 5º. (Incluído pela Lei nº 6.336, de 1º.6.1976) 
Art. 136. Deverão ser instaladas seções nas vilas e povoados, assim como nos estabelecimentos de 
internação coletiva, inclusive para cegos e nos leprosários onde haja, pelo menos, 50 (cinqüenta) 
eleitores. 
Parágrafo único. A mesa receptora designada para qualquer dos estabelecimentos de internação 
coletiva deverá funcionar em local indicado pelo respectivo diretório mesmo critério será adotado 
para os estabelecimentos especializados para proteção dos cegos. 
 Art.137. Até 10 (dez) dias antes da eleição, pelo menos, comunicarão os juizes eleitorais aos chefes 
das repartições públicas e aos proprietários, arrendatários ou administradores das propriedades 
particulares a resolução de que serão os respectivos edifícios, ou parte dêles, utilizados para 
pronunciamento das mesas receptoras. 
Art. 138. No local destinado a votação, a mesa ficará em recinto separado do público; ao lado 
haverá uma cabina indevassável onde os eleitores, à medida que comparecerem, possam assinalar 
a sua preferência na cédula. 
Parágrafo único. O juiz eleitoral providenciará para que nós edifícios escolhidos sejam feitas as 
necessárias adaptações. 
 
CAPÍTULO II 
DA POLÍCIA DOS TRABALHOS ELEITORAIS 
Art. 139. Ao presidente da mesa receptora e ao juiz eleitoral cabe a polícia dos trabalhos eleitorais. 
Art. 140. Somente podem permanecer no recinto da mesa receptora os seus membros, os 
candidatos, um fiscal, um delegado de cada partido e, durante o tempo necessário à votação, o 
eleitor. 
§ 1º O presidente da mesa, que é, durante os trabalhos, a autoridade superior, fará retirar do 
recinto ou do edifício quem não guardar a ordem e compostura devidas e estiver praticando 
qualquer ato atentatório da liberdade eleitoral. 
§ 2º Nenhuma autoridade estranha a mesa poderá intervir, sob pretexto algum, em seu 
funcionamento, salvo o juiz eleitoral. 
Art. 141. A força armada conservar-se-á a cem metros da seção eleitoral e não poderá aproximar-
se do lugar da votação, ou dêle penetrar, sem ordem do presidente da mesa. 
 
 
 
 
 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 51 
 
CAPÍTULO III 
DO INÍCIO DA VOTAÇÃO 
Art. 142. No dia marcado para a eleição, às 7 (sete) horas, o presidente da mesa receptora os 
mesários e os secretários verificarão se no lugar designado estão em orem o material remetido pelo 
juiz e a urna destinada a recolher os votos, bem como se estão presentes os fiscais de partido. 
Art. 143. As 8 (oito) horas, supridas as deficiências declarará o presidente iniciados os trabalhos, 
procedendo-se em seguida à votação, que começará pelos candidatos e eleitores presentes. 
§ 1º Os membros da mesa e os fiscais de partido deverão votar no correr da votação, depois que 
tiverem votado os eleitores que já se encontravam presentes no momento da abertura dos 
trabalhos, ou no encerramento da votação. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 4.961, 
de 4.5.1966) 
§ 2º Observada a prioridade assegurada aos candidatos, têm preferência para votar o juiz eleitoral 
da zona, seus auxiliares de serviço, os eleitores de idade avançada os enfermos e as mulheres 
grávidas. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
Art. 144. O recebimento dos votos começará às 8 (oito)e terminará, salvo o disposto no Art. 153, 
às 17 (dezessete) horas. 
Art. 145. O presidente, mesários, secretários, suplentes e os delegados e fiscais de partido votarão, 
perante as mesas em que servirem, sendo que os delegados e fiscais, desde que a credencial esteja 
visada na forma do artigo 131, § 3º; quando eleitores de outras seções, seus votos serão tomados 
em separado. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) (Vide Lei nº 7.332, de 
1º.7.1985) 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 65, § 2º: expedição das credenciais, exclusivamente, pelos partidos 
ou coligações. 
§ 1º (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) (Vide Lei nº 7.332, de 1º.7.1985) 
§ 2º (Renumerado para parágrafo único (abaixo) pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
§ 3º (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) (Vide Lei nº 7.332, de 1º.7.1985) 
Parágrafo único. Com as cautelas constantes do ar. 147, § 2º, poderão ainda votar fora da 
respectiva seção: (Renumerado do parágrafo 2º pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966 (Vide Lei nº 
7.332, de 1º.7.1985) 
I - o juiz eleitoral, em qualquer seção da zona sob sua jurisdição, salvo em eleições municipais, nas 
quais poderá votar em qualquer seção do município em que fôr eleitor; (Renumerado do parágrafo 
2º pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966 
II - o Presidente da República, o qual poderá votar em qualquer seção, eleitoral do país, nas eleições 
presidenciais; em qualquer seção do Estado em que fôr eleitor nas eleições para governador, vice-
governador, senador, deputado federal e estadual; em qualquer seção do município em que estiver 
inscrito, nas eleições para prefeito, vice-prefeito e vereador; (Renumerado do parágrafo 2º pela 
Lei nº 4.961, de 4.5.1966 
III - os candidatos à Presidência da República, em qualquer seção eleitoral do país, nas eleições 
presidenciais, e, em qualquer seção do Estado em que forem eleitores, nas eleições de âmbito 
estadual; (Renumerado do parágrafo 2º pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966 
IV - os governadores, vice-governadores, senadores, deputados federais e estaduais, em qualquer 
seção do Estado, nas eleições de âmbito nacional e estadual; em qualquer seção do município de 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 52 
 
que sejam eleitores, nas eleições municipais; (Renumerado do parágrafo 2º pela Lei nº 4.961, 
de 4.5.1966 
V - os candidatos a governador, vice-governador, senador, deputado federal e estadual, em 
qualquer seção do Estado de que sejam eleitores, nas eleições de âmbito nacional e 
estadual; (Renumerado do parágrafo 2º pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966 
VI - os prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, em qualquer seção de município que representarem, 
desde que eleitores do Estado, sendo que, no caso de eleições municipais, nelas somente poderão 
votar se inscritos no município; (Renumerado do parágrafo 2º pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966 
VII - os candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador, em qualquer seção de município, desde que 
dêle sejam eleitores; (Renumerado do parágrafo 2º pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966 
VIII - os militares, removidos ou transferidos dentro do período de 6 (seis) meses antes do pleito, 
poderão votar nas eleições para presidente e vice-presidente da República na localidade em que 
estiverem servindo. (Renumerado do parágrafo 2º pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966 
IX - os policiais militares em serviço. (Incluído pela Lei nº 9.504, de 9.5.1995) 
 
CAPÍTULO IV 
DO ATO DE VOTAR 
Art. 146. Observar-se-á na votaçãoo seguinte: 
I - o eleitor receberá, ao apresentar-se na seção, e antes de penetrar no recinto da mesa, uma 
senha numerada, que o secretário rubricará, no momento, depois de verificar pela relação dos 
eleitores da seção, que o seu nome constada respectiva pasta; 
II - no verso da senha o secretário anotará o número de ordem da fôlha individual da pasta, número 
esse que constará da relação enviada pelo cartório à mesa receptora; 
III - admitido a penetrar no recinto da mesa, segundo a ordem numérica das senhas, o eleitor 
apresentará ao presidente seu título, o qual poderá ser examinado por fiscal ou delegado de partido, 
entregando, no mesmo ato, a senha; 
IV - pelo número anotado no verso da senha, o presidente, ou mesário, localizará a fôlha individual 
de votação, que será confrontada com o título e poderá também ser examinada por fiscal ou 
delegado de partido; 
V - achando-se em ordem o título e a fôlha individual e não havendo dúvida sôbre a identidade do 
eleitor, o presidente da mesa o convidará a lançar sua assinatura no verso da fôlha individual de 
votação; em seguida entregar-lhe-á a cédula única rubricada no ato pelo presidente e mesários e 
numerada de acôrdo com as Instruções do Tribunal Superior instruindo-o sôbre a forma de dobrá-
la, fazendo-o passar a cabina indevassável, cuja porta ou cortina será encerrada em seguida; 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 83, § 1º: duas cédulas distintas, uma para as eleições majoritárias e 
outra para as eleições proporcionais; art. 84, caput: votação em momentos distintos. 
VI - o eleitor será admitido a votar, ainda que deixe de exibir no ato da votação o seu título, desde 
que seja inscrito na seção e conste da respectiva pasta a sua fôlha individual de votação; nesse 
caso, a prova de ter votado será feita mediante certidão que obterá posteriormente, no juízo 
competente; 
VII - no caso da omissão da fôlha individual na respectiva pasta verificada no ato da votação, será 
o eleitor, ainda, admitido a votar, desde que exiba o seu título eleitoral e dêle conste que o portador 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 53 
 
é inscrito na seção, sendo o seu voto, nesta hipótese, tomando em separado e colhida sua 
assinatura na fôlha de votação modêlo 2 (dois). Como ato preliminar da apuração do voto, 
averiguar-se-á se se trata de eleitor em condições de votar, inclusive se realmente pertence à seção; 
VIII - verificada a ocorrência de que trata o número anterior, a Junta Eleitoral, antes de encerrar 
os seus trabalhos, apurará a causa da omissão. Se tiver havido culpa ou dolo, será aplicada ao 
responsável, na primeira hipótese, a multa de até 2 (dois) salários-mínimos, e, na segunda, a de 
suspensão até 30 (trinta) dias; 
Nota: Vide CF/1988, art. 7º, IV: vedação da vinculação do salário mínimo para qualquer fim. 
IX - na cabina indevassável, onde não poderá permanecer mais de um minuto, o eleitor indicará os 
candidatos de sua preferência e dobrará a cédula oficial, observadas as seguintes normas: 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 84, parágrafo único: o tempo de votação será fixado pela Justiça 
Eleitoral. 
a) assinalando com uma cruz, ou de modo que torne expressa a sua intenção, o quadrilátero 
correspondente ao candidato majoritário de sua preferência; 
b) escrevendo o nome, o prenome, ou o número do candidato de sua preferência nas eleições 
proporcionais. (Redação dada pela Lei nº 7.434, de 19.12.1985) 
c) escrevendo apenas a sigla do partido de sua preferência, se pretender votar só na 
legenda; (Revogado pela Lei nº 6.989, de 5.5.1982) (Vide restabelecimento Lei nº 7.332, de 
1º.7.1985) 
X - ao sair da cabina o eleitor depositará na urna a cédula; 
XI - ao depositar a cédula na urna o eleitor deverá fazê-lo de maneira a mostrar a parte rubricada 
à mesa e aos fiscais de partido, para que verifiquem sem nela tocar, se não foi substituída; 
XII - se a cédula oficial não fôr a mesmo, será o eleitor convidado a voltar à cabina indevessável e 
a trazer seu voto na cédula que recebeu; senão quiser tornar à cabina ser-lhe-á recusado a 
ocorrência na ata e ficando o eleitor retido pela mesa, e à sua disposição, até o término da votação 
ou a devolução da cédula oficial já rubricada e numerada; 
XIII - se o eleitor, ao receber a cédula ou ao recolher-se à cabia de votação, verificar que a cédula 
se acha estragada ou, de qualquer modo, viciada ou assinalada ou se êle próprio, por imprudência, 
imprevidência ou ignorância, a inutilizar, estragar ou assinalar erradamente, poderá pedir uma outra 
ao presidente da seção eleitoral, restituíndo, porém, a primeira, a qual será imediatamente 
inutilizada à vista dos presentes e sem quebra do sigilo do que o eleitor haja nela assinalado; 
XIV - introduzida a sobrecarta na urna, o presidente da mesa devolverá o título ao eleitor, depois 
de datá-lo e assiná-lo; em seguida rubricará, no local próprio, a fôlha individual de votação. 
Art. 147. O presidente da mesa dispensará especial atenção à identidade de cada eleitor admitido 
a votar Existindo dúvida a respeito, deverá exigir-lhe a exibição da respectiva carteira, e, na falta 
desta, interrogá-lo sôbre os dados constantes do título, ou da fôlha individual de votação, 
confrontando a assinatura do mesmo com a feita na sua presença pelo eleitor, e mencionando na 
ata a dúvida suscitada. 
§ 1º A impugnação à identidade do eleitor, formulada pelos membros da mesa, fiscais, delegados, 
candidatos ou qualquer eleitor, será apresentada verbalmente ou por escrito, antes de ser o mesmo 
admitido a votar. 
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§ 2º Se persistir a dúvida ou fôr mantida a impugnação, tomará o presidente da mesa as seguintes 
providências: 
I - escreverá numa sobrecarta branca o seguinte: "Impugnado por "F"; 
II - entregará ao eleitor a sobrecarta branca, para que êle, na presença da mesa e dos fiscais, nela 
coloque a cédula oficial que assinalou, assim como o seu título, a fôlha de impugnação e qualquer 
outro documento oferecido pelo impugnante; 
III - determinará ao eleitor que feche a sobrecarta branca e a deposite na urna; 
IV - anotará a impugnação na ata. 
§3º O voto em separado, por qualquer motivo, será sempre tomado na forma prevista no parágrafo 
anterior. 
Art. 148. O eleitor somente poderá votar na seção eleitoral em que estiver incluído o seu nome. 
§ 1º Essa exigência somente poderá ser dispensada nos casos previstos no Art. 145 e seus 
parágrafos. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 62, caput, e Res.-TSE nº 20686/2000: somente pode votar o eleitor 
cujo nome conste na folha de votação da respectiva seção eleitoral. 
§ 2º Aos eleitores mencionados no Art. 145 não será permitido votar sem a exibição do título, e nas 
fôlhas de votação modêlo 2 (dois), nas quais lançarão suas assinaturas, serão sempre anotadas na 
coluna própria as seções mecionadas nos título retidos. 
§ 3º Quando se tratar de candidato, o presidente da mesa receptora verificará, previamente, se o 
nome figura na relação enviada à seção, e quando se tratar de fiscal de partido, se a credencial 
está devidamente visada pelo juiz eleitoral. 
§4º (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
§ 5º (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
Art. 149. Não será admitido recurso contra a votação, se não tiver havido impugnação perante a 
mesa receptora, no ato da votação, contra as nulidades argüidas. 
Art. 150. O eleitor cego poderá: 
I - assinar a fôlha individual de votação em letras do alfabeto comum ou do sistema Braille; 
II - assinalar a cédula oficial, utilizando também qualquer sistema; 
III - usar qualquer elemento mecânico que trouxer consigo, ou lhe fôr fornecido pela mesa, e que 
lhe possibilite exercer o direito de voto 
Art. 151. (Revogado pela Lei nº 7.914, de 7.12.1989) 
Art. 152. Poderão ser utilizadas máquinas de votar, a critério e mediante regulamentação doTribunal Superior Eleitoral. 
 
CAPÍTULO V 
DO ENCERRAMENTO DA VOTAÇÃO 
Art. 153. Às 17 (dezessete) horas, o presidente fará entregar as senhas a todos os eleitores 
presentes e, em seguida, os convidará, em voz alta, a entregar à mesa seus títulos, para que sejam 
admitidos a votar. 
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Parágrafo único. A votação continuará na ordem numérica das senhas e o título será devolvido ao 
eleitor, logo que tenha votado. 
Art. 154. Terminada a votação e declarado o seu encerramento elo presidente, tomará estes as 
seguintes providências: 
I - vedará a fenda de introdução da cédula na urna, de modo a cobri-la inteiramente com tiras de 
papel ou pano forte, rubricadas pelo presidente e mesários e, facultativamente, pelos fiscais 
presentes, separará todas as folhas de votação correspondentes aos eleitores faltosos e fará 
constar, no verso de cada uma delas na parte destinada à assinatura do eleitor, a falta verificada, 
por meio de breve registro, que autenticará com a sua assinatura. (Redação dada pela Lei nº 
4.961, de 4.5.1966) 
II - encerrará, com a sua assinatura, a fôlha de votação modêlo 2 (dois), que poderá ser também 
assinada pelos fiscais; 
III - mandará lavra, por um dos secretários, a ata da eleição, preenchendo o modêlo fornecido pela 
Justiça Eleitoral, para que conste: 
a) os nomes dos membros da mesa que hajam comparecido, inclusive o suplente; 
b) as substituições e nomeações feitas; 
c) os nomes dos fiscais que hajam comparecido e dos que se retiraram durante a votação; 
d) a causa, se houver, do retardamento para o começo da votação; 
e) o número, por extenso, dos eleitores da seção que compareceram e votaram e o número dos 
que deixaram de comparecer; 
f) o número, por extenso, de eleitores de outras seções que hajam votado e cujos votos hajam sido 
recolhidos ao invólucro especial; 
g) o motivo de não haverem votado alguns dos eleitores que compareceram; 
h) os protestos e as impugnações apresentados pelos fiscais, assim como as decisões sôbre eles 
proferidas, tudo em seu inteiro teor; 
i) a razão de interrupção da votação, se tiver havido, e o tempo de interrupção; 
j) a ressalva das rasuras, emendas e entrelinhas porventura existentes nas folhas de votação e na 
ata, ou a declaração de não existirem; 
IV - mandará, em caso de insuficiência de espaço no modêlo destinado ao preenchimento, 
prosseguir a ata em outra fôlha devidamente rubricada por êle, mesários e fiscais que o desejarem, 
mencionado esse fato na própria ata; 
V - assinará a ata com os demais membros da mesa, secretários e fiscais que quiserem; 
VI - entregará a urna e os documentos do ato eleitoral ao presidente da Junta ou à agência do 
Correio mais próxima, ou a outra vizinha que ofereça melhores condições de segurança e expedição, 
sob recibo em triplicata com a indicação de hora, devendo aqueles documentos ser encerrados em 
sobrecartas rubricadas por êle e pelos fiscais que o quiserem; 
VII - comunicará em ofício, ou impresso próprio, ao juiz eleitoral da zona a realização da eleição, o 
número de eleitores que votaram e a remessa da urna e dos documentos à Junta Eleitoral; 
VIII - enviará em sobrecarta fechada uma das vias do recibo do Correio à Junta Eleitoral e a outra 
ao Tribunal Regional. 
§ 1º Os Tribunais Regionais poderão prescrever outros meios de vedação das urnas. 
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§ 2º No Distrito Federal e nas capitais dos Estados poderão os Tribunais Regionais determinar 
normas diversas para a entrega de urnas e papéis eleitorais, com as cautelas destinadas a evitar 
violação ou extravio. 
Art. 155. O presidente da Junta Eleitoral e as agências do Correio tomarão as providências 
necessárias para o recebimento da urna e dos documentos referidos no artigo anterior. 
§1º Os fiscais e delegados de partidos têm direito de vigiar e acompanhar a urna desde o momento 
da eleição, durante a permanência nas agências do Correio e até a entrega à Junta Eleitoral. 
§ 2º A urna ficará permanentemente à vista dos interessados e sob a guarda de pessoa designada 
pelo presidente da Junta Eleitoral. 
Art. 156. Até as 12 (doze) horas do dia seguinte à realização da eleição, o juiz eleitoral é obrigado, 
sob pena de responsabilidade e multa de 1 (um) a 2 (dois) salários-mínimos, a comunicar ao 
Tribunal Regional, e aos delegados de partido perante êle credenciados, o número de eleitores que 
votaram em cada uma das seções da zona sob sua jurisdição, bem como o total de votantes da 
zona. 
Nota: Vide CF/1988, art. 7º, IV: vedação da vinculação do salário mínimo para qualquer fim. 
§ 1º Se houver retardamento nas medidas referidas no Art. 154, o juiz eleitoral, assim que receba 
o ofício constante desse dispositivo, nº VII, fará a comunicação constante dêste artigo. 
§ 2º Essa comunicação será feita por via postal, em ofícios registrados de que o juiz eleitoral 
guardará cópia no arquivo da zona, acompanhada do recibo do Correio. 
§ 3º Qualquer candidato, delegado ou fiscal de partido poderá obter, por certidão, o teor da 
comunicação a que se refere êste artigo, sendo defeso ao juiz eleitoral recusá-la ou procrastinar a 
sua entrega ao requerente. 
Art. 157. (Revogado pela Lei nº 7.914, de 7.12.1989) 
 
TÍTULO V 
DA APURAÇÃO 
 
CAPÍTULO I 
DOS ÓRGÃOS APURADORES 
Art. 158. A apuração compete: 
I - às Juntas Eleitorais quanto às eleições realizadas na zona sob sua jurisdição; 
II - aos Tribunais Regionais a referente às eleições para governador, vice-governador, senador, 
deputado federal e estadual, de acôrdo com os resultados parciais enviados pelas Junta Eleitorais; 
III - ao Tribunal Superior Eleitoral nas eleições para presidente e vice-presidente da República , 
pelos resultados parciais remetidos pelos Tribunais Regionais. 
 
 
 
 
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CAPÍTULO II 
DA APURAÇÃO NAS JUNTAS 
 
SEÇÃO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 159. A apuração começará no dia seguinte ao das eleições e, salvo motivo justificado, deverá 
terminar dentro de 10 (dez) dias. 
§ 1º Iniciada a apuração, os trabalhos não serão interrompidos aos sábados, domingos e dias 
feriados, devendo a Junta funcionar das 8 (oito) às 18 (dezoito) horas, pelo menos. 
§ 2º Em caso de impossibilidade de observância do prazo previsto neste artigo, o fato deverá ser 
imediatamente justificado perante o Tribunal Regional, mencionando-se as horas ou dias 
necessários para o adiamento que não poderá exceder a cinco dias. (Redação dada pela Lei nº 
4.961, de 4.5.1966) 
§ 3º Esgotado o prazo e a prorrogação estipulada neste artigo ou não tendo havido em tempo hábil 
o pedido de prorrogação, a respectiva Junta Eleitoral perde a competência para prosseguir na 
apuração devendo o seu presidente remeter, imediatamente ao Tribunal Regional, todo o material 
relativo à votação. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
§ 4º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo anterior, competirá ao Tribunal Regional fazer a 
apuração. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
§ 5º Os membros da Junta Eleitoral responsáveis pela inobservância injustificada dos prazos fixados 
neste artigo estarão sujeitos à multa de dois a dez salários-mínimos, aplicada pelo Tribunal 
Regional. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
Art. 160. Havendo conveniência, em razão do número de urnas a apurar, a Junta poderá subdividir-
se em turmas, até o limite de 5 (cinco), todas presididas por algum dos seus componentes. 
Parágrafo único. As dúvidas que forem levantadas em cada turma serão decididas por maioria de 
votos dos membros da Junta. 
Art. 161. Cada partido poderá credenciar perante as Juntas até 3 (três) fiscais, que se revezem na 
fiscalização dos trabalhos. 
§ 1º Em caso de divisão da Junta em turmas,cada partido poderá credenciar até 3 (três) fiscais 
para cada turma. 
§ 2º Não será permitida, na Junta ou turma, a atuação de mais de 1 (um) fiscal de cada partido. 
Art. 162. Cada partido poderá credenciar mais de 1 (um) delegado perante a Junta, mas no decorrer 
da apuração só funcionará 1 (um) de cada vez. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 87, caput: garantia aos fiscais e delegados, na apuração, de 
postarem-se à distância não superior a um metro da mesa. 
Art. 163. Iniciada a apuração da urna, não será a mesma interrompida, devendo ser concluída. 
Parágrafo único. Em caso de interrupção por motivo de força maior, as cédulas e as folhas de 
apuração serão recolhidas à urna e esta fechada e lacrada, o que constará da ata. 
Art. 164. É vedado às Juntas Eleitorais a divulgação, por qualquer meio, de expressões, frases ou 
desenhos estranhos ao pleito, apostos ou contidos nas cédulas. 
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§ 1º Aos membros, escrutinadores e auxiliares das Juntas que infringirem o disposto neste artigo 
será aplicada a multa de 1 (um) a 2 (dois) salários-mínimos vigentes na Zona Eleitoral, cobrados 
através de executivo fiscal ou da inutilização de sêlos federais no processo em que fôr arbitrada a 
multa. 
§ 2º Será considerada dívida líquida e certa, para efeito de cobrança, a que fôr arbitrada pelo 
Tribunal Regional e inscrita em livro próprio na Secretaria desse órgão. 
 
SEÇÃO II 
DA ABERTURA DA URNA 
Art. 165. Antes de abrir cada urna a Junta verificará: 
I - se há indício de violação da urna; 
II - se a mesa receptora se constituiu legalmente; 
III - se as folhas individuais de votação e as folhas modêlo 2 (dois) são autênticas; 
IV - se a eleição se realizou no dia, hora e local designados e se a votação não foi encerrada antes 
das 17 (dezessete) horas; 
V - se foram infringidas as condições que resguardam o sigilo do voto; 
VI - se a seção eleitoral foi localizada com infração ao disposto nos §§ 4º e 5º do Art. 135; 
VII - se foi recusada, sem fundamento legal, a fiscalização de partidos aos atos eleitorais; 
VIII - se votou eleitor excluído do alistamento, sem ser o seu voto tomado em separado; 
IX - se votou eleitor de outra seção, a não ser nos casos expressamente admitidos; 
X - se houve demora na entrega da urna e dos documentos conforme determina o nº VI, do Art. 
154. 
XI - se consta nas folhas individuais de votação dos eleitores faltosos o devido registro de sua 
falta. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
§ 1º Se houver indício de violação da urna, proceder-se-á da seguinte forma: 
I - antes da apuração, o presidente da Junta indicará pessoa idônea para servir como perito e 
examinar a urna com assistência do representante do Ministério Público; 
II - se o perito concluir pela existência de violação e o seu parecer fôr aceito pela Junta, o presidente 
desta comunicará a ocorrência ao Tribunal Regional, para as providências de lei; 
III - se o perito e o representante do Ministério Público concluírem pela inexistência de violação, 
far-se-á a apuração; 
IV - se apenas o representante do Ministério Público entender que a urna foi violada, a Junta 
decidirá, podendo aquêle, se a decisão não fôr unânime, recorrer imediatamente para o Tribunal 
Regional; 
V - não poderão servir de peritos os referidos no Art. 36, § 3º, nºs. I a IV. 
§ 2º s impugnações fundadas em violação da urna somente poderão ser apresentadas até a 
abertura desta. 
§ 3º Verificado qualquer dos casos dos nºs. II, III, IV e V do artigo, a Junta anulará a votação, fará 
a apuração dos votos em separado e recorrerá de ofício para o Tribunal Regional. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 59 
 
§ 4º Nos casos dos números VI, VII, VIII, IX e X, a Junta decidirá se a votação é válida, procedendo 
à apuração definitiva em caso afirmativo, ou na forma do parágrafo anterior, se resolver pela 
nulidade da votação. 
§ 5º A junta deixará de apurar os votos de urna que não estiver acompanhada dos documentos 
legais e lavrará têrmo relativo ao fato, remetendo-a, com cópia da sua decisão, ao Tribunal Regional. 
Art. 166. Aberta a urna, a Junta verificará se o número de cédulas oficiais corresponde ao de 
votantes. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
§ 1º A incoincidência entre o número de votantes e o de cédulas oficiais encontradas na urna não 
constituirá motivo de nulidade da votação, desde que não resulte de fraude 
comprovada. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
§ 2º Se a Junta entender que a incoincidência resulta de fraude, anulará a votação, fará a apuração 
em separado e recorrerá de ofício para o Tribunal Regional. 
Art. 167. Resolvida a apuração da urna, deverá a Junta inicialmente: 
I - examinar as sobrecartas brancas contidas na urna, anulando os votos referentes aos eleitores 
que não podiam votar; (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
II - misturar as cédulas oficiais dos que podiam votar com as demais existentes na urna. (Redação 
dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
III - (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
IV (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
Art. 168. As questões relativas à existência de rasuras, emendas e entrelinhas nas folhas de votação 
e na ata da eleição, somente poderão ser suscitadas na fase correspondente à abertura das urnas. 
 
