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Primeiros Socorros
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Traumatismo do sistema ósteo-mio-articular 
São as lesões que acometem os sistemas ósseo, muscular e as articulações, que podem se apresentar sozinhas ou associadas. Não causam risco imediato à vida, podendo ser avaliadas em exames secundários. Em alguns casos, podem levar ao choque hipovolêmico por danos vasculares e fisiológicos. As causas mais comuns são: acidentes automobilísticos e esportivos, e quedas. 
Equimoses 
É o resultado do rompimento de vasos de pequeno calibre, invadindo os tecidos, ficando no local, manchas roxas, edemaciado (inchado) e dolorido. 
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Hematoma 
Ocorre devido ao rompimento de vasos mais calibrosos, podemos observar manchas roxas, edema, dor e uma coleção de líquidos que ao comprimirmos sentimos se o seu deslocamento. 
Contusão 
São traumatismos causados por forças externas e geralmente não apresentam solução de continuidade da pele. Nestes traumatismos podemos observar com freqüência as equimoses e os hematomas. Seus sintomas são: dor, edema, equimose ou hematoma. Deve-se limpar e manter a área atingida em repouso, aplicando gelo nas primeiras 48 - 72 horas (caso haja disponibilidade). 
Entorse 
São traumatismos causados por movimentos bruscos e violentos sobre articulações, causando perda de função das mesmas. Seus sintomas são: dor, impotência funcional, edema, rubor da articulação e equimose / hematoma. Deve-se aplicar gelo nas primeiras 48 - 72 horas, imobilizar o local, mantendo o local em repouso com a extremidade levantada. Tão logo possível, encaminhar para um hospital a fim de ser feito uma radiografia para excluir diagnósticos de fraturas. 
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Luxação 
São lesões que ocorrem em determinada articulação , devido a um movimento brusco que ultrapassa o limite fisiológico com perda de relação entre as superfícies articulares. Seu tratamento deve ser realizado em ambiente hospitalar, por pessoal qualificado. Na falta de recurso médico, o socorrista deve avaliar a situação e julgar se é válido fazer uma redução da luxação ou providenciar uma imobilização adequada e transportar a vítima. Denomina-se redução as manobras que visam fazer a extremidade luxada retornar ao seu lugar, tendo como fatores impeditivos de realizá-la o aumento da tensão muscular, ruptura de ligamento, fraturas associadas e Dor (respeitar o limite de dor da vítima). 
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Luxação 
As luxações mais comuns são: 
I) Luxação Têmporo-Mandibular 
Ocorre uma abertura acentuada da boca provocando um abaixamento exagerado da mandíbula, por exemplo no bocejo, na gargalhada e no tratamento odontológico. São os sintomas mais comuns: Abaixamento da mandíbula; Sialorréia (salivação exagerada), e Dor. A redução é feita da seguinte forma: sentar a vítima , introduzir os polegares protegidos por gaze ou pano na boca da vítima até as extremidades tocarem no ângulo interno da mandíbula. Fazer tração contínua para baixo , e logo em seguida para trás e para cima. 
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Luxação 
As luxações mais comuns são: 
II) Luxação Escapulo Umeral 
Ocorre devido a grande mobilidade da articulação do ombro, a desproporção da cabeça do úmero (muito grande) em relação a cavidade glenóide (escápula), movimentos de abdução exagerado no braço, quedas e traumatismo. São os sintomas mais comuns: dor; impotência funcional; e assimetria do ombro (ombro em cabide, que é a perda do controle do ombro). A redução é feita da seguinte forma: passar uma toalha/lençol por baixo da axila, um socorrista traciona a toalha/lençol para cima e na diagonal, enquanto um outro segura no punho e traciona para baixo e na diagonal , fazendo movimentos de adução do braço (Manobra de MOTHE). 
