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Introdução ao Direito Empresarial no Brasil

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Aula EMPRESARIAL I
Semana 1:
Introdução ao Direito Empresarial 
Noções históricas / Evolução – Resumo
1ª fase
O Direito Comercial, como conjunto de normas jurídicas especiais para regular as atividades profissionais dos comerciantes, tem sua origem na Idade Média.
Conceito subjetivo - normas regulam a profissão de comerciante.
Origem ou aperfeiçoamento de importantes normas comerciais, tais como: transporte; comissão; sociedades; seguro marítimo.
2ª fase
Conceito objetivo – normas regulam os atos de comércio
Código Napoleônico – 1807 – primeiro código comercial – teve grande influência na legislação de diversos países, principalmente dos povos latinos.
3ª fase
O Direito Comercial como o Direito das Empresas
Código Civil Italiano de 1942.
Empresa – “atividade econômica organizada de produção e circulação de bens e serviços para o mercado, exercida pelo empresário, em caráter profissional, através de um complexo de bens”. (Waldirio Bulgarelli).
A definição apresenta os seguintes aspectos:
. aspecto subjetivo – o empresário;
. aspecto objetivo ou patrimonial – o estabelecimento;
. aspecto funcional – atividade econômica organizada.
Obs.: A empresa não é detentora de personalidade jurídica, não é sujeito de direito.
1.2. O Direito Comercial/Empresarial no Brasil
- Período Colonial – Ordenações Portuguesas.
- Independência – 1822
. inicialmente, leis vigentes em Portugal e a legislação esparsa promulgada por D. Pedro I;
. Código Comercial – Lei 556, de 25/06/1850 – teoria dos atos de comércio;
. Código Civil – Lei 10.406, de 11/01/2002 – teoria da empresa.
(revogação da ´parte primeira do Código Comercial de 1850 – permanecem em vigor as matérias previstas na legislação comercial não revogadas expressamente pelo novo Código Civil. Ex.: sociedades por ações (Lei 6.404/76); registro de empresas ((Lei 8.934/94); Lei Falimentar (Decreto-lei 7661/45, revogada pela Lei 11.101, de 9/2/2005).
2. Relações com outros ramos do Direito e com a economia.
. Direito Fiscal – contabilidade mercantil; circulação de mercadorias; 
. Direito Processual – falência ;
. Direito Penal – crimes falimentares ex.: omissão dos documentos contábeis obrigatórios;
. Direito Econômico - ex.: controle de preços; normas que coíbem infrações à ordem econômica – Lei 8.884/94 CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica – e à concorrência desleal – LPI Lei 9.279/90)
. Acentuada aproximação do Direito Público nas normas relativas aos transportes, sociedades anônimas e contratos.
3. Fontes do Direito Empresarial
Entende-se por fonte formal do direito a forma, o modo pelo qual se manifesta e se exterioriza a norma jurídica.
As fontes formais do Direito Empresarial dividem-se em:
3.1. primárias ou diretas
- Leis pertinentes ao Direito Empresarial:
. Constituição Federal – na regulamentação de matéria relacionada com o Direito Empresarial – Ex.: disposições sobre a ordem econômica e financeira , art. 170 e seguintes;
. Código Comercial – Lei 556/1850 – parte segunda – comércio marítimo;
. Código Civil – Lei 10.406/2002, na regulamentação aplicável ao Direito Empresarial;
.Disposições de lei não revogadas ou plenamente reguladas pelo Código Civil, referentes a empresários e atividades empresárias. Exs.: Lei 11.101/2005 (falência e recuperação de empresas); Lei 6.404/76 (sociedades por ações); Lei 5.474/68 (duplicatas); Lei 9.279/96 (propriedade industrial); Lei 8.934/94 (Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins). 
. Tratados e Convenções Internacionais – Exs.: Lei Uniforme de genebra sobre Letras de Câmbio e Notas promissórias – adotada como direito interno pelo D. 57.663/66.
 3.2. secundárias ou indiretas 
Decreto-lei 4.657, 4/9/1942 – Lei de Introdução ao Código Civil
Art. 4º - “Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.”
- usos e costumes – “prática continuada de certos atos, aceitos por todos os empresários como regras obrigatórias e que vigoram quando a lei não possui normas expressas para regular o assunto”. (Fran Martins) obs.: não podem ser utilizados contra legem.
- analogia – julgamento de um assunto, para o qual não exista dispositivo específico na lei, nem uso comercial, nem jurisprudência firmada, pelos mesmos princípios que julgaram um caso semelhante.
- Princípios Gerais de Direito – princípios que compõem a própria estrutura do sistema jurídico adotado pelo Direito Positivo. Ex.: pars conditio creditorum (tratamento igualitário no concurso de credores)
Obs.: jurisprudência – decisões continuadas dos Tribunais sobre determinada matéria (não considerada como fonte por alguns autores).
4. Conceito
Ramo do Direito Privado que disciplina as relações decorrentes das atividades privadas, implementadas com o escopo de produção ou circulação de bens ou serviços destinados ao mercado, além daqueles atos reputados pela lei como reguláveis pelo Direito de Empresa, mesmo que praticados por não empresários.
5. Características
simplicidade; internacionalidade; rapidez; elasticidade (renovação constante); onerosidade.
6. Natureza e autonomia
Ramo autônomo do Direito Privado, cujas normas não se confundem com as do Direito Civil.
Semana 2:
EMPRESARIO
Sujeito da atividade empresarial.
Conceito e características
 “Pessoa física ou jurídica que exerce profissionalmente (com habitualidade e com escopo de lucro) atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços no mercado”. (Sérgio Campinho)
“Atividade econômica organizada de produção e circulação de bens e serviços para o mercado, exercida pelo empresário, em caráter profissional, através de um complexo de bens” (Waldirio Bulgarelli, citado por Ricardo Negrão)
 É empresário aquele que exerce:
 “- atividade econômica com vistas à produção ou à circulação de bens ou serviços;
 - de forma organizada;
 - profissionalmente.” (Ricardo Negrão)
Código Civil Brasileiro de 2002 - 
Art. 966
 