SEÇÃO III 
DAS IMPUGNAÇÕES E DOS RECURSOS 
Art. 169. À medida que os votos forem sendo apurados, poderão os fiscais e delegados de partido, 
assim como os candidatos, apresentar impugnações que serão decididas de plano pela Junta. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 69, caput: impugnação perante o Tribunal Regional Eleitoral, quando 
não recebida pela junta. 
§ 1º As Juntas decidirão por maioria de votos as impugnações. 
§ 2º De suas decisões cabe recurso imediato, interposto verbalmente ou por escrito, que deverá 
ser fundamentado no prazo de 48 (quarenta e oito) horas para que tenha seguimento. 
§ 3º O recurso, quando ocorrerem eleições simultâneas, indicará expressamente eleição a que se 
refere. 
§ 4º Os recursos serão instruídos de ofício, com certidão da decisão recorrida; se interpostos 
verbalmente, constará também da certidão o trecho correspondente do boletim. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 71, caput: instrução dos recursos pelos partidos, pelas coligações e 
pelos candidatos. 
Art. 170. As impugnações quanto à identidade do eleitor, apresentadas no ato da votação, serão 
resolvidas pelo confronto da assinatura tomada no verso da folha individual de votação com a 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 60 
 
existente no anverso; se o eleitor votou em separado, no caso de omissão da folha individual na 
respectiva pasta, confrontando-se a assinatura da folha modêlo 2 (dois) com a do título eleitoral. 
Art. 171 Não será admitido recurso contra a apuração, se não tiver havido impugnação perante a 
Junta, no ato apuração, contra as nulidades argüidas. 
Art. 172. Sempre que houver recurso fundado em contagem errônea de votos, vícios de cédulas ou 
de sobrecartas para votos em separado, deverão as cédulas ser conservadas em invólucro lacrado, 
que acompanhará o recurso e deverá ser rubricado pelo juiz eleitoral, pelo recorrente e pelos 
delegados de partido que o desejarem. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
 
SEÇÃO IV 
DA CONTAGEM DOS VOTOS 
Art. 173. Resolvidas as impugnações a Junta passará a apurar os votos. 
Parágrafo único. Na apuração, poderá ser utilizado sistema eletrônico, a critério do Tribunal Superior 
Eleitoral e na forma por ele estabelecida. (Incluído pela Lei nº 6.978, de 19.1.1982) 
Nota: Lei nº 9.504/1997, arts. 59 a 62: votação e totalização de votos por sistema eletrônico. 
Art. 174. As cédulas oficiais, à medida em que forem sendo abertas, serão examinadas e lidasem 
voz alta por um dos componentes da Junta. 
§ 1º Após fazer a declaração dos votos em branco e antes de ser anunciado o seguinte, será aposto 
na cédula, no lugar correspondente à indicação do voto, um carimbo com a expressão "em branco", 
além da rubrica do presidente da turma. (Redação dada pela Lei nº 6.055, de 17.6.1974) 
§ 2º O mesmo processo será adaptado para o voto nulo. (Incluído pela Lei nº 6.055, de 
17.6.1974) 
§ 3º Não poderá ser iniciada a apuração dos votos da urna subsequente sob as penas do Art. 345, 
sem que os votos em branco da anterior estejam todos registrados pela forma referida no § 
1º. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966 e renumerado do § 2º pela Lei nº 6.055, de 
17.6.1974) 
§ 4º As questões relativas às cédulas somente poderão ser suscitadas nessa 
oportunidade. (Renumerado do parágrafo único para § 3º pela Lei nº 4.961, de 
4.5.1966) e renumerado do § 3º pela Lei nº 6.055, de 17.6.1974) 
Art. 175. Serão nulas as cédulas: I - que não corresponderem ao modelo oficial; (Vide Lei nº 
7.332, de 1º.7.1985) 
II - que não estiverem devidamente autenticadas; 
III - que contiverem expressões, frases ou sinais que possam identificar o voto. 
§ 1º Serão nulos os votos, em cada eleição majoritária: 
I - quando forem assinalados os nomes de dois ou mais candidatos para o mesmo cargo; 
II - quando a assinalação estiver colocada fora do quadrilátero próprio, desde que torne duvidosa 
a manifestação da vontade do eleitor. 
§ 2º Serão nulos os votos, em cada eleição pelo sistema proporcional: (Renumerado do § 3º pela 
Lei nº 4.961, de 4 5.66) 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 61 
 
I - quando o candidato não fôr indicado, através do nome ou do número, com clareza suficiente 
para distinguí-lo de outro candidato ao mesmo cargo, mas de outro partido, e o eleitor não indicar 
a legenda; (Renumerado do § 3º pela Lei nº 4.961, de 4 5.66) 
II - se o eleitor escrever o nome de mais de um candidato ao mesmo cargo, pertencentes a partidos 
diversos, ou, indicando apenas os números, o fizer também de candidatos de partidos 
diferentes; (Renumerado do § 3º pela Lei nº 4.961, de 4 5.66) 
III - se o eleitor, não manifestando preferência por candidato, ou o fazendo de modo que não se 
possa identificar o de sua preferência, escrever duas ou mais legendas diferentes no espaço relativo 
à mesma eleição. (Renumerado do § 3º pela Lei nº 4.961, de 4 5.66) 
IV- (Incluído pela Lei nº 6.989, de 5.5.1982 e restabelecido pela Lei nº 7.332, de 1º.7.1985) 
§ 3º Serão nulos, para todos os efeitos, os votos dados a candidatos inelegíveis ou não registrados. 
: (Renumerado do § 4º pela Lei nº 4.961, de 4 5.66) 
§ 4º O disposto no parágrafo anterior não se aplica quando a decisão de inelegibilidade ou de 
cancelamento de registro for proferida após a realização da eleição a que concorreu o candidato 
alcançado pela sentença, caso em que os votos serão contados para o partido pelo qual tiver sido 
feito o seu registro. (Incluído pela Lei nº 7.179, de 19.12.1983) 
Art. 176. Contar-se-á o voto apenas para a legenda, nas eleições pelo sistema 
proporcional: (Redação dada pela Lei nº 8.037, de 1990) 
Nota: Lei nº 9.504/1997, arts. 59, § 2º, e 60: cômputo de votos para a legenda no sistema 
eletrônico de votação; art. 86: voto de legenda no sistema de votação convencional. 
I - se o eleitor escrever apenas a sigla partidária, não indicando o candidato de sua 
preferência; (Redação dada pela Lei nº 8.037, de 1990) 
II - se o eleitor escrever o nome de mais de um candidato do mesmo Partido; (Redação dada 
pela Lei nº 8.037, de 1990) 
III - se o eleitor, escrevendo apenas os números, indicar mais de um candidato do mesmo 
Partido; (Redação dada pela Lei nº 8.037, de 1990) 
IV - se o eleitor não indicar o candidato através do nome ou do número com clareza suficiente para 
distingui-lo de outro candidato do mesmo Partido. (Redação dada pela Lei nº 8.037, de 1990) 
Art. 177. Na contagem dos votos para as eleições realizadas pelo sistema proporcional observar-se-
ão, ainda, as seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº 8.037, de 1990) 
I - a inversão, omissão ou erro de grafia do nome ou prenome não invalidará o voto, desde que 
seja possível a identificação do candidato; (Redação dada pela Lei nº 8.037, de 1990) 
II - se o eleitor escrever o nome de um candidato e o número correspondente a outro da mesma 
legenda ou não, contar-se-á o voto para o candidato cujo nome foi escrito, bem como para a 
legenda a que pertence; (Redação dada pela Lei nº 8.037, de 1990) 
III - se o eleitor escrever o nome ou o número de um candidato e a legenda de outro Partido, 
contar-se-á o voto para o candidato cujo nome ou número foi escrito; (Redação dada pela Lei nº 
8.037, de 1990) 
IV - se o eleitor escrever o nome ou o número de um candidato a Deputado Federal na parte da 
cédula referente a Deputado Estadual ou vice-versa, o voto será contado para o candidato cujo 
nome ou número foi escrito; (Redação dada pela Lei nº 8.037, de 1990) 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 62 
 
V - se o eleitor escrever o nome ou o número de candidatos em espaço da cédula que não seja o 
correspondente ao cargo para o qual o candidato foi registrado, será o voto computado para o 
candidato e respectiva legenda, conforme o registro. (Incluído pela Lei nº 8.037, de 1990) 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 85: votos dados a homônimos. 
Art. 178. O voto dado ao candidato a Presidente da República entender-se-á dado também ao 
candidato a vice-presidente, assim como o dado aos candidatos a governador, senador, deputado 
federal nos territórios, prefeito e juiz de paz entender-se-á dado ao respectivo vice ou suplente. 
Nota: V. art. 91, § 2º, deste código eleitoral. 
Vide CF/1988, art. 46, § 3º: voto abrangendo os dois suplentes de senador. 
Vide CF/1988, arts. 14, § 3º, VI, c, e 98, II: criação da Justiça de Paz. 
Art. 179. Concluída a contagem dos votos a Junta ou turma deverá: 
I - transcrever nos mapas referentes à urna a votação apurada; 
II - expedir boletim contendo o resultado da respectiva seção, no qual serão consignados o número 
de votantes, a votação individual de cada candidato, os votos de cada legenda partidária, os votos 
nulos e os em branco, bem como recursos, se houver. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 68, caput, e 87, § 6º: nome e número dos candidatos nos boletins 
de urna. 
§ 1º Os mapas, em todas as suas folhas, e os boletins de apuração, serão assinados pelo presidente 
e membros da Junta e pelos fiscais de partido que o desejarem. 
§ 2º O boletim a que se refere e êste artigo obedecerá a modêlo aprovado pelo Tribunal Superior 
Eleitoral, podendo porém, na sua falta, ser substituído por qualquer outro expedido por Tribunal 
Regional ou pela própria Junta Eleitoral. 
§ 3º Um dos exemplares do boletim de apuração será imediatamente afixado na sede da Junta, em 
local que possa ser copiado por qualquer pessoa. 
§ 4º Cópia autenticada do boletim de apuração será entregue a cada partido, por intermédio do 
delegado ou fiscal presente, mediante recibo. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, arts. 68, § 1º, e 87, § 2º: cópia do boletim de urna aos partidos e 
coligações; arts. 68, § 2º, e 87, § 4º: caracterização de crime no caso de descumprimento. 
§ 5º O boletim de apuração ou sua cópia autenticada com a assinatura do juiz e pelo menos de um 
dos membros da Junta, podendo ser apresentado ao Tribunal Regional, nas eleições federais e 
estaduais, sempre que o número de votos constantes dos mapas recebidos pela Comissão 
Apuradora não coincidir com os nele consignados. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 87, § 5º: não poderão servir de prova os rascunhos ou qualquer 
outro tipo de anotação fora dos boletins de urna. 
§ 6º O partido ou candidato poderá apresentar o boletim na oportunidade concedidapelo Art. 200, 
quando terá vista do relatório da Comissão Apuradora, ou antes, se durante os trabalhos da 
Comissão tiver conhecimento da incoincidência de qualquer resultado. 
§ 7º Apresentado o boletim, será aberta vista aos demais partidos, pelo prazo de 2 (dois) dias, os 
quais somente poderão contestar o erro indicado com a apresentação de boletim da mesma urna, 
revestido das mesmas formalidades. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 63 
 
§ 8º Se o boletim apresentado na contestação consignar outro resultado, coincidente ou não com 
o que figurar no mapa enviado pela Junta, a urna será requisitada e recontada pelo próprio Tribunal 
Regional, em sessão. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 88: casos de recontagem de urna. 
§ 9º A não expedição do boletim imediatamente após a apuração de cada urna e antes de se passa 
à subsequente, sob qualquer pretexto, constitui o crime previsto no Art. 313. 
Art. 180. O disposto no artigo anterior e em todos os seus parágrafos aplica-se às eleições 
municipais, observadas somente as seguintes alterações: 
I - o boletim de apuração poderá ser apresentado à Junta até 3 (três) dia depois de totalizados os 
resultados, devendo os partidos ser cientificados, através de seus delegados, da data em que 
começará a correr êsse prazo; 
II - apresentado o boletim será observado o disposto nos §§ 7º e 8º do artigo anterior, devendo a 
recontagem ser procedida pela própria Junta. 
Art. 181. Salvo nos casos mencionados nos artigos anteriores, a recontagem de votos só poderá ser 
deferida pelos Tribunais Regionais, em recurso interposto imediatamente após a apuração de cada 
urna. 
Parágrafo único. Em nenhuma outra hipótese poderá a Junta determinar a reabertura de urnas já 
apuradas para recontagem de votos. 
Art. 182. Os títulos dos eleitores estranhos à seção serão separados, para remessa, depois de 
terminados os trabalhos da Junta, ao juiz eleitoral da zona nêles mencionadas, a fim de que seja 
anotado na fôlha individual de votação o voto dado em outra seção. 
Parágrafo único. Se, ao ser feita a anotação, no confronto do título com a fôlha individual, se verificar 
incoincidência ou outro indício de fraude, serão autuados tais documentos e o juiz determinará as 
providências necessárias para apuração do fato e conseqüentes medidas legais. 
Art. 183. Concluída a apuração, e antes de se passar à subsequente, as cédulas serão recolhidas à 
urna, sendo esta fechada e lacrada, não podendo ser reaberta senão depois de transitada em 
julgado a diplomação, salvo nos casos de recontagem de votos. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 88: casos de recontagem de urna. 
Parágrafo único. O descumprimento do disposto no presente artigo, sob qualquer pretexto, constitui 
o crime eleitoral previsto no Art. 314. 
Art. 184. Terminada a apuração, a Junta remeterá ao Tribunal Regional no prazo de vinte e quatro 
horas, todos os papéis eleitorais referentes às eleições estaduais ou federais, acompanhados dos 
documentos referentes à apuração, juntamente com a ata geral dos seus trabalhos, na qual serão 
consignadas as votações apuradas para cada legenda e candidato e os votos não apurados com a 
declaração dos motivos porque o não foram. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
§ 1º Essa remessa será feita em invólucros fechado, lacrado e rubricado pelos membros da Junta, 
delegados e fiscais de Partido, por via postal ou sob protocolo, conforme fôr mais rápida e segura 
a chegada ao destino. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
§ 2º Se a remessa dos papéis eleitorais de que trata êste artigo não se verificar no prazo nele 
estabelecido os membros da Junta estarão sujeitos à multa correspondente à metade do salário-
mínimo regional por dia de retardamento. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
Nota: Vide CF/1988, art. 7º, IV: vedação da vinculação do salário mínimo para qualquer fim. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 64 
 
§ 3º Decorridos quinze dias sem que o Tribunal Regional tenha recebido os papéis referidos neste 
artigo ou comunicação de sua expedição, determinará ao Corregedor Regional ou Juiz Eleitoral mais 
próximo que os faça apreender e enviar imediatamente, transferindo-se para o Tribunal Regional a 
competência para decidir sôbre os mesmos. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
Art. 185. Sessenta dias após o trânsito em julgado da diplomação de todos os candidatos, eleitos 
nos pleitos eleitorais realizados simultaneamente e prévia publicação de edital de convocação, as 
cédulas serão retiradas das urnas e imediatamente incineradas, na presença do Juiz Eleitoral e em 
ato público, vedado a qualquer pessoa inclusive ao Juiz, o seu exame na ocasião da 
incineração. (Redação dada pela Lei nº 6.055, de 17.6.1974) 
Parágrafo único. Poderá ainda a Justiça Eleitoral, tomadas as medidas necessárias à garantia do 
sigilo, autorizar a reciclagem industrial das cédulas, em proveito do ensino público de primeiro grau 
ou de instituições beneficentes. (Incluído pela Lei nº 7.977, de 27.12.1989) 
Art. 186. Com relação às eleições municipais e distritais, uma vez terminada a apuração de todas 
as urnas, a Junta resolverá as dúvidas não decididas, verificará o total dos votos apurados, inclusive 
os votos em branco, determinará o quociente eleitoral e os quocientes partidários e proclamará os 
candidatos eleitos. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 3º, caput: eleição do candidato a prefeito que obtiver a maioria dos 
votos; CF/1988, art. 29, II e III: exigência de alcance da maioria absoluta de votos na eleição de 
prefeito nos municípios com mais de 200 mil eleitores e posse no dia 1º de janeiro. 
§ 1º O presidente da Junta fará lavrar, por um dos secretários, a ata geral concernente às eleições 
referidas neste artigo, da qual constará o seguinte: 
I - as seções apuradas e o número de votos apurados em cada urna; 
II - as seções anuladas, os motivos por que foram e o número de votos não apurados; 
III- as seções onde não houve eleição e os motivos; 
IV - as impugnações feitas, a solução que lhes foi dada e os recursos interpostos; 
V - a votação de cada legenda na eleição para vereador; 
VI - o quociente eleitoral e os quocientes partidários; 
VII - a votação dos candidatos a vereador, incluídos em cada lista registrada, na ordem da votação 
recebida; 
VIII - a votação dos candidatos a prefeito, vice-prefeito e a juiz de paz, na ordem da votação 
recebida. 
§ 2º Cópia da ata geral da eleição municipal, devidamente autenticada pelo juiz, será enviada ao 
Tribunal Regional e ao Tribunal Superior Eleitoral. 
Art. 187. Verificando a Junta Apuradora que os votos das seções anuladas e daquelas cujos eleitores 
foram impedidos de votar, poderão alterar a representação de qualquer partido ou classificação de 
candidato eleito pelo princípio majoritário, nas eleições municipais, fará imediata comunicação do 
fato ao Tribunal Regional, que marcará, se fôr o caso, dia para a renovação da votação naquelas 
seções. 
§ 1º Nas eleições suplementares municipais observar-se-á, no que couber, o disposto no Art. 201. 
§ 2º Essas eleições serão realizadas perante novas mesas receptoras, nomeadas pelo juiz eleitoral, 
e apuradas pela própria Junta que, considerando os anteriores e os novos resultados, confirmará 
ou invalidará os diplomas que houver expedido. 
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§ 3º Havendo renovação de eleições para os cargos de prefeito e vice-prefeito, os diplomas somente 
serão expedidos depois de apuradas as eleições suplementares. 
§ 4º Nas eleições suplementares, quando ser referirem a mandatos de representação proporcional, 
a votação e a apuração far-se-ão exclusivamente para as legendas registradas. 
 
SEÇÃO V 
DA CONTAGEM DOS VOTOS PELA MESA RECEPTORAArt. 188. O Tribunal Superior Eleitoral poderá autorizar a contagem de votos pelas mesas 
receptoras, nos Estados em que o Tribunal Regional indicar as zonas ou seções em que esse sistema 
deva ser adotado. 
Art. 189. Os mesários das seções em que fôr efetuada a contagem dos votos serão nomeados 
escrutinadores da junta. 
Art. 190. Não será efetuada a contagem dos votos pela mesa se esta não se julgar suficientemente 
garantida, ou se qualquer eleitor houver votado sob impugnação, devendo a mesa, em um ou outro 
caso, proceder na forma determinada para as demais, das zonas em que a contagem não foi 
autorizada. 
Art. 191. Terminada a votação, o presidente da mesa tomará as providências mencionadas nas 
alíneas II, III, IV e V do Art. 154. 
Art. 192. Lavrada e assinada ata, o presidente da mesa, na presença dos demais membros, fiscais 
e delegados do partido, abrirá a urna e o invólucro e verificará se o número de cédulas oficiais 
coincide com o de votantes. 
§ 1º Se não houver coincidência entre o número de votantes e o de cédulas oficiais encontradas na 
urna e no invólucro a mesa receptora não fará a contagem dos votos. 
§ 2º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo anterior, o presidente da mesa determinará que 
as cédulas e as sobrecartas sejam novamente recolhidas a urna e ao invólucro, os quais serão 
fechados e lacrados, procedendo, em seguida, na forma recomendada pelas alíneas VI, VII e VIII 
e do Art. 54. 
Art. 193. Havendo coincidência entre o número de cédulas e o de votantes deverá a mesa, 
inicialmente, misturar as cédulas contidas nas sobrecartas brancas, da urna e do invólucro, com as 
demais. 
§ 1º Em seguida proceder-se-á à abertura das cédulas e contagem dos votos, observando-se o 
disposto nos artigos. 169 e seguintes, no que couber. 
§ 2º Terminada a contagem dos votos será lavrada ata resumida, de acôrdo com modelo aprovado 
pelo Tribunal Superior e da qual constarão apenas as impugnações acaso apresentadas, figurando 
os resultados no boletim que se incorporará à ata, e do qual se dará cópia aos fiscais dos partidos. 
Art. 194. Após a lavratura da ata, que deverá ser assinada pelos membros da mesa e fiscais e 
delegados de partido, as cédulas e as sobrecartas serão recolhidas à urna, sendo esta fechada, 
lacrada e entregue ao juiz eleitoral pelo presidente da mesa ou por um dos mesários, mediante 
recibo. 
§ 1º O juiz eleitoral poderá, havendo possibilidade, designar funcionários para recolher as urnas e 
demais documentos nos próprios locais da votação ou instalar postos e locais diversos para o seu 
recebimento. 
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§ 2º Os fiscais e delegados de partido podem vigiar e acompanhar a urna desde o momento da 
eleição, durante a permanência nos postos arrecadadores e até a entrega à Junta. 
Art. 195. Recebida a urna e documentos, a Junta deverá: 
I - examinar a sua regularidade, inclusive quanto ao funcionamento normal da seção; 
II - rever o boletim de contagem de votos da mesa receptora, a fim de verificar se está 
aritmeticamente certo, fazendo dêle constar que, conferido, nenhum erro foi encontrado; 
III - abrir a urna e conferir os votos sempre que a contagem da mesa receptora não permitir o 
fechamento dos resultados; 
IV - proceder à apuração se da ata da eleição constar impugnação de fiscal, delegado, candidato 
ou membro da própria mesa em relação ao resultado de contagem dos votos; 
V - resolver todas as impugnações constantes da ata da eleição; 
VI - praticar todos os atos previstos na competência das Juntas Eleitorais. 
Art. 196. De acôrdo com as instruções recebidas a Junta Apuradora poderá reunir os membros das 
mesas receptoras e demais componentes da Junta em local amplo e adequado no dia seguinte ao 
da eleição, em horário previamente fixado, e a proceder à apuração na forma estabelecida nos 
artigos. 159 e seguintes, de uma só vez ou em duas ou mais etapas. 
Parágrafo único. Nesse caso cada partido poderá credenciar um fiscal para acompanhar a apuração 
de cada urna, realizando-se esta sob a supervisão do juiz e dos demais membros da Junta, aos 
quais caberá decidir, em cada caso, as impugnações e demais incidentes verificados durante os 
trabalhos. 
 
CAPÍTULO III 
DA APURAÇÃO NOS TRIBUNAIS REGIONAIS 
Art. 197. Na apuração, compete ao Tribunal Regional. 
I - resolver as dúvidas não decididas e os recursos interpostos sôbre as eleições federais e estaduais 
e apurar as votações que haja validado em grau de recurso; 
II - verificar o total dos votos apurados entre os quais se incluem os em branco; 
III - Determinar os quocientes, eleitoral e partidário, bem como a distribuição das sobras; 
IV - proclamar os eleitos e expedir os respectivos diplomas; 
V - fazer a apuração parcial das eleições para Presidente e Vice-presidente da República. 
Art. 198. A apuração pelo Tribunal Regional começará no dia seguinte ao em que receber os 
primeiros resultados parciais das Juntas e prosseguirá sem interrupção, inclusive nos sábados, 
domingos e feriados, de acôrdo com o horário previamente publicado, devendo terminar 30 (trinta) 
dias depois da eleição. 
§ 1º Ocorrendo motivos relevantes, expostos com a necessária antecedência, o Tribunal Superior 
poderá conceder prorrogação desse prazo, uma só vez e por quinze dias. (Renumerado do 
parágrafo único e alterado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
§ 2º Se o Tribunal Regional não terminar a apuração no prazo legal, seus membros estarão sujeitos 
à multa correspondente à metade do salário-mínimo regional por dia de retardamento. (Incluído 
pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 67 
 
Art. 199. Antes de iniciar a apuração o Tribunal Regional constituirá com 3 (três) de seus membros, 
presidida por um destes, uma Comissão Apuradora. 
§ 1º O Presidente da Comissão designará um funcionário do Tribunal para servir de secretário e 
para auxiliarem os seus trabalhos, tantos outros quantos julgar necessários. 
§ 2º De cada sessão da Comissão Apuradora será lavrada ata resumida. 
§ 3º A Comissão Apuradora fará publicar no órgão oficial, diariamente, um boletim com a indicação 
dos trabalhos realizados e do número de votos atribuídos a cada candidato. 
§ 4º Os trabalhos da Comissão Apuradora poderão ser acompanhados por delegados dos partidos 
interessados, sem que, entretanto, neles intervenha com protestos, impugnações ou recursos. 
§ 5º Ao final dos trabalhos, a Comissão Apuradora apresentará ao Tribunal Regional os mapas 
gerais da apuração e um relatório, que mencione: 
I - o número de votos válidos e anulados em cada Junta Eleitoral, relativos a cada eleição; 
II - as seções apuradas e os votos nulos e anulados de cada uma; 
III - as seções anuladas, os motivos por que o foram e o número de votos anulados ou não 
apurados; 
IV - as seções onde não houve eleição e os motivos; 
V - as impugnações apresentadas às Juntas e como foram resolvidas por elas, assim como os 
recursos que tenham sido interposto: 
VI - a votação de cada partido; 
VII - a votação de cada candidato; 
VIII - o quociente eleitoral; 
IX - os quocientes partidários; 
X- a distribuição das sobras. 
Art. 200. O relatório a que se refere o artigo anterior ficará na Secretaria do Tribunal, pelo prazo de 
3 (três) dias, para exame dos partidos e candidatos interessados, que poderão examinar também 
os documentos em que êle se baseou. 
§ 1º Terminado o prazo supra, os partidos poderão apresentar as suas reclamações, dentro de 2 
(dois) dias, sendo estas submetidas a parecer da Comissão Apuradora que, no prazo de 3 (três) 
dias, apresentará aditamento ao relatório com a proposta das modificações que julgar procedentes, 
ou com a justificação da improcedência das argüições. (Renumerado do parágrafo único pela Lei 
nº 4.961, de 4.5.1966) 
§ 2º O Tribunal Regional, antes de aprovar o relatório da Comissão Apuradorae, em três dias 
improrrogáveis, julgará as impugnações e as reclamações não providas pela Comissão Apuradora, 
e, se as deferir, voltará o relatório à Comissão para que sejam feitas as alterações resultantes da 
decisão. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
Art. 201. De posse do relatório referido no artigo anterior, reunir-se-á o Tribunal, no dia seguinte, 
para o conhecimento do total dos votos apurados, e, em seguida, se verificar que os votos das 
seções anuladas e daquelas cujos eleitores foram impedidos de votar, poderão alterar a 
representação de candidato eleito pelo princípio majoritário, ordenará a realização de novas 
eleições. 
Parágrafo único. As novas eleições obedecerão às seguintes normas: 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 68 
 
I - o Presidente do Tribunal fixará, imediatamente, a data, para que se realizem dentro de 15 
(quinze) dias, no mínimo, e de 30 (trinta) dias no máximo, a contar do despacho que a fixar, desde 
que não tenha havido recurso contra a anulação das seções; 
II - somente serão admitidos a votar os eleitores da seção, que hajam comparecido a eleição 
anulada, e os de outras seções que ali houverem votado; 
III - nos casos de coação que haja impedido o comparecimento dos eleitores às urnas, no de 
encerramento da votação antes da hora legal, e quando a votação tiver sido realizada em dia, hora 
e lugar diferentes dos designados, poderão votar todos os eleitores da seção e somente estes; 
IV - nas zonas onde apenas uma seção fôr anulada, o juiz eleitoral respectivo presidirá a mesa 
receptora; se houver mais de uma seção anulada, o presidente do Tribunal Regional designará os 
juizes presidentes das respectivas mesas receptoras. 
V - as eleições realizar-se-ão nos mesmos locais anteriormente designados, servindo os mesários e 
secretários que pelo juiz forem nomeados, com a antecedência de, pelo menos, cinco dias, salvo se 
a anulação fôr decretada por infração dos §§ 4º e 5º do Art. 135; 
VI - as eleições assim realizadas serãoapuradas pelo Tribunal Regional. 
Art. 202. Da reunião do Tribunal Regional será lavrada ata geral, assinada pelos seus membros e 
da qual constarão: 
I - as seções apuradas e o número de votos apurados em cada uma; 
II - as seções anuladas, as razões por que o foram e o número de votos não apurados; 
III - as seções onde não tenha havido eleição e os motivos; 
IV - as impugnações apresentadas às juntas eleitorais e como foram resolvidas; 
 V - as seções em que se vai realizar ou renovar a eleição; 
VI - a votação obtida pelos partidos; 
VII - o quociente eleitoral e o partidário; 
VIII - os nomes dos votados na ordem decrescente dos votos; 
IX - os nomes dos eleitos; 
X - os nomes dos suplentes, na ordem em que devem substituir ou suceder. 
§ 1º Na mesma sessão o Tribunal Regional proclamará os eleitos e os respectivos suplentes e 
marcará a data para a expedição solene dos diplomas em sessão pública, salvo quanto a governador 
e vice-governador, se ocorrer a hipótese prevista na Emenda Constitucional nº 13. 
Nota: Refere-se à CF/1946. CF/1988, art. 28, in fine, c.c. o art. 77, § 3º: hipótese de eleição em 
segundo turno. 
§ 2º O vice-governador e o suplente de senador, considerar-se-ão eleitos em virtude da eleição do 
governador e do senador com os quais se candidatarem. 
Nota: CF/1988, art. 46, § 3º: dois suplentes. 
§ 3º Os candidatos a governador e vice-governador somente serão diplomados depois de realizadas 
as eleições suplementares referentes a esses cargos. 
§ 4º Um traslado da ata da sessão, autenticado com a assinatura de todos os membros do Tribunal 
que assinaram a ata original, será remetida ao Presidente do Tribunal Superior. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 69 
 
§ 5º O Tribunal Regional comunicará o resultado da eleição ao Senado Federal, Câmara dos 
Deputados e Assembléia Legislativa. 
Art. 203. Sempre que forem realizadas eleições de âmbito estadual juntamente com eleições para 
presidente e vice-presidente da República, o Tribunal Regional desdobrará os seus trabalhos de 
apuração, fazendo tanto para aquelas como para esta, uma ata geral. 
§ 1º A Comissão Apuradora deverá, também, apresentar relatórios distintos, um dos quais referente 
apenas às eleições presidenciais. 
§ 2º Concluídos os trabalhos da apuração o Tribunal Regional remeterá ao Tribunal Superior os 
resultados parciais das eleições para presidente e vice-presidente da República, acompanhados de 
todos os papéis que lhe digam respeito. 
Art. 204. O Tribunal Regional julgando conveniente, poderá determinar que a totalização dos 
resultados de cada urna seja realizada pela própria Comissão Apuradora. 
Parágrafo único. Ocorrendo essa hipótese serão observadas as seguintes regras: 
I - a decisão do Tribunal será comunicada, até 30 (trinta) dias antes da eleição aos juizes eleitorais, 
aos diretórios dos partidos e ao Tribunal Superior; 
II - iniciada a apuração os juizes eleitorais remeterão ao Tribunal Regional, diariamente, sob registro 
postal ou por portador, os mapas de todas as urnas apuradas no dia; 
III - os mapas serão acompanhados de ofício sucinto, que esclareça apenas a que seções 
correspondem e quantas ainda faltam para completar a apuração da zona; 
IV - havendo sido interposto recurso em relação a urna correspondente aos mapas enviados, o juiz 
fará constar do ofício, em seguida à indicação da seção, entre parênteses, apenas esse 
esclarecimento - "houve recurso"; 
V - a ata final da junta não mencionará, no seu texto, a votação obtida pelos partidos e candidatos, 
a qual ficará constando dos boletins de apuração do Juízo, que dela ficarão fazendo parte integrante; 
VI - cópia autenticada da ata, assinada por todos os que assinaram o original, será enviada ao 
Tribunal Regional na forma prevista no art. 184; 
VII - a Comissão Apuradora, à medida em que fôr recebendo os mapas, passará a totalizar os votos, 
aguardando, porém, a chegada da cópia autêntica da ata para encerrar a totalização referente a 
cada zona; 
VIII - no caso de extravio de mapa o juiz eleitoral providenciará a remessa de 2a.via, preenchida à 
vista dos delegados de partido especialmente convocados para esse fim e pelos resultados 
constantes do boletim de apuração que deverá ficar arquivado no Juízo. 
CAPÍTULO IV 
DA APURAÇÃO NO TRIBUNAL SUPERIOR 
Art. 205. O Tribunal Superior fará a apuração geral das eleições para presidente e vice-presidente 
da República pelos resultados verificados pelos Tribunais Regionais em cada Estado. 
Art. 206. Antes da realização da eleição o Presidente do Tribunal sorteará, dentre os juizes, o relator 
de cada grupo de Estados, ao qual serão distribuídos todos os recursos e documentos da eleição 
referentes ao respectivo grupo. 
Art. 207. Recebidos os resultados de cada Estado, e julgados os recursos interpostos das decisões 
dos Tribunais Regionais, o relator terá o prazo de 5 (cinco) dias para apresentar seu relatório, com 
as conclusões seguintes: 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 70 
 
I - os totais dos votos válidos e nulos do Estado; 
II - os votos apurados pelo Tribunal Regional que devem ser anulados; 
III - os votos anulados pelo Tribunal Regional que devem ser computados como válidos; 
IV - a votação de cada candidato; 
V - o resumo das decisões do Tribunal Regional sobre as dúvidas e impugnações, bem como dos 
recursos que hajam sido interpostos para o Tribunal Superior, com as respectivas decisões e 
indicação das implicações sôbre os resultados. 
Art. 208. O relatório referente a cada Estado ficará na Secretaria do Tribunal, pelo prazo de dois 
dias, para exame dos partidos e candidatos interessados, que poderão examinar também os 
documentos em que êle se baseou e apresentar alegações ou documentos sôbre o relatório, no 
prazo de 2 (dois)dias. 
Parágrafo único. Findo esse prazo serão os autos conclusos ao relator, que, dentro em 2 (dois) dias, 
os apresentará a julgamento, que será previamente anunciado. 
Art. 209. Na sessão designada será o feito chamado a julgamento de preferência a qualquer outro 
processo. 
§ 1º Se o relatório tiver sido impugnado, os partidos interessados poderão, no prazo de 15 (quinze) 
minutos, sustentar oralmente as suas conclusões. 
§ 2º Se do julgamento resultarem alterações na apuração efetuada pelo Tribunal Regional, o 
acórdão determinará que a Secretaria, dentro em 5 (cinco) dias, levante as fôlhas de apuração 
parcial das seções cujos resultados tiverem sido alterados, bem como o mapa geral da respectiva 
circunscrição, de acôrdo com as alterações decorrentes do julgado, devendo o mapa, após o visto 
do relator, ser publicado na Secretaria. 
§ 3º A esse mapa admitir-se-á, dentro em 48 (quarenta e oito) horas de sua publicação, impugnação 
fundada em erro de conta ou de cálculo, decorrente da própria sentença. 
Art. 210. Os mapas gerais de todas as circunscrições com as impugnações, se houver, e a folha de 
apuração final levantada pela secretaria, serão autuados e distribuídos a um relator geral, designado 
pelo Presidente. 
Parágrafo único. Recebidos os autos, após a audiência do Procurador Geral, o relator, dentro de 48 
(quarenta e oito) horas, resolverá as impugnações relativas aos erros de conta ou de cálculo, 
mandando fazer as correções, se fôr o caso, e apresentará, a seguir, o relatório final com os nomes 
dos candidatos que deverão ser proclamados eleitos e os dos demais candidatos, na ordem 
decrescente das votações. 
Art. 211. Aprovada em sessão especial a apuração geral, o Presidente anunciará a votação dos 
candidatos, proclamando a seguir eleito presidente da República o candidato, mais votado que tiver 
obtido maioria absoluta de votos, excluídos, para a apuração desta, os em branco e os nulos. 
Nota: CF/1988, art. 77, § 2º; e Lei nº 9.504/1997, art. 2º: eleição do candidato que obtiver a 
maioria absoluta dos votos, não computados os em branco e os nulos. 
Art. 212. Verificando que os votos das seções anuladas e daquelas cujos eleitores foram impedidos 
de votar, em todo o país, poderão alterar a classificação de candidato, ordenará o Tribunal Superior 
a realização de novas eleições. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 71 
 
§ 1º Essas eleições serão marcadas desde logo pelo Presidente do Tribunal Superior e terão lugar 
no primeiro domingo ou feriado que ocorrer após o 15º (décimo quinto) dia a contar da data do 
despacho, devendo ser observado o disposto nos números II a VI do parágrafo único do Art. 201. 
§ 2º Os candidatos a presidente e vice-presidente da República somente serão diplomados depois 
de realizadas as eleições suplementares referentes a esses cargos. 
Art. 213. Não se verificando a maioria absoluta, o Congresso Nacional, dentro de quinze dias após 
haver recebido a respectiva comunicação do Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, reunir-se-á 
em sessão pública para se manifestar sôbre o candidato mais votado, que será considerado eleito 
se, em escrutínio secreto, obtiver metade mais um dos votos dos seus membros. 
Nota: CF/1988, art. 77, caput, c.c. o § 3º; e Lei nº 9.504/1997, art. 2º, § 1º: eleição direta em 
segundo turno, no último domingo de outubro. 
§ 1º Se não ocorrer a maioria absoluta referida no caput dêste artigo, renovar-se-á, até 30 (trinta) 
dias depois, a eleição em todo país, à qual concorrerão os dois candidatos mais votados, cujos 
registros estarão automaticamente revalidados. 
§ 2º No caso de renúncia ou morte, concorrerá à eleição prevista no parágrafo anterior o substituto 
registrado pelo mesmo partido político ou coligação partidária. 
Nota: CF/1988, art. 77, § 4º; e Lei nº 9.504/1997, art. 2º, § 2º: habilitação ao segundo turno do 
candidato remanescente mais votado. 
Art. 214. O presidente e o vice-presidente da República tomarão posse a 15 (quinze) de março, em 
sessão do Congresso Nacional. 
Nota: CF/1988, arts. 82 e 78: posse em 1º de janeiro e em sessão do Congresso Nacional, 
respectivamente. 
Parágrafo único. No caso do § 1º do artigo anterior, a posse realizar-se-á dentro de 15 (quinze) 
dias a contar da proclamação do resultado da segunda eleição, expirando, porém, o mandato a 15 
(quinze) de março do quarto ano. 
 