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Luxação 
As luxações mais comuns são: 
III) Luxação do Cotovelo 
Ocorrem devido a queda sobre o solo com a mão espalmada, a luxação do tipo posterior costuma ser a mais comum. São sintomas mais comuns: dor, impotência funcional, osso fora do lugar, e perda do contorno da articulação. A redução deve ser feita da seguinte forma: flexiona-se o antebraço a 90 graus, tracionar a extremidade proximal do ante braço para baixo e ao mesmo tempo com auxílio do polegar projetamos o olécrano (porção do osso do cotovelo) para diante, e flexionamos o antebraço. 
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Amputações 
É a separação de um membro de uma estrutura protuberante do corpo. Podem ocorrer por esmagamento ou ação de objetos cortantes. As mais comuns são as causadas por acidentes industriais ou automobilístico. As amputações completas tendem a sangrar menos que as parciais, devido a capacidade elástica do vasos sanguíneos. Os procedimentos a serem adotados são: abri as vias aéreas e prestar assistência ventilatória caso necessário; controlar a hemorragia (com torniquetes, observar os cuidados necessários); Tratar o estado de choque; e fazer curativo na extremidade amputada. Seguintes cuidados devem ser observados com o segmento amputado: limpar; envolver com pano limpo; proteger com saco plástico; colocar o saco plástico em recipiente com gelo ou água gelada, não permitindo o contato da extremidade amputada com o contato direto com o gelo 
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Fraturas 
É a ruptura ou solução de continuidade óssea decorrente de um traumatismo direto, indireto ou patológico (doença degenerativa , câncer , etc.). São sintomas mais comuns: dor; deformidade (assimetria); angulação da extremidade; extremidade afastada da articulação; movimentos falsos; crepitação óssea (sensação de atrito dos fragmentos ósseos no foco da fratura); edema (inchaço); exposição óssea (se for fratura exposta). Nos casos de fraturas, deve-se ter atenção para as seguintes complicações associadas: lesões de grandes vasos; lesões de ramos nervosos principais; lesão cervical, abdome e tórax; hemorragia maciça; e lesão de medula espinhal. 
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Fraturas 
As fraturas são classificadas em fechadas e abertas/expostas. 
Nas fraturas fechadas a pele sobre a lesão permanece integra. 
Como proceder nas fraturas fechadas: 
expor o local cortando as vestes e observar a presença de lesões na pele; 
observar a assimetria, comparando com o lado contrário da lesão, e a coloração das extremidades; 
testar a sensibilidade e o enchimento capilar distal, pois a lentidão no enchimento capilar e alteração de sensibilidade indicam complicações; 
cobrir lesões na pele com pano limpo caso haja; 
retirar anéis, pulseiras ou outros acessórios que possam comprometer a circulação; 
alinhar as extremidades em uma posição anatômica, respeitando o limite de dor da vítima, no caso de impossibilidade, imobilizar na melhor posição possível; 
não tentar reduzir a fratura; 
Imobilizar sempre a articulação proximal (acima) e distal (abaixo) da fratura. 
acolchoar a imobilização, utilizando material de fortuna tais como: jornal, pano, etc; e 
após imobilização, tornar verificar os pulsos distais, o enchimento dos capilares e a sensibilidade, caso seja observado alguma alteração, refazer a imobilização e reavaliar novamente. Após duas tentativas se não houver restauração do fluxo sangüíneo e a sensibilidade, desconfiar de complicações mais sérias e encaminhar logo para o hospital. 
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Fraturas 
Nas fraturas abertas/expostas ocorre solução de continuidade da pele sobre a lesão e nos deparamos com fragmentos ósseos expostos. 
Como proceder nas fraturas expostas: 
conter a hemorragia, caso haja; 
não tentar reintroduzir o osso fraturado, pois pode causar lesões de nervos e vasos; 
fazer curativo com pano úmido e limpo; 
não remover roupas e sim corta-las; 
limpar a superfície ferida e retirar fragmentos, desde que não estejamincrustados; 
Fixar os fragmentos que durante o transporte estes não causem outras feridas; 
o politraumatizado, vítima de acidente automobilístico, deve ser considerado portador de fraturas na coluna, mesmo que nada tenha sido percebido; e 
mesmo diante de fraturas graves e dolorosas, o socorrista deverá dar atendimento imediato às vias aéreas, a competência respiratória e aos processos de hemostasia. 
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