1.3 Espécies de empresário
Individuais – exercem a sua atividade debaixo de uma firma individual;
Coletivos – os que praticam a atividade por meio de uma sociedade empresária.
Empresas Individuais de Responsabilidade Limitada (Lei 12.441, de 11.7.2011) EIRELI cc ART. 980 e segs.
Semana 3:
Requisitos para o exercício da empresa individual:
1- Profissionalismo – exercício da atividade com habitualidade e escopo de lucro.
2- Capacidade Civil
a) regras aplicáveis ao empresário individual.
- o menor e o incapaz não têm capacidade para o exercício da atividade individual de empresário – CC art. 972 c/c 3º; 4º e 5º .;
- mediante alvará judicial o incapaz poderá continuar exercendo empresa que ele constituiu enquanto ainda era capaz; e o menor poderá dar continuidade à empresa constituída por seus pais ou por pessoa de quem seja sucessor – CC art. 974.
b) regras aplicáveis aos sócios de sociedade empresária.
- o menor e o incapaz podem ser sócios de sociedade anônima;
- o menor e o incapaz podem ser sócios quotistas de sociedade limitada desde que: não exerçam a administração da sociedade / o capital social esteja totalmente integralizado / seja assistido ou representado por seus representantes legais – CC art. 974, $ 3º , conforme Lei 12.399 de 1º - 4- 2011.
3- Impedimentos legais
CC art. 972, parte final – “.... os legalmente impedidos’.
. matéria regulada em leis esparsas, atingindo, entre outros: funcionários públicos; militares da ativa; magistrados; corretores e leiloeiros; cônsules; médicos em farmácias, drogarias ou laboratórios farmacêuticos; os falidos.
Obs.: os funcionários públicos, os militares e os magistrados podem ser sócios de sociedades empresárias, desde que não integrem a sua administração.
. Os estrangeiros em relação a determinadas atividades, como a pesquisa e a lavra de recursos minerais, aproveitamento de potencial de energia hidráulica; exploração de empresa jornalística, deradiodifusão sonora e de sons e imagens.
Obs.: os estrangeiros podem participar de sociedades empresárias, salvo vedação expressa. Ex.: CF/88 art. 222 (empresa jornalística);
 
 As sociedades estrangeiras somente poderão funcionar no Brasil com autorização do poder executivo.
. Falidos – Lei 11101/2005, art. 102.
. Mulher casada – não depende de autorização marital. (na constituição de sociedade restrições conforme o regime do casamento art. 977 do CC).
Semana 4: 
Teoria Geral do Direito Societário	
1- Pessoa Jurídica
Conjunto de pessoas ou destinação patrimonial com aptidão para adquirir e exercer direitos e contrair obrigações (Caio Mário da Silva Pereira).
1.1 Nascimento da Pessoa Jurídica
CC art. 45 – inscrição do ato constitutivo no respectivo registro.
1.2 Efeitos da aquisição da personalidade jurídica:
- titularidade obrigacional;
- titularidade processual;
- titularidade patrimonial;
- aquisição de domicílio;
- aquisição de nacionalidade própria (soc. Nacional CC art. 1126; soc. Estrangeira CC art. 1134).
2- Sociedade
2.1 Conceito 
Pessoa jurídica formada por um grupo de pessoas (naturais ou jurídicas), visando a uma finalidade econômica (Caio Mário da Silva Pereira).
2.2 Distinção entre sociedade simples e sociedade empresária CC art. 982.
Sociedades simples – utilizadas para atividades não empresariais.
Sociedades empresárias – as que têm por objeto o exercício de atividade própria de empresário.
2.3 A importância das sociedades simples no enfoque do CC em relação às sociedades empresárias.
As regras estabelecidas no CC para as sociedades simples funcionam como legislação subsidiária para os diversos tipos societários.
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