CAPÍTULO V 
DOS DIPLOMAS 
Art. 215. Os candidatos eleitos, assim como os suplentes, receberão diploma assinado pelo 
Presidente do Tribunal Regional ou da Junta Eleitoral, conforme o caso. 
Parágrafo único. Do diploma deverá constar o nome do candidato, a indicação da legenda sob a 
qual concorreu, o cargo para o qual foi eleito ou a sua classificação como suplente, e, 
facultativamente, outros dados a critério do juiz ou do Tribunal. 
Art. 216. Enquanto o Tribunal Superior não decidir o recurso interposto contra a expedição do 
diploma, poderá o diplomado exercer o mandato em toda a sua plenitude. 
Art. 217. Apuradas as eleições suplementares o juiz ou o Tribunal reverá a apuração anterior, 
confirmando ou invalidando os diplomas que houver expedido. 
Parágrafo único. No caso de provimento, após a diplomação, de recurso contra o registro de 
candidato ou de recurso parcial, será também revista a apuração anterior, para confirmação ou 
invalidação de diplomas, observado o disposto no § 3º do Art. 261. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 72 
 
Art. 218. O presidente de Junta ou de Tribunal que diplomar militar candidato a cargo eletivo, 
comunicará imediatamente a diplomação à autoridade a que o mesmo estiver subordinado, para os 
fins do Art. 98. 
 
CAPÍTULO VI 
DAS NULIDADES DA VOTAÇÃO 
Art. 219. Na aplicação da lei eleitoral o juiz atenderá sempre aos fins e resultados a que ela se 
dirige, abstendo-se de pronunciar nulidades sem demonstração de prejuízo. 
Parágrafo único. A declaração de nulidade não poderá ser requerida pela parte que lhe deu causa 
nem a ela aproveitar. 
Art. 220. É nula a votação: 
I - quando feita perante mesa não nomeada pelo juiz eleitoral, ou constituída com ofensa à letra da 
lei; 
II - quando efetuada em folhas de votação falsas; 
III - quando realizada em dia, hora, ou local diferentes do designado ou encerrada antes das 17 
horas; 
IV - quando preterida formalidade essencial do sigilo dos sufrágios. 
V - quando a seção eleitoral tiver sido localizada com infração do disposto nos §§ 4º e 5º do art. 
135. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
Parágrafo único. A nulidade será pronunciada quando o órgão apurador conhecer do ato ou dos 
seus efeitos e o encontrar provada, não lhe sendo lícito supri-la, ainda que haja consenso das 
partes. 
Art. 221. É anulável a votação: 
I - quando houver extravio de documento reputado essencial; (Renumerado do inciso II pela Lei 
nº 4.961, de 4.5.1966) 
II - quando fôr negado ou sofrer restrição o direito de fiscalizar, e o fato constar da ata ou de 
protesto interposto, por escrito, no momento: (Renumerado do inciso III pela Lei nº 4.961, de 
4.5.1966) 
III - quando votar, sem as cautelas do Art. 147, § 2º. (Renumerado do inciso IV pela Lei nº 4.961, 
de 4.5.1966) 
a) eleitor excluído por sentença não cumprida por ocasião da remessa das folhas individuais de 
votação à mesa, desde que haja oportuna reclamação de partido; 
b) eleitor de outra seção, salvo a hipótese do Art. 145; 
c) alguém com falsa identidade em lugar do eleitor chamado. 
Art. 222. É também anulável a votação, quando viciada de falsidade, fraude, coação, uso de meios 
de que trata o Art. 237, ou emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios vedado 
por lei. 
§1º (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
I - (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
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II - (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
III - (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
IV - (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
§ 2º (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
Art. 223. A nulidade de qualquer ato, não decretada de ofício pela Junta, só poderá ser argüida 
quando de sua prática, não mais podendo ser alegada, salvo se a argüição se basear em motivo 
superveniente ou de ordem constitucional. 
§ 1º Se a nulidade ocorrer em fase na qual não possa ser alegada no ato, poderá ser argüida na 
primeira oportunidade que para tanto se apresente. 
§ 2º Se se basear em motivo superveniente deverá ser alegada imediatamente, assim que se tornar 
conhecida, podendo as razões do recurso ser aditadas no prazo de 2 (dois) dias. 
§ 3º A nulidade de qualquer ato, baseada em motivo de ordem constitucional, não poderá ser 
conhecida em recurso interposto fora do prazo. Perdido o prazo numa fase própria, só em outra 
que se apresentar poderá ser argüida. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do 
Estado nas eleições federais e estaduais ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão 
prejudicadas as demais votações e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 
(vinte) a 40 (quarenta) dias. 
Nota: CF/1988, art. 77, §§ 2º e 3º, concorrentemente com os arts. 28 e 29, II: votos nulos e em 
branco não computados para o cálculo da maioria nas eleições de presidente da República e vice-
presidente da República, governador e vice-governador, e prefeito e vice-prefeito de municípios 
com mais de 200 mil eleitores. 
§ 1º Se o Tribunal Regional na área de sua competência, deixar de cumprir o disposto neste artigo, 
o Procurador Regional levará o fato ao conhecimento do Procurador Geral, que providenciará junto 
ao Tribunal Superior para que seja marcada imediatamente nova eleição. 
§ 2º Ocorrendo qualquer dos casos previstos neste capítulo o Ministério Público promoverá, 
imediatamente a punição dos culpados. 
§ 3o A decisão da Justiça Eleitoral que importe o indeferimento do registro, a cassação do diploma 
ou a perda do mandato de candidato eleito em pleito majoritário acarreta, após o trânsito em 
julgado, a realização de novas eleições, independentemente do número de votos 
anulados. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015) 
Nota: Decisão de julgamento do STF, de 8.3.2018, na ADI nº 5525 (acórdão pendente de 
publicação): declara a inconstitucionalidade da expressão “após o trânsito em julgado”; Ac.-TSE, de 
28.11.2016, nos ED-REspe nº 13925: declara incidentalmente a inconstitucionalidade da expressão 
“após o trânsito em julgado” e fixa tese sobre cumprimento de decisão judicial e convocação de 
novas eleições. 
§ 4o A eleição a que se refere o § 3o correrá a expensas da Justiça Eleitoral e será: (Incluído pela 
Lei nº 13.165, de 2015) 
I - indireta, se a vacância do cargo ocorrer a menos de seis meses do final do mandato; (Incluído 
pela Lei nº 13.165, de 2015) (Vide ADIN Nº 5.525) 
II - direta, nos demais casos. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015) (Vide ADIN Nº 5.525) 
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Nota: Decisão de julgamento do STF, de 8.3.2018, na ADI nº 5525 (acórdão pendente de 
publicação): confere interpretação conforme a Constituição para afastar do seu âmbito de incidência 
as situações de vacância nos cargos de senador, presidente e vice-presidente da República. 
 
CAPÍTULO VII 
DO VOTO NO EXTERIOR 
Art. 225. Nas eleições para presidente e vice-presidente da República poderá votar o eleitor que se 
encontrar no exterior. 
§ 1º Para esse fim serão organizadas seções eleitorais, nas sedes das Embaixadas e Consulados 
Gerais. 
§ 2º Sendo necessário instalar duas ou mais seções poderá ser utilizado local em que funcione 
serviço do governo brasileiro. 
Art. 226. Para que se organize uma seção eleitoral no exterior é necessário que na circunscrição 
sob a jurisdição da Missão Diplomática ou do Consulado Geral haja um mínimo de 30 (trinta) 
eleitores inscritos. 
Parágrafo único. Quando o número de eleitores não atingir o mínimo previsto no parágrafo anterior, 
os eleitores poderão votar na mesa receptora mais próxima, desde que localizada no mesmo país, 
de acôrdo com a comunicação que lhes fôr feita. 
Art. 227. As mesas receptoras serão organizadas pelo Tribunal Regional do Distrito Federal mediante 
proposta dos chefes de Missão e cônsules gerais, que ficarão investidos, no que fôr aplicável, da 
funções administrativas de juiz eleitoral. 
Parágrafo único. Será aplicável às mesas receptoras o processo de composição e fiscalização 
partidária vigente para as que funcionam no território nacional. 
Art. 228. Até 30 (trinta) dias antes da realização da eleição todos os brasileiros eleitores, residentes 
no estrangeiro, comunicarão à sede da Missão diplomática ou ao consulado geral, em carta, 
telegrama ou qualquer outra via, a sua condição de eleitor e sua residência. 
§ 1º Com a relação dessas comunicações e com os dados do registro consular, serão organizadas 
as folhas de votação, e notificados os eleitores da hora e local da votação. 
§ 2º No dia da eleição só serão admitidos a votar os que constem da folha de votação e os 
passageiros e tripulantes de navios e aviões de guerra e mercantes que, no dia, estejam na sede 
das sessões eleitorais. 
Art. 229. Encerrada a votação, as urnas serão enviadas pelos cônsules gerais às sedes das Missões 
Diplomáticas. Estas as remeterão, pela mala diplomática, ao Ministério das Relações Exteriores, que 
delas fará entrega ao Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, a quem competirá a apuração 
dos votos e julgamento das dúvidas e recursos que hajam sido interpostos. 
Parágrafo único. Todo o serviço de transporte do material eleitoral será feito por via aérea. 
Art. 230. Todos os eleitores que votarem no exterior terão os seus títulos apreendidos pela mesa 
receptora. 
Parágrafo único. A todo eleitor que votar no exterior será concedido comprovante para a 
comunicação legal ao juiz eleitoral de sua zona. 
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Art. 231. Todo aquele que, estando obrigado a votar, não o fizer, fica sujeito, além das penalidades 
previstas para o eleitor que não vota no território nacional, à proibição de requerer qualquer 
documento perante a repartição diplomática a que estiver subordinado, enquanto não se justificar. 
Art. 232. Todo o processo eleitoral realizado no estrangeiro fica diretamente subordinado ao 
Tribunal Regional do Distrito Federal. 
Art. 233. O Tribunal Superior Eleitoral e o Ministério das Relações Exteriores baixarão as instruções 
necessárias e adotarão as medidas adequadas para o voto no exterior. 
Art. 233-A. Aos eleitores em trânsito no território nacional é assegurado o direito de votar para 
Presidente da República, Governador, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado 
Distrital em urnas especialmente instaladas nas capitais e nos Municípios com mais de cem mil 
eleitores. 
§ 1o O exercício do direito previsto neste artigo sujeita-se à observância das regras seguintes: 
I - para votar em trânsito, o eleitor deverá habilitar-se perante a Justiça Eleitoral no período de até 
quarenta e cinco dias da data marcada para a eleição, indicando o local em que pretende votar; 
II - aos eleitores que se encontrarem fora da unidade da Federação de seu domicílio eleitoral 
somente é assegurado o direito à habilitação para votar em trânsito nas eleições para Presidente 
da República; 
III - os eleitores que se encontrarem em trânsito dentro da unidade da Federação de seu domicílio 
eleitoral poderão votar nas eleições para Presidente da República, Governador, Senador, Deputado 
Federal, Deputado Estadual e DeputadoDistrital. 
§ 2o Os membros das Forças Armadas, os integrantes dos órgãos de segurança pública a que se 
refere o art. 144 da Constituição Federal, bem como os integrantes das guardas municipais 
mencionados no § 8o do mesmo art. 144, poderão votar em trânsito se estiverem em serviço por 
ocasião das eleições. 
§ 3o As chefias ou comandos dos órgãos a que estiverem subordinados os eleitores mencionados 
no § 2o enviarão obrigatoriamente à Justiça Eleitoral, em até quarenta e cinco dias da data das 
eleições, a listagem dos que estarão em serviço no dia da eleição com indicação das seções eleitorais 
de origem e destino. 
§ 4o Os eleitores mencionados no § 2o, uma vez habilitados na forma do § 3o, serão cadastrados e 
votarão nas seções eleitorais indicadas nas listagens mencionadas no § 3o independentemente do 
número de eleitores do Município. 
 
PARTE QUINTA 
DISPOSIÇÕES VÁRIAS 
 
TÍTULO I 
DAS GARANTIAS ELEITORAIS 
Art. 234. Ninguém poderá impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio. 
Art. 235. O juiz eleitoral, ou o presidente da mesa receptora, pode expedir salvo-conduto com a 
cominação de prisão por desobediência até 5 (cinco) dias, em favor do eleitor que sofrer violência, 
moral ou física, na sua liberdade de votar, ou pelo fato de haver votado. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 76 
 
Parágrafo único. A medida será válida para o período compreendido entre 72 (setenta e duas) horas 
antes até 48 (quarenta e oito) horas depois do pleito. 
Art. 236. Nenhuma autoridade poderá, desde 5 (cinco) dias antes e até 48 (quarenta e oito) horas 
depois do encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo em flagrante delito ou 
em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a 
salvo-conduto. 
§ 1º Os membros das mesas receptoras e os fiscais de partido, durante o exercício de suas funções, 
não poderão ser detidos ou presos, salvo o caso de flagrante delito; da mesma garantia gozarão os 
candidatos desde 15 (quinze) dias antes da eleição. 
§ 2º Ocorrendo qualquer prisão o preso será imediatamente conduzido à presença do juiz 
competente que, se verificar a ilegalidade da detenção, a relaxará e promoverá a responsabilidade 
do coator. 
Art. 237. A interferência do poder econômico e o desvio ou abuso do poder de autoridade, em 
desfavor da liberdade do voto, serão coibidos e punidos. 
Nota: LC nº 64/1990, art. 22 e seguintes: representação por uso indevido, desvio ou abuso do 
poder econômico ou do poder de autoridade; Lei nº 9.504/1997, arts. 73, 75 e 77: condutas vedadas 
aos agentes públicos em campanha eleitoral; art. 74: abuso de autoridade; CF/1988, art. 14, § 10: 
ação de impugnação de mandato eletivo. 
§ 1º O eleitor é parte legítima para denunciar os culpados e promover-lhes a responsabilidade, e a 
nenhum servidor público. Inclusive de autarquia, de entidade paraestatal e de sociedade de 
economia mista, será lícito negar ou retardar ato de ofício tendente a esse fim. 
§ 2º Qualquer eleitor ou partido político poderá se dirigir ao Corregedor Geral ou Regional, relatando 
fatos e indicando provas, e pedir abertura de investigação para apurar uso indevido do poder 
econômico, desvio ou abuso do poder de autoridade, em benefício de candidato ou de partido 
político. 
§ 3º O Corregedor, verificada a seriedade da denúncia procederá ou mandará proceder a 
investigações, regendo-se estas, no que lhes fôr aplicável, pela Lei nº 1.579 de 18 de março de 
1952. 
Nota: LC nº 64/1990, arts. 21 e 22: procedimento para apuração do uso indevido, desvio ou abuso 
do poder econômico ou do poder de autoridade, em benefício de candidato ou partido político. 
Art. 238. É proibida, durante o ato eleitoral, a presença de força pública no edifício em que funcionar 
mesa receptora, ou nas imediações, observado o disposto no Art. 141. 
Art. 239. Aos partidos políticos é assegurada a prioridade postal durante os 60 (sessenta) dias 
anteriores à realização das eleições, para remessa de material de propaganda de seus candidatos 
registrados. 
 
TÍTULO II 
DA PROPAGANDA PARTIDÁRIA 
 
Art. 240. A propaganda de candidatos a cargos eletivos somente é permitida após o dia 15 de 
agosto do ano da eleição. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015) 
 
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Parágrafo único. É vedada, desde quarenta e oito horas antes até vinte e quatro horas depois da 
eleição, qualquer propaganda política mediante radiodifusão, televisão, comícios ou reuniões 
públicas. 
 
Art. 241. Toda propaganda eleitoral será realizada sob a responsabilidade dos partidos e por eles 
paga, imputando-lhes solidariedade nos excessos praticados pelos seus candidatos e adeptos. 
 
Parágrafo único. A solidariedade prevista neste artigo é restrita aos candidatos e aos respectivos 
partidos, não alcançando outros partidos, mesmo quando integrantes de uma mesma coligação. 
(Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013) 
 
Art. 242. A propaganda, qualquer que seja a sua forma ou modalidade, mencionará sempre a 
legenda partidária e só poderá ser feita em língua nacional, não devendo empregar meios 
publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião pública, estados mentais, emocionais ou 
passionais. (Redação dada pela Lei nº 7.476, de 15.5.1986) 
 
Parágrafo único. Sem prejuízo do processo e das penas cominadas, a Justiça Eleitoral adotará 
medidas para fazer impedir ou cessar imediatamente a propaganda realizada com infração do 
disposto neste artigo. 
 
Art. 243. Não será tolerada propaganda: 
 
I - de guerra, de processos violentos para subverter o regime, a ordem política e social ou de 
preconceitos de raça ou de classes; 
 
II - que provoque animosidade entre as forças armadas ou contra elas, ou delas contra as classes 
e instituições civis; 
 
III - de incitamento de atentado contra pessoa ou bens; 
 
IV - de instigação à desobediência coletiva ao cumprimento da lei de ordem pública; 
 
V - que implique em oferecimento, promessa ou solicitação de dinheiro, dádiva, rifa, sorteio ou 
vantagem de qualquer natureza; 
 
VI - que perturbe o sossego público, com algazarra ou abusos de instrumentos sonoros ou sinais 
acústicos; 
 
VII - por meio de impressos ou de objeto que pessoa inexperiente ou rústica possa confundir com 
moeda; 
 
VIII - que prejudique a higiene e a estética urbana ou contravenha a posturas municiais ou a outra 
qualquer restrição de direito; 
 
IX - que caluniar, difamar ou injuriar quaisquer pessoas, bem como órgãos ou entidades que 
exerçam autoridade pública. 
 
§ 1º O ofendido por calúnia, difamação ou injúria, sem prejuízo e independentemente da ação penal 
competente, poderá demandar, no Juízo Civil a reparação do dano moral respondendo por êste o 
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ofensor e, solidariamente, o partido político dêste, quando responsável por ação ou omissão a quem 
que favorecido pelo crime, haja de qualquer modo contribuído para êle. (Incluído pela Lei nº 
4.961, de 4.5.1966) 
 
§ 2º No que couber aplicar-se-ão na reparação do dano moral, referido no parágrafo anterior, os 
artigos. 81 a 88 da Lei nº 4.117, de 27 de agôsto de 1962. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 
4.5.1966) 
 
§ 3º É assegurado o direito de resposta a quem fôr, injuriado difamado ou caluniado através da 
imprensa rádio, televisão, ou alto-falante, aplicando-se, no que couber, os artigos. 90 e 96 da Lei 
nº 4.117, de 27 de agôsto de 1962. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
 
Art. 244. É assegurado aos partidos políticos registrados o direito de, independentemente de licença 
da autoridade pública e do pagamento de qualquer contribuição: 
 
I - fazer inscrever, na fachada de suas sedes e dependências, o nome que os designe,pela forma 
que melhor lhes parecer; 
 
II - instalar e fazer funcionar, normalmente, das quatorze às vinte e duas horas, nos três meses 
que antecederem as eleições, alto-falantes, ou amplificadores de voz, nos locais referidos, assim 
como em veículos seus, ou à sua disposição, em território nacional, com observância da legislação 
comum. 
 
Parágrafo único. Os meios de propaganda a que se refere o nº II dêste artigo não serão permitidos, 
a menos de 500 metros: 
 
I - das sedes do Executivo Federal, dos Estados, Territórios e respectivas Prefeituras Municipais; 
 
II - das Câmaras Legislativas Federais, Estaduais e Municipais; 
 
III - dos Tribunais Judiciais; 
 
IV - dos hospitais e casas de saúde; 
 
V - das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em funcionamento; 
 
VI - dos quartéis e outros estabelecimentos militares. 
 
Art. 245. A realização de qualquer ato de propaganda partidária ou eleitoral, em recinto aberto, não 
depende de licença da polícia. 
 
§ 1º Quando o ato de propaganda tiver de realizar-se em lugar designado para a celebração de 
comício, na forma do disposto no art. 3º da Lei nº 1.207, de 25 de outubro de 1950, deverá ser 
feita comunicação à autoridade policial, pelo menos 24 (vinte e quatro) horas antes de sua 
realização. 
 
§ 2º Não havendo local anteriormente fixado para a celebração de comício, ou sendo impossível ou 
difícil nele realizar-se o ato de propaganda eleitoral, ou havendo pedido para designação de outro 
local, a comunicação a que se refere o parágrafo anterior será feita, no mínimo, com antecedência, 
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de 72 (setenta e duas) horas, devendo a autoridade policial, em qualquer desses casos, nas 24 
(vinte e quatro) horas seguintes, designar local amplo e de fácil acesso, de modo que não 
impossibilite ou frustre a reunião. 
 
§ 3º Aos órgãos da Justiça Eleitoral compete julgar das reclamações sôbre a localização dos comícios 
e providências sôbre a distribuição eqüitativa dos locais aos partidos. 
 
Art. 246. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997) 
Art. 247. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997) 
 
At. 248. Ninguém poderá impedir a propaganda eleitoral, nem inutilizar, alterar ou perturbar os 
meios lícitos nela empregados. 
 
Art. 249. O direito de propaganda não importa restrição ao poder de polícia quando êste deva ser 
exercído em benefício da ordem pública. 
 
Art. 250. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997) 
 
Art. 251. No período destinado à propaganda eleitoral gratuita não prevalecerão quaisquer contratos 
ou ajustes firmados pelas empresas que possam burlar ou tornar inexeqüível qualquer dispositivo 
dêste Código ou das instruções baixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral. 
 
Art. 252. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 1.538, de 14.4.1977) 
Art. 253. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 1.538, de 14.4.1977) 
Art. 254. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 1.538, de 14.4.1977) 
 
Art. 255. Nos 15 (quinze) dias anteriores ao pleito é proibida a divulgação, por qualquer forma, de 
resultados de prévias ou testes pré-eleitorais. 
 
Art. 256. As autoridades administrativas federais, estaduais e municipais proporcionarão aos 
partidos, em igualdade de condições, as facilidades permitidas para a respectiva propaganda. 
 
§ 1º No período da campanha eleitoral, independentemente do critério de prioridade, os serviços 
telefônicos, oficiais ou concedidos, farão instalar, na sede dos diretórios devidamente registrados, 
telefones necessários, mediante requerimento do respectivo presidente e pagamento das taxas 
devidas. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
 
§ 2º O Tribunal Superior Eleitoral baixará as instruções necessárias ao cumprimento do disposto no 
parágrafo anterior fixado as condições a serem observadas. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 
4.5.1966) 
 
TÍTULO III 
DOS RECURSOS 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 257. Os recursos eleitorais não terão efeito suspensivo. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 80 
 
§ 1o A execução de qualquer acórdão será feita imediatamente, através de comunicação por ofício, 
telegrama, ou, em casos especiais, a critério do presidente do Tribunal, através de cópia do 
acórdão. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015) 
§ 2o O recurso ordinário interposto contra decisão proferida por juiz eleitoral ou por Tribunal 
Regional Eleitoral que resulte em cassação de registro, afastamento do titular ou perda de mandato 
eletivo será recebido pelo Tribunal competente com efeito suspensivo. 
§ 3o O Tribunal dará preferência ao recurso sobre quaisquer outros processos, ressalvados os 
de habeas corpus e de mandado de segurança. 
Art. 258. Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser interposto em três dias da 
publicação do ato, resolução ou despacho. 
Nota: LC nº 64/1990, arts. 8º, caput, 11, § 2º, e 14; e Lei nº 9.504/1997, art. 96, § 8º: publicação 
em cartório ou sessão dos processos de registro de candidatos e das representações ou reclamações 
por descumprimento da última lei citada, respectivamente. 
Lei nº 9.504/1997, art. 96, § 8º: prazo de 24 horas para a interposição de recurso em representação 
fundada neste artigo; v., contudo, na citada lei, os seguintes dispositivos estabelecem prazo de 3 
dias para recurso: art. 30, § 5º (prestação de contas de campanha eleitoral); art. 30-A, § 3º 
(apuração de condutas relativas à arrecadação e gastos de recursos); art. 41-A, § 4º (captação 
ilícita de sufrágio); art. 73, § 13 (condutas vedadas aos agentes públicos em campanhas eleitorais); 
art. 81, § 4º (doações e contribuições de pessoas jurídicas para campanhas eleitorais). 
Súmula-TSE nº 65 - Considera-se tempestivo o recurso interposto antes da publicação da decisão 
recorrida. 
Art. 259. São preclusivos os prazos para interposição de recurso, salvo quando neste se discutir 
matéria constitucional. 
Parágrafo único. O recurso em que se discutir matéria constitucional não poderá ser interposto fora 
do prazo. Perdido o prazo numa fase própria, só em outra que se apresentar poderá ser interposto. 
Art. 260. A distribuição do primeiro recurso que chegar ao Tribunal Regional ou Tribunal Superior, 
previnirá a competência do relator para todos os demais casos do mesmo município ou Estado. 
Art. 261. Os recursos parciais, entre os quais não se incluem os que versarem matéria referente ao 
registro de candidatos, interpostos para os Tribunais Regionais no caso de eleições municipais, e 
para o Tribunal Superior no caso de eleições estaduais ou federais, serão julgados à medida que 
derem entrada nas respectivas Secretarias. 
§ 1º Havendo dois ou mais recursos parciais de um mesmo município ou Estado, ou se todos, 
inclusive os de diplomação já estiverem no Tribunal Regional ou no Tribunal Superior, serão eles 
julgados seguidamente, em uma ou mais sessões. 
§ 2º As decisões com os esclarecimentos necessários ao cumprimento, serão comunicadas de uma 
só vez ao juiz eleitoral ou ao presidente do Tribunal Regional. 
§ 3º Se os recursos de um mesmo município ou Estado deram entrada em datas diversas, sendo 
julgados separadamente, o juiz eleitoral ou o presidente do Tribunal Regional, aguardará a 
comunicação de todas as decisões para cumpri-las, salvo se o julgamento dos demais importar em 
alteração do resultado do pleito que não tenha relação com o recurso já julgado. 
§ 4º Em todos os recursos, no despacho que determinar a remessa dos autos à instância superior, 
o juízo "a quo" esclarecerá quais os ainda em fase de processamento e, no último, quais os 
anteriormente remetidos. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 81 
 
§ 5º Ao se realizar a diplomação, se ainda houver recurso pendente de decisão em outra instância, 
será consignadoque os resultados poderão sofrer alterações decorrentes desse julgamento. 
§ 6º Realizada a diplomação, e decorrido o prazo para recurso, o juiz ou presidente do Tribunal 
Regional comunicará à instância superior se foi ou não interposto recurso. 
Art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos casos de inelegibilidade 
superveniente ou de natureza constitucional e de falta de condição de elegibilidade. (Redação 
dada pela Lei nº 12.891, de 2013) 
Nota: Decisão de julgamento do STF, de 7.3.2018, na ADPF nº 167 (acórdão pendente de 
publicação): “O Tribunal Superior Eleitoral é o órgão competente para julgar os recursos contra 
expedição de diploma nas eleições presidenciais e gerais (federais e estaduais)”; competência do 
TSE para julgar RCED: Ac.-TSE, de 28.5.2009, no RCED nº 703 (diploma expedido em favor de 
senador, deputado federal e seus suplentes, governador e vice-governador). 
Súmula-TSE nº 37 - Compete originariamente ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar 
recurso contra expedição de diploma envolvendo eleições federais ou estaduais. 
I - (revogado); 
II - (revogado); 
III - (revogado); 
IV - (revogado). 
Art. 263. No julgamento de um mesmo pleito eleitoral, as decisões anteriores sôbre questões de 
direito constituem prejulgados para os demais casos, salvo se contra a tese votarem dois terços dos 
membros do Tribunal. 
Art. 264. Para os Tribunais Regionais e para o Tribunal Superior caberá, dentro de 3 (três) dias, 
recurso dos atos, resoluções ou despachos dos respectivos presidentes. 
 
CAPÍTULO II 
DOS RECURSOS PERANTE AS JUNTAS E JUÍZOS ELEITORAIS 
Art. 265. Dos atos, resoluções ou despachos dos juizes ou juntas eleitorais caberá recurso para o 
Tribunal Regional. 
Parágrafo único. Os recursos das decisões das Juntas serão processados na forma estabelecida 
pelos artigos. 169 e seguintes. 
Art. 266. O recurso independerá de têrmo e será interposto por petição devidamente fundamentada, 
dirigida ao juiz eleitoral e acompanhada, se o entender o recorrente, de novos documentos. 
Parágrafo único. Se o recorrente se reportar a coação, fraude, uso de meios de que trata o art. 237 
ou emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei, dependentes de 
prova a ser determinada pelo Tribunal, bastar-lhe-á indicar os meios a elas conducentes. 
Art. 267. Recebida a petição, mandará o juiz intimar o recorrido para ciência do recurso, abrindo-
se-lhe vista dos autos a fim de, em prazo igual ao estabelecido para a sua interposição, oferecer 
razões, acompanhadas ou não de novos documentos. 
§ 1º A intimação se fará pela publicação da notícia da vista no jornal que publicar o expediente da 
Justiça Eleitoral, onde houver, e nos demais lugares, pessoalmente pelo escrivão, independente de 
iniciativa do recorrente. 
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§ 2º Onde houver jornal oficial, se a publicação não ocorrer no prazo de 3 (três) dias, a intimação 
se fará pessoalmente ou na forma prevista no parágrafo seguinte. 
§ 3º Nas zonas em que se fizer intimação pessoal, se não fôr encontrado o recorrido dentro de 48 
(quarenta e oito) horas, a intimação se fará por edital afixado no fórum, no local de costume. 
§ 4º Todas as citações e intimações serão feitas na forma estabelecida neste artigo. 
§ 5º Se o recorrido juntar novos documentos, terá o recorrente vista dos autos por 48 (quarenta e 
oito) horas para falar sôbre os mesmos, contado o prazo na forma dêste artigo. 
§ 6º Findos os prazos a que se referem os parágrafos anteriores, o juiz eleitoral fará, dentro de 48 
(quarenta e oito) horas, subir os autos ao Tribunal Regional com a sua resposta e os documentos 
em que se fundar, sujeito à multa de dez por cento do salário-mínimo regional por dia de 
retardamento, salvo se entender de reformar a sua decisão. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 
4.5.1966) 
Nota: Vide CF/1988, art. 7º, IV: vedação da vinculação do salário mínimo para qualquer fim. 
§ 7º Se o juiz reformar a decisão recorrida, poderá o recorrido, dentro de 3 (três) dias, requerer 
suba o recurso como se por êle interposto. 
 
CAPÍTULO III 
DOS RECURSOS NOS TRIBUNAIS REGIONAIS 
Art. 268. No Tribunal Regional nenhuma alegação escrita ou nenhum documento poderá ser 
oferecido por qualquer das partes, salvo o disposto no art. 270. 
Nota: Súmula-TSE nº 3 - No processo de registro de candidatos, não tendo o juiz aberto prazo 
para o suprimento de defeito da instrução do pedido, pode o documento, cuja falta houver motivado 
o indeferimento, ser juntado com o recurso ordinário. 
Art. 269. Os recursos serão distribuídos a um relator em 24 (vinte e quatro) horas e na ordem 
rigorosa da antigüidade dos respectivos membros, esta última exigência sob pena de nulidade de 
qualquer ato ou decisão do relator ou do Tribunal. 
§ 1º Feita a distribuição, a Secretaria do Tribunal abrirá vista dos autos à Procuradoria Regional, 
que deverá emitir parecer no prazo de 5 (cinco) dias. 
§ 2º Se a Procuradoria não emitir parecer no prazo fixado, poderá a parte interessada requerer a 
inclusão do processo na pauta, devendo o Procurador, nesse caso, proferir parecer oral na 
assentada do julgamento. 
Art. 270. Se o recurso versar sôbre coação, fraude, uso de meios de que trata o Art. 237, ou 
emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei dependente de prova 
indicada pelas partes ao interpô-lo ou ao impugná-lo, o relator no Tribunal Regional deferi-la-á em 
vinte e quatro horas da conclusão, realizado-se ela no prazo improrrogável de cinco dias. 
§ 1º Admitir-se-ão como meios de prova para apreciação pelo Tribunal as justificações e as perícias 
processadas perante o juiz eleitoral da zona, com citação dos partidos que concorreram ao pleito e 
do representante do Ministério Público. 
§ 2º Indeferindo o relator a prova , serão os autos, a requerimento do interessado, nas vinte e 
quatro horas seguintes, presentes à primeira sessão do Tribunal, que deliberará a respeito. 
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§ 3º Protocoladas as diligências probatórias, ou com a juntada das justificações ou diligências, a 
Secretaria do Tribunal abrirá, sem demora, vista dos autos, por vinte e quatro horas, seguidamente, 
ao recorrente e ao recorrido para dizerem a respeito. 
§ 4º Findo o prazo acima, serão os autos conclusos ao relator. 
Art. 271. O relator devolverá os autos à Secretaria no prazo improrrogável de 8 (oito) dias para, 
nas 24 (vinte e quatro) horas seguintes, ser o caso incluído na pauta de julgamento do Tribunal. 
§ 1º Tratando-se de recurso contra a expedição de diploma, os autos, uma vez devolvidos pelo 
relator, serão conclusos ao juiz imediato em antigüidade como revisor, o qual deverá devolvê-los 
em 4 (quatro) dias. 
§ 2º As pautas serão organizadas com um número de processos que possam ser realmente julgados, 
obedecendo-se rigorosamente a ordem da devolução dos mesmos à Secretaria pelo Relator, ou 
Revisor, nos recursos contra a expedição de diploma, ressalvadas as preferências determinadas 
pelo regimento do Tribunal. 
Art. 272. Na sessão do julgamento, uma vez feito o relatório pelo relator, cada uma das partes 
poderá, no prazo improrrogável de dez minutos , sustentar oralmente as suas conclusões. 
Parágrafo único. Quando se tratar de julgamento de recursos contra a expedição de diploma, cada 
parte terá vinte minutos para sustentação oral. 
Art. 273. Realizado o julgamento, o relator, se vitorioso, ou o relator designado para redigir o 
acórdão, apresentará a redação dêste, o mais tardar, dentro em 5 (cinco) dias. 
§ 1º O acórdão conterá uma síntese das questões debatidas e decididas. 
§ 2º Sem prejuízo do disposto no parágrafo anterior, se o Tribunal dispuser de serviço taquigráfico, 
serão juntas ao processoas notas respectivas. 
Art. 274. O acórdão, devidamente assinado, será publicado, valendo como tal a inserção da sua 
conclusão no órgão oficial. 
§1º Se o órgão oficial não publicar o acórdão no prazo de 3 (três) dias, as partes serão intimadas 
pessoalmente e, se não forem encontradas no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a intimação se 
fará por edital afixado no Tribunal, no local de costume. 
§ 2º O disposto no parágrafo anterior aplicar-se-á a todos os casos de citação ou intimação. 
Art. 275. São admissíveis embargos de declaração nas hipóteses previstas no Código de Processo 
Civil. 
§ 1o Os embargos de declaração serão opostos no prazo de 3 (três) dias, contado da data de 
publicação da decisão embargada, em petição dirigida ao juiz ou relator, com a indicação do ponto 
que lhes deu causa. 
§ 2o Os embargos de declaração não estão sujeitos a preparo. 
§ 3o O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias. 
§ 4o Nos tribunais: 
I - o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto; 
II - não havendo julgamento na sessão referida no inciso I, será o recurso incluído em pauta; 
III - vencido o relator, outro será designado para lavrar o acórdão. 
§ 5o Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso. 
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§ 6o Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em 
decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a 2 
(dois) salários-mínimos. 
§ 7o Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada 
a até 10 (dez) salários-mínimos. 
Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas, salvo os casos seguintes em que 
cabe recurso para o Tribunal Superior: 
I - especial: 
Nota: Súmula-TSE nº 24 - Não cabe recurso especial eleitoral para simples reexame do conjunto 
fático-probatório. 
a) quando forem proferidas contra expressa disposição de lei; 
Nota: Súmula-TSE nº 32 - É inadmissível recurso especial eleitoral por violação à legislação 
municipal ou estadual, ao Regimento Interno dos Tribunais Eleitorais ou às normas partidárias. 
b) quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais. 
Nota: Súmula-TSE nº 28 - A divergência jurisprudencial que fundamenta o recurso especial 
interposto com base na alínea b do inciso I do art. 276 do Código Eleitoral somente estará 
demonstrada mediante a realização de cotejo analítico e a existência de similitude fática entre os 
acórdãos paradigma e o aresto recorrido. 
II - ordinário: 
Nota: Súmula-TSE nº 36 - Cabe recurso ordinário de acórdão de Tribunal Regional Eleitoral que 
decida sobre inelegibilidade, expedição ou anulação de diploma ou perda de mandato eletivo nas 
eleições federais ou estaduais (art. 121, § 4º, incisos III e IV, da Constituição Federal). 
a) quando versarem sôbre expedição de diplomas nas eleições federais e estaduais; 
b) quando denegarem habeas corpus ou mandado de segurança. 
§ 1º É de 3 (três) dias o prazo para a interposição do recurso, contado da publicação da decisão 
nos casos dos nº I, letras a e b e II, letra b e da sessão da diplomação no caso do nº II, letra a. 
§ 2º Sempre que o Tribunal Regional determinar a realização de novas eleições, o prazo para a 
interposição dos recursos, no caso do nº II, a, contar-se-á da sessão em que, feita a apuração das 
sessões renovadas, fôr proclamado o resultado das eleições suplementares. 
Nota: Depreende-se do contexto que a palavra correta neste caso é seções. 
Art. 277. Interposto recurso ordinário contra decisão do Tribunal Regional, o presidente poderá, na 
própria petição, mandar abrir vista ao recorrido para que, no mesmo prazo, ofereça as suas razões. 
Parágrafo único. Juntadas as razões do recorrido, serão os autos remetidos ao Tribunal Superior. 
Art. 278. Interposto recurso especial contra decisão do Tribunal Regional, a petição será juntada 
nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes e os autos conclusos ao presidente dentro de 24 (vinte e 
quatro) horas. 
§ 1º O presidente, dentro em 48 (quarenta e oito) horas do recebimento dos autos conclusos, 
proferirá despacho fundamentado, admitindo ou não o recurso. 
§ 2º Admitido o recurso, será aberta vista dos autos ao recorrido para que, no mesmo prazo, 
apresente as suas razões. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 85 
 
§ 3º Em seguida serão os autos conclusos ao presidente, que mandará remetê-los ao Tribunal 
Superior. 
Art. 279. Denegado o recurso especial, o recorrente poderá interpor, dentro em 3 (três) dias, agravo 
de instrumento. 
Nota: Súmula-TSE nº 71 - Na hipótese de negativa de seguimento ao recurso especial e da 
consequente interposição de agravo, a parte deverá apresentar contrarrazões tanto ao agravo 
quanto ao recurso especial, dentro do mesmo tríduo legal. 
§ 1º O agravo de instrumento será interposto por petiçao que conterá: 
I - a exposição do fato e do direito; 
II - as razões do pedido de reforma da decisão; 
III - a indicação das peças do processo que devem ser trasladadas. 
§ 2º Serão obrigatoriamente trasladadas a decisão recorrida e a certidão da intimação. 
§ 3º Deferida a formação do agravo, será intimado o recorrido para, no prazo de 3 (três) dias, 
apresentar as suas razões e indicar as peças dos autos que serão também trasladadas. 
§ 4º Concluída a formação do instrumento o presidente do Tribunal determinará a remessa dos 
autos ao Tribunal Superior, podendo, ainda, ordenar a extração e a juntada de peças não indicadas 
pelas partes. 
§ 5º O presidente do Tribunal não poderá negar seguimento ao agravo, ainda que interposto fora 
do prazo legal. 
§ 6º Se o agravo de instrumento não fôr conhecido, porque interposto fora do prazo legal, o Tribunal 
Superior imporá ao recorrente multa correspondente a valor do maior salário-mínimo vigente no 
país, multa essa que será inscrita e cobrada na forma prevista no art. 367. 
Nota: Vide CF/1988, art. 7º, IV: vedação da vinculação do salário mínimo para qualquer fim. 
§ 7º Se o Tribunal Regional dispuser de aparelhamento próprio, o instrumento deverá ser formado 
com fotocópias ou processos semelhantes, pagas as despesas, pelo preço do custo, pelas partes, 
em relação às peças que indicarem. 
 
CAPÍTULO IV 
DOS RECURSOS NO TRIBUNAL SUPERIOR 
Art. 280. Aplicam-se ao Tribunal Superior as disposições dos artigos. 268, 269, 270, 271 (caput), 
272, 273, 274 e 275. 
Art. 281. São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior, salvo as que declararem a invalidade 
de lei ou ato contrário à Constituição Federal e as denegatórias de "habeas corpus"ou mandado de 
segurança, das quais caberá recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal, interposto no prazo 
de 3 (três) dias. 
Nota: CF/1988, art. 102, II, a, e III: cabimento de recurso ordinário e extraordinário; e art. 121, § 
3º: irrecorribilidade das decisões do TSE; Lei nº 6.055/1974, art. 12: prazo de três dias para 
interposição de recurso extraordinário; Súm.-STF nº 728/2003: "É de três dias o prazo para a 
interposição de recurso extraordinário contra decisão do Tribunal Superior Eleitoral, contado, 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 86 
 
quando for o caso, a partir da publicação do acórdão, na própria sessão de julgamento, nos termos 
do art. 12 da Lei nº 6.055/1974, que não foi revogado pela Lei nº 8.950/1994". 
§ 1º Juntada a petição nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes, os autos serão conclusos ao 
presidente do Tribunal, que, no mesmo prazo, proferirá despacho fundamentado, admitindo ou não 
o recurso. 
§ 2º Admitido o recurso será aberta vista dos autos ao recorrido para que, dentro de3 (três) dias, 
apresente as suas razões. 
§ 3º Findo esse prazo os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal. 
Art. 282. Denegado recurso, o recorrente poderá interpor, dentro de 3 (três) dias, agravo de 
instrumento, observado o disposto no Art. 279 e seus parágrafos, aplicada a multa a que se refere 
o § 6º pelo Supremo Tribunal Federal. 
 
TÍTULO IV 
DISPOSIÇÕES PENAIS 
 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 283. Para os efeitos penais são considerados membros e funcionários da Justiça Eleitoral: 
I - os magistrados que, mesmo não exercendo funções eleitorais, estejam presidindo Juntas 
Apuradoras ou se encontrem no exercício de outra função por designação de Tribunal Eleitoral; 
II - Os cidadãos que temporariamente integram órgãos da Justiça Eleitoral; 
III - Os cidadãos que hajam sido nomeados para as mesas receptoras ou Juntas Apuradoras; 
IV - Os funcionários requisitados pela Justiça Eleitoral. 
§ 1º Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, além dos indicados no presente artigo, 
quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. 
§ 2º Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade 
paraestatal ou em sociedade de economia mista. 
Art. 284. Sempre que êste Código não indicar o grau mínimo, entende-se que será ele de quinze 
dias para a pena de detenção e de um ano para a de reclusão. 
Art. 285. Quando a lei determina a agravação ou atenuação da pena sem mencionar o "quantum", 
deve o juiz fixá-lo entre um quinto e um terço, guardados os limites da pena cominada ao crime. 
Art. 286. A pena de multa consiste no pagamento ao Tesouro Nacional, de uma soma de dinheiro, 
que é fixada em dias-multa. Seu montante é, no mínimo, 1 (um) dia-multa e, no máximo, 300 
(trezentos) dias-multa. 
§ 1º O montante do dia-multa é fixado segundo o prudente arbítrio do juiz, devendo êste ter em 
conta as condições pessoais e econômicas do condenado, mas não pode ser inferior ao salário-
mínimo diário da região, nem superior ao valor de um salário-mínimo mensal. 
Nota: Vide CF/1988, art. 7º, IV: vedação da vinculação do salário mínimo para qualquer fim. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 87 
 
§ 2º A multa pode ser aumentada até o triplo, embora não possa exceder o máximo genérico caput, 
se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do condenado, é ineficaz a cominada, 
ainda que no máximo, ao crime de que se trate. 
Art. 287. Aplicam-se aos fatos incriminados nesta lei as regras gerais do Código Penal. 
Art. 288. Nos crimes eleitorais cometidos por meio da imprensa, do rádio ou da televisão, aplicam-
se exclusivamente as normas dêste Código e as remissões a outra lei nele contempladas. 
 
CAPÍTULO II 
DOS CRIMES ELEITORAIS 
Art. 289. Inscrever-se fraudulentamente eleitor: 
Pena - Reclusão até cinco anos e pagamento de cinco a 15 dias-multa. 
Art. 290 Induzir alguém a se inscrever eleitor com infração de qualquer dispositivo dêste Código. 
Pena - Reclusão até 2 anos e pagamento de 15 a 30 dias-multa. 
Art. 291. Efetuar o juiz, fraudulentamente, a inscrição de alistando. 
Pena - Reclusão até 5 anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa. 
Art. 292. Negar ou retardar a autoridade judiciária, sem fundamento legal, a inscrição requerida: 
Pena - Pagamento de 30 a 60 dias-multa. 
Art. 293. Perturbar ou impedir de qualquer forma o alistamento: 
Pena - Detenção de 15 dias a seis meses ou pagamento de 30 a 60 dias-multa. 
Art. 294. (Revogado pela Lei nº 8.868, de 14.4.1994) 
Art. 295. Reter título eleitoral contra a vontade do eleitor: 
Pena - Detenção até dois meses ou pagamento de 30 a 60 dias-multa. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 91, parágrafo único: "a retenção de título eleitoral ou do comprovante 
do alistamento eleitoral constitui crime, punível com detenção, de um a três meses, com a 
alternativa de prestação de serviços à comunidade por igual período, e multa no valor de cinco mil 
a dez mil Ufirs". 
Art. 296. Promover desordem que prejudique os trabalhos eleitorais; 
Pena - Detenção até dois meses e pagamento de 60 a 90 dias-multa. 
Art. 297. Impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio: 
Pena - Detenção até seis meses e pagamento de 60 a 100 dias-multa. 
Art. 298. Prender ou deter eleitor, membro de mesa receptora, fiscal, delegado de partido ou 
candidato, com violação do disposto no Art. 236: 
Pena - Reclusão até quatro anos. 
Art. 299. Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou 
qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda 
que a oferta não seja aceita: 
Pena - reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 88 
 
Art. 300. Valer-se o servidor público da sua autoridade para coagir alguém a votar ou não votar em 
determinado candidato ou partido: 
Pena - detenção até seis meses e pagamento de 60 a 100 dias-multa. 
Parágrafo único. Se o agente é membro ou funcionário da Justiça Eleitoral e comete o crime 
prevalecendo-se do cargo a pena é agravada. 
Art. 301. Usar de violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar, ou não votar, em 
determinado candidato ou partido, ainda que os fins visados não sejam conseguidos: 
Pena - reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa. 
Art. 302. Promover, no dia da eleição, com o fim de impedir, embaraçar ou fraudar o exercício do 
voto a concentração de eleitores, sob qualquer forma, inclusive o fornecimento gratuito de alimento 
e transporte coletivo: 
Pena - reclusão de quatro (4) a seis (6) anos e pagamento de 200 a 300 dias-multa. ( 
Art. 303. Majorar os preços de utilidades e serviços necessários à realização de eleições, tais como 
transporte e alimentação de eleitores, impressão, publicidade e divulgação de matéria eleitoral. 
Pena - pagamento de 250 a 300 dias-multa. 
Art. 304. Ocultar, sonegar açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente 
a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos 
a determinado partido ou candidato: 
Pena - pagamento de 250 a 300 dias-multa. 
Art. 305. Intervir autoridade estranha à mesa receptora, salvo o juiz eleitoral, no seu funcionamento 
sob qualquer pretexto: 
Pena - detenção até seis meses e pagamento de 60 a 90 dias-multa. 
Art. 306. Não observar a ordem em que os eleitores devem ser chamados a votar: 
Pena - pagamento de 15 a 30 dias-multa. 
Art. 307. Fornecer ao eleitor cédula oficial já assinalada ou por qualquer forma marcada: 
Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa. 
Art. 308. Rubricar e fornecer a cédula oficial em outra oportunidade que não a de entrega da mesma 
ao eleitor. 
Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 60 a 90 dias-multa. 
 Art. 309. Votar ou tentar votar mais de uma vez, ou em lugar de outrem: 
Pena - reclusão até três anos. 
Art. 310. Praticar, ou permitir membro da mesa receptora que seja praticada, qualquer 
irregularidade que determine a anulação de votação, salvo no caso do Art. 311: 
Pena - detenção até seis meses ou pagamento de 90 a 120 dias-multa. 
Art. 311. Votar em seção eleitoral em que não está inscrito, salvo nos casos expressamente 
previstos, e permitir, o presidente da mesa receptora, que o voto seja admitido: 
Pena - detenção até um mês ou pagamento de 5 a 15 dias-multa para o eleitor e de 20 a 30 dias-
multa para o presidente da mesa. 
Art. 312. Violar ou tentar violar o sigilo do voto: 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 89 
 
Pena - detenção até dois anos. 
Art. 313. Deixar o juiz e os membros da Junta de expedir o boletim de apuração imediatamente 
após a apuração de cada urna e antes de passar à subseqüente,sob qualquer pretexto e ainda que 
dispensada a expedição pelos fiscais, delegados ou candidatos presentes: 
Pena - pagamento de 90 a 120 dias-multa. 
Parágrafo único. Nas seções eleitorais em que a contagem fôr procedida pela mesa receptora 
incorrerão na mesma pena o presidente e os mesários que não expedirem imediatamente o 
respectivo boletim. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 68, § 1º: entrega obrigatória de cópia do boletim de urna aos partidos 
e às coligações pelo presidente da mesa receptora. 
Art. 314. Deixar o juiz e os membros da Junta de recolher as cédulas apuradas na respectiva urna, 
fechá-la e lacrá-la, assim que terminar a apuração de cada seção e antes de passar à subseqüente, 
sob qualquer pretexto e ainda que dispensada a providencia pelos fiscais, delegados ou candidatos 
presentes: 
Pena - detenção até dois meses ou pagamento de 90 a 120 dias-multa. 
Parágrafo único. Nas seções eleitorais em que a contagem dos votos fôr procedida pela mesa 
receptora incorrerão na mesma pena o presidente e os mesários que não fecharem e lacrarem a 
urna após a contagem. 
Art. 315. Alterar nos mapas ou nos boletins de apuração a votação obtida por qualquer candidato 
ou lançar nesses documentos votação que não corresponda às cédulas apuradas: 
Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa. 
Nota: Lei nº 9.504/1997, art. 72: crimes relacionados a sistema de tratamento automático de dados 
usado pelo serviço eleitoral e a equipamento usado na votação ou na totalização de votos. 
Art. 316. Não receber ou não mencionar nas atas da eleição ou da apuração os protestos 
devidamente formulados ou deixar de remetê-los à instância superior: 
Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa. 
Art. 317. Violar ou tentar violar o sigilo da urna ou dos invólucros. 
Pena - reclusão de três a cinco anos. 
Art. 318. Efetuar a mesa receptora a contagem dos votos da urna quando qualquer eleitor houver 
votado sob impugnação (art. 190): 
Pena - detenção até um mês ou pagamento de 30 a 60 dias-multa. 
Art. 319. Subscrever o eleitor mais de uma ficha de registro de um ou mais partidos: 
Pena - detenção até 1 mês ou pagamento de 10 a 30 dias-multa. 
Art. 320. Inscrever-se o eleitor, simultaneamente, em dois ou mais partidos: 
Pena - pagamento de 10 a 20 dias-multa. 
Art. 321. Colher a assinatura do eleitor em mais de uma ficha de registro de partido: 
Pena - detenção até dois meses ou pagamento de 20 a 40 dias-multa. 
Art. 322. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997) 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 90 
 
Art. 323. Divulgar, na propaganda, fatos que sabe inveridicos, em relação a partidos ou candidatos 
e capazes de exercerem influência perante o eleitorado: 
Pena - detenção de dois meses a um ano, ou pagamento de 120 a 150 dias-multa. 
Parágrafo único. A pena é agravada se o crime é cometido pela imprensa, rádio ou televisão. 
Art. 324. Caluniar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando fins de propaganda, imputando-lhe 
falsamente fato definido como crime: 
Pena - detenção de seis meses a dois anos, e pagamento de 10 a 40 dias-multa. 
§ 1° Nas mesmas penas incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga. 
§ 2º A prova da verdade do fato imputado exclui o crime, mas não é admitida: 
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido, não foi condenado por 
sentença irrecorrível; 
II - se o fato é imputado ao Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro; 
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença 
irrecorrível. 
Art. 325. Difamar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando a fins de propaganda, imputando-
lhe fato ofensivo à sua reputação: 
Pena - detenção de três meses a um ano, e pagamento de 5 a 30 dias-multa. 
Parágrafo único. A exceção da verdade somente se admite se ofendido é funcionário público e a 
ofensa é relativa ao exercício de suas funções. 
Art. 326. Injuriar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando a fins de propaganda, ofendendo-lhe 
a dignidade ou o decôro: 
Pena - detenção até seis meses, ou pagamento de 30 a 60 dias-multa. 
§ 1º O juiz pode deixar de aplicar a pena: 
I - se o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; 
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria. 
§ 2º Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou meio empregado, 
se considerem aviltantes: 
Pena - detenção de três meses a um ano e pagamento de 5 a 20 dias-multa, além das penas 
correspondentes à violência prevista no Código Penal. 
Art. 326-A. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, de investigação 
administrativa, de inquérito civil ou ação de improbidade administrativa, atribuindo a alguém a 
prática de crime ou ato infracional de que o sabe inocente, com finalidade eleitoral: (Incluído 
pela Lei nº13.834, de 2019) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº13.834, de 2019) 
§ 1º A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve do anonimato ou de nome suposto. 
(Incluído pela Lei nº13.834, de 2019) 
§ 2º A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção. (Incluído 
pela Lei nº13.834, de 2019) 
§ 3º (VETADO) (Incluído pela Lei nº13.834, de 2019) 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 91 
 
Art. 327. As penas cominadas nos artigos. 324, 325 e 326, aumentam-se de um terço, se qualquer 
dos crimes é cometido: 
I - contra o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro; 
II - contra funcionário público, em razão de suas funções; 
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da ofensa. 
Art. 328. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997) 
Art. 329. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997) 
Art. 330. Nos casos dos artigos. 328 e 329 se o agente repara o dano antes da sentença final, o 
juiz pode reduzir a pena. 
Art. 331. Inutilizar, alterar ou perturbar meio de propaganda devidamente empregado: 
Pena - detenção até seis meses ou pagamento de 90 a 120 dias-multa. 
Art. 332. Impedir o exercício de propaganda: 
Pena - detenção até seis meses e pagamento de 30 a 60 dias-multa. 
Art. 333. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997) 
Art. 334. Utilizar organização comercial de vendas, distribuição de mercadorias, prêmios e sorteios 
para propaganda ou aliciamento de eleitores: 
Pena - detenção de seis meses a um ano e cassação do registro se o responsável fôr candidato. 
Art. 335. Fazer propaganda, qualquer que seja a sua forma, em língua estrangeira: 
Pena - detenção de três a seis meses e pagamento de 30 a 60 dias-multa. 
Parágrafo único. Além da pena cominada, a infração ao presente artigo importa na apreensão e 
perda do material utilizado na propaganda. 
Art. 336. Na sentença que julgar ação penal pela infração de qualquer dos artigos. 322, 323, 324, 
325, 326,328, 329, 331, 332, 333, 334 e 335, deve o juiz verificar, de acôrdo com o seu livre 
convencionamento, se diretório local do partido, por qualquer dos seus membros, concorreu para a 
prática de delito, ou dela se beneficiou conscientemente. 
Parágrafo único. Nesse caso, imporá o juiz ao diretório responsável pena de suspensão de sua 
atividade eleitoral por prazo de 6 a 12 meses, agravada até o dôbro nas reincidências. 
Ar. 337. Participar, o estrangeiro ou brasileiro que não estiver no gôzo dos seus direitos políticos, 
de atividades partidárias inclusive comícios e atos de propaganda em recintos fechados ou abertos: 
Pena - detenção até seis meses e pagamento de 90 a 120 dias-multa. 
Parágrafo único. Na mesma pena incorrerá o responsável pelas emissoras de rádio ou televisão que 
autorizar transmissões de que participem os mencionados neste artigo, bem como o diretor de 
jornal que lhes divulgar os pronunciamentos.Art. 338. Não assegurar o funcionário postal a prioridade prevista no Art. 239: 
Pena - Pagamento de 30 a 60 dias-multa. 
Art. 339 - Destruir, suprimir ou ocultar urna contendo votos, ou documentos relativos à eleição: 
Pena - reclusão de dois a seis anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 92 
 
Parágrafo único. Se o agente é membro ou funcionário da Justiça Eleitoral e comete o crime 
prevalecendo-se do cargo, a pena é agravada. 
Art. 340. Fabricar, mandar fabricar, adquirir, fornecer, ainda que gratuitamente, subtrair ou guardar 
urnas, objetos, mapas, cédulas ou papéis de uso exclusivo da Justiça Eleitoral: 
Pena - reclusão até três anos e pagamento de 3 a 15 dias-multa. 
Parágrafo único. Se o agente é membro ou funcionário da Justiça Eleitoral e comete o crime 
prevalecendo-se do cargo, a pena é agravada. 
Art. 341. Retardar a publicação ou não publicar, o diretor ou qualquer outro funcionário de órgão 
oficial federal, estadual, ou municipal, as decisões, citações ou intimações da Justiça Eleitoral: 
 Pena - detenção até um mês ou pagamento de 30 a 60 dias-multa. 
 Art. 342. Não apresentar o órgão do Ministério Público, no prazo legal, denúncia ou deixar de 
promover a execução de sentença condenatória: 
 Pena - detenção até dois meses ou pagamento de 60 a 90 dias-multa. 
Art. 343. Não cumprir o juiz o disposto no § 3º do Art. 357: 
Pena - detenção até dois meses ou pagamento de 60 a 90 dias-multa. 
Art. 344. Recusar ou abandonar o serviço eleitoral sem justa causa: 
Pena - detenção até dois meses ou pagamento de 90 a 120 dias-multa. 
Art. 345. Não cumprir a autoridade judiciária, ou qualquer funcionário dos órgãos da Justiça 
Eleitoral, nos prazos legais, os deveres impostos por êste Código, se a infração não estiver sujeita 
a outra penalidade: 
Pena - pagamento de trinta a noventa dias-multa. 
Art. 346. Violar o disposto no Art. 377: 
Pena - detenção até seis meses e pagamento de 30 a 60 dias-multa. 
Parágrafo único. Incorrerão na pena, além da autoridade responsável, os servidores que prestarem 
serviços e os candidatos, membros ou diretores de partido que derem causa à infração. 
Art. 347. Recusar alguém cumprimento ou obediência a diligências, ordens ou instruções da Justiça 
Eleitoral ou opor embaraços à sua execução: 
Pena - detenção de três meses a um ano e pagamento de 10 a 20 dias-multa. 
Art. 348. Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público 
verdadeiro, para fins eleitorais: 
Pena - reclusão de dois a seis anos e pagamento de 15 a 30 dias-multa. 
§ 1º Se o agente é funcionário público e comete o crime prevalecendo-se do cargo, a pena é 
agravada. 
§ 2º Para os efeitos penais, equipara-se a documento público o emanado de entidade paraestatal 
inclusive Fundação do Estado. 
Ar. 349. Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular 
verdadeiro, para fins eleitorais: 
Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 3 a 10 dias-multa. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 93 
 
Art. 350. Omitir, em documento público ou particular, declaração que dêle devia constar, ou nele 
inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, para fins eleitorais: 
Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa, se o documento é público, e 
reclusão até três anos e pagamento de 3 a 10 dias-multa se o documento é particular. 
Parágrafo único. Se o agente da falsidade documental é funcionário público e comete o crime 
prevalecendo-se do cargo ou se a falsificação ou alteração é de assentamentos de registro civil, a 
pena é agravada. 
Art. 351. Equipara-se a documento (348,349 e 350) para os efeitos penais, a fotografia, o filme 
cinematográfico, o disco fonográfico ou fita de ditafone a que se incorpore declaração ou imagem 
destinada à prova de fato juridicamente relevante. 
Ar. 352. Reconhecer, como verdadeira, no exercício da função pública, firma ou letra que o não 
seja, para fins eleitorais: 
Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa se o documento é público, e 
reclusão até três anos e pagamento de 3 a 10 dias-multa se o documento é particular. 
Art. 353. Fazer uso de qualquer dos documentos falsificados ou alterados, a que se referem os 
artigos. 348 a 352: 
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. 
Art. 354. Obter, para uso próprio ou de outrem, documento público ou particular, material ou 
ideologicamente falso para fins eleitorais: 
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. 
Art. 354-A. Apropriar-se o candidato, o administrador financeiro da campanha, ou quem de fato 
exerça essa função, de bens, recursos ou valores destinados ao financiamento eleitoral, em proveito 
próprio ou alheio: (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017) 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017) 
 
CAPÍTULO III 
DO PROCESSO DAS INFRAÇÕES 
Art. 355. As infrações penais definidas neste Código são de ação pública. 
Art. 356. Todo cidadão que tiver conhecimento de infração penal dêste Código deverá comunicá-la 
ao juiz eleitoral da zona onde a mesma se verificou. 
§ 1º Quando a comunicação fôr verbal, mandará a autoridade judicial reduzi-la a têrmo, assinado 
pelo apresentante e por duas testemunhas, e a remeterá ao órgão do Ministério Público local, que 
procederá na forma dêste Código. 
§ 2º Se o Ministério Público julgar necessários maiores esclarecimentos e documentos 
complementares ou outros elementos de convicção, deverá requisitá-los diretamente de quaisquer 
autoridades ou funcionários que possam fornecê-los. 
Art. 357. Verificada a infração penal, o Ministério Público oferecerá a denúncia dentro do prazo de 
10 (dez) dias. 
§ 1º Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento 
da comunicação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa da 
comunicação ao Procurador Regional, e êste oferecerá a denúncia, designará outro Promotor para 
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oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a 
atender. 
§ 2º A denúncia conterá a exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias, a 
qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do 
crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. 
§ 3º Se o órgão do Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo legal representará contra 
êle a autoridade judiciária, sem prejuízo da apuração da responsabilidade penal. 
§ 4º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo anterior o juiz solicitará ao Procurador Regional a 
designação de outro promotor, que, no mesmo prazo, oferecerá a denúncia. 
§ 5º Qualquer eleitor poderá provocar a representação contra o órgão do Ministério Público se o 
juiz, no prazo de 10 (dez) dias, não agir de ofício. 
Art. 358. A denúncia, será rejeitada quando: 
I - o fato narrado evidentemente não constituir crime; 
II - já estiver extinta a punibilidade, pela prescrição ou outra causa; 
III - fôr manifesta a ilegitimidade da parte ou faltar condição exigida pela lei para o exercício da 
ação penal. 
Parágrafo único. Nos casos do número III, a rejeição da denúncia não obstará ao exercício da ação 
penal, desde que promovida por parte legítima ou satisfeita a condição. 
Art. 359. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para o depoimento pessoal do acusado, 
ordenando a citação deste e a notificação do Ministério Público. 
Parágrafo único. O réu ou seu defensor terá o prazo de 10 (dez) dias para oferecer alegações 
escritas e arrolar testemunhas. 
Art. 360. Ouvidas as testemunhas da acusação e da defesa e praticadas asdiligências requeridas 
pelo Ministério Público e deferidas ou ordenadas pelo juiz, abrir-se-á o prazo de 5 (cinco) dias a 
cada uma das partes - acusação e defesa - para alegações finais. 
Art. 361. Decorrido esse prazo, e conclusos os autos ao juiz dentro de quarenta e oito horas, terá 
o mesmo 10 (dez) dias para proferir a sentença. 
Art. 362. Das decisões finais de condenação ou absolvição cabe recurso para o Tribunal Regional, 
a ser interposto no prazo de 10 (dez) dias. 
Art. 363. Se a decisão do Tribunal Regional fôr condenatória, baixarão imediatamente os autos à 
instância inferior para a execução da sentença, que será feita no prazo de 5 (cinco) dias, contados 
da data da vista ao Ministério Público. 
Parágrafo único. Se o órgão do Ministério Público deixar de promover a execução da sentença serão 
aplicadas as normas constantes dos parágrafos 3º, 4º e 5º do Art. 357. 
Art. 364. No processo e julgamento dos crimes eleitorais e dos comuns que lhes forem conexos, 
assim como nos recursos e na execução, que lhes digam respeito, aplicar-se-á, como lei subsidiária 
ou supletiva, o Código de Processo Penal. 
 
 
 
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TÍTULO V 
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS 
Art. 365. O serviço eleitoral prefere a qualquer outro, é obrigatório e não interrompe o interstício 
de promoção dos funcionários para êle requisitados. 
Art. 366. Os funcionários de qualquer órgão da Justiça Eleitoral não poderão pertencer a diretório 
de partido político ou exercer qualquer atividade partidária, sob pena de demissão. 
Art. 367. A imposição e a cobrança de qualquer multa, salvo no caso das condenações criminais, 
obedecerão às seguintes normas: 
I - No arbitramento será levada em conta a condição econômica do eleitor; 
II - Arbitrada a multa, de ofício ou a requerimento do eleitor, o pagamento será feito através de 
selo federal inutilizado no próprio requerimento ou no respectivo processo; 
III - Se o eleitor não satisfizer o pagamento no prazo de 30 (trinta) dias, será considerada dívida 
líquida e certa, para efeito de cobrança mediante executivo fiscal, a que fôr inscrita em livro próprio 
no Cartório Eleitoral; 
Nota: Súmula-TSE nº 56 - A multa eleitoral constitui dívida ativa de natureza não tributária, 
submetendo-se ao prazo prescricional de 10 (dez) anos, nos moldes do art. 205 do Código Civil. 
IV - A cobrança judicial da dívida será feita por ação executiva na forma prevista para a cobrança 
da dívida ativa da Fazenda Pública, correndo a ação perante os juízos eleitorais; 
Nota: Súmula-TSE nº 63 - A execução fiscal de multa eleitoral só pode atingir os sócios se 
preenchidos os requisitos para a desconsideração da personalidade jurídica previstos no art. 50 do 
Código Civil, tendo em vista a natureza não tributária da dívida, observados, ainda, o contraditório 
e a ampla defesa. 
V - Nas Capitais e nas comarcas onde houver mais de um Promotor de Justiça, a cobrança da dívida 
far-se-á por intermédio do que for designado pelo Procurador Regional Eleitoral; 
VI - Os recursos cabíveis, nos processos para cobrança da dívida decorrente de multa, serão 
interpostos para a instância superior da Justiça Eleitoral; 
VII - Em nenhum caso haverá recurso de ofício; 
VIII - As custas, nos Estados, Distrito Federal e Territórios serão cobradas nos termos dos 
respectivos Regimentos de Custas; 
IX - Os juízes eleitorais comunicarão aos Tribunais Regionais, trimestralmente, a importância total 
das multas impostas, nesse período e quanto foi arrecadado através de pagamentos feitos na forma 
dos números II e III; 
X - Idêntica comunicação será feita pelos Tribunais Regionais ao Tribunal Superior. 
§ 1º As multas aplicadas pelos Tribunais Eleitorais serão consideradas líquidas e certas, para efeito 
de cobrança mediante executivo fiscal desde que inscritas em livro próprio na Secretaria do Tribunal 
competente. 
§ 2º A multa pode ser aumentada até dez vezes, se o juiz, ou Tribunal considerar que, em virtude 
da situação econômica do infrator, é ineficaz, embora aplicada no máximo. 
§ 3º O alistando, ou o eleitor, que comprovar devidamente o seu estado de pobreza, ficará isento 
do pagamento de multa. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 96 
 
§ 4º Fica autorizado o Tesouro Nacional a emitir sêlos, sob a designação "Selo Eleitoral", destinados 
ao pagamento de emolumentos, custas, despesas e multas, tanto as administrativas como as 
penais, devidas à Justiça Eleitoral. 
§ 5º Os pagamentos de multas poderão ser feitos através de guias de recolhimento, se a Justiça 
Eleitoral não dispuser de sêlo eleitoral em quantidade suficiente para atender aos interessados. 
Art. 368. Os atos requeridos ou propostos em tempo oportuno, mesmo que não sejam apreciados 
no prazo legal, não prejudicarão aos interessados. 
Art. 368-A. A prova testemunhal singular, quando exclusiva, não será aceita nos processos que 
possam levar à perda do mandato. 
Art. 369. O Governo da União fornecerá, para ser distribuído por intermédio dos Tribunais Regionais, 
todo o material destinado ao alistamento eleitoral e às eleições. 
Art. 370. As transmissões de natureza eleitoral, feitas por autoridades e repartições competentes, 
gozam de franquia postal, telegráfica, telefônica, radiotelegráfica ou radiotelefônica, em linhas 
oficiais ou nas que sejam obrigadas a serviço oficial. 
Art. 371. As repartições públicas são obrigadas, no prazo máximo de 10 (dez) dias, a fornecer às 
autoridades, aos representantes de partidos ou a qualquer alistando as informações e certidões que 
solicitarem relativas à matéria eleitoral, desde que os interessados manifestem especificamente as 
razões e os fins do pedido. 
Art. 372. Os tabeliães não poderão deixar de reconhecer nos documentos necessários à instrução 
dos requerimentos e recursos eleitorais, as firmas de pessoas de seu conhecimento, ou das que se 
apresentarem com 2 (dois) abonadores conhecidos. 
Ar. 373. São isentos de sêlo os requerimentos e todos os papéis destinados a fins eleitorais e é 
gratuito o reconhecimento de firma pelos tabeliães, para os mesmos fins. 
Nota: CF/1988, art. 5º, XXXIV, b, e LXXVII: gratuidade de certidões em repartições públicas e 
ações de habeas corpus e habeas data. 
Parágrafo único. Nos processos -crimes e nos executivos fiscais referente a cobrança de multas 
serão pagas custas nos têrmos do Regimento de Custas de cada Estado, sendo as devidas à União 
pagas através de sêlos federais inutilizados nos autos. 
Art. 374. Os membros dos tribunais eleitorais, os juizes eleitorais e os servidores públicos 
requisitados para os órgãos da Justiça Eleitoral, que, em virtude de suas funções nos mencionados 
órgãos não tiverem as férias que lhes couberem, poderão gozá-las no ano seguinte , acumuladas 
ou não. 
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) 
Art. 375. Nas áreas contestadas, enquanto não forem fixados definitivamente os limites 
interestaduais, far-se-ão as eleições sob a jurisdição do Tribunal Regional da circunscrição eleitoral 
em que, do ponto de vista da administração judiciária estadual, estejam elas incluídas. 
Art. 376. A proposta orçametária da Justiça Eleitoral será anualmente elaborada pelo Tribunal 
Superior, de acôrdo com as propostas parciais que lhe forem remetidas pelos Tribunais Regionais, 
e dentro das normas legais vigentes. 
Parágrafo único. Os pedidos de créditos adicionais que se fizerem necessários ao bom andamento 
dos serviços eleitorais, durante o exercício serão encaminhados em relação trimestral à Câmara dos 
Deputados, por intermédio do Tribunal Superior. 
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Art. 377. O serviço de qualquer repartição, federal, estadual, municipal, autarquia, fundação do 
Estado,sociedade de economia mista, entidade mantida ou subvencionada pelo poder público, ou 
que realiza contrato com êste, inclusive o respectivo prédio e suas dependências não poderá ser 
utilizado para beneficiar partido ou organização de caráter político. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo será tornado efetivo, a qualquer tempo, pelo órgão 
competente da Justiça Eleitoral, conforme o âmbito nacional, regional ou municipal do órgão infrator 
mediante representação fundamentada partidário, ou de qualquer eleitor. 
Art. 378. O Tribunal Superior organizará, mediante proposta do Corregedor Geral, os serviços da 
Corregedoria, designando para desempenhá-los funcionários efetivos do seu quadro e 
transformando o cargo de um dêles, diplomado em direito e de conduta moral irrepreensível, no de 
Escrivão da Corregedoria símbolo PJ - 1, a cuja nomeação serão inerentes, assim na Secretaria 
como nas diligências, as atribuições de titular de ofício de Justiça. 
Art. 379. Serão considerados de relevância os serviços prestados pelos mesários e componentes 
das Juntas Apuradoras. 
§ 1º Tratando-se de servidor público, em caso de promoção a prova de haver prestado tais serviços 
será levada em consideração para efeito de desempate, depois de observados os critérios já 
previstos em leis ou regulamentos. 
§ 2º Persistindo o empate de que trata o parágrafo anterior, terá preferência, para a promoção, o 
funcionário que tenha servido maior número de vezes. 
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica aos membros ou servidores de Justiça Eleitoral. 
Art. 380. Será feriado nacional o dia em que se realizarem eleições de data fixada pela Constituição 
Federal; nos demais casos, serão as eleições marcadas para um domingo ou dia já considerado 
feriado por lei anterior. 
Nota: CF/1988, art. 77; e Lei nº 9.504/1997, arts. 1º, caput, e 2º, § 1º: fixação de datas para 
eleição de presidente e vice-presidente da República; CF/1988, arts. 28, caput, e 29, II, e Lei nº 
9.504/1997, arts 1º, caput, 2º, § 1º, e 3º, § 2º: fixação de datas para eleição de governador e vice-
governador e de prefeito e vice-prefeito; Lei nº 9.504/1997, art. 1º, caput: fixação de datas para 
eleição de senador, deputado federal, deputado estadual, deputado distrital e vereador; CF/1988, 
art. 32, § 2º: eleições de governador e vice-governador e de deputados distritais coincidentes com 
a de governadores e de deputados estaduais. 
Art. 381. Esta lei não altera a situação das candidaturas a Presidente ou Vice-Presidente da 
República e a Governador ou Vice-Governador de Estado, desde que resultantes de convenções 
partidárias regulares e já registradas ou em processo de registro, salvo a ocorrência de outros 
motivos de ordem legal ou constitucional que as prejudiquem. 
Parágrafo único. Se o registro requerido se referir isoladamente a Presidente ou a Vice-Presidente 
da República e a Governador ou Vice-Governador de Estado, a validade respectiva dependerá de 
complementação da chapa conjunta na firma e nos prazos previstos neste Código ( 
Art. 382. Êste Código entrará em vigor 30 dias após a sua publicação. 
Art. 383. Revogam-se as disposições em contrário. 
Brasília, 15 de julho de 1965. 144º da Independência e 77º da República 
 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 98 
 
Organização da Justiça Eleitoral: composição e competências 
 
Constituição Federal de 1988 
 
Seção VI 
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS 
 
Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral: 
 
I - o Tribunal Superior Eleitoral; 
 
II - os Tribunais Regionais Eleitorais; 
 
III - os Juízes Eleitorais; 
 
IV - as Juntas Eleitorais. 
 
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos: 
 
I - mediante eleição, pelo voto secreto: 
 
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; 
 
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça; 
 
II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber 
jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. 
 
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os 
Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior 
Tribunal de Justiça. 
 
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal. 
 
§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: 
 
I - mediante eleição, pelo voto secreto: 
 
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; 
 
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; 
 
II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, 
ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal 
respectivo; 
 
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III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável 
saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. 
 
§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os 
desembargadores. 
 
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de 
direito e das juntas eleitorais. 
 
§ 1º Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no 
exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão 
inamovíveis. 
 
§ 2º Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, 
e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião 
e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. 
 
§ 3º São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta 
Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança. 
 
§ 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando: 
 
I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei; 
 
II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais; 
 
III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais; 
 
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais; 
 
V - denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção. 
 
 
Código Eleitoral – Para evitar a repetição de conteúdo, remetemos o(a) concurseiro(a) ao tópico 
que trata do código eleitoral (Parte Segunda – Art. 12 a 41). 
 
Atenção! Todos os dispositivos legais contrários à atual Constituição Federal consideram-se não-
recepcionados pela ordem constitucional vigente. Ou seja, em caso de conflitos entre normas da 
legislação ordinária com o texto constitucional, prevalece sempre este último. Lembre-se que a 
Constituição Federal é hierarquicamente superior às demais regras legais, ou seja, ela sempre 
prevalece em caso de conflitos entre normas. 
 
 
 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 100 
 
Ministério Público Eleitoral: atribuições 
 
LEI COMPLEMENTAR Nº 75, DE 20 DE MAIO DE 1993 - Dispõe sobre a organização, as atribuições 
e o estatuto do Ministério Público da União 
 
 
SEÇÃO X 
Das Funções Eleitorais do Ministério Público Federal 
 
Art. 72. Compete ao Ministério Público Federal exercer, no que couber, junto à Justiça Eleitoral, as 
funções do Ministério Público, atuando em todas as fases e instâncias do processo eleitoral. 
 
Parágrafo único. O Ministério Público Federal tem legitimação para propor, perante o juízo 
competente, as ações para declarar ou decretar a nulidade de negócios jurídicosou atos da 
administração pública, infringentes de vedações legais destinadas a proteger a normalidade e a 
legitimidade das eleições, contra a influência do poder econômico ou o abuso do poder político ou 
administrativo. 
 
Art. 73. O Procurador-Geral Eleitoral é o Procurador-Geral da República. 
 
Parágrafo único. O Procurador-Geral Eleitoral designará, dentre os Subprocuradores-Gerais da 
República, o Vice-Procurador-Geral Eleitoral, que o substituirá em seus impedimentos e exercerá o 
cargo em caso de vacância, até o provimento definitivo. 
 
Art. 74. Compete ao Procurador-Geral Eleitoral exercer as funções do Ministério Público nas causas 
de competência do Tribunal Superior Eleitoral. 
 
Parágrafo único. Além do Vice-Procurador-Geral Eleitoral, o Procurador-Geral poderá designar, por 
necessidade de serviço, membros do Ministério Público Federal para oficiarem, com sua aprovação, 
perante o Tribunal Superior Eleitoral. 
 
Art. 75. Incumbe ao Procurador-Geral Eleitoral: 
 
I - designar o Procurador Regional Eleitoral em cada Estado e no Distrito Federal; 
 
II - acompanhar os procedimentos do Corregedor-Geral Eleitoral; 
 
III - dirimir conflitos de atribuições; 
 
IV - requisitar servidores da União e de suas autarquias, quando o exigir a necessidade do serviço, 
sem prejuízo dos direitos e vantagens inerentes ao exercício de seus cargos ou empregos. 
 
Art. 76. O Procurador Regional Eleitoral, juntamente com o seu substituto, será designado pelo 
Procurador-Geral Eleitoral, dentre os Procuradores Regionais da República no Estado e no Distrito 
Federal, ou, onde não houver, dentre os Procuradores da República vitalícios, para um mandato de 
dois anos. 
 
§ 1º O Procurador Regional Eleitoral poderá ser reconduzido uma vez. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 101 
 
 
§ 2º O Procurador Regional Eleitoral poderá ser destituído, antes do término do mandato, por 
iniciativa do Procurador-Geral Eleitoral, anuindo a maioria absoluta do Conselho Superior do 
Ministério Público Federal. 
 
Art. 77. Compete ao Procurador Regional Eleitoral exercer as funções do Ministério Público nas 
causas de competência do Tribunal Regional Eleitoral respectivo, além de dirigir, no Estado, as 
atividades do setor. 
 
Parágrafo único. O Procurador-Geral Eleitoral poderá designar, por necessidade de serviço, outros 
membros do Ministério Público Federal para oficiar, sob a coordenação do Procurador Regional, 
perante os Tribunais Regionais Eleitorais. 
 
Art. 78. As funções eleitorais do Ministério Público Federal perante os Juízes e Juntas Eleitorais serão 
exercidas pelo Promotor Eleitoral. 
 
Art. 79. O Promotor Eleitoral será o membro do Ministério Público local que oficie junto ao Juízo 
incumbido do serviço eleitoral de cada Zona. 
 
Parágrafo único. Na inexistência de Promotor que oficie perante a Zona Eleitoral, ou havendo 
impedimento ou recusa justificada, o Chefe do Ministério Público local indicará ao Procurador 
Regional Eleitoral o substituto a ser designado. 
 
Art. 80. A filiação a partido político impede o exercício de funções eleitorais por membro do 
Ministério Público até dois anos do seu cancelamento. 
 
 
 
 
 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 102 
 
Alistamento eleitoral 
 
LEI Nº 4.737, DE 15 DE JULHO DE 1965 - Institui o Código Eleitoral 
 
Atenção! Todos os dispositivos legais contrários à atual Constituição Federal consideram-se não-
recepcionados pela ordem constitucional vigente. Ou seja, em caso de conflitos entre normas da 
legislação ordinária com o texto constitucional, prevalece sempre este último. Lembre-se que a 
Constituição Federal é hierarquicamente superior às demais regras legais, ou seja, ela sempre 
prevalece em caso de conflitos entre normas. 
Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo, salvo: 
I - quanto ao alistamento: 
a) os inválidos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os que se encontrem fora do país. 
II - quanto ao voto: 
a) os enfermos; 
b) os que se encontrem fora do seu domicílio; 
c) os funcionários civis e os militares, em serviço que os impossibilite de votar. 
Nota: Art. 14 da CF/88: 
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar 
obrigatório, os conscritos. 
 
 
Resolução TSE nº 21.538/2003 
 
Dispõe sobre o alistamento e serviços eleitorais mediante processamento eletrônico de dados, a 
regularização de situação de eleitor, a administração e a manutenção do cadastro eleitoral, o 
sistema de alistamento eleitoral, a revisão do eleitorado e a fiscalização dos partidos políticos, entre 
outros. 
 
O TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, no uso de suas atribuições, tendo em conta o disposto na Lei 
nº 7.444, de 20 de dezembro de 1985, 
Considerando que à Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral cabe velar pela fiel execução das leis e 
instruções e pela boa ordem e celeridade dos serviços eleitorais; 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 103 
 
Considerando a necessidade de adaptar as normas em vigor à nova sistemática adotada para o 
cadastro eleitoral; 
Considerando a necessidade de estabelecer rotina procedimental única, de forma a facilitar os 
trabalhos desenvolvidos, especialmente quanto às situações de duplicidade ou pluralidade de 
inscrições e revisão de eleitorado; 
RESOLVE: 
Art. 1º O alistamento eleitoral, mediante processamento eletrônico de dados, implantado nos 
termos da Lei nº 7.444/1985, será efetuado, em todo o território nacional, na conformidade do 
referido diploma legal e desta resolução. 
Parágrafo único. Os tribunais regionais eleitorais adotarão o sistema de alistamento desenvolvido 
pelo Tribunal Superior Eleitoral. 
 
DO REQUERIMENTO DE ALISTAMENTO ELEITORAL (RAE) 
Art. 2º O Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE) (anexo I) servirá como documento de 
entrada de dados e será processado eletronicamente. 
 Res.-TSE nº 23562/2018, art. 3º: “O Requerimento de Alistamento Eleitoral contemplará 
campo para indicação do nome social e identidade de gênero”. 
§ 1º O sistema de alistamento de que trata o parágrafo único do art. 1º conterá os campos 
correspondentes ao formulário RAE, de modo a viabilizar a impressão do requerimento, com as 
informações pertinentes, para apreciação do juiz eleitoral. 
§ 2º Os dados biográficos e biométricos dos eleitores que compõem o cadastro eleitoral poderão 
ser atualizados, mediante inclusão ou alteração, com informações oriundas de bancos de dados 
geridos por órgãos públicos, inclusive da Identificação Civil Nacional. 
§ 3º As regras de atualização dos dados deverão ser aprovadas pela Presidência do TSE. 
Art. 3º Para preenchimento do RAE, devem ser observados os procedimentos especificados nesta 
resolução e nas orientações pertinentes. 
Art. 4º Deve ser consignada OPERAÇÃO 1 – ALISTAMENTO quando o alistando requerer inscrição 
e quando em seu nome não for identificada inscrição em nenhuma zona eleitoral do país ou exterior, 
ou a única inscrição localizada estiver cancelada por determinação de autoridade judiciária (FASE 
450). 
 V. Prov.-CGE nº 6/2009: "Aprova as Instruções para utilização dos códigos de Atualização da 
Situação do Eleitor (ASE)". 
 Prov.-CGE nº 1/2004. 
Art. 5º Deve ser consignada OPERAÇÃO 3 – TRANSFERÊNCIA sempre que o eleitor desejar alterar 
seu domicílio e for encontrado em seu nome número de inscrição em qualquer município ou zona, 
unidade da Federação ou país, em conjunto ou não com eventual retificação de dados. 
§ 1º Na hipótese do caput, o eleitor permanecerá com o númerooriginário da inscrição e deverá 
ser, obrigatoriamente, consignada no campo próprio a sigla da UF anterior. 
§ 2º É vedada a transferência de número de inscrição envolvida em coincidência, suspensa, 
cancelada automaticamente pelo sistema quando envolver situação de perda e suspensão de 
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direitos políticos, cancelada por perda de direitos políticos (FASE 329) e por decisão de autoridade 
judiciária (FASE 450). 
§ 3º Será admitida transferência com reutilização do número de inscrição cancelada pelos 
códigos FASE 019 – falecimento, 027 – duplicidade/pluralidade, 035 – deixou de votar em três 
eleições consecutivas e 469 – revisão de eleitorado, desde que comprovada a inexistência de outra 
inscrição liberada, não liberada, regular ou suspensa para o eleitor. 
§ 4º Existindo mais de uma inscrição cancelada para o eleitor no cadastro, nas condições previstas 
no § 3º, deverá ser promovida, preferencialmente, a transferência daquela: 
I – que tenha sido utilizada para o exercício do voto no último pleito; 
II – que seja mais antiga. 
Art. 6º Deve ser consignada OPERAÇÃO 5 – REVISÃO quando o eleitor necessitar alterar local de 
votação no mesmo município, ainda que haja mudança de zona eleitoral, retificar dados pessoais 
ou regularizar situação de inscrição cancelada nas mesmas condições previstas para a transferência 
a que se refere o § 3º do art. 5º. 
Art. 7º Deve ser consignada OPERAÇÃO 7 – SEGUNDA VIA quando o eleitor estiver inscrito e em 
situação regular na zona por ele procurada e desejar apenas a segunda via do seu título eleitoral, 
sem nenhuma alteração. 
Art. 8º Nas hipóteses de REVISÃO ou de SEGUNDA VIA, o título eleitoral será expedido 
automaticamente e a data de domicílio do eleitor não será alterada. 
 
DO ALISTAMENTO 
 V. Lei nº 9.504/1997, art. 91, caput: "Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de 
transferência será recebido dentro dos cento e cinquenta dias anteriores à data da eleição". 
 Súm.-STJ nº 368/2008: "Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar os pedidos 
de retificação de dados cadastrais da Justiça Eleitoral". 
 Ac.-TSE, de 18.2.2014, no REspe nº 37481 e, de 5.2.2013, no AgR-AI nº 7286: o conceito 
de domicílio eleitoral é mais elástico do que o do Direito Civil, satisfazendo-se com vínculos 
de natureza política, econômica, social e familiar. 
 Ac.-TSE, de 6.12.2011, no PA nº 180681: alistamento facultativo dos indígenas como 
eleitores, observadas as exigências de natureza constitucional e eleitoral pertinentes à 
matéria. 
Art. 9º No cartório eleitoral ou no posto de alistamento, o atendente da Justiça Eleitoral 
preencherá o RAE ou digitará as informações no sistema de acordo com os dados constantes do 
documento apresentado pelo eleitor, complementados com suas informações pessoais, de 
conformidade com as exigências do processamento de dados, destas instruções e das orientações 
específicas. 
 Lei nº 7.444/1985, art. 5º. 
 Res.-TSE nº 22987/2008: a informação da ocupação exercida pelo eleitor nas operações de 
alistamento, revisão e transferência visa auxiliar a escolha e nomeação de mesários, nos 
termos do art. 120, § 2º, do CE/1965, e prescinde de prova. 
§ 1º O RAE deverá ser preenchido ou digitado e impresso na presença do requerente. 
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§ 2º No momento da formalização do pedido, o requerente manifestará sua preferência sobre local 
de votação, entre os estabelecidos para a zona eleitoral. 
 Res.-TSE nº 21407/2003: impossibilidade de o eleitor escolher local de votação pertencente 
a zona eleitoral diversa daquela em que tem domicílio. 
§ 3º Para os fins o § 2º deste artigo, será colocada à disposição, no cartório ou posto de 
alistamento, a relação de todos os locais de votação da zona, com os respectivos endereços. 
§ 4º A assinatura do requerimento ou a aposição da impressão digital do polegar será feita na 
presença do atendente da Justiça Eleitoral, que deverá atestar, de imediato, a satisfação dessa 
exigência. 
 Lei nº 7.444/1985, art. 5º, § 1º: no caso de analfabeto, será feita a impressão digital do 
polegar direito. 
Art. 9º-A. A pessoa travesti ou transexual poderá, por ocasião do alistamento ou de atualização 
de seus dados no cadastro eleitoral, se registrar com seu nome social e respectiva identidade de 
gênero. 
§ 1º Considera-se nome social a designação pela qual a pessoa travesti ou transexual se identifica 
e é socialmente reconhecida. 
§ 2º Considera-se identidade de gênero a dimensão da identidade de uma pessoa que diz respeito 
à forma como se relaciona com as representações de masculinidade e feminilidade e como isso se 
traduz em sua prática social, sem guardar necessária relação com o sexo biológico atribuído no 
nascimento. 
§ 3º O nome social não poderá ser ridículo ou atentar contra o pudor. 
Art. 9º-B. O nome social constará do título de eleitor impresso ou digital. 
Art.9º-C. O nome social e a identidade de gênero constarão do cadastro eleitoral em campos 
próprios, preservados os dados do registro civil. 
Art. 9º-D. A Justiça Eleitoral restringirá a divulgação de nome civil dissonante da identidade de 
gênero declarada no alistamento ou na atualização do cadastro eleitoral. 
Art. 10. Antes de submeter o pedido a despacho do juiz eleitoral, o atendente providenciará o 
preenchimento ou a digitação no sistema dos espaços que lhe são reservados no RAE. 
Parágrafo único. Para efeito de preenchimento do requerimento ou de digitação no sistema, será 
mantida em cada zona eleitoral relação de atendentes, identificados pelo número do título eleitoral, 
habilitados a praticar os atos reservados ao cartório. 
Art. 11. Atribuído número de inscrição, o atendente, após assinar o formulário, destacará o 
protocolo de solicitação, numerado de idêntica forma, e o entregará ao requerente, caso a emissão 
do título não seja imediata. 
 Vide parágrafo único do art. 91 da Lei nº 9.504/1997. 
 Res.-TSE nº 13511/1986, art. 1º: "Para os efeitos de quitação eleitoral, o comprovante de 
apresentação de pedido de alistamento eleitoral terá eficácia pelo prazo de noventa (90) 
dias". 
Art. 12. Os tribunais regionais eleitorais farão distribuir, observada a sequência numérica fornecida 
pela Secretaria de Informática, às zonas eleitorais da respectiva circunscrição, séries de números 
de inscrição eleitoral, a serem utilizados na forma deste artigo. 
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Parágrafo único. O número de inscrição compor-se-á de até 12 algarismos, por unidade da 
Federação, assim discriminados: 
a) os oito primeiros algarismos serão sequenciados, desprezando-se, na emissão, os zeros à 
esquerda; 
b) os dois algarismos seguintes serão representativos da unidade da Federação de origem da 
inscrição, conforme códigos constantes da seguinte tabela: 
01 – São Paulo 
02 – Minas Gerais 
03 – Rio de Janeiro 
04 – Rio Grande do Sul 
05 – Bahia 
06 – Paraná 
07 – Ceará 
08 – Pernambuco 
09 – Santa Catarina 
10 – Goiás 
11 – Maranhão 
12 – Paraíba 
13 – Pará 
14 – Espírito Santo 
15 – Piauí 
16 – Rio Grande do Norte 
17 – Alagoas 
18 – Mato Grosso 
19 – Mato Grosso do Sul 
20 – Distrito Federal 
21 – Sergipe 
22 – Amazonas 
23 – Rondônia 
24 – Acre 
25 – Amapá 
26 – Roraima 
27 – Tocantins 
28 – Exterior (ZZ) 
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c) os dois últimos algarismos constituirão dígitos verificadores, determinados com base no módulo 
11, sendo o primeiro calculado sobre o número sequencial e o último sobre o código da unidade da 
Federação seguido do primeiro dígito verificador. 
Art. 13. Para o alistamento, o requerente apresentará um dosseguintes documentos do qual se 
infira a nacionalidade brasileira (Lei nº 7.444/1985, art. 5º, § 2º): 
 Res.-TSE nº 21.385/2003: a prova de opção pela nacionalidade brasileira para fins de 
alistamento eleitoral não está prevista na legislação pertinente. 
a) carteira de identidade ou carteira emitida pelos órgãos criados por lei federal, controladores do 
exercício profissional; 
b) certificado de quitação do serviço militar; 
 Res.-TSE nº 21384/2003: inexigibilidade de comprovação de quitação com o serviço militar 
nas operações de transferência de domicílio, revisão de dados e segunda via, à falta de 
previsão legal; Res.-TSE nº 22097/2005: inexigibilidade do certificado de quitação do serviço 
militar daquele que completou 18 anos e para o qual ainda esteja em curso o prazo de 
apresentação ao órgão de alistamento militar. 
c) certidão de nascimento ou casamento, extraída do Registro Civil; 
 Ac.-TSE, de 6.12.2011, no PA nº 180681: faculta-se aos indígenas que não disponham do 
documento de registro civil de nascimento a apresentação do congênere administrativo 
expedido pela Funai. 
d) instrumento público do qual se infira, por direito, ter o requerente a idade mínima de 16 anos e 
do qual constem, também, os demais elementos necessários à sua qualificação. 
Parágrafo único. A apresentação do documento a que se refere a alínea b é obrigatória para 
maiores de 18 anos, do sexo masculino. 
Art. 14. É facultado o alistamento, no ano em que se realizarem eleições, do menor que completar 
16 anos até a data do pleito, inclusive. 
 CF/1988, art. 14, § 1º, II, c: alistamento e voto facultativos para os maiores de 16 e os 
menores de 18 anos. 
§ 1º O alistamento de que trata o caput poderá ser solicitado até o encerramento do prazo fixado 
para requerimento de inscrição eleitoral ou transferência. 
§ 2º O título emitido nas condições deste artigo somente surtirá efeitos com o implemento da idade 
de 16 anos (Res.-TSE nº 19.465, de 12.3.1996). 
Art. 15. O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que não se alistar até 
um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral 
e cobrada no ato da inscrição. 
 Res.-TSE nº 21975/2004: "Disciplina o recolhimento e a cobrança das multas previstas no 
Código Eleitoral e leis conexas e a distribuição do Fundo Especial de Assistência Financeira 
aos Partidos Políticos (Fundo Partidário)". 
 V. art. 85 desta resolução: base de cálculo para aplicação de multas previstas no Código 
Eleitoral e leis conexas. 
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Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não alistado que requerer sua inscrição eleitoral até 
o centésimo quinquagésimo primeiro dia anterior à eleição subsequente à data em que completar 
19 anos (Código Eleitoral, art. 8º c.c. a Lei nº 9.504/1997, art. 91). 
Art. 16. O alistamento eleitoral do analfabeto é facultativo (Constituição Federal, art. 14, § 1º, 
II, a). 
Parágrafo único. Se o analfabeto deixar de sê-lo, deverá requerer sua inscrição eleitoral, não 
ficando sujeito à multa prevista no art. 15 (Código Eleitoral, art. 8º). 
 Lei nº 6.236/1975, art. 1º, § 1º: "O diretor, professor ou responsável por curso de 
alfabetização de adolescentes e adultos encaminhará o aluno que o concluir ao competente 
juiz eleitoral, para obtenção do título de eleitor". 
 Ac.-TSE, de 6.12.2011, no PA nº 180681: isenção de multa para os índios que venham a se 
alfabetizar e se inscrever como eleitores. 
Art. 17. Despachado o requerimento de inscrição pelo juiz eleitoral e processado pelo cartório, o 
setor da Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral responsável pelos serviços de processamento 
eletrônico de dados enviará ao cartório eleitoral, que as colocará à disposição dos partidos políticos, 
relações de inscrições incluídas no cadastro, com os respectivos endereços. 
§ 1º Do despacho que indeferir o requerimento de inscrição, caberá recurso interposto pelo 
alistando no prazo de cinco dias e, do que o deferir, poderá recorrer qualquer delegado de partido 
político no prazo de dez dias, contados da colocação da respectiva listagem à disposição dos 
partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda 
que tenham sido exibidas ao alistando antes dessas datas e mesmo que os partidos não as 
consultem (Lei nº 6.996/1982, art. 7º). 
§ 2º O cartório eleitoral providenciará, para o fim do disposto no § 1º, relações contendo os pedidos 
indeferidos. 
 
 
 
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Lei nº 6.996/1982 e suas alterações 
 
LEI Nº 6.996, DE 7 DE JUNHO DE 1982 - Dispõe sobre a utilização de processamento eletrônico de 
dados nos serviços eleitorais e dá outras providências. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
 
Art. 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais, nos Estados em que for autorizado pelo Tribunal Superior 
Eleitoral, poderão utilizar processamento eletrônico de dados nos serviços eleitorais, na forma 
prevista nesta Lei. 
 
§ 1º - A autorização do Tribunal Superior Eleitoral será solicitada pelo Tribunal Regional Eleitoral 
interessado, que, previamente, ouvirá os Partidos Políticos. 
 
§ 2º - O pedido de autorização poderá referir-se ao alistamento eleitoral, à votação e à apuração, 
ou a apenas uma dessas fases, em todo o Estado, em determinadas Zonas Eleitorais ou em parte 
destas. 
 
Art. 2º - Concedida a autorização, o Tribunal Regional Eleitoral, em conformidade com as condições 
e peculiaridades locais, executará os serviços de processamento eletrônico de dados diretamente 
ou mediante convênio ou contrato. 
 
§ 1º - Os serviços de que trata este artigo deverão ser executados de acordo com definições e 
especificações fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral. 
 
§ 2º - (Revogado pela Lei nº 7.444, de 1985) 
 
Art. 3º - Ao setor da Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral responsável pelos serviços de 
processamento eletrônico de dados compete: 
 
I - preencher as fórmulas dos títulos e documentos eleitorais; 
 
II - confeccionar relações de eleitores destinadas aos Cartórios Eleitorais e aos Partidos Políticos; 
 
III - manter atualizado o cadastro geral de eleitores do Estado; 
 
IV - manter atualizado o cadastro de filiação partidária, expedindo relações destinadas aos Partidos 
Políticos e à Justiça Eleitoral; 
 
V - expedir comunicações padronizadas e previamente programadas nos processos de alistamento, 
transferência ou cancelamento de inscrições; 
 
VI - contar votos, ou totalizar resultados já apurados, expedindo relações ou boletins destinados à 
Justiça Eleitoral e aos Partidos Políticos; 
 
VII - calcular quociente eleitoral, quociente partidário e distribuição de sobras, indicando os eleitos; 
 
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VIII - preencher diplomas e expedir relações com os resultados finais de cada pleito, destinados à 
justiça Eleitoral e aos Partidos Políticos; 
 
IX - executar outras tarefas que lhe forem atribuídas por instruções do Tribunal Superior Eleitoral. 
 
Art. 4º - O alistamento se faz mediante a inscrição do eleitor. 
 
Parágrafo único - Para efeito de inscrição, domicílio eleitoral é o lugar de residência ou moradia do 
requerente, e, verificado ter o alistando mais de uma, considerar-se-á domicílio qualquer delas. 
 
Art. 5º - O alistando apresentará em cartório, ou em local previamente designado, requerimento 
em formulário que obedecerá a modelo aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral. 
 
Parágrafo único - O escrivão, o funcionário ou o preparador, recebendo o formulário e documentos, 
determinará que o alistando date e assine o requerimento, e, ato contínuo, atestará teremsido a 
data e a assinatura lançadas na sua presença. 
 
Art. 6º - O pedido de inscrição do eleitor será instruído com um dos seguintes documentos: 
 
I - carteira de identidade; 
 
II - certificado de quitação de serviço militar; 
 
III - carteira emitida pelos órgãos criados por lei federal, controladores do exercício profissional; 
 
IV - certidão de idade extraída do Registro Civil; 
 
V - instrumento público do qual se infira, por direito, ter o requerente idade superior a 18 (dezoito) 
anos e do qual conste, também, os demais elementos necessários à sua qualificação; 
 
VI - documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, originária ou adquirida, do requerente. 
 
§ 1º - A restituição de qualquer documento não poderá ser feita antes de despachado o 
requerimento pelo Juiz Eleitoral. 
 
§ 2º - Sempre que, com o documento, for apresentada cópia, o original será devolvido no ato, feita 
a autenticação pelo próprio funcionário do Cartório Eleitoral, mediante aposição de sua assinatura 
no verso da cópia. 
 
§ 3º - O documento poderá ser apresentado em cópia autenticada por tabelião, dispensando-se, 
nessa hipótese, nova conferência com o documento original. 
 
Art. 7º - Despachado o requerimento de inscrição pelo Juiz Eleitoral, o setor da Secretaria do 
Tribunal Regional Eleitoral responsável pelos serviços de processamento eletrônico de dados enviará 
ao Cartório Eleitoral, que as fornecerá aos Partidos Políticos, relações dos eleitores inscritos 
originariamente ou por transferência, com os respectivos endereços, assim como dos pedidos 
indeferidos ou convertidos em diligência. 
 
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§ 1º - Do despacho que indeferir o requerimento de inscrição, caberá recurso interposto pelo 
alistando no prazo de 5 (cinco) dias e, do que o deferir, poderá recorrer qualquer delegado de 
Partido Político no prazo de 10 (dez) dias. 
 
§ 2º - As relações a que se refere o "caput" deste artigo serão fornecidas aos Partidos Políticos nos 
dias 1º (primeiro) e 15 (quinze) de cada mês, ou no 1º (primeiro) dia útil seguinte, datas em que 
começarão a correr os prazos mencionados no parágrafo anterior, ainda que tenham sido exibidas 
ao alistando antes dessas datas e mesmo que os Partidos não as retirem. 
 
Art. 8º - A transferência do eleitor só será admitida se satisfeitas as seguintes exigências: 
 
I - entrada do requerimento no Cartório Eleitoral do novo domicílio até 100 (cem) dias antes da 
data da eleição; 
 
II - transcurso de, pelo menos, 1 (um) ano da inscrição anterior; 
 
III - residência mínima de 3 (três) meses no novo domicílio, declarada, sob as penas da lei, pelo 
próprio eleitor. 
 
Parágrafo único - O disposto nos incisos II e III deste artigo não se aplica à transferência de título 
eleitoral de servidor público civil, militar, autárquico, ou de membro de sua família, por motivo de 
remoção ou transferência. 
 
Art. 9º (Revogado pela Lei nº 7.663, de 1988) 
 
Art. 10 - Na votação poderá ser utilizada cédula de acordo com modelo aprovado pelo Tribunal 
Superior Eleitoral. 
 
Art. 11 - O Tribunal Superior Eleitoral estabelecerá o número de eleitores das seções eleitorais em 
função do número de cabinas nelas existentes. 
 
Parágrafo único - Cada seção eleitoral terá, no mínimo, duas cabinas. 
 
Art. 12 - Nas seções das Zonas Eleitorais em que o alistamento se fizer pelo processamento 
eletrônico de dados, as folhas individuais de votação serão substituídas por listas de eleitores, 
emitidas por computador, das quais constarão, além do nome do eleitor, os dados de qualificação 
indicados pelo Tribunal Superior Eleitoral. 
 
§ 1º - Somente poderão votar fora da respectiva seção os mesários, os candidatos e os fiscais ou 
delegados de Partidos Políticos, desde que eleitores do Município e de posse do título eleitoral. 
 
§ 2º - Ainda que não esteja de posse do seu título, o eleitor será admitido a votar desde que seja 
inscrito na seção, conste da lista dos eleitores e exiba documento que comprove sua identidade. 
 
§ 3º - Os votos dos eleitores mencionados nos parágrafos anteriores não serão tomados em 
separado. 
 
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§ 4º - O voto em separado será recolhido em invólucro especial e somente será admitido quando 
houver dúvida quanto à identidade ou inscrição do eleitor, ou quando da lista não constar nome de 
eleitor que apresentar título correspondente à seção. 
 
§ 5º - A validade dos votos tomados em separado, das seções de um mesmo Município, será 
examinada em conjunto pela Junta Apuradora, independentemente da apuração dos votos contidos 
nas urnas. 
 
Art. 13 - O Tribunal Superior Eleitoral poderá autorizar a criação de Juntas Apuradoras Regionais, 
nos termos das instruções que baixar. 
 
Art. 14 - A apuração poderá ser iniciada a partir do recebimento da primeira urna, prolongando-se 
pelo tempo necessário, observado o prazo máximo de 10 (dez) dias. 
 
Parágrafo único - Ultrapassada a fase de abertura da urna, as cédulas programadas para a apuração 
através da computação serão eletronicamente processadas, caso em que os Partidos poderão 
manter fiscais nos locais destinados a esse fim. 
 
Art. 15 - Incorrerá nas penas do art. 315 do Código Eleitoral quem, no processamento eletrônico 
das cédulas, alterar resultados, qualquer que seja o método utilizado. 
 
Art. 16 – (Revogado pela Lei nº 9.096, de 1995) 
 
§ 1º - Deferida a filiação, a Comissão Executiva, no prazo de 3 (três) dias, enviará o formulário à 
Justiça Eleitoral. 
 
§ 2º - Estando em vigor a inscrição eleitoral, será emitido, por processo eletrônico, cartão de filiado 
para o eleitor, e incluído o seu nome nas relações destinadas ao Partido Político e ao Cartório 
Eleitoral. 
 
Art. 17 - Os arts. 6º e 8º e o parágrafo único do art. 9º desta Lei também serão aplicados nas Zonas 
Eleitorais em que o alistamento continuar a ser efetuado na forma prevista no Código Eleitoral. 
 
Art. 18 - O Tribunal Superior Eleitoral expedirá as instruções que se fizerem necessárias para o 
cumprimento desta Lei, inclusive divulgando entre os Partidos Políticos, os Juízes e os Cartórios 
Eleitorais manuais de procedimentos detalhando a nova sistemática. 
 
Art. 19 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Art. 20 - Revogam-se as disposições em contrário. 
 
 
 
 
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Lei nº 7.444/1985 
 
LEI Nº 7.444, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1985 - Dispõe sobre a implantarão do processamento 
eletrônico de dados no alistamento eleitoral e a revisão do eleitorado e dá outras providências 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
 
Art. 1º - O alistamento eleitoral será feito mediante processamento eletrônico de dados. 
 
Parágrafo único - Em cada Zona Eleitoral, enquanto não for implantada o processamento eletrônico 
de dados, o alistamento continuará a ser efetuado na forma da legislação em vigor na data desta 
Lei. 
 
Art. 2º - Ao adotar o sistema de que trata o artigo anterior, a Justiça Eleitoral procederá, em cada 
Zona, à revisão dos eleitores inscritos, bem como à conferência e à atualização dos respectivos 
registros, que constituirão, a seguir, cadastros mantidos em computador. 
 
Art. 3º - A revisão do eleitorado prevista no art. 2º desta Lei far-se-á, de conformidade com 
instruções baixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, mediante a apresentação do título eleitoral 
pelos eleitores inscritos na Zona e preenchimento do formulário adotado para o alistamento de que 
trata o art. 1º. 
 
§ 1º - A revisão do eleitorado, que poderá realizar-se, simultaneamente, em mais de uma Zona ou 
em várias Circunscrições, será procedida, sempre, de ampla divulgação, processando-se em prazo 
marcado pelaJustiça Eleitoral, não inferior a 30 (trinta) dias. 
 
§ 2º - Sem prejuízo do disposto no § 1º deste artigo, a Justiça Eleitoral poderá fixar datas especiais 
e designar previamente locais para a apresentação dos eleitores inscritos. 
 
§ 3º Ao proceder-se à revisão, ficam anistiados os débitos dos eleitores inscritos na Zona, em falta 
para com a Justiça Eleitoral. 
 
§ 4º - Em cada Zona, vencido o prazo de que trata o § 1º deste artigo, cancelar-se-ão as inscrições 
correspondentes aos títulos que não forem apresentados à revisão. 
 
Art. 4º - Para a conferência e atualização dos registros eleitorais a que se refere o art. 2º desta Lei, 
a Justiça Eleitoral poderá utilizar, também, informações pertinentes, constantes de cadastros de 
qualquer natureza, mantidos por órgãos federais, estaduais ou municipais. 
 
Parágrafo único - Os órgãos aludidos neste artigo ficam obrigados a fornecer à Justiça Eleitoral, 
gratuitamente, as informações solicitadas. 
 
Art. 5º - Para o alistamento, na forma do art. 1º desta Lei, o alistando apresentará em Cartório, ou 
em local previamente designado, requerimento em formulário que obedecerá a modelo aprovado 
pelo Tribunal Superior Eleitoral. 
 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 114 
 
§ 1º - O escrivão, o funcionário ou o preparador, recebendo o formulário e os documentos, datará 
o requerimento determinará que o alistando nele aponha sua assinatura, ou, se não souber assinar, 
a impressão digital de seu polegar direito, atestando, a seguir, terem sido a assinatura ou a 
impressão digital lançadas na sua presença. 
 
§ 2º - O requerimento de inscrição será instruído com um dos seguintes documentos: 
 
I - carteira de identidade, expedida por órgão oficial competente; 
 
II - certificado de quitação do serviço militar; 
 
III - carteira emitida pelos órgãos criados por lei federal, controladores do exercício profissional; 
 
IV - certidão de idade, extraída do Registro Civil; 
 
V - instrumento público do qual se infira, por direito, ter o requerente a idade mínima de 18 (dezoito) 
anos e do qual constem, também, os demais elementos necessários à sua qualificação; 
 
VI - documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, originaria ou adquirida, do requerente. 
 
§ 3º - Será devolvido o requerimento que não contenha os dados constantes do modelo oficial, na 
mesma ordem, em caracteres inequívocos. 
 
§ 4º - Para o alistamento, na forma deste artigo, é dispensada a apresentação de fotografia do 
alistando. 
 
Art. 6º - Implantado o sistema previsto no art. 1º desta Lei, o título eleitoral será emitido por 
computador. 
 
§ 1º - O Tribunal Superior Eleitoral aprovará o modelo do título e definirá o procedimento a ser 
adotado, na Justiça Eleitoral, para sua expedição. 
 
§ 2º - Aos eleitores inscritos, em cada Zona, após a revisão e conferência de seu registro. na 
conformidade do art. 3º e parágrafos desta Lei, será expedido nova título eleitoral, na forma deste 
artigo. 
 
Art. 7º - A Justiça Eleitoral executará os serviços previstos nesta Lei, atendidas as condições e 
peculiaridades locais, diretamente ou mediante convênio ou contrato. 
 
Parágrafo único - Os convênios ou contratos de que cuida este artigo somente poderão ser ajustados 
com entidades da Administração Direta ou Indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal ou 
dos Municípios, ou com empresas cujo capital seja exclusivamente nacional. 
 
Art. 8º - Para a implantação do alistamento mediante processamento de dados e revisão do 
eleitorado nos termos desta lei, a Justiça Eleitoral poderá requisitar servidores federais, estaduais 
ou municipais, bem como utilizar instalações e serviços de órgãos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Territórios e Municípios. 
 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 115 
 
Art. 9º O Tribunal Superior Eleitoral baixará as instruções necessárias à execução desta Lei, 
especialmente, para definir: 
 
I - a administração e a utilização dos cadastros eleitorais em computador, exclusivamente, pela 
Justiça Eleitoral; 
 
II - a forma de solicitação e de utilização de informações constantes de cadastras mantidos por 
órgãos federais, estaduais ou municipais, visando resguardar sua privacidade; 
 
III - as condições gerais para a execução direta ou mediante convênio ou contrato, dos serviços de 
alistamento, revisão do eleitorado, conferência e atualização dos registros eleitorais, inclusive de 
coleta de informações e transporte de documentos eleitorais, quando necessário, das Zonas 
Eleitorais até os Centros de Processamento de Dados; 
 
IV - o acompanhamento e a fiscalização pelos partido políticos, da execução dos serviços de que 
trata este Lei; 
 
V - a programação e o calendário de execução dos serviços; 
 
VI - a forma de divulgação do alistamento eleitoral e da revisão do eleitorado, em cada Zona e 
Circunscrição, atendidas as peculiaridades locais; 
 
VII - qualquer outra especificação necessária à execução dos serviços de que trata esta Lei. 
 
Art. 10 - Fica o Poder Executivo autorizado a abrir, para a Justiça Eleitoral, à disposição do Tribunal 
Superior Eleitoral, o crédito especial de Cr$ 600.000.000.000 (seiscentos bilhões de cruzeiros), 
destinado a atender às despesas decorrentes desta Lei. 
 
Art. 11 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Art. 12 - Revogam-se as disposições em contrário, especialmente o § 2º do art. 2º da Lei nº 6.996, 
de 7 de junho de 1932. 
 
Brasília, em 20 de dezembro de 1985; 164º da Independência e 97º da República. 
 
 
 
 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 116 
 
Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nº 21.538/2003 
 
Dispõe sobre o alistamento e serviços eleitorais mediante processamento eletrônico de dados, a 
regularização de situação de eleitor, a administração e a manutenção do cadastro eleitoral, o 
sistema de alistamento eleitoral, a revisão do eleitorado e a fiscalização dos partidos políticos, entre 
outros. 
 
O TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, no uso de suas atribuições, tendo em conta o disposto na Lei 
nº 7.444, de 20 de dezembro de 1985, 
Considerando que à Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral cabe velar pela fiel execução das leis e 
instruções e pela boa ordem e celeridade dos serviços eleitorais; 
Considerando a necessidade de adaptar as normas em vigor à nova sistemática adotada para o 
cadastro eleitoral; 
Considerando a necessidade de estabelecer rotina procedimental única, de forma a facilitar os 
trabalhos desenvolvidos, especialmente quanto às situações de duplicidade ou pluralidade de 
inscrições e revisão de eleitorado; 
RESOLVE: 
Art. 1º O alistamento eleitoral, mediante processamento eletrônico de dados, implantado nos 
termos da Lei nº 7.444/1985, será efetuado, em todo o território nacional, na conformidade do 
referido diploma legal e desta resolução. 
Parágrafo único. Os tribunais regionais eleitorais adotarão o sistema de alistamento desenvolvido 
pelo Tribunal Superior Eleitoral. 
 
DO REQUERIMENTO DE ALISTAMENTO ELEITORAL (RAE) 
Art. 2º O Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE) (anexo I) servirá como documento de 
entrada de dados e será processado eletronicamente. 
 Res.-TSE nº 23562/2018, art. 3º: “O Requerimento de Alistamento Eleitoral contemplará 
campo para indicação do nome social e identidade de gênero”. 
§ 1º O sistema de alistamento de que trata o parágrafo único do art. 1º conterá os campos 
correspondentes ao formulário RAE, de modo a viabilizar a impressão do requerimento, com as 
informações pertinentes, para apreciação do juiz eleitoral. 
§ 2º Os dados biográficos e biométricos dos eleitores que compõem o cadastro eleitoral poderão 
ser atualizados, mediante inclusão ou alteração, com informações oriundas de bancos de dados 
geridos por órgãos públicos,inclusive da Identificação Civil Nacional. 
§ 3º As regras de atualização dos dados deverão ser aprovadas pela Presidência do TSE. 
Art. 3º Para preenchimento do RAE, devem ser observados os procedimentos especificados nesta 
resolução e nas orientações pertinentes. 
Art. 4º Deve ser consignada OPERAÇÃO 1 – ALISTAMENTO quando o alistando requerer inscrição 
e quando em seu nome não for identificada inscrição em nenhuma zona eleitoral do país ou exterior, 
ou a única inscrição localizada estiver cancelada por determinação de autoridade judiciária (FASE 
450). 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 117 
 
 V. Prov.-CGE nº 6/2009: "Aprova as Instruções para utilização dos códigos de Atualização da 
Situação do Eleitor (ASE)". 
 Prov.-CGE nº 1/2004. 
Art. 5º Deve ser consignada OPERAÇÃO 3 – TRANSFERÊNCIA sempre que o eleitor desejar alterar 
seu domicílio e for encontrado em seu nome número de inscrição em qualquer município ou zona, 
unidade da Federação ou país, em conjunto ou não com eventual retificação de dados. 
§ 1º Na hipótese do caput, o eleitor permanecerá com o número originário da inscrição e deverá 
ser, obrigatoriamente, consignada no campo próprio a sigla da UF anterior. 
§ 2º É vedada a transferência de número de inscrição envolvida em coincidência, suspensa, 
cancelada automaticamente pelo sistema quando envolver situação de perda e suspensão de 
direitos políticos, cancelada por perda de direitos políticos (FASE 329) e por decisão de autoridade 
judiciária (FASE 450). 
§ 3º Será admitida transferência com reutilização do número de inscrição cancelada pelos 
códigos FASE 019 – falecimento, 027 – duplicidade/pluralidade, 035 – deixou de votar em três 
eleições consecutivas e 469 – revisão de eleitorado, desde que comprovada a inexistência de outra 
inscrição liberada, não liberada, regular ou suspensa para o eleitor. 
§ 4º Existindo mais de uma inscrição cancelada para o eleitor no cadastro, nas condições previstas 
no § 3º, deverá ser promovida, preferencialmente, a transferência daquela: 
I – que tenha sido utilizada para o exercício do voto no último pleito; 
II – que seja mais antiga. 
Art. 6º Deve ser consignada OPERAÇÃO 5 – REVISÃO quando o eleitor necessitar alterar local de 
votação no mesmo município, ainda que haja mudança de zona eleitoral, retificar dados pessoais 
ou regularizar situação de inscrição cancelada nas mesmas condições previstas para a transferência 
a que se refere o § 3º do art. 5º. 
Art. 7º Deve ser consignada OPERAÇÃO 7 – SEGUNDA VIA quando o eleitor estiver inscrito e em 
situação regular na zona por ele procurada e desejar apenas a segunda via do seu título eleitoral, 
sem nenhuma alteração. 
Art. 8º Nas hipóteses de REVISÃO ou de SEGUNDA VIA, o título eleitoral será expedido 
automaticamente e a data de domicílio do eleitor não será alterada. 
 
DO ALISTAMENTO 
 V. Lei nº 9.504/1997, art. 91, caput: "Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de 
transferência será recebido dentro dos cento e cinquenta dias anteriores à data da eleição". 
 Súm.-STJ nº 368/2008: "Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar os pedidos 
de retificação de dados cadastrais da Justiça Eleitoral". 
 Ac.-TSE, de 18.2.2014, no REspe nº 37481 e, de 5.2.2013, no AgR-AI nº 7286: o conceito 
de domicílio eleitoral é mais elástico do que o do Direito Civil, satisfazendo-se com vínculos 
de natureza política, econômica, social e familiar. 
 Ac.-TSE, de 6.12.2011, no PA nº 180681: alistamento facultativo dos indígenas como 
eleitores, observadas as exigências de natureza constitucional e eleitoral pertinentes à 
matéria. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 118 
 
Art. 9º No cartório eleitoral ou no posto de alistamento, o atendente da Justiça Eleitoral 
preencherá o RAE ou digitará as informações no sistema de acordo com os dados constantes do 
documento apresentado pelo eleitor, complementados com suas informações pessoais, de 
conformidade com as exigências do processamento de dados, destas instruções e das orientações 
específicas. 
 Lei nº 7.444/1985, art. 5º. 
 Res.-TSE nº 22987/2008: a informação da ocupação exercida pelo eleitor nas operações de 
alistamento, revisão e transferência visa auxiliar a escolha e nomeação de mesários, nos 
termos do art. 120, § 2º, do CE/1965, e prescinde de prova. 
§ 1º O RAE deverá ser preenchido ou digitado e impresso na presença do requerente. 
§ 2º No momento da formalização do pedido, o requerente manifestará sua preferência sobre local 
de votação, entre os estabelecidos para a zona eleitoral. 
 Res.-TSE nº 21407/2003: impossibilidade de o eleitor escolher local de votação pertencente 
a zona eleitoral diversa daquela em que tem domicílio. 
§ 3º Para os fins o § 2º deste artigo, será colocada à disposição, no cartório ou posto de 
alistamento, a relação de todos os locais de votação da zona, com os respectivos endereços. 
§ 4º A assinatura do requerimento ou a aposição da impressão digital do polegar será feita na 
presença do atendente da Justiça Eleitoral, que deverá atestar, de imediato, a satisfação dessa 
exigência. 
 Lei nº 7.444/1985, art. 5º, § 1º: no caso de analfabeto, será feita a impressão digital do 
polegar direito. 
Art. 9º-A. A pessoa travesti ou transexual poderá, por ocasião do alistamento ou de atualização 
de seus dados no cadastro eleitoral, se registrar com seu nome social e respectiva identidade de 
gênero. 
§ 1º Considera-se nome social a designação pela qual a pessoa travesti ou transexual se identifica 
e é socialmente reconhecida. 
§ 2º Considera-se identidade de gênero a dimensão da identidade de uma pessoa que diz respeito 
à forma como se relaciona com as representações de masculinidade e feminilidade e como isso se 
traduz em sua prática social, sem guardar necessária relação com o sexo biológico atribuído no 
nascimento. 
§ 3º O nome social não poderá ser ridículo ou atentar contra o pudor. 
Art. 9º-B. O nome social constará do título de eleitor impresso ou digital. 
Art.9º-C. O nome social e a identidade de gênero constarão do cadastro eleitoral em campos 
próprios, preservados os dados do registro civil. 
Art. 9º-D. A Justiça Eleitoral restringirá a divulgação de nome civil dissonante da identidade de 
gênero declarada no alistamento ou na atualização do cadastro eleitoral. 
Art. 10. Antes de submeter o pedido a despacho do juiz eleitoral, o atendente providenciará o 
preenchimento ou a digitação no sistema dos espaços que lhe são reservados no RAE. 
Parágrafo único. Para efeito de preenchimento do requerimento ou de digitação no sistema, será 
mantida em cada zona eleitoral relação de atendentes, identificados pelo número do título eleitoral, 
habilitados a praticar os atos reservados ao cartório. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 119 
 
Art. 11. Atribuído número de inscrição, o atendente, após assinar o formulário, destacará o 
protocolo de solicitação, numerado de idêntica forma, e o entregará ao requerente, caso a emissão 
do título não seja imediata. 
 Vide parágrafo único do art. 91 da Lei nº 9.504/1997. 
 Res.-TSE nº 13511/1986, art. 1º: "Para os efeitos de quitação eleitoral, o comprovante de 
apresentação de pedido de alistamento eleitoral terá eficácia pelo prazo de noventa (90) 
dias". 
Art. 12. Os tribunais regionais eleitorais farão distribuir, observada a sequência numérica fornecida 
pela Secretaria de Informática, às zonas eleitorais da respectiva circunscrição, séries de números 
de inscrição eleitoral, a serem utilizados na forma deste artigo. 
Parágrafo único. O número de inscrição compor-se-á de até 12 algarismos, por unidade da 
Federação, assim discriminados: 
a) os oito primeiros algarismos serão sequenciados, desprezando-se, na emissão, os zeros à 
esquerda; 
b) osdois algarismos seguintes serão representativos da unidade da Federação de origem da 
inscrição, conforme códigos constantes da seguinte tabela: 
01 – São Paulo 
02 – Minas Gerais 
03 – Rio de Janeiro 
04 – Rio Grande do Sul 
05 – Bahia 
06 – Paraná 
07 – Ceará 
08 – Pernambuco 
09 – Santa Catarina 
10 – Goiás 
11 – Maranhão 
12 – Paraíba 
13 – Pará 
14 – Espírito Santo 
15 – Piauí 
16 – Rio Grande do Norte 
17 – Alagoas 
18 – Mato Grosso 
19 – Mato Grosso do Sul 
20 – Distrito Federal 
21 – Sergipe 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 120 
 
22 – Amazonas 
23 – Rondônia 
24 – Acre 
25 – Amapá 
26 – Roraima 
27 – Tocantins 
28 – Exterior (ZZ) 
c) os dois últimos algarismos constituirão dígitos verificadores, determinados com base no módulo 
11, sendo o primeiro calculado sobre o número sequencial e o último sobre o código da unidade da 
Federação seguido do primeiro dígito verificador. 
Art. 13. Para o alistamento, o requerente apresentará um dos seguintes documentos do qual se 
infira a nacionalidade brasileira (Lei nº 7.444/1985, art. 5º, § 2º): 
 Res.-TSE nº 21.385/2003: a prova de opção pela nacionalidade brasileira para fins de 
alistamento eleitoral não está prevista na legislação pertinente. 
a) carteira de identidade ou carteira emitida pelos órgãos criados por lei federal, controladores do 
exercício profissional; 
b) certificado de quitação do serviço militar; 
 Res.-TSE nº 21384/2003: inexigibilidade de comprovação de quitação com o serviço militar 
nas operações de transferência de domicílio, revisão de dados e segunda via, à falta de 
previsão legal; Res.-TSE nº 22097/2005: inexigibilidade do certificado de quitação do serviço 
militar daquele que completou 18 anos e para o qual ainda esteja em curso o prazo de 
apresentação ao órgão de alistamento militar. 
c) certidão de nascimento ou casamento, extraída do Registro Civil; 
 Ac.-TSE, de 6.12.2011, no PA nº 180681: faculta-se aos indígenas que não disponham do 
documento de registro civil de nascimento a apresentação do congênere administrativo 
expedido pela Funai. 
d) instrumento público do qual se infira, por direito, ter o requerente a idade mínima de 16 anos e 
do qual constem, também, os demais elementos necessários à sua qualificação. 
Parágrafo único. A apresentação do documento a que se refere a alínea b é obrigatória para 
maiores de 18 anos, do sexo masculino. 
Art. 14. É facultado o alistamento, no ano em que se realizarem eleições, do menor que completar 
16 anos até a data do pleito, inclusive. 
 CF/1988, art. 14, § 1º, II, c: alistamento e voto facultativos para os maiores de 16 e os 
menores de 18 anos. 
§ 1º O alistamento de que trata o caput poderá ser solicitado até o encerramento do prazo fixado 
para requerimento de inscrição eleitoral ou transferência. 
§ 2º O título emitido nas condições deste artigo somente surtirá efeitos com o implemento da idade 
de 16 anos (Res.-TSE nº 19.465, de 12.3.1996). 
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Art. 15. O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que não se alistar até 
um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral 
e cobrada no ato da inscrição. 
 Res.-TSE nº 21975/2004: "Disciplina o recolhimento e a cobrança das multas previstas no 
Código Eleitoral e leis conexas e a distribuição do Fundo Especial de Assistência Financeira 
aos Partidos Políticos (Fundo Partidário)". 
 V. art. 85 desta resolução: base de cálculo para aplicação de multas previstas no Código 
Eleitoral e leis conexas. 
Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não alistado que requerer sua inscrição eleitoral até 
o centésimo quinquagésimo primeiro dia anterior à eleição subsequente à data em que completar 
19 anos (Código Eleitoral, art. 8º c.c. a Lei nº 9.504/1997, art. 91). 
Art. 16. O alistamento eleitoral do analfabeto é facultativo (Constituição Federal, art. 14, § 1º, 
II, a). 
Parágrafo único. Se o analfabeto deixar de sê-lo, deverá requerer sua inscrição eleitoral, não 
ficando sujeito à multa prevista no art. 15 (Código Eleitoral, art. 8º). 
 Lei nº 6.236/1975, art. 1º, § 1º: "O diretor, professor ou responsável por curso de 
alfabetização de adolescentes e adultos encaminhará o aluno que o concluir ao competente 
juiz eleitoral, para obtenção do título de eleitor". 
 Ac.-TSE, de 6.12.2011, no PA nº 180681: isenção de multa para os índios que venham a se 
alfabetizar e se inscrever como eleitores. 
Art. 17. Despachado o requerimento de inscrição pelo juiz eleitoral e processado pelo cartório, o 
setor da Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral responsável pelos serviços de processamento 
eletrônico de dados enviará ao cartório eleitoral, que as colocará à disposição dos partidos políticos, 
relações de inscrições incluídas no cadastro, com os respectivos endereços. 
§ 1º Do despacho que indeferir o requerimento de inscrição, caberá recurso interposto pelo 
alistando no prazo de cinco dias e, do que o deferir, poderá recorrer qualquer delegado de partido 
político no prazo de dez dias, contados da colocação da respectiva listagem à disposição dos 
partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda 
que tenham sido exibidas ao alistando antes dessas datas e mesmo que os partidos não as 
consultem (Lei nº 6.996/1982, art. 7º). 
§ 2º O cartório eleitoral providenciará, para o fim do disposto no § 1º, relações contendo os pedidos 
indeferidos. 
 
DA TRANSFERÊNCIA 
 V. Lei nº 9.504/1997, art. 91, caput: "Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de 
transferência será recebido dentro dos cento e cinquenta dias anteriores à data da eleição". 
Art. 18. A transferência do eleitor só será admitida se satisfeitas as seguintes exigências: 
I – recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domicílio no prazo estabelecido pela 
legislação vigente; 
II – transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento ou da última transferência; 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 122 
 
III – residência mínima de três meses no novo domicílio, declarada, sob as penas da lei, pelo 
próprio eleitor (Lei nº 6.996/1982, art. 8º); 
 Lei nº 6.996/1982, art. 8º, III: residência declarada, sob as penas da lei, pelo próprio eleitor; 
Lei nº 7.115/1983, art. 1º, caput: "A declaração destinada a fazer prova de vida, residência, 
pobreza, dependência econômica, homonímia ou bons antecedentes, quando firmada pelo 
próprio interessado ou por procurador bastante, e sob as penas da lei, presume-se 
verdadeira"; e Res.-TSE nº 11.917/1984: as regras de direito probatório contidas na Lei nº 
7.115/1983 são aplicáveis ao processo eleitoral, à exceção do processo penal eleitoral. 
 Ac.-TSE, de 18.2.2014, no REspe nº 37481 e, de 5.2.2013, no AgR-AI nº 7286: o conceito 
de domicílio eleitoral é mais elástico do que o do Direito Civil, satisfazendo-se com vínculos 
de natureza política, econômica, social e familiar. 
IV – prova de quitação com a Justiça Eleitoral. 
 V. Lei nº 9.504/1997, art. 11, §§ 7º ao 9º. 
§ 1º O disposto nos incisos II e III não se aplica à transferência de título eleitoral de servidor 
público civil, militar, autárquico, ou de membro de sua família, por motivo de remoção ou 
transferência (Lei nº 6.996/1982, art. 8º, parágrafo único). 
§ 2º Ao requerer a transferência, o eleitor entregará ao atendente do cartório o título eleitoral e a 
prova de quitação com a Justiça Eleitoral. 
§ 3º Não comprovada a condição de eleitor ou a quitação para com a Justiça Eleitoral, o juiz eleitoral 
arbitrará, desde logo, o valor da multa a ser paga. 
 V. art. 85 desta resolução: base de cálculo para aplicação de multas previstas no Código 
Eleitoral e leis conexas. 
§ 4º Despachado orequerimento de transferência pelo juiz eleitoral e processado pelo cartório, o 
setor da Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral responsável pelos serviços de processamento de 
dados enviará ao cartório eleitoral, que as colocará à disposição dos partidos políticos, relações de 
inscrições atualizadas no cadastro, com os respectivos endereços. 
§ 5º Do despacho que indeferir o requerimento de transferência, caberá recurso interposto pelo 
eleitor no prazo de cinco dias e, do que o deferir, poderá recorrer qualquer delegado de partido 
político no prazo de dez dias, contados da colocação da respectiva listagem à disposição dos 
partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda 
que tenham sido exibidas ao requerente antes dessas datas e mesmo que os partidos não as 
consultem (Lei nº 6.996/1982, art. 8º). 
 Lei nº 6.996/1982, art. 7º, § 2º: dispositivo legal correspondente, em vez do art. 8º. 
§ 6º O cartório eleitoral providenciará, para o fim do disposto no § 5º, relações contendo os pedidos 
indeferidos. 
 
DA SEGUNDA VIA 
Art. 19. No caso de perda ou extravio do título, bem assim de sua inutilização ou dilaceração, o 
eleitor deverá requerer pessoalmente ao juiz de seu domicílio eleitoral que lhe expeça segunda via. 
§ 1º Na hipótese de inutilização ou dilaceração, o requerimento será instruído com a primeira via 
do título. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 123 
 
§ 2º Em qualquer hipótese, no pedido de segunda via, o eleitor deverá apor a assinatura ou a 
impressão digital do polegar, se não souber assinar, na presença do atendente da Justiça Eleitoral, 
que deverá atestar a satisfação dessa exigência, após comprovada a identidade do eleitor. 
 
DO RESTABELECIMENTO DE INSCRIÇÃO CANCELADA POR EQUÍVOCO 
Art. 20. Será admitido o restabelecimento, mediante comando do código FASE 361, de inscrição 
cancelada em virtude de comando equivocado dos códigos FASE 019, 450 e 469. 
 
DO FORMULÁRIO DE ATUALIZAÇÃO DA SITUAÇÃO DO ELEITOR (FASE) 
Art. 21. Para registro de informações no histórico de inscrição no cadastro, utilizar-se-á, como 
documento de entrada de dados, o formulário de atualização da situação do eleitor (FASE), cuja 
tabela de códigos será estabelecida pela Corregedoria-Geral. 
Parágrafo único. A atualização de registros de que trata o caput poderá ser promovida, desde 
que viabilizado, diretamente no sistema de alistamento eleitoral, dispensando-se o preenchimento 
do formulário FASE. 
 
DO TÍTULO ELEITORAL 
Art. 22. O título eleitoral será confeccionado com informações, características, formas e 
especificações constantes do modelo Anexo II. 
Parágrafo único. (Revogado pelo art. 1º da Res.-TSE nº 23538/2017). 
Art. 23. Nas hipóteses de alistamento, transferência, revisão e segunda via, a data da emissão do 
título será a de preenchimento do requerimento. 
§ 1º (Revogado pelo art. 1º da Res.-TSE nº 23538/2017). 
§ 2º (Revogado pelo art. 1º da Res.-TSE nº 23538/2017). 
Art. 24. O título será emitido no momento do atendimento. 
§ 1º O título será entregue, no cartório ou no posto de alistamento, pessoalmente ao eleitor, vedada 
a interferência de pessoas estranhas à Justiça Eleitoral. 
 Lei nº 9.504/1997, art. 91, parágrafo único: "A retenção de título eleitoral ou do comprovante 
de alistamento eleitoral constitui crime, punível com detenção, de um a três meses, com a 
alternativa de prestação de serviços à comunidade por igual período, e multa no valor de 
cinco mil a dez mil Ufir"; CE/1965, art. 295: "Reter título eleitoral contra a vontade do eleitor: 
pena – detenção até dois meses ou pagamento de 30 a 60 dias-multa". 
§ 2º Antes de efetuar a entrega do título, comprovadas a identidade do eleitor e a exatidão dos 
dados inseridos no documento, o atendente destacará o título eleitoral e colherá a assinatura ou a 
impressão digital do polegar do eleitor, se não souber assinar, no espaço próprio constante do 
canhoto. 
Art. 25. No período de suspensão do alistamento, não serão recebidos requerimentos de 
alistamento ou transferência (Lei nº 9.504/1997, art. 91, caput). 
 Lei nº 9.504/1997, art. 91, caput: "Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de 
transferência será recebido dentro dos cento e cinquenta dias anteriores à data da eleição". 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 124 
 
Parágrafo único. O processamento reabrir-se-á em cada zona logo que estejam concluídos os 
trabalhos de apuração em âmbito nacional (Código Eleitoral, art. 70). 
Art. 26. O título eleitoral prova a quitação do eleitor para com a Justiça Eleitoral até a data de sua 
emissão. 
 
DA FISCALIZAÇÃO DOS PARTIDOS POLÍTICOS 
Art. 27. Os partidos políticos, por seus delegados, poderão: 
I – acompanhar os pedidos de alistamento, transferência, revisão, segunda via e quaisquer outros, 
até mesmo emissão e entrega de títulos eleitorais, previstos nesta resolução; 
II – requerer a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente e assumir a defesa do eleitor cuja 
exclusão esteja sendo promovida; 
III – examinar, sem perturbação dos serviços e na presença dos servidores designados, os 
documentos relativos aos pedidos de alistamento, transferência, revisão, segunda via e revisão de 
eleitorado, deles podendo requerer, de forma fundamentada, cópia, sem ônus para a Justiça 
Eleitoral. 
Parágrafo único. Qualquer irregularidade determinante de cancelamento de inscrição deverá ser 
comunicada por escrito ao juiz eleitoral, que observará o procedimento estabelecido nos arts. 77 a 
80 do Código Eleitoral. 
Art. 28. Para os fins do art. 27, os partidos políticos poderão manter até dois delegados perante o 
Tribunal Regional Eleitoral e até três delegados em cada zona eleitoral, que se revezarão, não sendo 
permitida a atuação simultânea de mais de um delegado de cada partido. 
§ 1º Na zona eleitoral, os delegados serão credenciados pelo juiz eleitoral. 
§ 2º Os delegados credenciados no Tribunal Regional Eleitoral poderão representar o partido, na 
circunscrição, perante qualquer juízo eleitoral. 
 
DO ACESSO ÀS INFORMAÇÕES CONSTANTES DO CADASTRO 
 V. Lei nº 9.096/1995, art. 19, § 3º: garantia de acesso pleno dos órgãos de direção nacional 
dos partidos políticos às informações de seus filiados constantes do cadastro eleitoral. V., 
também, notas ao art. 29, caput, e ao art. 51, caput, desta resolução. 
 O art. 4º da Res.-TSE nº 23490/2016 prevê: 
"Art. 4º A Diretoria-Geral do Tribunal Superior Eleitoral manterá banco de dados unificado 
com informações do cadastro eleitoral, observadas as restrições definidas nesta resolução 
quanto às de natureza pessoal, dos sistemas de filiação partidária, de registro de 
candidaturas, de diplomação dos eleitos e de prestação de contas eleitorais, com a finalidade 
de garantir transparência, amplo acesso, disponibilidade, autenticidade e integridade das 
informações disponíveis no Tribunal (Lei nº 12.527/2011, art. 6º, incisos I e II)." 
Art. 29. As informações constantes do cadastro eleitoral serão acessíveis às instituições públicas e 
privadas e às pessoas físicas, nos termos desta resolução (Lei nº 7.444/1985, art. 9º, I). 
 Ac.-TSE, de 3.9.2014, no PA nº 50242 e de 10.11.2011, no PA nº 168116: aos defensores 
públicos da União é facultado solicitar informações do cadastro de eleitores, inclusive as de 
natureza pessoal, desde que o façam à autoridade judiciária competente. 
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§ 1º O tratamento das informações pessoais assegurará a preservação da intimidade, da vida 
privada, da honra e da imagem do cidadão, restringindo-se o acesso a seu conteúdo na forma deste 
artigo. 
 Res.-TSE nº 23061/2009, que "disciplina os procedimentos para a atualização do cadastro 
eleitoral, decorrente da implantação,em municípios previamente selecionados pelos tribunais 
regionais eleitorais, de nova sistemática de identificação do eleitor, mediante incorporação 
de dados biométricos e fotografia, e dá outras providências", art. 7º: as informações 
referentes a documento de identidade e Cadastro de Pessoa Física, bem como a fotografia e 
as impressões digitais do eleitor, possuem caráter personalizado. 
§ 2º Excluem-se da restrição de que cuida o § 1º os pedidos relativos a procedimento previsto na 
legislação eleitoral, a ele relacionado ou de cujo atendimento resultem subsídios a sua análise, e o 
acesso: 
a) do eleitor a seus dados pessoais; 
b) de autoridade judicial, de órgão do Ministério Público e, desde que haja expressa autorização 
legal para acesso aos dados mantidos pela Justiça Eleitoral, de órgãos e agentes públicos ou outras 
entidades, vinculada a utilização das informações obtidas às respectivas atividades funcionais, 
exclusivamente; 
c) de órgãos públicos, desde que signatários de convênios com o Tribunal Superior Eleitoral – TSE, 
cujos objetos estejam alinhados às respectivas missões institucionais, e de Termo de Compromisso 
e Manutenção de Sigilo – TCMS, na forma prevista pelo art. 18, parágrafo único, do Decreto nº 
7.845/2012. 
d) Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos terão pleno acesso às informações de seus 
filiados constantes do cadastro eleitoral, inclusive àquelas que não sejam de informação obrigatória 
pelo eleitor (art. 19, § 3º, da Lei nº 9.096/1995). Alínea d acrescida pelo art. 39 da Res.-TSE nº 
23596/2019. 
§ 3º O acesso de outros órgãos ou agentes públicos não indicados nas alíneas b e c do § 2º não 
incluirá informações pessoais relativas à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem, aí 
considerados ocupação, estado civil, escolaridade, telefone, impressões digitais, fotografia, 
assinatura digitalizada, endereço e nome civil dissonante da identidade de gênero declarada. 
§ 4º A restrição de que cuida o § 3º incidirá sobre outras informações cuja obtenção possa 
comprometer, mesmo que indiretamente, as regras de proteção estabelecidas nesta resolução, sem 
prejuízo da confirmação da autenticidade e da unicidade do registro de titular de inscrição eleitoral, 
desde que provido por ferramenta eletrônica ou serviço automatizado, na forma regulamentada por 
ato normativo próprio. 
§ 5º Aos profissionais contratados referidos no art. 12 da Resolução-TSE nº 23.440/2015 será 
concedido, para acesso ao Sistema ELO, o perfil apoio administrativo, cujas funcionalidades serão 
definidas por provimento da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral. 
Art. 29-A. Para fins de cumprimento do disposto na alínea d do § 2º do art. 29 desta resolução, 
o requerimento do órgão nacional partidário deverá ser apresentado diretamente ao Tribunal 
Superior Eleitoral. 
§ 1º Verificadas eventuais falhas de sistema na emissão do relatório para fins de atendimento ao 
disposto neste artigo, caberá ao requerente pleitear nova emissão. 
§ 2º Aos partidos políticos em formação não se aplica o disposto neste artigo, subsistindo a estes 
o direito de obter a lista de eleitores com informações sobre o nome, o número do título e a eventual 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 126 
 
filiação a partido político, vedada a divulgação de outros dados (Resolução-TSE nº 23.571/2018, 
art. 19). Art. 29-A e §§ 1º e 2º acrescidos pelo art. 39 da Res.-TSE nº 23596/2019. 
Art. 30. Os tribunais e juízes eleitorais poderão, no âmbito de suas jurisdições, autorizar o 
fornecimento a interessados, desde que sem ônus para a Justiça Eleitoral e disponíveis em meio 
eletrônico, de dados de natureza estatística levantados com base no cadastro eleitoral, relativos ao 
eleitorado ou ao resultado de pleito, salvo quando incompatíveis com a sistemática estabelecida no 
art. 29. 
Art. 31. Caberá à Presidência do Tribunal Superior Eleitoral dirimir eventuais controvérsias sobre 
esta resolução, ouvida a Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral. 
Art. 32. O uso dos dados de natureza estatística do eleitorado ou de pleito eleitoral obriga a quem 
os tenha adquirido a citar a fonte e a assumir responsabilidade pela manipulação inadequada ou 
extrapolada das informações obtidas. 
 
DOS BATIMENTOS 
Art. 33. O batimento ou cruzamento das informações constantes do cadastro eleitoral terá como 
objetivos expurgar possíveis duplicidades ou pluralidades de inscrições eleitorais e identificar 
situações que exijam averiguação e será realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral, em âmbito 
nacional. 
§ 1º As operações de alistamento, transferência e revisão somente serão incluídas no cadastro ou 
efetivadas após submetidas a batimento. 
§ 2º Inscrição agrupada em duplicidade ou pluralidade ficará sujeita a apreciação e decisão de 
autoridade judiciária. 
§ 3º Em um mesmo grupo, serão sempre consideradas não liberadas as inscrições mais recentes, 
excetuadas as inscrições atribuídas a gêmeos, que serão identificadas em situação liberada. 
§ 4º Em caso de agrupamento de inscrição de gêmeo com inscrição para a qual não foi indicada 
aquela condição, essa última será considerada não liberada. 
 
DOS DOCUMENTOS EMITIDOS PELO SISTEMA NO BATIMENTO 
Art. 34. Será colocada à disposição de todas as zonas eleitorais, após a realização de batimento: 
I – RELAÇÃO DE ELEITORES AGRUPADOS (envolvidos em duplicidade ou pluralidade) emitida por 
ordem de número de grupo, contendo todos os eleitores agrupados inscritos na zona, com dados 
necessários a sua individualização, juntamente com índice em ordem alfabética; 
II – COMUNICAÇÃO dirigida à autoridade judiciária incumbida da apreciação do caso, noticiando o 
agrupamento de inscrição em duplicidade ou pluralidade, para as providências estabelecidas nesta 
resolução. 
Parágrafo único. Será expedida NOTIFICAÇÃO dirigida ao eleitor cuja inscrição foi considerada 
não liberada pelo batimento. 
 
DAS DUPLICIDADES E PLURALIDADES (COINCIDÊNCIAS) 
Art. 35. Colocada à disposição a relação de eleitores agrupados, o juiz eleitoral fará publicar edital, 
pelo prazo de três dias, para conhecimento dos interessados. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 127 
 
Art. 36. Todo eleitor que tiver sua inscrição não liberada em decorrência do cruzamento de 
informações deverá ser notificado para, se o desejar, requerer regularização de sua situação 
eleitoral, no prazo de 20 dias, contados da data de realização do batimento. 
Art. 37. Recebida a comunicação da coincidência, a autoridade judiciária deverá, de ofício e 
imediatamente: 
I – determinar sua autuação; 
II – determinar a regularização da situação da inscrição do eleitor que não possuir outra inscrição 
liberada, independentemente de requerimento, desde que constatado que o grupo é formado por 
pessoas distintas; 
III – determinar as diligências cabíveis quando não for possível identificar de pronto se a inscrição 
pertence ou não a um mesmo eleitor; 
IV – aguardar, sendo o caso, o comparecimento do eleitor ao cartório durante os 20 dias que lhe 
são facultados para requerer regularização de situação eleitoral; 
V – comparecendo o eleitor ao cartório, orientá-lo, conforme o caso, a preencher o Requerimento 
para Regularização de Inscrição (RRI), ou a requerer, oportunamente, transferência, revisão ou 
segunda via; 
VI – determinar o cancelamento da(s) inscrição(ões) que comprovadamente pertença(m) a um 
mesmo eleitor, assegurando a cada eleitor apenas uma inscrição; 
VII – dar publicidade à decisão; 
VIII – promover a digitação da decisão; 
IX – adotar demais medidas cabíveis. 
Art. 38. Não poderá ser objeto de transferência, revisão ou segunda via, inscrição agrupada em 
duplicidade ou pluralidade. 
Art. 39. Encerrado o prazo para exame e decisão dos casos de duplicidade ou pluralidade, não 
existindo decisão de autoridade judiciária, a inscrição liberada passaráa figurar como regular e a 
não liberada como cancelada, caso exista no cadastro. 
Art. 40. Identificada situação em que um mesmo eleitor possua duas ou mais inscrições liberadas 
ou regulares, agrupadas ou não pelo batimento, o cancelamento de uma ou mais delas deverá, 
preferencialmente, recair: 
I – na inscrição mais recente, efetuada contrariamente às instruções em vigor; 
II – na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral do eleitor; 
III – naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor; 
IV – naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercício do voto na última eleição; 
V – na mais antiga. 
§ 1º Comprovado que as inscrições identificadas pertencem a gêmeos ou homônimos, deverá ser 
comandado o respectivo código FASE. 
§ 2º Constatada a inexatidão de qualquer dado constante do cadastro eleitoral, deverá ser 
providenciada a necessária alteração, mediante preenchimento ou digitação de RAE (Operação 5 – 
Revisão), observadas as formalidades para seu deferimento. 
 
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DA COMPETÊNCIA PARA REGULARIZAÇÃO DE SITUAÇÃO ELEITORAL E PARA O 
PROCESSAMENTO DAS DECISÕES 
Art. 41. A decisão das duplicidades e pluralidades de inscrições, agrupadas ou não pelo batimento, 
inclusive quanto às inscrições de pessoas que estão com seus direitos políticos suspensos, na esfera 
administrativa, caberá: 
I – No tocante às duplicidades, ao juiz da zona eleitoral onde foi efetuada a inscrição mais recente 
(Tipo 1D), ressalvadas as hipóteses previstas nos §§ 1º a 3º deste artigo; 
II – No tocante às pluralidades: 
a) ao juiz da zona eleitoral, quando envolver inscrições efetuadas em uma mesma zona eleitoral 
(Tipo 1P); 
b) ao corregedor regional eleitoral, quando envolver inscrições efetuadas entre zonas eleitorais de 
uma mesma circunscrição (Tipo 2P); 
c) ao corregedor-geral, quando envolver inscrições efetuadas em zonas eleitorais de circunscrições 
diversas (Tipo 3P). 
§ 1º As decisões de situação relativa a pessoa que perdeu seus direitos políticos (Tipo 3D) e de 
pluralidades decorrentes do agrupamento de uma ou mais inscrições, requeridas em circunscrições 
distintas, com um ou mais registros de suspensão da Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos 
(Tipo 3P) serão da competência do corregedor-geral. 
§ 2º As decisões das duplicidades envolvendo inscrição e registro de suspensão da Base de Perda 
e Suspensão de Direitos Políticos (Tipo 2D) e das pluralidades decorrentes do agrupamento de uma 
ou mais inscrições, requeridas na mesma circunscrição, com um ou mais registros de suspensão da 
referida base (Tipo 2P) serão da competência do corregedor regional eleitoral. 
§ 3º Na hipótese de duplicidade envolvendo inscrições atribuídas a gêmeos ou homônimos 
comprovados, existindo inscrição não liberada no grupo, a competência para decisão será do juiz 
da zona eleitoral a ela correspondente. 
§ 4º Em grau de recurso, no prazo de três dias, caberá: 
a) ao corregedor regional a apreciação de situações que motivaram decisão de juiz eleitoral de sua 
circunscrição; 
b) ao corregedor-geral a apreciação de situações que ensejaram decisão de corregedor regional. 
§ 5º Havendo decisões conflitantes em processo de regularização de situação de eleitor, proferidas 
por autoridades judiciárias distintas, envolvendo inscrições atribuídas a uma mesma pessoa, o 
conflito será decidido: 
a) pelo corregedor regional eleitoral, quando se tratar de decisões proferidas por juízes de zonas 
eleitorais de uma mesma circunscrição; 
b) pelo corregedor-geral, quando se tratar de decisões proferidas por juízes eleitorais de 
circunscrições diversas ou pelos corregedores regionais. 
Art. 42. O juiz eleitoral só poderá determinar a regularização, o cancelamento ou a suspensão de 
inscrição que pertença à sua jurisdição. 
 Ac.-TSE, de 31.10.2006, no Ag nº 7179: "Não afasta a competência do juiz eleitoral para 
processar e julgar requerimento de cancelamento de inscrição eleitoral o fato de, no curso 
da ação, ser requerida a transferência da inscrição para outra circunscrição". 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 129 
 
Parágrafo único. A autoridade judiciária que tomar conhecimento de fato ensejador do 
cancelamento de inscrição liberada ou regular, ou da necessidade de regularização de inscrição não 
liberada, cancelada ou suspensa, efetuada em zona eleitoral diferente daquela em que tem 
jurisdição, deverá comunicá-lo à autoridade judiciária competente, para medidas cabíveis, por 
intermédio da correspondente Corregedoria Regional. 
Art. 43. Nas duplicidades e pluralidades de sua competência, o corregedor-geral ou o corregedor 
regional poderão se pronunciar quanto a qualquer inscrição agrupada. 
Art. 44. A competência para decidir a respeito das duplicidades e pluralidades, na esfera penal, 
será sempre do juiz eleitoral da zona onde foi efetuada a inscrição mais recente. 
Art. 45. Examinada e decidida a duplicidade ou a pluralidade, a decisão tomada pela autoridade 
judiciária será processada, conforme o caso: 
I – pela própria zona eleitoral e, na impossibilidade, encaminhada à respectiva secretaria regional 
de informática, por intermédio das corregedorias regionais; 
II – pelas corregedorias regionais, com o apoio das secretarias regionais de informática, no que 
não lhes for possível proceder; 
III – pela própria Corregedoria-Geral. 
Art. 46. As informações necessárias ao exame e decisão das duplicidades e pluralidades deverão 
ser prestadas no prazo de dez dias, contados do recebimento da requisição, por intermédio do ofício 
INFORMAÇÕES PRESTADAS PELA AUTORIDADE JUDICIÁRIA. 
Parágrafo único. Ainda que o eleitor não tenha sido encontrado, o ofício de que trata 
o caput deverá ser preenchido, assinado, instruído e enviado, no prazo estipulado, à autoridade 
judiciária competente para decisão. 
Art. 47. A autoridade judiciária competente deverá se pronunciar quanto às situações de 
duplicidade e pluralidade detectadas pelo batimento em até 40 dias contados da data de realização 
do respectivo batimento. 
§ 1º Processada a decisão de que trata o caput, a situação da inscrição será automaticamente 
atualizada no cadastro. 
§ 2º Inscrição agrupada em duplicidade ou pluralidade, com situação não liberada, que não for 
objeto de decisão da autoridade judiciária no prazo especificado no caput, decorridos dez dias, será 
automaticamente cancelada pelo sistema. 
§ 3º Independentemente da causa de cancelamento, as inscrições permanecerão no cadastro 
eleitoral por prazo indeterminado. 
 
DA HIPÓTESE DE ILÍCITO PENAL 
Art. 48. Decidida a duplicidade ou pluralidade e tomadas as providências de praxe, se duas ou mais 
inscrições em cada grupo forem atribuídas a um mesmo eleitor, excetuados os casos de evidente 
falha dos serviços eleitorais, os autos deverão ser remetidos ao Ministério Público Eleitoral. 
§ 1º Manifestando-se o Ministério Público pela existência de indício de ilícito penal eleitoral a ser 
apurado, o processo deverá ser remetido, pela autoridade judiciária competente, à Polícia Federal 
para instauração de inquérito policial. 
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§ 2º Inexistindo unidade regional do Departamento de Polícia Federal na localidade onde tiver 
jurisdição o juiz eleitoral a quem couber decisão a respeito, a remessa das peças informativas 
poderá ser feita por intermédio das respectivas corregedorias regionais eleitorais. 
§ 3º Concluído o apuratório ou no caso de pedido de dilação de prazo, o inquérito policial a que faz 
alusão o § 1º deverá ser encaminhado, pela autoridade policial que o presidir, ao juiz eleitoral a 
quem couber decisão a respeito na esfera penal. 
§ 4º Arquivado o inquérito ou julgada a ação penal, o juiz eleitoral comunicará, sendo o caso, adecisão tomada à autoridade judiciária que determinou sua instauração, com a finalidade de tornar 
possível a adoção de medidas cabíveis na esfera administrativa. 
§ 5º A espécie, no que lhe for aplicável, será regida pelas disposições do Código Eleitoral e, 
subsidiariamente, pelas normas do Código de Processo Penal. 
§ 6º Não sendo cogitada a ocorrência de ilícito penal eleitoral a ser apurado, os autos deverão ser 
arquivados na zona eleitoral onde o eleitor possuir inscrição regular. 
Art. 49. Os procedimentos a que se refere esta resolução serão adotados sem prejuízo da apuração 
de responsabilidade de qualquer ordem, seja de eleitor, de servidor da Justiça Eleitoral ou de 
terceiros, por inscrição fraudulenta ou irregular. 
Parágrafo único. Qualquer eleitor, partido político ou Ministério Público poderá se dirigir 
formalmente ao juiz eleitoral, corregedor regional ou geral, no âmbito de suas respectivas 
competências, relatando fatos e indicando provas para pedir abertura de investigação com o fim de 
apurar irregularidade no alistamento eleitoral. 
 
DOS CASOS NÃO APRECIADOS 
Art. 50. Os requerimentos para regularização de inscrição (RRI) recebidos após o prazo previsto 
no caput do art. 36 serão indeferidos pela autoridade judiciária competente, por intempestivos, e o 
eleitor deverá ser orientado a procurar o cartório da zona eleitoral para regularizar sua situação. 
 
DA RESTRIÇÃO DE DIREITOS POLÍTICOS 
Art. 51. Tomando conhecimento de fato ensejador de inelegibilidade ou de suspensão de inscrição 
por motivo de suspensão de direitos políticos ou de impedimento ao exercício do voto, a autoridade 
judiciária eleitoral determinará a imediata atualização do cadastro. 
 Res.-TSE nº 22193/2006 e Ac.-TSE nº 13293/1996: imposição de medida de segurança e 
condenação por prática de contravenção penal também ensejam a suspensão dos direitos 
políticos prevista no art. 15, III, da Constituição Federal. 
§ 1º Não se tratando de eleitor de sua zona eleitoral, o juiz comunicará o fato diretamente àquela 
na qual for inscrito o titular. 
§ 2º Quando se tratar de pessoa não inscrita perante a Justiça Eleitoral ou com inscrição cancelada 
no cadastro, o registro será feito diretamente na base de perda e suspensão de direitos políticos 
pela Corregedoria Regional Eleitoral que primeiro tomar conhecimento do fato. 
§ 3º Comunicada a perda de direitos políticos pelo Ministério da Justiça, a Corregedoria-Geral 
providenciará a imediata atualização da situação das inscrições no cadastro e na base de perda e 
suspensão de direitos políticos. 
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§ 4º A outorga a brasileiros do gozo dos direitos políticos em Portugal, devidamente comunicada 
ao Tribunal Superior Eleitoral, importará suspensão desses mesmos direitos no Brasil (Decreto nº 
70.391, de 12.4.72). 
 Dec. nº 3.927/2001: "Promulga o Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta, entre a 
República Federativa do Brasil e a República Portuguesa, celebrado em Porto Seguro em 22 
de abril de 2000", cujo art. 78 revoga a Convenção sobre Igualdade de Direitos e Deveres 
entre Brasileiros e Portugueses, regulamentada pelo Dec. nº 70.391/1972. O art. 17, item 3, 
do tratado dispõe: "O gozo de direitos políticos no Estado de residência importa na suspensão 
do exercício dos mesmos direitos no Estado da nacionalidade". 
Art. 52. A regularização de situação eleitoral de pessoa com restrição de direitos políticos somente 
será possível mediante comprovação de haver cessado o impedimento. 
§ 1º Para regularização de inscrição envolvida em coincidência com outra de pessoa que perdeu 
ou está com seus direitos políticos suspensos, será necessária a comprovação de tratar-se de eleitor 
diverso. 
§ 2º Na hipótese do artigo, o interessado deverá preencher requerimento e instruir o pedido com 
declaração de situação de direitos políticos e documentação comprobatória de sua alegação. 
§ 3º Comprovada a cessação do impedimento, será comandado o código FASE próprio e/ou 
inativado(s), quando for o caso, o(s) registro(s) correspondente(s) na base de perda e suspensão 
de direitos políticos. 
Art. 53. São considerados documentos comprobatórios de reaquisição ou restabelecimento de 
direitos políticos: 
 CF/1988, art. 15: casos de perda ou de suspensão de direitos políticos. 
I – nos casos de perda: 
a) decreto ou portaria; 
b) comunicação do Ministério da Justiça; 
II – nos casos de suspensão: 
a) para interditos ou condenados: sentença judicial, certidão do juízo competente ou outro 
documento; 
b) para conscritos ou pessoas que se recusaram à prestação do serviço militar obrigatório: 
Certificado de Reservista, Certificado de Isenção, Certificado de Dispensa de Incorporação, 
Certificado do Cumprimento de Prestação Alternativa ao Serviço Militar Obrigatório, Certificado de 
Conclusão do Curso de Formação de Sargentos, Certificado de Conclusão de Curso em Órgão de 
Formação da Reserva ou similares; 
 Res.-TSE nº 15850/1989: a palavra "conscrito" alcança também aqueles matriculados nos 
órgãos de formação de reserva e os médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários que 
prestam serviço militar inicial obrigatório. 
c) para beneficiários do Estatuto da Igualdade: comunicação do Ministério da Justiça ou de 
repartição consular ou missão diplomática competente, a respeito da cessação do gozo de direitos 
políticos em Portugal, na forma da lei. 
III – Nos casos de inelegibilidade: certidão ou outro documento. 
 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 132 
 
DA FOLHA DE VOTAÇÃO E DO COMPROVANTE DE COMPARECIMENTO À ELEIÇÃO 
Art. 54. A folha de votação, da qual constarão apenas os eleitores regulares ou liberados, e o 
comprovante de comparecimento serão emitidos por computador. 
§ 1º A folha de votação, obrigatoriamente, deverá: 
a) identificar as eleições, a data de sua realização e o turno; 
b) conter dados individualizadores de cada eleitor, como garantia de sua identificação no ato de 
votar; 
c) ser emitida em ordem alfabética de nome de eleitor, encadernada e embalada por seção eleitoral. 
§ 2º O comprovante de comparecimento (canhoto) conterá o nome completo do eleitor, o número 
de sua inscrição eleitoral e referência à data da eleição. 
 
DA CONSERVAÇÃO DE DOCUMENTOS 
Art. 55. Os formulários utilizados pelos cartórios e tribunais eleitorais, em pleitos anteriores à data 
desta resolução e nos que lhe seguirem, deverão ser conservados em cartório, observado o 
seguinte: 
I – os protocolos de entrega do título eleitoral (Pete) assinados pelo eleitor e os formulários 
(Formulário de Alistamento Eleitoral – FAE ou Requerimento de Alistamento Eleitoral – RAE) 
relativos a alistamento, transferência, revisão ou segunda via, por, no mínimo, cinco anos; 
II – as folhas de votação, por oito anos, descartando-se a mais antiga somente após retornar das 
seções eleitorais a mais recente; 
III – os formulários de atualização da situação do eleitor (FASE) e os comprovantes de 
comparecimento à eleição (canhotos) que permanecerem junto à folha de votação poderão ser 
descartados depois de processados e armazenados em meio magnético; 
IV – os cadernos de revisão utilizados durante os serviços pertinentes, por quatro anos, contados 
do encerramento do período revisional; 
V – os boletins de urna, por quatro anos, contados da data de realização do pleito correspondente; 
VI – as relações de eleitores agrupados, até o encerramento do prazo para atualização das decisões 
nas duplicidades e pluralidades; 
VII – os títulos eleitorais não procurados pelo eleitor, os respectivos protocolos de entrega e as 
justificativas eleitorais, até o pleito subsequente ou, relativamente a estas, durante o período 
estabelecido nas instruções específicas para o respectivo pleito; 
VIII – as relações de filiados encaminhadas pelos partidos políticos, por dois anos. 
 
DAS INSPEÇÕESE CORREIÇÕES 
Art. 56. O corregedor-geral ou regional, no âmbito de sua jurisdição, sempre que entender 
necessário ou que tomar conhecimento da ocorrência de indícios de irregularidades na prestação 
dos serviços eleitorais, pessoalmente ou por intermédio de comissão de servidores especialmente 
por ele designada, como providência preliminar à correição, inspecionará os serviços eleitorais da 
circunscrição, visando identificar eventuais irregularidades. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 133 
 
Parágrafo único. A comissão apresentará relatório circunstanciado da inspeção ao corregedor, 
que determinará providências pertinentes, objetivando a regularização dos procedimentos ou a 
abertura de correição. 
Art. 57. O corregedor regional realizará correição ordinária anual na circunscrição e extraordinária, 
sempre que entender necessário ou ante a existência de indícios de irregularidades que a justifique, 
observadas as instruções específicas do Tribunal Superior Eleitoral e as que subsidiariamente baixar 
a Corregedoria Regional Eleitoral. 
 
DA REVISÃO DE ELEITORADO 
Art. 58. Quando houver denúncia fundamentada de fraude no alistamento de uma zona ou 
município, o Tribunal Regional Eleitoral poderá determinar a realização de correição e, provada a 
fraude em proporção comprometedora, ordenará, comunicando a decisão ao Tribunal Superior 
Eleitoral, a revisão do eleitorado, obedecidas as instruções contidas nesta resolução e as 
recomendações que subsidiariamente baixar, com o cancelamento de ofício das inscrições 
correspondentes aos títulos que não forem apresentados à revisão (Código Eleitoral, art. 71, § 4º). 
§ 1º O Tribunal Superior Eleitoral determinará, de ofício, a revisão ou correição das zonas eleitorais 
sempre que: 
 Res.-TSE nºs 22586/2007, 22021/2005, 21490/2003: necessidade de preenchimento 
cumulativo dos três requisitos. 
I – o total de transferências de eleitores ocorridas no ano em curso seja dez por cento superior ao 
do ano anterior; 
II – o eleitorado for superior ao dobro da população entre dez e quinze anos, somada à de idade 
superior a setenta anos do território daquele município; 
III – o eleitorado for superior a sessenta e cinco por cento da população projetada para aquele 
ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (Lei nº 9.504/1997, art. 92). 
 Res.-TSE nºs 21490/2003 e 20472/1999: revisão quando o eleitorado for superior a 80% da 
população; Res.-TSE nºs 21490/2003: nos municípios em que a relação eleitorado/população 
for superior a 65% e menor ou igual a 80%, o cumprimento do disposto neste artigo se dá 
por meio da correição ordinária anual prevista na Res.-TSE nº 21372/2003. 
§ 2º Não será realizada revisão de eleitorado em ano eleitoral, salvo em situações excepcionais, 
quando autorizada pelo Tribunal Superior Eleitoral. 
§ 3º Caberá à Secretaria de Informática apresentar, anualmente, até o mês de outubro, à 
presidência do Tribunal Superior Eleitoral, estudo comparativo que permita a adoção das medidas 
concernentes ao cumprimento da providência prevista no § 1º. 
Art. 59. O Tribunal Regional Eleitoral, por intermédio da Corregedoria Regional, inspecionará os 
serviços de revisão (Res.-TSE nº 7.651/1965, art. 8º). 
Art. 60. O juiz eleitoral poderá determinar a criação de postos de revisão, que funcionarão em 
datas fixadas no edital a que se refere o art. 63 e em período não inferior a seis horas, sem intervalo, 
inclusive aos sábados e, se necessário, aos domingos e feriados. 
§ 1º Nas datas em que os trabalhos revisionais estiverem sendo realizados nos postos de revisão, 
o cartório sede da zona poderá, se houver viabilidade, permanecer com os serviços eleitorais de 
rotina. 
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§ 2º Após o encerramento diário do expediente nos postos de revisão, a listagem geral e o caderno 
de revisão deverão ser devidamente guardados em local seguro e previamente determinado pelo 
juiz eleitoral. 
§ 3º Os serviços de revisão encerrar-se-ão até as 18 horas da data especificada no edital de que 
trata o art. 63 desta resolução. 
§ 4º Existindo, na ocasião do encerramento dos trabalhos, eleitores aguardando atendimento, 
serão distribuídas senhas aos presentes, que serão convidados a entregar ao juiz eleitoral seus 
títulos eleitorais para que sejam admitidos à revisão, que continuará se processando em ordem 
numérica das senhas até que todos sejam atendidos, sem interrupção dos trabalhos. 
Art. 61. Aprovada a revisão de eleitorado, a Secretaria de Informática, ou órgão regional por ela 
indicado, emitirá ou colocará à disposição, em meio magnético, listagem geral do cadastro, 
contendo relação completa dos eleitores regulares inscritos e/ou transferidos no período abrangido 
pela revisão no(s) município(s) ou zona(s) a ela sujeito(s), bem como o correspondente caderno de 
revisão, do qual constará comprovante destacável de comparecimento (canhoto). 
Parágrafo único. A listagem geral e o caderno de revisão serão emitidos em única via, englobarão 
todas as seções eleitorais referentes à zona ou município objeto da revisão e serão encaminhados, 
por intermédio da respectiva Corregedoria Regional, ao juiz eleitoral da zona onde estiver sendo 
realizada a revisão. 
Art. 62. A revisão do eleitorado deverá ser sempre presidida pelo juiz eleitoral da zona submetida 
à revisão. 
§ 1º O juiz eleitoral dará início aos procedimentos revisionais no prazo máximo de 30 dias, contados 
da aprovação da revisão pelo Tribunal competente. 
§ 2º A revisão deverá ser precedida de ampla divulgação, destinada a orientar o eleitor quanto aos 
locais e horários em que deverá se apresentar, e processada em período estipulado pelo Tribunal 
Regional Eleitoral, não inferior a 30 dias (Lei nº 7.444/1985, art. 3º, § 1º). 
§ 3º A prorrogação do prazo estabelecido no edital para a realização da revisão, se necessária, 
deverá ser requerida pelo juiz eleitoral, em ofício fundamentado, dirigido à presidência do Tribunal 
Regional Eleitoral, com antecedência mínima de cinco dias da data do encerramento do período 
estipulado no edital. 
Art. 63. De posse da listagem e do caderno de revisão, o juiz eleitoral deverá fazer publicar, com 
antecedência mínima de cinco dias do início do processo revisional, edital para dar conhecimento 
da revisão aos eleitores cadastrados no(s) município(s) ou zona(s), convocando-os a se 
apresentarem, pessoalmente, no cartório ou nos postos criados, em datas previamente 
especificadas, atendendo ao disposto no art. 62, a fim de procederem às revisões de suas inscrições. 
Parágrafo único. O edital de que trata o caput deverá: 
I – dar ciência aos eleitores de que: 
a) estarão obrigados a comparecer à revisão a fim de confirmarem seu domicílio, sob pena de 
cancelamento da inscrição, sem prejuízo das sanções cabíveis, se constatada irregularidade; 
b) deverão se apresentar munidos de documento de identidade, comprovante de domicílio e título 
eleitoral ou documento comprobatório da condição de eleitor ou de terem requerido inscrição ou 
transferência para o município ou zona (Código Eleitoral, art. 45); 
II – estabelecer a data do início e do término da revisão, o período e a área abrangidos, e dias e 
locais onde serão instalados os postos de revisão; 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 135 
 
III – ser disponibilizado no fórum da comarca, nos cartórios eleitorais, repartições públicas e locais 
de acesso ao público em geral, dele se fazendo ampla divulgação, por um mínimo de três dias 
consecutivos, por meio da imprensa escrita, falada e televisada, se houver, e por quaisquer outros 
meios que possibilitem seu pleno conhecimento por todos os interessados, o que deverá ser feito 
sem ônus para a Justiça Eleitoral. 
Art. 64. A prova de identidadesó será admitida se feita pelo próprio eleitor mediante apresentação 
de um ou mais dos documentos especificados no art. 13 desta resolução. 
Art. 65. A comprovação de domicílio poderá ser feita mediante um ou mais documentos dos quais 
se infira ser o eleitor residente ou ter vínculo profissional, patrimonial ou comunitário no município 
a abonar a residência exigida. 
§ 1º Na hipótese de ser a prova de domicílio feita mediante apresentação de contas de luz, água 
ou telefone, nota fiscal ou envelopes de correspondência, estes deverão ter sido, respectivamente, 
emitidos ou expedidos nos 3 (três) meses anteriores ao preenchimento do RAE, ressalvada a 
possibilidade de exigir-se documentação relativa a período anterior, na forma do § 3º deste artigo. 
§ 2º Na hipótese de ser a prova de domicílio feita mediante apresentação de cheque bancário, este 
só poderá ser aceito se dele constar o endereço do correntista. 
§ 3º O juiz eleitoral poderá, se julgar necessário, exigir o reforço, por outros meios de 
convencimento, da prova de domicílio quando produzida pelos documentos elencados nos §§ 1º e 
2º. 
§ 4º Subsistindo dúvida quanto à idoneidade do comprovante de domicílio apresentado ou 
ocorrendo a impossibilidade de apresentação de documento que indique o domicílio do eleitor, 
declarando este, sob as penas da lei, que tem domicílio no município, o juiz eleitoral decidirá de 
plano ou determinará as providências necessárias à obtenção da prova, inclusive por meio de 
verificação in loco. 
Art. 66. A revisão de eleitorado ficará submetida ao direto controle do juiz eleitoral e à fiscalização 
do representante do Ministério Público que oficiar perante o juízo. 
Art. 67. O juiz eleitoral deverá dar conhecimento aos partidos políticos da realização da revisão, 
facultando-lhes, na forma prevista nos arts. 27 e 28 desta resolução, acompanhamento e 
fiscalização de todo o trabalho. 
Art. 68. O juiz eleitoral poderá requisitar diretamente às repartições públicas locais, observados os 
impedimentos legais, tantos auxiliares quantos bastem para o desempenho dos trabalhos, bem 
como a utilização de instalações de prédios públicos. 
Art. 69. O juiz eleitoral determinará o registro, no caderno de revisão, da regularidade ou não da 
inscrição do eleitor, observados os seguintes procedimentos: 
a) o servidor designado pelo juiz eleitoral procederá à conferência dos dados contidos no caderno 
de revisão com os documentos apresentados pelo eleitor; 
b) comprovados a identidade e o domicílio eleitoral, o servidor exigirá do eleitor que aponha sua 
assinatura ou a impressão digital de seu polegar no caderno de revisão, e entregar-lhe-á o 
comprovante de comparecimento à revisão (canhoto); 
c) o eleitor que não apresentar o título eleitoral deverá ser considerado como revisado, desde que 
atendidas as exigências dos arts. 64 e 65 desta resolução e que seu nome conste do caderno de 
revisão; 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 136 
 
d) constatada incorreção de dado identificador do eleitor constante do cadastro eleitoral, se 
atendidas as exigências dos arts. 64 e 65 desta resolução, o eleitor deverá ser considerado revisado 
e orientado a procurar o cartório eleitoral para a necessária retificação; 
e) o eleitor que não comprovar sua identidade ou domicílio não assinará o caderno de revisão nem 
receberá o comprovante revisional; 
f) o eleitor que não constar do caderno de revisão, cuja inscrição pertença ao período abrangido 
pela revisão, deverá ser orientado a procurar o cartório eleitoral para regularizar sua situação 
eleitoral, na forma estabelecida nesta resolução. 
Art. 70. Na revisão mediante sistema informatizado, observar-se-ão, no que couber, os 
procedimentos previstos no art. 69. 
Parágrafo único. Nas situações descritas nas alíneas d e f do art. 69, o eleitor poderá requerer, 
desde que viável, regularização de sua situação eleitoral no próprio posto de revisão. 
Art. 71. Se o eleitor possuir mais de uma inscrição liberada ou regular no caderno de revisão, 
apenas uma delas poderá ser considerada revisada. 
Parágrafo único. Na hipótese do caput, deverá(ão) ser formalmente recolhido(s) e inutilizado(s) 
o(s) título(s) encontrado(s) em poder do eleitor referente(s) à(s) inscrição(ões) que exigir(em) 
cancelamento. 
Art. 72. Compete ao Tribunal Regional Eleitoral autorizar, excetuadas as hipóteses previstas no § 
1º do art. 58 desta resolução, a alteração do período e/ou da área abrangidos pela revisão, 
comunicando a decisão ao Tribunal Superior Eleitoral. 
Art. 73. Concluídos os trabalhos de revisão, ouvido o Ministério Público, o juiz eleitoral deverá 
determinar o cancelamento das inscrições irregulares e daquelas cujos eleitores não tenham 
comparecido, adotando as medidas legais cabíveis, em especial quanto às inscrições consideradas 
irregulares, situações de duplicidade ou pluralidade e indícios de ilícito penal a exigir apuração. 
Parágrafo único. O cancelamento das inscrições de que trata o caput somente deverá ser 
efetivado no sistema após a homologação da revisão pelo Tribunal Regional Eleitoral. 
Art. 74. A sentença de cancelamento deverá ser específica para cada município abrangido pela 
revisão e prolatada no prazo máximo de dez dias contados da data do retorno dos autos do 
Ministério Público, podendo o Tribunal Regional Eleitoral fixar prazo inferior. 
§ 1º A sentença de que trata o caput deverá: 
I – relacionar todas as inscrições que serão canceladas no município; 
II – ser publicada a fim de que os interessados e, em especial, os eleitores cancelados, exercendo 
a ampla defesa, possam recorrer da decisão. 
§ 2º Contra a sentença a que se refere este artigo, caberá, no prazo de três dias, contados da 
publicidade, o recurso previsto no art. 80 do Código Eleitoral e serão aplicáveis as disposições do art. 
257 do mesmo diploma legal. 
 O art. 257 do Código Eleitoral teve os §§ 2º e 3º acrescidos pelo art. 4º da Lei nº 
13.165/2015. 
§ 3º No recurso contra a sentença a que se refere este artigo, os interessados deverão especificar 
a inscrição questionada, relatando fatos e fornecendo provas, indícios e circunstâncias ensejadoras 
da alteração pretendida. 
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Art. 75. Transcorrido o prazo recursal, o juiz eleitoral fará minucioso relatório dos trabalhos 
desenvolvidos, que encaminhará, com os autos do processo de revisão, à Corregedoria Regional 
Eleitoral. 
Parágrafo único. Os recursos interpostos deverão ser remetidos, em autos apartados, à 
presidência do Tribunal Regional Eleitoral. 
Art. 76. Apreciado o relatório e ouvido o Ministério Público, o corregedor regional eleitoral: 
I – indicará providências a serem tomadas, se verificar a ocorrência de vícios comprometedores à 
validade ou à eficácia dos trabalhos; 
II – submetê-lo-á ao Tribunal Regional, para homologação, se entender pela regularidade dos 
trabalhos revisionais. 
 
DA ADMINISTRAÇÃO DO CADASTRO ELEITORAL 
Art. 77. A execução dos serviços de processamento eletrônico de dados, na Justiça Eleitoral, será 
realizada por administração direta do Tribunal Regional Eleitoral, em cada circunscrição, sob a 
orientação e supervisão do Tribunal Superior Eleitoral e na conformidade de suas instruções. 
Art. 78. Para a execução dos serviços de que trata esta resolução, os tribunais regionais eleitorais, 
sob supervisão e coordenação do Tribunal Superior Eleitoral, poderão celebrar convênios ou 
contratos com entidades da administração direta ou indireta da União, estados, Distrito Federal, 
territórios ou municípios, ou com empresas cujo capital seja exclusivamente nacional (Lei nº 
7.444/1985, art. 7º, parágrafo único). 
Art. 79. O cadastro eleitoral e as informações resultantes de sua manutenção serão administrados 
e utilizados, exclusivamente, pela Justiça Eleitoral, na forma desta resolução. 
 Lei nº9.096/1995, art. 19, § 3º: garantia de acesso pleno, pelos órgãos de direção nacional 
dos partidos políticos, às informações de seus filiados constantes do cadastro eleitoral. V., 
também, notas ao art. 29, caput, e ao art. 51, caput, desta resolução. 
 Res.-TSE nº 21823/2004: registro, no cadastro eleitoral, da imposição e quitação de multas 
de natureza administrativa, vinculado ao histórico da inscrição do infrator. 
§ 1º Às empresas contratadas para a execução de serviços eleitorais, por processamento eletrônico, 
é vedada a utilização de quaisquer dados ou informações resultantes do cadastro eleitoral, para fins 
diversos do serviço eleitoral, sob pena de imediata rescisão do contrato e sem prejuízo de outras 
sanções administrativas, civis e criminais. 
§ 2º O Tribunal Superior Eleitoral, em todo o território nacional, e os tribunais regionais eleitorais, 
no âmbito das respectivas jurisdições, fiscalizarão o cumprimento do disposto neste artigo. 
§ 3º Caso recebam pedidos de informações sobre dados constantes do cadastro eleitoral, as 
empresas citadas no § 1º deverão encaminhá-los à presidência do Tribunal Eleitoral competente, 
para apreciação. 
 
DA JUSTIFICAÇÃO DO NÃO COMPARECIMENTO À ELEIÇÃO 
Art. 80. O eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o juiz eleitoral até 60 dias após a 
realização da eleição incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada na forma prevista nos 
arts. 7º e 367 do Código Eleitoral, no que couber, e 85 desta resolução. 
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§ 1º Para eleitor que se encontrar no exterior na data do pleito, o prazo de que trata o caput será 
de 30 dias, contados do seu retorno ao país. 
§ 2º O pedido de justificação será sempre dirigido ao juiz eleitoral da zona de inscrição, podendo 
ser formulado na zona eleitoral em que se encontrar o eleitor, a qual providenciará sua remessa ao 
juízo competente. 
§ 3º Indeferido o requerimento de justificação ou decorridos os prazos de que cuidam o caput e os 
§§ 1º e 2º, deverá ser aplicada multa ao eleitor, podendo, após o pagamento, ser-lhe fornecida 
certidão de quitação. 
§ 4º A fixação do valor da multa pelo não exercício do voto observará o que dispõe o art. 85 desta 
resolução e a variação entre o mínimo de 3% e o máximo de 10% do valor utilizado como base de 
cálculo. 
§ 5º A justificação da falta ou o pagamento da multa serão anotados no cadastro. 
§ 6º Será cancelada a inscrição do eleitor que se abstiver de votar em três eleições consecutivas, 
salvo se houver apresentado justificativa para a falta ou efetuado o pagamento de multa, ficando 
excluídos do cancelamento os eleitores que, por prerrogativa constitucional, não estejam obrigados 
ao exercício do voto (suprimido). 
 Suprimida a expressão "e cuja idade não ultrapasse 80 anos" pelo Ac.-TSE nº 649/2005. 
§ 7º Para o cancelamento a que se refere o § 6º, a Secretaria de Informática colocará à disposição 
do juiz eleitoral do respectivo domicílio, em meio magnético ou outro acessível aos cartórios 
eleitorais, relação dos eleitores cujas inscrições são passíveis de cancelamento, devendo ser afixado 
edital no cartório eleitoral. 
§ 8º Decorridos 60 dias da data do batimento que identificar as inscrições sujeitas a cancelamento, 
mencionadas no § 7º, inexistindo comando de quaisquer dos códigos FASE "078 – Quitação 
mediante multa", "108 – Votou em separado", "159 – Votou fora da seção" ou "167 – Justificou 
ausência às urnas", ou processamento das operações de transferência, revisão ou segunda via, a 
inscrição será automaticamente cancelada pelo sistema, mediante código FASE "035 – Deixou de 
votar em três eleições consecutivas", observada a exceção contida no § 6º. 
 Lei nº 9.504/1997, art. 62, caput: impossibilidade do voto fora da seção na votação 
eletrônica. 
 Res.-TSE nº 23419/2014, art. 1º, § 2º: não estarão sujeitas a cancelamento as inscrições 
atribuídas a pessoas portadoras de deficiência que tornem impossível ou extremamente 
oneroso o cumprimento das obrigações eleitorais, para as quais houver comando do código 
FASE 396 (motivo/forma 4), até o final do período de que trata este parágrafo. 
Art. 81. O documento de justificação formalizado perante a Justiça Eleitoral, no dia da eleição, 
prova a ausência do eleitor do seu domicílio eleitoral. 
§ 1º A justificação será formalizada em impresso próprio fornecido pela Justiça Eleitoral ou, na falta 
do impresso, digitado ou manuscrito. 
§ 2º O encarregado do atendimento entregará ao eleitor o comprovante, que valerá como prova 
da justificação, para todos os efeitos legais (Lei nº 6.091/1974, art. 16 e parágrafos). 
§ 3º Os documentos de justificação entregues em missão diplomática ou repartição consular 
brasileira serão encaminhados ao Ministério das Relações Exteriores, que deles fará entrega ao 
Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal para processamento. 
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§ 4º Os documentos de justificação preenchidos com dados insuficientes ou inexatos, que 
impossibilitem a identificação do eleitor no cadastro eleitoral, terão seu processamento rejeitado 
pelo sistema, o que importará débito para com a Justiça Eleitoral. 
§ 5º Os procedimentos estipulados neste artigo serão observados sem prejuízo de orientações 
específicas que o Tribunal Superior Eleitoral aprovar para o respectivo pleito. 
Art. 82. O eleitor que não votar e não pagar a multa, caso se encontre fora de sua zona e necessite 
prova de quitação com a Justiça Eleitoral, poderá efetuar o pagamento perante o juízo da zona em 
que estiver (Código Eleitoral, art. 11). 
 Res.-TSE nº 21823/2004: possibilidade de pagamento de multas impostas com base no 
Código Eleitoral e na Lei nº 9.504/1997 perante qualquer juízo eleitoral, ao qual deve 
preceder consulta ao juízo de origem sobre o quantum a ser exigido do devedor. 
§ 1º A multa será cobrada no máximo previsto, salvo se o eleitor quiser aguardar que o juiz da 
zona em que se encontrar solicite informações sobre o arbitramento ao juízo da inscrição. 
§ 2º Efetuado o pagamento, o juiz que recolheu a multa fornecerá certidão de quitação e 
determinará o registro da informação no cadastro. 
§ 3º O alistando ou o eleitor que comprovar, na forma da lei, seu estado de pobreza, perante 
qualquer juízo eleitoral, ficará isento do pagamento da multa (Código Eleitoral, art. 367, § 3º). 
§ 4º O eleitor que estiver quite com suas obrigações eleitorais poderá requerer a expedição de 
certidão de quitação em zona eleitoral diversa daquela em que é inscrito (Res.-TSE nº 20.497, de 
21.10.1999). 
 V. art. 11, §§ 7º a 9º, da Lei nº 9.504/1997. 
 Res.-TSE nº 22783/2008: "A Justiça Eleitoral não emite 'certidão positiva com efeitos 
negativos' para fins de comprovação de quitação eleitoral, pois o débito oriundo de aplicação 
de multa eleitoral não possui natureza tributária, inexistindo, assim, analogia aos arts. 205 e 
206 do CTN". Ainda na mesma decisão: "O parcelamento de débito oriundo da aplicação de 
multa eleitoral [...] obtido na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou na Justiça Eleitoral 
[...] possibilita o reconhecimento da quitação eleitoral, para fins de pedido de registro de 
candidatura, desde que tal parcelamento tenha sido requerido e obtido antes de tal pedido, 
estando devidamente pagas as parcelas vencidas". 
 
DA NOMENCLATURA UTILIZADA 
Art. 83. Para efeito desta resolução, consideram-se: 
I – Coincidência – o agrupamento pelo batimento de duas ou mais inscrições ou registros que 
apresentem dados iguais ou semelhantes, segundo critérios previamente definidos pelo Tribunal 
Superior Eleitoral; 
II – Gêmeos comprovados – aqueles que tenham comprovado mesma filiação, data e local de 
nascimento, em cujas inscrições haja registro de código FASE 256; 
III – Homônimos – aqueles, excetuados os gêmeos, que possuamdados iguais ou semelhantes, 
segundo critérios previamente definidos pelo Tribunal Superior Eleitoral, e que figurem em uma 
mesma duplicidade ou pluralidade (coincidência); 
IV – Homônimos comprovados – aqueles em cujas inscrições haja registro de código FASE 248; 
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V – Situação – condição atribuída à inscrição que define sua disponibilidade para o exercício do 
voto e condiciona a possibilidade de sua movimentação no cadastro: 
a) regular – a inscrição não envolvida em duplicidade ou pluralidade, que está disponível para o 
exercício do voto e habilitada a transferência, revisão e segunda via; 
b) suspensa – a inscrição que está indisponível, temporariamente (até que cesse o impedimento), 
em virtude de restrição de direitos políticos, para o exercício do voto e não poderá ser objeto de 
transferência, revisão e segunda via; 
c) cancelada – a inscrição atribuída a eleitor que incidiu em uma das causas de cancelamento 
previstas na legislação eleitoral, que não poderá ser utilizada para o exercício do voto e somente 
poderá ser objeto de transferência ou revisão nos casos previstos nesta resolução; 
d) coincidente – a inscrição agrupada pelo batimento, nos termos do inciso I, sujeita a exame e 
decisão de autoridade judiciária e que não poderá ser objeto de transferência, revisão e segunda 
via: 
– não liberada – inscrição coincidente que não está disponível para o exercício do voto; 
– liberada – inscrição coincidente que está disponível para o exercício do voto. 
VI – Inexistente – a inscrição cuja inserção no cadastro foi inviabilizada em decorrência de decisão 
de autoridade judiciária ou de atualização automática pelo sistema após o batimento; 
VII – Eleição – cada um dos turnos de um pleito, para todos os efeitos, exceto para os fins de 
aplicação do disposto no parágrafo único do art. 15 desta resolução (Código Eleitoral, art. 8º, c.c. 
a Lei nº 9.504/1997, art. 91). 
 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 
Art. 84. O juiz eleitoral poderá determinar a incineração do título eleitoral, bem como do respectivo 
protocolo de entrega, não procurado pelo eleitor até a data da eleição posterior à emissão do 
documento. 
Art. 85. A base de cálculo para aplicação das multas previstas pelo Código Eleitoral e leis conexas, 
bem como das de que trata esta resolução, será o último valor fixado para a Ufir, multiplicado pelo 
fator 33,02, até que seja aprovado novo índice, em conformidade com as regras de atualização dos 
débitos para com a União. 
Art. 86. Os registros de banco de erros permanecerão disponíveis para tratamento pelas zonas 
eleitorais durante o prazo de seis meses, contados da data de inclusão da inscrição no banco, após 
o qual serão automaticamente excluídos, deixando de ser efetivadas as operações correspondentes. 
Art. 87. A Corregedoria-Geral, com o apoio da Secretaria de Informática, providenciará manuais e 
rotinas necessários à execução dos procedimentos de que trata esta resolução. 
Art. 88. A Corregedoria-Geral e as corregedorias regionais eleitorais exercerão supervisão, 
orientação e fiscalização direta do exato cumprimento das instruções contidas nesta resolução. 
Art. 89. Os fichários manuais existentes nas zonas e nos tribunais regionais eleitorais, relativos aos 
registros dos eleitores, anteriores ao recadastramento de que cuidam a Lei nº 7.444/1985 e a Res.-
TSE nº 12.547, de 28.2.1986, poderão, a critério do Tribunal Regional respectivo, ser inutilizados, 
preservando-se os arquivos relativos à filiação partidária e os documentos que, também a critério 
do Tribunal Regional, tenham valor histórico. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 141 
 
Art. 90. Considerado o estágio de automação dos serviços eleitorais, a Corregedoria-Geral expedirá 
provimentos destinados a regulamentar a presente resolução, aprovando os formulários e 
tabelas cujos modelos por ela não tenham sido regulamentados, necessários a sua fiel execução. 
Art. 91. A Secretaria de Informática providenciará a transformação dos atuais códigos FASE de 
cancelamento de inscrições em decorrência de revisão de eleitorado em códigos FASE 469 e, até a 
data em que entrar em vigor esta resolução, a adequação do sistema necessária à implementação 
desta norma. 
Art. 92. Esta resolução entra em vigor no dia 1º de janeiro de 2004, revogadas a Res.-TSE nº 
20.132, de 19.3.1998, e as demais disposições em contrário e ressalvadas as regras relativas à 
disciplina da revisão de eleitorado e à fixação de competência para exame de duplicidades e 
pluralidades, que terão aplicação imediata. 
Sala de Sessões do Tribunal Superior Eleitoral. 
Brasília, 14 de outubro de 2003. 
 
 
 
 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 142 
 
Domicílio eleitoral 
 
Para evitar a repetição de conteúdo, remetemos o(a) concurseiro(a) às disposições contidas no 
Código Eleitoral e na Resolução TSE nº 21.538/2003, contêm disposições específicas quanto ao 
domicílio eleitoral. 
 
 
 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 143 
 
Elegibilidade. Conceito e condições. Impugnação de registro de candidatura - 
Competência para julgamento, procedimentos, prazos e efeitos recursais no âmbito 
da Lei Complementar nº 64/1990 e suas alterações 
 
Constituição Federal de 1988 
 
CAPÍTULO IV 
DOS DIREITOS POLÍTICOS 
 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com 
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
 
[...] 
 
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
 
I - a nacionalidade brasileira; 
 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
 
III - o alistamento eleitoral; 
 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
 
V - a filiação partidária; 
 
VI - a idade mínima de: 
 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; 
 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; 
 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e 
juiz de paz; 
 
d) dezoito anos para Vereador. 
 
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
 
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e 
quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um 
único período subseqüente. 
 
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e 
do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes 
do pleito. 
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APROVAÇÃO ÁGIL - NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 144 
 
 
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos 
ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado 
ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses 
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
 
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: 
 
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; 
 
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, 
passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, 
a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada 
vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência

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